Nota da Autora: E chega mais um capitulo de SN, aqui estou usando minha fic para ser um pouco fangirl, alguns de voces sabem do meu amor pela Sara. Essa parte da história é descontraida e abrirá caminhos para os próximos assuntos a serem abordados começando por algo um pouco complicado... de qualquer forma, com o lenga lenga da renovação só me resta abrir possibilidades e curtir no nosso mundo da fantasia onde Stanathan é real! Enjoy!
PS.: Esse é o ultimo capitulo que posto antes de viajar dessa fic, paciencia dears! Preciso me divertir também!(Não que isso não aconteça escrevendo... kkkkkk) Não fiquem zangadas, a NC vai chegar...
Cap.61
A chegada a Nova York é bem tranquila. Ela e
Gigi pegam um taxi e vão direto para o hotel onde Nathan reservara dois quartos
bem no coração da Times Square. O Carnegie Hall ficava a dois quarteirões de
onde estavam hospedados. Stana estivera apenas uma vez há muitos anos atrás no
Carnegie Hall para uma apresentação da orquestra sinfônica russa acompanhada de
bailarinos do Bolshoi ballet.
Estava empolgada e ansiosa para ver o show de
Sara. Gigi tagarelava sobre as lojas e que deviam aproveitar para dar uma volta
no Soho, pois tinha ótimas boutiques e não poderiam deixar de ir na Saks da 5ª
avenida.
- Gigi, não vim aqui para fazer compras.
- Eu sei, mas isso não impede de aproveitarmos
a chance.
- Você se divirta. Eu vou focar no show e em
ficar com Nathan.
- Claro! Se eu estivesse acompanhada não ia
querer saber de lojas – falou meio debochando.
Elas já estavam no lobby do hotel, a reserva
estava no nome de Gigi para não levantar suspeitas. Mesmo assim, ela colocou a
peruca loira por precaução. Tudo certo. Já no quarto, Stana pode relaxar
enquanto esperava por Nathan.
O show era apenas na noite seguinte, o que lhes
dava o dia livre para aproveitar Nova York. O celular tocou rompendo sua linha
de pensamento.
- Hey, gorgeous. Estou no 17º andar, quarto
1704 pode vir se juntar a mim agora.
- Tá bom, vou pegar minhas coisas e avisar
Gigi.
- Agradeça a ela novamente por mim e diga para
aproveitar a cidade.
- Ah, não tenho dúvidas de que ela fará isso –
ela desligou virando-se para a irmã que acabara de sair do banheiro – Nate
chegou. Estaremos no quarto 1704. Você não vai ficar chateada por estar
sozinha, vai?
- Stana, estou em Nova York. Como alguém fica
chateado nessa cidade? – elas riram. Pegando sua pequena mala, Stana caminhou
até a porta – juízo vocês dois, boa noite.
- Boa noite, sis.
Stana subiu dois andares no elevador. Caminhando
para a esquerda no corredor, ela rapidamente encontrou o quarto que procurava.
Apenas para mexer com Nathan, ela colocou a peruca loira novamente tocando a
campainha. Alguns segundos se passaram até que ele abrisse a porta, Stana
reparou que ele estava usando o roupão do hotel.
- Serviço de quarto, senhor.
- Hum, estranho... tinha certeza de ter pedido
uma morena de olhos amendoados. Por que me mandaram a loira? – ela o empurrou
entrando no quarto ainda atuando. As mãos dela pousaram no peito dele, os dedos
ágeis puxaram a corda do roupão derrubando o item no chão em segundos – você
tem certeza que quer a morena?
- Não tenho dúvidas – ele puxou a peruca dela
vendo os cabelos de Stana caírem sobre o ombro. Nathan a envolveu pela cintura
e beijou-lhe os lábios. O toque foi longo e sutil, como uma provocação – bom te
ver de novo, Staninha. Está a fim de testar a cama do hotel?
- Acho que essa pode ser nossa primeira
aventura em Nova York. Temos tão poucas coisas para fazer nessa cidade e ficar
com você é de longe a minha preferida – ela o empurrou na cama já se inclinando
sobre ele, em questão de segundos eles tiravam a roupa um do outro se engajando
em um novo momento de prazer.
Uma hora depois ainda enrolados nas cobertas,
Stana se espreguiça e reclama de fome. Ao checar o relógio, Nathan entendeu o porquê.
Eram sete da noite, dez em Los Angeles.
- Você quer sair para jantar ou se contenta em
pedir no quarto?
- Estou cansada. Deixamos o jantar para amanhã
ou na sexta. Você vai querer ir ao Le Cirque, não?
- Com certeza. Vou pegar o cardápio para nós –
ele fez menção de se levantar da cama, mas ela o impediu.
- Eu já sei o que quero. Um steak a la Nova
York malpassado com purê e cogumelos.
- Nossa! E você sabe se eles têm isso para
oferecer?
- Eu olhei o menu quando estava no outro quarto
com Gigi.
- Sendo assim, pedirei dois. Alguma sobremesa?
- O que você acha?
- Claro. New York cheesecake. Entendi, vou
providenciar junto com uma garrafa de vinho tinto – o resto da noite foi
normal, jantaram, namoraram e dormiram aconchegados nos braços um do outro.
Na manhã seguinte, eles acordaram por volta das
nove o que fez Nathan preferir pedir o café no quarto. Mesmo sabendo das preferências
de Stana por coisas naturais, ele optou por nada do gênero exceto por suco de
laranja. Brioches, ovos, bacon, hashbrowns, salsinhas e o café obviamente já
que esse era o primeiro item que ela pediria.
