Nota da Autora: Este é um capítulo especial. Considerei que está mais do que na hora de trazer seriedade a essa fic. Sabem o que é melhor? O hiatus serviu para proporcionar isso. E estava devendo uns momentos calientes também! Divirtam-se!!!
Cap.26
Esperou alguns minutos antes de
erguer o rosto dela para que pudesse fita-la. Os olhos vermelhos e o rosto
inchado não disfarçavam o que sentia naquele momento. Deixara-se abater pelo
significado da roupa, do acontecimento e cedera às emoções mais uma vez. Quando
a visualizou realmente, Nathan prendeu a respiração por alguns segundos. Mesmo
com o rosto marcado com lágrimas e borrões de alguma maquiagem, estava linda.
Deslumbrante. Os olhos refletiam as lágrimas e a luz deixando-os em um tom
amendoado com pequenos vislumbres do verde. Quase engasgou ao olhar para a bela
noiva a sua frente.
- Wow... Castle adoraria poder
vê-la desse jeito. Um golpe cruel do destino, que falta de sorte! – acariciou a
bochecha dela usando o polegar para afastar as gotas que marcaram o belo rosto
– o que aconteceu, Staninha? O que se passou em sua mente dessa vez? Você
deixou algumas pessoas preocupadas lá fora.
- E-eu...não foi... não queria
fazer isso – passou a mão nos cabelos e sentou-se na cadeira. Nathan puxou
outra para si, posicionando-se a frente dela – estava imaginando a cena que
faria, elaborando pensamentos para que conseguisse transpor a emoção necessária
para Kate, então de repente me vi na mesma situação que ela, perdendo você, é
como se sonhasse acordada. Era t-tão real... me assustei, Nate. As lágrimas e o
terror me dominaram e a expulsei daqui. Não sei se vou conseguir lidar com as
emoções necessárias dessa cena, eu me descontrolei... isso não deveria ter
acontecido. Não posso misturar trabalho e vida pessoal porém tem momentos que
já não sei o que é real ou ficção. Como eu cheguei nesse ponto? Nem gravando eu
estava!
- Hey... calma – ele tocou a mão
que ela deixara sobre o joelho – sei que você pode ser pega de surpresa em
alguns momentos que está se concentrando para fazer a cena, pense que isso pode
ajuda-la. Por que não imaginar como se tudo fosse um pesadelo? – Nathan
ergueu-se e ajoelhou-se próximo a ela pegando o rosto dela nas mãos – será um
pesadelo do qual irá acordar e tudo ficará bem. Eu não vou a lugar algum,
Staninha. Estarei bem aqui – beijou-lhe os lábios, depois a testa e sentiu os
braços dela o envolverem num abraço forte – estamos quase acabando – afastou-se
dela para verificar se estava mais calma, um pequeno sorriso aparecia no canto
dos lábios – melhor agora não?
- Fiz papel de boba – ela fazia
biquinho – Cindy deve estar me achando uma daquelas atrizes que dão piti... que
vergonha!
- Hey, elas sabem que você não
é assim, por isso ficaram preocupadas – pegou as mãos dela nas suas e a puxou
para que ficasse de pé – ah, minha bobinha amada... pode ficar de pé para poder
te admirar mais um pouquinho? – obedecendo, ela abriu o sorriso – meu Deus,
Stana! Você está linda demais. Coitado do noivo, será que foi por isso que ele
capotou o carro? Te viu assim? – ele riu.
- Nathan! – e desatou a rir com
ele.
- Já vi que está mais calma. Posso
chamar a moça para arrumar sua maquiagem?
- Pode – ele ia soltando a mão
da dela quando Stana o puxou em sua direção novamente – Nate, obrigada –
beijou-o carinhosamente nos lábios – i love you, mas você já sabe disso não
babe?
- É, eu sei. Always. Break a
leg, gorgeous.
Nathan saiu do quarto e ao
aparecer na sala, falou para Cindy.
- Está tudo bem, ela é toda sua
para a maquiagem – Cindy sorriu já se encaminhando para o corredor.
- Sabia que você daria um jeito
nisso. Realmente está tudo bem com ela?
- Está, Dara. Foi uma tensão
pré-gravação. Não se preocupe, ela vai arrasar.
- Nunca duvidei disso, Nathan.
Meia hora depois, Dara deu o
sinal verde para começarem a gravação. Nathan estava do lado de fora um pouco
afastado da ação porém, o suficiente para observa-la. Apesar dela querer seu
apoio, no fundo sabia que uma vez dentro da personagem, esqueceria do mundo ao
seu redor e apenas um pensamento povoaria sua mente: a perda de Rick Castle. Ao
seu lado, estavam Terri e Marlowe ansiosos para ver como o final escrito seria
trazido à vida para povoar o mundo da ficção.
Nathan poderia dizer que tinha
uma boa ideia do que iria assistir. Veria sua parceira usar o drama, as expressões
e o choro como ferramentas de uma bela interpretação de sua personagem. Sim, em
seu ponto de vista haveria emoção, caso contrário não seria Stana. O que ele
presenciou contudo, contrariou tudo o que idealizara. Tinha diante de si um
espetáculo, uma atuação tão real demonstrada somente com gestos e sentimentos
que arrebatara a todos que a presenciaram. Ela literalmente tirara seu fôlego.
Quando se recuperou, percebeu que não fora o único a quase perder o equilibrio.
Dara enxugava as lágrimas e o rosto de Terri estava vermelho embora tentasse
disfarçar. Não aguentando o comentário que coçava em sua garganta, aproximou-se
de Marlowe e disse.
- Eu realmente espero que saiba
o que está fazendo... talvez você não veja outra atuação dessa em muito tempo,
mesmo quando resolver celebrar o casamento.
Ao ouvir o corta, ela buscou
por ar. O coração acelerado pulava insistentemente no peito. Dara se aproximou
dela e entregou-lhe uma garrafa d’água e uma toalha. Após um gole, ela o buscou
discretamente. Encontrou um meio sorriso e um olhar cheio de orgulho e amor.
Tudo para ela. Fechou os olhos e deixou o sorriso singelo formar-se nos lábios.
Sentou-se na cadeira de Rob, as pernas ainda tremiam. O diretor assistia a
gravação para ver se a filmagem estava boa ou se deveriam fazer ajustes e
refilmar algo. Mais que satisfeito. Ela brilhará. Um exemplo de atuação.
- Você está bem? Mais calma?
- Sim, obrigada. A cena foi
muito intensa preciso ficar quieta por um momento.
- Eu sei. A boa noticia é que
ficou perfeito. Acredito que seu trabalho aqui está concluido – estendeu a mão
– impressionante! Adoro trabalhar com você, Stana.
- Obrigada – apertou a mão do
colega diretor em meio a sorrisos. Ao vê-lo se distanciar, fechou os olhos por
um momento praticando um dos exercícios respiratórios de ioga buscando a calma
e a serenidade. Há alguns metros dali, Nathan a admirava vendo Marlowe se
aproximar de onde ela estava certamente para agradecer pelo trabalho. Um
sorriso bobo permanecia em seus lábios e sequer percebeu a chegada de Dara que
estava ao seu lado. Sentiu o leve toque no ombro, a escritora sorria
maliciosamente para ele.
- Ela é espetacular, não? Sua
cara de bobo apaixonado não nega. E olha lá o outro besta parabenizando a maior
shipper dessa série, Marlowe adora essa mulher, só não ganha de você.
- É verdade. Pena que Stana não
receberá o reconhecimento por todo esse belo trabalho. Merecia um Emmy.
- Você acha que isso pode
afetar o casamento de Castle e Beckett no futuro? Ela será capaz de expressar
uma emoção tão profunda e real como fez a pouco? – Dara olhava séria para ele.
- É difícil dizer. Esse final
de temporada foi inesperado, muita carga emocional sobre ela nessas últimas
semanas. Só o tempo dirá. Competência e talento ela tem. O resto é uma questão
de momento e emoção. Encerramos mesmo por aqui? Podemos festejar e comer bolo
com ela?
- Daqui a meia hora. Você não
vai parabeniza-la pela atuação? – perguntou Dara.
- Darei a ela mais alguns
minutos. Nathan estava absorto em seus pensamentos. O olhar permanecia nela mas
a mente vagava para uma data específica, o dia do aniversário dela. Talvez ele
conseguisse ver parte dessa emoção dali a duas semanas. Mark se aproximou dele
e puxou conversa.
- Que privilégio poder assistir
a essa cena. Stana é uma excelente atriz. Na verdade, ela é completa. As fotos
estão fantásticas! Uma modelo de primeira, extremamente fotogênica. Veja você
mesmo – mostrou o visor da camera para Nathan – vou imprimi-las amanhã e enviar
uma proposta de book na segunda a Marlowe. Mandarei algumas a ela também. Ces’t
magnifique! – ele fitou Nathan – ia perguntar se você não comentaria nada mas
basta olhar para sua cara, está babando. Tudo bem, Stana tem esse efeito nas
pessoas de modo geral e não somente nos homens.
- Tem razão – foi tudo que ele
conseguiu dizer.
- Não entendo como ela ainda
está solteira... bem vou conversar com o Marlowe, preciso voltar a cidade para
agilizar as coisas.
- Espere, volte conosco. Vamos
fazer uma pequena surpresa para ela. Hoje é o ultimo dia e como seu aniversário
está próximo terá bolo. Fique, sei que ela irá gostar.
- Oh, tudo bem.
Vendo que ela estava sozinha
finalmente, Nathan decidiu ir ao seu encontro. Stana ficara de pé observando a
cena montada do acidente. Lembrara da ideia sugerida por Nathan, um pesadelo
ruim. Era o que ela esperava ver após o hiatus, que tudo não passara de um
susto. Sabia que deveria ser bem isso mas a ideia não afastava o misto de
emoções que a dominaram nessas duas semanas. Pressentiu a presença dele mesmo estando de
costas.
