Nota da Autora: Mais um capítulo. Tive que mexer na linha do tempo para evitar situações indesejáveis envolvendo "seres imaginários". Também, criei um salto no tempo mas tudo por uma boa causa. Em face aos últimos acontecimentos que temos visto pela net, precisava criar uma história que nos agradasse e pudesse manter a esperança nos cuores Stanathans e porque seria diferente? Isso é ficção! Enjoy!
Cap.5
No dia seguinte, Stana resolveu
agir como se nada demais tivesse acontecido infelizmente a noite dela não tinha
sido nada agradável pois além do sono inquieto, ela teve uns sonhos estranhos.
Claro, sabia que era o poder do subconsciente agindo. As olheiras foram
percebidas por Luke.
- Alguém não dormiu direito
ontem... foi para algum evento?
- Não, insônia mesmo.
- Ah, querida. Ainda bem que
sua beleza continua inabalada e quanto ao negro abaixo dos olhos, nada que um
excelente corretivo possa dar jeito. Já tomou café?
- Sim, mas sempre tem lugar
para mais uma caneca. Vou lá na copa.
- Isso, vou conversar com Chris
para preparar sua maquiagem.
Ao chegar na copa, nem sinal de
Nathan. Estava servindo-se de café quando Seamus apareceu.
- Bom dia! Tudo bem com você?
- Tudo ótimo. Já está tudo
pronto para gravarmos? Quero agilizar nossas cenas porque vou dar uma
escapadinha hoje para almoçar com Lisa.
- Ah, vamos tirar de letra. São
apenas três takes. Tem cenas com Nathan hoje? Ainda não o vi por aqui hoje.
- Não, acho que não. Gravo com
o convidado. Cena de interrogatório. Ele ainda ficou por aqui ontem quando sai.
Bem, vou pra maquiagem, te vejo daqui a pouco.
Stana gravou as cenas da manhã
com Seamus e Jon. Depois passou o texto com o convidado e combinou que iam
gravar na parte da tarde. Nathan surgiu no estúdio logo que ela finalizara o
ensaio. Na verdade, foi a hora que ela o encontrou. Ele já estava no set a
algum tempo.
- Hey, estava procurando por
você. Tudo bem? Marlowe me chamou para ver se você já estava livre. Ele fez uma
mudança no script e pediu para gravarmos uma cena adicional hoje. Pediu para eu
te entregar o script – ele estendeu os papeis para ela e aproveitou para fita-la
por um tempo – está tudo bem mesmo?
- Está Nathan. Ele falou quando
devemos gravar porque tenho outras cenas.
- Podemos ver com ele e também
teremos que ensaiar juntos porque nem sequer sabemos do que trata a cena.
- Pelo cronograma de gravação,
só estarei livre depois das quatro. E tenho que sair agora. Compromisso.
- Compromisso? Com quem?
- Um amigo – pronto isso seria
suficiente para colocar uma pulga atrás da orelha dele. Deu certo. Pela cara de
Nathan, ela sabia que ele não perguntaria mas não ia engolir tão facilmente.
- Me procure quando voltar. Só
tome cuidado. Ela não respondeu mas adorou ver um pouco de revolta no tom de
voz dele. Ótimo, já começou a melhorar. Nada como sentir na pele um pouco do
ciúme.
Assim que saiu do estúdio, ela
ligou para Lisa avisando que estava a caminho. Marcara com ela no mesmo
restaurante que Nathan a levara. Beso. Chegou primeiro que Lisa e mencionou a
reserva. Pedira uma mesa no andar de cima para ficarem mais à vontade. Como
estava com fome pediu uma entrada e um suco não poderia beber pois voltaria a
trabalhar. Cinco minutos depois quando ela saboreava os nachos, Lisa chegou.
- Hey, Stana! - as duas se
abraçaram e trocaram beijinhos - sabe que estava com saudades de você? Aliás de
todos vocês. Adorei a atmosfera dali, vocês são afortunados. Estava gravando?
- Sim, estava. Realmente é
muito bom trabalhar com o pessoal de Castle. Eu tirei a sorte grande quando fui
fazer aquele teste. E foi muito engraçado porque uma outra atriz fez o teste
antes de mim, nós competimos por nove testes com outras candidatas e fomos as
últimas que restaram. Quando ela foi embora o diretor mandou eu vestir um
figurino que estava na sala. O problema era que a blusa era enorme e sobrara
muito sobre a calça, estava horrível. Então revirei o local atrás de uma
tesoura mas como ia cortar direito? E não tinha muito tempo. Foi quando eu sai
da sala e dei de cara com Nathan, ele
estava tomando café numa boa e eu nem me dei conta se ele ia gostar ou não
apenas perguntei "você consegue cortar uma linha reta?", como ele não
entendeu o proposito, expliquei. Ele apenas pegou a tesoura e saiu cortando, eu
vi que ele fizera um bom trabalho e coloquei i resto da camisa para dentro da
calça. E de repente, o diretor voltou e se deparou com a cena quase íntima
entre nós, natural. Ele me contratou. Claro que fiz cenas mas depois ele me
confessou que eu o tinha ganho pela conexão e naturalidade.
- Nossa! Que história. Então
essa química de vocês é bem antiga - Stana sorriu - que lugar é esse? Adorei a
atmosfera.
- Nathan me trouxe aqui - saiu
espontaneamente e quando percebeu já não tinha como voltar atrás, esperava que
Lisa não entendesse como algo maior - vamos pedir? Tenho que voltar ao estúdio
para gravar ainda - chamou o garçon e elas fizeram os pedidos - e você Lisa o
que anda fazendo?
Lisa contou a ela que estava
analisando algumas propostas para séries e aguardando os resultados de dois
testes que fizera. Elas conversavam animadamente falando de tudo um pouco.
Quando o almoço chegou, Lisa resolveu tocar no assunto do live tweeting, uma
forma de saber outra coisa de Stana.
- Estou feliz por participar da
premiere com você. Vai ser uma experiência interessante.
- Interessante? Vai ser uma
loucura, se prepare.
- Talvez seria se você e Nathan
estivessem comentando o episódio no mesmo horário. Para mim era o ideal. E como
ele está? Nunca imaginei que ele fosse tão divertido e carinhoso, quer dizer
nem me conhecia e já foi me paparicando. Me surpreendeu. Não é à toa que vocês
tem aquela química toda na tela e fora dela. Vocês são dois amorecos.
- É, ele é bem dado, simpático
a ponto de não conseguir se conter chegando a passar dos limites - ops, escapou
novamente um pouco da raiva que estava dele - e adora fazer rir mas é
implicante felizmente você não foi vítima dele quanto a isso.
- Stana por acaso estou
detectando um certo ciúme? Você está chateada com Nathan? - a pergunta fora
direta e a única coisa que ela pensou em fazer foi calar-se por alguns segundos
antes de responder a Lisa, mas já era tarde demais.
- Não! Só estou afirmando que você
escapou - ela sorriu - ele é um pé no saco quando quer.
- Stana, você não me engana.
Posso não conviver a muito tempo com vocês mas não pude deixar de notar a
química perfeita de vocês, o jeito que se olham, sorriem. Cuidam um do outro.
Sua feição muda quando ele está por perto. Não tente me enganar,você gosta dele
e não é amizade. Ou já teve algo com ele, ou está tendo. Pensa que não percebi
o jeito de vocês naquelas gravações de Valkyrie? E nem comece a inventar o que
dizer porque sua cara te denuncia. E sinceramente, querida não posso te recriminar
por nada. Aquele homem é um pedaço de mau caminho. E pelo que vi beija bem
então deve ser um espetáculo na cama.
