sábado, 25 de janeiro de 2014

[Stanathan] Kiss and Don't Tell - Cap.15


Nota da Autora: Voltei! E pelo jeito tenho ótimas ideias para a nossa fic S/N... vamos agitar então?! Não sei se a Stana tem sobrinha mas eu inventei uma kkkk - espero que goste!


Cap.15

Era véspera de natal e Stana já se acomodará na casa da mãe para ajudá-la com a ceia. Porém, esse ano ela apesar de feliz não estava no clima para grandes festas. Era ótimo estar com a família mas no fundo, sentia falta dele. Depois de tudo pronto, ela foi se arrumar para ficar com os irmãos. Todo aquele cheiro de comida a enjoou. Sentiu o estômago revirar ao sentir o cheiro do whisky que seu irmão tomava. Correu para o banheiro e colocou pra fora a última refeição que fizera das misturas de comida que preparara com a mãe. Quando retornou, seu irmão ofereceu a ela vinho mas Stana recusou. Novamente um comportamento nada comum a sua filha, Rada percebeu. Ela também não comentou com ninguém o que havia ocorrido.

Após a ceia, trocaram presentes e conversaram bastante. A sala da casa da mãe se encheu de risadas e a alegria reinou por duas horas ininterruptas. Somente após ajudar a mãe a arrumar tudo, Stana foi para o quarto que fora destinado a ela. Já de pijamas, ela deitou a cabeça no travesseiro e fechou os olhos por alguns minutos. Apesar do momento de descontração com a família, sentia-se só. No fundo, ela estava com saudades dele. Queria ouvir sua voz. Decidida, pegou o celular e discou.

Nathan estava à mesa com o irmão e os pais além dos sobrinhos. O barulho era grande,alguns gritos de um lado, risadas do outro, uma verdadeira confusão de sons. E claro que o telefone passou desapercebido. Frustrada, ela não deixou recado na caixa postal. Ela olhava para o telefone quando sua mãe entrou no quarto.

- Filha? Já está dormindo? - percebeu o jeito como Stana olhava o telefone, um olhar perdido. Havia algo acontecendo com ela. Percebera desde que a filha chegara em sua casa.

- Ainda não,mãe. O que foi?

- Nada, vim desejar boa noite.

- Como nos velhos tempos?

- Sim, como nos velhos tempos. Slatki snovi.

- Slatki snovi - sorriu.

- Esta tudo bem mesmo, filha? Estou te achando triste...

- Estou bem, só estou cansada o dia foi puxado. Não tenho costume de cozinhar para muita gente.

- Você não me engana. Tem algo te incomodando Stana. Mas se você quiser me contar, estou aqui senão tudo bem. Não precisa pedir quando precisar do colo da sua mãe.

- Obrigada mãe. Mas estou bem - Rada beijou o rosto da filha e sorrindo a deixou sozinha. Apagou a luz. No instante que Stana ia largar o celular sobre a cabeceira, a tela se iluminou com a foto dele. O sorriso ressurgiu no rosto.

- Hey babe...

- Hey... Vi que você me ligou. Aconteceu alguma coisa?

- Não, eu apenas... – suspirou profundamente – eu queria ouvir sua voz, estou com saudades Nate. Devia ter viajado com você.

- Eu também sinto sua falta,gorgeous... ,mas às vezes temos que nos contentar com o que temos. E temos um disfarce a zelar. Claro que eu preferiria estar com você ou acha que esqueci da nossa comemoração? Só de lembrar perco o ar... não é fácil ficar longe de você. Sinto uma vontade louca de te beijar apenas de ver a sua foto com aquele sorriso enigmático e tão lindo.

- Nate... não faz isso, estou carente, solitária. Queria tanto me aconchegar em seus braços e dormir com seu corpo quente junto ao meu.

- Ah,Staninha... você nem imagina... – uma voz gritou ao longe – tenho que desligar. Meu irmão está me chamando, não pode desconfiar. Fica bem e feliz natal, meu amor.

- Nos falamos no ano novo?

- Claro!

- Feliz natal, babe. Lov ya – ao desligar o telefone suspirou, sentia-se melhor apenas por ouvir a voz dele por cinco minutos. Stana não sabia que seu dia de natal ainda lhe traria fortes emoções.

Quando acordou por volta das nove da manhã, o falatório já corria solto na sala de jantar. As crianças agitadas com seus presentes e os irmãos já tomavam o café com rabanadas. Stana estava desejando um copo de eggnog mais do que a própria vida. Beijou a mãe no rosto e já foi abrindo a geladeira servindo-se da bebida assim que a encontrou na prateleira. Também pegou um pedaço de brioche e mordiscou intercalando com goles da bebida. A sobrinha mais nova de apenas quatro anos se enroscou nas pernas dela e pediu colo. Era louca pela tia. A menina era capaz de passar minutos cariciando o rosto da tia e  beijando seu nariz e suas bochechas. Tinha um fascínio por Stana. Ela certamente não se incomodava, amava crianças e não via a hora de ter a sua.

Com a menina no colo, ela se concentrou em seu café logo depois que terminou o eggnog. Sentir o aroma da bebida quente a fez pensar em Nathan. O que estaria fazendo naquele momento? A julgar pela hora, dormindo provavelmente. Era o que ela faria se tivesse ao seu lado. O aroma de salsicha frita e ovos invadiu suas narinas. O irmão preparava para ele e a esposa. Aquele cheiro a deixou novamente enjoada. Levou a costa da mão à altura do nariz e cheirou. Isso sempre acalmava o enjoo. Repetiu o movimento umas três vezes quando finalmente se sentiu melhor. Tomou o último gole do café e levantou-se da cadeira com a pequena no colo rumo à sala de estar.

Sentou no sofá e ligou a TV. Foi surpreendida por um episódio de Castle na TV. Terceira temporada. O episódio do policial stripper. A cena que aparecia na tela era dela e de Nathan no clube de stripper vendo a apresentação dos caras no palco. Beckett vestira-se bem para a cena e já despertava ciúmes de Castle. Ela gostava quando isso acontecia porque podia perceber as reações além de Castle, as de Nathan. Estava tão absorta na cena que tinha esquecido da sobrinha em seu colo. A pequena Annie também olhava atenta a TV. A voz da criança a tirou do transe quando disse.

- Tia Stana ta “boita... vai usa o volve”? Annie gosta do moço “boito”. O namorado da tia – e ao mesmo tempo que ela arregalava os olhos a menina ria do extintor de incêndio, virando-se para ela, continuou – porque não beija seu namorado, tia? Mama e daddy beijam na boca. A tia pode também... é “gande”.