- Hey... – ela virou-se dando
de cara com um sorriso maravilhoso – você arrasou, gorgeous. Como se sente?
- Ainda anestesiada. Essa cena
exigiu muito de mim. Parece que todos gostaram, não? – disse entre um meio
sorriso.
- Como não poderiam? Sua
dedicação à personagem e a atuação impecável deixa qualquer pessoa boquiaberta.
Você usa bem as emoções, entende a dor de Kate. É claro que tudo ficaria
perfeito. E sabe a parte boa disso? Encerramos mais uma jornada com chave de ouro.
Teremos nossas merecidas férias.
- É a parte boa, a do descanso.
Por outro lado, nos veremos menos. Só em pensar nisso me sinto estranha, como
se um vazio se instalasse dentro de mim – passou as mãos pelo cabelo – meu Deus!
Como estou sentimental! Não sei o que está acontecendo comigo...
- Parece meio óbvio,não? Você
está perdidamente apaixonada por mim. Sabe que sou irresistivel.
- Você é muito convencido, isso
sim! – erguendo a saia do vestido tornou a falar – vou trocar de roupa. São
quase seis da tarde, devemos ir embora logo.
- Isso. Esperamos você aqui. E
Stana? – ela encontrou o olhar dele – você é a noiva mais linda que já vi.
Sorrindo, ela caminhou em direção a casa.
Bastou tê-la fora de suas
vistas que Nathan correu para apressar Dara com os comes e bebes. Não preciso
pressionar tanto pois o bolo já estava colocado no meio do gramado lateral da
casa. Uma mesa de apoio continha sanduiches, frutas, salgadinhos e taças. Ao
lado uma geleira cheia de refrigerantes, garrafas d’água e três champagnes
gelavam aguardando o momento da comemoração. Havia duas caixas de presente no
canto da mesa. Todos estavam reunidos conversando alegremente e esperando por
ela. Ao sinal de Dara, ele caminhou na direção de Stana que vinha andando
calmamente pelo terreno. Ofereceu-lhe o braço em um gesto típico de
cavalheirismo já algumas vezes protagonizado pelos dois nos anos da série. De
braços dados, ela sorria e brincava com o cabelo enrolado nos dedos.
Definitivamente, uma parte de Stana que se tornara Beckett.
Somente ao chegar mais próximo
ao local foi que ela percebeu a agitação das pessoas e claro, o bolo ao centro.
Já estava acostumnada com as celebrações do encerramento das temporadas,
Marlowe iria agradecer, desejar bom descanso e espera-los daqui a três meses.
- Bolo! Que bom, estou faminta.
- Finalmente, Stana! – disse
Dara – você demorou a deixar de ser Kate Beckett dessa vez, não? Marlowe, vai
fazer as honras?
Andrew se aproximou da mesa do
bolo enquanto Nathan fez sinal a Seamus para pegar a champagne. Terri estava ao
lado dele bem como Rob. Todos que trabalharam nessas últimas cenas se
encontravam ao redor do bolo aguardando o chefe discursar. Virara uma espécie
de tradição entre o elenco e a equipe técnica. Uma das moças da maquiagem
ajudava Seamus a servir a champagne e distribuir taças para todos.
- Prometo ser breve – começou
Marlowe em seu discurso – vinte e três episódios depois fechamos mais uma etapa
da história de Castle e Beckett. Foi uma temporada especial por vários motivos.
Tiramos Kate da sua zona de conforto ao experimenta-la em DC, tivemos ótimos
artistas convidados, muitos momentos engraçados, novos escritores entrando no
mundo de Castle e fazendo bonito. Evoluimos muito, especialmente Beckett.
Fechamos um ciclo importante que nos acompanha desde o piloto. O caso Johanna.
Por isso chegamos aqui. Num último episódio que chocou parte do elenco e
certamente provocará a mesma reação nos telespectadores, não Stana? – sorriu na
direção dela – precisávamos disso, de uma nova perspectiva, de um novo ciclo. A
princípio, muitos acharão cruel o que fiz com Beckett mas prometo que isso
apenas servirá para deixa-la mais forte e afastar de uma vez por todas a ideia
de que ela não está pronta para ser a Sra. Rick Castle. Peço desculpas por ter
criado uma atmosfera festiva ao longo do caminho dessa sexta temporada, mas o
que é uma série sem um bom cliffhanger?
Todos riram.
- Marlowe, você prometeu ser
breve – disse Rob – que tal chegar ao ponto e encerrar o discurso? – novas
risadas.
- Tudo bem, fui vencido. Tenho
apenas mais dois pontos. O primeiro é que para a próxima temporada, meu
parceiro e braço direito em criar histórias, David, ficará a frente da
temporada, escrevendo e desenvolvendo juntamente com a nossa equipe de
escritores, eu ficarei na supervisão apenas dando alguma consultoria pois
preciso de tempo para minha família e minha netinha talvez venha a me dedicar a
um outro projeto. Por favor, não me perguntem pois não posso revelar nada.
Também conto com a descrição de você pois a imprensa não foi comunicada
formalmente. Dito isso, quero agradecer a uma pessoa em especial. Alguém que se
entrega com tamanha devoção a sua personagem que é capaz de levar às lágrimas o
mais insensível dos seres humanos. Nossa shipper queen e dona do Castelo. Sei que
ainda faltam duas semanas para seu aniversário mas você não pensou que entraria
de férias sem que pagasse o mico de apagar a velhinha, certo? Stana, a cada dia
você apenas me confirma o que enxerguei naquela moça de riso fácil e olhar
ingenuo que apareceu a quase seis anos atrás querendo ser a detetive da NYPD.
Vi atuações suas nessa temporada que tiram o folego de quem as assiste. Muito
obrigada por fazer de Kate Beckett uma das personagens mais amadas da
atualidade. Ninguém poderia dar vida a ela senão você.
Nathan a olhava fascinado.
Percebera as lágrimas se formando naqueles olhos agora tão verdes. Teria que
lutar muito para não ceder ao choro já que as emoções estavam à flor da pele.
Apertou levemente a mão dela em sinal de reconhecimento para então vê-la seguir
até Marlowe e receber um abraço caloroso em meio a uma salva de palmas.
Agradeceu e pediu.
- Só não me dê mais sustos como
esse último. Qualquer dia você pode me matar – as risadas ecoaram – e quando
vamos comer esse bolo?
- Calma, primeiro um brinde –
as taças foram distribuidas a todos e Nathan puxou o brinde – a nossa shipper
queen! Parabéns antecipado, Stana. Juntos entoaram parabéns a você e fizeram-na
apagar a vela do bolo. Cortou o primeiro pedaço e entregou a Nathan.
- Ao meu parceiro de aventuras,
afinal você deve estar precisando de algo doce na sua vida agora, uma
experiência de quase morte não é nada fácil. Especialmente através das mãos de
Marlowe e Rob, falo com propriedade. Mentalmente, ela dizia “eu te amo” com um
simples olhar que ele entendeu perfeitamente piscando para ela.
- Obrigado, Stana. As coisas
não estão fáceis para o meu lado... perdi meu casamento, a noiva e sabe lá se
não perderei a vida?! Estou desempregado, Marlowe?
- Não seja dramático, Nathan –
disse Rob – vamos comer antes que comecemos a desmaiar aqui.
- Espera! – gritou Dara – isso
é pra você, Stana. Entregou as duas caixas embrulhadas a ela. A primeira, era
uma das blusas do figurino que Stana adorara, a rosa matizada que usou no
terceiro episodio. O segundo pacote, uma caixa de chocolates finos da godiva
onde o branco, preferido dela, sobressaía.
- Ah, obrigada. Não
precisava... – a partir dali, todos vieram cumprimenta-la e a diversão rolou
solta. Mark a cumprimentou agradecendo pela oportunidade de vê-la em ação. Assim
que teve chance, ela provou um dos chocolates e caiu de boca no bolo, delicioso
por sinal. Conversou alegremente com Terri, Dara e Rob procurando se manter
longe de Nathan para não sucumbir a vontade de beija-lo. Sim, estava
desesperadamente querendo sentir aqueles lábios junto aos seus. Tinham poucas
horas para estarem juntos antes de Nathan pegar o avião para Ohio. Dara
aproveitou o distanciamento dos demais e perguntou.
- Vai sumir novamente nesse
hiatus? Conta o que pretende fazer nesses três meses.
- Vou pra Sérvia, saudades das
minhas primas. Mas tenho alguns assuntos a resolver em LA.
- Não foi bem isso que
perguntei, vai ficar três meses distante Stana? Sério? Como você aguenta? – ela
analisava a mulher a sua frente – você está escondendo o jogo. Vai aprontar.
- Por que você tem mania de
achar isso? Será um hiatus como tantos outros que já passei, tenho
compromissos, ele tem os dele.
- Tudo bem que você não queira
me contar, mas sei que vai arranjar uma forma de ficar com ele. Torço por isso.
Depois de meia hora, eles
começaram a se arrumar para pegar a condução de volta para o estúdio. Lá
despediram-se de todos e Nathan foi um dos primeiros a sair deixando Stana
ainda com os escritores. Ela enrolava o suficiente para dar uma folga e evitar
comentários ao sair logo em seguida de Nathan. Sabendo ser seguro deixar o
estúdio naquele momento, ela desejou boas férias a todos e seguiu para o metro
direto para casa dele, Bastou Nathan abrir a porta para que ela se jogasse em
seus braços e sorvesse seus lábios com vontade. Ele não reclamou e a envolveu
em seus braços deixando as mãos passearem nas costas dela.
- Diz aí, Staninha? Tudo isso
já é saudade?
- Cala a boca e faz amor
comigo.
- Wow! Seu desejo é uma ordem.
Erguendo-a pela cintura, ele a
carregou até o sofá. Seria no improviso, o importante era estar com ela.
