Nota da Autora: Finalmente mais um capítulo, mas vocês entendem não temos tantos assuntos Stanathan para servir de base ultimamente. De qualquer forma, nem era para postar hoje. Consegui mexer no meu planejamento e acabei terminando. Não há angst nesse capítulo, o que é um milagre ao se tratar das minhas fics esses tempos (hahaha). Apenas emoções... e adivinhem? Sim, uma pitada de NC...Enjoy!
Pitadas de NC17....
Cap.48
Nathan preparou um café
reforçado com ovos frutas e french toast para Stana. Eles teriam uma semana
pesada pela frente. Enquanto terminavam a refeição, ela recebeu uma mensagem da
sua agencia dizendo que a proposta de contrato enviada por ela no dia anterior
já estava com os advogados e até o final do dia enviariam para a ABC.
Chegaram ao estúdio logo após
às sete horas da manhã. Fizeram uma raápida parada na sala dos escritores para
receberem a sequencia de cenas e seguiram para a maquiagem. Na segunda-feira, o
ritmo das gravações era frenético. Entre ensaios e filmagens de cenas, eles mal
tinham tempo de ir ao banheiro. E segundo Terri a tendência era piorar pelo
menos nos próximos dois dias. Terça à tarde e quarta estava marcada a externa
com Nathan e Stana na locação onde ficava o galpão para fazerem a prisão do
assassino. Estavam esperando apenas a sinalização de Rob para saber se tudo
finalizara pensando em antecipar alguma cena.
Naquela manhã, filmariam as
cenas do distrito quando todos duvidam de Castle. Depois, a cena individual de
Nathan em seu escritório e a cena mais pesada de Stana sob a supervisão de
Terri. Mais tarde, por volta de oito da noite, era a vez da cena dos balanços. Sim,
a semana da reta final estava bem agitada.
Por volta das duas da tarde,
aproveitando a hora do almoço, Nathan trancou-se em seu camarim e começou a
fazer algumas ligações para seus agentes e advogados. Sabia que ela havia
enviado a nova proposta para ser apresentada a ABC, mas já estava trabalhando
no plano B. Terri carregara Stana para a preparação da sua grande cena.
Ela pedira trinta minutos para
a releitura e preparação. Escolhera sentar-se na antesala, exatamente no lugar
onde Beckett iria esperar até ser chamada. Com o texto nas mãos, Stana se
concentrou em decorar suas falas. Sim, devido toda a confusão, ela lera as
falas apenas uma vez, portanto ainda não tivera a oportunidade de refletir sobre
o que diria nem mesmo se aprofundar no significado para incorporar as atitudes
à sua personagem.
Quando terminou a primeira
leitura, Stana engoliu em seco. Os olhos fitavam uma espécie de vazio a sua
frente. Não conseguia reagir por alguns segundos. As palavras de Terri foram
simples e fortes. Em cerca de uma dúzia de falas, Terri colocara o coração de
Beckett para falar por sete anos.
Respirando fundo, ela repetiu o
processo da leitura na tentativa de recitar as palavras como elas deveriam ser
pronunciadas. Em cada linha, havia uma forma de evidenciar o poder por trás
delas. Naquele momento, Stana se permitiu absorver todas as palavras com seus
significados. A reação a dominou em questão de segundos. De repente, ela se viu
transportada para o primeiro dia de gravações do piloto quando treinava a sua
cena de interrogatório com Nathan. Era o mesmo cenário de tantas outras cenas,
de tantos outros episódios. Recordara o quanto estava nervosa. Ele a ajudou a
passar o texto, ela pediu orientação quanto à entonação de voz e postura. Ele
sorria indicando o que havia para melhorar, muito pouco na opinião de Nathan.
Pensando novamente sobre aquele
momento, Stana lembrou-se de como ele a fitava. Talvez fosse prematuro dizer
isso na época, porém analisando com outros olhos, a faísca de desejo e atração
já existia ali. A química entre os dois era acionada apenas com um olhar. Ela
se recordava da fala onde exatamente esse lampejo de atração apareceu. Quando
Castle dizia que ela tinha lindos olhos. Nathan a fitou de um jeito que sentiu
um arrepio na espinha e compreendera que caso não tivesse cuidado, ela se
perderia por ele.
Isso realmente aconteceu. Não
somente na ficção como na vida real. A sensação da lembrança encheu seu coração
de alegria. Fora uma longa caminhada para Stana nesses sete anos. Muitas
dificuldades, a adaptação, a luta contra seus sentimentos e agora ela estava
ali, com uma aliança no dedo, casada com o mesmo homem que a ajudou anos atrás
cortando uma teórica linha reta na camisa que usava, item que após leiloado lhe
fora devolvido pelos fãs. Isso não era tudo, na nova fase da sua vida, Stana considerava
a possibilidade de ser mãe. Queria dar um filho para Nathan Fillion, seu
co-star e amor da sua vida.
Tinha lágrimas nos olhos ao
pensar nisso. Da mesma maneira, ao voltar seus pensamentos para o texto de
Castle, percebia o quanto sua história era similar a de Beckett. A exemplo do
que acontecera com a atriz, a personagem soube no primeiro contato com Castle
que poderia ter problemas. É claro que não tinha a bagagem de traumas de
Beckett, porém evoluira na mesma proporção de tempo que a sua personagem.
