Nota da Autora: Mais um capítulo e ainda estamos vivendo no passado, tenham paciência. Posso dizer que ainda estou boazinha. Enjoy!
Atenção! Pitadas de NC-17...
Cap.2
Nos dias que
se seguiram, Kate continuou junto a sua equipe buscando provas das possiveis
ligações entre a máfia e o assassinato de um dos Quinze. A causa da morte
revelava envenenamento porém as pistas para encontrar o assassino eram bastante
escassas. Castle sempre avaliava detalhes do caso com ela, dava palpites e
sugeria linhas de investigação para a propria Kate desafiar a equipe.
Infelizmente, não conseguiam evoluir.
- Como podemos
estagnar em um caso desse jeito? Não consigo achar caminhos alternativos para
investigar e isso esta me irritando.
- Sei o que
você está sentindo, isso é quase como um bloqueio de escritor. Aquele momento
em que nenhuma das suas ideias parecem ter sentido. Você não consegue achar um
momento de climax ideal ou mesmo criar uma virada que traga uma nova dinâmica
para a história. Ao contrario de você, estou com sorte. Minha história está
indo de vento em polpa.
- Bom pra
você, a diferença é que estou falando do mundo real e nele nada parece se
completar – ela suspirou frustrada – odeio esses casos que parecem não sair do
lugar! Por mais que eu tente achar uma ponta, não consigo. Justo quando tenho a
responsabilidade pela investigação.
- Hey, vem cá
– ele a puxou pelo braço fazendo-a sentar no colo dele – também não precisa ficar
assim. Talvez se você aceitasse minha sugestão de investigar alguns políticos
poderia achar algo interessante, digamos alguém que esteve viajando a negócios
para a China nos últimos meses considerando o tempo em que as maiores
atividades aconteceram. Acho que você encontraria coisas bem interessantes.
- Você quer
que eu investigue todos os políticos do país, peça acesso aos seus dados de
viagem com que base, Castle? Qual a justificativa que usaria?
- Diga que
você é uma agente federal e portanto tem direito de investigar como eles estão
gastando o nosso dinheiro – ela entortou a boca e olhou para ele como quem diz
“sério? Essa é a sua desculpa” – tudo bem, já entendi. Você pode dizer que está
seguindo um palpite do seu noivo escritor, afinal não sou um qualquer, sou um
escritor de best-sellers que já trabalha a alguns anos com a polícia, sei das
coisas.
- Castle, você
realmente não está ajudando.
- Não? Hum...
e quem sabe assim – ele começou a beijar-lhe o pescoço deixando as mãos
acariciando a lateral do corpo dela e suas costas – melhorou? Ou talvez
pudessemos tentar isso – mordiscou a orelha dela e sugou os lábios com um beijo
carinhoso – parece que começamos a nos entender – ele disse ao sentir os dedos
de Kate entremeados em seus cabelos – vamos esquecer desse caso por uns
instantes. Deixa-lo de lado, uma boa noite de sono pode nos dar outras ideias.
- Tudo bem...
– ela sussurrou entre os lábios dele e decidiram ir para a cama.
Na madrugada
de Washington porém, nem todos dormiam.
O senador de
Illinois andava de um lado para o outro em seu escritório de casa. Acabara de
receber um telefonema de um dos seus parceiros de “negócio”. Nunca o contatavam
em casa e muito menos essa hora da madrugada. Eram quase três horas da manhã.
Recebera um pequeno aviso se é que se pode chamar assim uma ameaça. Quando o
braço direito do seu fornecedor chinês faz isso é porque algo muito sério
estava em jogo. Uma sigla. FBI. Os federais estavam investigando os
contrabandos chineses e ao que tudo indicava já tinham ideia da máfia. Se
continuassem a cavar, encontrariam alguma pista que levassem a ele e ao seu
parceiro? Precisava comunicar urgente ao maior interessado. Seria a primeira
coisa que faria pela manhã. Chineses eram ótimos nos negócios mas uma vez
desconfiados e traídos, eles partiam para o jogo pesado e assassinato era a
menor artilharia deles. Chang fora claro, se percebesse a ameaça pesada dos
federais, agiria do seu jeito e certamente a operação entre eles estava
desfeita. Ao falar com seu parceiro, tinha um único objetivo, tirar os federais
da jogada.
Dois dias se
passaram e a evolução do caso não ocorria. A ideia de investigar políticos não
vingaria sem alguma evidência mas ela ainda queria encontrar algo que pudesse
dar a ela esperanças para desvendar o caso. Porém, naquela tarde seu chefe a
chamou em sua sala. Um caso mais urgente havia aparecido. Ela preferia
continuar cavando o caso da máfia pois seu instinto a dizia que havia algo de
muito pesado ali, infelizmente as evidências não a ajudaram e perdera a
discussão com seu chefe. O caso fora arquivado, ou melhor colocado on hold.
Ao chegar em
casa, encontrou Castle na cozinha. Preparava algo com ervas porque o cheiro
estava uma mistura de alecrim e manjericão com outros aromas que ela não
conseguira distinguir. Ele parecia agitado. Ela jogou o casaco na cadeira junto
com as pastas do trabalho. Prendeu os cabelos que estavam soltos em um coque
antes de ir até onde Castle estava.
- Hey....-
beijou-lhe o pescoço – o que você está aprontando? Está cheirando muito.
- Nosso
jantar. Ah Kate, o dia foi escelente. Escrevi três capitulos e a cabeça está
fervilhando de ideias, criei minha própria história e investigação para Nikki a
partir do seu caso. Estava torcendo para você chegar com novidades para ver se
estou longe da solução ou não. Ou quem sabe acertei tudo? Afinal sou quase um
detetive.
Ela abraçou-o
por trás e cheirou a nuca dele. beijando as costas dele sobre a camisa, ela
tinha que dar a má notícia.
- Castle, eles
arquivaram o caso. Disseram que não havia provas suficientes para continuar e
surgiu algo mais crítico. Sinto muito, sei que estava empolgado em fazer seu
próximo livro mas não poderei ser sua fonte – ele se vira para fita-la, percebeu
um ar de frustração no rosto dela.
- Hey, tudo
bem. Tenho muita imaginação para escrever o fim da história, não se preocupe
com isso. Quero saber se está tudo bem com você? Esse caso arquivado afetou
você, gorgeous?
- Não diretamente
mas – ela suspirou encostando momentaneamente a cabeça no peito dele e
erguendo-a novamente para fita-lo – não sei meus instintos me dizem que há algo
grande ali. Algo que pode se tornar uma bomba mas não tenho evidências, apenas
um sentimento estranho.
- Instinto de
detetive. Posso entender – ele beijou a testa dela – olha não adianta remoer.
Agora você tem um novo caso e precisa se concentrar nele porém não irei
reclamar caso queira compartilhar e me ajudar a combinar seus sentimentos com a
história do meu livro.
- Você está me
oferendo o papel de co-autora em seu próximo livro, Castle?
- Não, fonte
importante e claro a dedicatória será sua.
- Porque eu
ainda pergunto... – revirou os olhos mantendo um sorriso.
- Vá tomar um
banho e relaxe, o jantar sairá em meia hora.
