domingo, 24 de março de 2013

[Castle Fic] Don't Give up on Chasing Rainbows - Cap.17


Nota de Autora: Depois de um hiatus de três semanas, esse episódio nos fez sorrir por tantos motivos... comecei escrevendo uma ceninha light do nosso casal porque todos lembram o sufoco do ultimo capitulo. Sim, eu e meu lance com a continuidade da história... Com esse episodio, tive uma missão difícil porque já tinha escrito a tal cena dos ice cubes então peço a vcs que não comparem porque afinal não tem muito o que mudar, apenas apreciem (eu sei que eu apreciei escreve-la kkk). Mas não desprezem o resto do capitulo pois tem partes bacanas. Enjoy! 

PS: Fiz uma brincadeirinha com outra série do meu cuore :) , vcs saberão!

WATCH OUT - NC17....



Cap.17


O sol da manhã já clareava o quarto dele. Preguiçosamente, ela se mexia buscando pelo contato com a pele dele. Aconchegou-se no peito dele. Acariciou o abdômen de leve com a palma das mãos. Ele a abraçou por instinto, os olhos permaneciam fechados. Kate murmurou seu nome.

- Castle...

Sem resposta, ela desceu a mão em busca de algo escondido embaixo dos lençóis. Ao sentir o toque, ele gemeu.

- Castle, acorda. Preciso ir trabalhar dentro de uma hora. Preciso de café...

Ele finalmente abriu os olhos e encontrou os dela. Sorriu.

- Bom dia...

- Vai ficar melhor se você me trouxer uma caneca de café na cama... – ela falava manhosamente mas vendo que ele não respondia, acariciou-o no mesmo lugar de novo – por favor...

- Tem certeza que precisa de café? Você já está bem animadinha cedo pela manhã - ele se curvou e beijou-a. Levantou da cama e buscou o roupão – agora vou ter que esperar um pouco pra me acalmar. Olha o que você faz comigo logo pela manhã Kate Beckett!

- Eu? Não fiz nada! – ela disse mordendo a boca num sorriso de culpa. Castle saiu do quarto e ela permaneceu deitada na cama. Era a primeira vez que ela dormia no apartamento dele depois do sequestro de Alexis. Ela gostava de ficar no apartamento de Castle desde que ele estivesse sozinho ou sem a filha quando ela tinha pensamentos nada comportados. Fora por isso que passara a noite ali. Ela estava mais calma por vê-lo relaxado depois de todo aquele pesadelo.

Dez minutos depois, ele reaparecera na porta do quarto segurando duas canecas com café e se deparou com uma cena que o fez prender a respiração. Kate estava deitada bem à vontade na cama. Os cabelos emaranhados espalhavam-se pelo travesseiro. A imagem era algo lindo de se ver. E a reação dele foi automática. Minha musa.

Ao vê-lo, ela sorriu e tornou a se espreguiçar antes de sentar-se na cama. Ele estendeu a caneca para ela mas não podia remediar mais o desejo que ela despertara nele. Sentou-se ao lado dela e tomou um gole do seu próprio café esperando apenas que ela satisfizesse sua necessidade de cafeína. Kate bebeu o café em longos goles até que voltou a olhar para Castle. Ele tirou a caneca das mãos dela e colocou junto a sua na cabeceira da cama. Puxando-a pelo pescoço, Castle aproximou suas bocas. Podia sentir a respiração com gosto de café.

- Agora é a minha vez de satisfazer uma necessidade pessoal.

E beijou-a debruçando-se sobre o corpo dela pressionando-a contra o colchão. Kate agradeceu o gesto e nem reclamou pelo horário. Quer melhor maneira de começar o dia que essa?

Uma hora depois, eles estavam prontos para trabalhar tomando café da manhã junto com Martha quando o celular dela emitiu um sinal de mensagem. 

- É o Espo. Alguém morreu, quer apostar?

- E lá vamos nós para mais um caso – disse Castle.

- Ah, que lindo. Meu casal de detetives preferidos – disse Martha piscando para Kate que riu da observação. Ela mordeu o último pedaço do brioche e levantou-se.

- Cinco minutos, Castle!

- Colocando você na rédea curta, já te disse como adoro sua namorada Richard?

- E ainda nem somos casados...

- Detalhes, querido meros detalhes.

Ele se levantou da mesa e tratou de se cuidar. Cinco minutos depois, eles saiam de casa. No endereço indicado, eles já encontraram um bom movimento dos policiais e da equipe recolhendo evidências. Esposito tocava a mensagem gravada pelo 911. 

- Ouviu isso? A ligação de nossa vítima, Val Butler, às 11h59. Ela é executiva no Centro. A patrulha chegou logo depois. A porta estava fechada e o sofá a prendia. Nenhum sinal de arrombamento.

Ao olhar para a cara da vitima, Castle comentou.

- Nossa, ela parece que morreu de medo, literalmente.

- Baseia-se em sua experiência médica, Sr. Castle? – provocou Perlmutter

- Baseio-me no fato dela parecer uma pintura de Edvard Munch. Realmente assustador.

- Qual foi a causa da morte? Perguntou Beckett.

- Não há trauma externo, nenhum furo ou marcas de facadas. Assim que colocá-la em uma maca saberei mais sobre como ela morreu e quem o fez.

- Se houver um alguém – disse Castle.

- O que quer dizer? – Espo quis saber.

- Que ela disse: "Isto está vindo me pegar". Não "ele" ou "ela", mas "isto". Olhe o que ela estava pesquisando... "Como afastar o mal: Como evitar os maus espíritos." Um livro sobre lendas urbanas. Perto da porta, ferraduras. E contei dois mensageiros dos ventos, ali e ali. São usado para afastar maus espíritos, como o Perlmutter.

- Eu ouvi isso.

- O que está dizendo, Castle? Que o bicho-papão veio pegá-la?

- Estou dizendo que talvez foi o que ela pensou – Espo olhou para Beckett que se agachou perto da vitima e sorria levemente ouvindo as teorias malucas dele - Por que ela disse "Isto está vindo me pegar"? Por que as luzes se apagaram? Por que ela morreu inexplicavelmente e parecia tão assustada?

- Estava assustada porque estava prestes a ser assassinada por uma pessoa real. Deveríamos gastar nosso tempo procurando esta pessoa. Comecem a sondagem e falem com todos no prédio. Alguém deve ter visto ou ouv... – mas Beckett foi interrompida por uma moça. 

- O que aconteceu com a Val? O que está acontecendo? – após explicar a colega de quarto de Val, Amanda o que acontecera, ela a ouviu também.

- Trabalho à noite como assistente de pesquisa na faculdade. Eu deveria estar em casa ontem à noite. Sabia que tinha alguma coisa.

- Como assim?

- Ela estava estranha nos últimos dias. Não estava comendo nem dormindo. Estava paranoica, sempre fechando as portas.

- Ela disse o que havia de errado?

- Eu perguntei, mas ela disse que não queria falar sobre isso.

- Amanda, conhece alguém que poderia querer machucá-la?

- O ex-namorado dela.

No distrito, Ryan dava as notícias.

- O nome do namorado é Freddie Baker, 31 anos. Longo currículo, resistiu à prisão, assaltos e agressões.

- Parece um príncipe – provocou Castle.

- Val era sensata, no entanto. Pediu uma ordem de restrição depois que se separaram. Esposito está vendo onde ele estava ontem à noite.

- O que sabemos sobre família e amigos?

- Só que não tinham notícias dela há 3 dias. Ela não retornava os recados.

- 3 dias é quando a colega disse que ela estava estranha.

- Isso, então levantei as últimas 72 horas da vida dela. Fora o cartão usado em uma passagem para Greenwich, nada fora do comum.

- O que ela fazia em Greenwich?