Beckett aprendera a dominar seu medo, aceitar a amizade e a parceria de Castle
assim como Stana para então entender seu amor e entregar-se de vez. Terri fora
extremamente feliz ao escrever aquelas palavras do discurso final de Beckett.
Stana tinha o rosto marcado pelas lágrimas quando recitava o texto para si.
“He has proven to be a
brilliant partner and he's always had my back. And as for the fiction
representation of me, I'm proud to have been his inspiration and I am proud to
be his wife.“
Perdeu o controle baixando a
cabeça deixando o choro correr livremente. Estava emocionada com as memórias e
as palavras de Terri. Em alguns minutos fizera uma viagem ao passado apenas
para provar que acertara em todas as decisões que tomara até ali com uma única
exceção. A burrada que fizera com o seu contrato. Como ela chegou a pensar em
não querer fazer mais a Kate Beckett? Como desistir dessa mulher brilhante que
enfrenta assassinos com a mesma determinação de uma guerreira sem perder a
sensualidade. Uma mulher complexa aos olhos de tantos e igualmente frágil e
delicada quando necessita dos braços do seu marido? Não havia desculpa para
definir o quanto errara em sua última decisão.
Entre lágrimas, fora assim que
Terri a encontrou com o roteiro nas mãos. Ao ver a escritora e produtora, Stama
levantou-se e a abraçou fortemente por um longo tempo. O rosto vermelho ainda fitou
os olhos da escritora ao afastar-se um pouco. Sabia que a maquiagem estava
borrada, teria que retoca-la mais uma vez, mas isso era o mínimo diante do bem
que acabara de fazer a si mesma mergulhando nas palavras de Terri. Sorrindo,
ela finalmente falou.
- Eu nem sei por onde começar a
expressar minha gratidão a você, Terri. Muito obrigada por ter me escolhido e
me dado a honra de ser Kate Beckett. Serei eternamente grata por receber o
privilegio de dar vida a uma das personagens mais densas e lindas da televisão.
Você e Marlowe mudaram a minha história de uma maneira que jamais pensei ser
possível. Não consigo imaginar palavras mais perfeitas para Kate declarar seu
amor ao marido do que as escritas nesse script por você.
- Oh, Stana... nada disso seria
possível se não fosse pela sua paixão por Beckett, por ter se dedicado a
compreende-la tão bem para transforma-la em tudo o que ela representa hoje para
milhares de fãs, uma guerreira, uma heroína e modelo para tantas jovens. Você e
Nathan levaram Castle a uma proporção inimaginável para mim e Andrew quando
começamos. É com orgulho que encerro esse capitulo da minha vida sabendo que onde
quer que esteja, Castle e Beckett continuarão vivos e brilhando através de
vocês – ela limpou um pouco das lágrimas no rosto de Stana e sorriu – agora, vá
retorcar essa maquiagem para arrasar na cena da vida de Beckett.
Stana suspirou e saiu rumo ao seu
camarim com Liz a seu lado. Quinze minutos depois, ela se refez e apresentou-se
para o diretor, pronta para fazer jus a Beckett. Na frente de Terri, ela
brilhou como a escritora sempre previu. Não seria Stana se não atuasse com o
coração.
Quando terminaram a cena, foi a
vez de Terri puxa-la para um abraço caloroso.
- Você acabou de criar uma das
melhores cenas de Castle. Acho que foi sua melhor atuação de tantas
maravilhosas. Não vou me esquecer disso.
Sorindo, Stana seguiu para o
set do loft para gravar a outra cena com Nathan. Ao vê-la diante de si, ele
reparou nos olhos de Stana, havia chorado, estavam vermelhos. Depois de uma
rápida conversa com o diretor para checar posicionamento e fazer um primeiro
ensaio, ele se aproximou dela acariciando-lhe o braço antes que seguisse para a
troca de figurino.
- Está tudo bem?
- Sim, está. Só emoção da cena.
Vou me trocar para passarmos o texto.
Minutos depois, ela retorna ao
set. eles ensaiam uma vez e dão permissão ao diretor para rodar a cena. Com as
emoções à flor da pele, Stana recita sua fala.
-Babe
we’re not here because of him. It’s because of who we are in the face of people
like him. That’s why you write mistery that’s why I became a cop. We’re both trying to
bring justice to the world.
Porém, ela não conseguiu
terminar de recitar as palavras, sua voz falhou, a garganta fechou. Os olhos
estavam vermelhos novamente. Stana deixou-se levar pelas emoções. Sentou-se na
mesa do escritório e respirou fundo.
- Desculpe, eu perdi a
concentração – ela disse limpando os olhos. Nathan a olhava desconfiado. Esse
episódio estava afetando-a mais do que imaginara – vamos fazer novamente.
- Não, tire cinco minutos de
descanso. Tome um café – disse o diretor, vira como ela se entregara na última
cena que filmou e uma parada faria bem para se recuperar – então voltamos para
finalizar.
Stana não discutiu. Seguiu até
a minicopa e serviu-se de café. Nathan veio logo atrás. Fez o mesmo que ela. Ao
fita-la, sorriu.
- O episódio está te afetando. Você
está pensando sobre o seu contrato, não?
- Não é somente isso. Todo esse
clima de despedida, a sensação de orgulho que vi nos olhos de Terri. Essas
falas. Tudo é grande demais, importante e tão significativo. É difícil controlar
as minhas emoções, o que é errado porque sou uma atriz e deveria fazer isso
como ninguém.
