segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

[Stanathan] Kiss and Don´t Tell - Cap.61


Nota da Autora: E chega mais um capitulo de SN, aqui estou usando minha fic para ser um pouco fangirl, alguns de voces sabem do meu amor pela Sara. Essa parte da história é descontraida e abrirá caminhos para os próximos assuntos a serem abordados começando por algo um pouco complicado... de qualquer forma, com o lenga lenga da renovação só me resta abrir possibilidades e curtir no nosso mundo da fantasia onde Stanathan é real! Enjoy! 

PS.: Esse é o ultimo capitulo que posto antes de viajar dessa fic, paciencia dears! Preciso me divertir também!(Não que isso não aconteça escrevendo... kkkkkk) Não fiquem zangadas, a NC vai chegar... 


Cap.61

A chegada a Nova York é bem tranquila. Ela e Gigi pegam um taxi e vão direto para o hotel onde Nathan reservara dois quartos bem no coração da Times Square. O Carnegie Hall ficava a dois quarteirões de onde estavam hospedados. Stana estivera apenas uma vez há muitos anos atrás no Carnegie Hall para uma apresentação da orquestra sinfônica russa acompanhada de bailarinos do Bolshoi ballet.

Estava empolgada e ansiosa para ver o show de Sara. Gigi tagarelava sobre as lojas e que deviam aproveitar para dar uma volta no Soho, pois tinha ótimas boutiques e não poderiam deixar de ir na Saks da 5ª avenida.

- Gigi, não vim aqui para fazer compras.

- Eu sei, mas isso não impede de aproveitarmos a chance.

- Você se divirta. Eu vou focar no show e em ficar com Nathan.

- Claro! Se eu estivesse acompanhada não ia querer saber de lojas – falou meio debochando.

Elas já estavam no lobby do hotel, a reserva estava no nome de Gigi para não levantar suspeitas. Mesmo assim, ela colocou a peruca loira por precaução. Tudo certo. Já no quarto, Stana pode relaxar enquanto esperava por Nathan.

O show era apenas na noite seguinte, o que lhes dava o dia livre para aproveitar Nova York. O celular tocou rompendo sua linha de pensamento.

- Hey, gorgeous. Estou no 17º andar, quarto 1704 pode vir se juntar a mim agora.

- Tá bom, vou pegar minhas coisas e avisar Gigi.

- Agradeça a ela novamente por mim e diga para aproveitar a cidade.

- Ah, não tenho dúvidas de que ela fará isso – ela desligou virando-se para a irmã que acabara de sair do banheiro – Nate chegou. Estaremos no quarto 1704. Você não vai ficar chateada por estar sozinha, vai?

- Stana, estou em Nova York. Como alguém fica chateado nessa cidade? – elas riram. Pegando sua pequena mala, Stana caminhou até a porta – juízo vocês dois, boa noite.

- Boa noite, sis.

Stana subiu dois andares no elevador. Caminhando para a esquerda no corredor, ela rapidamente encontrou o quarto que procurava. Apenas para mexer com Nathan, ela colocou a peruca loira novamente tocando a campainha. Alguns segundos se passaram até que ele abrisse a porta, Stana reparou que ele estava usando o roupão do hotel.

- Serviço de quarto, senhor.   

- Hum, estranho... tinha certeza de ter pedido uma morena de olhos amendoados. Por que me mandaram a loira? – ela o empurrou entrando no quarto ainda atuando. As mãos dela pousaram no peito dele, os dedos ágeis puxaram a corda do roupão derrubando o item no chão em segundos – você tem certeza que quer a morena?

- Não tenho dúvidas – ele puxou a peruca dela vendo os cabelos de Stana caírem sobre o ombro. Nathan a envolveu pela cintura e beijou-lhe os lábios. O toque foi longo e sutil, como uma provocação – bom te ver de novo, Staninha. Está a fim de testar a cama do hotel?

- Acho que essa pode ser nossa primeira aventura em Nova York. Temos tão poucas coisas para fazer nessa cidade e ficar com você é de longe a minha preferida – ela o empurrou na cama já se inclinando sobre ele, em questão de segundos eles tiravam a roupa um do outro se engajando em um novo momento de prazer.