- Lisa! Você não pode falar uma
coisa dessas assim! - ela estava vermelha.
- Stana, por favor! A quem você
quer enganar? Não só já dormiu com ele ou ainda dorme como tem algo que
aconteceu que esta te consumindo, você está tensa, um pouco chateada. Será que
foi algo que ele fez? - Lisa percebeu que ela estava com problemas e estava se
oferecendo para ajudar mas sabia que não era íntima dela - tudo bem, eu não vou
insistir somente vou dizer algo, alguns diriam que é conselho, você interprete
como quiser. A vida é muito curta. Desentendimentos, mágoas e sentimentos como raiva e ódio existem para te
testar, ver até onde é seu limite. Eles estão aí para atrapalhar seus momentos
de felicidade. Não deixe que pequenos deslizes, besteiras, sobreponham seu
sentimento maior. Nada supera o amor, Stana. Não crie uma barreira por ciúmes,especialmente
se isso acabar separando vocês.
- Não é tão fácil assim. Existe
uma expectativa nisso tudo, Lisa - e sem mais nem menos ela começou a se abrir
com Lisa, falar dos ciúmes, da insegurança e do fato que ela estava perdidamente
apaixonada por Nathan e se precisasse deixá-lo não sabia como seguiria em
frente não conseguiria.Era como se estivesse envenenada por Nathan e não
houvesse remédio para cura-la. Porém, isso não significa que esquecera ou
relevara as pisadas de bola dele. Tinha que se impor,afinal ela queria um
relacionamento sério.
Lisa a deixou falar sem
interrupções, não acreditou que Stana fosse falar tão abertamente sobre esse assunto
com ela. Mesmo assim, ouviu atenta às dúvidas e anseios. Feliz por saber que
não se enganara quanto aos dois. Eles se amavam, estavam juntos e atravessavam
um momento complicado como sempre acontecia em relacionamentos. O lance do
escondido, do proibido acabava por causar alguns desentendimentos sobre o que
se pode ou não fazer. Vendo que ela se calara, Lisa sorriu e disse a única
coisa que podia.
- Stana, relacionamentos são
contruidos no dia a dia. Você e Nathan fizeram isso de forma inconsciente por
anos. Agora trata-se da vida real, vocês decidiram dar o próximo passo e com
isso, as regras do jogo mudaram. Há bagagem emocional envolvida. Claro que
vocês não precisam concordar em tudo e haverá momentos que irão brigar porque
isso é comum em vida de casal mas se algo que ele fez está te incomodando, não fique
remoendo para si. Converse abertamente com ele, coloque seus pontos e peça para
ele reavaliar o que aconteceu. O fato de manter o relacionamento em segredo não
dá direito a nenhum dos dois de agir com desrespeito pelo outro. Talvez o que
para ele não seja nada demais, signifque outra coisa para você e vice-versa.
Mas mantenho meu conselho anterior. A vida é curta e vocês já perderam tanto
tempo, Stana. Pense nisso.
- Obrigada, Lisa. Prometo que
pensarei a respeito. Não é tão fácil assim mas tenho que achar um meio de
resolver isso.
- Lute contra esse sentimento
ruim, negativo e não deixe ele vencer o seu coração. Teimosia tem hora – ela
estendeu a mão e tocou a de Stana – e se precisar desabafar, eu estou aqui.
Torço muito para ver vocês juntos. São pessoas maravilhosas como poucas que
conheci ao longo da minha vida. Sabe o que eu acho? Você está precisando de uma
bebida.
- Não Lisa, vou voltar para
gravar. Eu não sou muito confiável depois de algumas doses.
- Só uma não vai te deixar
bêbada e vai fazer você se sentir melhor – ela fez sinal para o garçon – duas
tequilas por favor.
O garçon trouxe as doses além
do sal e do limão. As duas sorriram, brindaram e tomaram a tequila como manda o
figurino. Depois Stana pediu a conta e as duas deixaram o restaurante. Ao se
despedirem, Lisa tornou a falar do mini evento da premiere.
- Segunda nos encontraremos no
estúdio ou você vai estar em casa?
- Não, Terri está arrumando
para fazermos no estúdio mesmo, fica melhor para dar apoio e de certa forma é
uma maneira dela participar e controlar se estou dando spoilers ou não. Espero
você no estúdio – ela abraçou Lisa – adorei nosso almoço.
- Eu também, vamos fazer outros
como esse e espero que você se resolva logo com o Nathan. Não adie muito o que
precisa fazer. Aliás, você enrolou e não respondeu minha pergunta. Acertei
quanto ao sexo? É um espetáculo ou não? – Stana não precisou responder, o
sorriso malioso fizera isso – há! Mais um motivo para você não adiar isso por
muito tempo. Briguem e se entendam. Imagino como não seria fazer amor depois
disso... tudo bem, desculpa. Ele é seu! – e Stana gargalhou.
Stana voltou ao estúdio mais
leve depois desse almoço agradável e da conversa que tivera com Lisa. Ela
precisava dividir o momento com alguém mas não passara pela sua cabeça que esse
alguém seria ela. Talvez as palavras de Lisa acabaram sendo responsáveis por
ela sentir-se pronta para falar. A tequila não fez mal, a sensação era de estar
revigorada. Tudo o que Lisa dissera era importante mas precisava pensar um
pouco sobre isso antes de confronta-lo. Queria apenas trabalhar e encerrar o
dia.
Nathan estava de tocaia
praticamente para ver quando ela retornava ao estúdio a fim de saber se podia
descobrir quem era o tal amigo que ela fora almoçar. Sim, ela conseguiu
despertar interesse e ciúmes nele sem ao menos saber se era verdade, ela podia
tê-lo enganado apenas para ver a reação dele. Bem, se fosse isso ela já
conseguira o que queria. Despertara a curiosidade, precisara saber onde ela fora.
Ele viu quando ela chegou ao estúdio mas no mesmo instante, um dos câmeras
discutia uma filmagem com Nathan e se o deixasse falando sozinho seria além de
rude, um deslize para o segredo que prometeram manter.
Depois de ajeitar o cabelo e
fazer a maquiagem, ela foi ao set selecionado e se preparou para gravar. Viu Nathan
ao lado do câmera que a gravaria observando. Ele está intrigado, percebeu.
Depos lidaria com isso antes ou depois da cena que gravaria com ele. Terminada
essa cena, ela foi atrás de um café sentia ainda o gosto da tequila na boca e
não queria deixar insinuarem qualquer coisa sobre ela. Vendo-a ir a caminho da
copa, a seguiu. Ela preparava o café quanto ele puxou assunto ficando ao lado
dela.
- Hey, agora que sua cena
acabou podemos ensaiar a nossa? Como foi o almoço? – ele a forçava a fita-lo.
- Foi ótimo. Quer café? – ele
sentiu o cheiro da bebida. Olhou para ela franzindo a testa.
- Stana você bebeu? No almoço?
Ah não....você sabe que não pode brincar com bebida. Porque fez isso?
- Sim, eu bebi. Só uma dose de
tequila, Nathan. Estou bem não se preocupe. Posso trabalhar normalmente. Você
não viu minha cena a pouco? Ou você não estava prestando atenção em mim?
- Eu vi. Mas Stana eu não gosto
quando você faz isso. Me preocupo com você, o que as pessoas podem pensar?
- Você está preocupado com o
que as pessoas vão pensar de mim ou se isso poderia revelar algo sobre você.