Kate obedeceu
e se deixou ser mimada naquela noite. Adorava quando ele se predispunha a fazer
tudo para agrada-la. Depois de um jantar delicioso, ele preparou café e
sentados juntinhos no sofá, Castle mostrou a sua linha de raciocínio para o
caso da máfia e o que já havia colocado em seu livro. Ela ficou impressionada
do quanto ele evoluíra na historia. Ela deu algumas dicas a ele mas pediu que
escrevesse sozinho a partir dali. Queria ler o livro e ser surpreendida. Ela
não deixava de ser fangirl.
Em outro lugar
da cidade, o senador fazia uma ligação importante para o seu parceiro e maior
investidor.
- Pois não?
Espero que tenha algo interessante para me dizer – falava a voz do rígida do
outro lado da linha.
- Eu tenho.
Está feito. Voltamos a ter o controle e ninguém cutucando ou seguindo nossos
passos. O caso dos federais foi arquivado. Você já pode acertar o novo
carregamento. Não podemos tirar os olhos daquele grupo, os chineses são bem
sujos quando querem.
- Ótimo. Fique
de olho caso os chineses queiram botar as asinhas de fora. O mesmo vale para os
federais. Desligou.
Durante a nova
semana, Castle continuava escrevendo seu livro com empolgação e Kate tirava de
letra o novo caso que lhe deram. Fizeram as prisões em apenas quatro dias e
encerraram o caso. Ela começava a fazer no FBI o que fazia na NYPD. Adicionava
a sua ficha casos e mais casos concluídos com sucesso. Sua performance ganhara
destaque e seu chefe imediato apenas admirava-a mais. Ainda tinha muito a
descobrir sobre os talentos e a sagacidade de Kate Beckett. E o que considerava
ainda mais interessante era o fato dela não ter perdido o jeito característico
de detetive policial e uma ligação pessoal com as vitimas capaz de revelar excelentes
pistas e nuances dos casos. Não só ele mas outros agentes e superiores já
percebiam que ela era diferente. Apesar de possuir características não tão
apreciadas pela dinâmica do bureau e ser uma pessoa focada em justiça e
resultados, o modo dela de enxergar algumas situações podiam ser preocupantes
para seu crescimento no bureau. Era uma questão de adaptação pensara seu
superior. Tudo isso apontava apenas para uma coisa muito importante. Kate
Beckett poderá ser grande destaque no bureau, dependia somente dela daqui pra
frente.
Semanas
depois, ela já trabalhava em um outro caso quando sozinha em seu apartamento
assistia ao jornal da CNN. Uma notícia chamou sua atenção. Um cara descendente
de chinês foi achado morto em um beco na periferia de Washington. Não possui
qualquer identificação com ele e sua morte soava como uma suposta vingança. A
autopsia ainda precisaria confirmar a causa da morte. Para o jornal, esse homem
podia ser um desconhecido mas para Beckett não. Havia algo naquele rosto que a
lembrava alguém, já o vira antes.
Levantou-se do
sofá e foi até seu pequeno escritório a procura de uma pasta. Sim, apesar do
caso ter sido arquivado por tempo indeterminado, ela manteve uma copia de toda
a investigação consigo. Ainda tinha esperança de poder voltar a investiga-lo e
fecha-lo de acordo. De volta ao sofá com a pasta nas mãos, ela repassou todas
as fotos que possuía. E conforme desconfiava, o rosto do morto estava entre os
Quinze. Conhecido como Hu no grupo da máfia chinesa. Para Kate isso não era uma
coincidência. Amanhã no bureau ela iria atrás da investigação desse homicídio.
Se isso pudesse trazer alguma ligação com o antigo caso, ela poderia convencer
o seu chefe a reabrir o caso para que ela pudesse voltar a investiga-lo.
Procurou a
ajuda de um dos agentes que sempre trabalhava com ela e pediu para ele
conseguir as informações do caso para poder analisar. O agente Hendricks
aconselhou que ela não perdesse tempo com casos pequenos, tinham maiores peixes
para pescar mas prometeu conseguir a informação já que isso parecia importante
para Beckett.
Ao final do
dia, ela tinha a pasta em suas mãos e levou-a consigo para casa. Estar sozinha
em casa tinha suas vantagens quando ela precisava focar em alguma análise ou
mesmo descansar a mente e o corpo, porém havia momentos que ela sentia falta
dele especialmente quando queria trocar ideias. Esse era o caso agora. Com
uma taça de vinho nas mãos, ela folheava
o relatório do legista a procura de pistas e explicações parecidas entre essa
morte e a do outro membro dos Quinzes. Estava absorta nos detalhes escrevendo
os pontos principais em seu bloco amarelo de anotações quando o seu celular
tocou.
- Hey,
gorgeous! Estava dormindo?
- Não,
trabalhando e pensando em você.
- Mesmo? Já
valeu o telefonema porque não tenho boas noticias para você e talvez a saudade
não faça você querer me matar. Lembre-se sou apenas o mensageiro.
- O que
aconteceu Castle? Você está bem? Não fez nenhuma loucura e agora quer a ajuda
do FBI pra resolver certo? – ela ficou bem preocupada.
- Voltei da
turnê hoje e Lanie me deu uma notícia não muito agradável. Lembra a data que
escolhemos para o nosso casamento na catedral de Saint Patrick? Então, não está
disponível. Isso está deixando sua amiga louca, droga! Eu mal cheguei e fui
bombardeado com histórias de buffets, igreja, flores. Kate por favor, diga que
não precisamos casar numa igreja realmente ou vou enlouquecer... e por favor
você vai estar aqui para o Valentine’s não? Você precisa por ordem nessas duas.
Martha e Lanie estão me sugando... – ele ouviu a risada dela do outro lado da
linha – você está achando isso engraçado? Estou em pânico!
- Relaxa,
Castle. Primeiramente, não faço questão de casar numa igreja. Podemos fazer o
casamento na sua casa dos Hamptons, algum problema? Em relação ao dia dos
namorados, estou fazendo o possível para estar aí. Estou com um caso sob minha
supervisão e trabalhando como assistente em outro. Se até o fim da semana
concluir o meu caso, chegou em New York no sábado.
- Essa é a
melhor noticia que você poderia me dar. Assim podemos visitar Ryan e Jenny. O
pequeno Patrick já vai fazer três meses e nem sequer o conhecemos. Estamos em
dívida com nossos amigos.
- Faremos
isso. Mas não se preocupe, a melhor hora para visitar um bebê é após os três
meses. Estamos bem quanto a isso.
- Porque você
disse que pensava em mim? Está precisando de um pouco de amor do Castle? – ela
riu – uma massagem talvez? Porque se quiser podemos tentar algo por telefone...
o que você está vestindo?
- Não, Cas.
Não agora. Apesar de morrer de saudades – ela suspirou – é que, surgiu um
assassinato na TV esses dias e acredito que pode ter ligação com aquele caso
arquivado. O problema é que pode ser apenas coisa da minha cabeça é ai que você
entra. Talvez seja o único capaz de dizer que não estou vendo além do que
devia. Se estiver certa, talvez possa reabrir o caso. Faz algum sentido pra
você?
- Na verdade,
faz. Isso me diz o quanto você sente a minha falta, sente saudades de
trabalharmos juntos resolvendo casos e criando teorias. Minha sugestão Kate é
bem simples. Resolva o caso que está trabalhando, venha para New York e traga
consigo os detalhes desse caso. Se tiver relacionado com o da máfia, nós
investigaremos e chegaremos a essa conclusão juntos. Pelos velhos tempos, que
tal?