- Ele não é meu namorado, docinho.

- Ele gosta da tia, é o namorado. Boito moço. Boito – Stana balançou a cabeça e riu da sobrinha – tia Stana?

- Hum... – ela levou umas nozes a boca esperando a sobrinha falar.

- Quando vai casa com o moço boito? – e ela se engasgou com as nozes. Tossiu tanto que uma lágrima escorreu de seus olhos – num chora tia... ele gosta de você...

- O que está acontecendo? Tudo bem Stana? – era sua cunhada preocupada – Annie deixe sua tia em paz. O que você fez?

- A tia ta triste, ela gosta do moço boito.

- Eu me engasgei com as nozes, ela não fez nada – a cunhada olhou para a TV e viu o que passava, começava a fazer sentido agora – está tudo bem Annie. A tia está bem, ok? – a menina deu de ombros mas a olhou como se dissesse “mentirosa” ou pelo menos era essa a interpretação de Stana.

O dia passou preguiçoso e além de comer, Stana decidiu dormir logo após o almoço. Mais tarde ao acordar, sua sobrinha pediu para brincar com ela. Sentada no chão, ela brincava de fazer comidinhas para as duas e encantada com a criança, entrou no clima. Perdeu a noção do tempo quando a cunhada veio chama-las para jantar, se assustou. O dia já terminara e ela nem mandara uma mensagem de bom dia a ele. Pensativa, reuniu-se aos demais.

Assim que acabou de jantar, ela organizou as coisas com a mãe e ao colocar o primeiro pedaço da torta de cheesecake na boca, sentiu o estomago revirar. Respirou fundo mas ficou pálida no mesmo instante. A mãe percebeu assim como a cunhada.

- Stana, está se sentindo bem? Você está pálida! Pega um pouco de sal e um copo com água na cozinha pra ela, Marko! Ponha a cabeça entre as pernas querida, assim... – e a cunhada a ajudou, o enjoo foi passando e o sangue voltou ao rosto, suava frio – está melhor?

- Sim, obrigada. Acho que essa mistura de comida me deixou com dor de estomago. Pode fazer um chá pra mim mãe?

- Claro! – assim que voltou com o cha, a mãe a repreendeu – você não está se cuidando filha. Nem deve estar comendo direito. Quando foi a última vez que foi a um médico? Percebi que você estava estranha desde que chegou e agora esses enjoos... se fosse em outros tempos eu já tinha uma suspeita mas... você não está namorando...

- Tia Stana tem namorado... o moço boito da TV.

- Querida, aquele não é o namorado da sua tia – disse a vó – ele é só o colega de trabalho dela.

- É por isso que ela num beija ele? O moço gosta dela.

- Meu deus! E ela só tem quatro anos! – disse a mãe abismada com o raciocínio da menina. Stana por outro lado sentiu a cabeça latejar. Sabia o que a mãe insinuara e não queria pensar na possibilidade. Não nem pensar! Ela pediu licença para se deitar e trancou-se no quarto. Nervosa, passava as mãos pelo cabelo. Começou a fazer as contas. Tinha ficado com ele dia vinte não muito cedo. Antes disso apenas ficaram nos amassos e nada de mais. Isso é besteira da minha cabeça, pensou. Pelas suas contas, o seu período era essa semana. Não espera, semana passada. Tudo bem, ainda estava dentro do esperado... Fechou os olhos por um momento e respirou fundo. Nada de desespero dizia a si mesma.

Fitando o teto, ela decidiu que precisava de algo para ocupar a mente. Falar com ele ou mandar uma mensagem podia ser reconfortante. Ao pegar o celular porém, primeiro entrou no twitter e começou a ler suas mentions. Toneladas de mensagem bonitas e carinhiosas de fãs desejando feliz natal, ano novo e várias fotos dela e dele juntos e separados. Então, ela se deparou com algo inesperado. No fundo, ela leu um tweet de algum fã criticando a Ochoa mas porque? Ela foi atrás da possível mensagem original. Ao vê-la, Stana também não acreditou.

Como ela pode fazer isso? Por que com tantas canções de natal ela fez isso? Escolheu justamente a do meu tweet? A cabeça voltou a doer. Havia muitos outros posts com mensagens, xingamentos e defesas para Stana. Com tudo que lera, ela conseguia se sentir melhor exceto por um único post que ainda não tinha percebido até dois segundos atrás. Nathan.

Ele mandou um recado aos fãs que aparentemente estavam xingando e ameaçando a Ochoa. Ele tinha razão em chanar a atenção de leve mas ao fazer isso gerou raiva porque para o fandom, ele estava defendendo-a em detrimento dela. Por que defender Ochoa e não Stana fora alguns dos comentários que ela conseguiu captar em algumas línguas. Ochoa provocou e parece que Nathan acabou colocando mais lenha na fogueira. Stana sentiu a raiva domina-la. Ele não precisava ter feito isso. Ficasse calado.

Ela mordia os lábios pensativa. Devia ou não ligar pra ele? Tirar satisfações? Nathan dizia que ela era apenas uma amiga mas para Stana, Ochoa era sua pedra no sapato assim como sabia que Mark era a de Nathan. Por mais que tentasse se controlar e lembrar que estavam juntos e não devia ceder ao ciúme, era impossível. Ela nem conseguia raciocinar quando o assunto era Ochoa.

Andava de um lado a outro do quarto tentando decidir se deveria tomar uma atitude. Não podia responder a todos com uma das suas indiretas pois tirara férias da rede social. Isso não era algo que ela esperava na noite de natal. Não mesmo, especialmente dele.

Resoluta pegou o celular e escreveu uma mensagem para ele.

“Nathan, está online? Preciso falar com você. S”

O tom que usou na mensagem deixava claro que ela estava chateada. Stana esperou por vinte minutos sem qualquer resposta dele. Irritada, ela resolveu tomar um banho e dormir. A última coisa que ela precisava agora era alimentar sua raiva por Ochoa e principalmente Nathan. Mas ela demorou muito para dormir e dois dias se passaram sem qualquer noticia dele.

O humor dela apenas piorou e logo após voltar para seu apartamento, ela não tinha qualquer motivação para sair. Mas tinha fome e por isso ordenou uma entrega de comida chinesa. Ela bem que tentou comer mas após cinco garfadas, ela sentia-se cheia e novamente veio o enjoo. Vomitou o que comera e o resto da bile. Fazia umas dez horas que não colocava nada no estomago além de café. Após tomar um banho, ela secava o cabelo quando a campainha do seu apartamento tocou. Quem poderia ser?