Está com medo que eu me embebede e espalhe por ai que nós já, você sabe... é
isso? Só está pensando em você?
- Por favor, claro que não!
Será que você não entende que me preocupo com você? Nem comece a falar isso.
Poxa, isso não foi legal. Eu, Terri, os rapazes nunca pensaríamos mal de você
se estivesse alegrinha mas e o resto, o profissionalismo? Stana você ainda
duvida do que eu sinto ou da minha preocupação? Não me importo como isso me
afetará e sim o que fará a você. Sai para almoçar com alguém que não sabemos
quem é e depois chega no estúdio com cheiro de bebida, é óbvio que vou achar
estranho e perguntar.
- Certo, estava apenas
checando. A propósito, você gosta de dar uma lição de moral para tentar
disfarçar o ciúme não, Nate? – ela cutucou e viu como ele prendera a respiração
por alguns segundos – bem, você precisa ensaiar mais porque não me convenceu.
- Mas o que você está dizendo?
– por mais que tentasse não conseguira esconder seu ciúme e ela percebeu.
- Pode economizar suas
justificativas – ela lembrou das palavras de Lisa e resolveu amenizar o clima
entre eles não que ainda tivesse a raiva totalmente dissipada mas daria uma
trégua – ah, Lisa mandou lembranças e um beijo.
- O que?
- Lisa. Mandou um beijo para
você.
- Estava com ela? Almoçou com
ela? – Stana não respondeu mas o olhar e o meio sorriso eram suficientes. Ela
percebeu que ele ficara aliviado – vamos ensaiar, Stana...
Eles ensaiaram a nova cena umas
três vezes antes de concluírem que estavam prontos para filmar. Desde o momento
que comecaram a ensaiar, o profissionalismo de ambos estava de volta. Ajudaram
um ao outro na cena, posicionamento, entonação e mesmo zoando com as falas de
seus personagens. E pensar que no inicio era apenas ele quem dava dicas a ela.
Gravaram a cena muito rápido. Ao terminarem, Rob chamou Stana para conversar
sobre uma outra cena que filmariam no dia seguinte, eles estavam discutindo se
usariam ou não dublê. Ela batia o pé insistindo em fazer a cena. Afirmava que
conseguiria. Ele apenas observava a conversa de longe fingindo estar olhando o
celular. Quando Rob cedeu para que fizessem uma tentativa com ela, Stana
finalmente se deu por satisfeita. Agradeceu e seguiu rumo ao seu camarim. Viu
Nathan parado no mesmo corredor. Estava esperando por ela certamente.
- Dia encerrado?
- Sim, amanhã será pesado.
- Porque você é teimosa? Porque
insiste em fazer essas cenas de ação perigosas? Temos dublês para isso não
precisa arriscar em se machucar ou quebrar algo. Você devia ouvir o Rob.
- Não sou teimosa, gosto de
testar meus limites como atriz. Se eu não conseguir, a dublê fará. Hey, o que
você vai fazer hoje à noite? Ainda temos um compromisso amanhã certo?
- Sim, hoje tenho um evento que
preciso ir. Não tive como dispensar mas é melhor ter a sexta livre não ?
- Verdade. Bem eu já estou
indo. Você, tome cuidado hoje à noite – e sorriu para ele.
Ao sair do estúdio, ela já se
sentia melhor com relação à raiva de antes. Era quase impossível resistir ao
charme do Nathan por mais que estivesse chateada e vê-lo se remoer por ciúmes
tinha sido muito bom. Porém, ainda não estava completamente satisfeita.
Deixaria para conversar sobre isso quando estivessem sozinhos amanhã. Mais tarde
em casa, ela caiu na besteira de checar uns sites de evento e o twitter.
Deveria ter evitado a internet dessa forma não teria se aborrecido novamente. Ela
já havia desencanado da visita da ex de Nathan ao set mas depois de ver uma
foto dele e de outra ex na internet, a raiva voltara com força total. Se eles
continuassem essa relação, isso teria que parar. Qual o seu problema, Nathan?
Isso não é comum! Ela tentou se controlar um pouco mas infelizmente a ideia de
Nathan estar em algum lugar festejando, bebendo e com uma ex à tira-colo
simplesmente a irritava. Não era uma questão de ameaça, afinal aquela Mikaela
não era páreo para si e ainda tinha uma voz irritante e jeito de... não sabia
bem como colocar. É, a palavra mais sutil que encontrava era vulgar.
Deitada na cama, ela tentou
esquecer o que descobrira naquela noite. Procurou se concentrar na conversa que
tivera com Lisa mais cedo para que não deixasse algo pequeno destruir o
sentimento que existia entre eles. Colocou seu iphone na docking da cabeceira
da cama. Involuntariamente, a música que invadiu o quarto foi “Is this Love”
como se ela precisasse reafirmar o que era importante para si. Acabou
adormecendo.
Chegou ao estúdio por volta das
sete da manhã. Dormira pouco e tivera um sono agitado. Mas tudo bem, pensou. Ela
esclareceria tudo hoje à noite e deixaria claro o que queria nesse
relacionamento. Ou criavam regras ou isso não ia funcionar. Natham precisava
entender que existem certas coisas que não são aceitáveis e ela colocaria um
fim em isso tudo. Agora precisava ser profissional e se concentrar para a cena
de ação que faria logo mais. Estava conversando com Seamus quando Terri se
aproximou dela.
- Stana, mudança de planos.
Vamos filmar as externas agora pela manhã e veremos se conseguimos adiantar
algumas das internas sem o Nathan.
- Como assim sem o Nathan? –
Terri pareceu surpresa com a pergunta dela.
- Ah, você não sabe? Pensei que
vocês contavam – mas pela cara de paisagem de Stana, decidiu não colocar mais
lenha na fogueira por hora – ele ligou dizendo que ontem foi parar no hospital
por causa das costas. Passou à noite sedado com remédios muito fortes e hoje
vai ao médico para receber tratamento e estar presente na segunda para
trabalhar. Só digo que é bom o quiroprata dele fazer milagre. Segunda é a
premiere e não posso atrasar o cronograma com a ABC, nós já fizemos uma
programação para fechar tudo em datas com as folgas programadas – Terri se
tocou que ela olhava com a testa franzida e tinha um que de interrogação por
todo o rosto – ah Stana desculpe! Me perdi falando do meu problema e esqueci do
que vim fazer. Pode se preparar para a cena de ação, querida? Rob me disse que
você insistiu em fazer a cena por isso imagino que precise de um tempo maior
para se concentrar e pegar as recomendações dos rapazes da segurança.
- Sim... preciso concentrar.
- Tem certeza que quer fazer
essa cena? Use a dublê.
- Não, quero tentar. Vou ficar
um pouco no meu camarim para me preparar. Preciso de uns quinze minutos depois
vou falar com o pessoal da segurança. Com licença.
Ela saiu caminhando a passos
largos. Não estava acreditando no que Terri lhe contara. Ele realmente se
machucara? Fazendo o que, dançando? Não. Ela nem queria cogitar qualquer outra
coisa. Sua mente já estava afetada demais pelas noticias que vira ontem à noite
e agora isso. Não entendia se estava mal e machucado porque ele não a avisou?
Porque não pediu ajuda? Ou mesmo porque não a avisou que não poderia trabalhar?