- Parece bom.
Assim nos distraímos e não ficaremos com vontade de cometer homicídios nós
mesmos por causa de uma festa de casamento.
- Bom ponto.
Durma bem, gorgeous.
- Você também,
fiancé.
Quinze meses
antes – Fevereiro 2014
Ela acabara de
entregar o seu relatório. Mais um caso solucionado. Era hora de passar em seu
apartamento, pegar a mala e rumar para o aeroporto. Não via a hora de estar em
New York no loft de Castle celebrando o dia dos namorados. Ia passar apenas
três dias com ele mas seria o suficiente para matar as saudades dele por
enquanto. O trânsito para o Dulles estava bem engarrafado. Ela encostou o corpo
no banco e fechou os olhos, pela primeira vez Kate pode descansar o corpo essa
semana. Trabalhara muito duro para fechar o caso. Esse era um dos motivos pelo
qual ansiara em estar com Castle esses dias. Precisava de uns instantes para
relaxar e que maneira melhor de fazer isso senão fazendo amor com seu noivo e
tendo um ótimo fim de semana com amigos?
Quando seu
avião pousou no JFK. Ela sorriu. As portas do desembarque se abriram e ela o
viu. Lindo com seus óculos escuros e um buque de lírios nas mãos. Sorria e
vestia um casaco creme que o deixava ainda mais charmoso. Estava com o rosto
mais fino. Apressou o passo em direção a ele e bem à sua frente, ela fingiu
procurar alguém.
- Procurando
alguém? – ele perguntou.
- Estava
procurando meu noivo não sei se você o viu. Alto, olhos azuis penetrantes,
sorriso de menino ah! Ele é muito charmoso. Tem um péssimo defeito porém, passa
semanas sem me ver.
- Se eu fosse
seu noivo não deixaria uma mulher tão bela dando sopa num saguão de aeroporto –
tirou os óculos – olá, Kate. Bem-vinda a New York. Senti muito sua falta – ele
estendeu as flores para ela que as pegou e sorriu.
- Você não tem
ideia... – ela falou e sentiu o toque dos dedos dele em seu rosto puxando-a
para um beijo. O contato foi tão repentino e avassalador que ela deixou as
flores escaparem da mão e caírem ao chão enquanto ela abraçava-o contra seu
corpo aprofundando o beijo e amenizando um pouquinho a saudade que a dominava.
Quando finalmente se separaram, ela viu as flores e envergonhada mordeu o lábio
inferior.
- Desculpa,
acho que o buque já era.
- Não importa,
o gesto é simbólico. Vamos, não vejo a hora de ficar sozinho com você – ele
pegou a mala dela com uma das mãos, a outra entrelaçou seus dedos nos dela e
caminharam até a saída. Pegaram um taxi e seguiram para casa. O tempo em New
York parecia estar mais frio do que DC, percebeu. A diferença é que a cidade
que nunca dorme é mais acolhedora e tinha alguém em quem se esquentar. Olhar a
muvuca das pessoas nas grandes avenidas, o cheiro dos pretzels e hot dogs, o
barulho quase ensurdecedor das buzinas de vários taxis amarelos, vestígios de
neve em calçadas e o ritmo acelerados dos pedestres misturados as luzes da
Times Square. Essa era a sua cidade. Ao entrar no loft de Castle, a sensação de
lar voltou a anima-la.
- Katherine!
Venha cá, me dá um abraço doce criança – Martha a abraçou com vontade pegando-a
de supetão – vamos tire esse casaco, saltos. Fique a vontade. Richard, sirva um
café para sua noiva. Está muito frio lá fora. Aceita um brandy para acompanhar?
- Não, Martha.
Obrigada café está ótimo – Kate tirou o casaco e colocou no armário perto da
porta. Castle já tinha levado sua mala para o quarto e estava preparando a
caneca de café. Kate sentou-se em um dos bancos da cozinha americana e ficou
observando-o. Martha olhava para a bela mulher de uma certa distância e se
perguntava como o filho dela fora premiado na vida, ela admirava a sua futura
nora como nunca admirou as demais. Além de linda, centrada e inteligente, Kate
tinha um senso de realidade de alguém que batalhou muito para se reerguer na
vida e alcançar seu espaço. Essas qualidades eram importantes e boas
influências para Richard. Melhor deixa-los sozinhos, afinal agora quase não
tinham tempo para estarem juntos e não seria ela quem os atrapalharia.
- Bem, vocês
pombinhos comportem-se e não quebrem a casa toda por favor. Estou saindo. Ta
ta...
Assim que ela
saiu, Kate sorveu um pouco do café que ele servira a ela. Castle tirou o casaco
e ela pode perceber que ele realmente estava mais magro. Seria realmente uma
das razões para isso a falta dela? Castle estava particularmente mais gostoso.
Ele se aproximou dela e a envolveu com os braços ao redor da cintura.
- Finalmente!
Pensei que ela não iria embora e ainda quisesse beber brandy com você.... que
tal aproveitarmos o tempo de uma forma bem mais interessante? Temos reservas no
Le Cirque às 9h. São cinco então... – Castle a beijou apaixonadamente. Kate
deixou as mãos passearem pelas costas dele ao curtir o beijo. Quanta saudade
daqueles lábios! Foram quatro semanas que para ela pareciam quatro anos. Os
dedos sorrateiramente desfaziam os botões da camisa revelando o peito dele.
Definitivamente, ele estava mais magro. Castle a ergueu do banco e Kate enroscou
suas pernas nele. Acreditava que ia leva-la para o quarto. Mas essa não era a
intenção dele.
Carregando-a
enroscada em seu corpo, ele caminhou até a porta de seu escritório. Ela
estranhou. Fechou a porta atrás de si e pressionou o corpo de Kate contra ela.
Kate deslizou suas pernas ficando de pé novamente. Castle tirou a camisa dela e
jogou ao chão. Viu o colar com os dois anéis à amostra entre os seios dela.
desabotoou a calça e deslizou-a pelas longas pernas. Fora inevitável passar as
mãos por toda a extensão das pernas de Kate. Tornou a ficar de pé na frente
dela. Seus olhares se encontraram mas Kate ainda não sabia qual era o objetivo
de Castle.
- Lembra
daquele dia que você entrou pela porta do meu apartamento dizendo que apenas me
queria? Você apareceu quando minhas esperanças já tinham se esvaído. Desde
aquele dia, eu criei uma fantasia na minha cabeça. Ter você contra a porta, não
na primeira vez porque isso não seria ideal mas agora....ah, Kate...é tudo o
que quero fazer.
Castle não
esperou pelo aval dela. Como um homem dominado pelo desejo, ele devorou sua
boca deixando as mãos vagarem pelo corpo dela. O beijo era urgente, ávido.
Mordiscou o lábio inferior dela e perdeu-se no pescoço. As mãos encontraram os
seios e ele os segurou apertando um pouco. Ela gemeu. Agora os lábios dele
estavam entre os seios dela tocou os anéis de leve e desabotoou o fecho do
soutian. Ao expor os belos seios, Kate gemeu devido ao frio do cômodo e logo
seus mamilos ficaram rígidos. Ela agarrou os ombros dele cravando as unhas na
pele querendo puxa-lo ainda mais para si. Mas Castle não queria dar chance a
ela, queria tortura-la, deixa-la louca. Roçou a língua nos mamilos dela e
abocanhou o seio sugando e provando a pele e o gosto dela. Ouviu-a dizer, ou
melhor balbuciar seu nome várias vezes. Kate sentia a umidade em seu centro
aumentar, estava consumida pelo desejo. E ainda nem começara a sentir prazer
realmente.