- Ainda estou pesquisando, mas a única coisa anormal nestes dias foi isso.

- Não, tem mais – disse Castle apontando para as finanças - Os mensageiros do vento, as ferraduras, o livro de lendas urbanas... Todos comprados on-line há dois dias. Quase como se Val pensasse que algum espírito mau viria atrás dela.

- Castle, o que ela pensava contra o que aconteceu são duas coisas bem diferentes.

- Se Val foi vítima de algo, foi de seu mau gosto por homens –disse Esposito - A sondagem funcionou. Um vizinho viu Freddie no prédio uma hora antes da morte.

Na sala de interrogatório, Esposito e Beckett o questionavam.

- Eu nunca machucaria a Val. Eu a amava.

- É mesmo? Então como explica esta ordem de restrição que ela registrou contra você? É uma carta de amor? – provocou Beckett.

- Um mal-entendido.

- Uma testemunha te viu no apto. dela ontem à noite, Freddie.

- Mas eu não a matei. Eu fui até lá, mas só porque ela me implorou.

- Espera que acreditemos que ela te chamou ao apartamento depois de abrir uma ordem de restrição?

- É verdade! Ela disse que queria que voltássemos. Mas, quando cheguei lá, tudo que ela fez foi me acusar de mandar um pacote para a casa dela.

- Qual pacote? – perguntou Esposito.

- Não faço ideia. Mas, quando disse que não tinha sido eu, ela começou a surtar.

- Como ela surtou?

- Ficava dizendo: "É real".

- O que é real?

- Não sei. Ela não estava... fazendo sentido. Ficava perguntando se eu acreditava nas forças do mal. Não queria me enrascar por quebrar a OR, então fui embora e encontrei alguns amigos. Mas, quando saí do apartamento, Val estava viva. Eu juro.

- O álibi do Freddie confere. Amigos o encontraram às 23h. Ficaram em uma boate até amanhecer.

- Então ele não é o culpado.

- Só quero destacar que Val o perguntou se ele acreditava nas forças do mal e depois ficou falando de como era "real". Odeio dizer isso... – mas Beckett o cortou.

- Então não diga. A Perícia encontrou um pacote no apartamento?

- Não, mas procuravam evidências, não correspondências.

- Talvez tenha sido isso o que assustou Val. Sabia que o pacote havia sido enviado pelo assassino.

Então, eles seguiram para o apartamento de Val a fim de achar o tal pacote.

- Já encontrou algo? – ela perguntou a Castle.

- Já, um armário com mais sapatos de salto que o seu. Não sabia que era possível. E você? Teve sorte?

- Tive. Parece que o pacote continha um CD ou um DVD, então se foque em procurar um disco.

- Disco, pode deixar – então Castle viu um nicho abaixo da televisão. Por habito apertou o play e uma filmagem surgiu na tela. Umas imagens bem estranhas.

- Ajude-me.

- Beckett? – imagens assustadoras - Beckett? Pode vir aqui?

“Você assistiu...meia noite do terceiro dia...morrerá!” – ele arregalou os olhos.

- Você está bem? Encontrou algo?

- Quando disse que Val recebeu o pacote?

- Três dias antes de morrer.

- O que foi à meia noite do terceiro dia. Ela morreu porque assistiu ao disco. Agora, eu o vi... o que significa que sou o próximo – e o olhar dele não poderia demonstrar mais medo do que a expressão de seu rosto.

Beckett recolheu o DVD e chamou-o para voltarem ao distrito, por precausão para si mesmo, ele pegou o livro de Val. Sentados em seus lugares no distrito, Castle abriu o livro e começou a citar passagens dele.

- A lenda conta sobre um vídeo misterioso que traz as forças do mal de volta do além. O disco é presságio de um grande infortúnio, marca quem lhe assiste e os sentencia à uma morte certa e inevitável. Eu o vi, assim como Val. Por isso dizia, "Está vindo me pegar". Por isso sabia quando morreria, por isso afastava espíritos... Por causa da mensagem nesse disco.

- Como um DVD pode te matar? – perguntou Esposito já tirando sarro - Irá te atingir como um estrela ninja, cortar sua cabeça?

Castle passou a mão no rosto como se tivesse pedindo paciência para as brincadeiras fora de hora.

- Não é o DVD que irá me matar, Esposito. Será o espírito dentro do DVD, como em O Chamado.

- O com aquela menina assustadora e encharcada que sai engatinhando da TV. Não dormi depois daquele filme.

- Exatamente. Obrigada – disse Beckett após o comentário do Ryan - Filme. É ficção. Uma história de terror em um livro de lendas urbanas.

- Certo, porque... é só isso, certo? Uma lenda.

- Muitas lendas derivam de verdades. Eu vi o vídeo. À meia noite do terceiro dia, eu morrerei.

- Castle, aquela mensagem não era para você. Era uma ameaça para Val. E não foi feita por espíritos. Foi feita por seu assassino. Então localizar quem mandou o vídeo nos levará diretamente para ele – ela as vezes não acreditava que Castle pudesse ser tão crente - Espo. Há uma caixa postal no recibo. Pode verificá-la?

-Claro.

-Ryan, assista ao disco e...

- Sinto muito, o quê?

- Et tu, cara? – Espo provocou.

- O que disse sobre a história ser uma lenda? Perguntou Castle vendo que não era só ele que tinha suas superstições.

- Bom...Eu e Jenny estamos tentando ter um filho, então estamos seguindo todas supertições que existem.

- Certo, tudo bem. Aqui, Espo – e Beckett estendeu o disco a ele.

- Não. Não posso... Não posso assistir à isso. Se assistir, parecerá que meu parceiro é um fraco e não posso arcar com isso.

-Obrigado, cara.

Castle agora olhava para ela como se dissesse viu, não sou apenas eu!

- Tudo bem.Isso é patético. Certo. Eu assisto a ele – e saiu andando rumo a sala de vídeo.

- Espere. Não. O que vai fazer? – Castle a seguiu caminhando agora lado a lado.

- Estou trabalhando. Alguém aqui tem que fazê-lo. Certo, pense nos riscos. Pode achar que não é nada, mas e se estiver errada?

- Agradeço sua preocupação, mas é só um DVD – ela entrou na sala e ele logo atrás.

- Não pode simplesmente vê-lo.Deixe eu tomar precauções aqui – ele baixava as persianas - Não quero que toda a delegacia sofra o meu destino – e fechou a porta - Certo. Certo – sentou-se ao lado dela, percebeu o disco já no aparelho - Quer segurar minha mão?

- Castle, não estou com medo.

- Não pedi por você.

- Está pronto?

- Isso importa? – ela apertou o botão.

“Ajude-me.” – ele olhava para ela esperando as reações.

- O que são esses sons?

- Não é? E ficam piores. Espere só.

“Você assistiu... meia noite do terceiro dia...morrerá!”

- Tem razão. É um pouco assustador.

- Obrigado.

- Porque o assassino o deixou assim, Castle. Talvez essas imagens signifiquem algo para a vítima, pistas sobre o relacionamento dela com o assassino – Beckett agora repassava o vídeo no silencioso.

- Espere. Volte – Castle pediu - Aquela... Aquela ali. Aquela... é a mandala tibetana. Simboliza o renascimento. Espere. Aquele é o compasso da maçonaria. Ele... Acham que ele representa ressurreição.

- O que quer dizer?

- Renascimento? Ressurreição? Este vídeo, obviamente, ressuscita algo do além, algo perigoso, algo... mortífero. Que outra explicação pode haver?

- Há várias explicações, Castle, e nenhuma delas é sobrenatural – ela checou o relógio - Aposto que Perlmutter já tem a causa da morte. Os relatórios da toxicologia e autópsia devem estar prontos.