Ao sair do banheiro, ela se deparou com a mesa
de guloseimas. De repente, percebeu o quanto estava com fome. Indo ao encontro
dele, ela o beijou carinhosamente apertando-lhe o bumbum de leve.
- Bom dia, Nate... vejo que não economizou nas
frituras para o café da manhã. Algo saudável nem pensar nas suas regras, hum?
- Ovos são saudáveis, Staninha. Fonte de
proteína e suco de laranja, sem açúcar. Mas eu sei que você está mesmo
desejando isso aqui – sorrindo, ele estendeu uma caneca com café para ela – com
a cafeína no seu corpo, vai querer provar tudo que tem nessa mesa.
- Você e suas artimanhas. O pior é que eu
sempre cedo. Tudo bem, estamos em Nova York curtindo uns dias de folga, irei
ver Sara Bareilles. Meu organismo pode aguentar um certo exagero. Além do mais,
podemos caminhar bastante pela cidade.
- Caminhar?
- Claro! Você não vai querer ficar andando de
taxi de um lado para o outro. Usaremos o metro e caminharemos. Azar seu que se
casou com uma das fundadoras do ATP. Nada de carro – ele revirou os olhos –
você já pensou onde vamos hoje? Gigi deu sinal de vida?
- Não sei para as duas perguntas. Por que não
checa seu celular para ver se tem alguma mensagem? – ele entregou o telefone a
ela – estava pensando. Já é quase o meio do mês, deveríamos estar fazendo as
compras de natal. Que tal irmos até a FAO comprar um presente para Anne? Sei
que provavelmente não passaremos juntos, porém gostaria de mandar um presente
nosso por você.
- É, tínhamos que conversar sobre isso... o
natal passaremos separados, pois Gigi já me contou que a mamãe nos intimou. Vou
para o Canada mesmo. Gostaria de passar a virada do ano com você, só não tenho
a mínima ideia de onde. Quanto a Anne, gostei da sugestão. Podemos procurar
algo na FAO, e eu adoro aquela loja.
- Hum... Canada será. Pensarei em algo para o
ano novo. Vou me arrumar.
- Ah, não se preocupe com Gigi, ela já saiu
para as lojas. Disse que mais tarde se comunica e estará no hotel por volta das
seis para se arrumar para o show.
- Ótimo! Depois saberemos o que ela gostou nas
lojas e podemos comprar algo para ela também.
Eles saíram uma hora depois. Por precaução,
Stana saiu primeiro e tinha a peruca na bolsa. Nathan veio logo depois. Desconfiada,
ela olhava em todas as direções. Estava de chapéu e óculos escuros mesmo assim
não considerava um disfarce realmente bom. Ao chegarem na FAO, ela optou por
colocar a peruca uma vez que precisaria tirar os óculos e o chapéu. Ela tinha
uma ideia do que comprar para Anne, sua cunhada havia comentado o que caíra no
gosto da filha por esses tempos. É claro que Anne não era a única criança que
Stana tinha que se preocupar naquela loja.
Nathan parecia um menino grande. Maravilhado
com os brinquedos, os olhos azuis brilhavam de um lado para o outro da loja não
querendo perder nenhum detalhe. Ela sabia que teria que controlá-lo ou ele
faria um verdadeiro estrago com o cartão de credito.
Ela o encontrou babando nos produtos de Star
Wars. Sorrindo, lembrou-se que precisava tirar sua atenção dos brinquedos de
menino e procurar os produtos para Anne.
- Hey... pensei que tivéssemos vindo aqui para
comprar um presente para a nossa sobrinha. Não tem nada que ela queira aí nessa
prateleira.
- Staninha, aproveite o momento. Vem dizer que
essas coisas não te deixam com vontade de escrever para o papai noel de novo?
Olha essa Millenium Falcon! Incrível! E o novo androide, BB-8, é uma gracinha.
- Ok, admito que gosto de ver as coisas de Star
Wars, mas será que podemos nos concentrar no que viemos fazer aqui? Ainda quero
passear por Nova York. Sei que Anne está querendo muito ganhar coisas de Journey
Girls, são umas bonecas que tem roupas, moveis, essas coisas...
- Que nem Barbie?
- Diferente. Vem comigo que te mostro. Ela
gosta da Dana e da Keisey, segundo ela parece comigo – ela o puxou pela mão. Se
não fizesse isso, não conseguiria comprar o presente de Anne. Stana procurou as
tais bonecas e seus acessórios. Nathan não parecia muito satisfeito em comprar
somente a tal Dana e dois sets de roupa, então sugeriu um jogo de tabuleiro.
Stana concordou. Acabaram escolhendo Clue que tinha tudo a ver com o gosto da
menina, para completar o presente, ela queria escolher dois livros na Barnes
& Noble que foi a próxima parada do casal.
Depois das compras, eles passearam pela cidade.
Evitaram lugares com multidões, preferiram pequenos mercados, parques, lugares
onde podiam curtir um tempo juntos e namorar sem levantar suspeitas. Por volta
das cinco da tarde, seguiram para o hotel. Stana estava ansiosa o suficiente
para não aproveitar nada mais da cidade. Sua mente estava voltada para o show
de logo mais.
Eles tinham que estar no Carnegie Hall antes
das oito. Ela foi a primeira a ficar
pronta. Nathan evitava comentar sobre a hora ou os pequenos ajustes que ela
insistia em fazer seja na maquiagem, seja no cabelo. Tudo parte da ansiedade.
Não sabia que Stana era tão fã de Sara Bareilles assim. Não se contendo, ela
ligou para aperrear a irmã, conhecendo Gigi ela podia se atrasar muito facilmente.
Enquanto ele a observava, sorria. Ela nem
imaginava o quanto a noite seria especial. De repente, Stana vira-se para ele e
pergunta.