Checou o celular buscando alguma mensagem, nada. Era muito ruim saber pelos
outros na condição que estavam. Quem o levou para o hospital? Trancada no
camarim, ela andava de um lado ao outro tentando achar uma explicação para tudo
aquilo. A possibilidade dele ter sido levado pela ex ao hospital era algo que a
deixava enjoada. Ela passava as mãos pelo cabelo e se olhava no espelho. Os
olhos ardiam pressionados pelas gotas que teimavam em invadi-los. Não podia
ceder, não podia deixar sua mente se tornar uma vítima das suposições, do como
e do que aconteceu. Precisa se concentrar na cena que deveria fazer daqui a
alguns minutos. Suspirou e pegou o script para repassa-lo mais uma vez.
Sentindo-se mais calma,
ateve-se as falas e aos movimentos que deveria fazer em cena. Depois, pegou
toda a orientação com o departamento de segurança, fez o teste com objetos e
recebeu todos os equipamentos necessários. Rob a orientou quanto a mover-se em
cena e aos cuidados que deveria tomar. Considerando-se pronta, ela deu o sinal
de positivo para começarem a filmar. Primeiro o diálogo, seguido da correria e
de alguns obstáculos para finalmente pular no suspeito e lutar com ele. A
sequencia foi quase perfeita. Durante a corrida, ela tropeçou em um dos
obstáculos e caiu. Rob veificou se ela estava bem e questionou se ela queria
continuar ou se já podia chamar a dublê. A resposta de Stana fora negativa. Ela
queria filmar o resto da sequencia. Rob deu uma segunda chance a ela mas disse
que se ela não concluísse ou se machucasse, não haveria mais negociação para
Stana. A dublê entrava em cena. Ela teve que concordar mas no fundo, Rob apenas
dera a ela um motivo para se superar. Ela precisava provar a si mesmo que era
capaz de fazer isso, uma espécie de recompensa pelo que ouvira hoje pela manhã,
por ontem, por tudo.
Continuando de onde pararam,
ela observou atentamente o caminho que iria percorrer para verificar onde
estava cada objeto e não cometer o mesmo erro novamente. Sentindo-se pronta deu
sinal ao câmera. Toda a concentracao dela estava em superar seus erros e em um
novo take, ela conseguiu. Os câmeras aplaudiram-na e gritavam. Rob a
cumprimentou sorrindo.
- Olha, você arrebentou. Já
trabalhei com muitas pessoas na minha carreira de diretor e produtor mas acho
que você e Gillian são as mais afoitas e dedicadas quando se trata de cenas de
ação. Impressionante garota! Melhor que muito homem por aí. Vá descansar um
pouco, coma alguma coisa porque você é formiguinha mesmo. Acho que o Jeff tinha
uma barra de chocolate branco na gaveta das gravatas – piscou para ela – não
diga que te contei.
- Valeu, Rob.
- Aproveite, ainda vou discutir
com a Terri que cenas filmaremos à tarde. Depois do seu lanchinho, volte para
filmarmos o interrogatório ok?
Ela sorriu e correu para a área
do estúdio onde ficavam os figurinos. Precisava daquele chocolate, simplesmente
merecia. Ela remexeu a gaveta e achou a barra de chocolate ao fundo enrolada
numa gravata. Ela percebeu não era apenas uma gravata, era a que Nathan usara
no aniversario do Castle no episodio 100. Dando a primeira mordida no
chocolate, ela fechou os olhos e suspirou. Como pode isso ser tão bom? Era tudo
o que ela precisava para amenizar o dia terrível que estava tendo. Os dedos
corriam pelo tecido da gravata enquanto comia o chocolate. Filmar aquele episódio
fora muito divertido. Nathan tendo que permanecer sentado por várias cenas
renderam ótimos momentos. Quanto eles riram nesses takes do loft. Um sorriso se
formou no rosto dela mas tinha um jeito triste. Estava preocupada com ele. Será
que ele melhorara? Mas então lembrava que ele podia estar numa boa em casa
enquanto ela trabalhava aqui e podia estar com outra pessoa e a raiva se
manifestava. Tinha que trabalhar e esquecer dele. Tinha muito o que fazer ainda
e queria conversar com Terri sobre a premiere. Quando deu por si, havia
terminado a barra de chocolate. Isso determinava o nível de stress que ela
estava. Postou uma frase no seu twitter com uma foto de um burro praticamente
ironizando seu trabalho e cutucando indiretamente o Nathan. Voltou ao set para
gravar a outra cena.
As horas passaram e depois de
muito trabalho, ela finalmente podia encerrar a sexta. Quando veio para o
trabalho hoje, Stana já pensava em mais tarde ir à casa de Nathan e conversar.
Depois dos últimos acontecimentos, ela decidiu não falar com ele. Apesar da
preocupação, julgou que ele estava bem porque caso precisasse dela teria ligado
ou mandado uma mensagem. No fim, estava se sentindo descartada, como se tivesse
sido jogada para escanteio. Aparentemente, ele não precisava dela. Conforme já
tinha planejado, ela foi à procura de Terri. Encontrou-a na sala dos escritores
conversando com Dara.
- Terri, tem um minuto?
- Claro, entre e sente-se. Tem
algum problema a Dara estar aqui ou quer conversar a sós?
- Não tudo bem, ela pode ajudar
também. Estou querendo conversar sobre a premiere. Sei que você já comentou que
devemos nos ater ao episodio, não é isso que quero saber. Estava pensando já
que vamos fazer isso aqui no estúdio. Podíamos fazer uma pequena farra.
- Gostei da ideia mas vão ter
pessoas trabalhando no set.
- Ah mas não vamos atrapalhar.
Vai ser mais divertido cada um com seu celular ou tablet até notebook juntos
assistindo o episodio e comentando juntos. Encomendamos comida, bebida. Ah,
Terri é a nossa ultima chance de reunir as garotas com Lisa, aposto que Penny
também aprova.
- Ah, então você já sabe que
Lisa vai participar... rápida você não? Stana sorriu.
- Ela me contou.
- Hum, tudo bem vamos fazer
aqui na sala dos escritores. Peço pros rapazes da técnica deixar tudo pronto na
segunda. Mas isso só poderá acontecer no horário de exibição da costa leste
porque não vou prender todos aqui até onze da noite.
- Claro! Veja como fica melhor
de fazer – disse Stana.
- Adorei a ideia e já estou me
escalando para ficar. Que tal um bom vinho, alguns frios, quiches – ela piscou
para Stana que fez sinal de positivo para ela.
- Agora se formos nessa linha,
Nathan e Molly não vão participar – Terri olhava fixamente para ela, esperando
um comentário mas Dara acabou salvando a pele dela.
- Se quiserem aproveitam
conosco e depois fazem a participação deles de casa. Não acha, Stana?
- Claro. São convidados como
qualquer um da equipe.
Alguém bateu na porta. Queriam
a ajuda de Dara. Assim que saiu da sala, Terri resolveu pressionar Stana e
tinha o assunto ideal para fazê-la revelar alguma coisa.
- Fiquei preocupada com Nathan.
E achei que você sabia sobre o problema quando veio trabalhar hoje. Vocês estão
sempre cochichando pelos cantos e tirando brincadeiras. Assumi que vocês... –
Stana fechou a cara tentando se manter impassível às provocações de Terri – é
já vi que assumi errado. Sabe é que senti uma vibração diferente entre vocês
desde que voltaram dessas férias – Terri percebeu a mudança na linguagem
corporal dela – pode ser coisa da minha cabeça ou influência de Castle e
Beckett mas ... preciso te perguntar. Se você não está com ele, quem está?
Achei aquela visita da ex dele aqui bem estranha. Será que ele voltou com ela?