Desabotoou a calça que ela vestia jogando-a no chão da sala. Seguiu o caminho
reverso dos pés até a calcinha, acariciando e beijando a pele macia. Beijou o
interior das coxas e delicadamente deixou os dedos deslizarem com a lingerie
branca que ela usava até que a peça não fizesse parte do corpo a sua frente. As
mãos seguiram explorando a pele, brincando com os seios dela apertando-os
ouvindo os gemidos prazerosos. Stana mantinha os olhos fechados, assimilando o
toque de Nathan. Sequer percebeu quando ele tirou sua roupa, apenas sentiu o
calor dos lábios abocanhando o seio dela, o roçar dos dentes em seu mamilo a
fez sentir a umidade entre as pernas crescer. Era incrível como o toque dele a
fazia alcançar níveis de prazer tão rapidamente.
A boca deslizava pelo estomago
em busca da parte que mais ansiava. Beijou primeiramente a lateral das coxas e
provou-a com a ponta da lingua. Ao primeiro contato, Stana arqueou o corpo
deixando a sensação do orgasmo crescer por baixo da pele. O desejo instigado
pelo toque fora quase automatico e em questão de minutos, ela cedia ao
turbilhão de emoções tremendo por baixo dele. Para cessar os gemidos mais
altos, teve sua boca coberta com avidez pelos lábios do homem que agora estava
com todo o peso sobre ela. Após recuperar um pouco do fôlego perdido, ela
buscou forças para empurra-lo a fim de se colocar sentada sobre o membro dele
de uma vez. Gritou ao tê-lo completamente dentro de si. Movida pelo prazer,
mordiscou o lábio dele puxando-o levemente entre os dentes. As mãos perderam-se
nos cabelos sedosos enquanto o corpo movia-se contra o dele embalada pelo
brilho penetrante daqueles olhos azuis.
Ambos queriam mais,
necessitavam se afogar no prazer saciando a vontade de estar juntos. Um novo
orgasmo aconteceu e Nathan teve que segura-la firme durante a demonstração
explosiva que a tomou completamente. Não parara de movimentar-se dentro dela,
cada segundo era precioso e não havia imagem mais linda do que a da mulher a
sua frente em meio a um orgasmo. Diminuindo o ritmo, trouxe-a levemente para o
seu peito, mordiscou a garganta exposta ao mesmo instante que brincava roçando
a palma de sua mão no bico do seio dela. Sentiu os braços de Stana enroscarem
em seu pescoço ficando quieta por alguns segundos apenas respirando e sentindo
o cheiro da pele dele, uma mistura de madeira e suor, cheiro de homem.
Sem dizer nada, ele a carregou
no colo e levou-a para o seu quarto. Deitada na cama, abriu o sorriso ao fitar
o corpo nu que a admirava. Quando Nathan virou fazendo menção de ir ao
banheiro, ela reclamou.
- Hey, onde você pensa que vai?
Trate de trazer esse traseiro lindo aqui para a cama, ainda não terminamos.
- Meu Deus! Você ainda quer
mais Staninha? Tenho um avião para pegar.
- Nate... só quero ficar um
pouco deitada com você, babe. Só mais um pouco... – a carinha de manhosa logo o
convenceu. Deitou-se ao lado dela e puxou-a para acomoda-la em seu peito.
Beijou-lhe a testa e deslizou a mão para acariciar-lhe as costas.
- O que você vai ficar fazendo
durante minha ausência?
- Tenho algumas coisas por
resolver, trabalhos e preciso descansar também. Devo passar alguns dias com
Anne, talvez leva-la a Disneyland.
- Poxa, taí um passeio
divertido. Gostaria de estar junto com você.
- Nate, você sabe que não
poderiamos – ficou pensativa por uns segundos – às vezes isso me irrita, sabe?
Viver às escondidas. Em outros momentos isso é tudo que quero fazer. Sumir no
mundo e ficar sozinha com você.
- Bom que pense assim. Faremos isso no dia 26.
- O que ir a Disneyland? –
perguntou de propósito pois queria muito descobrir o que ele estava aprontando.
- Não adianta se fingir de
boba, é surpresa amor. Não vou contar – ela se virou buscando os lábios dele
enquanto a mão deslizava sobre o peito dele – nem adianta usar a sedução porque
não vai funcionar, Staninha.
- Sem graça! – mostrou a lingua
para ele antes de morder-lhe o queixo – como vou ocupar meu tempo sem você?
Essas proximas duas semanas serão uma especie de prova de fogo. Esse hiatus não
será como os outros. Tudo mudou, nós mudamos. Promete me telefonar sempre que
puder? De preferência antes de dormir para que eu possa fechar os olhos e te
imaginar comigo pela sua voz ao meu ouvido?
- Claro! Sempre que puder –
consultou o relógio – preciso me arrumar. Stana saiu de cima dele e puxou o
edredon. Ficou observando-o caminhar displicentemente para o banheiro. Reparou
que as coisas deles já estavam arrumadas. Uma mala média e uma mochila estavam
próximas à porta do quarto. Fez questão de deitar sobre o travesseiro dele e
inalar o cheiro deixando por Nathan ali. Quando ele saiu do banheiro enrolado
numa toalha com o cabelo molhado. Pequenas gotas escorriam pelo peito nu. A
imagem era suficiente para arrepiar-lhe a nuca mandando sinais e despertando a
libido novamente.
Calmamente, ele jogou a toalha
a fim de provocar. Vestiu o boxer, passou perfume. Em alguns minutos, estava
pronto.
- Gostoso... – ele sorriu e se inclinou
na cama para beija-la. Stana se enrolou no lençol e retribuiu o beijo. Saindo
da cama, foi até o guarda-roupa onde tinha uma gaveta só de roupas dela.
Escolhendo uma camiseta e uma calça jeans, vestiu-se rapidamente – você tem que
ir realmente? – mordiscou o queixo dele.
- O avião sai daqui a duas
horas. Preciso correr para chegar ao aeroporto, gorgeous.
- Eu sei – envolvendo o seu
braço na cintura dele, pegou a mochila enquanto ele empurrava a mala. Nathan
pegou o celular sobre a bancada da cozinha e seguiu para a garagem. Depois de
tudo arrumado, encostou-a na lateral do carro e beijou-a apaixonadamente.
- Quer uma carona?
- Melhor não, vou de taxi. Não
quero te atrasar. Liga quando chegar?
- Sim, assim que estiver no
hotel – abriu a porta do carro e foi surpreendido com mais um beijo dela – me
espere dia 25, dez horas. Love you, honey.
- Love you more, babe.
Esperou que ele entrasse no
carro e saiu antes do portão da garagem se fechar. Caminhando até a esquina,
levantou a mão para fazer sinal a um taxi. Em quinze minutos estava em casa.
Após um banho, deitou-se na cama esperando o telefonema de Nathan. Por volta
das duas da manhã, falou com ele por mais de uma hora. Assim que desligou
dormiu quase que instantaneamente.
Nas duas semanas que seguiram,
Stana manteve-se ocupada resolvendo assuntos de trabalho e pendências com sua
agente já que o ritmo frenetico das três últimas semanas de gravação não a
deixaram fazer mais nada. Finalmente teve uma reunião com o produtor do filme
que estava analisando e com um dos colegas de elenco. Fechou um trabalho para o
verão, além de ser uma forma de ocupar a cabeça o papel era mediano e nào
exigiria muito tempo de gravação dela. Poderia ainda aproveitar a cidade da
locação. Não via a hora de contar para Nathan, o que pretendia fazer
pessoalmente. Falava com ele quase todos os dias, Nathan contava como fora o
evento, ela perguntava dos fãs e das perguntas capciosas que apareciam durante
as entrevistas. Era um alívio poder ouvir a voz dele por algumas horas ao dia. Nos
dias que antecederam seu aniversário, Anne praticamente se mudou para a casa de
Stana.
Como havia prometido, a tia
passou cinco dias mimando a sobrinha querida. Levou-a para Disneyland voltando
a ser criança novamente. Talvez tenha se divertido tanto ou até mais do que
Anne. Fazia tempo que não ria tanto. A última vez fora justamente quando levara
a menina para passar o final de semana na casa de Nathan. Porque estava lá, a
menina teve a chance de falar um pouco com o tão adorado tio Nathan e contar as
peripércias das duas durante a visita ao Mickey. Dedurou a tia falando que
comera três picolés e um algodão doce como lanche. Isso porque tinha comido uma
coxa de peru sozinha no almoço. Isso foi um prato cheio para Nathan pegar no pé
dela dizendo que não queria encontrar sua namorada com barriga positiva.
Contrariada, Stana pediu o mesmo para ele e apostava que ganharia porque sabia
muito bem o que normalmente se comia e bebia em eventos como esses que estava
frequentando. A conversa rendeu mas foi motivo de boas risadas. Anne sempre
saía com as suas tiradas encantando aos dois.
Na antivéspera do seu
aniversário, Stana levou Anne de volta para a casa do irmão. Sua cunhada sempre
ralhava com a filha de maneira divertida toda vez que a menina voltada da casa
da madrinha. Mimava demais, dava presentes demais. Era uma maneira de mexer com
a filha porém no fundo agradecia muito todo o carinho e cuidado que Stana tinha
com Anne, tratava-a como se fosse dela. Pediu para a cunhada esperar um instante
e voltou com uma travessa de torta gelada de morango.
- Não sei o que você pretende
fazer no seu aniversário mas de qualquer forma, fiz um agrado especial. Sei o
quanto você gosta de doces com frutas vermelhas.
- Ah, não precisava mas adorei.
Tenho que me controlar com relação a doces para não cometer exageros. Muito
obrigada mesmo.