- Você acha que corremos risco indo juntos a
esse show? E se houverem repórteres? A mídia sempre cobre esses eventos. Não
podemos dar bandeira. Será melhor eu levar minha peruca.
- Com certeza não poderemos entrar nem sair
juntos. Mesmo não sendo a noite de estreia do show, é bem melhor não arriscar.
Se acontecer de algum repórter reconhece-la, para todos os efeitos você veio
com sua irmã ver o show porque é uma grande admiradora de Sara, o que não deixa
de ser verdade.
- Você realmente esteve com Sara alguns meses
atrás?
- Estive. Ela é adorável. Ama o que faz e leva
suas pesquisas bem a sério. Também respeita muito os fãs. Ela me lembra você em
vários aspectos, amor – ele consultou o relógio – se vamos caminhando, melhor
sairmos agora. Gigi está pronta?
- Espero que sim! Vou ligar de novo.
Provavelmente terei que arrastá-la. Te encontro no lobby?
- Tudo bem.
Felizmente, Gigi estava pronta quando Stana
bateu a sua porta. Desceram ao encontro de Nathan e seguiram para o seu
destino. Separaram-se na esquina para manter o disfarce. As duas iam na frente,
ele esperaria dez minutos e seguiria para encontra-las apenas no camarote onde
assistiriam o show.
Nada estranho na chegada delas ao Carnegie
Hall. Tiraram uma foto no cartaz do show decidindo não passar muito tempo
zanzando pelo saguão para não levantar suspeitas. Antes de se dirigirem aos
seus lugares, Stana foi ao toilete para colocar a peruca loira. Caso alguém
fotografasse seu camarote, não pensariam nela como a companhia de Nathan para a
noite.
Faltavam cinco minutos para o início do show
quando Nathan chegou ao camarote. Sorrindo, beijou-lhe o rosto e sentou-se ao
seu lado.
- Já estava preocupada. Por que demorou tanto?
- Estava providenciando umas bebidas para nós e
encontrei um conhecido no saguão – ao ver o olhar arregalado, ele tratou de
acalma-la – relaxe, Stana. Ninguém do nosso meio ou da mídia, um canadense que
estudou comigo. Nada demais – ele a viu suspirar aliviada. A desculpa era uma
mentira, ele estivera fazendo outra coisa importante. Um garçom apareceu
carregando uma bandeja com uma garrafa de champagne e três taças. As luzes do
teatro mudaram e um locutor anunciou a entrada de Sara. O show estava
começando.
Como Stana imaginara, o show era incrível. Sara
era extremamente carismática, simpática e adorava interagir com o seu público.
O repertorio do show contava com suas últimas músicas do álbum “The Blessed
Unrest” e músicas da trilha de Waitress, além de grandes sucessos. Enfim,
diversão para todos.
Ao final do show, Stana sorria feito boba. O
convite de Nathan fora realmente especial. Estava feliz. Na saída do teatro,
eles tornaram a se separar. Ele pediu para ela o encontrar na esquina oposta de
onde vieram. Stana não contestou. Bem na saída, foi reconhecida.
- Stana Katic? Sou Judy Myers. Trabalho para o
NY Ledger. É um prazer e uma feliz coincidência encontra-la aqui. Nem imaginava
que estava na cidade. Não estão gravando Castle?
- Estamos sim, no ritmo acelerado para o
intervalo das festas de final de ano. Mas tem certas coisas que precisamos
fazer.
- Como vir a Nova York assistir ao show da Sara
Bareilles. Aliás que produção para a noite! De quem é o vestido?
- Salvatore Ferragamo. Adoro as coleções dele.
Esse é um exclusivo feito para mim sob medida. E sim, Sara é a razão de eu
estar em Nova York com a minha irmã. Sou super fã da Sara e não estava em Los
Angeles quando a turnê dela passou por lá. Não podia perder uma segunda chance.
- Com certeza! Aposto que adorou o show, eu
amei. É interessante ver você agindo como uma fangirl. Geralmente os outros
fazem isso com você.
- Também tenho direito. E sim, o show foi
incrível.
- Uma última pergunta. Você veio com Nathan?
- Nathan? Do que você está falando?
- Alguém disse que viu o Nathan no saguão. É no
mínimo estranho encontrar vocês dois no mesmo lugar.
- Não sabia que ele estava aqui. Você tem
certeza que era ele? Pelo que disse no set ia para a sua casa em Malibu nesse
fim de semana. Não pretendia sair de Los Angeles.
- Acho que alguém se enganou... bem, foi bom te
ver. Sucesso com Castle.
- Obrigada – ela se virou para o lado indicado
por Nathan. Enrolou bastante conversando com Gigi para despistar a repórter. O
rumor de Nathan em Nova York foi logo abafado por uma foto no instagram de
jantar com Alan em um dos restaurantes da área de Malibu. Tudo forjado e
planejado para se livrar da imprensa. Depois de um tempo, eles se encontraram
na esquina.
- Livrou-se deles?
- Finalmente. O que faremos agora? De volta
para o hotel? Acho que não podemos correr o risco de sermos vistos em outro
lugar.
- É o plano depois que fizermos uma última
coisa aqui. Podem me seguir? Gigi espero que não se importe, porém eu seria um
péssimo marido se não atendesse ao desejo da minha esposa – ele abriu uma porta
lateral pedindo para que elas entrassem – Staninha, considere seu presente de
natal antecipado – ela olhou intrigada para ele e continuou seguindo-o por um
corredor passando pelo palco e as coxias do teatro. De repente a ficha começou
a cair.