- Não pelo que ele me disse.
Mas eu não sou o Nathan. Isso não deveria ser uma pergunta para ele em vez de
mim? – ela tentava permanecer desencanada, estava sendo bem difícil.
- Vocês são amigos, achei que
saberia. Mas vou te dizer uma coisa, Stana. Você não me engana. Arrasta um
caminhão por ele e Nathan, ele pode ser meio desligado ou muito brincalhão o
que considero características que ele acabou incorporando no personagem, mas
ele também gosta de você. No fim, acho que vocês misturaram suas personalidades
a dos personagens e estão fazendo o mesmo que eles. Às vezes olho pro Nathan e
vejo o Castle. Mas vocês tem uma química perfeita, se dão bem,formam um casal
tão lindo porque fingem que está tudo bem cada um pra um lado? Stana se alguém
me beijasse como você beijou o Nathan naquela cena do banheiro juro que casava
com essa pessoa agora.
- Terri, porque você está
falando isso para mim? Você acha que eu tenho algo a ver com isso?
- Claro que sim, por todos os
itens que disse antes. Stana,se tem alguém que pode fazer algo sobre isso é
você. Ele é que nem o Castle.
- Então, não estou entendendo.
Castle foi o primeiro a se declarar para Beckett, ela é a indecisa da história.
Quer dizer, ela estava resolvendo seus problemas, deixando aos poucos o medo
para trás. Não sei como pode achar que isso é a mesma coisa que eu me declarar
para Nathan.
- Como não? Você tem alguma
dúvida de que se você quisesse, bastava dizer e ele seria seu.
- Parece simples não? Pena que
eu não enxergue o que você diz. Se ele está tão apaixonado por mim, o que faz
por aí na balada com ex-namoradas? – pronto, a raiva a dominara novamente e
dessa vez ela perdeu o controle na frente de Terri o que apenas validava a sua
teoria – não me parece nem um pouco preocupado comigo.
- Stana...
- Olha, Terri a vida é dele.
Não me entenda mal, adoro trabalhar com ele, gosto dele não tenho como negar.
Mas isso não quer dizer que seremos um casal. Quero vê-lo bem e com saúde. É
importante fazer de Castle um sucesso. Nossas vidas precisam ser desconexas do
show. Desculpe te decepcionar, Terri. Mas a vida é assim. Nem sempre
conseguimos o que queremos.
- Nossa, Stana! De onde veio
tanta raiva? Você não é assim. Desculpa, não tive a intenção de chatea-la. Se
está agindo assim é porque algo aconteceu. O que o Nathan fez?
- Não Terri, eu que te devo
desculpas. Não tinha o direito de falar assim com você. Eu só não quero falar
sobre isso.
- Se você não falar com quem
pode te ajudar e te entende, então vai falar com quem?
- E desde quando você é
terapeuta de casais? – Stana não percebeu o sorriso no canto dos lábios de
Terri quando mencionou casais.
- Não sou. Stana eu tive sorte de
conhecer meu príncipe cedo, na faculdade. Sou apaixonada por ele, Andrew é
minha alma gêmea. Nem todos têm a minha sorte. Alguns nem encontram sua outra
metade. É por isso que me sinto na obrigação de falar disso com você. Stana
você conhece a sua alma gêmea a mais de quatro anos. Vai esperar a série acabar
pra se declarar a ele? A vida não nos dá segundas chances muitas vezes, se
fosse você não arriscava nem mais um minuto.
As palavras de Terri a
impressionaram. Que ela sabia que Terri torcia para que os dois se acertassem,
namorassem, tudo bem. Mas quando começa a falar de almas gêmeas, era sinal de
que ela realmente acreditava nos dois. Stana suspirou, baixou a cabeça por uns
instantes e ao erguê-la estava sorrindo.
- Obrigada por se importar.
Terri sentou-se ao lado dela.
Tomou sua mão e olhou para ela com ternura. Estava certa desde o inicio, algo
acontecera.
- Stana, se dê uma chance de
ser feliz. Procure o Nathan, diga o que sente, ouça o seu coração – ela largou
a mão de Terri e levantou-se tendo uma crise de riso – riso é sinal de
nervosismo. Você já fez isso não? Ele a rejeitou? Me diz! O que ele fez? –
Stana olhou para a produtora novamente só que agora não sorria, os olhos
respondiam a pergunta dela – e vocês querendo me enganar? Desconfiei no minuto
que vocês pisaram nesse set que algo estava diferente. Mas se estão juntos,
porqie essa raiva toda?
- Plagiando KBex, porque que
aquilo que te atrai numa pessoa sempre acaba sendo a coisa que te deixa louca?
- Hum, acredito que você está
falando das manias de agradar a todos, as gentilezas mas isso é bom. Você devia
lembrar da outra frase a que diz que quer encontrar alguém que estivesse ao seu
lado e pudessem se dar juntos, mergulhando de cabeça. Pense nisso.
- Quer saber, Terri? Chega
dessa conversa por hoje. É sexta e preciso desligar um pouco. Foi uma semana
cheia. E a próxima já promete também. Boa noite e obrigada por compartilhar sua
opinião, é importante para mim.
- Não agradeça, querida. Bom
final de semana.
No caminho para casa, ela
checava as notícias no celular e acabou se deparando com vários comentários dos
fãs sobre a figura do burro que postara no momento de raiva. Até os fãs sabiam
que ela estava chateada com ele. Infelizmente, ela se deparou com um outro post
que a arrasou. Pelo que diziam, quem levara Nathan para o hospital fora Mikaela.
Aquilo acabou com Stana. Outra ex. Porque não ligara para ela. Pedira sua
ajuda? Isso a magoara. Ela estava chegando em casa quando recebeu uma mensagem
dele. Prendeu a respiração antes de abrir e ler o que ele escrevera.
“Hey, gorgeous...ainda estou no
hospital devo sair daqui a meia hora. O médico me receitou repouso. Muitos
remédios. Estou com saudades. Porque não vem pra minha casa?“
Como ele pode dizer que está
com saudades e simplesmente nem se lembra de avisa-la quando a dor atacou-o? E
não engolira o lance de Mikaela. Estava na hora de dar um gelo nele. Respondeu
a mensagem.
“Desculpa, ainda estou
trabalhando. Amanhã a gente se fala. Se cuida. S”
Não queria ir até lá por dois
motivos. Não sabia se a ex ainda estava por perto e não queria descobrir porque
tinha medo da sua reação se a visse. O segundo motivo era o fato dele estar
doente e caso ela fosse vê-lo, não conseguiria brigar com ele. E queria
conversar sério com Nate. Amanhã é outra historia pensou.
O sábado fora agitado. Ela
tivera algumas reuniões com sua agente e com o pessoal da produção de seu novo
filme CBGB. A estreia estava próxima e não perderia a premiere por nada. Já
tinha avisado a Terri que precisaria viajar para New York e que precisaria de
uma folga para atender o evento em L.A. mas ainda precisava confirmar as datas.
Ela estava precisando de diversão, ver gente diferente. A situação com Nathan
precisava ser resolvida, ela sabia que se não conversassem acabariam evitando
um ao outro e criando um clima tenso e desconfortável no ambiente de trabalho.
