quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

[Stanathan] Kiss and Don't Tell - Cap.16


Nota da Autora: Eu disse quando publiquei o último capítulo que estava a fim de causar, então é isso que vou fazer. Não fiquem nervosos mas devagar ao ler as proximas cenas... ainda tem muito para acontecer nessa fic, aliás quem diria que rendesse tanto. Divirtam-se! 

Atenção! NC17....


Cap.16            

- Stana por favor... você está me matando – ela olhou para ele e engoliu em seco. A voz saiu como um sussurro.

- Negativo, eu sinto muito Nate – ela fazia um esforço sobrehumano para não chorar. Podia ver a decepção no rosto dele – eu preciso sair daqui, e-eu não posso gravar mais hoje – o olhar de súplica que ela deu a ele partiu seu coração. Tinha que inventar algo para Dara.

- Espere aqui, vou procurar a Dara. Tenho certeza que ela vai entender. Mantenha a calma, Staninha. Eu já volto.

Cinco minutos depois, ele volta com a Dara ao seu lado. Stana sentara-se e apoiara os cotovelos à mesa para segurar a cabeça que parecia latejar. Ela não esperava por esse impacto diante do resultado. Realmente, a possibilidade de estar esperando um bebê de Nathan era quase a realização de um sonho que acabara de se esvair pelas suas mãos. Não se permitira chorar, não ali.

- Stana, hey... querida Nathan já falou comigo. Se está se sentindo mal melhor ir para casa descansar. Não quero ninguém enfraquecendo por aqui. Ainda mais que amanhã você tem que estar divina para brilhar no PCA. Como veio trabalhar hoje? Quer que eu chame um taxi ou... mas o que estou dizendo, Nathan leve a Stana para casa.

- Obrigada Dara.

- Não precisa agradecer, fique bem logo. Agora vão logo. Vê se leva Stana para um hospital se ela piorar.

Nathan segurou na mão dela e esperou ela se levantar. Juntos foram até o carro dele. Seguiram direto para a casa dele. Se iria cuidar dela, melhor que você em seu ambiente lá saberia como agir. Claro que se preocupou em perguntar se ela precisava de algo mais, se queria algum remédio ou algo para comer em especial. A resposta dela foi uma só.

- Eu apenas quero me deitar ao seu lado, tudo bem?

- Tudo bem.

Na casa foram direto ao quarto de Nathan. Ele não ousaria fazer nada que ela não quisesse. Estava surpreso com a reação que ela apresentara diante do resultado do teste. Isso mandava um alerta importante para Nathan, ela queriam muito ser mãe, assim como ele ansiava ser pai. Mas o relógio começava a pesar contra eles talvez por isso o baque tão forte contra ela. Stana tinha imaginado um outro desfecho para essa historia.

Ela sentou-se na cama e carinhosamente vendo que ela não se mexia, Nathan tirou os sapatos dela, o blazer e afrouxou a calça dela. Deitou-se na cama e a puxou para si. Stana se aconchegou nos braços dele fechando os olhos. Nathan permaneceu em silêncio, procurava apenas dar conforto a ela acariciando seus braços e seu cabelo. Alguns beijinhos e as mãos entrelaçadas. Ouvia que ela estava chorando e partia seu coração presenciar isso, era tão impotente diante disso.

Stana permaneceu em silêncio somente dando espaço ao choro. Nathan não soube dizer por quanto tempo eles ficaram ali deitados e calados. Finalmente ela se virou para fita-lo. os olhos amendoados estavam vermelhos, o rosto molhado pelas lágrimas. Ela passou a mão no rosto dele e um sussurro saiu de seus lábios.

- Eu sinto muito, de verdade Nate.... sinto mesmo. E-eu queria tanto... vi o seu olhar de decepção....

- Shhhh – ele a impediu de falar – não é sua culpa. Você não precisa se desculpar. Essas coisas acontecem. Além do mais, eu nem sequer cogitava a possibilidade de ser pai. Foi tudo uma surpresa, uma espécie de furacão que chega faz uma revolução na sua vida e vai embora tão rapidamente te deixando perdido, algumas vezes sem chão.

- Eu pensei que, quando eu vi a possibilidade de estar esperando um filho seu eu... outro dia eu estava em um Seven eleven e vi uma moça com um bebê carequinha, ele tinha dois grandes olhos azuis. Eu pensei que seria... seria muito bom ter um filho seu. Fiquei empolgada com a ideia e agora...

- Staninha, eu entendo o que está acontecendo. Não é de hoje. Desde daquele episodio com o bebê, o pequeno Aiden vi o quanto você está ligada a bebês, seu relógio biológico está mandando mensagens.

- Nate mas você não parece tão triste com a notícia. Ontem você estava mais envolvido....hoje você parece aliviado?

- Não! – ele se sentou na cama e ela o acompanhou – nem pense em algo assim. Acredite. Stana, ter um filho é um dos sonhos que ainda quero realizar. A ideia de vê-la grávida com uma criança minha era tão linda e especial. Estou tão arrasado quanto você. Mas nesse momento, isso não é sobre mim, é sobre você. Ter um filho com você seria a melhor coisa que podia acontecer, eu quero muito isso. Mas...

- Mas? – ela estava intrigada depois de toda essa demonstração de amor porque havia um “mas”?

- Mas você não está preparada. Olhe o que apenas essa experiência fez a você? Te arrasou. Saiba que se decidirmos tentar novamente isso não implicará em uma gravidez na primeira tentativa. Poderão existir outros resultados negativos em nossa vida e se cada vez que isso acontecer você sofrer desse jeito... – ele acariciou os cabelos dela e apertou-lhe a mão na sua – Stana, eu quero tentar de verdade ter um bebê com você mas apenas quando você sentir que está realmente pronta. O processo de engravidar é para ser uma coisa boa. Quase devastou você. Talvez o que aconteceu serviu apenas para mostrar que ambos queremos a mesma coisa, esse porém não é o momento.

- Como você pode ter certeza?

- Não tenho. Independente disso, esse é um assunto que não se pode pensar demais, estressar. Você tem que deixar tudo acontecer naturalmente. Por isso você ficou tão devastada. Porque você estava pensando demais, já imaginando tudo. Você precisa relaxar para o melhor acontecer. Você não está totalmente pronta, estamos bem juntos e o mesmo acontece com as nossas personagens. Você vai receber um prêmio pelo seu trabalho. Está em evidência. Daremos tempo ao tempo e quem sabe quando Castle e Beckett tiverem seus bebês, possamos ter o nosso.

