Nota da Autora: Segunda capítulo e confesso que talvez não tenha muita novidade...espero que apreciem mesmo assim. Desculpem, minha semana foi mega agitada. Prometo melhorar nos próximos.
Cap.2
A suposta folga de Beckett estava acabando. Ela
passara os dias de suspensão da NYPD finalmente descansando. Era a primeira vez
após toda a loucura que vivenciara no último caso que ela conseguia realmente
descansar. Quer dizer, descansar não era bem o termo. Relaxar sim. Ela
aproveitou bem seus dias de folga com Castle, especialmente porque Alexis e
Martha estavam viajando o que dava a eles uma certa privacidade para
frequentarem um a casa do outro sem levantar suspeitas ou mesmo ter que
responder perguntas. Ao acordar hoje, ela preparava-se para voltar a sua
rotina. Agora porém havia uma nova variável. Seu relacionamento com Castle.
Tudo era muito novo e ambos concordavam que pelo menos por um tempo, deveriam
manter seu relacionamento em segredo. Isso evitaria problemas com Gates e de
certa forma daria a eles uma folga com relação aos amigos e principalmente a
imprensa, afinal Kate não podia esquecer que namorava um autor de best-sellers,
figura pública e bem conhecida das colunas sociais.
Ela estava na frente do espelho ajeitando a blusa que
escolhera. Estava achando demais para trabalhar. Ele entra no quarto entregou
uma caneca de café a ela.
- Castle, o que você acha desta?
- Sexy.
- Sexy? O que quer dizer com sexy? Ela sabia que
estava exagerando.
- Quero dizer...- ele deu uma boa olhada nela - Quis
dizer... sexy! O que há de errado nisso?
- Por Deus, Castle. É meu dia de volta ao trabalho. Deveria
parecer normal.
- Ninguém poderá dizer que estamos juntos pelo que
está vestindo.
- Não? Eu trabalho em uma sala cheia de detetives –
ela tirou a blusa deixando o colo à amostra, Castle não pode deixar de reparar
nos belos seios cobertos pelo contorno do soutian, ela vestiu uma blusa branca
- É o trabalho deles.
- Que tal esta?
- Não. Estava perfeita porque tudo nela ficava mas o
que custava ele dizer que não estava apenas para vê-la com o colo exposto e
admira-la? Ele balançou a cabeça e entortou a boca desaprovando. Ela suspirou
chateada e abriu novamente a porta do armário para procurar uma nova roupa e
então ela caiu em si.
- Você só quer que fique tirando a camisa, não é?
-O quê?
- Pare com isso. Já te disse que a NYPD tem uma política
rigorosa sobre parceiros... saindo juntos. E voltou a abotoar a blusa branca.
- Como não recebo, tecnicamente, não somos parceiros.
- Sério? E acha que a cap. Gates verá dessa forma? Se
alguém descobrir, e ela ouvirá coisas...
- Ninguém irá descobrir. Nem contei para minha mãe ou
Alexis.
- Só porque elas estão na Europa celebrando a
formatura dela. Ela tomou mais um pouco do café.
- Verdade, mas não lhes disse a distância.
- Ninguém descobrirá – ele a puxou para si no momento
que um som de mensagem apitou em seu celular - Mas só para garantir, é melhor
trocar de calça – sim, ele estava muito a fim de perder alguns minutos com ela.
- Houve um assassinato na zona norte.
- E parece que continua de calças.
Deixando o celular de lado, ela envolveu seus braços
ao redor do pescoço dele e se colocou novamente no lugar da mandona da relação.
- Castle, lembre-se, aja normalmente. E quando
estivermos em público, somos solteiros. Entendeu? Obrigada.
-Entendi. Ela o beijou. Mesmo rápido, o beijo entre
eles era capaz de fazê-la gemer de prazer e sorrir. Dirigiu-se a porta.
- Então sem caronas? – ela olhou para ele
repreendendo, Castle pensou não custa tentar - Eu pego um táxi.
Na cena do crime, Castle aparece caminhando com apenas
um café na mão. Ela claro, notou.
- Bom dia, Detetive Beckett.
- Castle, onde está meu café?
- Você já tomou.
- Tem me trazido cafés pelos últimos 4 anos – ela
revirou os olhos. Como ele não trouxera café pra ela? Precisava disso.
- Disse para agir normalmente.
- Isso levantará suspeitas. Beckett estava apreensiva.
-Não se preocupe. Relaxe. Você está exagerando, sério.
Esposito veio ao encontro dos dois.
- O quê? Sem café?
-Esqueci o dela- falou sem graça.
-Esqueceu? No primeiro dia de retorno dela?
- Tudo bem. Já o perdoei – ah ele vai me pagar por
isso! Pensou.
-Quem é nossa vítima?
- Celebridade local.
- Um jardineiro a encontrou atrás desta fonte hoje de
manhã.
- Ela é a garota do tempo da WHNY, Mandy Michaels.
-Mandy Michaels?
-Ela mesma.
-Sério?
-Sério.
- Caramba, eu a assistia todas as noites. Ela tinha as
melhores... previsões – Kate olhou para ele pedindo explicações - O quê? Como
um homem solteiro, aprecio as habilidades dela. Não pode dizer que a assistiam
pelo clima.
- Bem-vinda de volta! Lanie falou.
- Obrigada.
- Você... – Lanie observou o semblante da amiga - fez
algo de diferente?
- Não, por quê?
- Não sei. Alguma coisa mudou.
- Então, como ela morreu?
E Lanie começou a dar detalhes sobre a morte da moça. Único
tiro, parecendo um assalto mal sucedido. Ela ordenou que verificassem e
rastreassem o telefone, nada explicava porque ela estava ali. Ela percebera que
Esposito e Ryan continuavam se estranhando e propositalmente, ela mandou-os
trabalhar juntos. Ela e Castle falariam com a família. Rastreando o celular,
através do GPS do celular. Encontraram um endereço e estavam em um andar de
salas de onde poderiam ouvir o toque do celular por uma das portas. Ao
arromba-las encontraram o suposto ladrão com a bolsa da vitima e o levaram para
o distrito. Jonathan Goodheart. Tinham vários delitos pequenos na sua ficha mas
nenhum ligação com a vitima. Ele achou a bolsa na lixeira. Beckett acabara de
sair do telefone com a mãe da vitima. Era sempre ruim ter que dar a noticia a
família, anos de prática não ajudavam nesse momento, ela sempre se compadecia e
era afetada. Ela falou que a mãe comentara que Mandy vivia para o trabalho,
nada de namorado também. Ryan foi até eles para mostrar um bilhete de ameaça
que encontrara "Se algo vazar, eu te mato". É tudo indicava que não fora um
assalto, alguém queria Mandy morta. No necrotério, Lanie confirmou as
suspeitas.
- Não foi um assalto.
- Como você sabe?
- Os respingos de sangue na blusa indicam que a camisa
foi rasgada após o tiro.
-E os hematomas?
- Depois de morta. Para fazer parecer um assalto. Alguém
tentou cobrir seus rastros.
- Falando nisso, descobri o que está diferente – ela
apontou para os dois aleatoriamente como alguém que está pescando algo - Estão
fazendo sexo.
- Como é?
- Não tente negar. Há um brilho. Conheço o brilho. Quem
é o cara?
- É, Beckett, quem é o cara? Castle provocou.
- Ninguém que conhece, certo?
- Tem certeza? Conheço vários homens.