Isso podia destruir a atmosfera tão pacifica e divertida que tinham. Não era
assim que gostaria de terminar essa história. Não! O que estava falando? Não
queria terminar mesmo. Ela o amava, eles estavam apenas começando esse
relacionamento. Desentendimentos acontecem e se Nathan usaria isso como uma
desculpa, ela esqueceria a tática dele. Ia lutar pelo seu relacionamento. Sim,
brigaria com ele, diria umas verdades e poderia fazer as pazes com certas
condições. Porém, tudo o que ela queria fazer podia esperar Nathan ficar melhor
pois com ele a base de remédios certamente não teriam uma conversa franca. Além
disso, como brigar quando tudo o que ele precisa é carinho?
Ela checou o relógio. Duas da
tarde. Tinha mandado uma mensagem para ele pela manhã porém não recebera
resposta. Decidiu ir até a casa dele. Para evitar suspeitas e encontros
indesejados, ela mandou uma nova mensagem. Já estava próximo à casa de Nathan
quando recebeu uma resposta dele dizendo que estava ligando para ela. O celular
tocou.
- Hey... – Stana percebeu o tom
cansado na voz dele e aquilo já mexeu com ela.
- Nate! Como você está?
- Grogue. À base de remédios, a
dor passou por um tempo.
- Como isso aconteceu Nate?
Como deu um jeito nas costas?
- Eu... – teria que falar para
ela de qualquer forma – eu estava dançando e tropecei. Quando tentei levantar,
não consegui na primeira tentativa tudo doía. Tive que ser ajudado para me por
de pé.
- Sei. Estou chegando aí. Abre
a porta pra mim?
- Tem certeza que quer vir?
Estou chato, mal consigo falar coerentemente após tomar o remédio e durmo quase
seis horas depois que o tomo.
- Eu vou te ver nem que seja
por meia hora. Já estou na sua rua.
Ela desligou para não dar a ele
motivos para evitar sua ida. Se Nathan não estava sendo completamente sincero,
ela iria descobrir. Respirou fundo antes de tocar a campainha. Precisava manter
a calma qualquer que fosse a situação que encontrasse ali. Teve a nítida
impressão que ele queria convence-la a não ir vê-lo. No segundo toque, a porta
se abriu. Ele apareceu vestindo um robe preto sobre o pijama azul. Estava abatido.
Os olhos fundos e o rosto aparentava cansaço. Ele sorriu e fez sinal para ela
entrar. Ainda não trocara uma palavra com ele. Na sala de estar, ela permaneceu
calada olhando para ele de cima a baixo.
- Você está mesmo destruído.
Afinal que dança foi essa?
- Você não vai nem me dar um
beijo para me animar? Pelo meu estado não acha que mereço?
- Ainda não sei. Vai me contar
o que aconteceu? – ela sentou-se no sofá lutando consigo mesma para não
abraça-lo e coloca-lo deitado em seu colo. Nathan moveu-se com uma certa
dificuldade até onde ela estava e sentou-se a seu lado. Buscou a mão dela e
segurou-a na sua. Olhando-a nos olhos, ele contou.
- Eu estava em um evento, não
estava bebendo e tudo corria bem. Depois de um tempo, as pessoas começaram a
dançar e as coisas ficaram agitadas. Começaram a insistir que todos dançasse,
eu tentei me esquivar da bebida por quase toda a noite porque sabia que teria
um dia puxado no trabalho então eles já estavam meio chateados por isso quando
me puxaram para dançar ia ser complicado não aceitar. Eu pensei em ir embora,
mas eles foram mais rápidos e me puxaram para pista. Sei que prometi não dançar
mais daquele jeito para você. Foi o que fiz mas quando tentava disfarçar para
ir embora, me puxaram. Eu escorreguei e bem você já sabe o resto da história.
Ela já estava morrendo de pena
dele e com uma vontade enorme de beija-lo para ajudar aquilo tudo ir embora. O
fato dele lembrar o que prometera a ela foi algo que a fez ver tudo de maneira
diferente mas se Nathan realmente estava mudado ela queria saber quem provocou o acidente.
- Nate, quem o forçou a dançar?
- Pelo olhar dele para ela, Stana sabia que não ia gostar da resposta – quem
foi?
- Não importa. Esquece isso. Já
estou me recuperando.
- Nathan... você vai me dizer –
ele soltou a mão dela e evitou o olhar quando falou.
- Mikaela, ela me puxou para
dançar, ela me fez tropeçar. Ele viu Stana suspirar e levar a mão ao rosto.
Sabia que isso podia não acabar bem. Mesmo já sabendo que a ex-namorada dele estava
presente, ouvir diretamente dele era diferente. Tornava tudo real. E ele estava
sendo sincero e se sentia culpado por isso evitava olhar diretamente para ela.
Stana não queria prolongar a conversa e nem mesmo ter uma discussão com ele
sobre o assunto. Apenas pretendia dizer que não gostara do que aconteceu. A
real discussão ficaria para depois.
- Mikaela... sua ex-namorada...
nossa! – era só o que ela conseguia dizer mas a decepção estava estampada no
rosto dela. Ele percebeu e se sentiu mal por isso.
- Stana, olhe eu não sabia que
ela ia. Tudo bem existia a possibilidade mas não tive culpa dela estar lá e foi
verdade que ela me forçou a dançar. Talvez se eu tivesse ido embora antes nada
disso teria acontecido. Sei que ela ficou mal porque me causou isso. No fim,
não foi culpa de ninguém – ele virou-se para ela e percebeu Stana de cabeça
baixa, ergue o queixo dela – hey, não fique assim... não podemos nos abalar por
isso, sei que você está chateada e se soubesse que tudo isso aconteceria, nem
teria ido ao evento. O que tenho que fazer para tirar esse brilho triste do seu
olhar?
- Nathan... você nem me ligou,
você não me pediu ajuda! O que isso diz sobre nós? – pronto, agora ela já começara
a falar e não voltaria atrás - Você não pensou em mim e então tive que
descobrir pela Terri. Pior que ela pensou que já sabia. Foi muito estranho.
Fiquei sem ação.
- Mas eu mandei uma mensagem
para você!
- Não mesmo – ela mostrou o
celular apenas com as últimas mensagens trocadas entre eles. Viu o espanto na
cara dele. Nathan se levantou e pegou seu celular, mostrou para ela. Ao olhar
para tela, Stana não só viu a mensagem como também soube que a mesma não havia
sido enviada ao ver a exclamação vermelha ao lado dela. Mordeu os lábios. Então
não era nada daquilo que ela pensara. Foi a vez dela se sentir mal pelo que
pensara, pela briga que pretendia ter.
- A mensagem falhou. Por isso
não recebi – ele também vira agora a sinalização – desculpe. Eu
pensei...pensei. Sou muito... que droga, Nathan! Eu pensei...
- Pensou que tinha levado
Mikaela à festa, preferido ficar com ela e esquecido de você? É, em parte foi o
que pensei quando você não respondeu minha mensagem. Imaginei que tinha se
poluído pelas redes sociais. Elas podem ser letais para algumas situações,
Stana. Mas não tiro sua razão. Outro dia mesmo nos desentendemos por causa de
outra pessoa. Eu cumpri minha promessa. Mikaela apareceu lá e como você não me
respondeu, ela me levou ao hospital e depois de injeções e remédios me trouxe
para casa. Ficou um pouco comigo e saiu. Fui ao médico sozinho. Quando mandei
aquela mensagem para você era porque não acreditei que você não fosse me
responder, não queria pensar que você pudesse estar pouco interessada no que
acontecia comigo.
