sexta-feira, 12 de outubro de 2012

[Castle Fic] Don't Give up on Chasing Rainbows - Cap.2


Nota da Autora: Segunda capítulo e confesso que talvez não tenha muita novidade...espero que apreciem mesmo assim. Desculpem, minha semana foi mega agitada. Prometo melhorar nos próximos.  



Cap.2

A suposta folga de Beckett estava acabando. Ela passara os dias de suspensão da NYPD finalmente descansando. Era a primeira vez após toda a loucura que vivenciara no último caso que ela conseguia realmente descansar. Quer dizer, descansar não era bem o termo. Relaxar sim. Ela aproveitou bem seus dias de folga com Castle, especialmente porque Alexis e Martha estavam viajando o que dava a eles uma certa privacidade para frequentarem um a casa do outro sem levantar suspeitas ou mesmo ter que responder perguntas. Ao acordar hoje, ela preparava-se para voltar a sua rotina. Agora porém havia uma nova variável. Seu relacionamento com Castle. Tudo era muito novo e ambos concordavam que pelo menos por um tempo, deveriam manter seu relacionamento em segredo. Isso evitaria problemas com Gates e de certa forma daria a eles uma folga com relação aos amigos e principalmente a imprensa, afinal Kate não podia esquecer que namorava um autor de best-sellers, figura pública e bem conhecida das colunas sociais.

Ela estava na frente do espelho ajeitando a blusa que escolhera. Estava achando demais para trabalhar. Ele entra no quarto entregou uma caneca de café a ela. 

- Castle, o que você acha desta?

- Sexy.

- Sexy? O que quer dizer com sexy? Ela sabia que estava exagerando.

- Quero dizer...- ele deu uma boa olhada nela - Quis dizer... sexy! O que há de errado nisso?

- Por Deus, Castle. É meu dia de volta ao trabalho. Deveria parecer normal.

- Ninguém poderá dizer que estamos juntos pelo que está vestindo.

- Não? Eu trabalho em uma sala cheia de detetives – ela tirou a blusa deixando o colo à amostra, Castle não pode deixar de reparar nos belos seios cobertos pelo contorno do soutian, ela vestiu uma blusa branca -  É o trabalho deles.

- Que tal esta?

- Não. Estava perfeita porque tudo nela ficava mas o que custava ele dizer que não estava apenas para vê-la com o colo exposto e admira-la? Ele balançou a cabeça e entortou a boca desaprovando. Ela suspirou chateada e abriu novamente a porta do armário para procurar uma nova roupa e então ela caiu em si.

- Você só quer que fique tirando a camisa, não é?

-O quê?

- Pare com isso. Já te disse que a NYPD tem uma política rigorosa sobre parceiros... saindo juntos. E voltou a abotoar a blusa branca.

- Como não recebo, tecnicamente, não somos parceiros.

- Sério? E acha que a cap. Gates verá dessa forma? Se alguém descobrir, e ela ouvirá coisas...

- Ninguém irá descobrir. Nem contei para minha mãe ou Alexis.

- Só porque elas estão na Europa celebrando a formatura dela. Ela tomou mais um pouco do café.

- Verdade, mas não lhes disse a distância.

- Ninguém descobrirá – ele a puxou para si no momento que um som de mensagem apitou em seu celular - Mas só para garantir, é melhor trocar de calça – sim, ele estava muito a fim de perder alguns minutos com ela.

- Houve um assassinato na zona norte.

- E parece que continua de calças.

Deixando o celular de lado, ela envolveu seus braços ao redor do pescoço dele e se colocou novamente no lugar da mandona da relação.

- Castle, lembre-se, aja normalmente. E quando estivermos em público, somos solteiros. Entendeu? Obrigada.

-Entendi. Ela o beijou. Mesmo rápido, o beijo entre eles era capaz de fazê-la gemer de prazer e sorrir. Dirigiu-se a porta.

- Então sem caronas? – ela olhou para ele repreendendo, Castle pensou não custa tentar - Eu pego um táxi.

Na cena do crime, Castle aparece caminhando com apenas um café na mão. Ela claro, notou.

- Bom dia, Detetive Beckett.

- Castle, onde está meu café?

- Você já tomou.

- Tem me trazido cafés pelos últimos 4 anos – ela revirou os olhos. Como ele não trouxera café pra ela? Precisava disso.

- Disse para agir normalmente.

- Isso levantará suspeitas. Beckett estava apreensiva.

-Não se preocupe. Relaxe. Você está exagerando, sério.

Esposito veio ao encontro dos dois.

- O quê? Sem café?

-Esqueci o dela- falou sem graça.

-Esqueceu? No primeiro dia de retorno dela?

- Tudo bem. Já o perdoei – ah ele vai me pagar por isso! Pensou.

-Quem é nossa vítima?

- Celebridade local.

- Um jardineiro a encontrou atrás desta fonte hoje de manhã.

- Ela é a garota do tempo da WHNY, Mandy Michaels.

-Mandy Michaels?

-Ela mesma.

-Sério?

-Sério.

- Caramba, eu a assistia todas as noites. Ela tinha as melhores... previsões – Kate olhou para ele pedindo explicações - O quê? Como um homem solteiro, aprecio as habilidades dela. Não pode dizer que a assistiam pelo clima.

- Bem-vinda de volta! Lanie falou.

- Obrigada.

- Você... – Lanie observou o semblante da amiga - fez algo de diferente?

- Não, por quê?

- Não sei. Alguma coisa mudou.

- Então, como ela morreu?

E Lanie começou a dar detalhes sobre a morte da moça. Único tiro, parecendo um assalto mal sucedido. Ela ordenou que verificassem e rastreassem o telefone, nada explicava porque ela estava ali. Ela percebera que Esposito e Ryan continuavam se estranhando e propositalmente, ela mandou-os trabalhar juntos. Ela e Castle falariam com a família. Rastreando o celular, através do GPS do celular. Encontraram um endereço e estavam em um andar de salas de onde poderiam ouvir o toque do celular por uma das portas. Ao arromba-las encontraram o suposto ladrão com a bolsa da vitima e o levaram para o distrito. Jonathan Goodheart. Tinham vários delitos pequenos na sua ficha mas nenhum ligação com a vitima. Ele achou a bolsa na lixeira. Beckett acabara de sair do telefone com a mãe da vitima. Era sempre ruim ter que dar a noticia a família, anos de prática não ajudavam nesse momento, ela sempre se compadecia e era afetada. Ela falou que a mãe comentara que Mandy vivia para o trabalho, nada de namorado também. Ryan foi até eles para mostrar um bilhete de ameaça que encontrara "Se algo vazar, eu te mato". É tudo indicava que não fora um assalto, alguém queria Mandy morta. No necrotério, Lanie confirmou as suspeitas.

- Não foi um assalto.

- Como você sabe?

- Os respingos de sangue na blusa indicam que a camisa foi rasgada após o tiro.

-E os hematomas?

- Depois de morta. Para fazer parecer um assalto. Alguém tentou cobrir seus rastros.

- Falando nisso, descobri o que está diferente – ela apontou para os dois aleatoriamente como alguém que está pescando algo - Estão fazendo sexo.

- Como é?

- Não tente negar. Há um brilho. Conheço o brilho. Quem é o cara?

- É, Beckett, quem é o cara? Castle provocou.