Assim que chegaram ao necrotério foram saudados pelo legista.

- Detetive Beckett. E detestável Castle.

- Então, Perlmutter. Como Val Butler foi morta?

- Parece que ela morreu de insuficiência cardíaca.

- Aos 27 anos? – espantou-se Castle.

- Ela tinha problemas cardíacos? – perguntou Beckett.

- Ela, certamente, teve, já que ele parou de bater.

- O que o fez parar? É possível que tenha sido envenenada? Ou overdose de drogas?

- Não apareceu nada no hemograma dela.

- E sobre o que causou a... – e Castle fez a cara de espanto imitando a da vitima.

- A contração facial post mortem não é algo inédito.

- Não sabe o que a matou – disse Castle.

- Não diria isso.

- Você tem uma teoria? – ele insistiu.

- Não no momento.

- Isso significa que não sabe. E a única explicação é que Val encarou algo tão assustador que parou o coração e congelou seu rosto em sua última expressão. Terror. Admita.

- Tudo o que direi, Sr. Castle, é que, por enquanto, a causa da morte é desconhecida.

- Desconhecida. Ouviu isso? Nada bom – ele puxou um pedaço de papel da carteira.

- O que está fazendo? – Beckett perguntou.

- Checando a minha lista. Tanta coisa para fazer em dois dias. Algum de vocês me apresentaria a Bill Shatner?

Esposito e Ryan caminhavam na rua em direção ao correio. 

- Achar quem enviou esse disco fará Castle sentir-se melhor.

- E se o pior acontecer e Castle estiver certo? Será que ele me colocou no testamento?

- Cara, isso não é legal.

- O quê? Só estou pensando. A morte de Castle seria triste e tudo, mas a Ferrari dele diminuiria a minha dor – disse Espo.

- Sabia que falar desse jeito atrai um carma ruim?

- Qual é, Castle não irá morrer. Não lidamos com um espírito mau, mas com um cara que tem endereço de retorno.

E eles acabaram por descobrir que não foram os primeiros a perguntar pela caixa. Val também o fizera. Descobriram que a caixa era de Andrew Lavigne, que morreu de doença hepática há 3 meses.

- Não deve ter ligação com o caso.

- O assassino não deixou pista. Usou uma caixa qualquer para envio do envelope.

- Ou?

- Não, Ryan. Não tem "ou".

- Só estou dizendo. Talvez não rastreemos a origem do pacote porque foi enviado pelo outro lado.

- Ryan está certo. Veio do outro lado. Nova Jérsei – disse Esposito - Olhei o número de registro do pacote de Val. Ele faz parte de uma sequência de registros, todos enviados pelo mesmo cara. Jason Bennett. Ele vive em Hoboken.

E os quatro foram até lá.

- Polícia!

- Cara, só quero que você saiba... Acho que deveria saber que valorizo nossa amizade – disse Esposito a Castle.

- Certo. Obrigado.

- É inestimável para mim.

- Ótimo.

- Mas, se pudéssemos colocar um preço nela, qual seria?

- Do que está falando?

- Só quero saber o quanto nossa amizade valeria se você estivesse... – e nesse instante, Castle puxa um fio que acendia uma lâmpada dando de cara com o morto.

- Morto!  - ele gritou.

- Encontramos Bennett tarde demais.

- Sim. Com uns dois dias de atraso. Parece ser o tempo que ele está morto.Não poderia ter matado Val.

- E ele recebeu um pacote com um disco dentro, como Val, há 4 dias – disse Beckett.

- Também houve um apagão aqui. Mesmo método, mesmo corpo aterrorizado.

- Terceiro dia, à meia-noite. Não devia ter deixado você assistir ao disco – disse Castle - Agora, em 48h, nós dois estaremos mortos – e ela trocou um olhar com ele que apenas serviu para perceber o quanto ele estava assustado. De volta ao distrito, eles discutiam as possibilidades.

- A Perícia achou vários recibos de cartas na casa de Jason.

- O assassino usou um deles para enviar o disco a Val.

- Deveríamos fazer cópias do DVD e enviar a outras pessoas. Fizeram assim em O Chamado.

- Mas quem recebeu a cópia, morreu.

- Sim, só passaria a bola à outra pessoa. Que insensível – disse Esposito.

-Alguém tem uma solução melhor? – perguntou Castle - Porque precisamos de uma. Se não por mim, por Beckett.

- Castle, que meigo – ela sorriu e gostara de ouvir isso - Quer que eu viva mais que você?

- Claro. Quem mais contará a minha história de sacrifício e abnegação?

- Certo, não diremos nada a ninguém. Nós ficaremos bem – e o momento romântico passou, pensou ela.

- Como pode dizer isso? Quando temos dois mortos por terem assistido ao DVD.

- Tem que haver uma ligação melhor entre nossas duas vítimas do que o DVD. Ryan, olhe com a família do Jason se alguém reconhece a Val.

- Pode deixar.

- Espo, por que você não cruza os históricos deles e vê se há alguma semelhança?

- Se vão pôr fotos nossas nesse quadro, vamos tirá-las agora – disse Castle. Então, Beckett resolveu provoca-lo.

- Sabe, Castle... – ela se aproximou sussurrando - podemos usar aquela foto que tirei de você na cama naquela noite.

- Não sei se quero ser lembrado assim.

- Castle, eu estava brincando. Não vai ter foto alguma nossa no quadro. Até amanhã, acharemos a conexão entre as duas vítimas que nos levará direto a um assassino de carne e osso. Enquanto isso... Está ficando tarde. Então por que não vamos embora? Quer saber? Na verdade... Podemos ir para a minha casa e tirarmos mais fotos – sim, ela estava a fim de ficar com ele e continuar o que começaram pela manhã.

- Eu posso ser conven...- ele já ia se render aos encantos dela quando lembrou - Espere um pouco. Em todo filme de terror que eu já vi... transar quase garante que nós vamos morrer. Então, pela segurança de nós dois, digo para ficarmos longe um do outro.

- Tem certeza? Pense bem, Castle – ela sussurrava sensualmente provocando - Essa pode ser nossa última vez.

- Isso... – e ele tropeçou pego de surpresa pela provocação dela, desnorteando-o - O que você está fazendo agora não está ajudando. Eu vou me afastar da tentação. Uma boa noite de sono me dará uma perspectiva – quando vira-se, bate a cara numa estrutura de ferro.

Kate chegara em casa ainda pensando em como Castle estava abalado com toda essa história do DVD. Quer dizer, ela sabia que ele pesquisava essas coisas de suspense e que era fã de filmes de terror mas daí a se deixar impressionar com tudo isso? Ser supersticioso as vezes não faz mal a ninguém já achar que você irá morrer porque viu uma filmagem assustadora era algo que ela não conseguia entender. Nunca pensara que Castle fosse tão crente a esses fenômenos e porque não chama-los do que realmente são, lendas urbanas.

Acreditar a ponto de recusar ficar com ela, recusar sexo. Isso era bem mais grave do que ela imaginava. E ainda tinha a tal da lista. Ela tentava imaginar o que poderia ter naquele pedaço de papel... será que havia algo sobre ela? Suspirou.

Conhecendo bem o namorado que tinha e o nível de stress que ele estava vivendo naquele momento, resolveu ligar para ele apenas para ver se ele não tinha feito alguma loucura.

Em seu apartamento, Castle não conseguia relaxar. Estava alerta a cada movimento e ficar em silêncio certamente não estava ajudando. Quando o telefone tocou, ele deu um pulo do sofá. Respirou fundo ao ver que era ela e atendeu.

- Oi.

- Está mais calmo? Já está deitado?

- Não é a resposta para as duas perguntas.