- Estou me sentindo
péssima.Tive tanta raiva de você. Como fui burra! Sou eu e essa mania de ser
insegura demais, boba demais. Eu não queria vir aqui, estava com medo de
encontra-la aqui e não me segurar. Mas estava preocupada com você. Não sabia o
quão grave isso podia ser e... eu te devo desculpas – ela pegou a mão dele na
sua – eu sinto muito, Nate... sinto muito, muito mesmo.
- Hey, tudo bem. Você não
recebeu minha mensagem. Acho que foi tudo um grande mal entendido no fim. Mas
Stana, porque toda essa insegurança? Não entendo. Você é linda, inteligente,
sexy. Ganha delas facilmente. Então por que isso?
- História...elas tem história
com você. Muitas histórias e isso me incomoda, me amedronta.
- Staninha, vem cá – ele a
puxou até onde estava pela mão fazendo-a se inclinar na frente dele, seus
rostos quase se tocando – são histórias do passado. Não importam mais. Além
disso, temos muito mais história que meus outros relacionamentos. Nós
construímos uma historia de amor juntos, talvez a maior história de amor já
contada na TV até hoje. E de alguma forma essa história tornou-se nossa.
Acabamos sendo influenciados em algum ponto ao longo do caminho por Castle,
Beckett através dos escritores e já são quatro anos indo para o quinto. Nenhum
dos meus relacionamentos durou tanto assim. Estou feliz que o mais longo seja
com você.
Ela engoliu em seco. O que foi
isso? Seu coração entrara em uma taquicardia louca. Ela não esperava essa
declaração dele assim, do nada. Não depois dela ter pisado feio na bola,
duvidado dele. Não sabia o que dizer então fez o que o seu coração mandou.
Stana aproximou os lábios dela levemente dos dele e iniciou um beijo vagaroso,
fazendo seus lábios aos poucos provarem os dele, entreabrindo-os para recebê-lo
por completo. Ela foi penetrando na boca dele com a língua explorando o seu
interior. Sentiu a mão dele em sua nuca pressionando ainda mais as suas bocas.
Stana deixou a mão escorregar pelo peito dele por dentro da camisa do pijama.
Quando quebrou o beijo, ele percebeu que ela tinha de volta o brilho no olhar.
- De repente me senti numa cena
de Castle...
- Como eu disse, nossas vidas
se fundem com as deles.
- Terri disse a mesma coisa
para mim ontem. Você disse tantas coisas lindas e seu não sei o que te dizer.
Me sinto pequena, só posso dizer o que já disse antes. I Love you. You.
- Eu sei que sim... Espera, o
que Terri disse?
- Que eu devia dizer o que
sinto por você e que nossos alteregos se misturaram a nossa vida de alguma
forma.
- Ela tem razão – e de repente,
ele fez uma careta. Estava sentindo dor novamente – preciso do meu remédio e me
deitar.
- Vem eu te ajudo.
Stana levantou-se e ajudou-o.
Devagar, levou-o para o quarto e depois de ter certeza que ele estava deitado
da maneira correta, voltou à cozinha para buscar o remédio e água. Após ingerir
o comprimido, ela deitou-se ao lado dele acariciando os ombros enquanto Nathan
estava de bruços que era a posição recomendada pelo seu médico assim que a dor
atacava e em seguida ele devia deitar na posição fetal com um travesseiro entre
as pernas. Ao vê-lo fechar os olhos, nada imune a dor, ela se compadeceu dele.
Ficou um bom tempo fazendo carinhos na cabeça dele e perguntou se teria
condições de voltar a trabalhar na segunda.
- Preciso. Se filmarmos apenas
cenas com caminhadas curtas ou discutindo investigações não terei problemas
qualquer cena que exija um pouco mais de esforço vai ter que esperar uma
semana. Até algumas cenas de Castle e Beckett terão que esperar.
- A dor é lombar? Porque? De
onde vem isso?
- Da época de ensino médio
quando jogava hockey. Levei um empurrão uma vez que fissurou meu quadril. Desde
lá tenho dores nas costas na região lombar, não pude mais fazer esportes
pesados. Se faço algo mais intenso, fico com dor. A idade pesa. Estou velho.
- Não diga isso, você está
muito bem para mim. Como isso nunca aconteceu na cama com a gente?
- Porque você é boa nisso – ela
gargalhou – isso também, mas é porque o corpo está quente, músculos, sangue,
movimento aí não existe dor. Foi diferente da dança, o corpo estava frio e a
queda apenas agravou a dor.
- Entendi... se você me
dissesse que não podia mais fazer sexo eu terminaria agora o namoro.
- Sério? Então nossa relação é
somente sexual, carnal?
- Não seu bobo! Eu não
aguentaria ficar ao seu lado e não poder fazer amor com você quando quissesse.
Não posso. Mas não é o que vai acontecer agora então você vai dormir e eu vou
preparar algo para você jantar mais tarde.
- Mas você vai ficar aqui? –
ele olhava com cara de cachorrinho pidão.
- Sim, estarei aqui quando você
acordar – ela beijou-lhe a bochecha – descanse, babe.
E ela fez o que prometera,
preparou um consumé de abobora e queijo, uma salada e grelhou alguns peitos de
frango. Encontrou gengibre na geladeira dele e preparou um molho com mostarda.
Viu que ele estava sem sorvete e o café estava terminando. Decidiu ir até o
mercado que tinha próximo a casa dele. Deixou um recado na geladeira para o
caso dele acordar e não vê-la ali. Vinte minutos depois, ela voltara com um
saco grande de compras. Sorvete de creme, mais café, uma barra de chocolate
branco e outra de amargo, nozes e amêndoas. Guardou tudo e se concentrou em
preparar uma calda especial para comer com o sorvete. Satisfeita com o que
preparara, ela decidiu tomar um banho. Devia ter alguma peça de roupa que ela
pudesse vestir por ali.
Ao entrar no quarto, reparou
que ele ainda dormia na posição fetal. O remédio acabava com as forças dele
mesmo. Entrou no chuveiro e se deixou relaxar. Fora muita informação importante
em um período de 24 horas. Quando ela deciciu vir vê-lo estava preocupada mas
queria tirar satisfação, estava disposta a brigar. E ele a quebrou. Disse tudo
que podia deixa-la sem palavras e de repente, nada do que ela pretendia fazer
ali tinha sentido. Nada exceto que o amava e ele a amava também. Saiu enrolada
na toalha do banheiro e entrou no closet a procura do que vestir. Achou uma
camiseta dele de New York e um boxer. Ficou frouxo mas ela deu um jeito de
amarra-lo. De frente para o espelho, penteou os cabelos. Ela estava distraída.
- Se ficar usando minhas roupas
desse jeito vai estar me convidando a tira-las.
- Nate... que susto! Descansou
bem?
- Sim, quanto tempo eu dormi?
- Umas quatro horas. São quase
oito horas da noite.
- Não é a toa que estou com
fome – ele a abraçou pela cintura e beijou-a – estou me sentindo bem melhor,
acho que tem a ver com a sua presença aqui sabe?
- Vem, não precisa me bajular o
jantar já está quase pronto – de mãos dadas eles seguiram para a cozinha.
Sentaram a mesa e Stana serviu
o jantar. Eles conversavam sobre as gravações da sexta e das expectativas para o
Paley que estava próximo. Nathan lembrou que eles teriam que ser bem
convincentes para as pessoas não desconfiarem do relacionamento deles no Paley.
Falou que ela tinha que conter a vergonha sempre que falavam deles, ou do
relacionamento de Castle e Beckett. Sabe
que qualquer deslize pode agitar demais os fãs porque eles são muito espertos.
Stana tinha que concordar com ele.