Ao aproximar-se para abrir a porta, ela sentiu um arrepio de excitação percorrer sua espinha. Sim, por um segundo ela pensou que poderia ser ele. Seu coração, mesmo com a raiva, se encheu de esperança com a ideia de vê-lo. Mas ao checar o olho mágico, viu sua cunhada e a sobrinha na porta. Tinha esquecido completamente!

- Oi!

- Hey, Stana... você não está pronta....oh, você esqueceu! Se quiser nós...

- Não, eu acabei de secar o cabelo me arrumo num instante – disse Stana com a sobrinha agarrada às pernas. Elas tinham combinado de comprar roupas para o ano novo e um presente que ficara devendo para Annie – o tempo voou. Acredita que amanha já é véspera de ano novo?

- Annie, largue sua tia. Deixe ela se arrumar.

A menina obedeceu e Stana pode se vestir. No fim, seria bom sair um pouco com ela e esquecer o suposto problema da sua vida amorosa naquele momento. Em quinze minutos, deixaram o local.

Stana tinha razão. A saída com a sobrinha e a cunhada renderam boas risadas e momentos bacanas. Ajudaram-na passar o tempo de uma maneira agradável. Quando sentaram-se para jantar em um pequeno restaurante italiano, porém, a lembrança de Nathan e do fim de semana em Santa Monica vieram à mente. O garçom trouxe as bebidas e a cunhada percebeu que as feições dela mudaram, na verdade parecia que Stana estava prestes a chorar. Não disse nada mas a pequena não foi tão discreta quanto a mãe.

- Tia? Você está triste?

- Não meu anjo, estou bem. Me diverti muito hoje - deu um sorriso para a menina não muito convincente.

- Mama, a tia Stana ta triste... ela não pode mentir porque é feio – virou-se para Stana – é o moço boito? Ele num gosta mais da tia? Stana teve que respirar fundo e engolir em seco para não deixar levar-se pela memória e pela emoção. Percebendo o jeito dela, a mãe chamou a atenção da filha.

- Annie, deixe sua tia em paz e como suas verduras.

- Mas mama ela tá triste – pegando na mão da tia, a garota falou – não fica triste, tia. Ele gosta muito de você.

Nesse instante ela recebeu uma mensagem no celular. Era ele. Stana sentiu o coração parar por um segundo. Olhou o display. A única palavra que conseguira ler era um “Hey, gorgeous”. O restante da mensagem foi omitida. Ela estava louca para ler mas não queria fazer isso na frente da cunhada. Sabiamente, disse que ia ao banheiro. Claro que sua cunhada não era burra e saberia que aquela mensagem era bem importante e por causa disso concordou sem fazer qualquer pergunta. Apenas disse que ia espera-la para pedir.

No banheiro, Stana se encostou na parede e destravou o celular. Suspirou antes de continuar a ler a mensagem dele.

“Hey, gorgeous. Desculpe pela demora. Meu irmão sequestrou meu celular quando estava bêbado e não se lembrava onde deixara. Está tudo bem? Você me pareceu nervosa. se quiser posso te ligar. Hoje pego o avião para Vegas. Me responda assim que puder. N.”

Ela leu e releu a mensagem umas três vezes. Vegas... porque ele estaria indo para lá? Ela respondeu rapidamente.

“Que horas é o voo? Não posso falar agora.” E recebeu a resposta quase imediatamente.

“Dez da noite.” ela consultou o relógio. Eram oito e meia. Sabia que não teria tempo de chegar em casa para falar com ele então decidiu sugerir outro horário.

“Posso ligar meia-noite?”

“Claro, se não ligar eu ligarei. Miss you. N”

Ela ficou olhando para a última mensagem por alguns segundos. Ou ele era tapado ou o lance com Ochoa não foi nada demais. Ela preferia acreditar que ele não estava dando uma de Castle e que a segunda opção era a mais apropriada. De alguma forma, sentia-se melhor.

Ao voltar para a mesa, seu semblante estava bem melhor mas a cunhada não comentou. Assim que sentou pegou o menu e perguntou se elas estavam prontas para pedir. Em cinco minutos já sabiam o que iam comer. Ela escolheu penne ao pesto porque lembrava momentos deles. O resto do jantar seguiu bem e com direito a sobremesa. A sobrinha se lambrecava com o sorvete. Uma imagem linda de infância. Despediram-se e com um beijo estalado de Annie, ela foi pra casa.

Chegou ao apartamento e verificou o relógio. Dez e meia. Ele deveria estar em solo logo. Para conter a ansiedade, ela encheu a banheira e preparou um banho de espuma. Despiu-se e entrou na água morna e relaxante. Colocou uma pequena toalha e manteve-se imóvel procurando relaxar. Nem se tocou do tempo que passara de molho envolta na espuma. Quando decidiu deixar o banho percebeu já passar das onze da noite. Vestindo seu pijama e com o celular na mão, Stana deitou-se na cama e esperou. Eram meia-noite e cinco quando o celular vibrou com uma mensagem.

“Ainda acordada? Posso ligar?“

“Pode. Estou esperando.” E o celular tocou.

- Oi, Staninha... tudo bem com você?

- Recuperou seu telefone? Espero que alguém não tente toma-lo de novo. Foi horrível ficar sem noticias suas por quatro dias. Me senti ignorada. Aliás, isso foi o mínimo.

- Sinto muito, amor – percebeu pelo tom de voz que ela não estava bem, pior estava com raiva – você está chateada e não sei como farei para me desculpar por algo que não tive culpa. Stana, amor estou com saudades. Podemos apenas passar um tempo conversando?

- Não estou chateada, Nathan. Estou irritada é bem diferente. Você passa quatro dias sem falar comigo mas em cerca de vinte minutos defende a Ochoa. Afinal quem é sua prioridade?

Ah, então era ciúmes. Ele detestava quando discutiam por besteira.

- Você. Sempre você, Staninha. Por que isso agora?

- Qual o problema dela, Nathan? Porque pra mim, ela parece merecer bem mais sua atenção. O pior não foi ela usar a mesma frase do meu post mesmo com milhares de frases de canções de natal, o que doeu mesmo foi a sua defesa e a tentativa patética dela de querer se desculpar. O que ela quis dizer com misturar ficção e realidade? O que ela estava insinuando? Por acaso ela acha que pode ficar com você e eu não?

- Stana para de imaginar coisas que não existem. Ela apenas fez uma escolha ruim na hora do post, estava falando do clima.

- Do clima ou provocando a mim com a foto de biquíni. Você está realmente defendendo ela? Não estou acreditando!