- Não, Stana. Não se trata de
atuação. Tudo isso é parte da sua vida, de quem você se tornou. As reações, as
emoções são mais do que permitidas, elas são necessárias. E ainda teremos
várias até o fim da semana, melhor salvar algumas lágrimas para mais tarde –
ela sorriu. Com essas palavras, ele a tranquilizara. Tomou o último gole de
café.
- Vamos, temos uma cena para
terminar.
Eles voltaram para o set e dessa
vez terminaram a cena da maneira que deveriam de todos os pontos possíveis. Uma
hora depois, Terri avisou-os para se prepararem. A cena dos balanços seria
gravada por volta das oito da noite. Ela sugeriu que jantassem antes. A equipe
de preparação estava realizando os últimos acertos no Grand Hope park. Deveriam
partir em menos de uma hora. Nathan fez uma ligação para Michelle e pediu
comida para os dois.
Sentados à mesa da minicopa,
eles comiam conversando com algumas pessoas da técnica. Dara veio se juntar a
eles. Perguntou a Stana como ela estava se sentindo, soubera do momento entre
ela e Terri mais cedo. Nathan percebeu algo diferente no semblante de Dara, porém
resolveu não comentar.
Ao chegarem ao parque,
permaneceram em seus trailers por um tempo decorando seus textos. Em seguida,
ela sentou-se em uma das cadeiras para o elenco observando o trabalho da equipe
até que o diretor os chamasse para fazer a primeira marcação de cena.
A ideia era filmar a mesma cena
quatro vezes dos pontos de vista de cada um deles usando os dois lados do
balanço assim capturariam todos os ângulos para a melhor edição. Ali estava um
dos cenários mais marcantes de Castle. Tantos momentos importantes filmados
naqueles balanços, naquele parque.
Quando se posicionaram para
filmar a cena, os olhos deles se encontraram. Ambos reconhecendo que seus
pensamentos eram similares. Fizeram o primeiro take com o ponto de vista de
Beckett, estavam no meio do segundo usando o ponto de vista de Nathan quando
algo inesperado aconteceu. O balanço onde Nathan estava se rompeu levando-o ao
chão.
A primeira reação de Stana foi
o susto. Depois teve que segurar o riso em respeito ao companheiro, o que se
mostrava uma tarefa bem difícil, só então, em meio a sorrisos, ela se aproximou
para ajuda-lo, mas Nathan já havia se levantado. O pessoal da técnica pedia mil
desculpas a ele. Stana o afastou do local para que os rapazes trabalhassem em
reconstruir o cenário novamente. Ela o fez sentar nas cadeiras colocadas no
gramado para eles. Fitando-o com um sorriso no rosto e preocupação no olhar,
ela perguntou.
- Você está bem, Nate?
- Estou sim. Foi apenas um
susto, nada demais.
- Tem certeza? Não está com
dores? Eu sei que isso pode afetar suas costas...
- Hey... – ele pegou a mão dela
na sua – está tudo bem. De verdade. Vamos esperar o pessoal consertar o cenário
e já voltamos a filmar, ok? Que tal retocar a maquiagem enquanto espera?
- Quando chegarmos em casa, vou
inspecionar pessoalmente para saber se o que você diz é verdade – Nathan apenas
sorriu.
Quinze minutos depois, o
diretor chamou-os para retomar as filmagens. Aparentemente, o problema fora com
um parafuso frouxo. Tudo estava consertado e testado. Era a hora de voltar ao
trabalho. Sentaram-se novamente em seus lugares e as câmeras voltaram a rodar.
Eles fizeram as três tomadas restantes e estavam prestes a finalizar o dia, ou
melhor, a noite. Enquanto aguardavam a palavra final do diretor que verificava
se o material que tinham era suficiente, Stana voltou aos balanços.
Ela sentou-se em um deles e
como uma criança, começou a se balançar aproveitando o lugar e o tempo
disponível. A sensação de ter os cabelos embaralhando-se com o vento, as pernas
subindo e descendo, colocou um sorriso em seu rosto, porém trouxe de volta o
sentimento de nostalgia. Será que essa seria a última vez que se sentava
naquele set tão importante para a série? Lembrou-se dos momentos de suas
personagens ali, sempre grandes eventos, marcantes.
Também recordou-se das palavras
de Nathan. Ele estava disposto a ajuda-la, a lutar para que estivessem juntos
em uma nova temporada. Depois desse dia, ela não tinha dúvidas que queria estar
ali por mais um ano. Não percebeu quando Nathan se aproximou dela, escorando-se
no ferro com dois copos de café em suas mãos. Ela parecia uma menina
maravilhada brincando naquele balanço. Ao nota-lo, diminuiu o ritmo até parar.
Nathan entregou seu café.
- Paul nos liberou. Podemos ir
para casa.
- Que bom. São quase onze e
meia. Que horas precisamos estar no estúdio amanhã?
- Sete.
Passava da meia-noite quando
Stana se sentou ao lado de Nate na cama puxando as cobertas protegendo as
pernas do frio. Ele estava de óculos lendo parte do script. Ela inclinou-se e
beijou-lhe a bochecha. Depois voltou sua atenção ao vazio à sua frente. Stana
pensava sobre todos os acontecimentos daquele dia. Nathan a observava com o
rabo de olho. Sabia que algo a incomodava, era seu futuro na série. Durante
todo aquele dia de trabalho, ela se deparara com situações emotivas e
importantes. A forma como Terri e Andrew escreveram essa season finale, acabara
mexendo com o pensamento de todos. Era o fim de uma história de sete anos,
Seamus a chamara de fim de uma era, porém Nathan era contra todo o drama que
estavam criando em torno disso naquela semana. A única pessoa que realmente
tinha motivo para drama além de Terri era Stana.