- Castle e Beckett?

- É, de alguma forma acho que nossa história se confunde com a deles – ele tocou o queixo e sorriu – vamos fazer o seguinte: agora você vai tomar um banho, lavar o rosto e fazer aquelas coisas com cremes que só vocês mulheres saber fazer. relaxar, ficar ainda mais linda do que você já é. Amanhã você brilhará e então voltaremos a vida normal. E Stana, quando você estiver pronta, você me dirá e nós tentaremos novamente. E quando estiver grávida, poderá dizer que seu bebê será tão charmoso como o pai. Afinal eu sou muito charmoso e bonito.

Stana sorriu.

- Ah, finalmente um sorriso. Agora, vá se cuidar para brilhar na frente das câmeras.

- Como você pode ser tão maravilhoso?

- Não consigo evitar, sou mesmo especial. Ele piscou para ela,sorria. Stana segurou os ombros dele e suspirou.

- I Love you... – e se levantou da cama rumo ao banheiro. Sozinho, Nathan suspirou. O pensamento sobre tudo o que acontecera naqueles últimos minutos o fez estremecer. Um bebê. E Nathan deixou uma lágrima escapar longe do olhar dela. Recuperado, ele se levantou da cama. Stana foi encontra-lo na cozinha onde ele preparava sanduiches para os dois. Ela precisava se alimentar, reparara que perdera peso nas últimas semanas. Ao vê-la, reparou que estava com uma aparência melhor, mais tranquila.

- Sente-se e coma seu sanduiche. Quer café?

- Quero. Ele a serviu e fizeram a refeição quase em silêncio exceto por algumas pequenas frases. Não podiam negar, ambos estavam mexidos com os acontecimentos. Mesmo tentando conforta-la, Stana sabia que ele estava triste com o que se passara e fazia o possível para não demonstrar a ela, para poupa-la, protege-la. Ele tinha razão, precisava estar pronta. Ela queria ser mãe, queria um filho dele mas não era a hora. Ouviu o toque de seu celular, ela se levantou e procurou pela sua bolsa. Era sua agente. Falaram por quinze minutos ao telefone. Ao desligar, chamou-o para dormir.

- Era minha agente. Disse que vai deixar o vestido no estúdio. Para o PCA. Vou sair direto do trabalho para lá, temos um dia cheio de gravações amanhã. E uma festa. Você disse que eu ganharia o prêmio, por que?

- Porque você é a melhor e porque a sua legião de fãs votou muito por você. Eles seriam idiotas se não te dessem esse prêmio.

- Queria que fosse comigo...

- Eu também – ele esticou a mão e acariciou a dela - Adoraria estar ao seu lado vendo sua ascensão. Mas... tenho que me contentar com uma comemoração intima e especial depois. Estarei esperando em sua casa.

- Isso eu posso concordar. Quanto à vitória, não vamos nos precipitar. Vem, vamos para cama.

- Em um minuto, vou terminar de arrumar a cozinha. Já estarei lá.

Assim que ela sumiu, Nathan foi ao balcão e serviu-se de uma dose de whisky. Ele precisava de algo forte para fechar o dia. Sob o efeito de apenas um copo de bebida, ele cedeu a emoção e chorou sobre a perda que ele não sabia existir até 24 horas atrás. Minutos depois, ele se juntou a ela na cama.

No estúdio na manhã seguinte eles entraram em um ritmo de trabalho bem pesado. Terminaram as cenas que ficaram do dia anterior e continuaram o cronograma de gravações. Por volta da hora do almoço, Dara perguntou se Stana melhorara e estava pronta para sua grande noite. Ela disse sim às duas perguntas e agradeceu a preocupação. Por volta das três da tarde, uma caixa chegou ao local aos cuidados de Stana. Era o vestido da noite. Luke tratou de tomar a frente de tudo e preparar as coisas para que ela fosse maquiada e estivesse linda à noite. A previsão de terminarem as gravações era por volta das sete. Apenas ela e Nathan iam ficar até o final. Para não levantar qualquer suspeitas sobre os dois, Nathan declinou o convite do PCA.

Mais tarde, Stana deixou o estúdio vestindo vermelho e com os cabelos arrumados em um coque e a maquiagem delicada. Estava linda como sempre e dessa vez Nathan não conseguiu disfarçar e ficou suspirando à imagem a sua frente. Por sorte, apenas Terri e Dara estavam no local.

- Arrase, garota! – foi o que Dara disse a ela antes de sair numa limosine. Vendo Nathan pensativo, a produtora se aproximou dele e dando de ombro sorriu e perguntou – sonhando com a sua garota, Nate? Ela está incrível nesse vestido. Espero que ela ganhe – Nathan sorri de volta e suspira.

- Isso também mas estava pensando em algumas coisas relevantes da vida. Além do amor sabe?

- Sentindo-se filosófico Nathan? O que deu em você? Cadê o palhaço de sempre?

- Acho que ele não veio trabalhar hoje, talvez amanhã.

- Nossa! Isso tem a ver com o fato de você não estar concorrendo ao PCA? Com a possível premiação de Stana? Ciúmes profissionais?

- Não! Dara, não! É a noite dela, Stana precisa disso. Bem mais do que possa parecer – ele se levantou – vou pra casa, escolher uma boa garrafa de vinho e acompanhar a premiação pela internet. Boa noite, Dara.

- Boa noite e Nathan? Não pense demais. A vida acontece um dia após o outro. Espero te ver amanhã com um grande sorriso no rosto, prefiro você assim.

- Obrigado, Dara.

Apartamento de Stana

Nathan usou a chave extra que ela escondia num vaso para entrar. Trazia uma sacola de papel com bebidas, vinho e champagne. A escolha seria dela. Claro que ele sabia que o humor dela ainda não estava pedindo grandes celebrações mas ele talvez pudesse fazê-la aproveitar o resto da noite caso a premiação somente não a animasse.

Ele tomou um banho, vestiu uma calça de moleton e uma camisa polo que havia deixado por lá uma outra vez e ligou a TV deitando-se na cama dela. Ele não sabia que Stana ia apresentar algo no palco por isso o choque ao ve-la aparecer. Ficou tão atônito que quase perdeu o que o apresentador disse. Ela ganhou! Um sorriso enorme apareceu em seu rosto. Ela está feliz, muito feliz. E nervosa. Será que ela não esperava ganhar?