- Ela não fez nada de mais. Esquece isso, gorgeous. Queria tanto conversar com você, matar a saudade – mas aparentemente nada do que ele falava surtia efeito nela. Estava em plena crise de ciúmes e ia colocar tudo pra fora.

- Não parece que estava com saudades ou teria achado seu telefone mais cedo se é que você perdeu mesmo. Estava ocupado com outra coisa Nathan?

- Já disse a você que meu irmão escondeu o celular e não achava. Porque você tem que ser tão passional, Stana? Nada do que eu diga parece mexer com você. Te acalmar. Poxa! Eu não fiz nada errado, nada. Mas você parece ver chifre em cabeça de cavalo! A Ochoa é minha amiga de anos. Não temos nada.

- Ela é sua ex-namorada! – e de repente um pensamento lhe ocorreu, Vegas – Nathan, o que você está fazendo em Vegas?

- Foi o destino que meu irmão escolheu para o fim de ano. Falei que ele ia ter esse direito a você.

- Tem algum evento nerd ocorrendo ai?

- Stana....

- Responda a pergunta. Tem algum evento em Vegas?

- Tem, com campeonato de videogame – Stana sentiu as pernas bambearem com a confirmação. Tinha medo de fazer a próxima pergunta.

- Nathan, e-ela está nesse evento? A Ochoa, ela está em Vegas? – Nathan podia sentir a insegurança na voz dela. Era incrivel como ela escolhia não acreditar nele ou talvez apenas escolhia se cegar.

- Eu não sei.

- É claro que você sabe. Ela te conta tudo. Sempre que está em perigo corre para pedir ajuda ao bom e velho Capitão... – ela fora sarcástica e dura, reconhecia mas a raiva era maior, bem maior.

- Agora você me ofendeu. Eu não sei da vida da Ochoa. Ela não me deve satisfações e se ela estiver por aqui, irei conversar com ela numa boa. Isso não tem nada a ver com ela. Trata-se de nós ou melhor de você e esse seu ciúme bobo e sem razão. Por que você insiste nessa bobagem? Qual parte do eu te amo você não entende? Você sabe que mantenho amizades antigas que prezo por elas, foi assim que você me conheceu. É tão difícil aceitar?

- Às vezes você é tão ingênuo, Nathan. Ela sempre provoca, sempre alfineta. Todos notam, os fãs notam porque você é o único cego da história?

- Eu não sou cego, apenas não vejo a maldade que vocês parecem enxergar a todo o instante.

De repente o silêncio pairou no ar. Apenas as respirações eram ouvidas. Stana parecia estar reconsiderando o que ele disse. Exagerara? Pelo ponto de vista dele, sim. Essa carência, essa raiva não era algo normal. Então o que era? Ele quebrou a linha de pensamento dela ao chamar seu nome carinhosamente.

- Staninha, você ainda está ai? Será que podemos conversar normalmente, sem farpas ou agressões? – aquela voz chamando seu nome era musica para os ouvidos dela. Como resistir ao tom tão sereno e rouco daquela voz? Droga! Ela se vendia fácil demais – Stana... por favor...

- Ainda estou aqui – suspirou – eu não sei mais o que pensar. Não quero dividir você com ninguém. Esse é o meu problema.

- Isso será um pouco difícil devido ao número de fãs que tenho, sou um cara do tipo popular, não notou?  – ele brincou e isso a fez sorrir – ah, parece que estamos melhorando.

- Você me entendeu, Nate...

- Nate... agora sei que estamos bem. Fico em Vegas até o dia quatro. Devo estar em L.A. no domingo se quiser me ver antes do trabalho. Eu falei a verdade quando disse que estava morrendo de saudades.

- Eu também estou. Porque você me provoca tanto? Me afeta... passei quatro dias horríveis. Queria arrancar sua cabeça fora!

- Ouch! Tenho medo quando você encarna esse seu lado Beckett – ele ouviu um grito - Preciso desligar, meu irmão está chamando e ainda vou ter que inventar uma mentira para o meu sumiço temporário. Te ligo amanhã assim que conseguir despista-lo ok?

- Tá.

- Boa noite, Staninha e relaxe.

- Nate, me desculpa...

- Claro! Não tenho culpa de ser irresistível. Mamãe passou açúcar em mim.

- Bobo! Um beijo.

Finalmente, Stana conseguiu relaxar um pouco e pode curtir uma boa noite de sono. Sem qualquer pesadelo. No dia seguinte, eles se falaram rapidamente e desejaram um bom 2014 para os dois. Provocando, Stana disse que tinha um casamento importante naquele ano o que fez Nathan rir do jeito sempre shipper dela.  Na celebração de ano novo, ela estava bem diferente. Sorria, brincava era novamente a boa e velha Stana de sempre e claro que a sua mãe e a cunhada notaram. Os dias passaram rápido e quase às vésperas de voltar a trabalhar, ela saiu à rua para fazer compras e apesar do clima não tão quente da California, a agitação a pegou desprevinida.

Stana caminhava na rua e entrou no café acompanhada do irmão, da sobrinha e de um amigo o colunista Tony Cabrera. Assim que saiu segurando o copo de café nas mãos, um flash a cegou pegando-a desprevinida. A cara de susto e apreensão causou uma reação interessante na pessoa que tirara a foto, como se ela tivesse algo a esconder. Fora o impacto de não esperar tal ação, Stana se preocupava com a imagem da sobrinha e tratou de esconder a menina atrás do irmão e pediu para a moça que tirara a foto a sua compreensão e privacidade já que estava em um momento intimo com um amigo. Felizmente a pessoa não criou caso e a deixou em seguida. Despediu-se de Tony e seguiram o caminho. Todo o ocorrido mexeu com ela e assim que andaram uns trezentos metros, ela sentiu a pressão baixar. Estava muito fraca e se o irmão não a segurasse teria caído na rua.

Annie ficou assustada e preocupada com a tia. Marko levou-a direto para a casa da mãe apesar das reclamações dela. Explicou o que acontecera e a sábia dona Rada ficou realmente intrigada. Havia algo muito estranho acontecendo com essa menina e de alguma forma se ela sabe o que é não quer contar, pensou.

- Filha, você tem que ir a um médico! Não é normal desmaiar, passar mal do estomago. Tem algo estranho aí.

- Não foi nada mãe. Apenas me assustei com um suposto fotógrafo. Pensei ser papparazzi. Não gosto de expor a Annie. Está tudo bem agora, o Marko que é exagerado. Preciso ir para casa.

- Tem certeza que está bem? De verdade filha?

- Sim, de verdade mãe – ela se levantou e beijou a sobrinha e depois a mãe – ligo no meio da semana.