- Tenho certeza. Mais alguma coisa? A resposta de
Beckett claro não convenceu Lanie mas ela deixaria quieto, por hora.
- Para falar a verdade, encontrei maquiagem na blusa
de Mandy que é bem mais leve do que a que ela usava. A posição indica um
contato próximo, como se tivesse lutado com alguém.
- Arredondando as mulheres que usam maquiagem leve, é
uma rede bastante ampla.
- Não é uma maquiagem qualquer. É formulada para
câmeras de alta definição.
- Como as usadas em emissoras de TV.
Castle e Beckett tinham um único lugar para ir a
seguir. A emissora onde Mandy trabalhava. Andando pelos corredores, eles podiam
ver nas telas a noticia do assassinato da garota do tempo. Os colegas
noticiavam o caso ainda abalados. Beckett encontra o gerente do canal.
Conversando um pouco com ele, ficaram sabendo que Mandy tinha um conflito com
outra garota do tempo, Rebecca Fog. Apesar da discussões e do fato de Rebecca
irritar constantemente Mandy, o chefe delas afirmava que não cometeriam
assassinato. Para Beckett, era uma linha que valia a pena seguir. Ela perguntou
quando isso acontecera.
- Ontem à noite. Vou te mostrar.
- Desculpe, Chip. Precisamos do lugar.
- Claro, Harvey. O que é?
- Bob, preciso da filmagem de Mandy da noite passada na
Cidade da Confiança. A polícia precisa ver uma filmagem da Mandy.
- Isso foi uma coisa terrível. Falando no melhor de
Nova Iorque – o cara olhou Beckett de cima a baixo -Ela é mesmo policial?
-Sim, ela é mesmo policial.
- Chip Chambers. Falo de esportes. Pode me prender a
qualquer hora.
- Bem...- Beckett olhou pra ele pensando que cantada
horrorosa - Talvez eu prenda.
- É isso.
A filmagem mostrava Mandy encerrando uma transmissão
quando Rebecca surge já a atacando e as duas começam a discutir feio. Acusando
uma a outra até o momento que a filmagem fora interrompida.
- O que aconteceu?
- O câmera desligou a câmera e acabou com a briga.
- Ele viu Rebecca sair?
- Não. Quando elas se acalmaram, ela as deixou
conversando.
Deve ter sido uma grande conversa. Uma hora depois, Mandy
estava morta.
Eles foram falar com Rebecca.
- Mandy Michaels era preguiçosa, intitulada "vadia
dos peitões". Peguei a folga dela desde que cheguei aqui. "Harvey, não
posso ir no helicóptero para Trânsito Ao Vivo por causa da asma. Mande Rebecca
fazer." Eu a odiava? Sim. Mas eu nunca a mataria.
- Exceto agora que ela está morta, você pode trocar o
turno de 4h pela vaga cobiçada e lucrativa do Jornal da Noite, certo?
- Por favor. Não precisava matá-la por isso. Só
precisava esperar. Ela já tinha passado da data de validade.
- De acordo com Harvey, ela ainda tinha uma audiência
fiel.
- Pessoas que se importavam com quanto botões da blusa
estavam abertos. Mas com sua idade, em HD,
ela estava ficando sem botões rápido.
- Sobre o que foi a briga, srta. Fog?
- Sou uma meteorologista certificada, certo? Eu tenho
um cérebro. Mandy estava apenas enfeitando com decotes. Minhas previsões eram
mais precisas que as dela e as pessoas estavam percebendo. Semana passada, para
se vingar, ela invadiu meu escritório, roubou um bocado do meu equipamento. Foi
por isso que fui confrontá-la. Mas é isso. Isso é tudo.
- Onde você estava ontem às 22h28?
- Dormindo em casa. Estou no turno das 4h, lembram? Além
disso, ela saiu primeiro do Hospital Infantil. Para achar quem a matou, perguntem
à pessoa do jipe prata que a pegou.
- Que pessoa?
- Não sei, me assustou. O carro tinha janelas
pintadas, mas pareceu que se conheciam.
Então Beckett resolveu passar as informações de Rebecca
para os rapazes checarem no distrito. Enquanto ela aguardava Esposito checar os
dados ao celular, ela observava Castle de longe. Ele estava à frente de um
monitor de TV fazendo encenações para tela, fingia que voava como o superman. Beckett
não podia resistir a sorrir. Adorava esse jeito moleque de Castle, ele a olhava
e acenava para ela. Tinha que estar mesmo muito apaixonada para achar essas
criancices de Castle fofas. Mas fora esse lado brincalhão que a conquistara aos
poucos, isso e o jeito como ele a respeitava, a valorizava e a admirava. Ela
estava tão absorta observando o homem à sua frente que esquecera de Esposito do
outro lado da linha. Quase não prestara atenção ao que ele dissera exceto que
Rebecca tinha um álibe sólido. Ela até
trocou umas palavras quando conversava com ele. Não podia perder a
concentração, precisava manter o foco. E então ela percebeu a mulher que se
aproximava de Castle e parecia tentar canta-lo. Uma ponta de ciúmes surgiu na
mente dela e a fez dispensar Esposito apenas para saber o que estava
acontecendo.
- Muito bem – ao vê-la por perto e já conhecendo as
reações dela apenas pela linguagem corporal, tratou de se explicar- É só a
repórter de entretenimento. Ela... Minha agente vem insistindo que eu promova "Frozen
Heat", então...
- Ela não é a repórter que trabalhava de biquíni?
- É... Eu não... Nunca reparei.
- Quer tentar de novo, soar um pouco mais convincente?
A cara de Beckett dizia tudo.
-Não, tudo bem.
- Certo. E ela dividiu com ele os últimos detalhes que
Esposito llhe contara. Ligações de celular descartável. Sempre entre 2 e 4h,
horário que ela estaria trabalhando na emissora. Sendo assim, eles procuraram
entrevistar mais algumas pessoas e conseguiram informações bem interessantes
com duas maquiadoras. Elas comentaram sobre um homem secreto na vida de Mandy.
Ela estava cheia de segredos a respeito dele. E isso tinha uma explicação.
- Então, têm ideia de quem ele seja?
- Sim. Algumas semanas atrás eu saí para pegar um
biscoito na máquina e os ouvi falando sobre o grande jogo.
- Ele é um atleta?
- Mais para estrela de um time local de basquete bem
conhecido. O número 17 lembra algo?
- Reggie Blake? – Castle exclamou em voz alta para
logo em seguida baixar o tom - Ela saía com Reggie Blake?
- Castle, ele não é casado?
Eles ligaram para o distrito e ouviram as confirmações
sobre Reggie: casado, com um contrato pré-nupcial rígido quanto à traição o que
encareceria um divórcio e ainda dirigia um jipe prata. Diante dos fatos,
Beckett ordenou que eles fossem busca-lo. Isso não agradou a nenhum dos dois.
Ryan e Esposito não estava se falando direito ainda. A mágoa era principalmente
do lado de Espo, ainda não engolira a ,na sua opinião, traição de Ryan. Eles
estavam esperando Reggie aparecer e assim que ele andou por entre os fãs e
entrou em casa, os dois se dirigiram a porta e mostraram seus distintivos ao
segurança alegando que deveriam leva-lo para o distrito.
- Está obstruindo a investigação.
- Então, ande. O segurança abriu passagem para eles.
Espósito sentiu-se confiante.