Ele pegou o celular e começou a vasculhar o twitter assim que ela terminou de apresentar Sara Bairelles. Precisava de entrevistas, saber o que ela achara de tudo e mais do que isso ele queria comemorar com ela. Não demorou e achou um link de entrevista, as redes sociais estavam uma loucura. Stanatics surtando... ah! ela vai amar isso, pensou. Como ela está linda.... e emocionada. Ele assistiu a entrevista onde ela agradecia os fãs e sinceramente não podia ouvir isso de outra pessoa. Aquelas palavras diziam Stana em cada uma delas.

E ele perdeu o interesse na premiação, a internet estava bem mais interessante. Não via a hora dela chegar em casa para começar sua festa particular. Só esperava que ela não demorasse muito. Ele sentiu fome e foi a cozinha voltando com um pacote de batatas chips. Percebeu que tinha umas mensagens para ele. Era ela. Três para ser mais exato.

“OMG! Não estou acreditando.... é demais. E tudo por causa de você. ILY. X S” , a segunda era para avisar de que horas estaria em casa logo.

“Estarei em casa daqui a meia hora....sdds. S” e a última mensagem veio com um agradecimento a mais.

“Esse prêmio é nosso, era o que eu precisava agora. Obrigada, babe. XS”

Depois de tanto choro, ele estava aliviado que ela estivesse bem e feliz.

Nathan estava quase cochilando quando ouviu o barulho da chave na porta. Ela chegara. Ele correu para o banheiro e tratou de bochechar um pouco de listerine. Jogou água no rosto e sentou-se na cama esperando ela aparecer no quarto. Ela entrou tirando o sapato. Sorriu ao vê-lo.

- Está tão silencioso que pensei que estava dormindo.

- Quase, é muito chato assistir esses eventos pela TV sem ninguém ao lado para comentar – ele se levantou e puxou-a pela mão – vem cá, quero dar os parabéns de forma apropriada – ele a segurou pela cintura e beijou-a intensamente. Stana deixou o braço envolver os ombros dele enquanto uma das mãos foi direto ao traseiro dele – humm – ele gemeu nos lábios dela – já chegou animada Staninha?

Ela sorriu e encostou a testa na dele.

- Sabe, eu queria falar de você, agradecer, gritar seu nome ali naquele palco.

- Não, eu li suas mensagens. Não tem que agradecer a mim, Stana. O mérito é seu, por ter tornado Castle um hit junto comigo. Marlowe pode ter escrito a personagem mas foi você que a tornou um sucesso. Você trouxe Kate Beckett à vida e a fez ser admirada fazendo de você e dela um exemplo. Vi que estava emocionada.

- Depois de tudo o que aconteceu nesses dias, esse prêmio foi como um bálsamo. Eu fiquei chocada de verdade.

- Foi mais do que merecido. E cotando seu alter ego: “Even in the worst days, there’s a possibility of joy”.

-Você tem prestado atenção…

- Apenas no que é importante. Espere aqui, vou buscar o champagne para brindarmos – ele não demorou muito mas ao voltar para o quarto, ela já soltara os cabelos e abrira parte do fecho do vestido. Ele já abrira a garrafa e trazia duas taças nas mãos que serviu logo em seguida. Entregou a ela.

- A mulher, a atriz, a pessoa, a você Stana!

- Obrigada, babe...

Ele virou a taça de champagne e continuou a tirar o vestido dela abrindo o zíper completamente. Ela não usava soutian e assim que os seios ficaram à amostra, ele percebeu que estavam duros parte pelo frio parte pelo desejo que já começava a aflorar pela pele dela. Ainda não tinham recuperado o tempo que passaram separados e os corpos ansiavam pelo toque um do outro. Ela terminou de beber e deixou a taça próximo a garrafa. Enfiou suas mãos por baixo da camisa dele. Sentiu o contraste da pele quente com suas mãos frias. Ele estremeceu ao primeiro contato, mas seus lábios logo voltaram a ação e devoravam vagarosamente os ombros dela, subindo para o pescoço e chegando a boca maravilhosa.

O beijo foi delicado à principio e caminhou para uma espécie de dança sensual. Ele apoiou o rosto dela com ambas as mãos para aprofundar o contato. Ela já baixara a calça com boxer que ele vestia, o mesmo jazia no chão assim como o seu vestido em um emaranhado. Sentiu o membro dele contra suas coxas e gemeu entre o beijo. Nathan deslizou as mãos até os seios dela e os apertou, ela jogou a cabeça para trás quase sem fôlego ao sentir a língua dele em seu mamilo seguido dos lábios. Ele a ergueu do chão e a deitou na cama. Tirou a própria camisa que foi se juntar com as demais peças de roupa e pousando seu corpo sobre o dela, tornou a beija-la. Não tinha pressa. Cada segundo era importante.

Uma das mãos deslizou pela lateral do corpo dela e se erguendo um pouco, acariciou a calcinha dela por cima do pano instigando. Os dedos brincavam com o elástico enquanto a boca continuava saboreando-a com longos beijos. Ela reagia abrindo as pernas para dar ainda mais acesso a ele. Era tão fácil se entregar a ele. o toque de Nathan sobre seu corpo tinha o efeito de uma corrente elétrica que percorria cada centímetro do seu corpo, elevando os pelos, eriçando-os até atingir seu ápice como um curto-circuito que explodia em orgasmos múltiplos. Ao sentir que ele retirara a peça de lingerie, ela gemeu pois sabia o que estava por vir.

Finalmente quebrando o beijo, ele a penetrou com dois dedos ao mesmo tempo que sorvia um de seus seios com os lábios. Ali começou a perdição de Stana. Ela se remexia debaixo dele e o estimulava massageando seus cabelos ou empurrando seus ombros mandando a simples mensagem para ele prova-la. Ele sabia muito bem o que ela queria. E para Nathan, seu desejo era uma ordem. Vagarosamente, ele escorregava pelo corpo dela lambendo-o até chegar ao lugar tão desejado. Assim que seus lábios encostaram no centro dela, ela clamou por ele.

- Nate.... por favor...

E não preciso de mais nada o grito dela ecoou pelo quarto quando ele a tomou com a língua, as mãos dele estavam agora sobre o estomago dela e por vezes escapavam para apertar um ou outro seio alternadamente. Ela não podia mais segurar e gritando o nome dele sentiu o choque a transportar em orgasmos múltiplos. A consciência desaparecera, nada de pensamento. Ela queria apenas sentir. O calor do desejo a envolvia. Nathan abandonou o que estava fazendo e voltou a buscar os lábios dela. Ela se colocou sobre ele mas não foi rápida o bastante.