- Nate, você não está... – não pode completar a
frase. Nathan batia na porta do camarim, um rapaz abriu a porta, era um dos
assistentes de Sara. Sorrindo, ele se afastou dando passagem para eles.
- Podemos invadir seu descanso um pouquinho?
- Claro! Que surpresa vê-lo aqui! Achei que não
poderia vir a Nova York. Você não está filmando?
- Conseguimos um pequeno intervalo, uma folga –
ela se aproximou e deu-lhe um beijo no rosto. Nathan resolveu partir para o que
vieram fazer ali. Ao virar-se para falar de Stana, ele percebeu o quanto ela
estava surpresa, pálida diante do susto ou da ideia de ver Sara de supetão –
então, Sara, acredito que conhece minha costar Stana Katic. Eu a trouxe comigo
porque descobri que ela é sua fã.
- Lógico que conheço. Uma das mulheres mais
lindas da televisão. É um prazer conhece-la – Sara estendeu a mão para
cumprimentar Stana. A atriz retribuiu o gesto timidamente, mas Sara inclinou-se
para beija-la no rosto.
- Desculpe, eu não sabia que Nathan faria isso.
Pareço uma boba. Ele tem razão, sou sua fã e adorei o show. Você como sempre
perfeita.
- Obrigada! Já que está aqui, por que não
tiramos uma foto todos juntos? – eles se entreolharam pensando em como iam
responder sem ofender a cantora.
- Adoraríamos Sara, porém temos um problema.
Não podemos aparecer em fotos juntos, somente quando estamos promovendo a
série, seria violação de contrato. Sinto muito. Mas Stana adoraria um autógrafo.
Você entende, não?
- Perfeitamente. Sei como esses contratos podem
ser perigosos em Hollywood. Terei o maior prazer em lhe dar um autógrafo, Stana
e quero um seu também. E quanto a você? – ela disse olhando para Gigi – quer
também? Pelo rosto sei que é parente dela, irmã?
- Acertou. Gigi. E esses dois são uns mal-educados.
E adoraria um autógrafo também.
- Esse não foi o único motivo que trouxe você
aqui, Stana. Há cerca de um mês atrás, talvez menos, Stana me desafiou para
cantar para ela, a verdade era uma serenata. Eu não fujo de desafios, mas
gostaria da sua ajuda Sara para pagar o que devo. Você me ajuda tocando?
- Nathan, você não vai...
- Claro que vou! Você pediu, não? Ou melhor,
apostou... – o sorriso no rosto de Stana era lindo de se ver, bem ali sem
qualquer intervenção de estranhos, ele iria cantar para ela com uma de suas
cantoras preferidas. Não sabia o que dizer.
- Que música você prefere? – ela já pegou o
violão.
- Ah, uma especial. Não sei se vai ficar boa no
meu tom de voz, mas qualquer coisa você me ajuda – ele falou algo no ouvido da
cantora, Gigi observava a cara sonhadora da irmã. Mesmo que tentasse, ela não
conseguia disfarçar a felicidade que sentia, tanto que acabaria dando bandeira.
Se bem que Nathan não parecia preocupado com isso. Ao som dos primeiros
acordes, ela entendeu o porquê. Ele escolhera “I choose you”, mais romântica
impossível. Se eles estavam de boa, quem era ela para se preocupar. Iria
apreciar o pequeno show.
Nathan começou a cantar a música ao lado de
Sara. No refrão passou a desafinar e a cantora o ajudou, nada disso foi um
problema para Stana que continuava feliz ao ouvir a declaração de amor que ele se
esforçava em entregar para ela. O coração acelerava a cada nota tocada. Ao
terminar, ela não resistiu e correu para abraça-lo, fez mais que isso, o
beijou. Quando se separaram, Sara tinha cara de interrogação.
- Eu perdi alguma coisa?
- Não, não é que Stana prometeu que se ele
pagasse a aposta ela lhe daria um beijo. Não ligue, eles fazem isso o tempo
todo no set – disse Gigi.
- Isso não foi um beijo de uma aposta, muito
menos técnico como eles poderiam fazer no set – disse Sara vendo o quão
vermelha Stana ficara. Nathan, mesmo envergonhado, resolveu dar uma desculpa.
- Não ligue! Stana tende a ficar emotiva com
demonstrações de afeto. Muito passional... – ele dá um sorriso amarelo. Sara
não se convence e como boa observadora alfinetou.
- Isso pode até explicar o beijo, mas não a
escolha da canção que é extremamente romântica, eu já fiz até proposta de
casamento com ela ou a aliança em seu dedo – ela apontou para a mão esquerda de
Nathan – aliás, Stana também tem uma.
- Aliança? – ele se faz de desentendido a princípio
– ah, esqueci de tirar esse troço de novo!
- Conveniente já que ambos estão em Nova York,
a milhas do local de filmagem e usando as alianças de suas personagens. Vai ter
que me dizer algo melhor que isso. Ok, Nathan, o que realmente está
acontecendo?
- Na verdade, estamos filmando em algumas
locações de Nova York para o próximo episódio. Não queremos muita publicidade
sobre isso ainda. Ninguém consegue replicar um lugar como o museu Guggenheim,
muitos detalhes e...
- Oh, Deus! Que burra! – ela bateu na própria
testa com a mão - Vocês estão juntos? Por isso a história da foto. A mídia não
sabe! – Nathan e Stana trocaram um olhar de pânico. A besteira estava feita.
- Ah, tudo bem. Estamos juntos, mas você não
pode falar isso para ninguém. Nossas carreiras estarão em risco.
- Minha boca é um túmulo! Eu acho perfeito,
vocês formam um casal lindo. Fico feliz de proporcionar esse momento para
vocês.