- Ninguém que conhece, certo?

- Tem certeza? Conheço vários homens.

- Tenho certeza. Mais alguma coisa? A resposta de Beckett claro não convenceu Lanie mas ela deixaria quieto, por hora.

- Para falar a verdade, encontrei maquiagem na blusa de Mandy que é bem mais leve do que a que ela usava. A posição indica um contato próximo, como se tivesse lutado com alguém.

- Arredondando as mulheres que usam maquiagem leve, é uma rede bastante ampla.

- Não é uma maquiagem qualquer. É formulada para câmeras de alta definição.

- Como as usadas em emissoras de TV.

Castle e Beckett tinham um único lugar para ir a seguir. A emissora onde Mandy trabalhava. Andando pelos corredores, eles podiam ver nas telas a noticia do assassinato da garota do tempo. Os colegas noticiavam o caso ainda abalados. Beckett encontra o gerente do canal. Conversando um pouco com ele, ficaram sabendo que Mandy tinha um conflito com outra garota do tempo, Rebecca Fog. Apesar da discussões e do fato de Rebecca irritar constantemente Mandy, o chefe delas afirmava que não cometeriam assassinato. Para Beckett, era uma linha que valia a pena seguir. Ela perguntou quando isso acontecera.

- Ontem à noite. Vou te mostrar.

- Desculpe, Chip. Precisamos do lugar.

- Claro, Harvey. O que é?

- Bob, preciso da filmagem de Mandy da noite passada na Cidade da Confiança. A polícia precisa ver uma filmagem da Mandy.

- Isso foi uma coisa terrível. Falando no melhor de Nova Iorque – o cara olhou Beckett de cima a baixo -Ela é mesmo policial?

-Sim, ela é mesmo policial.

- Chip Chambers. Falo de esportes. Pode me prender a qualquer hora.

- Bem...- Beckett olhou pra ele pensando que cantada horrorosa - Talvez eu prenda.

- É isso.

A filmagem mostrava Mandy encerrando uma transmissão quando Rebecca surge já a atacando e as duas começam a discutir feio. Acusando uma a outra até o momento que a filmagem fora interrompida.  

- O que aconteceu?

- O câmera desligou a câmera e acabou com a briga.

- Ele viu Rebecca sair?

- Não. Quando elas se acalmaram, ela as deixou conversando.

Deve ter sido uma grande conversa. Uma hora depois, Mandy estava morta.

Eles foram falar com Rebecca.

- Mandy Michaels era preguiçosa, intitulada "vadia dos peitões". Peguei a folga dela desde que cheguei aqui. "Harvey, não posso ir no helicóptero para Trânsito Ao Vivo por causa da asma. Mande Rebecca fazer." Eu a odiava? Sim. Mas eu nunca a mataria.

- Exceto agora que ela está morta, você pode trocar o turno de 4h pela vaga cobiçada e lucrativa do Jornal da Noite, certo?

- Por favor. Não precisava matá-la por isso. Só precisava esperar. Ela já tinha passado da data de validade.

- De acordo com Harvey, ela ainda tinha uma audiência fiel.

- Pessoas que se importavam com quanto botões da blusa estavam abertos. Mas com sua idade, em HD,
ela estava ficando sem botões rápido.

- Sobre o que foi a briga, srta. Fog?

- Sou uma meteorologista certificada, certo? Eu tenho um cérebro. Mandy estava apenas enfeitando com decotes. Minhas previsões eram mais precisas que as dela e as pessoas estavam percebendo. Semana passada, para se vingar, ela invadiu meu escritório, roubou um bocado do meu equipamento. Foi por isso que fui confrontá-la. Mas é isso. Isso é tudo.

- Onde você estava ontem às 22h28?

- Dormindo em casa. Estou no turno das 4h, lembram? Além disso, ela saiu primeiro do Hospital Infantil. Para achar quem a matou, perguntem à pessoa do jipe prata que a pegou.

- Que pessoa?

- Não sei, me assustou. O carro tinha janelas pintadas, mas pareceu que se conheciam.

Então Beckett resolveu passar as informações de Rebecca para os rapazes checarem no distrito. Enquanto ela aguardava Esposito checar os dados ao celular, ela observava Castle de longe. Ele estava à frente de um monitor de TV fazendo encenações para tela, fingia que voava como o superman. Beckett não podia resistir a sorrir. Adorava esse jeito moleque de Castle, ele a olhava e acenava para ela. Tinha que estar mesmo muito apaixonada para achar essas criancices de Castle fofas. Mas fora esse lado brincalhão que a conquistara aos poucos, isso e o jeito como ele a respeitava, a valorizava e a admirava. Ela estava tão absorta observando o homem à sua frente que esquecera de Esposito do outro lado da linha. Quase não prestara atenção ao que ele dissera exceto que Rebecca tinha um álibe sólido.  Ela até trocou umas palavras quando conversava com ele. Não podia perder a concentração, precisava manter o foco. E então ela percebeu a mulher que se aproximava de Castle e parecia tentar canta-lo. Uma ponta de ciúmes surgiu na mente dela e a fez dispensar Esposito apenas para saber o que estava acontecendo. 

- Muito bem – ao vê-la por perto e já conhecendo as reações dela apenas pela linguagem corporal, tratou de se explicar- É só a repórter de entretenimento. Ela... Minha agente vem insistindo que eu promova "Frozen Heat", então...

- Ela não é a repórter que trabalhava de biquíni?

- É... Eu não... Nunca reparei.

- Quer tentar de novo, soar um pouco mais convincente? A cara de Beckett dizia tudo.

-Não, tudo bem.

- Certo. E ela dividiu com ele os últimos detalhes que Esposito llhe contara. Ligações de celular descartável. Sempre entre 2 e 4h, horário que ela estaria trabalhando na emissora. Sendo assim, eles procuraram entrevistar mais algumas pessoas e conseguiram informações bem interessantes com duas maquiadoras. Elas comentaram sobre um homem secreto na vida de Mandy. Ela estava cheia de segredos a respeito dele. E isso tinha uma explicação.

- Então, têm ideia de quem ele seja?

- Sim. Algumas semanas atrás eu saí para pegar um biscoito na máquina e os ouvi falando sobre o grande jogo.

- Ele é um atleta?

- Mais para estrela de um time local de basquete bem conhecido. O número 17 lembra algo?

- Reggie Blake? – Castle exclamou em voz alta para logo em seguida baixar o tom - Ela saía com Reggie Blake?

- Castle, ele não é casado?

Eles ligaram para o distrito e ouviram as confirmações sobre Reggie: casado, com um contrato pré-nupcial rígido quanto à traição o que encareceria um divórcio e ainda dirigia um jipe prata. Diante dos fatos, Beckett ordenou que eles fossem busca-lo. Isso não agradou a nenhum dos dois. Ryan e Esposito não estava se falando direito ainda. A mágoa era principalmente do lado de Espo, ainda não engolira a ,na sua opinião, traição de Ryan. Eles estavam esperando Reggie aparecer e assim que ele andou por entre os fãs e entrou em casa, os dois se dirigiram a porta e mostraram seus distintivos ao segurança alegando que deveriam leva-lo para o distrito.    

- Está obstruindo a investigação.

- Então, ande. O segurança abriu passagem para eles. Espósito sentiu-se confiante.