Nathan a colocou semi sentada apoiada nos travesseiros e ergueu uma de suas pernas colocando-a sobre seu ombro. Roubando-lhe mais um beijo, ele a penetrou de uma vez. Nesse instante, o desejo foi triplicado e ambos pareciam estar energizados e loucos para saciar um ao outro. O sincronismo era perfeito, os movimentos atiçavam todos os sentidos. Ele estava à beira do êxtase mas não podia sucumbir antes dela. e não foi preciso.

Stana o empurrou para cama e ainda com o membro dentro de si estava sentado sobre ele. apoiava-se no peito dele e movia-se como ninguém. Usavam os músculos para apertar e provocar fazendo o membro dele latejar dentro dela e foi assim que eles se entregaram de vez ao prazer.

Ele ergueu-se da cama, tornou a abraça-la e beija-la mas não estavam prontos para parar. Queriam mais. Rolaram pela cama e alguns minutos depois gozaram outra vez. Somente assim, eles deixaram os corpos cansados e suados caírem sobre o colchão. Ficaram buscando o ar que escapara deles em meio ao clímax. Ela sentia que seu coração estava prestes a sair pela boca. Fechou os olhos e procurou se acalmar.

Durante alguns minutos não falaram nada. Então, Nathan se apoiou no cotovelo e ficou de lado fitando-a. A pele vermelha ainda suada pelo esforço do sexo. Os olhos amendoados o olhavam com ternura e sorriso singelo formou-se nos lábios praticamente convidando-o a beija-la novamente. A urgência deu lugar a sutileza e os lábios se exploravam em um encontro preguiçoso. Ao quebrar o beijo, ela acariciou o rosto dele e deixou escapar o que seu coração implorava para dizer.

- I Love you, Nate....

Ele aconchegou a cabeça sobre o estomago dela e Stana ficou brincando com os dedos dele. Levou a mão até os lábios e beijou cada um dos dedos. Nathan a fitava sorrindo.

- Obrigada por tornar esse dia melhor. Hoje passei por uma montanha-russa de emoções. Ainda bem que você estava lá quando eu precisei.

- Só quero te ver feliz – e foi a vez dele beijar a palma da mão dela, suspirou – amor, promete uma coisa para mim?

- O que?

- Promete que vai procurar um médico, apenas para saber se está tudo bem mesmo e se de repente... – ele parou por um segundo – se por acaso decidirmos tentar ter um bebê, quero saber se está tudo bem com você. Só isso.

- Sabe, eu não sei explicar ao certo mas desde que comecei a ter enjoos e tonturas me senti grávida. Talvez seja besteira da minha cabeça ou mesmo ansiedade por algo tão inesperado, o fato é que quando minha mãe levantou a suspeita, apesar de ter descartado-a tão prontamente pelo fato de não ter um namorado – ele riu do jeito dela de falar - aquilo ficou na minha mente. Você quer mesmo voltar a tentar? – ela parecia surpresa e Nathan acenou com a cabeça concordando – tudo bem, prometo que ligarei ainda essa semana para a minha ginecologista.

- Ótimo, e quando você tiver pronta, tentaremos outra vez. Mas será porque ambos queremos isso – ele beijou o meio dos seios dela e mudou de posição puxando-a para acomoda-la em seu corpo. Em menos de dez minutos, adormeceram.

No dia seguinte, Nathan saiu antes dela. Não queria suspeitas e estar no estúdio antes dela lhe dava tempo para preparar a surpresa que queria e hoje ela era esperada um pouco mais tarde devido a premiação de ontem. Dara tinha organizado junto com Terri algumas guloseimas para eles tomarem com café a fim de festejar não apenas o sucesso de Stana mas o fato de que Castle ganhara pela terceira vez seguida o título de melhor procedural do PCA.

Quando Stana chegou ao estúdio não dava dois passos sem que alguém viesse lhe cumprimentar pela vitoria. Beijos, abraços e gritinhos, estes por conta de Dara, eram algumas das comemorações do dia. Todos pareciam ter decidido que hoje era o dia dela. Os rapazes também brincaram com ela e no primeiro cenário onde deviam gravar, o salão do distrito, ela viu uma buque de flores sobre a mesa de Beckett. Viu o cartão sobre as flores com o seu nome e não precisava ser gênio para saber quem as mandara. Retirou o cartão e cheiros as flores apreciando-as. Tulipas brancas e lírios.

Ela queria ler o cartão mas Seamus e Jon estavam por perto e preferiu colocar em seu bolso para depois. Ele aparecera no salão com duas canecas de café e sorrindo estendeu uma para ela.

- Bom dia, favorite dramatic actress!

- Lindas flores, obrigada Nathan – ele se aproximou dela e beijou-lhe o rosto.

- Você merece. David apareceu e já avisou que precisavam começar a gravar pois teriam um lanche em meia hora. Pediu a Stana que fosse fazer o cabelo o que ela agradeceu pois queria muito ler o cartão dele. Chegando ao seu camarim, ela pediu cinco minutos das meninas da maquiagem e sentou-se na cadeira abrindo o cartão. Numa letra firme e bonita, a mensagem dele enfeitava o papel de  cor parda.

“Staninha,

Your glow ofuscate a thousand stars every night but yesterday, only you deserved to shine. Congratulations, gorgeous. ILY. 

Nathan.

PS.: I told you’re going to win but you’re too stubborn to believe me…. Wink”            

Um suspiro encheu seu coração de amor. Pegou o celular e enviou uma mensagem para ele “U always surprise me, lov u. XS”

Mais tarde, depos da maquiagem, cabelo e uma cena gravada, eles se reuniram na sala dos escritores onde Stana entregou o PCA de melhor série para Marlowe. Eles brindaram com café e comeram varias guloseimas enquanto conversavam sobre os prêmios, a beleza de Stana no palco, o nervosismo. Meia hora depois, Marlowe agradeceu a todos por mais uma conquista e eles voltaram a trabalhar. Deixaram o estúdio depois das sete da noite e em casa ela constatou que finalmente seu período chegara. Por causa disso, ela não pode marcar a consulta. Precisaria estar novamente bem.