Castle brincou
com os dois seios dela e seguiu beijando e lambendo o corpo dela até encontrar
o elástico da calcinha. Com as duas mãos, ele baixou a calcinha dela. Afastou
as pernas lentamente e começou a provar o interior das coxas dela. E então,
Castle beijou-a lá. A sua língua provou o clitóris dela e Kate gritou
apoiando-se contra a porta com uma das mãos na maçaneta. Ele decidiu prova-la
com vontade e seus lábios a provavam com maestria. Kate tentava se manter de pé
segurando-se nos ombros dele. Em questão de minutos, ela sentiu a explosão a
dominar e gritou. Ele não se deu por satisfeito e continuou massageando o
clitóris dela até sentir que Kate estava novamente pronta para um novo orgasmo.
Daí, ele se levantou e roubando-lhe um beijo por pura distração, ele a penetrou
levantando uma das pernas dela para poder ter mais espaço. Ela gemeu entre os
lábios dele e instintivamente subiu as pernas segurando-se no corpo de Castle.
Entrelaçados,
Castle a empurrou contra a porta e movimentava-se rapidamente querendo leva-la
ao máximo do prazer que conseguisse. Kate se segurava como podia sentindo a
madeira fria da porta contra suas costas. Pressionava o próprio corpo contra
ele e fazia dos ombros de Castle uma espécie de esteio. Sentiu o corpo
estremecer aos poucos, o coração acelerado já indicava que uma nova onda de
prazer a tomaria em questão de segundos. Gemendo e se equilibrando entre a
porta e o corpo do homem que a segurava, ela balbuciou palavras à principio sem
sentido mas que Castle foi completamente capaz de entender antes de perder-se
dentro dela.
-
Cas...agora...forte...mais...oh Deus...Cas...vem comigo...I lo-love... – e a
explosão a atingiu como um raio. Ela o abraçou completamente colando seu corpo ao
dele e gritando de prazer. Contaminado pela volúpia de te-la ali tão fragil e
dependente dele, Castle deixou-se levar e entregou-se ao prazer também. Não
parava de movimentar-se dentro dela, enquanto tivesse forças, ele prolongaria
aquele momento. Sentiu os dentes de Kate cravarem mordidas em seus ombros. Aos
poucos, ela foi se acalmando, sentindo o corpo esmoirecer diante dele. As
pernas estavam bambas e precisava dele para lhe segurar por mais alguns
instantes. Permaneceram na mesma posição por alguns minutos. Castle começou a
sentir os lábios dela vagando por sua pele, beijando-a seguindo para o pescoço
e culminando no rosto.
Kate
reencostou a cabeça contra a porta e suspirou. De olhos fechados, ela se
permitiu um minuto para respirar. Lentamente, ela deixou as pernas deslizarem
sobre o corpo dele até sentir seus pés tocarem o chão novamente. Tão logo fez
isso, percebeu que a pressão do corpo dele junto ao seu aumentou. Ele a
esmagava contra a madeira. Sentiu o toque dos dedos dele em seus cabelos e abriu
os olhos apenas para dar de cara com Castle a olhando. Esboçou um sorriso e
Castle veio em direção aos lábios dela. Dessa vez, nada de pressa ou urgência.
O toque dos lábios fora suave, quase inocente. Em seguida, Kate entreabriu a
boca para deixar a lingua dele encontrar a sua e vagarosamente perderam-se
naquele beijo por um bom tempo. Ao quebrar a magia do beijo, Castle passou a
mão no rosto dela acariciando e sorriu satisfeito. Ela suspirou e ao abraça-lo
novamente deixou a cabeça pender no ombro dele. A respiração quente ainda
sugeria reações em seus corpos. Beijou-lhe a nuca e sussurrou para ele.
- Deus, como
senti sua falta....- sentiu as mãos dele aterrisarem na cintura dela e a
segurarem de maneira firme – quando eu fiquei tão boba...
- Você não é
boba. E acho muito bom saber que sente tanto a minha falta, mostra que não sou
o único. Vem, vamos para o quarto. Ainda temos um tempinho antes de nos
arrumarmos para sair e festejar o dia dos namorados.
- Achei que já
estávamos festejando... – ela soltou uma risada.
- Começamos
ainda temos muito a comemorar.
- Porque
demorou tanto a me pedir para realizar essa fantasia? Podiamos ter aproveitado
tanto antes...
- Fico feliz
que tenha realmente gostado, Kate.
- Gostado? Eu
adorei! Por acaso você não tem outras fantasias que queira compartilhar? Talvez
possamos realiza-las.
- Ah, Kate
tenho várias mas podemos discutir isso outra hora não? E a deitou na cama
reiniciando outro momento íntimo entre eles, fizeram amor mais uma vez antes de
efetivamente sair para jantar.
O jantar, a noite
e todo o resto foi simplesmente gratificante. Toda a saudade de semanas desaparecera
em poucas horas com ele. Durante a manhã, Kate acordou preguiçosa com os
carinhos de Castle. Ao lado da cama, um bandeja com frutas, pães, suco e um
café extremamente cheiroso a esperava. Havia uma flor, uma tulipa na bandeja e
uma caixinha azul.
- Happy
Valentine’s, Kate.
- Bom dia,
Castle... – pegou a caneca de café e inalou um pouco do aroma antes de bebe-lo
– humm delicioso esse café.
- Coloquei
essência de vanilla como você gosta.
- Sim, e
marece um beijo por isso – ela inclinou-se e beijou-o apaixonadamente – happy
valentine’s. Isso é para mim? Eu não comprei nada para você com toda a correria
e ah, Castle! É lindo! Eu não sei o que dizer. Ela ergueu o par de brincos na
palma da mão.
- Achei que
ainda estava em dívida com você desde o último dia dos namorados mesmo tendo
lhe dado a pulseira e deixe-me dizer que adoro o fato de que você nunca a tira
do braço, queria substituir os brincos que dei a Gates. Pode parecer tolo
mas... a dívida está paga.
- Castle você
não precisava fazer isso. Eu não queria presente, já temos tanta coisa para
pensar sobre o casamento e tanto para comprar e gastar , tá eu sei que você é
rico mas ainda assim... tudo que queria era passar um tempo com você. Sabe,
ultimamente acredito que estou amolescendo isso pode ser bom ou ruim.
- Kate, você
está apaixonada. Esse é o motivo. E não se condene. Trabalhamos tanto e
passamos por muitas coisas para estar aqui. Precisamos de um pouco de calmaria
em nossas vidas também. Nem que seja por um fim de semana afinal não deve estar
sendo fácil o período de adaptação em DC você já se sente parte dele, do time?
- Tem horas
que sim, outras que não. Mas é tudo muito diferente da dinâmica do distrito.
Ali as pessoas trabalham juntas porém não se ajudam totalmente. Você tem
dúvidas se realmente pode contar com eles. Há algo maior envolvido, a segurança
de um país. Não há espaço para erros de julgamento e já errei algumas vezes,
coisas de novato mesmo e espero não repetir os erros ao longo do caminho.