Na volta para casa, Stana
primeiramente se dedicou a provar o doce pois a tentação era muito grande. Em
seguida, resolveu dedicar sua tarde a si mesma. Um belo banho de espuma com uma
taça de vinho ao lado, depois de enxugar o corpo, passou hidratante. Na frente
do espelho, começou a dedicar-se aos cabelos. Ainda estavam curtos por isso
demandavam pouco tempo de cuidado. Após tratar do rosto, vestiu uma camiseta
deixada por Nathan do lanterna verde. De frente para o seu closet, pensava em
que roupa levaria para a tal surpresa de Nathan amanhã. Não tinha ideia do que
seria mas vindo dele, certamente podia esperar algo bom. Sonhando com o que
poderia ser, ela acabou cochilando na cama sendo acordada pelo toque do
celular.
- Hey... estava dormindo amor?
- Acabei cochilando após fazer
o cabelo. Tudo bem?
- Sim, acabei de sair do
evento. Daqui a duas horas pego o avião para LA. Devo chegar por volta das três
da manhã. Estou morrendo de saudades. Está tudo bem com você? Tudo preparado
para amanhã?
- Está, pelo menos o que você
me disse que era preciso. Será que não dá pra me dizer ao menos para onde você
pretende me levar? E se esquecer alguma coisa? Não quero fazer feio no meu
aniversário.
- Você não fará feio, isso é
algo impossível, Staninha. Roupas casuais de verão para um final de semana, um
casaco caso esfrie e um vestido de noite para a comemoração de aniversário. Às dez
passo aí, vamos pegar a estrada. Durma bem,amor.
- Sonhe comigo, babe.
Sexta
25 de abril
Impreterivelmente às dez da
manhã, o BWM de Nathan parou na frente do apartamento. Deu um toque no celular
e esperou. Cinco minutos depois, ela apareceu na porta do prédio. De boné e
óculos escuros, entrou no carro. Somente no quarteirão seguinte foi que
desligou o carro parando no acostamento. Virou-se para ela e sorriu tirando os
óculos escuros.
- Olá, gorgeous. Sentiu minha
falta? – nem esperou para responder, puxou-o pelo pescoço e tascou um beijo
intenso nos lábios – acho que essa foi uma excelente resposta. Pronta para
pegar a estrada? Temos cerca de cinco horas de viagem, se dermos sorte e não
pegarmos transito podemos chegar antes. Hora de esconder-se do mundo, Staninha!
- Nem adianta perguntar onde
nos esconderemos mesmo... – encostou-se na cadeira e tirou o boné – melhor
curtir a viagem então. Durante o tempo de estrada, eles conversaram sobre
diversos assuntos. Nathan contou das situações difíceis que acabou passando
sempre que um fã de Castle perguntava sobre ela fazendo Stana rir. Foi então a
vez dela contar de seus dias com Anne, porém deixou a notícia do novo trabalho
quando estivessem à sós curtindo seu momento a dois.
Passava de uma da tarde quando
resolveram parar numa rest area para comer. Aproveitando a primeira real saída
de trás do volante, Nathan puxou-a para si em um longo beijo carinhoso. Ambos
de boné e óculos adentraram o lugar e ficaram feliz por perceberem que havia
apenas uma familia almoçando. As opções eram poucas por isso optaram por frango
frito. De repente, viu uma lanchonete e resolveu brincar com ele.
- Eu quero a sua salsicha,
Nate.
- Staninha, não são nem três da
tarde. Essa conversa é imprópria e se alguém escuta o que você está dizendo?
- Deixa de ter a mente poluída,
Nate. Estou falando de hot dog – apontou para a placa da lanchonete e começou a
rir vendo o quanto ele ficara vermelho. Recuperado da brincadeira, ele atendeu
ao pedido dela comprando dois hot dogs no Nathan’s. Terminada a refeição, ela
comprou um sorvete para comerem no carro e batatinhas chips com sabor de sal
marinho e vinagre. Próximo das três da tarde, não tinha como Stana não saber
para onde estavam indo. As placas para Napa Valley gritavam a sua frente. O
sorriso no rosto dela se iluminou.
- Você não poderia ter
escolhido lugar melhor, Napa Valley... ah Nate!
- Agora não tem mais como
manter a surpresa, pelo menos não quanto ao lugar. Vamos a uma cidade chamada
Santa Helena.
Vinte minutos depois, ele
estacionava o carro bem em frente a uma espécie de pousada. Stana já estava maravilhada
apenas com o terreno, ao ver o campo dos vinhedos que se perdiam no infinito e
a enorme casa principal não pode deixar escapar um “wow”. Antes de entrar na
sede, ela se permitiu um momento para admirar-se e gravar a paisagem do local
na memória. Assim que estavam no salão, foram muito bem recebidos por quem, ela
supos, era um dos donos. Um café quentinho com biscoitos estava disponivel no
hall de entrada para os hóspedes. É claro que se serviu automaticamente.
- Bem-vindos a Meadowood. Eu me
chamo Hank, sou um dos donos da pousada. O senhor deve ser...
- Storm. Rick Storm. Essa é a
minha namorada. Sua pousada foi muito bem recomendada. Confesso que já me
surpreendi com o que vi.
- É espetacular! – exclamou Stana.
- Obrigado. Aqui fazemos o
possível para tornar sua experiência em Napa Valley algo inesquecível. Dentre
os serviços disponíveis, temos o tour dos vinhedos com degustação, um spa
especial com tratamentos a base de vinho para a senhorita, três restaurantes
espalhados nos arredores do terreno que vocês podem frequentar com o seu carro
ou usando o transporte de cortesia que oferecemos. Além disso, no domingo pela
manhã temos uma classe de culinária caso estejam interessados. Em Santa Helena também
existem lugares muito bonitos para visitar. Vejo pela sua reserva que pediu o
pacote completo além de um jantar especial. Tem alguma preferencia quanto ao
local do jantar, senhor?
- Gostaria de um lugar íntimo
para duas pessoas celebrarem sem interrupções. Talvez no próprio chalé. E deve
ser amanhã à noite por volta das nove.
- Claro, podemos arranjar sim.
Que tal dar uma olhada no chalé para ver se está a contento do que o senhor
imaginou. Em caso positivo providenciarei o jantar.
- Ótimo.
Nathan e Stana seguiram com
Hank até o chalé. A palavra era modesta para descrever o lugar. Uma ampla sala
de estar com lareira tinha acesso a uma varanda no estilo gourmet nos fundos do
chalé separadas por portas de vidro dando a oportunidade de se admirar a
paisagem da vinicula a frente e ainda uma mini cozinha. O quarto enorme trazia
uma cama de casal king size e uma lareira muto bem decorado. O banheiro com
hidromassagem. Além disso, a frente do chalé uma especie de varanda com redes,
cadeiras de balanço para observar o por do sol ou tomar um café da tarde.
Satisfeito com o que viu, falou.
- Pode servir o jantar na
varanda gourmet.
- Sim, senhor. Iremos
providenciar. Tenha uma boa estadia e não
hesite em nos contatar se precisar de ajuda. Por favor, me dê apenas mais um
minuto, já volto – Hank saiu pela porta retornando com um carrinho com um balde
contendo champagne, duas taças e um buque de flores que entregou a Stana – esta
é uma cortesia de boas vindas em nome da equipe do Meadowood principalmente por
vir passar seu aniversário conosco.
- Ah, obrigada – disse sorrindo
enquanto o homem fazia uma referência e saia pela porta. Ela cheirou as flores
caminhando pelo quarto. A vista era linda de todos os cantos do chalé. Estava
realmente surpresa, Nathan caprichara apesar de saber que isso era apenas o
começo. Colocando as flores numa mesa da sala, pegou a taça com champagne que
ele já servira – nossa! Estou impressionada com tudo.
- Não está na hora do feliz
aniversário, Staninha mas vamos brindar a essa data tão especial. Você mais do
que ninguém merece ser feliz – o tintilar das taças aconteceu seguido do
primeiro gole e um beijo.
- Como você conseguiu achar
esse oásis? Sabia que os vinhedos eram bonitos, já estive em um deles mas toda
essa estrutura, é de tirar o fôlego. Se sua intenção era me surpreender, pode
ter certeza: o objetivo foi atingido.
- Foi uma indicação do meu
irmão, ele é amigo de um sommelier que frequenta o lugar, conhece o dono. Falou
que não iria me arrepender. Quanto a surpresa, está apenas começando amor.
- Hum... você adora me deixar
curiosa não? – virando o resto da champagne deixando o copo de lado. Puxou-o
pela cintura envolvendo-o em um novo beijo – como eu senti falta desses lábios!
Temos alguma programação agora? O jantar é apenas amanhã.
- Às cinco iremos fazer um tour
nos vinhedos com degustação de vinhos seguido de jantar. Depois a noite é uma
criança...
- Cinco horas... – ela
consultou o relógio – isso nos dá cerca de uma hora para testar as acomodações
– empurrou-o na cama deitando-se sobre ele – afinal não viemos aqui para
conversar, certo?
Devorando a boca à sua frente,
ela agia rapidamente com as mãos desabotoando a camisa dele. em questão de
minutos, estavam rolando na cama, pele contra pele envoltos em seu próprio mundo
em busca do prazer. Mais de meia hora depois, ainda estavam deitados
recuperando o fôlego de dois rounds seguidos de sexo com direito a orgasmos
múltiplos. Tentando escapar da preguiça, Stana levantou-se da cama para tomar
uma ducha. Caso contrário, não conseguiriam chegar aos vinhedos.
A paisagem exuberantemente
verde era responsável pelo sorriso permanente em seu rosto. De mãos dadas com
Nathan, caminhava por entre parreiras. Os cachos de uva eram tão fartos que
faziam os galhos penderem rente ao chão. Em um salão enorme, vários tonéis
estavam armazenados. Ao canto, uma mesa repleta de queijos e taças para servir
aos turistas amostras de produtos do vinhedo. Nathan estava curioso para saber
como ela se comportaria já conhecendo o seu histórico com certas bebidas em
excesso, especialmente o vinho.