Conseguiram estar juntos pelo menos algumas horas do final de semana. Stana tinha algumas coisas para resolver e Nathan tinha compromissos. Mesmo assim, as horas que passaram na companhia um do outro foram suficientes para recuperar as energias para a próxima semana que segundo o aviso de Terri, seria da pesada. Pela primeira vez, eles estavam atrasados no cronograma de filmagens naquela temporada. Ela estava deitada no colo dele que acariciava os seus cabelos recostado no encosto. A tv passava comerciais e ao ver uma garotinha muito parecida com Annie ela riu. Curioso, Nathan perguntou.

- O que foi?

- Estava me recordando da minha sobrinha. Estávamos na casa da minha mãe e inventei de assistir tv. Adivinha o que passava? Castle. Um episódio da terceira temporada, aquele do strip. Sabe o que descobri? Você tem uma fã. Mais que isso, ela gosta de você e teima em dizer que você gosta de mim. Te chama de moço “boito” na linguagem dela.

- Sua sobrinha é bem inteligente. Como ela se chama?

- Annie. Ela me perguntou porque você não me beijava. Sério, me deixou em maus lençóis porque eu estava sentindo tanto a sua falta e recordar qualquer coisa sobre você era muito complicado. Eu adoro aquela menina... ela é linda e tão meiga.

- Uma verdadeira Katic então. Gostaria de conhece-la.

- Tenho certeza que ela também. Um dia desses,quem sabe?  

Quando se despediram naquele sábado e Stana chegou em casa notando que já não sangrava mais algo que já percebera cedo pela manhã, achou estranho. Seu período durara apenas dois dias e fora muito escasso. Não ligou. Possivelmente era uma consequencia do anticoncepcional. Não comentou nada com ele e fez uma anotação mental para marcar a consulta para depois da semana pesada de trabalho. 

O ritmo das gravações apertaram e passaram a semana seguinte chegando às seis da manhã e saindo por volta da meia-noite. De vez em quando para descontrair, algum deles aprontava alguma. Seja Jon com Nathan, Stana com Seamus ou mesmo dois deles com os escritores, havia sempre risos no ambiente de trabalho. Nathan estava doido para pregar uma peça em Stana então resolveu pega-la pelo vício. Eles estavam prestes a filmar uma cena no distrito onde eles discutiam o caso na frente do quadro branco. Após Beckett expressar sua opinião, ela pegava o copo de café sobre sua mesa e bebia enquanto Castle divagava em uma das suas teorias malucas que a faziam revirar os olhos. Nathan aproveitou sabendo que o café do copo seria de verdade e que Stana viria com vontade para vira-lo em seus lábios, ele colou o copo na mesa para ver o que acontecia.

Estavam todos a postos para gravar e ao sinal de ação do diretor, eles começaram o diálogo. Conforme previsto, ela terminou sua fala e se dirigiu ávida para pegar o copo sobre a mesa. Ao agarra-lo, por estar colado acabou apertando o copo e derramando o café na mesa molhando um pouco sua mão. Ele não aguentou e caiu na gargalhada.

- Nathan! Ela virou-se para ele com um olhar irritado mas ao vê-lo gargalhando, ela desatou a rir também – já é a segunda vez que você faz isso comigo. Seu bobo! Você me paga, pode aguardar. Ele não conseguia parar de rir e ela não resistiu e deu um soco no peito dele ainda rindo. Após se acalmarem e a produção limpar e arrumar o cenário, eles voltaram a gravar.

Por volta do dia 16, ela estava muito cansada. O ritmo intensivo continuava por conta do atraso causado na primeira semana devido aos eventos ocorridos. Era por volta de cinco da tarde quando ela arrumou um tempo para respirar e tinha que filmar até às dez da noite. aproveitou o intervalo para ir ao banheiro. Nem bem tirou a calça, percebeu o filete de sangue descer pela sua perna. Apavorada, ela mandou uma mensagem para Nathan pedindo ajuda, repetiu a mensagem três vezes sem retorno então resolveu apelar para Dara. Discou o numero dela. Ela mal atendeu e Stana já foi falando.   

- Dara... por favor, acha o Nathan. Preciso de ajuda... no banheiro logo.

Desligou e sentiu o corpo gelar, a pressão caira e ela sentou no vaso e colocou a cabeça entre as pernas para melhorar. Dara foi achar Nathan no set do loft onde gravava uma cena com Molly por isso não vira as mensagens. Ela interrompeu a gravação e disse que precisava muito falar com Nathan. David não gostou muito da interrupção mas Dara não se importou e saiu puxando o ator rumo aos banheiros. Sem entender nada, ele perguntou.

- Espera Dara, o que aconteceu? Onde está me levando?

- Ela precisa de você, não sei porque. No banheiro... – ela invadiu o local com Nathan atrás dela e encontrou Stana pálida sentada, o sangue escorrendo pelas pernas.

- Meu Deus! Você está sangrando! O que aconteceu? – Dara perguntou. Nathan sentiu as pernas bambearem ao ver a cena.

- Eu não sei... sinto uma dor fina no meu ventre.

- Nathan, temos que leva-la para o hospital. Precisamos ver o que está acontecendo.

- Não hospital, não – e gemeu de dor – a clínica... da ginecologista.

- Ok, vou ligar para Terri e pedir para continuarem as gravações sem vocês, Nathan segure-a firme e a coloque em seu carro. Vou com vocês mesmo porque imagino que não seria nada bom alguém ver vocês dois entrando juntos numa clínica ginecológica – ela percebeu que ele continuava estático e de boca aberta – Nathan, mexa-se!

Saindo do transe, ele a apoiou nos ombros perguntando antes se conseguia andar. Do estacionamento até a clínica fora relativamente rápido. Nathan pisou o quanto pode e ao parar o carro na frente da entrada, Dara saltou com ela deixando-o para estacionar.

- Fica no carro, te mando mensagem pra informar o que está acontecendo.

- Tudo bem. Mas não estava. Nathan estava muito nervoso, com o coração apertado. O que estava acontecendo com ela? Estaria doente? Ele não queria pensar no pior. Mantinha os vidros fechados e o ar condicionado ligado mas suava. A ansiedade o fazia mexer-se constantemente na cadeira do motorista e olhar intensamente para o celular como se pudesse faze-lo tocar com notícias dela.