- Isso que eu pensei. Mas não iria ser tão fácil assim que a porta abriu, um verdadeiro armário o bloqueou dizendo que não levariam Reggie a lugar nenhum.

- Saia do caminho, cara – disse Esposito impondo moral e jogando seu corpo contra o do segurança para apenas ver o murro direto em seu rosto.

No distrito, Castle já estranhara a ausência dos dois.

- Já não deveriam ter voltado?

-Talvez pegaram trânsito.

-Ou se pegaram.

- De qualquer forma, Reggie vai ser pego. Policiais foram ao prédio de Mandy e os vizinhos disseram
ouvi-la gritando com o cara no dia que foi morta. Falaram que parecia briga de casal.

- O relacionamento vai mal, o casamento está em risco.

- Então Reggie lhe manda um recado."Se algo vazar,eu te mato."

- Ela se recusa a jogar e ele faz o que melhor sabe... Começa a agir.

Nesse momento, eles ouvem a campainha do elevador. Ryan e Esposito traziam Reggie e ambos estavam com olho roxo. Beckett se assustou ao vê-los assim. Espo pediu para não perguntarem. Ele e Ryan quiseram entrevistar pessoalmente Reggie. Apesar dele justificar e pedir desculpas pelos seguranças, eles não estavam muito interessados. Queriam saber porque Reggie matara Mandy. Reggie afirmara que não fizera isso. Após falar da testemunha que viu ele pegando a vitima no seu jipe, falaram também do caso. Isso intrigou Reggie que negou tudo. Disse que conhecia Mandy e sua esposa também, eram amigos. Ambos estavam com as carreiras ameaçadas pela idade e faziam caridade no mesmo hospital.  Evitavam deixar isso claro porque sabiam como eram as pessoas, um atleta e a garota do tempo? Era fofoca pra um bom tempo.    

- Ela não era assim. As crianças do Cidade da Confiança, para outros famosos, só serviam para foto. Ela não. Ela se importava. Deviam ter visto semana passada, ela fazia perguntas, ouvia as histórias. As pessoas a achavam oportunista, mas ela não era. Enfim, eu a vi parar um táxi. Ofereci carona. Ela pediu
para ficar no parque. Isso foi perto das 22h.

-Onde estava às 22h28?

- No X Bar promovendo meu novo tênis. Chequem.

- Mandy falou por que queria ficar no parque?

- Não. Ela parecia nervosa. Talvez tenha a ver com o aconteceu há uns dias.

- O que aconteceu?

Ela pediu carona, estava na emergência. Perguntei o tinha acontecido, ela não disse.

-Espere. Ela era paciente lá?

-Era.

- Ela não parecia machucada, mas estava triste.

Já era noite e as investigações não avançaram tanto quanto Beckett gostaria. Estava sentada na ponta da mesa com Castle a seu lado. Observavam o quadro.

- Acredita nessa história de "só amigos"?

- É possível.

- É, é possível, mas não provável.

- Não sei. Fomos amigos por 4 anos. Disse Castle.

- Mas você sempre quis transar comigo. Ela sorriu.

- O quê? Como é? Você queria transar comigo – ele olhava para ela provocando - Vestia-se daquele jeito para o Esposito?

- Para mim o quê?

-Nada. Os dois trataram de disfarçar.

-Não se preocupe.

- O álibi do Reggie é sólido. Ele estava no bar comprando bebida para todos quando Mandy morreu. A esposa confirma que eram só amigos. E foi ela quem comprou o celular, pois o dele foi hackeado.

Fale com o médico que cuidou da Mandy há uns dias. O que a levou à emergência pode ter se repetido ontem.

- Gente, descobri com quem Mandy...

- Está usando maquiagem?

-Não? O roxo no rosto de Ryan desaparecera.

-Jura? Porque há 1 hora nós tínhamos olho roxo e agora você não tem.

- Não é maquiagem. É hidratante colorido. Jenny passou aqui e tinha um pouco na bolsa. Aí pensei, sabe...- ele ficara constrangido com todos olhando-o como se fosse de outro planeta, mal sabia Ryan que pelo menos Kate estava achando tudo muito bonitinho e compreendia tudo aquilo agora porque se sentia assim, nessa vibe - Certo, julguem o quanto quiserem. Descobri com quem Mandy brigou no dia que morreu. A loja da rua dela tem câmera. Não há sinal do Reggie,mas vi outro rosto familiar – e mostrou a foto - O repórter Miles Haxon.

Beckett e Castle voltaram a emissora de TV para interroga-lo. ele confirmou ser ele e ter estado na casa dela. Beckett mencionou a briga. Queria saber o motivo. E a resposta mexeu bastante com os dois. estavam namorando.

- Por que não disse antes?

- Não podia arriscar que soubessem. O repórter e a garota do tempo? Não. Esta emissora tem uma política rígida sobre namoro interno. Mesmo com o que aconteceu à Mandy, Harvey ainda me suspenderia.

- Há quanto tempo namoravam?

-Alguns meses.

-O que deu errado? Castle perguntou curioso. Tudo aquilo era bem parecido com o que ambos estavam vivendo naquele momento.

- Esta é uma coisa sobre relação secreta, certo? No começo, você está empolgado. Cada momento junto
é uma dose de adrenalina direto no coração. Um frio na barriga no caminho para o trabalho – enquanto falava Castle e Beckett não podiam deixar de pensar que eles sentiam-se exatamente assim - É empolgante e perigoso e o sexo é maravilhoso – essas ultimas palavras fizeram Kate baixar a cabeça e tentar captar a reação de Castle com o canto dos olhos, ele teve que se conter para não abrir um sorriso. Era bem isso que eles estavam vivendo.

-E depois? Castle quase tivera medo de saber a resposta porque sabia que isso os deixariam encucados e a última coisa que queria era Kate pensando bobagens.

-Implode. Não manteríamos o segredo. Estávamos nos afogando nas mentiras.

-Seus colegas descobriram? Beckett perguntou.

-Ainda não.

- Mas tinha que disfarçar para não acabar com nossas carreiras. Eu ainda tenho chance na rede nacional. E Mandy não queria que acabasse.

- Poderia ter ameaçado contar para Harvey. Sugeriu Beckett.

- O quê? Não. Está brincando? Não, Mandy não queria que vazasse tanto quanto eu. Vocês não vão contar, vão?

- Onde estava ontem à noite às 22h28?

- Festa de impressa no Ritz-Carlton para o lançamento do smartphone Vega.

- Mandy te disse algo sobre ter ido à emergência uns dias atrás?

- Não, não mencionou, mas estava agindo estranho semana passada.

- O que quer dizer?

- Ela não me disse, mas havia algo mais a preocupando. Havia outra coisa incomodando-a.

Eles andavam pelo corredor da emissora. Visivelmente afetados pela conversa com Miles principalmente Beckett.

- Parece que as maquiadoras estavam certas sobre o romance, só erraram o cara.

- Castle, e sobre o que disseram sobre ser impossível esconder um romance secreto? Você ouviu Miles.
Não quero me afogar em um mar de mentiras.

- Se te consola, sei fazer boca-a-boca. Ela já sorria para ele enquanto colocava o telefone em viva-voz - Oi, Espo.

- Encontramos algo estranho. O médico que atendeu Mandy disse que ela teve um ataque grave de asma.