Precisava mostrar para ela que
virariam aquele jogo. Convenceriam os executivos da ABC e estariam de volta
para uma nova temporada. Antes de se manifestar, porém Stana desabafou.
- Hoje eu vivi um dos momentos
mais importantes da minha carreira, assim como a da Beckett. Não tenho palavras
para expressar o que senti naqueles minutos antes e depois da cena. Fiz uma
viagem de sete anos, Nate. Dentro e fora da personagem. Como pude pensar em não
querer ser Kate Beckett novamente? Como considerei que ela estava perdendo seu
brilho seu propósito? Terri jogou isso na minha cara com aquela cena. Sem
saber, ela provou porque eu sou Beckett e porque Beckett precisa de mim para
existir.
Ela sentiu a mão de Nathan
apertando a dela. Stana olhou para o marido, retornou a falar agora sem evitar
o contato.
- Não posso perder, Nate. Foram
sete anos de experiências, descobertas para mim, para você. Encontramos um ao
outro do mesmo modo que Beckett encontrou Castle. Crescemos juntos, construímos
algo sólido e bom. Isso não pode acabar. Não quero que acabe por um erro
comentido em um momento de desespero.
- E não vai. Iremos reverter a
situação, teremos notícias ainda essa semana. E mesmo com o final das
gravações, continuaremos negociando com quem for preciso. Teremos uma oitava
temporada com Castle e Beckett juntos. Confie em mim, Staninha – ele
inclinou-se dando um beijo apaixonado em seus lábios – você quer uma taça de
vinho antes de dormir para relaxar?
- Essa é uma boa ideia –
beijou-a novamente e levantou-se da cama para buscar a bebida. Ao retornar para
o quarto, Stana estava sentada na beira da cama esperando por ele. Quando
Nathan se pos a sua frente, ela segurou-o pela cintura virando-o de costas para
ela – preciso verificar se meu material preferido de diversão não está
danificado – sem qualquer cerimônia, ela baixou o boxer que ele usava deixando
o bumbum de Nathan à amostra. Após uma inspeção visual, ela beliscou alguns
pontos para ver se ele reclamava de dor. Nada. Por fim, ela mordiscou uma das bochecas
do bumbum arrancando uma risada dele.
- O que você pensa que está
fazendo? – perguntou entre risos.
- Já disse, checando minha
propriedade. Você não pode sair por aí danificando minhas coisas.
- Suas coisas? Da última vez
que chequei, esse era o meu corpo – ele já a fitava de frente – ela puxou a
camisa do pijama dele tascando um beijo intenso e rápido.
- Seu corpo, meu uso. É assim
que funciona – ela bebericou o vinho, levantou-se da cama e ainda segurando-o
pela camisa, seguia bebendo e trazendo seu parceiro para o lado dele da cama.
Puxou-o pela camisa para um novo beijo e empurrou-o contra o colchão. Terminou
a bebida pousando o copo na cabeceira ao lado e se colocou de joelhos sobre o
colchão entre as pernas dele. Com as duas mãos, ela tirou e jogou a peça de
roupa ao longe. Debruçou-se no corpo dele e começou o passeio saboreando cada
pedacinho de pele.
Enquanto se esfregava
degustando o corpo dele, Stana pode sentir a ereção formando-se próximo a sua
coxa. Nathan soltara o pequeno coque deixando seus dedos perderem-se em seus
cabelos puxando-a para um beijo bem sedutor. Rapidamente, trocaram de posição. As
mãos de Nathan passeavam no corpo dela arrancando as peças de roupas, sentindo
a pele e penetrando-a de surpresa arrancando um grito de prazer de Stana. Os
lábios dele não paravam de beijar-lhe e mordiscar os seios.
O corpo de Stana arqueava a
cada toque dele, a cada estocada. Sentia-se viva e amada. Agarrou os cabelos de
Nathan puxando-o para beija-lo. Quando o corpo tremeu anunciando a chegada do
orgasmo, ela sussurrou um “eu te amo” antes de ceder ao desejo que a consumia.
Nathan não parou de movimentar-se dentro dela, viu Stana agarrando os lençóis e
finalmente após uma outra estocada, ele deixou-se levar pelo prazer.
Enroscados nos braços do outro,
Stana já respirava mais calma acariciando o peito de Nathan. Após beijar a pele
e inalar o cheiro tão masculino e característico dele, ela falou pela primeira
vez depois do momento amoroso vivido entre eles.
- Acho que deveríamos contar a
ela. Terri.
- Sobre seu contrato?
- Não. Sobre nós. Eu acho que
devemos contar a Terri sobre nós. Foi por causa de Castle que nos conhecemos,
através das suas histórias Beckett se entregou a Castle e eu me apaixonei por
você. Eles ajudaram a construir o que vivemos hoje nesses sete anos. É importante
mostrar para eles o quanto influenciaram nossas vidas, Nate.
- Tem certeza? – ele fitava a
mulher a sua frente.
- Sim, Terri merece saber. Não
precisamos contar aos outros. Falaremos da importância do segredo.
- Se é importante para você,
então contaremos. Faremos isso no último dia. Sexta-feira – Stana se aconchegou
mais ao marido beijando-lhe os lábios.