- Isso que eu pensei. Mas não iria ser tão fácil assim
que a porta abriu, um verdadeiro armário o bloqueou dizendo que não levariam
Reggie a lugar nenhum.
- Saia do caminho, cara – disse Esposito impondo moral
e jogando seu corpo contra o do segurança para apenas ver o murro direto em seu
rosto.
No distrito, Castle já estranhara a ausência dos dois.
- Já não deveriam ter voltado?
-Talvez pegaram trânsito.
-Ou se pegaram.
- De qualquer forma, Reggie vai ser pego. Policiais
foram ao prédio de Mandy e os vizinhos disseram
ouvi-la gritando com o cara no dia que foi morta. Falaram
que parecia briga de casal.
- O relacionamento vai mal, o casamento está em risco.
- Então Reggie lhe manda um recado."Se algo
vazar,eu te mato."
- Ela se recusa a jogar e ele faz o que melhor sabe...
Começa a agir.
Nesse momento, eles ouvem a campainha do elevador.
Ryan e Esposito traziam Reggie e ambos estavam com olho roxo. Beckett se
assustou ao vê-los assim. Espo pediu para não perguntarem. Ele e Ryan quiseram
entrevistar pessoalmente Reggie. Apesar dele justificar e pedir desculpas pelos
seguranças, eles não estavam muito interessados. Queriam saber porque Reggie
matara Mandy. Reggie afirmara que não fizera isso. Após falar da testemunha que
viu ele pegando a vitima no seu jipe, falaram também do caso. Isso intrigou
Reggie que negou tudo. Disse que conhecia Mandy e sua esposa também, eram
amigos. Ambos estavam com as carreiras ameaçadas pela idade e faziam caridade
no mesmo hospital. Evitavam deixar isso
claro porque sabiam como eram as pessoas, um atleta e a garota do tempo? Era
fofoca pra um bom tempo.
- Ela não era assim. As crianças do Cidade da
Confiança, para outros famosos, só serviam para foto. Ela não. Ela se
importava. Deviam ter visto semana passada, ela fazia perguntas, ouvia as
histórias. As pessoas a achavam oportunista, mas ela não era. Enfim, eu a vi
parar um táxi. Ofereci carona. Ela pediu
para ficar no parque. Isso foi perto das 22h.
-Onde estava às 22h28?
- No X Bar promovendo meu novo tênis. Chequem.
- Mandy falou por que queria ficar no parque?
- Não. Ela parecia nervosa. Talvez tenha a ver com o
aconteceu há uns dias.
- O que aconteceu?
Ela pediu carona, estava na emergência. Perguntei o
tinha acontecido, ela não disse.
-Espere. Ela era paciente lá?
-Era.
- Ela não parecia machucada, mas estava triste.
Já era noite e as investigações não avançaram tanto quanto
Beckett gostaria. Estava sentada na ponta da mesa com Castle a seu lado.
Observavam o quadro.
- Acredita nessa história de "só amigos"?
- É possível.
- É, é possível, mas não provável.
- Não sei. Fomos amigos por 4 anos. Disse Castle.
- Mas você sempre quis transar comigo. Ela sorriu.
- O quê? Como é? Você queria transar comigo – ele
olhava para ela provocando - Vestia-se daquele jeito para o Esposito?
- Para mim o quê?
-Nada. Os dois trataram de disfarçar.
-Não se preocupe.
- O álibi do Reggie é sólido. Ele estava no bar comprando
bebida para todos quando Mandy morreu. A esposa confirma que eram só amigos. E
foi ela quem comprou o celular, pois o dele foi hackeado.
Fale com o médico que cuidou da Mandy há uns dias. O
que a levou à emergência pode ter se repetido ontem.
- Gente, descobri com quem Mandy...
- Está usando maquiagem?
-Não? O roxo no rosto de Ryan desaparecera.
-Jura? Porque há 1 hora nós tínhamos olho roxo e agora
você não tem.
- Não é maquiagem. É hidratante colorido. Jenny passou
aqui e tinha um pouco na bolsa. Aí pensei, sabe...- ele ficara constrangido com
todos olhando-o como se fosse de outro planeta, mal sabia Ryan que pelo menos
Kate estava achando tudo muito bonitinho e compreendia tudo aquilo agora porque
se sentia assim, nessa vibe - Certo, julguem o quanto quiserem. Descobri com
quem Mandy brigou no dia que morreu. A loja da rua dela tem câmera. Não há
sinal do Reggie,mas vi outro rosto familiar – e mostrou a foto - O repórter
Miles Haxon.
Beckett e Castle voltaram a emissora de TV para
interroga-lo. ele confirmou ser ele e ter estado na casa dela. Beckett
mencionou a briga. Queria saber o motivo. E a resposta mexeu bastante com os
dois. estavam namorando.
- Por que não disse antes?
- Não podia arriscar que soubessem. O repórter e a
garota do tempo? Não. Esta emissora tem uma política rígida sobre namoro
interno. Mesmo com o que aconteceu à Mandy, Harvey ainda me suspenderia.
- Há quanto tempo namoravam?
-Alguns meses.
-O que deu errado? Castle perguntou curioso. Tudo
aquilo era bem parecido com o que ambos estavam vivendo naquele momento.
- Esta é uma coisa sobre relação secreta, certo? No
começo, você está empolgado. Cada momento junto
é uma dose de adrenalina direto no coração. Um frio na
barriga no caminho para o trabalho – enquanto falava Castle e Beckett não
podiam deixar de pensar que eles sentiam-se exatamente assim - É empolgante e
perigoso e o sexo é maravilhoso – essas ultimas palavras fizeram Kate baixar a
cabeça e tentar captar a reação de Castle com o canto dos olhos, ele teve que
se conter para não abrir um sorriso. Era bem isso que eles estavam vivendo.
-E depois? Castle quase tivera medo de saber a
resposta porque sabia que isso os deixariam encucados e a última coisa que
queria era Kate pensando bobagens.
-Implode. Não manteríamos o segredo. Estávamos nos
afogando nas mentiras.
-Seus colegas descobriram? Beckett perguntou.
-Ainda não.
- Mas tinha que disfarçar para não acabar com nossas
carreiras. Eu ainda tenho chance na rede nacional. E Mandy não queria que
acabasse.
- Poderia ter ameaçado contar para Harvey. Sugeriu
Beckett.
- O quê? Não. Está brincando? Não, Mandy não queria que
vazasse tanto quanto eu. Vocês não vão contar, vão?
- Onde estava ontem à noite às 22h28?
- Festa de impressa no Ritz-Carlton para o lançamento do
smartphone Vega.
- Mandy te disse algo sobre ter ido à emergência uns
dias atrás?
- Não, não mencionou, mas estava agindo estranho
semana passada.
- O que quer dizer?
- Ela não me disse, mas havia algo mais a preocupando.
Havia outra coisa incomodando-a.
Eles andavam pelo corredor da emissora. Visivelmente
afetados pela conversa com Miles principalmente Beckett.
- Parece que as maquiadoras estavam certas sobre o
romance, só erraram o cara.
- Castle, e sobre o que disseram sobre ser impossível
esconder um romance secreto? Você ouviu Miles.
Não quero me afogar em um mar de mentiras.
- Se te consola, sei fazer boca-a-boca. Ela já sorria
para ele enquanto colocava o telefone em viva-voz - Oi, Espo.
- Encontramos algo estranho. O médico que atendeu
Mandy disse que ela teve um ataque grave de asma.