- Castle você ainda está impressionado? Sério, estou preocupada com você. Porque está acordado ainda? Se era pra ficar pensando besteira era melhor eu ter ido ficar com você.

- Pra você me distrair com seu charme, sua voz e seu corpo perfeito? Não mesmo!

- Castle, por favor, você irá ficar bem. Acredite em mim. Mas apenas por precaução, você promete não fazer nenhuma besteira? Promete não inventar de sair e se arriscar? Por mim?

- Ok, não vou fazer nada mas não posso garantir que alguém venha atrás de mim.

- Oh, Castle... só você mesmo – ela ria do outro lado da linha – durma bem. Te vejo amanhã?

- Reze por isso.

- Tá, um beijo – foram as últimas palavras dela em meio a risos .      

Depois de desligar o celular, ele permaneceu sentado. Simplesmente mantendo-se alerta a tudo que se passava ao seu redor. Ele não conseguia pregar o olho e com isso já passava das três da manhã e ele continuava ali. Pensando. Como Beckett não acreditava nele? Ela parecia tão calma e ela vira o vídeo! Queria ter esse sangue frio. Mas estou certo. Estou ameaçado de morte. E não há nada que eu possa fazer para reverter isso... vou morrer. É um fato. Ninguém pode me salvar, nem mesmo Kate. A menos que... – uma ideia passou por sua mente. Ansioso, ele se levantou e foi até o telefone começou a discar um número mas desistiu largando o aparelho na base.

- Isto é... – ele virou as costas para o telefone tentando se acalmar, o que durou apenas segundos. Ah, que se dane. Pegou o telefone novamente e discou.

-Alô?

-Wes. Oi, é o Rick.

- Jesus, Rick. Já é madrugada.

- Pois é, desculpe. Eu preciso de um conselho.

- Stephen King está acabando com você no pôquer de novo?

- Pois é. Não, na verdade, é sobre seus filmes.

- O nome Wes Craven é sinônimo de terror. Você fez uma fortuna assustando as pessoas. "A Sétima Alma", todos "A Hora do Pesadelo" são apavorantes.

- Então me ligou de madrugada para entrar no meu fã clube?

- Não. Sei que você pesquisou sobre espíritos malignos que saíram do além para todos os seus filmes.

- É claro.

- Só queria saber se você sabe como parar esses idiotas malditos.

- Você está fazendo seu próprio filme? Está escrevendo um roteiro de terror?

- Estou – ele tinha que mentir - Só pensei em fazer uma competição amigável. Tive um bloqueio de escritor, só isso.

- Qual é a história?

- Herói naturalmente bonito e sua excepcional amiga eficiente assistem um vídeo que os matará em três dias.

- Sério? Não acha que isso é um pouco derivado?

- Acho, mas estou querendo mudar o final, tornar o terceiro ato um conto de sobrevivência, não um banho de sangue. Mas só não sei como tirar meus heróis dessa confusão.

- A chave é sempre a história de origem do espírito. Quando tiver isso, você pode saber as fraquezas do espírito. Se usa o vídeo como portal para o nosso mundo...

- Então o vídeo tem pistas sobre a história do espírito. Wes, obrigado – pela primeira vez desde que assistira o vídeo, ele tinha algo em que se apegar - Muito obrigado. Já é tarde, amigo. Tenho que desligar.

- Competição amigável o cacete – falou Wes ao desligar o telefone.

E Castle ganhou um novo animo, um motivo para acreditar que poderia sair dessa. Sentou-se a frente do notebook e começou a pesquisar.

No dia seguinte já no distrito, Beckett não parecia estar com o mesmo bom humor de antes. Não acreditava que os rapazes não encontraram nada que ligasse suas vitimas. Eram opostos totais. Nada em comum. Frustrada, ela perguntou.

-Então é um beco sem saída?

-Talvez não – Castle surge no distrito mais animado que no dia anterior - Após muita reflexão, percebi que a chave era descobrir a história no vídeo. Então, eu mandei a imagem para a minha legião de fãs.

- E alguém o reconheceu?

- Pode apostar que sim. Segundo bedazzlecats39, estão olhando para a pousada Brunswick, em Porto Campbell – ele apontara para a foto de uma suposta casa mal-assombrada.

Então os rapazes trataram de procurar se havia registros de Val ou Bennett relacionados a pousada.

- Bingo. O cartão de Val mostra que ela passou umas noites na Brunswick em novembro de 2008.

- E parece que Jason também ficou lá, também em novembro de 2008.

- Então as duas vítimas ficaram na pousada na mesma época. Talvez eles tivessem um caso – disse Beckett.

- Em 2008, Val tinha 24 anos. E Jason, 66. Um caso seria...

- Nojento – completou Castle.

- Eu ia dizer improvável.

- Não parece um caso. Ficaram em quartos separados.

- Estavam na pousada. Ela estava no DVD. Tem que ter uma ligação.

E Castle divaga novamente.

- A pousada deve ser o lugar onde um horror indescritível se abateu sobre os espíritos – Beckett fazia um esforço para não rir dele - Pensem. O Chamado, Psicose, O Iluminado. Quando chegam no velho hotel estranho é que tudo começa a dar errado. Deve ser o lugar da história de origem do espírito.

- Ou Val e Jason, de algum modo, conectaram-se com o assassino humano na pousada – disse ela.

- Minha versão é melhor.

- Vão à pousada Brunswick e procurem coisas estranhas ou crimes anteriores. Castle e eu iremos a Porto Campbell averiguar.

- Talvez eu deva... ficar aqui – ele não podia estar mais apavorado - A pousada é só uma peça do quebra-cabeça. Eu deveria conferir as demais imagens do vídeo, ver no que dá.

- Ofereceu-se para rever aquele negócio?

- Sim. Não é como eu fosse morrer mais. E Beckett não acreditava que ele estivesse negando-se a participar da investigação. Deus! Ela estava surpresa de quão medroso ele era.


Pousada Brunswick


- Olá. Não parece que tem mais alguém aqui – disse Beckett tocando a sineta da recepção.

- Parece que ninguém vem aqui há séculos – disse Esposito notando a poeira. Ele observava os detalhes do lugar um pouco agoniado com a aparência meio estranha do local.

- Não está caindo na maluquice de espíritos do Castle, está?

- Não. Acha que tenho medo de histórias de acampamento? Sou um homem adulto.

- Precisa de ajuda?

E Esposito deu um pulo batendo a cabeça na parede se assustando com a presença do homem.

- Só a título de informação, eu estava alerta, não assustado – justificou - Você gerencia este local?

- Há 41 anos, mas estão no lugar errado. Fechamos nesta época.

- Só precisamos fazer algumas perguntas.Reconhece estas pessoas? – ela mostra a foto - Val Butler e Jason Bennet, eles... ficaram aqui em 2008.

- Há muito tempo, 2008. Muitos rostos vêm e vão.

- Eles estiveram aqui em novembro. Lembra de algo incomum nesse período?

- Não saberia o número do quarto deles?

- Sim. 213 e 313 – disse Esposito

- Os 13. Esses quartos não são... Não são quartos normais. São reservados a pessoas em julgamentos, na Rua Elm, 1135.

- 1135 é o mesmo número da caixa postal do pacote – lembrou Espo.

- Tem de ser isso. Os assassinatos devem estar conectados ao julgamento de novembro de 2008.

- Só havia um julgamento ocorrendo em novembro de 2008. Era algo terrível.

- Lembra-se de um julgamento de 5 anos atrás?

- Ninguém esqueceria. Foi o julgamento do século. O cara matou meia dúzia de pessoas.

- De quem está falando?

- Nigel Malloy.

- O serial killer? Confirmou Beckett.