Obstáculos sempre existem. E pode anotar. Mesmo que eu seja uma policial
federal agora, nada substituirá o tipo de investigação que faziamos juntos,
parceiro – ela sorriu.
- Oh, isso foi
um elogio? Começo a achar que você amolesceu mesmo. Eu sinto falta disso, de
investigar casos com você. Ser um pouco detetive mesmo que parcialmente até
você me impedir de entrar em um cena de crime ou ser deixado de lado numa
emboscada. Somos uma dupla muito boa e eficiente.
- Sim, nós
somos. E acho que de certa forma trouxe algo para relembrar o que faziamos bem.
Considere um presente de dia de namorados então. Quero sua opinião em um caso. Pelos
velhos tempos?
- Claro mas...
er...só tem um problema. Minha mãe já perguntou por você hoje e tenho a ligeira
impressão que querem te roubar de mim o dia todo. Você sabe porque não? – Kate
arregalou os olhos – não me olhe assim, sabia que isso era possivel quando veio
para cá ainda mais com apenas dois meses para o casamento.
- Castle eu
não sei se isso é uma boa ideia... – a cara de pânico de Kate fez ele sorrir.
Tinha que acalmar os nervos dela.
- Boa ideia ou
não, você terá que fazer isso. Gorgeous, você corre atrás de bandidos,
interroga caras perigosos e usa uma arma. Você vai sobreviver a bolo, flores e
outros detalhes como prova de vestido – ele riu porque a cada palavra parecia
mesmo que um monstro crescia na frente
de Kate.
- Você vai me
pagar!
- Kate isso
faz parte do casamento, você aceitou tudo isso quando disse sim! Pense pelo
lado positivo, a cerimônia será nos Hamptons o que facilita muitas coisas.
Vamos descer, eu te protejo pelo menos por alguns instantes.
- Porque fui
escolher logo um escritor milionário? Podia ser tudo tão mais simples! Uma
cerimônia reservada para poucas pessoas. Ah, me promete uma coisa Castle. Sem
mídia por favor! Sei que você é um dos bachelors de New York e isso certamente
seria um grande evento mas eu não conseguiria. Você me promete?
- Prometo. Sem
imprensa e Kate, é o seu casamento. Você pode faze-lo da maneira que quiser. Se
dizer para mim que quer pegar um avião hoje e casar em Vegas, eu aceito. Só
tenho uma condição. Você – ela suspirou e beijou-o diante do gesto tão
carinhoso e da declaração feita – hum, prometa que seu trabalho não atrapalhará
nossa lua de mel em BoraBora.
- Vamos
finalmente para Bora Bora? Vou fazer o possivel.
Ao descerem
para a cozinha, Martha mal deixou Kate respirar. Após se cumprimentarem, a mãe
de Castle simplesmente despejou um caminhão de informação no colo de Kate. Fotos,
panfletos, um catálogo de flores. Tudo espalhado sobre a mesa da sala além de
revistas de noivas que ela supunha já ter vários modelos de vestidos
pré-selecionados. Ao ver o desespero no olhar de Kate, Castle procurou amenizar
as coisas mesmo sabendo que a negociação com Martha era bem difícil.
- Mãe, sei que
a senhora quer resolver e ajudar Kate em vários aspectos do casamento mas eu
gostaria de dizer que você deve respeitar a opinião dela. nós conversamos e
chegamos a conclusão de que não queremos uma grande celebração e sim uma
cerimônia mais simples, nos Hamptons mesmo, para alguns amigos mais chegados.
- Mas
Richard...
- Nada de
“mas”, mãe. É o casamento de Kate não o seu. Ela deve escolher como quer tudo,
desde a decoração até a sobremesa. Dê isso a ela. ah, e mais uma coisa: você
pode ficar com ela até as seis, depois a roubarei novamente pois temos
compromissos – ele via Martha abrir a boca para protestar - E nem tente
argumentar. Ela veio me ver. É dia dos namorados, por favor! Vou estar no
escritório escrevendo.
- Ok, kiddo.
Entendi – ela virou-se para Kate e sorriu – Katherine querida, temos tanto a
fazer em tão pouco tempo. Richard não entende a importância de uma data como
essa. Não se deixe levar por esses pensamentos do meu filho, veja me diga o que
você acha desses vestidos, andei fazendo uma pesquisa e escolhi alguns modelos
e estilistas que combinam perfeitamente com você. Podemos sair daqui a pouco
para as lojas mas antes sugiro que escolha as flores e o cardápio do casamento
aí eu organizo tudo para você – Martha continuou falando ininterruptamente de
suas ideias, do que gostava mais, combinações. Sabia que ela estava querendo
ajudar e de certa forma fazer o papel de mãe para Kate já que sua própria mãe
não podia dividir esse momento com a filha. Sentia-se grata pelo apoio de
Martha porém se sentia zonza em muitos momentos com tanta informação.
Kate tentou explicar
para ela que a Idea da cerimônia simples e reservada a agradava muito e que
fora ela quem pedira isso a Castle. Com jeito, ela foi dobrando algumas
loucuras e exageros de Martha, aceitando outras sugestões e buscando o
equilíbrio entre o que a satisfazia e o que ela, a noiva, realmente queria.
Mais tarde, Kate ligou para Lanie e pediu para a amiga acompanhar ela e Martha na saga do vestido. Afinal
precisava da opinião de sua madrinha além de alguém para apoia-la.
Ao contrario
do que Kate pensara, a tarde foi bem divertida e proveitosa. Aproveitou para
colocar em dias as novidades com Lanie. Martha revelou-se uma excelente
companhia e ganhou ainda conselhos de graça. Ela se apaixonara por dois
vestidos mas sua indecisão acabou atrapalhando a escolha. Ao entrarem na Saks
porém, assim que chegaram a parte da loja destinada a Vivian Wang, Kate prendeu
a respiração. Ali estava o vestido perfeito. E ela tinha toda a razão, caiu
como uma luva nela.
- Kate, amiga
você está linda.
- Meu Deus,
Richard é um homem de sorte – ela viu as lágrimas escorrerem no rosto de Martha
– é perfeito. Você está deslumbrante e sinceramente é a noiva mais linda que já
vi. Ah, me dá um abraço Katherine. Estou tão feliz em ver você e meu filho
juntos, felizes. Não poderia pedir nada diferente a você além de que seja
feliz.
- Obrigada
Martha. Por tudo.
- Ah, mais
ainda temos muito o que fazer. E tão pouco tempo... devíamos ver as flores ou
os sapatos, não melhor definir a banda...
- Hey, calma.
Uma coisa de cada vez. Vamos sair daqui, tomar um café e enquanto comemos
podemos definir os itens do cardápio, ai só precisamos marcar para provar pois
preciso fazer isso junto com Castle.
- É verdade,
tem razão. E depois podemos ver o bolo? – Kate sorriu. Não adiantava dizer não
a ela.
- Tudo bem,
veremos o bolo.
E assim, as
três tomaram café e decidiram sobre o menu e Kate escolheu alguns recheios de
bolos. De maneira pratica, Kate elencou tarefas para Martha a fim de mante-la
ocupada e satisfeita com a organização de parte do casamento. O que realmente
era importante e imprescindível para ela, deixou nas mãos de Lanie. Por volta
das cinco e meia da tarde, elas voltaram ao loft cheias de sacolas e rindo
alegremente.