- Não é estranho. Sabemos que Mandy tinha asma. E por
isso não usava o helicóptero do canal.
- O que me leva... à parte estranha – disse Esposito -
Ela pousou na emergência no helicóptero da WHNY. Pousou no heliporto e o piloto
a levou para dentro.
- Certo, obrigada.
- Com a asma, o que ela fazia lá em cima? E por que
ninguém sabia disso?
- Há uma pessoa que sabia disso. O piloto do
helicóptero. Beckett disse e eles já ia saindo a procura do piloto quando uma
voz chamou por Castle.
- Aonde vai, bonitão? São 20h30. Está na hora da
participação com Kristina. Tenho que te levar para maquiagem.
Ele olhou para ela indeciso mas Kate o tranquilizou - Tudo
bem. Eu cuido disso.
- Certo. Não resolva o caso sem mim.
Beckett foi conversar com o piloto e descobriu que
Mandy ofereceu dinheiro a ele, mil dólares para que ele voasse por um tempo e
não deveria contar a ninguém. Queria ir para Jersey. Não sabia o que ela queria
ao certo, ele nem deveria voar fora de New York mas era Mandy e ela disse que
se tratava de um caso de vida ou morte mas começou a passar mal e teve que
leva-la ao hospital pois estava sem o inalador.
Beckett voltou para o estúdio e se perguntava se a
entrevista de Castle terminara. Queria ir para casa e ainda ter uma conversa
com ele sobre rotina, ainda não se conformara com a história do café. Viu numa das TVs a imagem da transmissão da
entrevista de Castle. Parou na frente do monitor e ficou admirando. Ele era
charmoso e galante, ela não podia negar. E era dela. Um sorriso apaixonado se
formou ao vê-lo contar suas historias. Algumas que certamente a conquistaram
aos poucos. Ela suspirou. Desde quando ficara tão ligada a um cara? Tão
apaixonada? Ela sabia a resposta. Desde muito tempo e mesmo assim tudo com
Castle era diferente. Ela se sentia livre para experimentar, para se doar. Talvez por isso essa história de romance
secreto a preocupasse tanto. Sabia dos riscos e se fossem pegos? Como eles
ficariam? Ela já decidira ir embora quando percebeu a mudança no rumo da
entrevista, entrando no campo pessoal.
- Como lindo autor de best-seller, tenho certeza que
deve ter mulheres se jogando aos seus pés o tempo todo.
- Bom, todos temos nossas cruzes.
- Sim, você é como um mártir. Kate revirou os olhos e
deu as costas para TV porém...”Ninguém especial
em sua vida agora?” e isso a fez voltar a sua atenção
à tela.
- Eu...Não, na verdade, não. Ninguém especial. Estou
solteiro agora.
Ok, isso fora o que combinaram. Em público, solteiros.
Porém, fora a próxima pergunta que deixara Kate de queixo caído. Ela tinha os
olhos vidrados na TV.
- Isso é bom, porque há algo que gostaria de
perguntar. Quer jantar comigo amanhã?
- Estou lisonjeado.
- Mas tenho que recusar. Kate completara esperando que
ele a ouvisse e dissesse o mesmo.
- Vamos, Castle. Só temos 3 segundos antes do
comercial.
- Exatamente, o que está esperando? Oi. – Kate já
estava ficando impaciente com essa demora - Não.
- Na verdade,
eu adoraria.
- É um encontro.
- Ótimo.
O que? Kate não poderia acreditar no que vira. Porque
ele não recusou? Porque? Mesmo curiosa o suficiente, ela não ia ficar esperando
por ele para descobrir. Kate sabia que era o ciúme falando por ela. Mas que
droga! Custava ele ter dito não?!
Mais tarde Castle apareceu na sua porta. Ela abriu não
muito satisfeita.
- Porque você não me esperou?
- Talvez não tivesse muito a fim. O que foi aquilo
Castle? “Estou lisonjeado e eu adoraria” – ela imitava a voz dele – por acaso
não existe a palavra não em seu vocabulário? Porque não recusou? Inventava uma
desculpa, um compromisso.
- Ok, entendi. Você me disse para agir como solteiro.
Fiz o que você pediu. Não é nada demais.
- Exceto que aceitou um encontro com a repórter de
biquíni!
- Kate... – ele mordeu os lábios – não se preocupe. Sei
que está com ciúmes, é natural.
- Ciúmes? Não! – então ela olhou para ele e revirou os
olhos porque se enganar? – Sim, tudo bem, admito. Estou com ciúmes. Mas não é
somente isso, tudo muda. Falei que não podíamos mudar nossas rotinas e olha o
que está acontecendo? Você nem levou café para mim de manhã! E já tem um
encontro. Eu preciso do meu café, Castle.
Agora ele estava confuso. Como uma discussão sobre
encontros e ciúmes acabara em café?
- Você está chateada por causa do café? Não do
encontro?
- Sim, como você pode pensar que não iria querer meu
café? Você mais do que ninguém deveria saber o quanto isso é importante. Você
mesmo disse para mim.
- Nossa, Kate. Tão importante assim? - Ele se
aproximou dela. Envolveu-a pela cintura – acho que te devo desculpas.
Subestimei o poder do café para você.
Ela já cedera ao abraço dele e certamente cederia a
algo mais porém naquele momento, ela tinha que explicar o porque estava tão
chateada.
- Um ritual de quatro anos. Algo que se tornou parte
obrigatória da minha vida, assim como para você, o momento em que você chegava
com o meu café, era o nosso momento íntimo, algo somente nosso. Como um bom dia
especial. Em todos esses anos sabem quantas pessoas que trabalharam comigo
sabiam o quanto eu gostava de café? Nenhuma! Sabe quantas conhecem meu tipo de
café preferido? – ela acariciou o rosto dele e sorriu – apenas você. Então, a
resposta é sim, por isso é tão importante muito mais que o seu encontro.
Ele sorriu para ela.
- Bom saber. E desculpe – ele deu um selinho nela – e
quanto ao encontro, você verá que é exatamente o que precisamos para não
levantar suspeitas.
No dia seguinte, eles desciam as escadas no distrito
ainda conversando sobre a entrevista dele ontem e seu encontro.
- Estou te dizendo que é o disfarce perfeito. Ninguém
suspeitará de nós se eu estiver com Kristina.
- Castle, bom trabalho com Coterra, mano. Esposito
ergueu a mão para cumprimenta-lo. Castle retribuiu o gesto enquanto ela
observava.
-Viu? Perfeito.
-É, é perfeito – ela estava tranquila quanto a isso
mas tinha que perguntar - Como está planejando esse encontro com ela?
- Vou levá-la a um jantar caro, romântico e que nos
vejam, talvez até sair no Page Six. Não seria ótimo?
- Sim, seria muito bom.
- Está bem com isso, certo?
-Sim, sim. Por quê?
-Só perguntando.
Ela o atualizou sobre a conversa com o piloto e
seguiram para um encontro com Rebecca Fog. Tinham que descobrir o que Mandy
pretendia com os equipamentos. A própria Rebecca se admirou quando Beckett a
contou.
- Se estava no helicóptero, ela usou o monitor direct
tox.
- O monitor direct tox, claro – disse Castle. Beckett
já colocou a mão no rosto evitando de rir, olhou para ele.
-Não faz ideia do que seja.
-Não, nenhuma.
- É um instrumento para testar a qualidade do ar. Mas
ela era uma porta-voz admirada.O que diabos ela queria fazer?