- Pelo menos marque um médico, Stana. Você estará logo naquele ritmo louco de gravações. Precissa se cuidar.

Ela sorriu para a mãe e saiu. Stana tinha esperanças de falar com Nathan no dia seguinte e isso realmente podia acontecer não fosse por um pequeno detalhe. Uma foto dele com a turma de nerds e claro abraçado a Ochoa. Aquilo a irritou e Stana sentiu a bile subir pela garganta. Correu para o banheiro e colocou o resto do conteúdo do estomago pra fora. Sentia a pele gelada. Suava frio. Lembrou-se que precisava respirar com cuidado ou podia sofrer outro enjoo incomodo. Permaneceu sentada no chão frio do banheiro por algum tempo até se sentir mais forte. Caminhou até a cozinha e serviu-se de um copo de leite quente. Tomou-o vagarosamente.

Ao terminar, tomou um banho e deitou-se na cama. Tinha que admitir, sua mãe tinha razão. Havia algo estranho acontecendo com ela. Se irritava facilmente, tinha enjoos, dor de cabeça e tonturas. Talvez o melhor mesmo era procurar um médico. Stana ficou olhando o teto perdida no vazio de pensamentos. Não tinha forças para pensar em seu namorado e na sua amiguinha. Era mais uma provocação. O teto parecia bem mais interessante que o celular que tocava insistentemente ao seu lado. Ela sabia que era Nathan mas ainda não estava pronta para falar com ele. Daria um gelo nele apenas pela foto.

Fechou os olhos por uns minutos e cochilou. Foi um tempo pequeno mas suficiente para recordar bons momentos com ele. Ao despertar, as memórias pareciam vividas em sua mente provocando sensações gostosas em seu corpo involuntariamente. Ela se lembrou dos dias no Hawaii. Não...isso não podia, mas ainda assim. Droga! Um pensamento espantoso a fez arregalar os olhos. As mudanças de humor, hormônios e... – oh meu Deus! Enjoos!

Stana sentou-se na cama assustada. Fez as contas mentalmente. Estava duas semanas atrasada. Não podia ser.... mas então ela se lembrou que na loucura do Hawaii, ela não tomara os seus anticoncepcionais e nem usaram camisinha, afinal eles nunca usavam. Será que ela realmente estava... ela não conseguia dizer a palavra em voz alta.

E agora? Isso poderia mudar tudo! Sua carreira, o show e inclusive seu relacionamento com Nathan.

Nathan. Como ele reagiria se sua suspeita fosse verdade? Ele ficaria feliz ou perderia a cabeça porque era assim que Stana se sentia, numa mistura de sentimentos controversos. A possibilidade de estar esperando um filho dele era incrível mas ainda assim aterrorizante. Estaria mexendo com a vida de muita gente não? Ela se lembrava das palavras dele. Dissera que adoraria ter um filho com ela, que seria o homem mais feliz do mundo. Ainda seria assim?

Pode ser alarme falso. Somente nervosismo, coisa da imaginação dela. Tinha que ser. O celular finalmente parara de tocar. Ele certamente desistira de falar com ela. E ela? Deveria ligar para Nathan? Suspirou. Melhor não. Durante toda a manhã do domingo Nathan insistiu em falar com ela. Stana resistia a cada tentativa. Irritada pela campainha e a vibração do aparelho, ela decidiu ir para rua espairecer um pouco. Pegou sua bicicleta, o capacete e os óculos escuros. Deixaria o celular em casa. Dessa forma, ela pedalou por vários quarteirões. O vento no seu rosto fizera bem a ela. Começara a relaxar. Ao passar por um seven eleven, sentiu uma enorme vontade de tomar um sorvete de blueberries.

Parou a bicicleta e desceu. Entrou no local indo direto para o freezer. Por sorte, tinha o tal sorvete. Ela pegou um pote e começou a saborea-lo ali mesmo. Encostou-se em um pequeno balcão e ficou observando o movimento enquanto comia. Viu quando uma moça entrou com um bebê no colo e não pode deixar de sorrir. Era lindo, carequinha e com grandes olhos azuis. A ideia de ser mãe a agradava mas também a deixava à beira da loucura. Era algo novo e de certa forma inesperado e porque não dizer surreal?

Terminou o sorvete e antes de dirigir-se ao caixa, ela resolveu entrar no corredor da farmácia. Ficou por cinco minutos olhando os testes de gravidez. Por fim, escolheu dois diferentes e foi pagar. Colocou os mesmos na pequena bolsa que usava e seguiu para seu apartamento. Sentia vontade de falar com ele. Apesar de comprar os testes, não tinha coragem de fazê-los sem ele. Se estavam prestes a ter um bebê, ele precisava saber. Estar ao seu lado, ela precisava que ele segurasse sua mão e dissesse que tudo ia ficar bem.

Checou o celular assim que chegou. Havia apenas uma ligação de Nathan. Esperaria por mais um contato e então atenderia. Stana esperou quase a tarde toda. Por volta das seis, soube que ele não ligaria mais. Retornou a ligação. Ao terceiro toque, ele atendeu.

- Alo?

- Hey... sou eu. Vi sua ligação.

- Estou tentando falar com você desde ontem. Imaginei que você não quisesse falar comigo. Fiz mais alguma coisa inapropriada no seu julgamento?

- Não, a bateria descarregou e eu não vi – ela decidira que não tocaria no assunto Ochoa por telefone, não diante do que tinham para enfrentar – tinha saído e vi sua ligação a pouco quando cheguei. Como foi de viagem? Tudo bem?

- Sim, o voo foi tranquilo mas senti muito sua falta. Devia ter ido comigo a Vegas.

- Para jogar videogame? – disse sarcástica.

- Stana a última coisa que eu faria em Vegas se você estivesse comigo seria jogar videogame, acredite! – ela sorriu – posso ir até ai? Preciso te ver.

- Hoje não, Nate. Estou cansada. Passei o dia fora e amanhã temos que estar cedo no estúdio. Você recebeu a mensagem da Terri certo? Devemos estar lá às sete.

- Sim, eu sei. Nem um beijinho? Estou com saudades desses lábios, dessa boca... vai Staninha apenas uns amassos não vai fazer muita diferença.

- Vai sim porque uma coisa leva a outra e você sabe muito bem onde vamos acabar.

- Ta tudo bem mas amanhã você não me escapa. Boa noite e sonhe comigo.

- Boa noite, te vejo amanha.

Apesar de mais calma, Stana demorou um bom tempo para dormir. Sonhou que estava grávida e Nate não aceitava o bebê. Ele a trocava por Ochoa, acordou chorando.
             