- Nate, acha que já indicaram
um novo showrunner? Estava pensando em conversar com a pessoa sobre a minha
situação. Temos que nos cercar de todos os lados.
- Teremos que perguntar a
Terri. Mesmo assim, a conversa com o showrunner não é primordial nesse
instante. Você precisa convencer a ABC. Mas não vamos pensar nisso agora.
Devemos esperar a primeira comunicação após a nossa revisão. O melhor a fazer é
descansar. Temos muito trabalho pela frente.
E Nathan estava certo. Gravaram
três cenas pela manhã e seguiram para a locação a fim de começar a filmar a
cena do celeiro. Seriam dois dias de gravações. Nathan gravaria mais horas que
Stana no local, portanto ele foi quatro horas antes que ela para o cenário
enquanto Stana ficou no estúdio para provar um vestido que seria usado na
premiação de Castle.
Ao encontrar Luke, ele fez uma
festa. Ele adorava vestir Stana. Era um prazer porque tudo ficava muito bem
nela.
- Você vai amar esse vestido
que consegui para a Beckett usar na premiação. Vermelho, Stana! A cor combina
com você. Vamos logo, tire essa roupa que estou ansioso para ver esse corpinho
deslumbrante brilhar.
Stana despiu-se para provar o
vestido. Ele realmente era muito bonito. Comportado e sexy ao mesmo tempo,
deixavam as pernas de fora e tinha uma elegância singela que combinava com
Beckett. Caira como uma luva no corpo de Stana. Luke acertara em cheio na
escolha.
- Luke, está lindo!
- Sim, como tudo fica em você.
Isso merece uma foto – ele pegou o celular e tirou várias fotos de Stana com o
vestido – vou postar isso.
- Então, espere. Temos que
aparecer os dois. E acho que você vai precisar apertar um pouco o ombro para
alinhar a cintura, está vendo? – ela havia emagrecido essas últimas semanas
devido a todas as complicações. Luke se aproximou e viu o que ela queria dizer –
comece a mexer e olhe para meu celular, vou tirar nossa selfie e postar – e fez
isso mesmo. Depois, Luke se concentrou nos detalhes e a liberou para encontrar
Nathan na locação.
Nathan já tinha adiantado parte
da cena dentro do celeiro com outra pessoa lendo as falas dela. Estava
almoçando quando ela chegou. Como estava morrendo de fome, ela aproveitou para
se servir também. O diretor aproveitou para atualiza-la sobre o que fariam. A
ideia era filmar logo a cena deles no carro enquanto tinham luz natural. A
próxima cena seria filmar a sequencia dela lá fora e se a luz permitisse, uma
segunda tomada da primeira parte no celeiro agora com a própria Stana recitando
as falas.
A sequência de tiro e ação
entre o mascarado e Nathan, além das tomadas de Stana na porta do celeiro ficariam para amanhã a fim de
aproveitar melhor a luz matinal. A cena deu muito trabalho para ser filmada e o
cansaço começava a pesar. Ela acabou errando a fala tendo que recomeçar a cena
pela terceira vez. Felizmente, conseguiram finalizar antes de ficarem sem luz.
Sem condições de ficar mais tempo na locação, eles foram dispensados.
No caminho de volta para casa,
ela acabou cochilando na poltrona do carona. Nathan teve que chama-la várias
vezes para que acordasse quando chegaram em casa. Para despertar, ela preferiu
tomar um banho antes de jantar. Meia hora depois, encontrou Nathan na cozinha
preparando algo para comerem.
- O que você está fazendo?
- Eu pensei em fazer uma massa,
porém decidi que era melhor algo leve porque amanhã teremos longas horas em
locação, sob o sol e precisamos estar descansados. Que tal um belo sanduiche
com molho pesto, peru, queijo feta em um belo brioche. Para acompanhar, meu
melhor chocolate quente e mashmallows.
- Deu água na boca! – ela
inclinou-se no balcão para beija-lo. O celular tocou nesse instante.
- Se tivéssemos filmando diria
que fazia parte do complô dos escritores, mas será que isso vai se estender
para a vida real? – sorrindo, Stana atendeu a chamada. Era sua agente. Ela
ouvia com atenção o que a pessoa dizia do outro lado da linha. Ele observava o
semblante da esposa procurando por um sinal de alívio, satisfação ou até mesmo
preocupação. O rosto dela, porém estava impassível.
- Eu estou filmando direto essa
semana, não posso me afastar. Não, claro que irei. Semana que vem. Tudo bem.
Espero seu email. Obrigada.
- Então?
- Os executivos da ABC querem
uma conversa direta comigo. Será na semana que vem. E irão mandar uma
contraproposta do contrato que enviamos em dois dias. Isso é bom, não? Eles
quererem me encontrar?
- Ao meu ver, sim. E de
repente, a contraproposta é um sinal de que eles ainda querem negociar. Pode
ser que perca um pouco de dinheiro, ou não consiga reduzir suas horas, de
qualquer forma é um passo positivo – ele colocou os sanduiches na mesa, trouxe
as canecas com chocolate e enroscando seus dedos nos dela, levou-a até a mesa
para saborearem uma refeição juntas – esquece esse assunto por um instante.
Vamos curtir um momento a dois e depois cama. Meu corpo ainda está sentindo os
reflexos de ontem à noite.
- Quer dizer que hoje não posso
usar meu objeto pessoal preferido?