Beckett ligou para atualizar Ryan e Castle as coisas começavam a tomar outra perspectiva. Castle a informou que a torre do relógio no DVD era a mesma do tribunal do julgamento, o telhado e o beco eram cenas do 3º e 4º assassinato e as vitimas foram testemunhas no julgamento de 2008, o único problema era que Nigel Malloy morrera há três anos. 

De volta ao distrito, Beckett estava sentada em frente ao quadro já atualizado por Castle que falava.

- Nigel Malloy, chamado de "A Morte". Sua assinatura era queimar símbolos, como os do vídeo, na carne das vítimas.

- Mas Val e Jason foram testemunhas no sequestrou da primeira vítima de Malloy, Esther Alonzo.

- Ele a sequestrou de um parque de diversões em Nova Jérsei. Torturou-a no porão por dias antes de a matar.

- A polícia local rodou em círculos. Até prenderam o cara errado antes de capturá-lo, 5 corpos depois.

- Por ele ter morrido na prisão, eu diria que ele tem um álibi muito bom para os dois assassinatos. Deve ser outra pessoa – disse Beckett. 

Então, Castle e Ryan trocaram um olhar e Castle prosseguiu. 

- Não esteja tão convicta. Veja o que Nigel Malloy disse na entrevista... logo antes de morrer.

- Então, Sr. Malloy,quer dizer que acredita que você pode não morrer?

- Minhas vítimas me deram uma visão única da morte,em seus segredos. Mesmo quando o corpo perecer, minha essência continuará viva. Eu continuarei vivo. Veja...A morte é só o começo.

- Esse cara dá outro significado à palavra "psicopata" – disse Beckett.

- E se ele achou... um jeito de seu espírito viver?

- Como o assassino nos filmes do Chuck, que transferem o espírito ao boneco medonho – afirmou Ryan diante da sua fobia pelo boneco.

- Exato. Só que, em vez de um boneco, é um DVD. Explicaria a mensagem: "Você assistiu, morrerá." As testemunhas viram os crimes, logo, devem morrer.

- Dada a essa lógica, ficaremos bem, porque não somos testemunhas – Beckett afirmou tentando fazer Castle deixar um pouco da paranoia de lado.

- Você é policial E eu, ajudante... de policial. Não acha que um serial killer sentenciado teria problemas com a polícia?

- Castle, não foi Nigel Malloy. Ele está morto. Mas alguém pode agir pela memória dele. Ryan, fale com a promotoria de Porto Campbell. Vamos achar as testemunhas e deixá-las seguras.

- Arquivos de tribunal são selados. Como o assassino saberia das testemunhas? – perguntou Castle.

- Esperem um pouco – disse Ryan e voltou para checar o notebook - Nigel Malloy tinha um irmão. Leopold. A promotoria acusou-o de ajudar a despejar os corpos.

- Sim, a defesa disse que Nigel dominava o irmão quase hipnoticamente.

- Ele foi declarado inocente por insanidade e o enviaram a uma clínica.

- Ele ainda está lá?

- Estou verificando. Esperem. Isso é interessante.

- O quê?

- A clínica ao qual o mandaram é em Greenwich.

- É onde Val foi no dia que pegou o DVD.

- Ela foi ver Leopold Malloy – concluiu Beckett.

Ela e Castle foram até a clínica e logo nas primeiras conversas tiveram a confirmação que Val viera ali mas não o teor da conversa. Estavam a caminho de falar com ele e Castle perguntou.

- Não é por nada, mas... como ele é? Digo... Em uma escala de 1 para Hannibal Lecter, com o que estamos lidando?

- Desculpe, mas privilégio médico-paciente proíbe-me de caracterizar ou descrever nossos pacientes.

- Tudo bem. Entendemos.

- Aqui estamos. Vamos repassar as regras. Por favor, não dê ou retire qualquer objeto dele. Não fiquem próximos ao vidro. E, se precisarem de ajuda, apertem o botão vermelho atrás de vocês. Agora, apenas assine aqui afirmando que compreendem as regras.

- Sinto como se assinasse minha sentença de morte – disse ele.

- Espero que não.

Eles entraram na sala de frente para a cela após vistoria.

- Por favor, sentem-se. Raramente recebo visitas.

-Mas recebeu uma recentemente. Val Butler. Por que ela veio aqui?

- Doce garota.Ela veio me perguntar se a enviei algo.

- E você mandou?

- Como poderia? Não posso mandar nada a ninguém.

- Poderia pedir a alguém para enviar a ela, como poderia pedir a alguém para matá-la.

- E por que eu faria algo assim?

- Para perpetuar o mito da imortalidade do seu irmão... Ou para vingar a morte dele – Beckett assim como Castle tinha os nervos a flor da pele. Aquele homem era meio assustador, tentava se controlar.

- Não protejo o meu irmão, detetive Beckett. Nunca protegi e não compartilho os impulsos assassinos dele.

- Ainda assim, você está aqui – disse Castle.

- Por agora. Mas quando minha apelação sair, quem sabe? Podemos nos esbarrar na rua algum dia.

- Neste dia, atravessarei a rua – sussurrou Castle.

- Não sou perigoso a ninguém. Nunca fui. Por que eu comprometeria a apelação participando de um assassinato?

- Porque você sabe que poderia se safar. Você está enclausurado.Tem um álibi perfeito.

- Tenho o álibi perfeito, pois sou inocente.Não tenho uma TV ou acesso à internet. Não envio ou recebo correspondências. O único contato pessoal que tenho é com visitas, e Val é a última que tive em anos. Então quem eu poderia ter enviado para matá-la ou a outra testemunha?

- Nunca dissemos nada sobre outra testemunha ser morta. Então como você saberia algo sobre isso? – disse Castle notando que leopold cometera um erro e com isso perdera a confiança em conversar.

- Acho que é hora de vocês irem embora. Não tenho nada mais a dizer.

Eles se entreolharam e saíram. Na volta para a cidade, enquanto dirigia Beckett discutia o caso com ele.

- Ele nos disse tudo. Esse deslize prova que ele falou com alguém sobre os assassinatos.

- Tem outro jeito que ele poderia ter informações. Ele pode estar falando com o irmão.

- Castle, ele falou com alguém de fora. Ele não se comunicou com os mortos.

Ele ainda insistia na ideia do sobrenatural. Beckett já não sabia o que dizer.

- Não podemos ter certeza... Estamos ficando sem tempo. Então cortarei o nº 27 da minha lista de desejos. Lembra-se daquele jarro de porcelana azul da sua mesa de jantar?

- Aquele que o vento derrubou?

- Sobre isso... Eu jogava tênis Wii na sala...

- Você quebrou meu vaso? – ela perguntava sem querer acreditar.

- Jarro. Vaso é aceitável também.

- Pode se despreocupar dos espíritos te pegarem, porque eu mesma te matarei.

- Quer passar nosso último dia na Terra brigando? – ótimo argumento para dizer a ela, pensou. Beckett fechou a cara e ligou para o distrito. 

- Ryan. Precisamos intimar registros da clínica. Veja quem Leopold contatou por telefone ou e-mail.

- Claro, mas houve um novo desenvolvimento.

- Como assim? Que tipo de desenvolvimento?

- Enquanto eu investigava os Malloy, o nome de Nigel apareceu em um relatório da polícia.

- Que tipo de relatório?

- Ele foi reportado desaparecido há uns dias.

- Desaparecido? Ele morreu faz 3 anos – disse Beckett.

- Sobre isso, o coveiro do cemitério onde Nigel estava enterrado notou que o túmulo foi revirado.

-Tipo cavado? – perguntou Castle.

- Não só cavado. O corpo de Nigel Malloy desapareceu.