- Lembra no último que você
estava tão envergonhada que não conseguia parar de rir?
- Lembro mas eu também estava
cansada e toda aquela agitação me deixou meio perdida. Prometo que não vai
acontecer nesse, quero interagir com as pessoas e dar minha opinião. Provocar
se possível.
- Stana, vai com calma eu... –
foram interrompidos por alguém tocando a campainha – quem será?
- Quem quer que seja não pode
me ver aqui – ela levantou e tentou espiar pela janela, seu coração quase parou
ao reconhecer a silhueta – é a Mikaela. Tem algo nas mãos. Podia apostar que
viera tentando passar de boa moça para ficar cuidando dele e até dormir ali. Nathan
percebeu que o semblante dela mudou.
- Você não irá se esconder.
Fique aqui. Stana, você confia em mim?
- Confio. Ele sorriu.
- Já volto.
Seguiu em direção a porta e dez
minutos depois estava de volta. Ela se espantou com a rapidez, pensou que
Nathan ia passar um bom tempo conversando com ela na porta de casa.
Aparentemente estava errada e morrendo de curiosidade para saber o que ele
dissera a ela.
- Já?
- Sim, tudo resolvido. Vamos
voltar ao nosso jantar.
- Você não falou de mim para
Mikaela, falou Nate?
- Não, eu disse que agradecia o
gesto, ela trouxe sopa, disse que estava cansado por causa do remédio e só
tinha vindo pegar um copo de leite por isso ouvi a campainha.Também falei que
ela não precisava se sentir culpada que tudo já passara e eu tinha que me
recuperar para o trabalho na segunda. É, eu a dispensei mesmo.
Stana avançou nele e beijou-o
apaixonadamente.
- Obrigada. Você merece algo
especial por isso mas por enquanto vou te dar a sobremesa.
- Vou cobrar depois....
Ela acabou dormindo na casa
dele e passando todo o domingo por lá. Foi embora no inicio da noite com um
Nathan bem mais disposto de quando o encontrou. Eles se veriam no trabalho.
Segunda, dia da Premiere
A manhã no estúdio foi bem
agitada. Todos indagaram Nathan sobre a sua recuperação e ele agradeceu a
preocupação dos amigos, filmaram várias cenas pela manhã a fim de aproveitar o
tempo já que eles teriam que parar mais cedo devido ao live-tweeting. Pela
parte da tarde, Dara se concentrava em arrumar a sala dos escritores para a
brincadeira da noite. Ela e Terri capricharam em encomendar guloseimas e
bebidas para a ocasião. Stana já perguntara de Nathan se ele ficaria para
acompanhar com eles. Disse que talvez um pouco mas como tomaria novamente o
remédio à noite precisava estar em casa para comentar mais tarde. Claro que ela
entendeu, viu o quanto fora difícil ele sentir dor e ser nocauteado pelo
remédio.
A tarde parecia passar muito
rápido e logo já era seis da tarde. Stana já tinha provocado os fãs pelo
twitter e apenas esperava a hora de começar a comentar o episódio. Lisa chegou
logo quando eles encerraram as tomadas do dia. Alegremente, cumprimentou a
todos e em especial Terri, Nathan e Stana.
- Ah, obrigada por esse
convite. Estou feliz em voltar a essa atmosfera tão divertida. Sinto falta de
vocês. Especialmente das piadas e brincadeiras de Nathan e as conversas com
Stana. Vai ser bem interessante fazer esse negócio na internet com os fãs de
Castle. Eles são muito devotados à série e eu que fiquei tão pouco tempo estou
simplesmente sendo cortejada e amando todo o carinho que eles me deram por
estar aqui.
- Que isso, Lisa! As pessoas te
adoram desde House. Quem não ama a Dr. Cuddie? Por isso te paparicam – disse
Stana.
- Não, Stana. Tenho bons fãs em
House é verdade mas Castle acrescenta um outro nível de fãs a você. Sabe outro
dia estava pensando que Hugh ia gostar de passar um tempo com o Nathan. Às
vezes acho que ele é irônico demais em comentários e sarcasmo combina e atrai
um inglês.
Eles riram.
- Pessoal, vamos conversar ali
na sala. Tem guloseimas e bebida – disse Terri – podemos sentar e não
atrapalhar quem ainda está trabalhando.
Eles foram pra sala e Lisa
chamou Stana em um canto. Fingia estar preparando bebidas apenas para perguntar
como ela estava.
- E então, você e o moço ali.
Se entenderam?
- Sim. Está tudo sob controle
por enquanto.
- Espantou as tais exs?
Excelente!
- É estou bem feliz com tudo.
Acho que dessa vez não posso reclamar. Nate me fez uma declaração de amor que
não dá pra repetir a você mas...
- Mega apaixonada é o seu
estado de espírito. Ótimo! Vocês merecem essa felicidade.
- Yo! Olha quem veio visitar os
policiais pobres da NYPD...olá Lisa!
- Jon! Vem aqui me dar um
abraço.
- Vim pegar um pouco de comida
porque estou trabalhando, eu e Seamus ainda temos três cenas para rodar.
- Poxa não vão ficar aqui
conosco?
- Alguém tem que trabalhar e
como Stana disse é uma noite de garotas...
- Hey! Eu escutei isso! – disse
Nathan. E novas risadas. Jon se despediu de todos e os demais continuaram
conversando. Lisa sentou-se de frente para o notebook de onde faria os
comentários. Stana sentou ao lado de Nathan munida de seu ipad e perguntou a
ele sussurrando.
- Você está se sentindo bem?
Tem dor? Precisa deitar?
- Estou bem por enquanto mas você
não vai ficar chateada se eu tiver que sair no meio do episódio, vai?
- Claro que não. E você não vai
ficar chateado se eu não acompanhar os seus comentários mais tarde? Eu estou
cansada, vou tentar mas não prometo. Vou para minha casa, tudo bem?
- Sem problemas.
- Dez minutos pessoal! Vamos
nos arrumando? – disse Terri. Stana sentiu um arrepio na espinha, estava
empolgada por fazer isso. Queria muito se divertir hoje.
- Terri você está vigiando os
posts da Stana? Sabe como é, ela pode soltar spoilers...
- Nathan!
- Estou falando alguma mentira?
Todos riram novamente.
- Pessoal... prontos?
Stana soltou seu primeiro
tweet.
@LisaEdelstein
yo whassup! U ready?
@LisaEdelstein
Helloooo @Stana_Katic yes I am all dressed up and raring to go
E
Stana postou novamente.
@Stana_Katic
Previously on Castle…
Continua....
5 comentários:
Só uma pequena correção Terri e Andrew conheceram-se numa entrega de prémios <3
Olha. Parabéns! Adoro como você consegue resolver os problemas stanathan( oh se vida real fosse fácil assim,kkkkk)
amaaaaaaaaaaando s2
Ainn, adoro a Lisa, serio, ela deveria ir pra NYPD, ou fazer mais participações em castle.
Perfeita sua fanfic, quero só saber o que vai acontecer nesse paley...
ah, realmeente as palavras para descrever o hobbit sao de baixo calão mesmo, foi melhor ocultar kkkkkk
Preciso possuir essa meninas super poderosas..Stana colocou ordem na casa,Lisa e seus conselhos maravilhosos e a Ter uma coisa linda que adora cutucar kkkkkkkkk
Nath deu um chega pra lá na bitch,voltou a ter meu respeito. kkkkkkkkk
Esperando o proximo cap.
que web perfeitaa, to amando!
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