- Eu me sinto tão barato quando
você fala desse jeito. Simplesmente como uma blusa ou um pedaço de carne que
pode jogar fora – a cara dramática de Nathan arrancou um sorriso que se seguiu
de gargalhadas. Melhor assim, ele pensou – posso denuncia-la por abuso!
- Duvido que faça isso. É tão dependente
quanto eu. Mas se me ameaçar, posso fazer greve de sexo.
- Ouch! Golpe baixo, Staninha!
Nem sabe brincar.
- Olha quem fala! Se não sabe
brincar não desce para o play, Nate – ela disse provando o chocolate – meu
Deus! Isso está uma delicia! Chocolate amargo e tão cremoso!
- Meu ingrediente preferido,
chantilly.
- E amanteigado... parece calda
só que melhor.
- Descobriu meu segredo. Agora
coma seu sanduiche. Você já fechou seu projeto do hiatus? Ficamos de conversar
sobre isso, lembra?
- Sim, chama-se Desert Rose. As
filmagens começam no início de maio e terminam na primeira semana de junho. Um
mês longe, babe. Nem é tanto assim. E você tem o seu projeto em junho, não? ConMan?
Portanto, nosso trabalho vai nos manter ocupado por esse período e aposto que
tem as comic cons.
- E lá vamos nós... não consigo
mais ficar muito tempo longe de você, Stana.
- Sendo assim, encontre um
espaço na sua agenda para me encontrar. Ou espere eu voltar para cá em meados
de junho. Confesso que não pretendia voltar logo, mas se você não puder sair
daqui, eu refaço minha agenda. Tudo por você, Nate.
- Ah, que romântico... isso
significa que está pensando em me usar mais tarde?
- Vai sonhando! – tomou o resto
do chocolate – se você me servir outro desses, posso pensar no seu caso.
E para variar, mais tarde
nenhum dos dois negou fogo após o jantar mesmo com o cansaço rondando os
músculos, fizeram amor duas vezes. Era para ter sido apenas uma vez, mas quando
Nathan decidiu tomar uma ducha para relaxar antes de cair nos braços de morfeu,
Stana o seguiu provocando-o até leva-lo à loucura com suas massagens especiais
à base de sabonete e mãos. Exaustos, eles apagaram no instante que atingiram o
colchão.
A quarta-feira foi extremamente
cansativa. Começaram as filmagens por volta das sete da manhã no celeiro. Foram
necessários vários takes de diferentes ângulos. Stana correu, gritou, repetiu
falas tantas vezes que perdera a noção de quantos tomadas fizeram. A cena do
repasse da arma foi particularmente difícil. Precisava acertar o tempo correto
entre Nathan chamar por ela, colocar a mão do lado de fora e Stana acertar
entregar-lhe a arma para que ele se devenda do agressor. Tudo milimetricamente
cronometrado como numa dança sem qualquer troca de olhares entre os dois
protagonistas.
Mesmo com toda a sincronia
entre os dois, precisaram filmar cinco tomadas adicionais além das já
mandatórias. Todo o esforço valera a pena, após o cheque do diretor, ele
agradeceu ao excelente trabalho dos atores, contudo comunicou que eles não
estavam dispensados ainda. Deveriam voltar ao estúdio para refilmar um diálogo
da cena anterior a essa e pegar sua cópia das cenas finais do episódio com Terri.
Voltaram de carona para o
Raleigh na van da produção da mesma maneira que vieram pela manhã. Passaram
pela maquiagen novamente e entenderam com Rob o que precisariam consertar, não
se tratava apenas de diálogo. Teriam que filmar um novo take. Na saída do seu
camarim, Stana encontrou-se com Dara. Diferente das outras vezes que a
escritora fazia festa sempre que a encontrava, dessa vez achou a amiga com um
ar preocupado.
- Oi, Dara! Tudo bem com você?
- Sim, Stana. Apenas no
corre-corre daqui. Temos poucos dias para arrumar tudo, fechar esse episódio
final, são muitos detalhes.
- Nem me fala! Estávamos em
locação e tivemos que voltar para refazer cenas aqui. Nem preciso dizer o
quanto estou exausta – ela pegou na mão da amiga – se tivesse com problemas,
você me contaria, certo? Nada de esconder as coisas de mim principalmente
porque você tem me ajudado tanto.
- Sim, Stana. Não se preocupe
quanto a isso – ela consultou o relógio – caramba! O tempo voa, são quase oito
da noite. Deixa eu cuidar, Terri me pediu ajuda num assunto. Ela esta esperando
você e Nathan na sala para pegar os scripts, disse que queria falar sobre algo
do show também.
- E eu preciso gravar antes que
o Paul nos cace por aqui. Vejo você depois.
A refilmagem da cena foi
rápida, era apenas uma das tomadas necessárias. Quando o diretor deu-se por
satisfeito e dispensou-os, Nathan e Stana rumaram para a sala dos escritores
para falar com Terri. Conversavam no caminho. Ela decidira perguntar ao marido
se ele notara alguma mudança de comportamento em Dara. Ele comentou que vinha
percebendo que a escritora estava mais cabisbaixa ultimamente, não sabia se era
o efeito do episódio final ou mesmo se era por causa do afastamento de Terri da
serie, afinal as duas eram muito ligadas.
Talvez o marido tivesse razão,
pensou Stana. Terri estava sozinha na sala.