- Obrigada você – disse Stana – aposto que está
cansada e louca para sair daqui e relaxar. Melhor irmos andando, Nate.
- Não antes de tirarmos uma foto. E prometo que
não farei nada com ela. Apenas preciso registrar esse momento singular que me
aconteceu – Gigi tirou uma foto com o celular de Sara e outra com o de Nathan,
satisfeitos eles sabiam que deveriam ir – acho que esse é um daqueles encontros
que acontecem uma vez na vida.
- Verdade. Foi um prazer imenso, Sara. Tenha
certeza que estaremos de volta para a estreia do musical.
- Eu agradeço a chance de proporcionar esse
momento para vocês. Espero um dia poder repetir esse encontro.
Eles saíram do teatro, Stana ainda meio perdida
diante de todas as emoções que sentira ali dentro de um pequeno camarim. O
coração ainda batia acelerado.
- Você é um péssimo mentiroso, Nathan. Que
história mais boba! – disse Gigi – e você, sis, não sabe disfarçar, estava
babando pelo seu maridinho. Impossível a Sara não notar! Que dupla, hein! Isso porque
são atores.
- Hahaha! Como se você tivesse ajudado muito se
metendo – alfinetou Stana – não importa, eu adorei babe – ela beijou o rosto
dele.
- Que bom, considere seu presente de natal
antecipado.
- Mesmo? Adorei! – o sorriso enorme tornou a
aparecer no rosto. Ao chegarem na rua, Nathan as arrastou para uma limusine
estacionada na mesma esquina para leva-las a um restaurante. Iriam jantar em um
lugar reservado, longe do burburinho nova-iorquino.
O resto da noite foi ótimo. Ao voltarem para o
hotel, ela tornou a comentar da noite.
- Ainda não acredito que você fez aquilo por
mim. Foi um gesto lindo e romântico, Nate. Fiquei muito feliz, mesmo que tenha
pisado na bola. Acho que não teremos que nos preocupar com Sara.
- Também acho. E você mereceu, Staninha.
- Sério, não sei como retribuirei esse
presente. Vai ser bem difícil! Estou pensando em algo para começar... que tal
um belo banho de espuma. Aquela banheira parece bem espaçosa, se você me
entende...
- Ah, alto e claro, Staninha... – eles saíram
correndo já trocando beijos em direção ao banheiro. Pelo caminho, as roupas
foram sendo deixadas ao leu sobre o piso. Nua, ela entrou na banheira com agua
quente chamando-o para acompanha-la. Entre beijos e abraços não demorou muito
para encontrarem o ritmo que os levaria ao ápice do prazer.
De volta a Los Angeles, eles tiveram que se
concentrar em fazer as gravações do último episódio antes de fazerem a parada
para as festas de fim de ano. Stana tinha um problema para resolver. Ela queria
retribuir o presente de Nathan em Nova York com um tão bom quanto. Tinha uma
ideia, porém precisaria de ajuda para conseguir executa-la. Obviamente tinha um
plano B.
Em um dos intervalos de suas cenas, ela foi
procurar Rob Kyker encontrando-o em seu escritório.
- Rob, posso roubar uns minutinhos de você?
- Claro, Stana. Entra aí e fique à vontade –
ela começou rondando o espaço olhando a prateleira dele. Percebeu que estava
cheia de material que ele usara em LOST, o que era excelente para iniciar a
conversa em busca de seu propósito.
- Nossa, você guarda todos esses itens de LOST,
o que será que vai guardar de Castle depois que terminar?
- A sua placa de Capitã por exemplo. Eu gosto,
me apego a essas coisas e LOST foi especial. Em que posso ajuda-la, Stana?
- Está um pouco relacionado com esse assunto.
Meu irmão Marko é fã de JJ Abrams e Star Wars então eu estive pensando, você o
conhece, já trabalhou com ele e mantém uma relação de amizade. Acha que é
possível conseguir que ele autografe um roteiro de Star Wars: the force awakens
para dar a ele no natal?
- Esse é um pedido muito particular. Especialmente
se tratando de Star Wars, não sei se JJ se sentiria a vontade para fazer isso,
mas como é para você vou tentar convence-lo.
- Prometo que meu irmão vai manter isso em
segredo por um bom tempo. Eu ficaria te devendo muito se conseguisse isso.
- Não prometo nada, porém vou tentar. Vou
enviar uma mensagem agora para ver quando ele está disponível para falar
comigo. Eu aviso se conseguir algo, não tenho muito tempo já que paramos de
filmar no dia 22, quatro dias. Só você mesmo para pedir essas coisas, Stana.
- Ah, Rob, eu o amo e adoraria fazer uma
surpresa como essa para ele.
- Tudo bem – ela deu um beijo no amigo.
- Obrigada, agora deixa eu correr para a minha
próxima cena por causa do natal nem sei que horas sairei daqui hoje.
- Ossos do ofício! – ele piscou para ela.
Dois dias depois, Stana deixa o estúdio por
volta das quatro da tarde milagrosamente após trabalhar quase 20 horas nos dias
anteriores. Na verdade, esse pequeno intervalo no meio da tarde tinha um
objetivo. Ela marcara a tal consulta com a sua ginecologista e deveria retornar
por volta das oito da noite para gravar mais três cenas no loft com Nathan. Ele
continuava em estúdio e não sabia da saída dela. Assim que entrou em seu carro,
ela ligou para a irmã querendo saber se já estava a caminho. Seria uma conversa
difícil, porém ter Gigi a seu lado tornava menos aterrorizante.