Na clínica, Dara acompanhava a entrada de Stana numa maca para a sala de pequenas cirurgias, a médica que sempre a atende estava presente e já examinava procurando entender o que acontecera. Fazia algumas perguntas para ela e após a enfermeira limpar a area e coletar uma nova amostra de sangue dela para um exame, a médica começou a fazer uma ultrasom transvaginal e suas suspeitas se confirmaram ao analisar o monitor. Em silêncio, ela trabalhava fazendo anotações para logo em seguida instruir a enfermeira a ministrar um antibióticio na veia. Ela executou todo o procedimento sem dizer uma palavra, o que deixou Dara ainda mais preocupada.

Ao terminar, a médica pediu para Stana se vestir e se juntar a ela e a Dara na sala ao lado. Porém, deixou Dara sozinha para checar os resultados do laboratório. Quando se juntou a produtora, ela olhou enigmatica para ela buscando alguma resposta. Infelizmente ambas estavam no escuro. Stana checou o celular e viu mais de cinco mensagens de Nathan perguntando o que estava acontecendo e se ela estava bem.

- Nossa, o Nathan está desesperado e eu não sei o que falar para ele.

- Teremos que esperar a médica – apertou a mão dela em sinal de conforto – vai dar tudo certo.

A doutora voltou e sorriu pela primeira vez para elas.

- Olá, Stana. Fazia um tempinho que você não aparecia por aqui. Como você está se sentindo?

- Um pouco melhor. Eu ia ligar para visita-la esta semana mas como tive meu período, não podia e o trabalho está muito acelerado e...

- E você optou pelo trabalho ao invés da sua saúde? Entendo. Você descreveria seu período como regular, um relógio?

- Na verdade eu suspendi o anticoncepcional no meio de novembro e na quinta passada eu finalmente vi o resultado mas fazia tempo que estava tomando o remédio portanto acho que como durou apenas dois dias imagino que não dá pra eu dizer que está normal.

- Certo, Stana você teve um sangramento, um princípio de hemorragia que se iniciou mesmo na quinta-feira como você mencionou. Você teve um aborto espontâneo – a cara de choque e os olhos arregalados serviram de resposta para a médica, o coração dela estava acelerado – pela sua reação presumo que não sabia. Eu sinto muito.

- E-eu não entendo. Eu fiz teste de farmácia, dois com resultados controversos mas o exame de sangue deu negativo. Como pode?

- Sua gravidez foi tubária e por isso não resistiu e também não foi detectada no exame por ser apenas de quatro semanas. Seu sistema imunologico está com os hormônios desregulados. Me diga, a quanto tempo tem vida sexual ativa? Um parceiro fixo ou essa gravidez poderia ter sido um acidente?

- Já tenho um parceiro fixo a quase um ano mas a gravidez não era esperada.

- Tudo bem, vou passar alguns exames e você terá que fazer uma reposição hormonal. Devido ao procedimento que fiz com você quero que fique esses dois dias e o final de semana em repouso. Nada de trabalho, entendido? E nada de sexo – a médica receitou o que devia, já agendou a nova consulta e entregou a ela – só mais uma pergunta. Você pretende engravidar logo ou posso descartar essa possibilidade?

- Não pretendo engravidar tão cedo, doutora – Dara olhou para ela com cara de quem não acreditava no que ela dizia.

- Tudo bem, pode ir e se cuide. Vejo você para seu preventivo semana que vem.

As duas deixaram o consultório e na recepção Dara a parou antes de seguir para o carro.

- Stana, eu sinto muito. Vá pra casa com o Nathan, descanse. Pego um taxi e volto para o estúdio. Tenho que negociar algo com o Marlowe e a ABC. Se cuida, te vejo na segunda e preocupe-se em se recuperar – ela abraçou Stana e ao se separar sorriu para ela. Seguiu para o carro devagar e somente então a ficha do que descobrira caíra. Ela realmente estivera grávida. Quando Nathan a viu chegar ao lado do carro, respirou aliviado. Ela entrou no carro e ele foi logo falando.

- Amor, você demorou. Estava aflito, o que aconteceu? Você está bem? Cadê a Dara?

- Dara voltou para o estúdio, me leva pra casa e apenas dirija. Lá eu conto pra você. E Nathan obedeceu. Em silêncio, viu quando ela não segurou mais o choro e as lágrimas invadiram o rosto. Era muito difícil manter-se calado ao vê-la chorar. Doía-lhe o coração. Chegando em casa, ela foi diretamente para o quarto e ele a seguiu.

- Vai me contar o que aconteceu? – sentou-se ao lado dela na cama.

- Nate, eu tive uma hemorragia. Um aborto espontâneo, estava grávida mesmo. Tubária, o que justifica o resultado negativo do exame. Eu estava certa, me sentia grávida – ele a abraçou forte e acariciou os cabelos – e-eu não sei o que pensar...

- Não fique assim, Staninha. Procure não pensar, precisa descansar e vou cuidar de você, fazer o que mais gosto, te mimar. Vem, deita na cama – deitou ao lado dela e a aconchegou em seu corpo – feche os olhos e se lembre que no dia que resolvermos ter um bebê, será um momento feliz para os dois. Você ficará bem, nós ficaremos. Procure dormir eu estarei aqui quando você acordar.

E ele ficou ali até ela pegar no sono. Queria poder tirar essa tristeza do coração dela, fingir que isso não acontecera. Eles podiam estar comemorando ou talvez nem cogitando a ideia de um bebê. Um dia eles fariam da maneira correta, por decisão dos dois. Tendo certeza que ela já estava no sono pesado, Nathan levantou da cama e resolveu preparar uma refeição leve para ela. Mal se alimentara hoje e não podia ficar sem comer nada. Faria uma sopa e torradas com alho.

Duas horas depois ela acordou. Esticou o braço e encontrou Nathan ao seu lado escorado na cama e velando o sono dela. Sorriu e apertou a mão dele. Sorrindo de volta, ele beijou-lhe os dedos e ficou admirando-a por um tempo.

- Está se sentindo melhor?

- Sim, fisicamente. Emocionalmente ainda tenho que entender, estou confusa. Por um lado a descoberta da gravidez foi uma surpresa mas nem tanto, eu ainda me sentia estranha como se entendesse que estava diferente. Acho que não tinha percebido o quanto desejo uma criança em minha vida até esse acontecimento.

- Entendo, mas daremos um passo de cada vez. Você precisa estar bem fisica e emocionalmente para voltarmos a pensar nisso. Agora precisa se cuidar. Deixa eu mimar você um pouquinho. Levante-se vá até o banheiro, tome um banho, troque de roupa enquanto vou buscar seu jantar. Quero que se alimente direito e se sentir alguma coisa, qualquer dor você precisa me dizer o quanto antes. Tudo bem? – ela balançou a cabeça em sinal de concordância – ótimo, agora vá se cuidar – e beijando a testa dela a viu caminhar vagarosamente até o banheiro. Satisfeito, ele se levantou e foi buscar o jantar.