- Oi, Terri! Paul avisou que queria
nos ver – disse Stana com seu sorriso habitual. Nathan dirigiu-se para a
máquina de café para preparar a bebida para os dois.
- Sim, tenho o script de vocês
da última cena. Paul me contou que deram duro hoje na locação do celeiro.
Cansados?
- Um pouco. Vai querer café,
Terri? – perguntou Nathan – tivemos que filmar muito.
- Pelo menos um dia todo. E
sim, quero um café, obrigada. Na sexta faremos os ajustes da cena do prêmio e
nossa celebração de despedida pelo fim da temporada e nossa saída.
- E alguma novidade da ABC? –
Stana aproveitou para entrar no assunto renovação – teremos um sinal de fumaça
antes de sairmos para o hiatus?
- Ainda não, mas ontem
estivemos com os executivos do estúdio e entregamos nossa sugestão sobre o novo
showrunner, acredito que será logo aprovado. Andrew indicou duas pesssoas, na
verdade, para dividirem a responsabilidade. Pensamos em Terence e Alexi, pois
ambos tem muito conhecimento do show, estão conosco a vários anos e seria ótimo
tê-los a frente da produção de Castle.
- Excelente escolha – disse
Nathan – eu já tinha comentado com Stana que Terence seria um bom nome. Quando
eles ficaram de dar um parecer para vocês?
- Ah, com certeza será depois
de encerrarmos a temporada. Imagino que só irão confirma a oitava e o nome das
pessoas nas vésperas da exibição da season finale. Somos sempre os últimos a
saber. Aliás, vocês também tem que fechar um novo contrato, não? Aposto que
ainda estão negociando.
- Estamos mesmo – respondeu
Nathan – essas coisas levam tempo, sabe como é, advogados.
- Bem, vamos mudar de assunto?
Quero falar um pouco sobre a cena final do episódio – Nathan sentou-se ao lado
de Stana após entregar-lhes o café – acho importante dividir com vocês, meus
protagonistas, a importância e a dificuldade de fazer essa cena. Quando
sentamos para pensar em como terminaríamos essa temporada com duplo sentido, eu
quase surtei, não vou mentir. Como poderia escrever um final digno para Castle
e Beckett, porém deixar uma oportunidade em aberto para contar novas histórias.
Eu sei que ainda temos muito o que viver na série, precisamos da chance.
- Foi por isso que você deixou
em aberto o destino profissional de Beckett?
- Exato! O que mais me deixa
angustiada é agradar nossos fãs, sei o quanto eles querem uma nova temporada,
querem Beckett com um bebê e aposto que a preferem como capitã do 12th
distrito. Porém, nada disso pode ser definido sem o aval da ABC. Por isso essa
cena final teve que ser pensada como uma espécie de fechamento e uma porta para
novas aventuras. Eu não ia dar o script até amanhã, mas pelo que vi acontecer
na cena com Stana, preferi deixa-los preparado com antecedência – ela estendeu
o script para eles, bebeu um pouco mais do café.
Nathan começou a folhear as
paginas indo diretamente para o discurso de Castle. Stana tinha a cabeça baixa
concentrada nas falas. Terri voltou a falar.
- A ideia que tive foi usar o
prêmio para fazer uma homenagem a Castle como escritor e usar seu discurso como
uma rápida retrospectiva desses sete anos. Acredito que fiz justiça ao casal, a
evolução e consegui deixar no ar uma possibilidade de futuro.
- Terri, a frase final de
Beckett foi providencial. Adorei – disse Nathan – mostra continuidade.
- O que quis dizer é o que
espero que aconteça. Independente do futuro, das vidas pessoais, sempre haverá
assassinatos para uni-los em nome da justiça.
- Foi exatamente isso que
entendi. Acho que o público vai conseguir entender, embora eu saiba que esse episódio
será bem nostálgico para o fandom, não posso recrimina-los. A indecisão ou
demora da ABC chateia qualquer pessoa porque cria-se um drama desnecessário e
estressante, claro que essa é apenas a minha opinião – disse Nathan.
- Eu compartilho da sua
frustração, Nathan – ela desviou o olhar para Stana – e você? Por que está tão
calada?
- Ela está vivendo seu texto,
quer apostar? – então ela finalmente ergueu os olhos da pagina.
- Terri, você irá me fazer
chorar de novo? Essas palavras tão simples e tão bonitas são dignas de Castle e
Beckett – sim, ela tinha os olhos mareados – desse jeito teremos muitos
retoques de maquiagem. Filmaremos amanhã?
- Sim, a ideia é apenas
filmarmos essa cena. Claro que irei checar com o Paul se precisaremos fazer
alguma repetição ou ADP. Se necessário prefiro que sejam feitos na quinta para
sexta ficar reservada para os últimos momentos e nossa festa.
- Posso fazer uma pergunta talvez
comprometedora? – perguntou Stana.
- Claro, aposto que é shipper.
- Não, é sobre o futuro de
Beckett. Como você não estará mais envolvida com o show, qual a sua opinião?
Beckett deve ser Capitã ou tentar a chance na política?
- Olha, por mais que eu tenha
criado essa possibilidade de Beckett se tornar senadora, no que acredito que
ela seja extremamente competente para defender os cidadãos novaiorquinos
através de leis, o problema é que a vida toda ela foi uma policial, a melhor detetive
da NYPD, fica difícil não entregar o 12th distrito em suas mãos. É uma sinuca
de bico, ainda bem que essa decisão não será minha.