- Não desapareceu... ele se ergueu do túmulo – disse Castle. Beckett estava com uma cara de espanto, não pelo sobrenatural mas porque a cada minuto que passava eles pareciam encontrar um beco sem saída que apenas reforçava a paranoia de Castle. De volta ao distrito, assim que ele leu a noticia que Ryan encontrara, Castle segurando o papel estava louco para ouvir a explicação dela. Precisava disso.

- Certo. Já podemos ouvir.

- Ouvir o quê?

- A sua explicação para isso. Algo com o que posso contar é a sua lógica, então...

- Quer que eu explique o corpo desaparecido? – mas ela não tinha uma - Não sei o que aconteceu. Ainda.

- Só isso? É tudo o que tem?

- Mas garanto que não tem nada a ver com Nigel Malloy ressurgindo dos mortos. É o irmão dele. Leopold Malloy está por trás de tudo isso.

- Não parece que Leopold esteja envolvido – interrompeu Esposito.

- Não, não pode estar certo – Beckett não queria acreditar.

- O cara é maluco, mas tem razão. Ele não tem telefone, e-mail nem visitantes além de Val.

- Tem que haver uma forma de provar que foi Leopold.

- Não posso dizer como ele fez, mas sei quem é o próximo. Olhei o processo do julgamento de Malloy. Notei um padrão. Jason testemunhou primeiro e morreu primeiro. Um dia depois, Val, a segunda, morreu.

- Estão morrendo na ordem dos testemunhos – disse Beckett.

- Quem é o sortudo nº 3? – perguntou Castle.

- Mark Heller. Falei com a namorada dele. Ele recebeu um disco há três dias.

- Significa que ele morrerá meia noite. Em 4 horas – lembrou Castle.

-E onde ele está agora?

-Esse é o problema. Ele se assustou. Saiu de casa. Ninguém sabe para onde foi.

- Eu sei – disse Ryan - A conta dele mostrou compras perto de Kingston. Ele tem uma casa lá.

-É onde está escondido.

- Esposito, continue atrás do Leopold. Ryan, encontre as testemunhas. Deixe-as em segurança. Castle e eu iremos a Kingston e acharemos Heller.

- Vamos para uma cabana no meio do nada? – e Castle começava a se preocupar novamente.

- Sim. E daí?

- Parece a universitária indo procurar o barulho no porão em um filme de terror. Receita de desastre.

- Não estamos em um filme. É uma investigação criminal – enquanto aguardavam o elevador ela perguntou - Irei até lá. Virá ou não?

- Não posso deixar você ir sozinha. Mas preciso fazer algo antes.

E Castle a fez parar no seu apartamento para pegar umas coisas. Kate o esperava ainda rindo do jeito como ele lidava com esse caso. Ele retornou com uma valise.

- Tenho incenso, sal grosso, espelho baguá. É um kit legítimo contra espíritos malignos.

-Isso é água benta?

-É.

- Onde conseguiu?

- Um padre abençoou para mim há dois anos.

- E ficou com ela? – cada vez ficava mais intrigada com a paranoia de Castle, quem tem água benta em casa?

- Sabia que um dia serviria.

- Agora... Qual arma você quer?

- Ficarei bem com a minha arma.

Castle estava intrigado com o ceticismo dela - Nenhum pedacinho seu acha que estou certo? Beckett não respondeu mas de certa forma deixou um quê de mistério no ar.

- Oi, Beckett.

-Ryan? Olá, Beckett?

- Oi, Ryan... estamos perdendo o sinal. Não consigo te ouvir.

- Serei rápido. Falei com as testemunhas. Nenhuma delas recebeu o disco.

- Então o assassino só marcou as 3 primeiras.

- Ou isso ou não achou o restante.

- Está falhando – Castle disse.

-Esperem um pouco. Olha só isso. Parece que Val, Jason e Mark tinham algo mais em comum. Beckett. Deixamos algo passar. Não é o que pensamos. Há mais alguém. Beckett? Beckett – e a ligação cortou.

- Não posso ligar de volta. Não tem sinal. Aquele é o carro de Heller. Ele está aqui.

- Não tenho sinal também – ele checou assim que saiu do carro - Estamos no meio do nada. Isso pode piorar? Um serial killer morto desapareceu, vimos um vídeo amaldiçoado, estamos em uma cabana sem sinal de celular. Não preciso de Wes Craven para dizer como acaba.

- Pense assim, Castle. Em todos os filmes de terror, alguém sobrevive.

- Sim, alguém. Um de nós. E o outro é o charmoso e engraçado. Não preciso dizer quais chances o engraçado tem.

Beckett bateu na porta chamando por ele - Mark Heller.Mark Heller? – eles entraram. Ao erguer a cabeça, Castle levou um susto com um urso gigante empalhado.

- Caramba. Não posso dizer que gostei da decoração.

- Nem eu, mas estamos aqui...

- A não ser que vão embora, vocês vão morrer.

- Sr. Heller, sou a detetive Beckett. NYPD.

- Então não se importará em me mostrar o distintivo. Tenho que me precaver com as testemunhas de Malloy morrendo – ela mostrou.

- Sabemos sobre o disco. Levaremos você para a delegacia, onde podemos te proteger.

- Não pode me proteger. Ele voltou.

- Mark, se o padrão continuar, você tem dois minutos antes...Você sabe. Vamos conversar no carro – Castle lembrou.

- Só de estar no mesmo tribunal que Malloy era o bastante para um homem se borrar todo. Conversa louca sobre morte, renascimento e coisas assim. Poderíamos falar sobre... Eu, Val e Jason não queríamos testemunhar contra ele ou contra o outro cara.

- Que outro cara? – Beckett perguntou - Está falando de Leopold?

E as luzes se apagaram.

- Caramba.

- O tempo acabou – disse Castle - Está aqui. Acha que ainda temos um dia ou irá matar os três em uma pedrada só? – ele estava apavorado de novo.

- Onde fica o disjuntor?

- Perto do galpão de ferramentas.

- Certo. Alguém está lá fora – disse ela.

-Sério? E como é? É medonho, pálido ou raivoso? – Castle ficava mais nervoso.

- Não consigo ver o rosto dele. Tem uma porta dos fundos?

- Tem. Na cozinha – disse Mark.

- Castle, fique de olho no Mark. Vou lá fora, darei a volta, ver se consigo surpreendê-lo – ela entregou uma arma a ele.

- O quê? Vamos nos separar? – isso era ruim demais, pensou Castle.

- Vamos – e saiu.

Ela andava pela mata escura procurando surpreender a pessoa que avistara da cabana. Mantinha os olhos e os ouvidos atentos a qualquer movimento e aconteceu. 

- Polícia de Nova Iorque! Pare bem aí! – e Beckett viu um vulto correr e foi atrás.

- Por que ele não pode nos deixar em paz? Já sofremos tanto. A culpa quase nos matou.

- Por que sentiriam culpa por condenar um serial killer?

- Porque essa não é a história toda. Temos sangue em nossas mãos.

- Sangue? Que sangue? Mark, fale comigo. Preciso saber. Que sangue está em suas mãos? – insistia Castle.

- Por que isso importa? Ele está atrás de nós. Vamos morrer.

- Importa porque, se fizeram algo errado, pode ser a chave para sair desta com vida.

Na floresta, Beckett corria o quanto podia atrás da pessoa até chegar em uma clareia. Silencio absoluto e nem sinal de alguém. Então, o vulto reapareceu mas dessa vez Beckett estava preparada e o derrubou no chão apontando a arma.

- Saia! Solte-me.

- Você? A enfermeira de Leopold? Leopold. Foi você.

- Não, não.

- Você está matando para ele.

- Não, não. Você não entende.

- Foi como ele chegou às testemunhas, usando você.

- Você não entende. Eu não vim aqui matar Heller, vim salvá-lo.

- Do que está falando?

- Por isso vim – ela se levantou tentando aproximar-se de Beckett.