Castle ouve
aquele burburinho e vai até a sala. Elas continuavam sorrindo e conversando.
Enfim, a tarde não fora tão perdida assim.
- Vejo que
voltaram bem animadas não? Olá, Lanie!
- Hey,
Castle... quanto tempo! Foi só a Kate sair da NYPD pra você esquecer os amigos
não? Ryan estava reclamando outro dia, aparentemente ele sugeriu algo bem
estranho como teoria e deixou Esposito bem chateado quando incorpora o Castle
Jr.
- Pelo menos
alguém ainda irrita o Esposito. E Lanie, não abandonei vocês, estou focado em
meu novo livro. Prometo que vou ao distrito qualquer dia desses e sim, darei
uma passada no necrotério para poder te ver.
- Acho bom
mesmo e – o bipe de Lanie tocou – e a folga acabou. Alguém morreu. Querida,
falo com você depois e não se preocupe com nada do casamento. Nós cuidaremos de
tudo, certo Martha? – deu um beijo na amiga e piscou para a mãe de Castle –
tchau para vocês.
- Martha, você
pode guardar isso para mim, a sete chaves lembra?
- Com certeza.
- Espera, você
não vai me mostrar o que comprou? É meu casamento também!
- Richard não
seja curioso. Katherine, ele é todo seu. Kate se aproximou e acariciou o braço
dele.
- Pelo visto a
tarde não foi de todo em vão. Acho que você se divertiu um pouco não?
- Sim, é bom
ter pessoas a seu lado nesse momento e sua mãe, ela não é nem um pouco parecida
com a minha mas existem certos momentos que o instinto materno fala mais alto.
Isso aconteceu hoje e eu gostei muito – ele beijou a testa dela – e você? O que
aprontou sozinho a tarde toda? Você pretende sair hoje? Porque eu tenho uma
Ideia ótima para passar a noite.
- Mesmo? E o
que seria?
- Eu, você,
uma garrafa de vinho e o seu presente. Que tal relembrarmos os velhos tempos,
Castle?
- Gostei. Mas
com uma condição: preciso da sua opinião sobre algo no meu livro. Estou com
mais da metade terminada. Para continuar a escreve-lo, está faltando um
tempero, uma virada. Preciso de um plot twist para finalizar o caso e ainda
tenho pelo menos uns sete capítulos pela frente. Você me ajuda?
- Hum... quem
sabe ao avaliar o caso real não temos alguma ideia para ajudar sua detetive
Nikki Heat... pegue o vinho que pego as pastas. Te encontro no quarto.
E em questão
de minutos, a cama transformara-se em uma mini sala de investigação. Papeis com
anotações, fotos, documentos e fichas criminais espalhadas pelo colchão. A TV
passara a o quadro de evidências onde eles montavam sua linha do tempo e
desenhavam a história. Entre suposições e teorias furadas, Castle acabou
chegando a mesma conclusão de Kate de dias atrás. O assassinato que ocorrera na
semana anterior tinha características muito semelhantes ao outro de meses atrás
ligado à máfia chinesa. Sem querer, o mesmo caso voltara a bater à porta de
Beckett mostrando que havia algo bem maior por trás daqueles contrabandos.
A garrafa de
vinho já acabara e Kate manifestou estar com fome. Enquanto Castle foi à
cozinha preparar alguma coisa, ela se encostou na cama e pegou os capítulos do
livro de Castle para ler. A aventura de Nikki estava bem interessante, ele misturava
ideias complementares e baseada no caso da máfia. Queria poder dizer que sabia
como continuar a historia mas o fato era que nada lhe vinha à mente. Ele
retornou ao quarto com a bandeja cheia de guloseimas e mais uma garrafa de
vinho.
- Lendo meu
livro, Kate? Alguma sugestão?
- Nenhuma,
infelizmente.
- Tudo bem,
vamos achar um jeito. Agora, que tal comermos um pouco esquecendo esse caso e
assistir um pouco de televisão? Ele não esperou a resposta dela e já ligou o
aparelho. O canal da CNN esboçava alguma noticia de Washington sobre a economia
do país, quando Castle foi mudar de canal porém, Kate o impediu. Na tela
apareceu uma cena de crime nos arredores da capital. Um corpo estendido no
chão. Ela reconheceu o local.
- Castle,
olha! É o mesmo beco – ela pegou uma das pastas e começou a folhear os papeis
até encontrar a foto que procurava – viu? Compare – ela olhava para a tela e
para a foto, não estava enganada, era o mesmo lugar. Castle pegou a foto das
mãos dela e examinou, ela tinha razão – quem é ele? - ela se perguntava
tentando encontrar alguma pista nas imagens da reportagem.
O rosto da
vitima passou a ser exibido na tela informando que era um John Doe, sem
documentos ou qualquer objeto que facilitasse a sua identificação. Além disso,
seu rosto havia sido machucado e estava com vários hematomas. Mas Kate já vira
aquele semblante. Mesmo deformado, ela reconhecia o rosto. Agitada, ela
procurou o envelope com as fotos dos Quinze. Virava uma a uma com avidez e a
sexta foto a fez parar. Kate ergueu a foto na altura da tela da TV. Não havia
dúvidas, as semelhanças estavam ali. Eram a mesma pessoa.
- Castle... é
mais um dos Quinze. Assassinado. Ele... é o terceiro. Victor Chan. Isso não
pode ser coincidência! – ela alcançou o celular na cabeceira e já ia fazer uma
ligação para o agente Hendricks mas Castle segurou seu pulso.
- Kate, não é
coincidência concordo com você mas não ligue para os federais. Você está aqui
comigo, são quase dez horas da noite. por favor, deixe para checar tudo isso na
sua volta a DC. Conheço você e sei que não deixará isso escapar. Na verdade,
concordo que há algo muito estranho nesses assassinatos, confio em seus
instintos mas não vamos perder o resto da noite avaliando como tudo isso está
conectado. Faça isso depois de amanhã. Nesse momento, tem algo mais
interessante pra fazermos – ele beijou o ombro dela, afastou o cabelo e
deslizou os lábios pela nuca fazendo-a se arrepiar – e amanhã visitaremos Ryan
e Jenny, então só nos resta... – ele a beijou jogando-a na cama e colocando seu
peso sobre Kate. Em questão de minutos, eles se perdiam um nos braços do outro.
No dia
seguinte, Castle e Beckett foram visitar Ryan e a esposa Jenny. Kate comprara
uma roupinha para dar de presente ao pequeno Patrick. Estava curiosa para ver
como o amigo que segundo Espo se preparara incansavelmente para a jornada da
paternidade estava se saindo. Ao entrarem no apartamento deles, os dois tiveram
a visão do que um bebê pode mudar sua vida. Ryan atendeu a porta com um sorriso
no rosto e estava muito feliz de ve-los mas as olheiras eram perceptiveis. Tinha
os olhos fundos.
- Hey, vocês dois!
Estou tão feliz de vê-los! Entrem, por favor! Ah Beckett... não te vejo a o
que... dois meses? Três? Ultimamente perco a noção do tempo.
- Dois meses,
Kevin e todos estamos com a vida meio atribulada não? Mas tinha que visita-los
e ver o pequeno irish. Ainda não o conheço pessoalmente. Cadê a Jenny?