Para degustação, eram ao todo
dez tipos diferentes de vinho, três deles brancos, um rose e os demais tintos.
Queria provar de todos. Intercalando os tipos de vinho e uvas, provavam queijos
deliciosos. Se agradasse algum deles, poderiam adquirir além de toma-lo no
jantar. Depois de duas taças deliciosas de vinho branco, Stana quis provar um
tinto. O sabor da uva em tom encorpado, descia pela garganta provocando uma
sensação de leveza e sabor intoxicante. Brincava com a gola da camisa dele
ainda saboreando a bebida.
- Se toda essa degustação era
para me seduzir ou me levar para cama, podia ter poupado. Nós já podíamos pular
o jantar e ir direto para o quarto, parece uma boa ideia...consigo pensar em
várias coisinhas para fazer com você.
- Nossa! Esse vinho faz
maravilhas. Com licença, senhor. Qual o nome desse tinto? Quero uma caixa!
- Nathan! – deu um tapinha no
peito dele jogando a cabeça para trás ao som de uma risada contagiante.
Enquanto Nathan falava com o rapaz, a mão dela subia e descia no peito dele.
- Senhor, nosso limite de venda
são seis garrafas – disse o rapaz não surpreso com o pedido do cliente visto
que vários se deslumbravam com os vinhos oferecidos por eles.
- Então, pode separar. Quanto a
sua proposta, nada feito. Temos uma programação a cumprir e se controle porque
não quero ninguem de ressaca amanhã – assim que o rapaz se distanciou, Stana
puxou-o pela gola da camisa e tascou um beijo sem cerimônia nos lábios. Seja
pelo vinho ou pelo fato de estar sozinha com ele longe de censura ou
observadores anônimos, sentia-se bem com uma liberdade a muito não
experimentada. Queria desfrutar do momento ao máximo. A partir da quinta taça,
perdeu a conta de quantas mais tomou. O jantar oferecido, também regado a
vinho, estava magnífico. Foram deixados na porta do chalé que ocupavam.
Sorrindo aos quatro ventos, declarava seu amor para Nathan. Entraram tropeçando
em casa, ela perdeu o sapato alto, tirou a camiseta de seda jogando-a pela sala
e foi rebolando até se jogar na cama. Calmamente, ele tirou a roupa observando
o jeito dela rolando entre lençois. De repente, ela sentou-se fazendo sinal com
o indicador chamando-o ao seu encontro.
- Estou muito feliz, Nate...
muito mesmo. Vem cá, quero te dar um pouco da felicidade, vem babe...
- O que uma bebida não faz,
hum? - apoiou o joelho na cama, acariciou o rosto dela com o polegar – adoro te
ver assim – o som da risada ecoou no quarto.
- Eu te amo, babe...
- Eu sei... – então empurrou-a
gentilmente contra o colchão prendendo-a entre suas pernas. Em segundos,
sugava-lhe os seios fazendo a gargalhada dela repertir-se várias vezes antes de
dar lugar a gemidos prazerosos.
No dia seguinte, eles acordaram
por volta das nove da manhã. Após acorda-la com milhares de beijos e carinhos
com direito a uma transa vagarosa matinal, Nathan comemorou o primeiro momento
do aniversário dela.
- Feliz aniversário, Staninha. Quero
que você tenha um dia maravilhoso.
- Ah, obrigada. Que jeito
delicioso de começar o dia – puxou-o para si beijando-lhe os lábios - Mas agora
faço que nem minha sobrinha, se é meu aniversário, cadê o presente? – Nathan
riu do jeito dela.
- E por acaso tudo isso aqui
não basta? – ao ver o bico no rosto dela, teve que rir - Não tão depressa,
gorgeous. Paciência é uma virtude e o dia tem 24 horas. Vem, já pedi o café da
manhã. Levantou-se da cama e depois de muita adulação, consegui arrasta-la em
seus braços para fora do quarto.
Tomaram café na varanda e
aproveitaram para caminhar de mãos dadas nos arredores da propriedade. Sentia a
cabeça ainda mareada por conta do excesso de alcool da noite anterior, porém
nada que umas boas canecas de café não curassem. Durante o passeio aproveitaram
para trocar carícias e beijos, como qualquer casal apaixonado não conseguiam
manter as mãos afastadas um do outro por muito tempo. Em seguida, decidiram
pegar o carro para percorrer a cidade. Nathan escolheu um restaurante simples
para almoçarem, uma das recomendações do dono da pousada. Após fazerem os pedidos,
que não incluiam bebidas alcoolicas, passaram a conversar. Stana decidiu que
era a hora de contar sobre os seus planos para o próximo mês.
- Eu tenho um novo projeto
nesse verão. Um filme. É um papel pequeno mas interessante. As locações são na
Italia, Florença. Um projeto com Brett Danton, você deve conhece-lo, trabalha
na série da Marvel, agents of shield.
- Sim, conheço. Cara bacana.
Quando começam as filmagens?
- Em junho, será feita em duas
etapas. A segunda fase acontece em julho, por isso estou pensando em ir para
Servia logo no inicio de maio, assim revejo a familia, descanso e intercalo as
férias com o trabalho. Devo estar de volta a LA no dia dez ou onze de julho
para gravar a sétima temporada de Castle. De qualquer forma, ficarei pela Europa.
Dependendo do cronograma de gravação posso voltar mais cedo.
- Então, de alguma forma
estamos ocupados durante nossas férias. Fico feliz que você tenha encontrado
alguma diversão e projeto para passar o tempo afinal precisamos nos manter
ocupados se vamos ficar longe um do outro. Mas aproveitando que segundo suas
contas nos veríamos apenas na volta ao estúdio, o convite para New York ainda
está de pé. Você já tem uma resposta para me dar?
- Nate, não sei se é tão
seguro. New York é uma cidade movimentada, com estudios de TVs e famosos
circulando o tempo todo. Não tem como permanecer anônima por lá ao seu lado.
Como aproveitariamos a cidade? Acho arriscado.
- Amor não precisamos ficar
expostos. Vamos para o Upper West Side e faremos passeios de pessoas comuns.
Essa é a beleza de New York, não precisamos ir a restaurantes chiquerrimos para
comer bem. Podemos ir ao teatro, passear nas ruas do Soho, até no Brooklin.
Vamos lá, ficaremos afastados muitos dias. Se você topar, peço para Michele
providenciar tudo da maneira mais discreta possivel. Não se preocupe que não
irei falar que estarei acompanhado. O que me diz?
- New York... musicais, central
park. Tudo bem, mas não vou te acompanhar no trabalho e ao menor sinal de
paparazzi nos separamos.
- Ah, serão quatro dias
perfeitos. Vou providenciar tudo, imagino que você vá se encontrar comigo lá.
Voltaram para a pousada apenas
para se dirigirem até a area de Spa. Ambos aproveitaram o resto da tarde para
fazer tratamento de pele, massagens e relaxamento. Retornaram ao quarto bem
dispostos. Ela se colocou no banheiro para fazer o cabelo, ele se certificava
de que tudo estava em ordem para logo mais. Remexendo em sua mala, tirou uma
sacola pequena de dentro e colocou-a em um lugar específico do chalé de fácil
acesso na hora do jantar. Estava curioso para ver a reação dela.
Quando saiu do banheiro apenas
de calcinha e soutian, Nathan quase a comeu com os olhos. Deus! Aquela mulher
mexia com os instintos mais íntimos dele, uma necessidade quase animal. Sentiu
a dor na região da virilha já demonstrando a reação. A forma como ela caminhava
pelo ambiente era displicente, alheia ao que acontecia ao seu redor ou assim
ele interpretava. No fundo, Stana fazia tudo de caso pensado, usar a sedução e
a provocação era uma brincadeira pessoal dela para atiçar Nathan. A maneira
como conduzia demonstrava o quão bem conhecia o namorado. Toda vez apertava o
botão certo e na hora que supostamente devera ceder ao desejo extrapolado pelos
seus gestos, aplicava um corte deixando-o ainda mais sedento de desejo por
alguma esperança de saciar e concluir o ato de possui-la. Jogos de sedução
sempre a interessaram especialmente quando o sentimento que prevalecia era o
amor.
Com um vidro de hidratante nas
mãos, apoiou uma das pernas na cama e começou a passar o creme no corpo.
Percebera que Nathan simplesmente mantivera-se estático de olhos vidrados em
cada movimento dela. Bancando a inocente, virou-se para fita-lo como se nada
estivesse acontecendo.
- Não vai se arrumar, babe? – a
voz melosa apenas piorava o conflito interno que vivenciava naquele momento.
Lutava contra a vontade de agarra-la de uma vez e a necessidade de se segurar.
Fechou os olhos por alguns segundos tentando buscar um resquicio de sanidade
para se recompor e se preparar para a noite.
- Um dia ainda perco
completamente a cabeça com esse seu teatro e não respondo por mim, Staninha.
Não hoje. Preciso muito de um banho gelado – saiu quase correndo para o
banheiro mas ouviu a gargalhada dela provavelmente comemorando o fato de tê-lo
deixado naquele estado.
Depois de ficar um bom tempo
recebendo o jato do chuveiro na cabeça, começou a colocar as idéias em ordem.
Tinha uma noite deliciosa pela frente, não somente porque é aniversário da
pessoa mais importante da sua vida mas também pelo que pretendia dar de
presente a ela. Quando teve a ideia, estava receoso de como Stana reagiria,
qual seria sua interpretação. Com o passar do tempo ao observar a forma como
havia encarado as últimas semanas de gravação, a season finale e o hiatus sabia
que poderia marcar um home run.
Não podia negar, estava
nervoso. Uma sensação de frio na barriga. A noite terminaria com chave de ouro.