- Afaste-se. Fique afastada.

- Tudo bem. Ele sabia que achariam que ele estava por trás das mortes, e assim não conseguiria sair do sanatório. Eu o amo. Só queria protegê-lo. Precisávamos parar os assassinatos. Não somos nós. Eu juro.

- Se não são vocês, quem é?

- Não sei. Fui ao túmulo de Nigel, só para garantir. Cavei e...ele não estava lá.

- Não. Espíritos malignos não matam, pessoas, sim – disse Beckett.

Mark continuava explicando o que acontecera a Castle.

- Antes de Nigel, a polícia prendeu outra pessoa. David Collier. O cara tinha histórico de doença mental. Eu, Val e Jason tivemos que identificá-lo. Nenhum de nós tinha certeza, mas a polícia...

- Pressionou vocês para dizerem que foi Collier. O que aconteceu a ele?

- Não aguentou. As acusações, o que as pessoas diziam... Ele quebrou uma lâmpada da cela e usou o fio para se eletrocutar.

- O coração dele parou. Quando ele morreu? Mark, quando, exatamente?

- Meia noite. Terceira noite dele na cadeia.

- "Você assistiu. Meia noite do terceiro dia. Morrerá." Não tem relação com Nigel. É sobre Collier. Mark, precisa pensar. Ele tinha algum amigo, parente?

- Sim, ele tinha uma filha. Amanda.

- A colega de quarto de Val se chama Amanda – ouviram um barulho -Tem alguém aqui – quietos eles esperaram, a porta se abriu e eles ouviram alguém falar.

- Os três dias chegaram ao fim, Mark. Os mesmos três dias de medo que meu pai teve. Era Amanda, Castle se escondera atrás de móveis e quando ela abriu a porta do cômodo onde estavam, ele apontou a arma para ela. 

- Pare bem aí.

Mas Amanda estava preparada com a arma de eletrocutar e disparou faíscas quase os cegando. Castle perdeu a arma.

- Bem nos olhos! A arma! – ele tateava o chão - Não consigo ver. Onde ela está? – mas então ele encontrou outro tipo de arma.

- Isso é pelo meu pai.

E no instante que ela ia atingir Mark, Castle atingiu a garota na cabeça com o vidro de água benta no mesmo instante que Beckett entrava no ambiente chamando por ele

- Castle?

- Viu? Eu falei que a água benta seria útil. E ela sorriu para ele.

De volta ao distrito, eles juntavam as últimas peças do quebra-cabeça. 

- Segundo os registros psiquiátricos de Amanda, ela sofreu um colapso mental há cerca de um ano.

- Deve ter sido quando se fixou na vingança, planejando punir quem, erroneamente, identificou o pai.

- Ela deve ter se aproximado de Val para descobrir onde Jason e Mark estavam – disse Beckett.  

- E ela usou isto para matá-los – mostrou Esposito.

- Uma caneca?

- Não, a arma de choque. É uma Taser modificada. Emite uma luz desorientadora e a voltagem foi ampliada.

- Alta o bastante para parar o coração – falou Beckett.

- E fazer os músculos faciais contraírem – afirmou Espo.

- Ela queria que os responsáveis pela morte do pai sofressem do mesmo jeito que ele. Três dias de medo, encerrando com uma morte no escuro, de parar o coração.

- Como ela fez para cortar a energia? – perguntou Esposito.

- Usando isto. Ela colocou no disjuntor da cabana. Isso emite uma carga magnética que interfere com o sistema. Então, acho que há uma explicação lógica para tudo – disse ela virando-se para Castle sorrindo.

- Não sei, não. E Nigel? Como o corpo dele sumiu do túmulo?

- Posso responder isso. Acontece que ele nunca foi enterrado. O corpo dele sumiu do necrotério logo depois da morte. A polícia quis encobertar, enterraram um caixão vazio. Eis a parte estranha, o corpo nunca foi achado.

- Então... ele pode ainda estar por aí... em algum lugar. E Beckett não podia fazer mais nada a no ser sorrir, não seria ela a estimular a paranoia de Castle.

No apartamento dele, eles degustavam uma bebida. Kate um taça de vinho, Castle um whisky com gelo. 

- Certo... À um trabalho bem feito – brindaram e beberam o primeiro gole - E podemos, finalmente, nos livrar dessa lista... sua. Mas quando pegou o pedaço de papel, ela parecia surpresa.

- Que olhar foi esse?

- "Estar com Kate"? É seu item número 1? – ela não conseguia conter o sorriso - Quando escreveu isto?

- Há uns 3 anos. Já posso riscar essa.

Ela não podia estar mais feliz, inclinou-se para beija-lo mas Castle a impediu checando o relógio.

- Lamento, ainda falta um minuto para meia noite.

- Está falando sério, Castle?

- Claro. Não vou arriscar. Esse é um prazo que quero perder.

Ela se levantou e tirou o copo das mãos dele.

- Seria mesmo uma pena se algo acontecesse com a gente, pois há um item em minha lista que eu gostaria de realizar. Envolve um pequeno truque que faço... usando gelo – e ela sacudiu o copo seguindo para o quarto.

- Isso com certeza parece algo pelo qual vale a pena viver.

- Castle, o gelo está derretendo – ela gritou do quarto.

- Certo, só... 3, 2... – e ergueu-se do sofá com um sorriso maroto nos lábios. O que poderia ser melhor para celebrar a vida do que aproveitar o lado malicioso e pervertido de Kate Beckett?

Quando chegou no quarto, Castle a encontrou deitada apenas de lingerie. Os cabelos continuavam presos em um coque. E, ele reparou nenhum sinal de gelo.

- Cadê o gelo?

- Você demorou muito, derreteu completamente.

- Mas você prometeu! Depois de tudo o que passei você não pode me negar isso...

Ela gargalhou sentou-se na cama e chamou-o.

- Vem cá, Castle – ele se aproximou dela e Kate o pegou pela gola da camisa, deu finalmente o beijo que queria ao descobrir sobre a lista, um beijo intenso e apaixonado. Aquilo significou muito para ela. Ao separar-se, enquanto Castle recuperava o fôlego, ela brincava com os botões da camisa dele desfazendo-os mas ainda queria provoca-lo – engraçado você mencionar sobre negar porque foi exatamente o que você fez comigo ontem. Você esnobou da minha companhia mesmo eu sugerindo que nós aproveitássemos a noite para relaxar, brincar... eu não gostei... você me trocou por superstições.... – ela começava a beijar o peito dele que ficara à amostra após ela se livrar da camisa – porque deveria proporcionar a você tudo isso? – e os beijos continuavam subindo para o pescoço. Castle a abraçou acariciando-lhe as costas e sussurrou ao ouvido dela antes de mordiscar o lóbulo da orelha.

- Em minha defesa, eu estava sob ameaça de morte...

- Eu também... ela gemeu ao sentir as mordidinhas em sua orelha.

- Mas você é a racional, por favor Kate... eu preciso disso...

Ela beijou o ombro dele e cravou os dentes na pele provocando. Afastou-o um pouco dela e sugeriu.

- Que tal você se despir enquanto eu vou buscar mais bebida para nós? E ela balançou o copo.     

Dez minutos depois, Kate retornava ao quarto e encontrara Castle já totalmente despido na cama. Ela não trouxera bebidas, apenas enchera o copo de gelo. Coloca-o ao lado da cama, fica ajoelhada sobre o colchão ao lado dele. Abriu o soutian e jogou-o no chão. Sentou-se sobre ele. pegou a primeira pedra de gelo e começou a esfregar em seus seios, calmamente fazendo uma cara sensual para provoca-lo.

- Está com calor, Castle?

- Demais...