Raleigh Studios – 7 am

Stana chegou ao estúdio por volta das sete e quinze. Seus companheiros de elenco estavam quase todos lá exceto por Seamus. Nathan se encontrava na copa preparando um café junto com Terri e Jon. A primeira pessoa que veio cumprimenta-la foi Luke. Com um abraço apertado, ele lhe disse que não via a hora de começar a trabalhar com ela nesse episódio. Eles ainda iam finalizar alguns pontos do episódio 14 onde Kate provava seu primeiro vestido de noiva.

A próxima pessoa que veio faar com ela foi Dara. Depois de beijos e abraços, ela quis saber das férias.

- E então, curtiu suas mini férias? Beijou muito? Aproveitou o réveillon?
- Foi tudo bem, Dara – Stana ria do jeito da produtora. Ela sempre era atrevida quando se tratava de Caskett e de seu relacionamento com Nathan. Ela estava adiando o encontro com Nathan. Depois do tal sonho, ela se sentia melhor. Estava mais calma e esperava pela reação dele quando contasse o que podia estar por vir para os dois nesse momento.

Ao entrar na copa, seu coração disparou. Nathan estava de pé próximo a maquina de café com uma caneca na mão, sorria conversando com Terri. Deus! O que era aquilo? Como aquele homem podia estar tão lindo? Ele estava ainda mais magro, os olhos azuis brilhavam e o charme o dominava. O coração de Stana batia como louco no peito. Ela sabia estar com saudades mas apenas ao vê-lo pode constatar o quanto sentia a falta dele.

- Olá, Stana! Como foi de festas? – disse Terri ao ver que ela estava parada fitando ao seu parceiro de cena, quase babando.  

- Oi, Terri... tudo bem – ela respondeu ainda sem tirar os olhos dele – oi, Nathan...

- Stana.... – ele deu uma olhada bem prolongada para ela – bom te ver. Nathan se aproximou dela e a abraçou beijando seu rosto em seguida. Stana fez questão de prolongar o abraço, apenas para sentir o calor do corpo dele junto ao seu. Dara vem avisa-los que já estão todos na sala dos escritores esperando por eles. Nathan agradece mas espera as duas produtoras saírem da copa para falar propriamente com ela. Deixou a mão deslizar pelo corpo até encontrar a mão dela e aperta-la na sua. Ele inclina o rosto para baixo e sussurra no ouvido dela.

- Você continua linda, Staninha... como senti sua falta – e sem qualquer cerimônia, ele beija o ouvido dela roçando os dentes no lóbulo da orelha e novamente beijou o rosto dela.

- Nathan... – a voz dela saiu como um gemido – por favor não faz isso.... – ela já sentia os pelos da nuca arrepiarem. O efeito que ele causava nela era imediato – precisamos ir para... – ele se colocou atrás dela e beijou-lhe a nuca - a reunião...

- Que saudades, Staninha... – ela fechou os olhos para absorver aquela voz sensual chamando por ela e procurando a concentração. Respirou fundo e percebeu quando ele se distanciou e saiu pela porta para reunião. Stana após se recompor da demonstração de desejo de Nathan, foi a última a entrar na sala. Ainda tinha as maças do rosto rosadas. Terri apenas sorriu pois imaginava o que os dois podiam ter feito sozinhos naquela sala.

- Bem-vindos de volta! Pelos semblantes estou vendo que estão todos descansados com sorrisos no rosto, isso é muito bom porque temos muito trabalho pela frente. Seamus você está bronzeado!

- É o efeito Brasil. Sol maravilhoso.

- Que bom! Então depois quero saber os detalhes. Nossa rotina começa com alguns pontos de acertos do 614 principalmente com Stana e Luke. Para os demais, já estaremos distribuindo os scripts do 615, mais um episódio da Dara – enquanto ela falava como era o episodio e qual a sequencia de gravação, uma das assistentes entregava os textos para todos. Terri dividiu com Dara a explicação de pontos importantes do episodio. Todos ouviam com atenção.

Ao que tudo indicava, haveria uma certa tensão entre as personagens de Stana e Nathan o que para ela parecia irônico já que estava prestes a ter uma discussão dura com o seu parceiro ainda hoje. De alguma forma, as vidas de suas personagens pareciam se fundir com as deles, ficção e realidade misturadas. Dara percebeu que ela estava muito calada, então resolveu mexer com ela.     

- Hey, Stana... o gato comeu sua língua ou você ainda está em ritmo de férias? Está muito calada. Nenhuma pergunta ou comentário sobre o que acabei de dizer?

- Não.... afinal nem adianta eu perguntar se vai rolar uma DR e depois uma cena quente de reconciliação porque nunca rola mesmo então prefiro ficar calada.

A sala explodiu em risos pelo comentário dela.

- E ela está de volta, nossa shipper Queen – disse Terri ainda rindo da situação – bem feito Dara! Foi cutucar a fera, deu nisso. Tudo bem, pessoal. Vou dar umas duas horas para vocês se familiarizarem com o roteiro, passar as falas e começamos a filmar por volta das nove com a cena de abertura e na sequencia Seamus e Jon. Nathan, você terá que esperar a Stana terminar com o Luke para ensaiarem e gravar a primeira cena.

E assim o dia correu. Depois que terminou com Luke, Stana foi ao set do loft e ensaiou a cena com Nathan. Gravaram três cenas seguidas e tão rápido como começou, o dia chegara ao fim. O que de certa forma para Stana era ruim. Ela começava a ficar nervosa para a próxima conversa que iria ter com Nathan. Temia a reação dele e a sua própria. Em um pedaço de papel, ela escreveu um recadinho para ele a encontrar em seu apartamento por volta das oito.

Apartamento de Stana

Ela estava nervosa.

Vestindo uma simples calça jeans e uma camiseta branca, Stana perambulava de um lado a outro mordendo o canto de suas unhas e o lábio inferior. Antes de revelar a sua suspeita, ela pensava em confronta-lo sobre a relação e sobre Ochoa. Sim, ela revisitaria a questão. O assunto precisava de encerramento para Stana.

A campainha tocou por volta das oito e trinta. Assim que abriu a porta, ela deu espaço para ele entrar evitando contato. Nathan não estranhou pensando ser apenas uma precaução para qualquer possível suspeita. Porém, ao tentar beija-la, percebeu que ela se esquivara e não entendeu.

- Hey, o que aconteceu? Estou morrendo de saudades e você... por que não deixou eu te beijar? Ela se aproximou dele e colocou as duas mãos no peito dele, sobre a camisa polo. Deslizou-as repetidamente apenas olhando para elas, meio que evitando fita-lo. Engoliu em seco e finalmente o encarou.