- Há alguma maneira de descobrir?
- Sim, o monitor salva os dados de medição. Espere. Isso
não pode estar certo.
- O quê?
- Está indicando altos níveis de estireno.
- E isso é incomum?
- Estireno é uma substância perigosa. Exposição
prolongada pode gerar problemas respiratórios graves.
- Como asma.
- Ela teve um ataque logo após realizar o teste.
- Lembra-se da declaração de Reggie? Ele disse que
Mandy estava no hospital com crianças doentes. Talvez haja uma conexão.
Beckett contatou algumas pessoas que faziam tratamento
no hospital que Mandy frequentava e uma delas se dispôs a ir ao distrito. Ela
descobriu que Mandy não estava apenas visitando os pacientes e querendo
publicidade, ela estava investigando possíveis ligações entre a doença e um
lugar especifico de Jersey, Campo Conway. Ryan também conseguiu mais
informações, a maioria das crianças frequentavam o campo e nesse bairro especificamente
os casos de crianças internadas por crise de asma grave eram bem superiores aos
demais da região. Tudo indicava que Mandy descobrira o responsável pelo
estireno e isso a matou. Eles checaram o plano de voo do piloto do helicóptero
e descobriram quem ela colhera amostras de ar de oito fabricas todas próximas
ao campo Conway. Apenas uma produzia estireno. Carpetes Cazuli. O logotipo da
fábrica era o mesmo do bilhete ameaçador de Mandy. Fazia todo o sentido,
ameaçado pela garota do tempo ele via que sua fábrica poderia fechar se isso
fosse à público. Puxaram a ficha do dono. Estava na hora de traze-lo para
depor.
- Sr. Cazuli, sente-se.
- Já vi episódios suficientes de Law & Order para
saber como isso funciona. Acha que me engana para dizer algo que não é verdade?
Só digo isto. Não direi outra palavra até meu advogado chegar.
- Sem problema - Beckett sorriu ia ser mais fácil que
tirar doce de criança - Sr. Castle e eu usaremos este tempo para revisar sua
ficha antes do advogado chegar.
- Sim. Isso vai ser útil.
Ela se sentou de pernas cruzadas sobre a mesa, o
arquivo aberto sobre elas. Castle a acompanhou sentando-se na cadeira de frente
para ela enquanto Cazuli permanecia em pé observando. Beckett começou seu
pequeno jogo com Castle.
- Que ficha grande, não é? Certo. Vamos ver. Há 6
meses, Cazuli modificou a moldura de seu tapete para criar um produto mais
duradouro.
- Quem não quer um tapete melhor? Castle brincou.
- Sim, mas, infelizmente, esse processo gerou um
produto químico chamado estireno. Que é normal em pequenas doses, mas, no caso
da fábrica Cazuli, foi ultrapassado o limite admissível.
- Isso é terrível. O sr. Cazuli sabe?
- É difícil imaginar que ele não sabia, certo? De
acordo com isto, a garota do tempo, Mandy Michael, associou os níveis elevados
de estireno ao aumento nos casos de asma.
- Isto não está soando bem para Cazuli.
E eles continuaram a dança expondo todos os detalhes
da investigação que apontavam diretamente para Cazuli deixando-o nervoso. Mas
apenas quando Beckett o acusou de matar Mandy foi que ele se manifestou
gritando para interromper os dois.
- Tudo bem, já chega! Essa estrelinha meteu o nariz em
negócios alheios. Ficou se exibindo, toda poderosa, com este estúpido arquivo e
eu lhe disse, eu lhe disse: "Dê o fora daqui, vadia!" "E se eu
vir sua cara aqui, você se arrependerá. " Eu disse a ela. E ela disse que
se não fechasse a fábrica, ela iria nos expor. Esse maldito bilhete... O
bilhete era para assustá-la um pouco. Pareceu funcionar. Pois não a vi mais. Qual
é. Dá um tempo. Achei que a bagunça tinha acabado.
- Obrigada, sr. Cazuli.
-É. Por quê?
-Por admitir motivo e ter ameaçado Mandy.
-O quê? Nesse instante o advogado entrava na sala.
- Ele é todo seu, advogado.
- Onde você esteve?
Aparentemente, Cazuli alegava inocência. Realmente não
havia nada que o ligasse ao caso. Tudo não passava de especulação até que Ryan
trouxe uma nova informação relevante ao caso. Encontrara uma foto tirada da
chaminé da fábrica no arquivo que Mandy deixara com Cazuli. Tinha data nela. Última
terça às 17h47.
- O que quer dizer?
- Que Mandy não estaria em dois lugares, ela não
poderia ter tirado essa foto – Beckett disse - Ela estava no ar às 17h47.
-Então quem tirou a foto?
- Ela tinha um parceiro.
- Por isso Mandy disse a Cazuli que "eles" o
expuseram.
- Se ela tinha um parceiro, por que ele não apareceu?
- Talvez tenha medo de Cazuli.
- Se o encontrarmos, talvez saiba de algo que
incrimine Cazuli.
- Por que não pedimos o jantar e trabalhamos nisso? –
Beckett sugeriu. Mas Esposito lembrou algo que aparentemente Castle havia
esquecido.
- Espere, Castle. Você não tem um encontro com
Kristina Coterra?
- Tenho sim. Droga, estou atrasado!
-Não se atrase por nossa conta.
- Tem certeza de que está tudo bem para você? – ele
olhava pra Kate. Ops! Ele corrigiu rapidamente - Para vocês?
- Tudo bem, está brincando? É Kristina Coterra!
- Desde quando deixa trabalho policial atrapalhar sua
vida social? Disse Ryan.
- Vá! Divirta-se. Ela disse desencanada.
- Certo. Tudo bem. Ligo mais tarde – droga! Ele dera
outra mancada - Para saber do caso.
- Certo, rapazes. Vamos... voltar ao trabalho. Agora
já não soava tão confiante e desencanada.
Castle estava em seu apartamento já quase de saída.
Ele não ia facilitar nada nesse encontro, estava preocupado com a reação de
Beckett. Ela fingira estar tudo bem porém, a conhecia suficientemente para
saber que ela estava incomodada com a situação. Na verdade, ele mesmo se
arrependera de ter aceitado o convite.
Guardando o celular no bolso, ele ouviu a campainha. Ao abrir a porta,
foi surpreendido por Kristina na sua porta.
- O que você... Como...
- Achei que nos encontraríamos no restaurante.
- Eu sei, mas assim é muito mais romântico.
- Você, eu, algumas ostras. Para entrarmos no clima. E
também há morangos cobertos de chocolate.
Oh Deus! Isso não era o que ele planejara e algo o
dizia que isso não daria certo.
No distrito...
Eles estavam comendo e conversando sobre o caso.
Estavam deixando algo passar, não encontraram o possível parceiro de Mandy. De
repente, o assunto Castle volta à mesa. Ryan começa a falar.
- Falando nisso... Castle deveria estar bem mais
animado com o encontro.
-Por quê?
-Segundo o Celebrity Examiner, Kristina é conhecida
por seduzir famosos com seus biquínis – ela olhava para Ryan surpresa com o
comentário, ele interpretou de outro jeito - O quê? Jenny compra e estava
aberta nessa página.
-O que você quer dizer?
-Não é obvio? Ela vai pra cima dele.
-Não mesmo. Não vai rolar.
- Obrigada por demonstrar maturidade.