- Não é estranho. Sabemos que Mandy tinha asma. E por isso não usava o helicóptero do canal.

- O que me leva... à parte estranha – disse Esposito - Ela pousou na emergência no helicóptero da WHNY. Pousou no heliporto e o piloto a levou para dentro.

- Certo, obrigada.

- Com a asma, o que ela fazia lá em cima? E por que ninguém sabia disso?

- Há uma pessoa que sabia disso. O piloto do helicóptero. Beckett disse e eles já ia saindo a procura do piloto quando uma voz chamou por Castle. 

- Aonde vai, bonitão? São 20h30. Está na hora da participação com Kristina. Tenho que te levar para maquiagem.

Ele olhou para ela indeciso mas Kate o tranquilizou - Tudo bem. Eu cuido disso.

- Certo. Não resolva o caso sem mim.

Beckett foi conversar com o piloto e descobriu que Mandy ofereceu dinheiro a ele, mil dólares para que ele voasse por um tempo e não deveria contar a ninguém. Queria ir para Jersey. Não sabia o que ela queria ao certo, ele nem deveria voar fora de New York mas era Mandy e ela disse que se tratava de um caso de vida ou morte mas começou a passar mal e teve que leva-la ao hospital pois estava sem o inalador. 

Beckett voltou para o estúdio e se perguntava se a entrevista de Castle terminara. Queria ir para casa e ainda ter uma conversa com ele sobre rotina, ainda não se conformara com a história do café.  Viu numa das TVs a imagem da transmissão da entrevista de Castle. Parou na frente do monitor e ficou admirando. Ele era charmoso e galante, ela não podia negar. E era dela. Um sorriso apaixonado se formou ao vê-lo contar suas historias. Algumas que certamente a conquistaram aos poucos. Ela suspirou. Desde quando ficara tão ligada a um cara? Tão apaixonada? Ela sabia a resposta. Desde muito tempo e mesmo assim tudo com Castle era diferente. Ela se sentia livre para experimentar, para se doar.  Talvez por isso essa história de romance secreto a preocupasse tanto. Sabia dos riscos e se fossem pegos? Como eles ficariam? Ela já decidira ir embora quando percebeu a mudança no rumo da entrevista, entrando no campo pessoal.

- Como lindo autor de best-seller, tenho certeza que deve ter mulheres se jogando aos seus pés o tempo todo.

- Bom, todos temos nossas cruzes.

- Sim, você é como um mártir. Kate revirou os olhos e deu as costas para TV porém...”Ninguém especial
em sua vida agora?” e isso a fez voltar a sua atenção à tela.

- Eu...Não, na verdade, não. Ninguém especial. Estou solteiro agora.

Ok, isso fora o que combinaram. Em público, solteiros. Porém, fora a próxima pergunta que deixara Kate de queixo caído. Ela tinha os olhos vidrados na TV. 

- Isso é bom, porque há algo que gostaria de perguntar. Quer jantar comigo amanhã?

- Estou lisonjeado.

- Mas tenho que recusar. Kate completara esperando que ele a ouvisse e dissesse o mesmo.

- Vamos, Castle. Só temos 3 segundos antes do comercial.

- Exatamente, o que está esperando? Oi. – Kate já estava ficando impaciente com essa demora - Não.

 - Na verdade, eu adoraria.

- É um encontro.

- Ótimo.

O que? Kate não poderia acreditar no que vira. Porque ele não recusou? Porque? Mesmo curiosa o suficiente, ela não ia ficar esperando por ele para descobrir. Kate sabia que era o ciúme falando por ela. Mas que droga! Custava ele ter dito não?!

Mais tarde Castle apareceu na sua porta. Ela abriu não muito satisfeita.

- Porque você não me esperou?

- Talvez não tivesse muito a fim. O que foi aquilo Castle? “Estou lisonjeado e eu adoraria” – ela imitava a voz dele – por acaso não existe a palavra não em seu vocabulário? Porque não recusou? Inventava uma desculpa, um compromisso.

- Ok, entendi. Você me disse para agir como solteiro. Fiz o que você pediu. Não é nada demais.

- Exceto que aceitou um encontro com a repórter de biquíni!

- Kate... – ele mordeu os lábios – não se preocupe. Sei que está com ciúmes, é natural.

- Ciúmes? Não! – então ela olhou para ele e revirou os olhos porque se enganar? – Sim, tudo bem, admito. Estou com ciúmes. Mas não é somente isso, tudo muda. Falei que não podíamos mudar nossas rotinas e olha o que está acontecendo? Você nem levou café para mim de manhã! E já tem um encontro. Eu preciso do meu café, Castle.

Agora ele estava confuso. Como uma discussão sobre encontros e ciúmes acabara em café?

- Você está chateada por causa do café? Não do encontro?

- Sim, como você pode pensar que não iria querer meu café? Você mais do que ninguém deveria saber o quanto isso é importante. Você mesmo disse para mim.

- Nossa, Kate. Tão importante assim? - Ele se aproximou dela. Envolveu-a pela cintura – acho que te devo desculpas. Subestimei o poder do café para você.

Ela já cedera ao abraço dele e certamente cederia a algo mais porém naquele momento, ela tinha que explicar o porque estava tão chateada.

- Um ritual de quatro anos. Algo que se tornou parte obrigatória da minha vida, assim como para você, o momento em que você chegava com o meu café, era o nosso momento íntimo, algo somente nosso. Como um bom dia especial. Em todos esses anos sabem quantas pessoas que trabalharam comigo sabiam o quanto eu gostava de café? Nenhuma! Sabe quantas conhecem meu tipo de café preferido? – ela acariciou o rosto dele e sorriu – apenas você. Então, a resposta é sim, por isso é tão importante muito mais que o seu encontro.

Ele sorriu para ela.

- Bom saber. E desculpe – ele deu um selinho nela – e quanto ao encontro, você verá que é exatamente o que precisamos para não levantar suspeitas.

No dia seguinte, eles desciam as escadas no distrito ainda conversando sobre a entrevista dele ontem e seu encontro.

- Estou te dizendo que é o disfarce perfeito. Ninguém suspeitará de nós se eu estiver com Kristina.

- Castle, bom trabalho com Coterra, mano. Esposito ergueu a mão para cumprimenta-lo. Castle retribuiu o gesto enquanto ela observava.

-Viu? Perfeito.

-É, é perfeito – ela estava tranquila quanto a isso mas tinha que perguntar - Como está planejando esse encontro com ela?

- Vou levá-la a um jantar caro, romântico e que nos vejam, talvez até sair no Page Six. Não seria ótimo?

- Sim, seria muito bom.

- Está bem com isso, certo?

-Sim, sim. Por quê?

-Só perguntando.

Ela o atualizou sobre a conversa com o piloto e seguiram para um encontro com Rebecca Fog. Tinham que descobrir o que Mandy pretendia com os equipamentos. A própria Rebecca se admirou quando Beckett a contou.

- Se estava no helicóptero, ela usou o monitor direct tox.

- O monitor direct tox, claro – disse Castle. Beckett já colocou a mão no rosto evitando de rir, olhou para ele.

-Não faz ideia do que seja.

-Não, nenhuma.

- É um instrumento para testar a qualidade do ar. Mas ela era uma porta-voz admirada.O que diabos ela queria fazer?