Elas chegaram ao consultório praticamente
juntas. Por ser hora marcada, Stana não corria risco de ser assediada por fãs
exceto pela assistente da médica que era uma grande admiradora da atriz e da
série. Stana a cumprimentou e foi logo direcionada para a consulta. Ao entrar
na sala, a médica lhe recebeu com um sorriso.
- Stana... não a vejo há alguns meses. Cinco
para ser mais exata quando fez seu último preventivo. O que a traz aqui?
- Algumas dúvidas e acontecimentos. Estou pensando
no futuro.
- Sente-se, vamos elaborar um pouco mais isso.
Está namorando alguém sério? Pensando em família? Aposto que sim! Quem é o
sortudo?
- Dr. Roberts, eu agradeceria se pudéssemos
manter a discrição. Eu confio no sigilo médico paciente, mas sua assistente é
fã do meu trabalho e quero evitar fofocas. Contarei tudo que preciso sem
revelar o nome de quem está envolvido na questão, tudo bem?
- Sempre misteriosa, claro Stana, eu respeito
isso. Está no seu direito. Se está pensando em engravidar, quais são exatamente
suas dúvidas?
- Eu acredito que tenho problemas para
engravidar. Tenho razões para isso. Nos últimos anos, eu tive dois episódios de
alarme falsos de gravidez naquelas situações que não há como negar, sabe? Sexo
sem proteção, bem no período fértil. Não estava tentando engravidar na ocasião,
mas o simples fato de ter o resultado negativo acendeu um sinal vermelho em
minha mente. Tem algo errado com meu corpo?
- Bem, pelo que você disse, não
necessariamente. As vezes acreditamos que por não usar proteção durante o sexo,
a primeira coisa que vai acontecer é uma gravidez. Isso gera um outro fenômeno
a gravidez psicológica.
- Mas eu senti todos os sintomas, os enjoos...
- Psicologicamente.
- Eu disse a ela que isso tudo é bobagem da
cabeça dela. Minha mãe tem seis filhos, nós somos parideiras.
- Gigi, de novo essa história? Doutora, tem
outro fato que pode ajudá-la a entender o motivo da minha desconfiança. Antes
dessas duas suspeitas sem fundamento eu tive um aborto espontâneo – na mesma hora,
Gigi arregala os olhos surpresa com a revelação – depois desse fato, sinto que
não consigo engravidar. Eu preciso saber se tenho problemas. Preciso estar
preparada para enfrenta-los. Eu não sou tão nova assim. Tenho 37 anos, meu
relógio biológico está sendo pressionado. Não tenho muito tempo.
- Entendo sua preocupação apesar que hoje em
dia as condições para ter uma gravidez aos 40 são bem diferentes, especialmente
em pessoas saudáveis como você. Estou avaliando seus últimos exames e nada
parece estranho. De qualquer forma, vou passar alguns exames específicos para
investigarmos se existe a possibilidade de infertilidade ou gravidez difícil, o
que realmente não acredito no seu caso.
- Tomara que esteja certa, eu quero acabar com
essa suspeita.
- O que significa que pretende engravidar em
pouco tempo... esse cara deve ser especial.
- É uma possibilidade já que ambos queremos ter
filhos - a médica terminou de prescrever o que precisava e entregou os papeis
para Stana.
- Você sabe que pode fazer todos esses exames
aqui mesmo. Porém, eles precisam de algum preparo. Quer marcar para amanhã? O
resultado das análises nesse caso demoram duas semanas. Posso agendar seu
retorno para a primeira semana de janeiro.
- Melhor considerar a segunda semana por
precaução, dia 12 já devo estar de volta à ativa e será fácil me organizar.
Farei os exames amanhã cedo – ela se levantou e estendeu a mão para a médica –
obrigada, Dr. Roberts.
- Estou à disposição, Stana.
Saindo do consultório, ela já esperava que Gigi
fosse começar com milhares de perguntas ou somente iria reclamar da revelação
que fizera para a médica. Assim que entraram no carro, a irmã começou o sermão.
- Muito bonito! Como você esconde um assunto
desses de mim, Stana? Um aborto espontâneo! Nathan sabe disso?
- Claro que sim, Gigi.
- Então, por que não me contou? Pensei que não
tivéssemos segredos... – Stana percebe que ela está visivelmente chateada.
Suspirando, ela para o carro no acostamento e fita a irmã.
- Sabe porque não falo sobre o assunto? É simples
explicar. Não gosto de lembrar do que aconteceu, doeu e dói ainda. Não sei
explicar. Plagiando minha personagem, algumas coisas são melhores serem
esquecidas.
- Eu sinto muito, sis. Tudo bem, não irei lhe
perguntar sobre isso. Temos o natal pela frente e já que vocês estarão
separados não devo deixa-la triste esses dias. Nathan vai para a casa da mãe,
você também, ambos no Canada e ainda assim separados.
- Eu não disse que Nate ia para o Canada nem para
a casa da mãe dele.
- Jeff mencionou outro dia...
- Espera, você anda falando com Jeff? – agora
quem estava surpresa era ela.
- Sim, por que? Algum problema? Pelo que me
consta somos da mesma família e já que temos mais em comum que irmãos casados,
trocamos telefones naquele dia. É bom ter alguém para conversar abertamente
quando se guarda segredos, você tem que concordar que há certos assuntos que
não posso falar com Anne.
- Assuntos? – os olhos de Stana se arregalaram
– Gigi, o que você anda conversando com Jeff? Não está falando da minha vida sexual
com Nathan, certo? Já basta o embaraço que passei da primeira vez com o irmão
dele. Deus! Nem gosto de lembrar...