- Ele é que vai para cima dela.
- Vocês não acham que ele já passou dessa fase? Kate
perguntou já deixando o tal do ciúme a afetar de novo. Espo pensou por um
segundo.
- Ele é homem e está vivo.
- Não. Ambos responderam.
Assim que terminou de jantar junto com os rapazes, ela
pediu licença para ir ao toalete. Depois de lavar o rosto e escovar os dentes
ela se olhou no espelho. Sim, no fundo ela queria um tempo sozinha. Sentou-se
em um dos cubículos e suspirou. Ok, ela estava pensando em Castle, em como
deveria estar o tal encontro com a apresentadora. Não que ela estivesse
preocupada com a fidelidade dele, ela confiava em Castle. Sabia que ele não
iria fazer nada mesmo com a afirmação dos rapazes, ela sabia que ele tinha
mudado mas era natural ela ter ciúmes. Afinal ele era bonito, charmoso,rico e
famoso. E a tal acompanhante parecia bem oferecida e esse era o medo dela. Nem
conseguia imaginar alguém beijando ele, se jogando nele. Como eu fiquei tão
possessiva? Nessas horas, ela percebia que manter a relação deles em segredo
tinha suas desvantagens. Uma delas era não poder confidenciar seus pensamentos,
anseios e dúvidas com alguém. Queria poder conversar com Lanie. Porém,
reconhecia que o lance do escondido, do “proibido contar”, ajudava a evitar
muitos questionamentos além de fazer a intimidade entre ela e Castle crescer a
cada dia. Como se adivinhasse, o celular tocou. Lanie. Ela sorriu.
- Hey, Laine!
- Hey, girlfriend! Já esta em casa?
- Não, estou no distrito.
- Ótimo! Pegue sua bolsa, casaco e me encontre para
uma cerveja no Old Haunt. Quero saber tudo sobre seu ficante.
- Não posso,estou trabalhando no caso.
- Castle esta aí? Por isso você esta evitando de
falar?
- Não, ele não está aqui. E mesmo que tivesse, preciso
trabalhar com os rapazes e não há nada para contar. Não é importante.
- Nem vem com essa desculpa,quero saber quem é, como é
e o principal, como isso aconteceu?
- Lanie se não acredita em mim, ligue pro Javi e você
saberá que temos muito a fazer - ela sabia que pegara no ponto fraco da amiga,
ela não iria falar com Esposito e pode ver ela bufando do outro lado da linha -
depois ok? - Kate queria despista-la de qualquer jeito. Sabia que quando começasse a falar, teria que
inventar e Kate tinha medo de não conseguir sustentar sua história, Lanie era
esperta, sabia fazer as perguntas certas. Quando se tratava de sua vida
pessoal, Kate Beckett era tão enrolada quanto seus suspeitos numa sala de
interrogatório.
- Ok, sei que você tem que trabalhar mas ao menos me
diga como ele é, sim porque depois de você estar vidrada em Castle daquele
jeito, só alguém muito gostoso, de abdômen sarado e bom realmente bom de cama
pra te fazer viver um pouco.
As palavras da amiga deram a Beckett uma ideia para
mantê-la ocupada por um tempo imaginando, então falou.
- Respondendo sua pergunta, sabe nos livros de Nikki
Heat quando ela ainda não esta envolvida com o Rook e tem aquele parceiro de
malhação e sexo? Pois é, ele é daquele jeito.
- WOW! Estou impressionada Kate! Sua safada! Tinha que
ser algo muito bom mesmo pra você sair daquele transe com Castle. Ou deveria
dizer "chove não molha"?
- Sim, é. Kate sorria só de imaginar a cara de Lanie
se descobrisse que era o próprio Castle.
- E Castle? Como ele está nessa história?
- Ora, você mesma viu o interrogatório sobre meu
ficante. Ele está bem. Tem até um encontro essa noite – parecia que a ideia de
Castle servira para alguma coisa afinal.
- Mesmo? Interessante, não achei que ele iria aceitar
você estar com outro tão facilmente. Chega a ser até estranho pra quem passou
os últimos quatro anos tentando te conquistar.
Ou... não. Pelo menos com Laine, Kate percebera que a
conversa estava tomando um rumo perigoso e decidiu parar por ali.
- Olha Lanie, eu realmente preciso voltar a trabalhar.
Depois nos falamos.
- Com certeza! Ainda quero os detalhes dessa história.
Tchau.
Ela desligou o celular rindo, tinha que se preparar
para a próxima conversa com a amiga. Talvez Castle a ajudasse com isso. E um
sorriso surgiu involuntariamente nos lábios ao lembrar-se dele.
Mas as coisas não iam bem para Richard Castle. Seu
encontro teoricamente calmo, estava se transformando num pesadelo. Um
verdadeiro ataque de uma mulher desesperada e ansiosa por possuí-lo. Era quase
um assédio sexual. Por mais que ele usasse seus argumentos para retarda-la era
não estava nem um pouco a fim de conversar. Ela o empurrou firmemente contra o
balcão colocando a mã no bolso dele para apertar o bumbum dele, o que fez
acionar seu telefone e discar justamente o número de Kate. Afinal, numa
situação dessa quais eram as chances de ser exatamente esse número o escolhido?
XXXXX
No fundo, não via a hora de ir para casa e ficar
abraçada a ele, beijar aqueles lábios e com sorte, fazer muito mais que isso.
Ela voltava para a sala com os rapazes quando o telefone tornou a tocar. A foto
de Castle apareceu no display, já sorrindo ela atendeu a chamada.
- Oi, Castle. Como está seu encontro? – ela ouviu ele
pedindo alterado “Afaste-se, afaste-se!” em seguida ouviu o barulho de algo
espatifando-se no chão - Castle?
Então o telefone desligou. Kate não tinha duvidas, ele
estava em apuros e conseguiu rapidamente ligar para ela. Um tremor percorreu
seu corpo por inteiro. Nada podia acontecer a ele. Castle estava em perigo e
ela tinha que encontra-lo. Ligou novamente “Você ligou para Richard
Castle.Sorte a sua!” – droga, Castle! E ela saiu às pressas do distrito.
Ele continuava a lutar para manter fulana longe dele
porém já estava ficando sem alternativas. Ela era insistente e não desistiria
fácil. Quando ela comentou que nenhum homem a rejeitara até hoje, ele pensou
estar perdido mas ela corrigiu dizendo que houvera apenas um. Infelizmente,
Castle não teve muito tempo para tentar qualquer coisa. Ela o empurrou no sofá
e caiu sobre ele. Nesse momento, uma Beckett apreensiva e de arma em punho,
escuta barulho de algo se quebrando, chuta a porta dele apenas para encontrar a
cena mais inesperada possível. A mulher em cima de Castle e os peitos dela por
toda a cara dele. Beckett estava tão surpresa e boquiaberta que foi difícil
chamar por ele, sua voz saiu angustiada.
- Castle?
- Eu sei quem é o assassino. Ele respondeu assustado.
De queixo caído ela ainda mostrava surpresa a cena. E
ainda estava de biquíni!
Eles voltaram à emissora. A cara de Beckett não estava
das melhores, ela ainda tentava digerir o que vira no apartamento de Castle.
Ele preocupado com o jeito dela, procurava se explicar. Afinal ele não tivera
culpa de nada, certo? Tinha que fazer Kate acreditar nele.
- Fiz de tudo para escapar. Eu me escondi debaixo da
bancada da pia, no banheiro. Até dei uma de "Cabo do Medo" no piano.