- Há alguma maneira de descobrir?

- Sim, o monitor salva os dados de medição. Espere. Isso não pode estar certo.

- O quê?

- Está indicando altos níveis de estireno.

- E isso é incomum?

- Estireno é uma substância perigosa. Exposição prolongada pode gerar problemas respiratórios graves.

- Como asma.

- Ela teve um ataque logo após realizar o teste.

- Lembra-se da declaração de Reggie? Ele disse que Mandy estava no hospital com crianças doentes. Talvez haja uma conexão.

Beckett contatou algumas pessoas que faziam tratamento no hospital que Mandy frequentava e uma delas se dispôs a ir ao distrito. Ela descobriu que Mandy não estava apenas visitando os pacientes e querendo publicidade, ela estava investigando possíveis ligações entre a doença e um lugar especifico de Jersey, Campo Conway. Ryan também conseguiu mais informações, a maioria das crianças frequentavam o campo e nesse bairro especificamente os casos de crianças internadas por crise de asma grave eram bem superiores aos demais da região. Tudo indicava que Mandy descobrira o responsável pelo estireno e isso a matou. Eles checaram o plano de voo do piloto do helicóptero e descobriram quem ela colhera amostras de ar de oito fabricas todas próximas ao campo Conway. Apenas uma produzia estireno. Carpetes Cazuli. O logotipo da fábrica era o mesmo do bilhete ameaçador de Mandy. Fazia todo o sentido, ameaçado pela garota do tempo ele via que sua fábrica poderia fechar se isso fosse à público. Puxaram a ficha do dono. Estava na hora de traze-lo para depor.

- Sr. Cazuli, sente-se.

- Já vi episódios suficientes de Law & Order para saber como isso funciona. Acha que me engana para dizer algo que não é verdade? Só digo isto. Não direi outra palavra até meu advogado chegar.

- Sem problema - Beckett sorriu ia ser mais fácil que tirar doce de criança - Sr. Castle e eu usaremos este tempo para revisar sua ficha antes do advogado chegar.

- Sim. Isso vai ser útil.

Ela se sentou de pernas cruzadas sobre a mesa, o arquivo aberto sobre elas. Castle a acompanhou sentando-se na cadeira de frente para ela enquanto Cazuli permanecia em pé observando. Beckett começou seu pequeno jogo com Castle.

- Que ficha grande, não é? Certo. Vamos ver. Há 6 meses, Cazuli modificou a moldura de seu tapete para criar um produto mais duradouro.

- Quem não quer um tapete melhor? Castle brincou.

- Sim, mas, infelizmente, esse processo gerou um produto químico chamado estireno. Que é normal em pequenas doses, mas, no caso da fábrica Cazuli, foi ultrapassado o limite admissível.

- Isso é terrível. O sr. Cazuli sabe?

- É difícil imaginar que ele não sabia, certo? De acordo com isto, a garota do tempo, Mandy Michael, associou os níveis elevados de estireno ao aumento nos casos de asma.

- Isto não está soando bem para Cazuli.

E eles continuaram a dança expondo todos os detalhes da investigação que apontavam diretamente para Cazuli deixando-o nervoso. Mas apenas quando Beckett o acusou de matar Mandy foi que ele se manifestou gritando para interromper os dois.

- Tudo bem, já chega! Essa estrelinha meteu o nariz em negócios alheios. Ficou se exibindo, toda poderosa, com este estúpido arquivo e eu lhe disse, eu lhe disse: "Dê o fora daqui, vadia!" "E se eu vir sua cara aqui, você se arrependerá. " Eu disse a ela. E ela disse que se não fechasse a fábrica, ela iria nos expor. Esse maldito bilhete... O bilhete era para assustá-la um pouco. Pareceu funcionar. Pois não a vi mais. Qual é. Dá um tempo. Achei que a bagunça tinha acabado.

- Obrigada, sr. Cazuli.

-É. Por quê?

-Por admitir motivo e ter ameaçado Mandy.

-O quê? Nesse instante o advogado entrava na sala.

- Ele é todo seu, advogado.

- Onde você esteve?

Aparentemente, Cazuli alegava inocência. Realmente não havia nada que o ligasse ao caso. Tudo não passava de especulação até que Ryan trouxe uma nova informação relevante ao caso. Encontrara uma foto tirada da chaminé da fábrica no arquivo que Mandy deixara com Cazuli. Tinha data nela. Última terça às 17h47.

- O que quer dizer?

- Que Mandy não estaria em dois lugares, ela não poderia ter tirado essa foto – Beckett disse - Ela estava no ar às 17h47.

-Então quem tirou a foto?

- Ela tinha um parceiro.

- Por isso Mandy disse a Cazuli que "eles" o expuseram.

- Se ela tinha um parceiro, por que ele não apareceu?

- Talvez tenha medo de Cazuli.

- Se o encontrarmos, talvez saiba de algo que incrimine Cazuli.

- Por que não pedimos o jantar e trabalhamos nisso? – Beckett sugeriu. Mas Esposito lembrou algo que aparentemente Castle havia esquecido.

- Espere, Castle. Você não tem um encontro com Kristina Coterra?

- Tenho sim. Droga, estou atrasado!

-Não se atrase por nossa conta.

- Tem certeza de que está tudo bem para você? – ele olhava pra Kate. Ops! Ele corrigiu rapidamente - Para vocês?

- Tudo bem, está brincando? É Kristina Coterra!

- Desde quando deixa trabalho policial atrapalhar sua vida social? Disse Ryan.

- Vá! Divirta-se. Ela disse desencanada.

- Certo. Tudo bem. Ligo mais tarde – droga! Ele dera outra mancada - Para saber do caso.

- Certo, rapazes. Vamos... voltar ao trabalho. Agora já não soava tão confiante e desencanada.

Castle estava em seu apartamento já quase de saída. Ele não ia facilitar nada nesse encontro, estava preocupado com a reação de Beckett. Ela fingira estar tudo bem porém, a conhecia suficientemente para saber que ela estava incomodada com a situação. Na verdade, ele mesmo se arrependera de ter aceitado o convite.  Guardando o celular no bolso, ele ouviu a campainha. Ao abrir a porta, foi surpreendido por Kristina na sua porta.

- O que você... Como...

- Achei que nos encontraríamos no restaurante.

- Eu sei, mas assim é muito mais romântico.

- Você, eu, algumas ostras. Para entrarmos no clima. E também há morangos cobertos de chocolate.

Oh Deus! Isso não era o que ele planejara e algo o dizia que isso não daria certo.

No distrito...

Eles estavam comendo e conversando sobre o caso. Estavam deixando algo passar, não encontraram o possível parceiro de Mandy. De repente, o assunto Castle volta à mesa. Ryan começa a falar.

- Falando nisso... Castle deveria estar bem mais animado com o encontro.

-Por quê?

-Segundo o Celebrity Examiner, Kristina é conhecida por seduzir famosos com seus biquínis – ela olhava para Ryan surpresa com o comentário, ele interpretou de outro jeito - O quê? Jenny compra e estava aberta nessa página.

-O que você quer dizer?

-Não é obvio? Ela vai pra cima dele.

-Não mesmo. Não vai rolar.

- Obrigada por demonstrar maturidade.

- Ele é que vai para cima dela.