- Relaxa, sis. Isso é assunto nosso, entre
mulheres. Não se preocupe. Ele é bacana, divertido. Não é o irmão, mas gostei
bastante de conhece-lo. Mas Jeff não é o tópico aqui. Você já parou para pensar
que após fazer todos esses exames e descobrir que não tem problema, talvez
precise avisar Nathan para que ele seja avaliado?
- Por que faria isso?
- Ora, se você quer engravidar e está tudo bem
com você, ele pode ser o problema. Melhor checar afinal Nathan é mais velho que
você, sempre foi mulherengo e você não se questiona porque até hoje nenhuma das
ex-namoradas engravidou dele?
- Isso só demonstra que ele é cuidadoso. Ele
sempre quis ser pai e... – Gigi ergue a sobrancelha como quem diz “entendeu,
agora?” – Ai, Gigi! Por que você faz isso? Agora vou ficar com mais
interrogações na minha cabeça! – a irmã riu.
- Desculpa, não pense agora. Deixe para
resolver isso depois que souber do resultado.
Naquela noite ela trabalhou até duas da
madrugada, mas isso não a impediu de fazer os exames na manhã seguinte. Nathan
não desconfiou pois sabia do ritmo louco de gravações que ambos estavam tendo,
mal tinham tempo para conversar. Ele queria acertar detalhes da viagem para
passar o natal e falar do ano novo com Stana e estava difícil estarem no mesmo
horário disponíveis. Quando acontecia, um ou outro estava extremamente cansado
para conseguir falar ou acordar o parceiro.
Finalmente na sexta-feira, eles se encontraram.
Stana trabalhara até a meia-noite e Nathan fora para a première de Star Wars.
Coincidentemente, chegaram quase juntos em casa. Ela já estava trocando de
roupa quando ele chegou no quarto.
- Hey, babe... – ela disse aproximando-se para
beija-lo – senti saudades. Ultimamente não temos tido tempo para nós e logo
estaremos viajando – ela fez carinha de choro, ele a abraçou retribuindo o
carinho com um novo beijo – como foi o filme?
- Incrível! JJ Abrams realmente sabe o que faz.
Ele criou uma continuação ideal para a história de Lucas, os novos integrantes
são ótimos e ah! Ver Harrison Ford como Hans Solo novamente foi surreal, tem
uma cena que... – Stana colocou o dedo sobre os lábios dele.
- Nada de spoilers. Eu quero assistir – sorria
pensando em como ele adoraria o presente dele de natal, esperava que pudesse
entregar o principal - Falando em viagem, para quando é sua passagem?
- Dia 22 que nem você, correto?
- Sim, vou junto com Gigi. Você pensou em algum
lugar para o ano novo? Nada de grandes festas, precisamos de isolamento.
Cheguei a pensar em ir para a Croácia, mas talvez não seja bom se alguém da
minha família sonhar que estou lá não vai dar certo. Só quero ficar junto de
você.
- Eu sei, estava querendo me lembrar de alguém
que tivesse uma propriedade no campo, longe das cidades... não consegui.
- Temos três dias juntos e mais o período do
natal para encontrar uma solução. No pior dos casos, ficamos aqui mesmo.
Na segunda, no meio da tarde Stana tem vinte
minutos de intervalo até sua próxima cena. Ela encaminhou-se para seu trailer a
fim de descansar as pernas e provavelmente precisaria retocar a maquiagem.
Também estava com fome e guardara alguns muffins no armário. Assim que
sentou-se com o muffin de blueberry a sua frente, o celular tocou. Sorriu ao
ver o nome de Dara.
- Dara! Que surpresa boa!
- Hey, Stana. Soube que você está trabalhando
duro nesses últimos dias. Tudo pelo hiatus que se aproxima, não? Animada para
as festas com Nathan?
- Como, Dara? Passaremos o natal separados e
nem sabemos o que faremos no ano novo! Essa nossa vida clandestina tem dessas
coisas – elas riram.
- Por isso que estou ligando. Nathan deixou
escapar algo do gênero para Chad na semana passada. Nós estamos pegando a
estrada amanhã para o Colorado. Passaremos o natal com a família de Chad e
pensamos que talvez vocês precisassem de um refúgio para curtir a passagem de
ano. Nós temos uma propriedade aos arredores de Boulder. Como estamos com as
crianças preferimos ficar na casa da mãe dele e vocês poderiam curtir a vida do
campo. O que acha? Muito radical para vocês essa mudança?
- Não, Dara. É perfeito. Sexta mesmo estávamos
falando sobre isso, um lugar calmo, longe de tudo e de todos onde pudéssemos
ser nós mesmos sem medo de sermos pegos por câmeras e repórteres. Tem certeza
que não vai atrapalhar seus planos com Chad?
- Que nada! Quando se tem filhos, nossas
vontades ficam sempre em segundo plano. Você quer discutir com Nathan ou posso
contar com vocês? Podemos até fazer um jantar de boas-vindas somente para
adultos.
- Claro! Vamos adorar. Pode contar conosco,
Nathan vai gostar da ideia. Obrigada, Dara. Você sempre agindo como fada
madrinha, mesmo longe de nós.
- Com prazer. Tudo para ajudar os amigos.
Mandarei o endereço para vocês depois. Sugiro que venham de carro, assim ficam
mais tempo juntos.
- Concordo. Nos veremos no Colorado, então –
Stana desligou com um sorriso no rosto, não via a hora de contar para Nathan.
Terminou de comer e retornou ao set. Estava retocando a maquiagem com sua fiel
escudeira quando Rob Kyker apareceu.
- Hey, Lisa quando terminar se importa de me
emprestar Stana um pouquinho? Quero mostrar uns objetos de cena que ela terá
que usar amanhã.