- Ela estava montada em você no sofá quando entrei.
- Ela é tipo o Exterminador sexy.
- O que isso significa? Que ela continua voltando? Ela
sussurrava com ele pela emissora.
- O quê? – ele a puxou pelo braço até um canto e a encarou
- Só saí nesse encontro porque você fez questão de sermos solteiros em público.
- Tenho 12 chamadas perdidas de Chip, o jornalista
esportivo, pois ele acha que sou solteira. Mas não o deixarei montar em mim de
sunga para provar que sou.
- Você não me disse que ele ligou.
- Jura? Vai ficar com ciúme agora?
- Vou te recompensar. O que você quiser.
- O que quero é não ter a imagem de uma mulher de
biquíni enfiando os peitos na sua cara. Boa sorte com isso. Visivelmente
chateada com tudo aquilo.
- Não ganho pontos por descobrir o assassino?
- Não! Ela disse irritada e franzindo o cenho.
- Sr. Haxton. Podemos conversar?
- Estou prestes a entrar no ar com uma história.
- Nós também. Beckett disse e isso pareceu atrair o
interesse dele.
- Tive uma conversa interessante com Kristina Coterra.
Ela me disse que você foi o único homem que já rejeitou as investidas dela.
- Isso mesmo. O único homem – Beckett disse destilando
sua raiva e ciúme.
- Não vejo como isso seja relevante.
- O orgulho dela foi ferido, então ela deu uma
investigada. Você estava mesmo em um relacionamento secreto. Mas não era com
Mandy. Ela descobriu que você tem um namorado e ninguém aqui sabe.
- Minha vida pessoal não é da conta de vocês.
- Normalmente, não seria, mas agora descobrimos que
mentiu sobre o motivo de estar no apto. de Mandy e da briga que tiveram – ela
puxou a foto -Tirou esta foto?
-Não.
- Que engraçado, ao se vasculhar seu apto., encontrou-se
uma câmera com esta e outras fotos.
- Ela era sua parceira. Ela te ajudava com uma
história. Por que não falou?
- Há apenas um motivo concebível. Você a matou.
- Ela era minha colega, minha amiga, por que a
mataria?
- Porque ela descobriu a matéria de uma vida. Algo tão
grande tem que ter validade legal, o que pode demorar semanas, meses.
- Mas Mandy não esperaria tanto, não com crianças
adoecendo. Então ela resolveu entregar as descobertas ao IBAMA.
- E então você perderia sua grande exclusiva. E quando
foi a última vez que teve uma grande exclusiva?
- Isso é loucura. É loucura acharem que matei alguém por
causa de uma matéria.
- Sabemos que foi você, Miles – Beckett falou - Achamos
resíduos de pólvora em suas roupas sujas, na máscara de esqui... em sua
camisa...
- Precisam entender... foi um acidente. Eu só queria
assustá-la. Achei que, se pegasse os documentos,
poderia impedi-la e conseguiria... ter a exclusiva, como
ela prometeu. Mas ela me enfrentou. Ela lutou contra mim, tentou pegar a
arma... Por que ela me enfrentou? – ele parecia arrependido - Eu nem sabia
que a arma estava carregada.
De volta ao distrito, eles atualizaram os rapazes
quanto ao fechamento do caso. E Esposito fez um comentário que atingiu Beckett
mesmo ela permanecendo calada.
Os colegas achavam que a conheciam tão bem e ela tinha
essa vida secreta que escondia deles.
Castle percebeu a deixa e resolveu sair fora antes que
isso acabasse se virando contra eles ou até outras coisas como os rapazes
perguntarem sobre o tal encontro.
- Pois é. Está tarde, já vou indo.
- Eu também.
Ele virou-se para ele esperançoso - Quer que te
acompanhe?
- Não, obrigada. Estou bem assim- ele percebeu o olhar
indicando que Beckett ainda não estava querendo esquecer a historia do encontro
- Boa noite, rapazes.
Ele observou-a andando pelo corredor. Castle tinha um
olhar preocupado - Boa noite.
-Boa noite, Castle.
Esposito viu Reggie na TV e percebeu que estavam
mostrando a surra que ele e Ryan levaram, na filmagem viu o amigo levar um soco
por ele.
- Cara...você levou aquele soco por mim. Não precisava
fazer isso.
- É o que parceiros fazem. Certo?
- Anda – isso amoleceu a birra de Esposito - Vamos tomar uma cerveja. Eu pago.
-Legal. Qualquer lugar, menos um bar esportivo.
- Com certeza.
Batidas na porta a fizeram largar o livro sobre o
sofá. Ela sabia exatamente quem estaria ali naquela hora. Relutou um pouco
consigo mesma antes de virar a maçaneta. Mal abrira a porta, já o encontrara
pedindo desculpas.
- Sinto muito – ela ameaçou bater a porta na cara dele
mas não conseguia. Deixou-o entrar.
- Desculpe, não deveria ter ido àquele encontro. Deveria
ter dito "não".
- E por que não o fez?
- Não sou bom nisso. Fingir ser solteiro.
- Nem eu, Castle. A última coisa com a qual quero me
preocupar é com você estar com outras mulheres.
- Só para registro, eu não iria dormir com ela.
- Eu sei. A questão nem é essa. O ponto é... Eu não
sei como fazer isso. Lembra que Miles disse que é inevitável isso desmoronar, que
está destinado a implodir? – ela odiava ter que agir racionalmente às vezes mas
o que devia fazer? A única resposta que lhe vinha à mente era, eu não sei.
- Só um lembrete, Miles é um assassino mentiroso – ela
revirou os olhos - Mas...Tudo bem, talvez descubram, talvez não possamos trabalhar
juntos, talvez implodiremos – ela mordia o próprio lábio, nem gostava de
cogitar isso - Ou, talvez, continuaremos sendo maravilhosos juntos. Quando não
temos as respostas, precisamos viver com as perguntas e... encontrar nosso
caminho.
- Tudo bem. Podemos... – como ele sempre sabia
exatamente o que dizer? Ele parecia tão melhor nessa coisa de relacionamento
que ela! - Podemos começar assim... falamos sobre sair com outras pessoas, mas
sem realmente sairmos com outras pessoas?
- Sim, posso fazer isso.
- Ótimo, porque tenho uma arma e você não tem escolha.
- Claramente não tenho.
- Não – ela sorriu e aproximou-se para beija-lo mas
não conseguia, havia um bloqueio na sua mente - Sinto muito. Não posso. É muito
cedo – visivelmente frustrada - Fico vendo os peitos dela na sua cara.
Ela se afastou dele e seguiu para o sofá. Na verdade, ela ainda estava
digerindo a cena que presenciara. Não mentira quando falara sobre ver os seios
da outra na cara dele. Sentada, abriu um livro e começou a ler, procurava se
concentrar em qualquer outra coisa que não fosse em peitos, mulheres e...
Ah,droga! Ela tentava resistir e se fazer de durona mas estava louca de vontade
de ficar enroscada nos braços dele. Não estava com raiva apenas queria apagar
aquela cena fatídica da sua mente. Ele sentara ao lado dela. Daria o tempo que
ela precisava para esquecer aquele episódio. Castle também não imaginara que a
sua ideia de encontro poderia ter se transformado em um verdadeiro ataque
desesperado. Talvez em outros tempos ele tivesse adorado mas agora, seu coração
pertencia a uma única pessoa, a mulher mais extraordinária que conhecera, sua
musa. Ele não se importava de ficar olhando para ela por um longo tempo, ele se
acostumara a fazer isso tantas vezes... Como agora, ela estava com as pernas dobradas
sobre o sofá, o livro nas mãos, os dedos delicados viravam as páginas com um
olhar atento ao texto a sua frente. Observava as expressões na face. De um
franzido na testa a abertura de um lindo sorriso, ele a viu rir da história.