- Vocês não acham que ele já passou dessa fase? Kate perguntou já deixando o tal do ciúme a afetar de novo. Espo pensou por um segundo.

- Ele é homem e está vivo.

- Não. Ambos responderam.

Assim que terminou de jantar junto com os rapazes, ela pediu licença para ir ao toalete. Depois de lavar o rosto e escovar os dentes ela se olhou no espelho. Sim, no fundo ela queria um tempo sozinha. Sentou-se em um dos cubículos e suspirou. Ok, ela estava pensando em Castle, em como deveria estar o tal encontro com a apresentadora. Não que ela estivesse preocupada com a fidelidade dele, ela confiava em Castle. Sabia que ele não iria fazer nada mesmo com a afirmação dos rapazes, ela sabia que ele tinha mudado mas era natural ela ter ciúmes. Afinal ele era bonito, charmoso,rico e famoso. E a tal acompanhante parecia bem oferecida e esse era o medo dela. Nem conseguia imaginar alguém beijando ele, se jogando nele. Como eu fiquei tão possessiva? Nessas horas, ela percebia que manter a relação deles em segredo tinha suas desvantagens. Uma delas era não poder confidenciar seus pensamentos, anseios e dúvidas com alguém. Queria poder conversar com Lanie. Porém, reconhecia que o lance do escondido, do “proibido contar”, ajudava a evitar muitos questionamentos além de fazer a intimidade entre ela e Castle crescer a cada dia. Como se adivinhasse, o celular tocou. Lanie. Ela sorriu.

- Hey, Laine!

- Hey, girlfriend! Já esta em casa?

- Não, estou no distrito.

- Ótimo! Pegue sua bolsa, casaco e me encontre para uma cerveja no Old Haunt. Quero saber tudo sobre seu ficante.

- Não posso,estou trabalhando no caso.

- Castle esta aí? Por isso você esta evitando de falar?

- Não, ele não está aqui. E mesmo que tivesse, preciso trabalhar com os rapazes e não há nada para contar. Não é importante.

- Nem vem com essa desculpa,quero saber quem é, como é e o principal, como isso aconteceu?

- Lanie se não acredita em mim, ligue pro Javi e você saberá que temos muito a fazer - ela sabia que pegara no ponto fraco da amiga, ela não iria falar com Esposito e pode ver ela bufando do outro lado da linha - depois ok? - Kate queria despista-la de qualquer jeito.  Sabia que quando começasse a falar, teria que inventar e Kate tinha medo de não conseguir sustentar sua história, Lanie era esperta, sabia fazer as perguntas certas. Quando se tratava de sua vida pessoal, Kate Beckett era tão enrolada quanto seus suspeitos numa sala de interrogatório.

- Ok, sei que você tem que trabalhar mas ao menos me diga como ele é, sim porque depois de você estar vidrada em Castle daquele jeito, só alguém muito gostoso, de abdômen sarado e bom realmente bom de cama pra te fazer viver um pouco.

As palavras da amiga deram a Beckett uma ideia para mantê-la ocupada por um tempo imaginando, então falou.

- Respondendo sua pergunta, sabe nos livros de Nikki Heat quando ela ainda não esta envolvida com o Rook e tem aquele parceiro de malhação e sexo? Pois é, ele é daquele jeito.

- WOW! Estou impressionada Kate! Sua safada! Tinha que ser algo muito bom mesmo pra você sair daquele transe com Castle. Ou deveria dizer "chove não molha"?

- Sim, é. Kate sorria só de imaginar a cara de Lanie se descobrisse que era o próprio Castle.

- E Castle? Como ele está nessa história?

- Ora, você mesma viu o interrogatório sobre meu ficante. Ele está bem. Tem até um encontro essa noite – parecia que a ideia de Castle servira para alguma coisa afinal.

- Mesmo? Interessante, não achei que ele iria aceitar você estar com outro tão facilmente. Chega a ser até estranho pra quem passou os últimos quatro anos tentando te conquistar.

Ou... não. Pelo menos com Laine, Kate percebera que a conversa estava tomando um rumo perigoso e decidiu parar por ali.

- Olha Lanie, eu realmente preciso voltar a trabalhar. Depois nos falamos.

- Com certeza! Ainda quero os detalhes dessa história. Tchau.

Ela desligou o celular rindo, tinha que se preparar para a próxima conversa com a amiga. Talvez Castle a ajudasse com isso. E um sorriso surgiu involuntariamente nos lábios ao lembrar-se dele.

Mas as coisas não iam bem para Richard Castle. Seu encontro teoricamente calmo, estava se transformando num pesadelo. Um verdadeiro ataque de uma mulher desesperada e ansiosa por possuí-lo. Era quase um assédio sexual. Por mais que ele usasse seus argumentos para retarda-la era não estava nem um pouco a fim de conversar. Ela o empurrou firmemente contra o balcão colocando a mã no bolso dele para apertar o bumbum dele, o que fez acionar seu telefone e discar justamente o número de Kate. Afinal, numa situação dessa quais eram as chances de ser exatamente esse número o escolhido?

XXXXX

No fundo, não via a hora de ir para casa e ficar abraçada a ele, beijar aqueles lábios e com sorte, fazer muito mais que isso. Ela voltava para a sala com os rapazes quando o telefone tornou a tocar. A foto de Castle apareceu no display, já sorrindo ela atendeu a chamada.

- Oi, Castle. Como está seu encontro? – ela ouviu ele pedindo alterado “Afaste-se, afaste-se!” em seguida ouviu o barulho de algo espatifando-se no chão - Castle?

Então o telefone desligou. Kate não tinha duvidas, ele estava em apuros e conseguiu rapidamente ligar para ela. Um tremor percorreu seu corpo por inteiro. Nada podia acontecer a ele. Castle estava em perigo e ela tinha que encontra-lo. Ligou novamente “Você ligou para Richard Castle.Sorte a sua!” – droga, Castle! E ela saiu às pressas do distrito.

Ele continuava a lutar para manter fulana longe dele porém já estava ficando sem alternativas. Ela era insistente e não desistiria fácil. Quando ela comentou que nenhum homem a rejeitara até hoje, ele pensou estar perdido mas ela corrigiu dizendo que houvera apenas um. Infelizmente, Castle não teve muito tempo para tentar qualquer coisa. Ela o empurrou no sofá e caiu sobre ele. Nesse momento, uma Beckett apreensiva e de arma em punho, escuta barulho de algo se quebrando, chuta a porta dele apenas para encontrar a cena mais inesperada possível. A mulher em cima de Castle e os peitos dela por toda a cara dele. Beckett estava tão surpresa e boquiaberta que foi difícil chamar por ele, sua voz saiu angustiada. 

- Castle?

- Eu sei quem é o assassino. Ele respondeu assustado.

De queixo caído ela ainda mostrava surpresa a cena. E ainda estava de biquíni! 

Eles voltaram à emissora. A cara de Beckett não estava das melhores, ela ainda tentava digerir o que vira no apartamento de Castle. Ele preocupado com o jeito dela, procurava se explicar. Afinal ele não tivera culpa de nada, certo? Tinha que fazer Kate acreditar nele.

- Fiz de tudo para escapar. Eu me escondi debaixo da bancada da pia, no banheiro. Até dei uma de "Cabo do Medo" no piano.

- Ela estava montada em você no sofá quando entrei.

- Ela é tipo o Exterminador sexy.