- Ela está
amamentando. Sentem-se vou servir um café para vocês. Como vão as coisas em DC?
Desde que você se mudou, Castle esqueceu os amigos raramente aparece no
distrito. Acho que o único objetivo dele era colocar esse anel em seu dedo e
ainda acho que demorou demais.
- O trabalho
vai bem, casos muito puxados, outros complicados. A experiência está sendo
muito interessante. Tenho aprendido muito mas uma coisa é certa. Trabalho em
time como o nosso não existe na Federal. Ainda acredito que isso muitas vezes
faça a diferença nas investigações. E como está sendo a sua nova fase? Papai...
– ela riu.
- Ah, Beckett.
Maravilhosa, cansativa, sem noites mas tão recompensadora. Segurar seu filho
nos braços é algo indescritível, apenas quem passa por isso consegue entender.
Tudo se resume a ele, você não importa nada. É um amor incondicional. E ele
puxou a mim.
- Mentiroso! –
era Jenny que aparecia com o bebê no colo – olá, Castle, Kate! É bom ver vocês
e esse aqui é o Patrick – Kate já se levantara para olhar a criança. Realmente
era muito lindo e tinha os olhos azuis de Kevin. Castle se aproximou ficando
atrás de Kate tocando comodamente sua cintura.
- Jenny, ele é
lindo. Tem os olhos de Ryan mas o nariz e a boca são suas. E ele é tão
gordinho... – o olhar e o semblante de Kate denunciavam o quanto ela estava
encantada. Castle percebeu e se ateve em sorrir.
- Parabéns aos
dois. Isso é realmente um momento único e sua descrição é bem acurada. Nada se
compara ao amor de um pai para um filho – Kate olhava para ele e suspirou.
Sabia o quanto ele amava a filha e o que fazia por ela, já demonstrara muito
bem isso.
- Quer
segura-lo, Kate? Ele não se incomoda de passar de colo em colo. Vem, você está
doidinha para fazer isso – Jenny estendeu o filho cuidadosamente nos braços
dela.O bebê cheirava maravilhosamente, adorava a suavidade da pele, os pequenos
dedinhos, a delicadeza das covinhas e pregas pelo corpo. Ela sentiu uma emoção
diferente ao segurar aquela criança nos braços. Ninava-o tranquilamente sob os
olhos dos amigos sem sequer perceber que estava sendo observada. Era um momento
só dela e do pequeno Patrick. Castle não podia deixar de esboçar o sorriso. Ao
vê-la carregar um bebê, ele sentiu uma sensação tão confortante, tão plena. Ele
sabia. Kate seria uma excelente mãe. E sendo bem sincero, ele não via a hora de
ser pai novamente. Queria um filho com ela, sabia disso desde que se apaixonara
por Kate. Porém, nunca trouxera esse assunto à tona, para uma conversa. Em se
tratando de Kate, Castle entendia que devia esperar o tempo dela. Felizmente, a
julgar pela cena que se desenhara a sua frente, não estava tão longe quanto
pensava.
- Kate, você
nasceu para fazer isso. Patrick já dormiu. Agora com o noivado, casamento a
vista... o próximo passo será a maternidade. E você já provou que entende da
coisa. Castle já teve a experiência mas faz tanto tempo que deve estar
enferrujado. Quantos filhos você quer Kate? – Jenny provocou.
- Um casal – e
no próximo minuto ela se tocou do que dissera e tratou de corrigir - Quer
dizer, se um dia tiver tempo, com o FBI, a carreira nem sei se um poderá
acontecer. É muito cedo para dizer.
- Quando se
quer, Kate nós encontramos tempo – disse Ryan.
- Ele tem
razão. Basta você querer – Castle falou e ela o olhou surpresa. Entendera
direito? Ele acabara de dizer que dependia dela?
- Parece que o
papai já concordou – brincou Jenny – aproveite garota. Não vão se arrepender.
Eles
continuaram conversando por uma hora, durante esse período Patrick não saiu um
minuto dos braços de Kate. Depois de bons momentos entre amigos, eles se
despediram e finalmente Kate devolveu o bebê a Jenny. Com um abraço apertado no
amigo, ela prometeu que voltaria antes do casamento. Mais tarde, ao deixar Kate
no aeroporto Castle voltou a dar recomendações a ela para a próxima
investigação que ela iria desenterrar. Conhecia sua noiva muito bem para saber
que era teimosa o bastante para insistir em algo.
- Prometa que
ao chegar em DC, irá com calma. Usará o bom senso e terá evidencias e fatos
suficientes para então sugerir a reabertura do caso.
- Castle quem
tem ideias e teorias malucas aqui é você. Não estou reconhecendo tanta
preocupação. É apenas uma investigação, se reaberta vou apenas soluciona-la.
Não tem perigo.
- Isso não
posso afirmar. Não quero que você arrisque sua carreira, sua vida. Ainda mais
agora que você quer ter dois filhos meus. Não posso deixar nada acontecer a
você.
-
Castle...aquilo...é cedo. Ainda temos muito o que fazer. Você quer mesmo dois
filhos? Você tem Alexis e sei lá...eu não...
- Kate, nada
me fará mais feliz do que ter filhos com você. Estamos recomeçando nossas vidas
e será como você quiser, não estou pressionando ok? Eu já estou com saudades...
– ele a abraçou pela cintura e beijou-lhe a testa, Kate deixou-se abraçar e
repousou a cabeça no ombro dele – se cuida, ok? – ela se distanciou dele
mordiscou os lábios – prometo que vou te ver logo e se precisar de ajuda no
caso, me ligue. Aliás, me ligue quando quiser mesmo que seja para não falar
nada – ela abriu um lindo sorriso, daqueles que faziam o coração de Castle
parar.
- As vezes me
esqueço de como você pode ser tão doce e gentil, Castle. Preciso embarcar. I
Love you. Ligo quando chegar – beijou-o apaixonadamente.
- Vou esperar.
Love you too.
Ao chegar em
casa, Castle encontra Alexis sentada no sofá da sala. Quando vai
cumprimenta-la, ela o surpreende com uma recepção nada esperada.
- Olha quem
decidiu aparecer. Lembrou que tem casa? Ou outras pessoas na sua vida? – ela
estava irritada.
- Hey, Alexis!
Não sabia que estava por aqui. Não esperava, como vão as coisas? Tudo bem na
faculdade? – ele vai se aproximar para beijar-lhe a testa mas Alexis desvia
dele e fica de pé mantendo distância.
- É claro que
você não saberia, não parece se importar mesmo. Agora tudo se resume a ponte
aérea New York e DC e ao que a detetive Beckett está fazendo ou se ela poderá
vir me ver. Ah, desculpe meu erro – falou sarcástica - é Agente Beckett. Não se interessa mais por
nada nem ninguém! Há! Adivinha? Eu não dou a mínima pra o que ela faz ou deixa
de fazer – ela virou-se de costas para ele e saiu pisando firme subindo as
escadas, Castle gritou por ela.
- Alexis, pare
com isso. Venha aqui já, vamos conversar – mas a filha não deu a mínima –
Alexis, hey...filha!
- Shhh deixe
pra lá, kiddo – Martha chegou e se colocou ao lado dele acariciando o ombro
sabendo que o filho estava meio assustado com a reação que acabara de
presenciar.
- O que deu
nela? Brigou com o namorado?