Stana conseguiu comer toda a sopa e adorou as torradas dele. O restante da noite foi tranquila. Nathan não deixar de dar a atenção a ela nem por um segundo e a paparicava de todas as maneiras que podia. Acabaram dormindo relativamente cedo. O cuidado e o tratamento dele não se alterou no dia seguinte, sempre atencioso com ela, Nathan se desdobrava para agrada-la e ela estava adorando ser mimada dessa forma por ele.

Nos estúdios da ABC após Dara conversar com Marlowe e Terri, explicou o que acontecera sem mencionar a gravidez e a ausência de Stana pelos dois próximos dias sob ordens médicas e o final de semana. Sugeriu que propusessem à rede de televisão o postergamento do próximo episódio em uma semana além de mexer no calendário de exibição para o seu episódio também. Eles estavam com apenas 25% do 616 filmado e precisariam intensificar o ritmo das gravações para voltarem ao cronograma previsto. Marlowe concordou com ela e juntos foram negociar com o chefe da programação da ABC. Depois de algumas discussões que envolviam audiência, spoilers e exibição do episódio para a imprensa, eles chegaram a um consenso. Agora restava lidar com os fãs que certamente ficariam bem chateados com o adiamento de Dressed to Kill já que o episódio era bastante esperado por eles. Para isso, escolheram por soltar algumas informações do episódio sabendo que os jornalistas divulgariam algo em redes sociais e blogs.

No fim, tudo poderia se acertar, ter uma pausa na exibição com retorno logo após o superbowl tinha chance de favorecer a audiência da série. Voltando ao estúdio, Dara tratou de comunicar a equipe técnica e os atores. Em seguida, ligou para Nathan e avisou do que ocorrera. Também mencionou que não falara nada sobre a gravidez e quis saber como ela estava. Após conversarem por cerca de dez minutos, ele desligou. Stana assistia TV deitada no sofá. Ele se sentou e colocou as pernas dela sobre as dele. Começou a fazer uma massagem nos pés dela.

- Era a Dara. Seu cartaz é bom, Staninha. Ela e Marlowe conversaram com a ABC e acertaram o adiamento de Dressed to Kill para três de fevereiro com isso suspenderam as gravações até segunda para você estar bem. Ah, ela também não contou o real motivo do seu afastamento, quis deixar o assunto apenas entre nós por privacidade.

- Ela é um amor, não? Dara realmente torce pelo nosso relacionamento. Mas e como ficam os outros episódios? Acho que temos atrasos nas gravações não?

- Sim, um pouco mas ela também negociou o episódio escrito por ela e Chad para dezessete de fevereiro. Assim ganhamos algum tempo para gravar.

- Os fãs não vão gostar nada dessas novidades especialmente quanto ao episódio com o vestido da Kate.

- Relaxe, amor eles vão reclamar talvez xingar a ABC e no fim esperarão para assistir ainda mais ansiosos.

- É, tem razão. Quer assistir um filme ou quer nos ver na TV?

- Um filme...

- Você devia fazer minhas vontades... não disse que me mimaria? Quero nos ver. Que tal a segunda temporada? Adoro as provocações entre Castle e Beckett.

- Ah, você não tem jeito mesmo. Uma shipper incorrigível. Vamos lá, eu prometi.

- E a pipoca? – ela fez cara de manhosa e Nathan revirou os olhos brincando com ela.

- Seu desejo é uma ordem minha rainha. E ele se mandou para a cozinha ao som das risadas dela.

E o mimo continuou pela sexta-feira toda. Comidinhas, beijinhos, um bom banho a dois e algumas conversas animadas entre eles. Stana tinha razão, os fãs reclamavam direto no twitter sobre o adiamento do episódio. Por outro lado, a chuva de spoilers mantinha a ansiedade a toda. Na manhã de sábado, ela acordou com o celular tocando incessantemente. No display, viu as horas. Não eram nem oito da manhã mas era a sua cunhada que ligava.

- Oi... tudo bem?

- Oi, Stana. Desculpe te ligar tão cedo mas não sei o que fazer. Desde ontem de madrugada, Annie acordou chorando do que eu imagino ter sido um pesadelo e ficou pedindo repetidamente que eu ligasse para você. Eu tentei acalma-la falando que era tarde mas ela não dormiu mais. Choramingou até agora e murmurava seu nome muitas e muitas vezes. Eu não sabia mais o que fazer e ela não quis me contar o sonho.

- Tudo bem, você não atrapalhou nada e sinceramente estou preocupada com o que pode estar acontecendo com Annie. Me deixe falar com ela – Nathan acordou e após beijar o ombro dela sussurrou.

- Quem é?

- Shhh... depois de conto – ela ouviu a voz chorosa da menina do outro lado.

- Tia Stana?

- Oi, meu amor. Tudo bem com você?

- Sonhei com você. Tinha sangue. A tia tava sangrando... você está dodói tia? Onde fez o dodói do sangue? – Stana estava boquiaberta com as palavras da menina.

- Eu estou bem, querida. Titia não está dodói, está tudo bem.

- É feio mentir, Annie sabe que tia tá dodói. Foi um bandido com “volver”? O moço “boito” salvou a tia Stana?

- Não amor, ninguém atirou em mim. Vamos fazer o seguinte, vou falar com sua mãe e pedir para ela leva-la no meu trabalho segunda-feira para você ver que estou ótima e não tem sangue. Tudo bem?

- Tá, Annie não gostou do sonho. Não quer tia Stana dodói. Tem medo, tia Stana não pode morrer, Annie ama muito a tia.

- Eu amo você também, docinho. Agora deixa eu falar com sua mãe. Oi, nossa ela teve um pesadelo mesmo. Prometi a ela que podia me ver na segunda. Pode leva-la ao estúdio? E antes que você me pergunte, ela não vai atrapalhar.

- Tudo bem. Se não puder levar, Marko leva. Achei bem estranho essa historia de sangue. Ela deve ter visto algo na TV e imaginou essas coisas. Obrigada, Stana. Só de olhar para ela sei que relaxou um pouco falando com você.