- O que isso significa? Que ela continua voltando? Ela sussurrava com ele pela emissora.

- O quê? – ele a puxou pelo braço até um canto e a encarou - Só saí nesse encontro porque você fez questão de sermos solteiros em público.

- Tenho 12 chamadas perdidas de Chip, o jornalista esportivo, pois ele acha que sou solteira. Mas não o deixarei montar em mim de sunga para provar que sou.

- Você não me disse que ele ligou.

- Jura? Vai ficar com ciúme agora?

- Vou te recompensar. O que você quiser.

- O que quero é não ter a imagem de uma mulher de biquíni enfiando os peitos na sua cara. Boa sorte com isso. Visivelmente chateada com tudo aquilo.

- Não ganho pontos por descobrir o assassino?

- Não! Ela disse irritada e franzindo o cenho.

- Sr. Haxton. Podemos conversar?

- Estou prestes a entrar no ar com uma história.

- Nós também. Beckett disse e isso pareceu atrair o interesse dele.

- Tive uma conversa interessante com Kristina Coterra. Ela me disse que você foi o único homem que já rejeitou as investidas dela.

- Isso mesmo. O único homem – Beckett disse destilando sua raiva e ciúme.

- Não vejo como isso seja relevante.

- O orgulho dela foi ferido, então ela deu uma investigada. Você estava mesmo em um relacionamento secreto. Mas não era com Mandy. Ela descobriu que você tem um namorado e ninguém aqui sabe.

- Minha vida pessoal não é da conta de vocês.

- Normalmente, não seria, mas agora descobrimos que mentiu sobre o motivo de estar no apto. de Mandy e da briga que tiveram – ela puxou a foto -Tirou esta foto?

-Não.

- Que engraçado, ao se vasculhar seu apto., encontrou-se uma câmera com esta e outras fotos.

- Ela era sua parceira. Ela te ajudava com uma história. Por que não falou?

- Há apenas um motivo concebível. Você a matou.

- Ela era minha colega, minha amiga, por que a mataria?

- Porque ela descobriu a matéria de uma vida. Algo tão grande tem que ter validade legal, o que pode demorar semanas, meses.

- Mas Mandy não esperaria tanto, não com crianças adoecendo. Então ela resolveu entregar as descobertas ao IBAMA.

- E então você perderia sua grande exclusiva. E quando foi a última vez que teve uma grande exclusiva?

- Isso é loucura. É loucura acharem que matei alguém por causa de uma matéria.

- Sabemos que foi você, Miles – Beckett falou - Achamos resíduos de pólvora em suas roupas sujas, na máscara de esqui... em sua camisa...

- Precisam entender... foi um acidente. Eu só queria assustá-la. Achei que, se pegasse os documentos,
poderia impedi-la e conseguiria... ter a exclusiva, como ela prometeu. Mas ela me enfrentou. Ela lutou contra mim, tentou pegar a arma... Por que ela me enfrentou? – ele parecia arrependido - Eu nem sabia
que a arma estava carregada.

De volta ao distrito, eles atualizaram os rapazes quanto ao fechamento do caso. E Esposito fez um comentário que atingiu Beckett mesmo ela permanecendo calada.

Os colegas achavam que a conheciam tão bem e ela tinha essa vida secreta que escondia deles.

Castle percebeu a deixa e resolveu sair fora antes que isso acabasse se virando contra eles ou até outras coisas como os rapazes perguntarem sobre o tal encontro.

- Pois é. Está tarde, já vou indo.

- Eu também.

Ele virou-se para ele esperançoso - Quer que te acompanhe?

- Não, obrigada. Estou bem assim- ele percebeu o olhar indicando que Beckett ainda não estava querendo esquecer a historia do encontro - Boa noite, rapazes.

Ele observou-a andando pelo corredor. Castle tinha um olhar preocupado - Boa noite.

-Boa noite, Castle.

Esposito viu Reggie na TV e percebeu que estavam mostrando a surra que ele e Ryan levaram, na filmagem viu o amigo levar um soco por ele.

- Cara...você levou aquele soco por mim. Não precisava fazer isso.

- É o que parceiros fazem. Certo?

- Anda – isso amoleceu a birra de Esposito -  Vamos tomar uma cerveja. Eu pago.

-Legal. Qualquer lugar, menos um bar esportivo.

- Com certeza.

Batidas na porta a fizeram largar o livro sobre o sofá. Ela sabia exatamente quem estaria ali naquela hora. Relutou um pouco consigo mesma antes de virar a maçaneta. Mal abrira a porta, já o encontrara pedindo desculpas.

- Sinto muito – ela ameaçou bater a porta na cara dele mas não conseguia. Deixou-o entrar.

- Desculpe, não deveria ter ido àquele encontro. Deveria ter dito "não".

- E por que não o fez?

- Não sou bom nisso. Fingir ser solteiro.

- Nem eu, Castle. A última coisa com a qual quero me preocupar é com você estar com outras mulheres.

- Só para registro, eu não iria dormir com ela.

- Eu sei. A questão nem é essa. O ponto é... Eu não sei como fazer isso. Lembra que Miles disse que é inevitável isso desmoronar, que está destinado a implodir? – ela odiava ter que agir racionalmente às vezes mas o que devia fazer? A única resposta que lhe vinha à mente era, eu não sei.

- Só um lembrete, Miles é um assassino mentiroso – ela revirou os olhos - Mas...Tudo bem, talvez descubram, talvez não possamos trabalhar juntos, talvez implodiremos – ela mordia o próprio lábio, nem gostava de cogitar isso - Ou, talvez, continuaremos sendo maravilhosos juntos. Quando não temos as respostas, precisamos viver com as perguntas e... encontrar nosso caminho.

- Tudo bem. Podemos... – como ele sempre sabia exatamente o que dizer? Ele parecia tão melhor nessa coisa de relacionamento que ela! - Podemos começar assim... falamos sobre sair com outras pessoas, mas sem realmente sairmos com outras pessoas?

- Sim, posso fazer isso.

- Ótimo, porque tenho uma arma e você não tem escolha.

- Claramente não tenho.

- Não – ela sorriu e aproximou-se para beija-lo mas não conseguia, havia um bloqueio na sua mente - Sinto muito. Não posso. É muito cedo – visivelmente frustrada - Fico vendo os peitos dela na sua cara.

Ela se afastou dele e seguiu para o sofá. Na verdade, ela ainda estava digerindo a cena que presenciara. Não mentira quando falara sobre ver os seios da outra na cara dele. Sentada, abriu um livro e começou a ler, procurava se concentrar em qualquer outra coisa que não fosse em peitos, mulheres e... Ah,droga! Ela tentava resistir e se fazer de durona mas estava louca de vontade de ficar enroscada nos braços dele. Não estava com raiva apenas queria apagar aquela cena fatídica da sua mente. Ele sentara ao lado dela. Daria o tempo que ela precisava para esquecer aquele episódio. Castle também não imaginara que a sua ideia de encontro poderia ter se transformado em um verdadeiro ataque desesperado. Talvez em outros tempos ele tivesse adorado mas agora, seu coração pertencia a uma única pessoa, a mulher mais extraordinária que conhecera, sua musa. Ele não se importava de ficar olhando para ela por um longo tempo, ele se acostumara a fazer isso tantas vezes... Como agora, ela estava com as pernas dobradas sobre o sofá, o livro nas mãos, os dedos delicados viravam as páginas com um olhar atento ao texto a sua frente. Observava as expressões na face. De um franzido na testa a abertura de um lindo sorriso, ele a viu rir da história. Então decidiu que precisava conversar com ela, mudar seu foco, fazê-la prestar atenção nele. Precisava dos carinhos, dos beijos.