Saiu do banheiro enrolado no roupão. Não a viu no quarto. Vestiu-se rapidamente
para ir a varanda ver como estava o andamento do jantar. Um garçom acabara de
arrumar a mesa. Estava impecável. Perguntou sobre o andamento do jantar, estava
tudo sobre controle. O vinho escolhido por ele era o mesmo que fizera Stana se
transformar. Toda a provocação que ela usara contra ele iria se reverter. O
feitiço contra o feiticeiro, era uma questão de horas. Estava cerca de dez
minutos sem ter sinais dela. Intrigado, passou a procura-la. Encontrou-a
debruçada na varanda traseira com vista para os vinhedos. Vestia um longo preto
com uma fenda lateral que deixava à amostra a perna longa e esguia. Era frente
única com um decote enorme expondo as costas belas. Os cabelos soltos
esvoaçavam ao vento enquanto ela olhava ao longe.
- Hey... o que faz aí, linda? –
ao vê-la virar, abriu um sorriso diante da imagem – linda é pouco para
descrever sua beleza – aproximou-se dela tocando-lhe a cintura, beijando-a
suavemente.
- Estava admirando o quadro
natural que temos a nossa disposição banhado pela luz da lua. Um presente de Deus.
- Como você. Uma noite
desenhada caprichosamente para a mais bela e extraordinária das mulheres. Não
fui eu, porém, quem encomendou esse céu, foram os anjos. Vamos para a outra
varanda iniciar as comemorações? – enroscou seus dedos nos dela usando a outra
mão para guia-la até o local do jantar. O garçon esperava-os mantendo a
postura. Ao invés de sentar, Nathan sugeriu que continuassem a observar a
beleza da noite acompanhados de vinho. Prontamente, em poucos minutos estavam
com as taças nas mãos. Brindaram e namoraram sob o luar. Um tempo depois, ele
sugeriu começarem a jantar.
Sinalizou para o garçon e
saborearam a entrada. Um fundue de três queijos regado com bastante azeite,
manjericão e orégano. Em seguida, uma massa com molho de frutos do mar. O
cheiro estava fantástico.
- Conheço uma pessoa que diz
massa em especial macarrão, é a pior comida para servir em um encontro.
Acontece que estando em um vinhedo nada mais italiano que um jantar de massas.
- Não sabia que você prestava
atenção ao que eu declarava a alguns anos...
- Como não? Você é o centro das
minhas atenções!
- Menos Nate, você tinha outros
interesses a alguns anos.
- Todos eram tentativas
fracassadas de substituí-la na minha mente, taxa de sucesso? Zero – ela
inclinando a cabeça para o lado, ergueu a sobrancelha surpresa com as palavras
dele. Não esperava esse tipo de declaração assim tão espontânea.
- Nossa, você está inspirado
hoje.
- Você é a minha inspiração,
Staninha.
- Nathan, seu Castle está
aparecendo.
- Ele não passa, em muitas
fornas, de um reflexo de mim mesmo.
O jantar foi saboreado com
gosto. O vinho caiu como uma luva e já estavam na segunda garrafa. A animação
dela começava a despontar. Terminado o jantar, entraram na terceira e Nathan
pediu licença para ir ao banheiro. Sua intenção era pegar o presente dela.
Voltando para a varanda, pediu ao garçon que deixasse a sobremesa servida à
mesa e após preparar um café, estaria dispensado. Cheesecake com frutas
vermelhas, uma prova de que a conhecia bem. O aroma do café adentrava
suavemente as narinas deles fazendo-os salivar.
Stana comeu a torta com
vontade. Adorou cada garfada e não cansava de elogiar o jantar como um todo.
Tomaram o café e Nathan sugeriu que fossem para a varanda. Ela era somente
sorrisos, reflexo do vinho que fez questão de pedir ao garçon para deixar mais
uma garrafa, o que Nathan achou excelente para finalizarem a comemoração. Fitou
a lua cheia bela rodeada de estrelas. Nesse momento, usava-a como fonte de
coragem e inspiração para o que pretendia dizer a seguir. Desviou os olhos à
procura dos dela. Estavam com uma cor incrível, amendoados com alguns toques de
verde. A pupila um pouco dilatada pelo efeito do álcool.
- Acho que chegamos ao ponto
alto da noite, o momento em que devo cumprimenta-la formalmente pelo seu
aniversário e como bem nos lembra a pequena Anne, hora do presente. Eu gostaria
que você me escutasse sem interrupções pois tenho algumas coisas a lhe dizer.
Tudo bem?
- Terei um discurso? De repente
você me pareceu tão sério... estou pronta e ansiosa não vou negar.
- Não se trata de um discurso,
gostaria de dizer algumas palavras a você. Fiquei em dúvida do que comprar para
lhe dar de presente. Sei que sua reação provavelmente seria de que não preciso
ter esse tipo de trabalho e não duvido que acrescentaria “só quero você”. Fico
lisongeado mas você merece bem mais. Passei a observar algumas reações suas,
comportamentos. Percebi que a nossa decisão de assumir o nosso amor foi a mais
acertada até hoje. Estou em um momento da minha vida que não caibo em mim de
felicidade. Por alguns anos, achei realmente que seria um solteirão, o tio do
pedaço e isso me tirou o sono algum tempo até me conformar. Então, surgiu você.
Por cinco anos briguei contra meus sentimentos e percebo o quanto fui bobo. Se
tivesse ideia do quanto a sensação de estar feliz, de te amar me faria bem,
certamente a pressionaria antes – tomou a mão dela na sua e beijou-lhe as
juntas dos dedos – eu sou grato por cada dia a seu lado. Posso afirmar que
todas as outras vezes que me declarei apaixonado estava errado, era paixonite,
atração, sexo. Com você é tudo mais profundo. Amor verdadeiro. O que me remete
a nossas duas semanas de gravação. A montanha-russa de sentimentos que
experimentei ao seu lado serviu para avaliar qual o caminho que quero seguir.
Stana ter você ao meu lado torna a vida deliciosa, sua gargalhada, seu olhar, o
jeito de caminhar, a voz mansa, sua provocação. Cada pedacinho do seu corpo me
faz sorrir. O jeito que mordisca o seu lábio, como revira os olhos quando falo
qualquer besteira. Suas crises de ciúmes, tpm. Até mesmo quando briga comigo,
você me muda de alguma maneira – percebeu as lágrimas formando-se nos olhos
dela - É você, tudo em você. Amo cada gesto, cada toque, cada pensamento seu.
Você é tudo para mim. Foi pensando em tudo isso que decidi qual o presente
ideal para lhe dar.
Nathan pegou o pequeno embrulho
e entregou a ela. Percebeu que as mãos tremiam receosas do que estaria
escondido naquele pequeno pacote. Não conteve as lágrimas diante da declaração
recebida. Cuidadosamente retirava o papel e deparou-se com uma caixa de jóia,
disso não tinha dúvida. Na mesma hora, fitou-o querendo encontrar a resposta
para um pensamento que vagava em sua cabeça.
- Escute, não quero que entre
em pânico. Esse presente é um símbolo de fidelidade e compromisso a você. Não
será nada a mais que isso até o dia que decidir ser preciso representar mais –
tirou a caixa das mãos dela abrindo para mostrar o solitário. Um anel delicado
e espetacular. Um diamante quadrado, com cinco brilhantes de cada lado
decorando a superfície arredondada. Tomando a peça entre os dedos, colocou-a no
anelar da mão direita – I love you, Stana. Always. Feliz aniversário meu amor.
Semtiu as pernas fraquejarem ao
olhar para o anel em seu dedo. As lágrimas não paravam de descer pelo rosto.
Precisava desesperadamente sentar-se. O corpo tremia diante dele.
- E-eu preciso... minhas
p-pernas...tenho que sentar. Nathan percebeu uma certa palidez no rosto dela,
ajudou-a a se colocar na cadeira intimamente pedindo para que não tivesse
estragado tudo. A respiração dela estava difícil, quase ofegante. Gemtilmente
colocou a cabeça entre os joelhos para que o sangue circulasse melhor. Que ela
não ceda ao pavor, era tudo que pensava. Stana tentava digerir o que acabara de
acontecer. A surpresa se transformou num choque, mas de uma maneira positiva. Simplesmente
não esperava isso tão repentinamente. Conforme ele falara, não era uma espécie
de pedido, era simbólico. Porém, vê-lo fazendo isso trazia seriedade ao
relacionamento que viviam, bem mais do que ela pensara existir.
A fraqueza nas pernas já
melhorara, a ficha começara a cair e ao fita-lo ali com o rosto sério denotando
preocupação e o olhar amoroso enquanto segurava sua mão e a acariciava com o
polegar, ela soube. A vida não era um conto de fadas contudo era possível se
deparar com homens que possuíam um certo dom para príncipe encantado. E Nathan
era assim, seu príncipe do mundo real, com defeitos, esquisitices e qualidades.
Sobretudo era seu. O oolhar voltou-se para o anel, em seguida para a direção
dos olhos dele.
Não se contendo após admirar a
joia, agarrou-lhe o rosto com as duas mãos e beijou-o apaixonadamente. Sentiu
as mãos dele percorrerem as costas nuas puxando-a contra o corpo até alcançar a
nuca a fim de aprofundar o beijo. De intenso, o beijo tornou-se sensual e
urgente. Sentiu o desejo despertado mais cedo percorrer suas veias fazendo o
sangue circular mais rapidamente refletindo em seu membro. Agarrando-a pela
cintura, suspendeu o corpo para coloca-la sentada no apoio da varanda. Stana
automaticamente enroscou as pernas nele. Quebrou o contato com os lábios
dedicando-se a devorar o pescoço exposto para seu bel prazer. Quando todo o ar
escapara de seus pulmões, eles se renderam ao ato de respirar.