- Não estou evitando o beijo, Nathan. Eu...eu te chamei aqui porque preciso conversar com você, um assunto importante. Sei que você já me disse várias vezes que me ama mas eu preciso saber. Onde estamos indo com isso? Nossa relação, quer dizer, ainda vivemos em segredo e isso é um dos motivos que preciso saber se o que temos é real, importante.

- Stana você está querendo expor nossa relação, sair do anonimato? Por isso as perguntas?

- Não é bem isso. Quero entender o que somos juntos, para saber quando podemos dar o próximo passo. Nathan, sei que você não gosta que eu fale disso mas preciso saber. Não existe nada entre você e Ochoa? De verdade? – ele pode ver a apreensão no rosto dela da mesma forma que ela pode ver a irritação no dele.

- De novo esse assunto, Stana? Você não se cansa? – ele se afastou dela, passou a mão na cabeça e socou o ar – droga! Por que toda essa obcessão com Ochoa? Por que você não esquece isso?

- É bem difícil esquecer quando ela posta uma foto sua abraçado a ela em Vegas! – ela elevou a voz quase gritando – acha que é fácil? Porque aos meus olhos, ela estava adorando estar agarradinha a você. Eu sabia que ela estaria lá. E como acha que me sento ao ver aquilo, saber que você está bebendo e se divertindo ao lado dela enquanto eu estou aqui vendo a festa de todos através de fotos no twitter e sem poder reclamar nada! Ah, pode ser que ela seja apenas sua amiga mas aos meus olhos ela se oferece sempre a você.

- Eu não tenho nada com ela. Você é minha namorada!

- Bem conveniente não acha? Já que eu posso ser a namorada secreta enquanto você está indo para festas e noitadas com as amigas. Quem o culparia se ficasse com uma delas? É o garanhão solteiro e charmoso.

- Se esse é o problema vamos à mídia e contamos tudo.

- Nathan esse não é o único problema. Quero saber se temos compromisso aqui.

- Stana qual o problema com você? Acabei de dizer que podemos ir aos jornais e contar tudo, ainda dúvida do meu amor, de que tudo que quero é ficar com você? O que aconteceu nesse fim de ano para você estar tão insegura? Está com medo de que eu queira te assumir de verdade e está inventando desculpas para cair fora? É isso? Se arrependeu?

- Hormonios... – e desatou a chorar. Se tinha algo que deixava Nathan desconcertado era ver Stana chorando. Mesmo na ficção aquilo deixava ele muito nervoso. Ela sabia que parte do que dissera era por causa deles – eu estou....eu preciso – e não concluía a frase, apenas chorava. Nathan aproximou-se dela e a abraçou. Com o rosto sobre o peito dele, ela se deixou chorar até acalmar. Ele afagava os cabelos dela, calado. Nessas horas ele preferia deixa-la tomar a frente, seria dela o próximo movimento. Agora não tinha dúvidas que tinha algo sério acontecendo.
Stana ergueu o rosto para fita-lo. As lágrimas ainda marcavam o rosto. Ele tomou o rosto dela com as duas mãos e a beijou. A principio ela aceitou, precisava disso, ansiava por aqueles lábios. Mas precisava concluir sua conversa. Era bem mais importante que a saudade que sentia de beija-lo e abraça-lo.

- Nathan, eu preciso te contar uma coisa. É sério. Lembra da nossa viagem para o Hawaii?

- E como poderia esquecer? O melhor thanksgiving que tive em muito tempo.

- Então, naquele fim de semana eu...nós fizemos muito sexo e eu esqueci de tomar, sabe, meu remédio. Quando foi na época do natal, eu passei mal e venho me sentindo diferente. Nathan, o que eu quero dizer é que estou atrasada faz duas semanas. Eu... – ele a interrompeu.

- Stana, você está grávida? – ela viu os olhos azuis arregalarem-se diante de si. Ele parecia assustado ou seria surpreso? – Deus!

- E-eu ainda não sei... porque eu não podia...comprei o teste mas não podia fazer sem você. E-eu não sabia como você ia reagir e se, eu vi você com a – Nathan colocou o dedo nos lábios dela impedindo-a de falar.

- Deus! Uma criança... eu não sei...será que...isso muda tudo! Nossa vida, moramos juntos e ... as gravações – ele começou a andar de um lado para o outro – espera, você deveria ficar sentada – colocou ela sentada na cadeira da sala de jantar. Seu exagero acabou por acalma-la e desatou a rir. O riso se tornou uma gargalhada.

- Do que você está rindo? Isso é sério gorgeous! Vamos ter um bebê... eu...eu preciso me sentar – e a puxou da cadeira e sentou respirando fundo.

- Nate, ainda não sabemos ao certo e eu esperava que você me acalmasse. Preciso fazer o teste.

- O que você está esperando? Quer me matar de ansiedade? Se você tiver esperando um filho meu, serei o primeiro a espalhar aos quatro ventos. Você me fará o homem mais feliz do mundo. Faça esse teste, por favor.

Stana se aproximou dele envolvendo seus braços no pescoço dele e sentou-se ao seu colo. Sorrindo, beijou a ponta do nariz dele e em seguida os lábios dele carinhosamente. Sentia-se feliz, renovada. Não importava o que acontecesse, ela tinha um homem maravilhoso ao seu lado que a amava.

- Nate, babe, não sabemos ainda se estou grávida então não crie muitas expectativas. Não quero que você se decepcione. Não importa o que acontecer, se for a hora nós enfrentaremos juntos. Se não for, quando acontecer será maravilhoso, tudo bem? Eu te amo apenas por querer isso. Mais nada.

- Hey, sweetie... – ele enxugou com o polegar a lágrima teimosa – não importa o resultado. Faremos o que precisar. Agora, faça esse teste.

Stana se levantou e abriu a bolsa para tirar os dois testes. Ela mostrou a ele.

- Dois?

- Só pra ter certeza. Volto já - Ela sumiu em direção pelo banheiro. Dois minutos depois, ela volta do banheiro com os dois testes nas mãos – diz aqui que temos que esperar cinco minutos. Se eu tiver grávida, deverá aparecer duas litras rosas. Se não, apenas uma.

- Então, nos resta esperar – ela sentou-se ao lado dele e Nathan entrelaçou os dedos nos dela. Stana encostou a cabeça no ombro dele e fechou os olhos. Não tinha percebido que ele colocara o celular para fazer a contagem regressiva e quando os minutos se passaram e a campainha tocou, ela se assustou.