- Você enrolou e não deu sua
opinião. Vamos lá, Terri. Preciso saber – Stana queria saber por outros
motivos.
- Eu aceito Beckett continuar
na NYPD desde que tenha bebê. Mas recusar uma vaga na política pode ser
complicado.
- Não se ela apoiar outra
pessoa para o senado e for a face da campanha – disse Nathan – eu também
prefiro a Capitã com os bebês. Sim, no plural. Pelo menos uma parte da profecia
estaria completa. Gêmeos na primeira gestação. Um menino e uma menina. Depois
uma gravidez acidental quando os gêmeos tivessem sete anos. Já pensou? Kate no
auge da carreira, talvez até considerando concorrer ao senado ou futura
comandante da polícia e bam! Grávida!
- Vocês estão bem criativos,
não? Só posso dar um conselho para vocês conversem com o novo showrunner, tudo
é possível desde que não perca a essência das personagens. E você Nathan,
querendo engravidar a Beckett a qualquer custo. Esse pensamento combina bem
mais com a Stana.
- Ora, Terri, por que não? Uma
mulher mandona e controladora como Beckett no meio de fraldas, chupetas, leite
e noites sem dormir? Imagina o que isso não faria com seu senso de organização
e disciplina? Pense em Kate levando papinha na cara? Hilário! Ou com a blusa
suja de golfada de leite chegando ao distrito? Incrível!
- Nathan! Menos! – disse Stana
já imaginando a loucura de filmar essas cenas e um pouco apreensiva por ver a
empolgação de Nathan querendo vê-la como mãe. Sim, no fundo ele estava
projetando Beckett nela, claramente desejando isso para os dois em um futuro
próximo. Ela conseguiu imaginar um pouco desse caos no seu futuro ficando
apavorada.
- Certo, como se você já não
pedisse por bebês antes mesmo de Castle e Beckett estarem juntos – de repente,
Terri tinha os olhos brilhantes de lágrimas – ah, obrigada aos dois. Sei que
estamos deixando nosso bebê em boas mãos. Vocês manterão nosso casal vivo e
completamente voltado para as aventuras. Não poderia ter escolhido melhor dupla
para Castle e Beckett. Tenho orgulho do que criei e de vocês por conseguirem
transpor perfeitamente do papel para as telas o escritor e a musa.
Stana trocou um olhar com
Nathan, o coração apertou ao ouvir as palavras de Terri. Sentiu a mão dele
relaxar em sua coxa acariciando-a levemente.
- Pode contar conosco, as
negociações com a emissora podem ser difíceis, mas no que depender de nós,
estaremos aqui para dar vida a novas aventuras em julho. Tenho certeza que
Stana pensa do mesmo jeito. Devemos muito a você e Marlowe, por Castle.
- É muito bom ouvir tudo isso. Agora,
vão para casa. Amanhã, estejam aqui às oito horas.
- Boa noite, Terri – disse
Stana – nos vemos amanhã.
Na manhã de quinta, Nathan
preparou um café especial para ela antes de saírem para o estúdio. Antes de
dormirem, ele conversou com ela sobre a apreensão em não conseguir voltar ao
show. Todas as emoções que rondavam-na essa semana estavam afetando-a. Havia
muitas coisas acontecendo, a decisão do futuro profissional, o clima de
nostalgia tanto do episódio como do estúdio pela saída de Terri e Andrew, a
indecisão da ABC, o fato de que muito da sua vida pessoal começava a colidir
com a profissional. Era muito para pensar e lidar ao mesmo tempo. E as
surpresas não parariam por ai.
Nathan decorara seu texto
sozinho após Stana adormecer. Conhecia a esposa muito bem para saber que o dia
seria difícil. Ela o agradeceu da melhor maneira possível, cobrindo-o de beijos
apaixonados. Quando estava se vestindo, ela olhava a sua silhueta no espelho.
Esbelta, totalmente sem barriga, o bumbum empinado. Ela olhava para seu reflexo
fixamente.
- Você está dando uma de
Narciso, Staninha? Geralmente sou eu quem costuma agir assim. O que admira
tanto na frente desse espelho? Já sabe que é linda mesmo...
- Nada. Estou apenas pensando.
Você demorou muito para dormir ontem?
- Um pouco. Fiquei repassando o
texto. Hoje a cena depende praticamente de mim, tudo o que você tem que fazer é
brilhar. Como é seu vestido?
- Você não viu a foto que
postei no instagram?
- Não.
- Nathan Fillion, isso é um
milagre! Você é o viciado em redes sociais da relação.
- Engraçadinha. Se não recorda,
ontem após um dia exaustivo de trabalho eu fiquei conversando e consolando
minha esposa como bom marido que sou. Além disso, fiz o café especial. Não
mereço um desconto? – ela se aproximou dele sentando-se no seu colo, enchendo-o
de beijos.
- É claro que sim, você é o
melhor marido do mundo. Eu te amo, Nate.
- Always – beijando-a
novamente, ela acabou erguendo-se da cadeira e Nate bateu no bumbum dela – mexa
esse traseiro lindo, Staninha ou chegaremos atrasados hoje.
Stana sorriu entrando no
closet. Sim, ela se imaginava com uma barriguinha de grávida na frente do
espelho.
Continua......
Um comentário:
Staninha está tão chorona que parece até grávida. a Mãe do Nathan bem que poderia fazer uma visitinha surpresa ao filho, kkkkk
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