- Eu não sei o que dizer a você
exceto que te amo profundamente, algumas vezes mais do que a mim mesma. Vou
carregar esse anel como um símbolo. Será uma forma de senti-lo sempre perto de
mim mesmo que você esteja a milhas de distância.
- Esse era o objetivo e Stana,
faça um favor a nós dois: não racionalize demais o futuro. É o presente que
devemos viver – sorria limpando as lágrimas que marcavam o rosto dela.
- Quando você realmente soube
que podia me dar esse presente?
- Depois de ver sua reação ao
que Marlowe fez com sua personagem. Até ali era uma ideia, após a nossa
conversa virou uma certeza.
- Falando em presente.... quero
festejar meu aniversario. Quero me entregar a você, completamente.
Ele a ergueu da varanda e
tomou-a em um novo beijo. Juntos foram para a cama. Nathan livrou-se do vestido
como em um passe de mágica ficando surpreendentemente feliz ao ver que ela não
usava mais nada por baixo da roupa. por sua vez, Stana se alongou retirando as
peças de roupa que ele vestia retomando o jogo que começara no momento que
deixara o banheiro. Vagarosamente, a camisa dele chegou ao chão enquanto os
lábios quentes percorria a pele mordiscando, beijando e provando o sabor
masculino. Os dedos ágeis tornaram-se preguiçosos sobre o tecido da calça
acariciando o membro já bastante excitado. Ao senti-la abocanhar um de seus
mamilos, gemeu com a forma que ela cravou os dentes nele. Finalmente, a calça
deslizara para os seus calcanhares fazendo-o recuperar parte do tempo gasto na
sedução. Tinha urgencia por possuí-la. Empurrando-o na cama, colocou-se sobre o
corpo procurando a boca com sabor de pecado que tanto adorava. As mãos de
Nathan percorriam suas costas até a altura do bumbum acariciando-o e
apertando-o. Como uma gata, ela se esfregava no corpo dele para instiga-lo.
Sentada sobre as pernas, puxou o elastico do boxer com as duas mãos liberando o
membro rijo à sua frente. Tomou-o nas mãos começando a acaricia-lo. Os gestos
levavam Nathan ao delirio, seu grito quase pareceu um lamento quando tomou-o na
boca. Não foi preciso muito esforço para deixa-lo à beira da loucura. Quando se
preparava para te-lo dentro de si, foi surpreendida com a mudança de posição
rápida provocada por ele.
Nathan se colocou sobre ela
mantendo as mãos presas sobre a cabeça. Em seu olhar, Stana pode ver o desejo
selvagem que o dominava. Beijou-a urgentemente forçando seu peso sobre o dela
sem se preocupaar em ser gentil. Tomou-lhe completamente ao penetra-la
arrancando um grito que foi sufocado pelo calor dos lábios dele. Ainda segurava
os braços dela quando sugou-lhe os seios um a um, ação que fez Stana arquear o
corpo e contorcer-se totalmente embaixo dele. o ritmo das estocadas era rápido
e certeiro. Mais e mais, ele se forçava contra ela que não suportava segurar as
sensações de prazer que percorriam seu corpo dos pés a cabeça. Cedeu ao orgasmo
e somente assim, Nathan soltou-lhe os braços. Livre, automaticamente
agarrou-lhe os cabelos buscando a boca. Entre o toque das linguas e o mordiscar
de lábios, ela já cravava as unhas nas costas dele movida pelo turbilhão de
prazer que ainda aflorava do seu corpo. Ele estava prestes a atingir seu limite
quando ela forçou-se a mudar de posição.
Agora por cima, ela impos o
ritmo do seu jeito. Fazia os movimentos que o tiravam do sério, pressionando e apertando
seu membro criando ainda mais prazer. Os corações acelerados estavam próximos
de arrebentar o peito. As mãos dela fincaram no peito fortemente para dar-lhe o
impulso necessário a fim de enlouquece-lo rumo ao orgasmo poderoso que o
atingiu no momento que ela ergueu o corpo apenas para afundar-se de vez sobre o
membro ereto. Gemidos e pequenos gritos eram os sons presentes no quarto, ele
apertou-lhe os mamilos fazendo-a gritar seu nome e um novo orgasmo a atingiu.
Em meio a sons de desejo, suor e tremores, deixou-se cair sobre o corpo dele
ofegante. Somente depois de alguns minutos, ela o ouviu dizer seu nome numa
especie de canto. Virou-se para fita-la e não havia outras palavras a serem
ditas além de seu nome. O olhar falava por si só.
- Stana....Stana...
- Eu sei, babe. Permaneceram
abraçados por mais um tempo até que ela sugeriu que ele pegasse a última
garrafa de vinho e mais um pouco da torta do jantar. Ainda preguiçoso, ele se
levantou da cama para satisfazer a vontade da amada. Também precisava de uma
bebida. Ao voltar ao quarto com o balde cheio de gelo, as taças e o prato da
torta, pegou-a brincando com o anel no dedo. Sorria admirando a joia. Serviu a
taça de vinho para ambos e entregou-lhe, o prato de doce estava sobre a cama na
frente deles.
- Admirando seu presente?
- Sim, é lindo demais. Não é só
o anel e sim tudo o que ele significa. Gostaria de poder exibi-lo normalmente
sem levantar suspeitas mas isso não será possivel. Vou coloca-lo no cordão como
Kate faz, irá ficar próximo ao meu coração – virou a taça na boca, Nathan
acariciou a bochecha dela antes de beija-la – acho que esse é o melhor
aniversário que tive em anos.
- Fico feliz por saber disso –
disse ele abrindo a boca para comer o pedaço da torta oferecido por ela.
- Na verdade, ele ainda não
terminou. Temos meia garrafa de vinho e muitos pensamentos deliciosos povoando
minha mente babe.
- Mesmo? Como o que?
- Deliciosos como chantilly –
manhosa, se esfregou no corpo dele beijando-lhe a mandibula até que os lábios alcançassem
o ouvido sussurrando – consiga chantilly.
- Como? Sabe que horas são? Já passa das duas da manhã...
- E qual o problema? Somos
hóspedes e queremos chantilly. Sei que eles tem isso fácil. Nào vejo a hora de
devorar seu corpo completamente, lambendo com chantilly até não suportar
mais... você precisa disso, babe.
- Meu Deus! – ele ligou para a
recepção e pediu a substância, teve que inventar uma série de desculpas, porém
ao fim de quinze minutos, confirmaram a entrega de uma lata do tal chantilly –
pronto. Preciso do meu roupão para atender à porta. E você nem ouse sair dessa
cama e do quarto.
- Nem pretendo... não há outro
lugar em que gostaria de estar – passou a mão na bunda dele beliscando-a em
seguida – gostoso!
Quando Nathan voltou ao quarto
com a lata de chantilly, ela estava sentada tomando mais uma taça de vinho. A
bebida a deixava leve e solta com inclinação a fugir do seu comportamento
normal e experimentar outras coisas. Tomou o frasco da mão dele e ordenou que
se deitasse. De joelhos na cama, Stana começou a sua brincadeira pessoal.
Espirrou chantilly ao longo do peito dele sem pensar se exagerava ou não.
Deixando a lata de lado, passou a provar o creme com os lábios, sugando a pele
com o doce. Por algumas vezes, a lingua agia mais diretamente como nos mamilos.
As mãos não tocavam o creme mas estavam ocupadas acariciando o membro dele.
limpou todo o creme e repetiu a dose concentrando-se agora nos lábios dele. Sentada
sobre ele espirrou o creme em seus seios.
- Prove... – ávido por toca-la,
cravou os lábios nos seios sorvendo com a ponta da lingua todo o chantilly.
Estavam sentados na cama encaixados um ao outro enquanto ele devorava a pele
doce pelo excesso de creme. Stana jogou a cabeça para trás possibilitando a
chance dele mesmo entrar na brincadeira. Despejando chantilly na garganta dela,
chupava-lhe o pescoço roçando os dentes fazendo com que ela risse devido ao
toque. Colocando o creme nas mãos, ela cobriu os lábios dele para beija-lo. Usou
o resto do creme para envolveu o dedo indicador de Nathan e tomou-o
sensualmente na boca.
Abruptamente se distanciou dele
com a lata na mão. Rindo, maliciosamente despejou mais uma porção do creme na
mão e lambuzou a cabeça do membro dele. Nathan foi ao delírio quando sentiu os
lábios provando-o voltando sua atenção apenas quando ele já alcançara o limite.
Puxando-a pela cintura, ele a penetrou novamente e em menos de um minuto a
explosão tornou a acontecer. Foram pelo menos três vezes entre troca de
posições, orgarmos e entrega ao prazer. Os corpos rolavam em meio aos lençóis
salpicados de chantilly, tocando-se, explorando-se com urgencia e paixão.
Quase atingiram a exaustão.
Largados cada um para um lado da cama king size, respiravam com dificuldades.
Foi necessário um bom tempo para que o coração de ambos retomassem o ritmo
normal. Devagar, Stana se aproximou aconchegando-se no peito dele, falando.
- Obrigada, babe. Love you. E
adormeceu quase instantaneamente.
Os raios de sol do domingo
invadiam o quarto através da porta de vidro da varanda. Espreguiçando o corpo
ainda ressaqueado da madrugada agitada, Stana vira-se para o lado a fim de
checar o celular sobre a cabeceira. Era um pouco mais de nove horas. Após
sentar-se, notou que estava com fome. Além disso, pela primeira vez observou a
bagunça da noite anterior. Roupas no chão, taças ao redor da cama, a garrafa
vazia no balde em meio a agua que horas atrás era gelo, a tampa da lata de
chantilly em meio aos travesseiros sem contar os lençóis emaranhados e melados
com o creme. Seu corpo estava grudento pelo doce que colocar sobre a pele. Em
meio a tudo isso, Nathan dormia tranquilamente esparramado em mais da metade da
cama com apenas um pedaço de lençol sobre as pernas. Sorriu admirando como
pequenos prazeres podem ser responsáveis por recordações para uma vida inteira.