- É a hora da verdade, Staninha. Preparada? – ela olhou para ele e mordeu os lábios antes de abrir um sorriso.

- Pronta.

Stana se levantou e pegou os dois testes. Olhava para um e para outro ainda sem emitir qualquer reação. Ele estava ansioso demais com o silêncio dela e era impossível definir o que a feição dela significava naquele momento. Levantou-se e se colocou na frente dela.

- Stana por favor...não me torture! Qual o resultado?

- Isso não pode estar certo. Não mesmo.

- Como não? Você está grávida ou não?

- E-eu não sei...olhe – e ela estendeu os resultados para ele – um diz que estou grávida e o outro não. Continuamos sem saber, Nate.

- Qual o índice de acerto desse teste?

- 97% é o que diz a caixa. Mas isso não importa. São dois resultados diferentes. Qual será o certo?

- Só tem um jeito de saber. Você terá que fazer um exame de sangue para tirarmos a dúvida. E não podemos esperar. Amanhã pela manhã sem falta. E nem adianta reclamar, eu dormirei aqui hoje.

- Mas acho que não tem roupa alguma sua aqui, como vai trabalhar amanhã?

- Sou um homem previnido. Trouxe minha roupa, está no carro. Eu disse que estava com saudades e mesmo você me agredindo quando eu cheguei, não iria deixar você me expulsar daqui hoje – ele a enlaçou pela cintura e com o rosto quase colado ao dela continuou – se você precisa de mais provas para ter certeza de que eu te amo, me diga o que tenho que fazer, caso contrario eu quero fazer amor com você...

- Quis tanto estar com você... senti sua falta demais, Nate. Vem, vamos para cama – ela o guiou ao quarto dela e deitou-se na cama. Nathan se debruçou sobre ela e começou a beija-la. Lábios, pescoço, entre os seios. Ela já sentira o membro dele se animando.

- Espere... será que devemos quer dizer, se você estiver realmente grávida? Nós podemos machucar o bebê e...

- Sabe, às vezes você é um nerd completo Nate. Sexo não faz mal ao bebê é cientificamente comprovado.

- Mesmo? Ou você está me dizendo isso porque não consegue resistir ao meu charme e precisa desesperadamente de mim? Isso tudo é fogo, Staninha?

- O que disse é verdade mas infelizmente tenho que inchar seu ego porque estou louca de desejo por você. Agora, vê se cala a boca e me beija, Nate.

- Wow... e ele a puxou para si num beijo intenso enquanto as mãos deslizavam para o interior da calcinha dela provocando os gemidos inteligíveis. Foram duas horas de puro prazer.

No dia seguinte, levantaram bem cedo e Stana seguiu em jejum para o hospital a fim de fazer o exame. Nathan esperou no carro e em seguida iriam para o estúdio. Ele consultava o relógio de minuto em minuto tamanha a ansiedade que sentia. Stana não estava agindo tão diferente dele além da dúvida sobre a gravidez também estava na expectativa do PCA. O exame foi relativamente rápido em quinze minutos tudo estava acabado. O resultado estaria disponível ao final do dia na internet mediante a um código que Stana recebera.

Ao chegar no carro, encontrou seu namorado quase morrendo. Explicou tudo o que aconteceu e quando teriam o resultado. Pediu por favor que ele mantivesse a calma e não demonstrasse ansiedade. Não podiam dar bandeira. Assim que chegaram ao estúdio, ela foi direto para a copa pois estava morrendo de fome. Por sorte tinham vários donuts próximos a maquina de café. O ritmo das gravações foi intenso não dando tempo a eles de pensar no exame.

Por volta de seis da tarde, Dara dispensou-os para um intervalo de quinze minutos pois faltava filmar uma última cena. Stana foi à copa e serviu-se de água. Nathan veio atrás dela direto para a maquina de café.

- Então, já podemos verificar o resultado? Está disponível não?

- Sim, mas você tem certeza que quer ver aqui? Não levantaremos suspeitas? Eu... eu estou com medo, Nate – ele se aproximou para segurar a mão dela, beijou-a.

- Não tenha medo, gorgeous. Nós estamos juntos. Leia.

Stana acessou o site no celular e digitou a senha. Lentamente a pagina carregava. Um longo silêncio reinou entre eles.


- Então, qual o resultado? – Nathan perguntou e Stana o fitou apertando a mão dele.

Continua....... 

6 comentários:

Luanasoutranslatw disse...

Morrendo aos poucos tava muito ansiosa só não demora pra postar o próximo pliss to morrendo aos poucos <3

Nicole disse...

Aaaaaaahhh NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO
EU PASSEI TODOS ESSES DIAS ENTRANDO NO BLOG ESPERANDO ANSIOSAMENTE PRA SABER SE ELA ESTÁ MESMO GRÁVIDA OU NÃO E TU ME APRONTA UMA DESSAS??
Não é legal. Não mesmo u.u
Por favooooooor não demora a postar o próximo capítulo, tou ansiosa demais aqui
*Torcendo por um resultado positivo*

Unknown disse...

Carambaaaaaaaaaaa.. não acredito que vc fez isso conosco!!! Escreve logo o próxxx please!!!
Tô achando q ela tá grávida sim!! Andei vendo umas fotos do PCA q foram divulgadas na net e teve uma q mostrava a barriguinha saliente da Stana!!

cleotavares disse...

Ohhhhhhh! Que tortura. Posta logo! Na fic pode até ser, mas na vida real acho que não.

cleotavares disse...

Ah ! e Parabéns pela fic linda.

Unknown disse...

AAAAAAAAH VC NUMCA PERDE O COSTUME DE PARAR NA MELHOR PARTE,KAREN ANN JOBIM!!!!!
Natal da familia Katic Adoroamo =))
essa sobrinha dela saca das coisas e tem neu total respeito.Sobre a bitch da Ochoa e o plagio Stana tem que por ordem na casa e fazer essa filhote de cruz credo se tocar e deixar de provocar,por que o dia que eu topar com ela na rua dou nela sem dó,Nate ainda defendi?Stana segura teu homi,bora gata vai lá que to logo atras de ti.
Esses sintomas dela,ai ai sei aonde vamos parar =p volta ao trabalho com o Nate provocando muito safado kkkkkkkkkkkkkkk
Os testes de grávidez acabaram comigo foi um chute na trave com o positivo e o negativo,eu pirei...Não mais com vc parando no resultado do exame de sangue,malvada muuuuuito malvada!!!
CADÊ O PROXIMO CAP.?????
PRECISOOOOOOOO PELAAMORDEDEUS!!!!!!