- Que isso, é meu dever de tia. A gente se vê na segunda. Após desligar, Stana fitou Nathan ainda um pouco surpresa com o que ouvira de Annie – minha sobrinha. Acredita que ela sonhou comigo sangrando? Ela afirmou que eu estava doente. Desde ontem chora e pede para a mãe para falar comigo. Isso é tão estranho. Até me arrepio falando disso – mostrando o braço e os pelos eriçados.

- Crianças são muito sensitivas. A julgar pelo que você havia me contado antes, sua sobrinha gosta muito de você e essa ligação pode ser ainda maior do que você acredita. Mas a pergunta é pertinente, você realmente está bem? Não existe nada além do sangramento provocado pelo aborto espontâneo? Também fico preocupado.

- Sim, ela disse que após me recuperar do procedimento que ela fez preciso fazer mais um exame que é referente a hormônios. Estão desregulados por causa do anticoncepcional. Uma vez medicada e estando eles normalizados, posso engravidar novamente se quiser.

- Hum, e você falou de nós? – perguntou ele com um certo receio – sei que é difícil a nossa situação e esse lance de não poder te acompanhar nesses processos.

- Apenas disse que tinha um parceiro fixo a quase um ano. Não revelei quem era.

- E o que você estava falando sobre segunda com a sua sobrinha? Ela irá ao set de filmagens?

- É melhor que ela me veja trabalhando para ter certeza de que estou bem do que ir até minha casa e não me encontrar ou mesmo termos que nos separar a fim de que ela possa me visitar. Não se preocupe, não atrapalhará em nada e será por pouco tempo.

- Sim, tudo bem – e beijou a testa dela. O fim de semana foi tranquilo para os dois. Stana se queixou de cólicas mas nada que um analgesico não resolvesse. Recuperada quase que completamente, Nathan a deixou na noite de domingo e voltou para sua casa não antes de fazer mil recomendações inclusive a de não ir de bicicleta ou a pé para o trabalho no dia seguinte. Insistiu em busca-la para irem juntos ao estúdio mas Stana foi irredutível apesar dos protestos de Nathan.

Na segunda, ela chegou cedo e Dara foi a primeira pessoa que a questionou sobre seu estado de saúde. Ela atualizou a produtora e agradeceu por todo o apoio inclusive pela discrição. Dara sorriu e lembrou que precisaria da dedicação dela quase que redobrada essa semana e Stana garantiu que a teria.

Tão logo Nathan chegou, eles rumaram para o estúdio e continuaram a gravar de onde haviam parado. Estavam próximos ensaiando uma nova cena quando uma das assistentes do elenco veio procura-la.

- Com licença. Tem uma moça e uma menina procurando por você Stana. Deixo entrar no estúdio, levo pro seu camarim?

- Ah, deve ser a Annie. Se importa de pararmos um instante para eu falar com ela? – perguntou a Nathan.

- Claro que não! Na verdade, estou bastante curioso para conhece-la também.

- Cuidado com o que você deseja... – ela sorriu e avisou a assistente que já estava indo encontra-las. No momento que Stana as avistou na entrada do estúdio, um pequeno furacão correu em sua direção e agarrou em suas pernas. A pequena de pele alva, olhos verdes e cabelos castanhos amendoados longos e cheios de cachinhos na ponta, ergueu o rosto chorosa para olhar a tia, as pequenas lágrimas relutavam em cair.

- Tia Stana.... Annie tava com saudades – Stana se agachou e abraçou a menina para em seguida beija-la. Annie segurou o rosto da tia com as duas mãos como se a examinasse procurando saber se estava tudo bem com a tia. Ela não ficara satisfeita com a resposta que recebera ao telefone. Enquanto as mãozinhas acariciavam o rosto dela e os olhinhos se concentravam em reafirmar que estava tudo bem, Nathan se aproximou de Stana sorrindo e perguntando.

- Nossa, quem é essa menina tão bonita? Annie desviou os olhos da tia e percebeu o homem que se encontrava ao seu lado. Num gesto tipicamente infantil, ela largou da tia e abriu a boca arregalando os olhos. A resposta fora involuntária.

- Wow... o moço boito é gigante... – Stana riu da reação da menina que não conseguia tirar os olhos de Nathan. Parecia hipnotizada por ele.

- Nathan, esta é a Annie uma menina linda e inteligente. A sobrinha mais linda que alguém pode ter. Annie, esse é o Nathan, meu amigo.

- Olá, Annie – ele se agachou para falar com ela e estendeu a mão – você é linda que nem sua tia. Prazer em conhece-la – mas Nathan certamente não estava preparado para a resposta da pequena. Annie ainda em transe conseguiu fita-lo e foi direta.

- Quando você moço boito val casar com a tia Stana?



Continua.....

6 comentários:

Luanasoutranslatw disse...

lindo d+ pena que a Staninha perdeu o baby mais ainda tem muita coisa a rolar mais tá muito linda vou esperar o próximo <3

Nicole disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Nicole disse...

Assim... Né por nada não... Mas eu tou a fim de te bater.
Disse q iria causar e causou bonito mesmo, esse capítulo não foi nada do que eu esperava. Primeiro o teste dá negativo, depois a S perde o bb?? Tadiinhos dos meus lindoos :'( sério, agora fiquei com medo de q a fic termine com um deles ou a pequena Annie mortos o.O
Anyway, eu confesso que apesar de estar destruída emocionalmentr eu quero mto saber como q o N vai se livrar da pergunta da pequena kkkkkkk continua aí, vai, e por favorzinho não demora mto a postar o próximo cap. okay? Xoxo

cleotavares disse...

Em primeiro lugar, chorei com o ocorrido (já passei por isso 02 vezes e é horrível). Segundo, adorei a Annie, muito fofa, se vira Nathan. Terceiro, essa fic me faz todo dia verificar se tem capítulo novo.

Unknown disse...

Que dó da Staninha,caramba!
1° foi com o falso Negativo,depois o aborto...Vc causou amiga!
Dara oh cono ñ ama-la?Admirando muito ela serio,e o aborto partiu meu coração inaginei cada detalhe ="(
e a Annie uma fofa ñ sei lidar,quero aperta-la...E AGORA Mr.FILLION,COMO VAI SAIR DESSA?????
aguardando o proximo cap.

Unknown disse...

Amo essa fic. <3
Que peninha da Stana, primeiro pensou que não estava grávida e depois descobre que perdeu o bebe :'(
Essa Annie é um fofura, quero ver o Nathan se sair dessa pergunta. kkkk. Não demora muito não :)