Ele se mexeu ao lado dela, aproximou-se e sussurrou próximo ao seu ouvido.

- O que há de tão interessante nesse livro que você dá mais atenção a ele do que a mim? Nem é Frozen Heat...

- É uma bela história de amor.

- Tem sexo?

- Acabei de falar que é uma história de amor, não significa que deve obrigatoriamente ter sexo.

- Frozen Heat é uma história de amor e tem sexo, quente. Você deveria ler... como você pode ler o livro de outro autor antes de ler o do seu namorado?

- Castle por favor! Quer deixar eu me concentrar? – ela adorou ele intitulando-se namorado. Às vezes nem ela cogitava usar essa palavra. Talvez fosse algo dela, não era boa com palavras como ele. Ela sabia muito bem o que ele estava fazendo. Queria atenção, queria que ela largasse o livro e sucumbisse a ele. Falar que não lera o livro dele certamente o deixaria mais agitado. Ela teria que disfarçar bem para que ele não descobrisse a verdade. Até onde ele iria para chamar sua atenção? Resolveu testar.

- Já que está tão interessado porque você não pega um vinho, me serve. Esses pequenos mimos que deve-se fazer de vez em quando? Ela provocou acariciando a coxa dele. Castle se levantou no mesmo momento e foi até a cozinha dela providenciar o pedido deixando Kate sorrindo por dentro. Ela teria que manter-se firme. Porque mesmo que pensasse sobre o que acontecera e sobre as palavras dele que certamente a confortaram, ela tinha dúvidas. Não quanto ao que queria ou seus sentimentos em relação a Castle e sim sobre quantas situações parecidas e inusitadas ela enfrentaria agora que a relação deles subira um degrau. Ele retornou com duas taças de vinho e a garrafa em um pequeno balde de gelo.

- Desculpe, você só tinha vinho branco.

- Tudo bem.

Ele a serviu e entregou-lhe a taça. Com a sua na mão, ele ergueu-a e insinuou um brinde.

- Aos relacionamentos vividos dia após dia.

Ela sorriu. Tomou o primeiro gole da bebida enquanto o observava. Era isso, não conseguiria ficar mais tempo estando ao lado dele e não fazendo o que desejava. Fechando o livro e colocando-o sobre a mesa de centro, ela quis saber.

- Castle, aquelas palavras que me disse anteriormente sobre viver as perguntas, encontrar o nosso caminho, aquilo foi o escritor falando?

- Não, aquele, ou melhor esse é Richard Castle, o homem, o ser humano comum tão cheio de dúvidas e receios como você, porém às vezes posso me empolgar na poesia. O fato é que tudo o que disse é para mim uma verdade. Somos maravilhosos juntos, independente do que aconteça daqui pra frente, essa conexão, nós, isso não mudará. Nós já éramos ótimos juntos apenas encontramos uma forma nova de melhorarmos ainda mais. A cada manhã, a cada dia com assassinos ou não estarei ao seu lado. Aprenderemos juntos. E Kate, não racionalize além do que é necessário. Muitas vezes, tudo resume-se ao sentir apenas.

Ela sorriu para ele. A vontade de beijá-lo apenas aumentara. Ela mudou de posição no sofá e inclinou-se sobre ele. Deixou as mãos deslizarem pelo peito dele enquanto encostava o nariz dela ao de Castle. Primeiro mordiscou o queixo dele e sorrindo buscou os lábios num beijo terno. Sentiu as mãos dele percorrerem a lateral de seu corpo para abraça-la finalmente contra seu corpo. Aprofundaram o beijo e por um bom tempo perderam-se um no outro.


XXXXXX


Passava da meia-noite quando finalmente já saciados, eles se enroscaram para dormir. Ele beijou o pescoço dela fazendo-a sentir cócegas. Rio do jeito que ele provocava já sabendo que ela era sensível a esse tipo de toque. Ele deixou a mão cair sobre o estomago dela e Kate entrelaçou a sua naturalmente a dele.

- Boa noite, Kate.

- Boa noite, Castle – ela apagou o pequeno abajur a sua cabeceira. Já ia fechar os olhos quando lembrou

- Hum...Castle?

- Hum?

- Vou precisar de seus talentos de escritor para criar a historia do tal ficante pra Lanie. Ela não vai me deixar livre dessa.

- Tudo bem, daremos um jeito.... amanhã...

- Certo, amanhã....

E finalmente fechou os olhos entregando-se aos ruídos da noite de New York. 



Continua...... 

7 comentários:

Marcele disse...

Ola! como disse, tornei-me sua fa!
Li os capitulos desta fic e apesar de ser baseada nos episodios, vc nao deixa de surpreender.
A primeira noite de amor de Rick e Kate, em suas palavras, foi muito sensual mas ao mesmo tempo,delicado. Assim, como duas pessoas que estao comecando a descobrir o tamanho amor que os envolve.
Este capitulo, gostei da maior participacao da Lanie.Assim como na sua fic,a maior amiga da kate merecia aparecer mais no episodio.
Bjao pra vc. Estou esperando o proximo capitulo!

MarluLeles disse...

Perfeito Karen! Eu adorei vc escreve divinamente.
Parabéns pois nem todos temos essa capacidade.

larynhapaulista disse...

Não vou falar da parte do episódio porque ele foi ótimo. Vou comentar das partes que você acrescentou.
A conversa depois de o Castle ter aceitado o encontro com Kristina em Rede Nacional foi um máximo, ela falando que o copo de café é tudo para ela, que estava mais chateada por ele não ter levado o copo de café do que ele ter aceitado o encontro. E tem um significado para nós também. Quase morri quando vi que Castle estava só com um copo de café na cena de crime no episódio.
Além do mais foi muito bom ver Kate com ciúmes de Castle nesse episódio. E ver que ela está comprometida com ele, não atendendo o jornalista do esporte.
A conversa com a Lanie ainda bem que foi por telefone.
As continuações dos episódios são maravilhosas. Gostei muito de como vocês continuou depois da Kate se esquivar do beijo.

Indo ler o próximo capítulo porque estou atrasada na leitura da fic hehehehe

Marlene Brandão disse...

um pouco tenso este epi né? Beckett com ciumes é incrivél,putz! Caslte tem o passado mais sujo que os mendigos aqui do Pará,mas a base de um relacionamento é a confiança.
E a frase dela"- Não,Sinto muito. Não posso,Fico vendo os peitos dela na sua cara". (risos)
ce ta de Parabéns Ká!

Karen Jobim _ Escritora e seriadora!!! disse...

Muito obrigada, meninas! Fico feliz q vcs estão acompanhando e gostando. Continuem lendo e postando...bjks!

Unknown disse...

oi karen,
gostaria de entender como funciona seu blog. Descobri apenas recentemente os episódios de Castle e me interessei. Por onde devo começar?
Aproveito para lhe dar os parabéns.
Gostei de como vc escreve.
Ana Cláudia

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.