Ela pegou outra pedra de gelo e colocou na boca prendendo-a com os lábios, manteve outra na mão,se debruçou sobre ele e encostou a pedra de gelo no peito dele. O primeiro contato já o fez gemer e despertar o desejo adormecido. Com destreza, ela passeava a pedra de gelo com a boca pelo peito dele enquanto a mão escorregava com a outra pedra para a área do abdômen quase chegando ao seu membro. O contraste do calor com a água gelada fazia a pele de Castle se arrepiar. Sentindo que o gelo já estava quase todo acabado, ela o largou sobre o estomago dele. Pegou uma pedra nova e novamente usando os lábios para segura-la, passou-a levemente sobre os lábios dele enquanto sua própria pele unia-se a dele em meio a água gelada que escorria de seu corpo. Os lábios de Castle estavam dormentes quando ela livrou-se da pedra e o beijou. A sensação dos lábios extremamente gelados tornavam o beijo ainda mais gostoso e sensual. Ela podia sentir a ereção dele crescendo e seu próprio desejo de tê-lo também mas ainda tinha algo mais a fazer. Os gemidos dele apenas aumentavam.

Ela sentou-se nas pernas dele e com mais um pedaço de gelo em uma das mãos, ela segurou o membro dele já excitado com a outra. E então, Kate passou a esfregar a pedra de gelo ao longo dele. Castle simplesmente estava nas nuvens, não podia conter os gemidos e o desejo de ama-la para sempre.

- Oh, Katieee... por favor...

Ela abriu o sorriso. Continuou sua tarefa com destreza, o gelo derretia aos poucos em sua mão proporcionando o ar frio com o qual ela acariciava o membro e as bolas dele. Se ele já estava em seu limite, Kate queria ver o que aconteceria quando ela fizesse o seu próximo movimento. Colocou uma nova pedra de gelo na boca e a chupou para deixar a boca gelada enquanto suas mãos encarregavam-se de acariciar a cabeça do membro dele provocando-o.

Ciente que alcançara o ponto que pretendia, ela livrou-se do gelo colocando sobre o abdômen dele e o provou exatamente na região que o acariciava até alguns segundos atrás. Ao sentir a boca gelada contra o seu membro, ele gemeu alto. A sensação era simplesmente incrível. Algo que ele não conhecia. Ela continuava provando-o apenas para ouvir seu nome escapar pelos lábios dele com urgência.

- Kate...oh, Kate...

Percebendo que ele poderia ter um orgasmo logo, ela tirou-o da boca e esfregou mais uma pedra de gelo no interior das coxas dele antes de voltar a deitar-se sobre ele e buscar seus lábios. Mas Castle a impediu mudando de posição e esmagando-a com seu corpo tomando-a num beijo ardente. As mãos dele se perdiam na extensão do corpo dela até chegar a calcinha, o item que os impedia de continuar com essa loucura. Kate estava tão perdida nos beijos que não percebera o que acontecera apenas sentiu quando ele a penetrou e soltou um grito. Ele quebrou o beijo e olhou intensamente para ela. As pupilas apenas provavam o nível de desejo que ele nutria por ela nesse momento. Com movimentos rápidos, ele a tomava. Kate friccionava-se contra o membro dele e deixa as sensações deliciosas tomarem seu corpo. Os arrepios da pele se intensificavam ao sentir Castle sugar seus mamilos e mordiscar sua pele próximas ao seio.

Quando começou a tremer, Castle notou e aumentou o ritmo. Tomou-lhe a boca com vontade e roubou-lhe parte do parco ar que ainda respirava. Então ela deixou-se levar pelo forte orgasmo que a tomara. Gritou entre os lábios dele mas ainda teve força para mudar de posição e ficar por cima dele. Cravou suas unhas no peito dele para manter o ritmo que ditava o balé. Então, lembrou-se do resto do gelo. Deu um tapa no copo e o resto do gelo se esparramou  sobre ele e a cama. Ela jogou a cabeça para trás e gritou. A intensidade do orgasmo fora maior do que a vontade de provoca-lo mas ela não desistira. Jogou seu corpo sobre o dele e o gelo formou uma camada contra a pele de ambos.

Kate pegou uma das pedras que caíram sobre o colchão e esfregou-a nos lábios e no queixo dele ansiando por um novo beijo. E ao contato dos lábios, foi a vez dele ceder ao desejo preso dentro de si e gozou.

Os corpos de ambos ainda sofriam os efeitos do prazer em meio a lençóis molhados pelo gelo derretido e corpos suados. Kate estava sobre ele ainda, as pernas enroscadas nas dele. O coque se desmanchara durante o ato e os cabelos emaranhados estavam espalhados sobre as costas dela. Sentiu o braço dele pesando sobre sua cintura. Ela se moveu para o lado e Castle se colocou de lado para olha-la.

- Esse foi um excelente truque de mágica...

- Você gostou?

- Adorei. Até esqueci que estava a beira da morte.

- Eu também gostei de saber que era a primeira coisa na sua lista de desejos. Significa muito já que você a escreveu a três anos atrás.

- Acho que eu nunca escondi o que queria de você além de uma musa... – ele disse enquanto acariciava o rosto dela com a mão – adoro tudo em você, sua mente, seu jeito mandão, sua paixão por justiça, seus cabelos hipnotizantes, seu corpo. Até mesmo seu lado cético de Scully.  

- E falou o Sr. Superstição? Achei que era um amante dos filmes de terror e não alguém que morre de medo deles.

- Não tenho medo deles mas não devemos duvidar dos espíritos, Kate.

- A verdade está lá fora Castle?

- Você apenas tem que encontra-la, Kate ou deveria dizer Scully...

- Oh, cala a boca Castle e me beija!

- Oh , Scully...

E ela gargalhou quando Castle começou a fazer cócegas antes de perderem-se um nos braços do outro. 


Continua....

5 comentários:

Unknown disse...

AMEIIIIIII!!!! Perfeito!!! do jeitinho que imaginei, com um pouquinho a mais de pimenta!! :)

Unknown disse...

Karen, suas fics são ÓTIMAS! Toda semana, bato ponto no seu blog religiosamente! Parabéns!

Gabi Pavani disse...

SIMPLESMENTE DEMAIS!!!
Adorei mesmo... e o detalhe da Kate ligando pra ele, preocupada! heehehe
Show! :)

Marlene Brandão disse...

dei altas gargalhadas com este cap. serio Castle é ilario gente,preciso dele para mim.Ele com medo é tão fofinho becks de sorte,ai vem a " lista." até eu fiquei curiosa ainda mais quando ele eliminou o numero 27.O Ryan e Espo falando do testamento dele hahahah,o vaso que ele quebro e ela quis mata-lo hahahah já fiz isso com o da minha mãe e coloquei culpa na minha sobrinha que na época tinha 6 meses. e a água benta,por favor muito louco hahahah apenas digo"tem tem água benta,tem tudo" .E a parte do gelo ahhhhhhh o gelo,numca mais sera o mesmo diante de mim.Eu adoro gelo serio,sou dessas que não vive sem. Parabéns....

larynhapaulista disse...

Esse foi realmente um ótimo episódio para liberar a tensão dos dois últimos episódio.

Amei o capítulo Karen.

Castle e Ryan com suas superstições, Esposito que diz não acreditar mas no fundo ele tem medo e Kate a cética.
Castle recusando passar a noite com Beckett por causa da superstição. Sem falar que ri muito quando ele deu de cara com a pilastra.
#1 Estar com a Kate, A.M. se superou nessa, sabia que isso poderia estar na lista dele mas não como #1. Principalmente como foi escrito há 3 anos não imaginaria que isso poderia acontecer.
Kate deixando Castle doidinho dizendo que queria fazer algo da lista dela e que envolvia gelo e você colocando a sequência foi demais.

beijos