Era assim que guardaria essa noite. Dentre alguns momentos mais que especiais
da sua vida. Ela se debruçou sobre o corpo ao seu lado percebendo que tinha o
mesmo grude na pele. Com o nariz, acariciava-lhe o rosto para acorda-lo sem
pressa. Viu o sorriso formando-se no canto dos lábios até abrir os olhos
refletindo um azul cor de mar.
- Bom dia...
- Bom dia, amor. Cadê meu
beijo? – os lábios dela cobriram vagarosamente os dele em um beijo cheio de
amor e carinho – melhorou... acho que preciso comer. Estou faminto. Como você
está? Ressaca?
- Não da bebida, estou ótima.
Meu corpo está um pouco doido das confusões de ontem à noite mas não me
arrependo. Também tenho fome mas sinceramente necessito de um banho e você também.
Sabe lá onde temos restos de chantilly...
- Façamos assim: você prepara o
nosso banho, eu providencio o café. Podemos toma-lo na banheira mesmo ou antes.
- Tomaremos antes, esse chalé
já está uma bagunça não precisamos de mais.
- A culpa é sua com essas
idéias malucas, Staninha.
- Até parece que você não
gostou – dando uma tapinha no traseiro dele – ande logo, preciso do meu café,
Nate.
Quinze minutos depois, ela já
devorava torradas francesas, uns pedaços de melão e uma caneca de café. Servindo-se
de mais uma dose do liquido preto, saiu puxando Nathan até o banheiro para
aproveitarem um banho de espuma. Ficaram de molho relaxando o corpo ainda
cansado da noite anterior. Os pés dele acariciavam a perna dela e rapidamente o
objetivo maior, o banho, ficou em segundo plano. Stana sentou-se no colo dele
buscando um beijo. Dali, os próximos movimentos evoluíram para mais uma rodada
de prazer e fizeram amor ali mesmo. Satisfeitos, renderam-se ao chuveiro.
Após o banho, por insistência
de Stana, foram para a aula de culinária onde Nathan fez sucesso não somente
por seus dotes culinários mas sobretudo em relação às piadas e ao charme bem
característico que deixava todas as mulheres suspirando. Era engraçado entender
o quanto o lado palhaço pesava para esconder a timidez visível agora para
Stana. Também não deixou por menos, reinou e implicou o quanto pode com o
namorado e a chef ficou admirada ao ver um casal tão sincronizado, seus
movimentos se completavam e a maneira que sorriam um para o outro demonstravam
a cumplicidade do casal. Almoçaram o prato que prepararam na aula regado a um
bom vinho. Nathan optou por suco de uva pois estaria dirigindo daqui a poucas
horas. Para finalizar o dia antes de arrumarem suas coisas para voltar a LA,
resolveram ficar um pouco na piscina. Na verdade, ela teve que se contentar em
colocar de molho as pernas já que a menor peça de roupa que tinha era um
shortinho. Nathan usou uma bermuda para ficar dentro d’água.
Nem se lembrava a última vez
que namorara a beira de uma piscina distante de tudo e de todos, passando como
alguém totalmente anônima para as pessoas ao seu redor. Em cada um desses
momentos, ela tornava a expressar seu amor e agradecer pelo fim de semana. Cada
abraço, carícia e beijo era importante, palavras repetidas enchiam os ouvidos
de Nathan e o faziam sorrir diante da alegria que presenciava no rosto da
mulher amada. Tudo isso, mostrava que tomara a decisão certa ao traze-la para
aquele lugar. Tinha que agradecer ao irmão pela dica. Se depender dele, New York
também seria um deleite.
Por volta das cinco da tarde,
estavam devidamente prontos para partir. Agradeceram a oportunidade e a
hospitalidade de toda a equipe da pousada. Foram convidados para voltar. Na
estrada, ela tomou conta da trilha sonora. Ouviram jazz, blues e muitas canções
retro e não tão populares. Música latinas e italianas completaram a seleção. Não
era segredo para ninguém o gosto peculiar dela por música mas Nathan aprovou as
escolhas. No meio da viagem, logo após uma parada em uma rest area, ao retornar
do banheiro, ele a pegou contemplando o anel perdida certamente em pensamentos
exclusivamente seus. A expressão no rosto dizia o quanto aquele fim de semana
fizera bem aos dois. Stana estava completamente relaxada, feliz.
- Adimirando seu presente,
amor?
- Estava aqui pensando em como
será difícil tira-lo do dedo. É uma jóia tão delicada.
- Como a dona – completou
sorrindo para ela.
- Melhor eu tirar logo para não
tornar o ato mais difícil – ele segurou a mão dela impedindo-a.
- Não tem pressa... tire quando
chegar em casa – concordou entrando novamente no carro. Deveriam chegar na
cidade por volta das onze da noite. O avião dele saia às sete da manhã rumo a
mais um evento. Conversavam sobre vários assuntos na intenção de mante-lo
acordado na estrada. Por volta de onze e quinze, estacionou na frente do prédio
dela. Nem precisou insistir para que ele subisse por alguns minutos.
Nathan já havia reparado que
ela estava usando o colar que dera de presente com o pingente no formato das
iniciais. Isso o deixou feliz. Viu quando Stana desabotoou o colar e
cuidadosamente colocou-o sobre a mesa. Tirou o anel do dedo e enfiou-o no cordão
retornando-o para seu pescoço. Ele ajudou-a a fechar. Carinhosamente, ela
segurou a joia entre os dedos, algo chamou sua atenção. Havia algo escrito no
interior. Arregalou os olhos mediante a surpresa. Aproximando um pouco mais do
rosto, ela entendeu.
- Always... você mandou gravar
no anel...
- Quantas vezes já não dissemos
que nossa relação se entremeia com a de nossos personagens?
- Eu amei, Nate. Por isso que
você falou e tudo o mais que a palavra representa. Eu nem sei o que dizer
então... – ela o puxou pelo pescoço e beijou-o profundamente colando o corpo ao
dele. Ficaram vários minutos perdidos entre beijos e carícias. Ao se afastarem,
ele reagiu .
- Nossa! Isso que foi uma
despedida. Adoraria ficar um pouco mais em sua companhia mas tenho um avião me
esperando às sete e sequer arrumei minha mala. Vou morrer de saudades,
gorgeous. Promete me ligar?
- Claro!
- Ainda não sei se volto para
LA ou já irei direto para New York. Se vier por aqui te aviso, quem sabe não
fazemos um programinha com a Anne? Se não, te mando todas as informações de
dias, hotel e vôos da “big Apple” mas não se preocupe, tudo por minha conta.
- Nate...vou sentir sua falta –
beijou-o novamente, encostou a testa na dele – obrigada pelo aniversário
maravilhoso.
- Apenas retribui todo o seu
carinho. Você merece, Staninha. Durma bem e sonhe comigo.
Ela ficou parada vendo-o sair
pela porta, inconscientemente brincava com o solitário entre os dedos.
- Always... – disse beijando o
anel rumo ao seu quarto.
Continua....
6 comentários:
Nossa que capítulo foi esse ... maravilhoso, sem palavras para descreve-lo ... Parabéns ...
Só uma palavra pra descrever esse capítulo: PERFEITO *_____________*
Ao ler esta história consigo imaginar o N e a S, você escreve muito bem, ao estilo Nora Roberts que também adoro...
Coisa mais fofa esse Nathan,foi lá ajudar ela a ter força na peruca,realmente Stana sambou de salto agulha na cara do recalque...Se fosse na vida real,eu teria colocado veneno no pedaço de bolo da Mark,mas até que vc o fez suportavel nessa fic.Dara sempre divando,dá vontade de aperta-la.
Stana curtiu a sobrinha,coisa mais cutie!
Ele organizou algo tão lindo,maravilhoso,perfeito,divino,espetacular e etc..para ela,morrendo de inveja branca,preta,azul,verde de todas as cores da Stana.Vinho+Stana=Vai que é tua Nathan!!!!!
Essa mulher é ligada no 220 kkkkkkkkkkkkk ...Vamos para o grande dia,apartir daqui ñ respondo pelo que escreverei OK.?OK!
ELE FEZ A DECLARAÇÃO MAIS LINDA DO MUNDO,ELE DISSE COISAS TÃO INCRIVEIS QUE ME DEIXOU COM AS PENAS COISADAS...AI VEM O ANEL,CARAMBA!
OOOOOOH ANEL DE COMPROMISSO E FIDELIDADE,ME DIGA VC REALMENTE KAREN REALMENTE QUER ME TER COMO LEITORA ATÉ O FIM DA FIC E PARA AS PROXIMAS????POIS BEM,SE VC CONTINUAR COM ISSO NÃO TERAS!
VOLTANDO...EU PENSEI PQP,ELA VAI SURTAR,VAI ESTRAGAR TUDO,SINTO ISSO...RESPEIRA STANA,RESPIRA E ACEITA O QUE ELE QUER TE OFERECER...ME RESPEITA E Ñ VAI PIRAR AGORA SE NÃO DOU UNS TAPAS NESSA TUA CARA FALO SERIO!
AI ELA SE "ACALMOU" E FOI LINDO DE SE LER O QUE OCORREU DEPOIS,SEI QUE ESSA DANADA QUER FAZER NIVER TODO DIA DEPOIS DESSE.ATÉ EU MINHA QUERIDA...
Agora hiatus e cada um vai se ocupar da forma que acha melhor,para driblar a saudade...
Ps1:Tatí realmente tem razão...minha Nora Roberts do mundo das fics.
Ps2:Desculpa escrever demais e preciso do proximo cap.
UI, UI,UI!Que capítulo mais "delícia". Muito fofos. Parabéns! Arrasando como sempre.
tô complemente apaixonada por essa fic, esse capítulo foi PERFEITO
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