- Claro, só mais cinco minutos e ela será toda
sua – Stana seguiu Rob até sua sala já imaginando que ele teria uma resposta
para o seu pedido da semana passada. De repente, sentiu-se ansiosa. Ela queria
muito surpreender Nathan com um presente à altura do que ele fizera para ela. A
foto com Sara estava em um porta-retratos no escritório da casa deles.
- Então, boas notícias? – ela perguntou assim
que ele fechou a porta da sala.
- Sim, eu falei com JJ. Eu já imaginava que ele
não ia sentir-se muito confortável em ceder uma cópia do script do filme, porém
ele decidiu porque é para mim, entregar uma sequência de diálogo entre Hans
Solo e Leia com sua assinatura, claro. Vou recebe-la amanhã. Ah, outra condição
foi a de não usar o nome do seu irmão. Tudo bem?
- Claro! Oh, Rob! Nem sei como te agradecer.
Estou muito feliz – ela o abraça e beija seu rosto várias vezes como uma moleca
– ele vai ficar nas nuvens!
- Fico feliz em ajudar! – como uma criança que
acabara de ganhar o presente de aniversário, ela saiu saltitante pelos
corredores do estúdio. Quem a via em tal euforia, se perguntava o porquê da
alegria. Um dos rapazes se arriscou.
- Hey, Stana! Feliz com o hiatus ou com todas
as cenas que ainda vai filmar hoje e amanhã pela madrugada? – perguntou Erik.
- Ah, é natal! Não vejo a hora de terminar as
gravações e encontrar minha família!
- Então, vamos trabalhar! Assim você pode
encontra-los mais cedo.
- Eu gosto da ideia – seguiu no mesmo embalo
até o set, agora com Erik ao seu lado. Ao vê-la sorridente, Nathan quis saber o
que estava acontecendo.
- Perdi alguma coisa ou ela exagerou no açúcar
de novo, Erik? – ele riu da brincadeira do ator.
- Nada! Está feliz porque vai trabalhar até
duas da madrugada hoje e tem que estar aqui as seis no dia seguinte. Tudo para
entrar logo de folga.
- Ah, é natal! Vamos ensaiar a próxima cena, Nathan?
Temos dez minutos – ela se afastou com ele para um canto. Sentindo-se seguro,
ele perguntou.
- Vai me contar o motivo de tanta alegria?
- Já temos um lugar para passar o ano novo.
Dara nos convidou para ficar na casa deles no Colorado. Exatamente como
queríamos, Nate. Não é perfeito?
- Talvez, apenas nós dois ou Dara e a família?
- A casa é nossa. Ela vai até preparar um
jantar somente para os adultos. Acho que está louca por umas horas longe das
crianças. Eles vão ficar na casa da mãe de Chad.
- Ah... aí sim, será perfeito! – ele virou-se e
gritou para Erik – eu disse que era culpa do açúcar, ela devorou um daqueles
muffins gigantes – Erik riu dos dois, adorava trabalhar com eles.
Mais rápido do que pensaram, eles terminaram
todas as cenas dos dias seguintes. Antes de deixar o estúdio no dia 21, o seu
último, Stana procurou por Rob. Claro que pegou o tal script prometido
escondendo dentro de sua bolsa grande propositalmente escolhida por causa disso.
Novamente agradeceu ao amigo com beijos e saiu satisfeita.
Na manhã seguinte, ela despediu-se de Nathan
fazendo várias recomendações.
- Você se comporte e não adianta revirar a casa
em busca de seu presente de natal que não vai encontrar. Você irá recebe-lo
quando eu voltar, antes de irmos para o Colorado. Eu tenho planos de falar com
você no dia de natal, mas preciso discutir algumas coisas com Gigi. Não exagere
na comida e na bebida, viu? Dê um abraço em Jeff por mim. Te vejo no dia 27 –
enroscando seus braços na cintura dele, ela sorveu os lábios de Nathan com
vontade. Sentiu as mãos dele vagando por suas costas já provocando sensações
que claramente precisava evitar naquele momento.
Ainda bem que Gigi chegara fazendo barulho. O
clima foi embora e eles conseguira se afastar antes que o fogo se acendesse por
completo.
- Está esperando o que, sis? Nosso voo sai em
duas horas, temos que ir. Despeça-se de seu marido adequadamente, lembre-se que
há outras pessoas no recinto...
- Ai, Gigi! – ela deu um novo beijo em Nathan,
dessa vez mais comportado – ligo quando chegar.
- Dá um beijo em Anne por mim, depois me diz se
ela gostou do presente. Boa viagem, Gigi – ele beijou a cunhada – cuide bem
dela por mim.
- Pode deixar. Vou tentar evitar que ela dê
bandeira na frente da dona Rada. Sabe como é... ela é péssima quando o assunto
é você. Ser atriz não serve de nada nessas horas.
- Gigi! – ambos falaram e caíram na risada após
o fato.
- Isso, podem brigar comigo, sabem que tenho
razão e você – disse apontando para Nathan – dê um beijo em Jeff por mim.
- Não vou beijar meu irmão!
- Que seja! Você entendeu. Boa viagem, Nathan!
Vamos, Stana! – saiu puxando a irmã sem cerimônias obrigando-a a jogar beijos
no ar para o marido que ria da doidinha da cunhada. Ele adorava sua nova
família.
Continua...
3 comentários:
Amo as tiradas da Gigi. E a D. Rada? vai tentar descobrir o misterioso causador da felicidade da Stana?
Ownn que fic mais amorzinho!!! Quero só ver Dona Rada rondando Stana hahaha e louca para saber o resultado do exame pq quero ver ela grávida logooo haahah não consigo esperar para ver... Espero que não demore mt para o próximo cap
Demais! Quando chega o outro capítulo?
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