- Não,
Richard. É uma mistura de tudo. Hormônios, namorado, mudanças. Dê um tempo para
ela. Perder um pouco dessa raiva que a domina agora. Mas no fim filho, a reação
de Alexis é não de uma menina e sim de uma mulher que está sentindo que
está perdendo seu espaço.
- Como assim?
Ela é minha filha e isso nunca poderá mudar.
- Eu sei
querido. Mas coloque-se no lugar dela. Por muitos anos foram apenas vocês dois.
Ela era o centro das atenções não se preocupava com as suas namoradas, peguetes
e afins. Agora a história é diferente. Você está noivo e vai casar. Para ela,
Katherine significa uma ameaça porque divide a sua atenção. Alexis vê Katherine
como a competição – Castle tenta falar mas Martha o interrompe – eu sei, eu
conheço a integridade de Katherine e de forma alguma ela irá competir com
Alexis. Mas não é assim que a nossa menina pensa. Ela vai entender, amadurecer.
Você terá que conversar com ela, disso não tenho dúvidas mas deixe ela se
acalmar.
- Eu nunca
pensei que fosse passar por isso com Alexis, ela sempre foi madura, responsável
até mais do que eu...
- Tudo o que
você diz é verdade mas no fim ela tem apenas dezoito anos e sempre foi a
garotinha do papai. Dói crescer, Richard.
- Você tem
razão, mãe – ele suspirou. Teria que reverter essa situação e fazer a filha
entender que ninguém tomaria seu lugar na vida dele. Mas se esperava constituir
uma família com Kate, isso precisaria ser resolvido.
XXXXXXXXXXXXXXXX
No dia
seguinte, assim que pisou no bureau, ela pediu o caso de Victor Chan que
aparecera na TV para avaliar. Como não havia outro caso para ela, debruçou-se
comparando todos os dados que tinha do caso arquivado e das duas outras mortes
que se seguiram a ele. Causa da morte, relatórios de pericia, evidências
encontradas na cena do crime e os relatórios dos legistas. A primeira coisa que
notara era a semelhança entre assassinatos. Todos envenenados. Também reparou
que o legista do primeiro assassinato e do último era o mesmo. Tinha que falar
com ele. Ligou para o necrotério e marcou uma hora. Com os dados que precisava
em mãos, ela foi encontra-lo.
Quando voltou
ao escritório do FBI quase ao fim do horário normal de trabalho, ela não
descansou. Após sua conversa com o legista ela sabia como montar sua defesa
para reabrir o caso. Ainda ficou umas três horas comparando dados em todos as
pastas para montar sua linha de raciocínio e o relatório com as informações
necessárias para justificar a continuidade da investigação. Cansada, ela recolheu
suas coisas e foi para casa. Mas não se entregou, após um rápido lanche e uma
caneca de café extraforte, ela continuou fazendo seu relatório. Quando olhou no
relógio novamente, já passava de uma da manhã. Finalmente ela decidiu dormir,
teria um longo dia.
FBI HQ
Kate Beckett
chegara cedo para trabalhar. Assim que organizou sua apresentação e os dados do
seu caso, ela foi até o seu chefe para agendar uma hora. Conseguira uma brecha
as três da tarde. Isso era bom pois dava a ela tempo para revisar tudo o que
podia para não deixar nenhum detalhe passar. Na hora combinada, ela entrou na
sala dele. Ali, ela explanou o caso e cada detalhe que encontrara a fim de
sustentar a necessidade da investigação e suas ligações com os outros
assassinatos. Não havia o que contestar. Beckett tinha um caso sólido e o
trabalho realizado por ela era exemplar.
- Agente
Beckett, você me convenceu. O caso é seu e sua prioridade é desvendar os
homicídios para então investigar e punir os culpados pelas ações ilícitas de
contrabando.
- Sim, senhor.
Obrigada.
- Você provou
seu ponto, agora só posso contar que faça seu trabalho e resolva o caso.
- Pode contar
com isso, senhor.
Ao chegar em
casa, ela estava radiante e a primeira coisa que fez foi ligar para Castle.
Precisava contar a ele o que acontecera. Após o terceiro toque, ele atendeu.
- Hey, Castle!
Adivinha quem tem um caso da máfia chinesa nas mãos para investigar?
- Você
conseguiu? Mas o que estou dizendo, claro que conseguiria.
- Estava tudo
interligado, mesma causa da morte, particularidades na cena do crime e o nome
das vitimas entre os Quinze. Construí uma defesa sem falhas. Eu tenho o caso,
Castle. Vou resolver esses assassinatos e colocar o responsável atrás das
grades, depois vou chegar ao mentor de todo esse contrabando e fazer a justiça
– ela não continha o sorriso, ele a via através da tela na ligação via facetime
– vou encerrar o caso, você vai terminar de escrever seu livro. Terá material
suficiente para dar o tom da sua historia e quem sabe da próxima vez que vier
me visitar podemos inclusive analisar alguns elementos do caso juntos, cavar um
pouco mais, discutir teorias e achar o melhor plot twist.
- Mal posso
esperar por isso, Kate.
- E depois... –
ela fez uma carinha de safada.
- O que tem
depois?
- Ah, acho que
tem aquela onde você deveria caminhar até, hum como chama mesmo aquele negocio?
– ela fazia um jeito meio inocente, desencanado – ah,lembrei altar.
- Altar? Mas
para que mesmo? – ele brincou.
- O tal do casamento.
Nós concordamos com isso naquele parque não? Afinal, não é por isso que colocou
esse anel no meu dedo?
- Pode apostar
que sim.
- Ótimo. Se
dissesse outra coisa eu iria pessoalmente a New York chutar seu traseiro.
Preciso dormir, ontem eu fiquei preparando o caso até tarde. Não fique vibrando
tão cedo, a investigação pode se arrastar.
- Tudo bem,
descanse. Talvez esteja por aí antes do que imagina.
- Gostei
disso. E como está Alexis?
- Tudo bem –
ele não ia contar nada ainda sobre o comportamento para ele inadequado da
filha.
- Entao é
isso. Boa noite, Castle.
- Boa noite,
gorgeous.
Ela desligou e
tratou de ir para cama. O seu momento de felicidade estava próximo de
desaparecer caso ela encontre algo bem maior do que imaginara. Esse caso era
uma espécie de baleia branca e se não tomasse cuidado, transformaria-se em um
Ahab obstinado e à beira da loucura na caça ao seu suposto destino.
No outro
extremo de Washington, outra pessoa não estava tão feliz como Beckett. Um novo
telefonema o assustara no meio da noite.
- Senador,
acabei de saber que o caso do contrabando foi reaberto depois da insistência de
uma detetive. Você sabe o que fazer em seguida.
- Sim, não se
preocupe. Autorizarei o monitoramento dela. Saberá cada passo dela e de
qualquer um ligado a ela. se ela chegar muito perto, haverá consequências.
Continua...
2 comentários:
Não estou gostando desse caso,algo me diz que isso ira afetar o casal,no escritorio uiiii esses dois são tão hots.A NY e amigos não existe algo melhor do que a nossa casa e matar a saudade dos amigos.Alexis,abusando dela oh guria bleh! A Martha ê tão perfeita como vó,mãe e futura sogra <3
Esperando o proximo cap.
Ui! Esse senador me dá medo. OMG pondo a vida dos meus queridos em perigo.
Parabéns pelo capítulo.
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