Então decidiu que precisava conversar com ela, mudar seu foco, fazê-la prestar
atenção nele. Precisava dos carinhos, dos beijos.
Ele se mexeu ao lado dela, aproximou-se e sussurrou próximo ao seu
ouvido.
- O que há de tão interessante nesse livro que você dá mais atenção a
ele do que a mim? Nem é Frozen Heat...
- É uma bela história de amor.
- Tem sexo?
- Acabei de falar que é uma história de amor, não significa que deve
obrigatoriamente ter sexo.
- Frozen Heat é uma história de amor e tem sexo, quente. Você deveria
ler... como você pode ler o livro de outro autor antes de ler o do seu
namorado?
- Castle por favor! Quer deixar eu me concentrar? – ela adorou ele
intitulando-se namorado. Às vezes nem ela cogitava usar essa palavra. Talvez
fosse algo dela, não era boa com palavras como ele. Ela sabia muito bem o que
ele estava fazendo. Queria atenção, queria que ela largasse o livro e
sucumbisse a ele. Falar que não lera o livro dele certamente o deixaria mais
agitado. Ela teria que disfarçar bem para que ele não descobrisse a verdade.
Até onde ele iria para chamar sua atenção? Resolveu testar.
- Já que está tão interessado porque você não pega um vinho, me serve.
Esses pequenos mimos que deve-se fazer de vez em quando? Ela provocou
acariciando a coxa dele. Castle se levantou no mesmo momento e foi até a
cozinha dela providenciar o pedido deixando Kate sorrindo por dentro. Ela teria
que manter-se firme. Porque mesmo que pensasse sobre o que acontecera e sobre
as palavras dele que certamente a confortaram, ela tinha dúvidas. Não quanto ao
que queria ou seus sentimentos em relação a Castle e sim sobre quantas
situações parecidas e inusitadas ela enfrentaria agora que a relação deles
subira um degrau. Ele retornou com duas taças de vinho e a garrafa em um pequeno balde de
gelo.
- Desculpe, você só tinha vinho branco.
- Tudo bem.
Ele a serviu e entregou-lhe a taça. Com a sua na mão, ele ergueu-a e
insinuou um brinde.
- Aos relacionamentos vividos dia após dia.
Ela sorriu. Tomou o primeiro gole da bebida enquanto o observava. Era
isso, não conseguiria ficar mais tempo estando ao lado dele e não fazendo o que
desejava. Fechando o livro e colocando-o sobre a mesa de centro, ela quis
saber.
- Castle, aquelas palavras que me disse anteriormente sobre viver as
perguntas, encontrar o nosso caminho, aquilo foi o escritor falando?
- Não, aquele, ou melhor esse é Richard Castle, o homem, o ser humano
comum tão cheio de dúvidas e receios como você, porém às vezes posso me
empolgar na poesia. O fato é que tudo o que disse é para mim uma verdade. Somos
maravilhosos juntos, independente do que aconteça daqui pra frente, essa
conexão, nós, isso não mudará. Nós já éramos ótimos juntos apenas encontramos
uma forma nova de melhorarmos ainda mais. A cada manhã, a cada dia com
assassinos ou não estarei ao seu lado. Aprenderemos juntos. E Kate, não
racionalize além do que é necessário. Muitas vezes, tudo resume-se ao sentir
apenas.
Ela sorriu para ele. A vontade de beijá-lo apenas aumentara. Ela mudou
de posição no sofá e inclinou-se sobre ele. Deixou as mãos deslizarem pelo
peito dele enquanto encostava o nariz dela ao de Castle. Primeiro mordiscou o
queixo dele e sorrindo buscou os lábios num beijo terno. Sentiu as mãos dele
percorrerem a lateral de seu corpo para abraça-la finalmente contra seu corpo.
Aprofundaram o beijo e por um bom tempo perderam-se um no outro.
XXXXXX
Passava da meia-noite quando finalmente já saciados, eles se enroscaram
para dormir. Ele beijou o pescoço dela fazendo-a sentir cócegas. Rio do jeito
que ele provocava já sabendo que ela era sensível a esse tipo de toque. Ele
deixou a mão cair sobre o estomago dela e Kate entrelaçou a sua naturalmente a
dele.
- Boa noite, Kate.
- Boa noite, Castle – ela apagou o pequeno abajur a sua cabeceira. Já ia
fechar os olhos quando lembrou
- Hum...Castle?
- Hum?
- Vou precisar de seus talentos de escritor para criar a historia do tal
ficante pra Lanie. Ela não vai me deixar livre dessa.
- Tudo bem, daremos um jeito.... amanhã...
- Certo, amanhã....
E finalmente fechou os olhos entregando-se aos ruídos da noite de New
York.
Continua......
7 comentários:
Ola! como disse, tornei-me sua fa!
Li os capitulos desta fic e apesar de ser baseada nos episodios, vc nao deixa de surpreender.
A primeira noite de amor de Rick e Kate, em suas palavras, foi muito sensual mas ao mesmo tempo,delicado. Assim, como duas pessoas que estao comecando a descobrir o tamanho amor que os envolve.
Este capitulo, gostei da maior participacao da Lanie.Assim como na sua fic,a maior amiga da kate merecia aparecer mais no episodio.
Bjao pra vc. Estou esperando o proximo capitulo!
Perfeito Karen! Eu adorei vc escreve divinamente.
Parabéns pois nem todos temos essa capacidade.
Não vou falar da parte do episódio porque ele foi ótimo. Vou comentar das partes que você acrescentou.
A conversa depois de o Castle ter aceitado o encontro com Kristina em Rede Nacional foi um máximo, ela falando que o copo de café é tudo para ela, que estava mais chateada por ele não ter levado o copo de café do que ele ter aceitado o encontro. E tem um significado para nós também. Quase morri quando vi que Castle estava só com um copo de café na cena de crime no episódio.
Além do mais foi muito bom ver Kate com ciúmes de Castle nesse episódio. E ver que ela está comprometida com ele, não atendendo o jornalista do esporte.
A conversa com a Lanie ainda bem que foi por telefone.
As continuações dos episódios são maravilhosas. Gostei muito de como vocês continuou depois da Kate se esquivar do beijo.
Indo ler o próximo capítulo porque estou atrasada na leitura da fic hehehehe
um pouco tenso este epi né? Beckett com ciumes é incrivél,putz! Caslte tem o passado mais sujo que os mendigos aqui do Pará,mas a base de um relacionamento é a confiança.
E a frase dela"- Não,Sinto muito. Não posso,Fico vendo os peitos dela na sua cara". (risos)
ce ta de Parabéns Ká!
Muito obrigada, meninas! Fico feliz q vcs estão acompanhando e gostando. Continuem lendo e postando...bjks!
oi karen,
gostaria de entender como funciona seu blog. Descobri apenas recentemente os episódios de Castle e me interessei. Por onde devo começar?
Aproveito para lhe dar os parabéns.
Gostei de como vc escreve.
Ana Cláudia
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