Uma hora depois ainda enrolados nas cobertas, Stana se espreguiça e reclama de fome. Ao checar o relógio, Nathan entendeu o porquê. Eram sete da noite, dez em Los Angeles.

- Você quer sair para jantar ou se contenta em pedir no quarto?

- Estou cansada. Deixamos o jantar para amanhã ou na sexta. Você vai querer ir ao Le Cirque, não?

- Com certeza. Vou pegar o cardápio para nós – ele fez menção de se levantar da cama, mas ela o impediu.

- Eu já sei o que quero. Um steak a la Nova York malpassado com purê e cogumelos.

- Nossa! E você sabe se eles têm isso para oferecer?

- Eu olhei o menu quando estava no outro quarto com Gigi.

- Sendo assim, pedirei dois. Alguma sobremesa?

- O que você acha?

- Claro. New York cheesecake. Entendi, vou providenciar junto com uma garrafa de vinho tinto – o resto da noite foi normal, jantaram, namoraram e dormiram aconchegados nos braços um do outro.

Na manhã seguinte, eles acordaram por volta das nove o que fez Nathan preferir pedir o café no quarto. Mesmo sabendo das preferências de Stana por coisas naturais, ele optou por nada do gênero exceto por suco de laranja. Brioches, ovos, bacon, hashbrowns, salsinhas e o café obviamente já que esse era o primeiro item que ela pediria.

Ao sair do banheiro, ela se deparou com a mesa de guloseimas. De repente, percebeu o quanto estava com fome. Indo ao encontro dele, ela o beijou carinhosamente apertando-lhe o bumbum de leve.

- Bom dia, Nate... vejo que não economizou nas frituras para o café da manhã. Algo saudável nem pensar nas suas regras, hum?

- Ovos são saudáveis, Staninha. Fonte de proteína e suco de laranja, sem açúcar. Mas eu sei que você está mesmo desejando isso aqui – sorrindo, ele estendeu uma caneca com café para ela – com a cafeína no seu corpo, vai querer provar tudo que tem nessa mesa.

- Você e suas artimanhas. O pior é que eu sempre cedo. Tudo bem, estamos em Nova York curtindo uns dias de folga, irei ver Sara Bareilles. Meu organismo pode aguentar um certo exagero. Além do mais, podemos caminhar bastante pela cidade.

- Caminhar?

- Claro! Você não vai querer ficar andando de taxi de um lado para o outro. Usaremos o metro e caminharemos. Azar seu que se casou com uma das fundadoras do ATP. Nada de carro – ele revirou os olhos – você já pensou onde vamos hoje? Gigi deu sinal de vida?

- Não sei para as duas perguntas. Por que não checa seu celular para ver se tem alguma mensagem? – ele entregou o telefone a ela – estava pensando. Já é quase o meio do mês, deveríamos estar fazendo as compras de natal. Que tal irmos até a FAO comprar um presente para Anne? Sei que provavelmente não passaremos juntos, porém gostaria de mandar um presente nosso por você.

- É, tínhamos que conversar sobre isso... o natal passaremos separados, pois Gigi já me contou que a mamãe nos intimou. Vou para o Canada mesmo. Gostaria de passar a virada do ano com você, só não tenho a mínima ideia de onde. Quanto a Anne, gostei da sugestão. Podemos procurar algo na FAO, e eu adoro aquela loja.

- Hum... Canada será. Pensarei em algo para o ano novo. Vou me arrumar.

- Ah, não se preocupe com Gigi, ela já saiu para as lojas. Disse que mais tarde se comunica e estará no hotel por volta das seis para se arrumar para o show.

- Ótimo! Depois saberemos o que ela gostou nas lojas e podemos comprar algo para ela também.

Eles saíram uma hora depois. Por precaução, Stana saiu primeiro e tinha a peruca na bolsa. Nathan veio logo depois. Desconfiada, ela olhava em todas as direções. Estava de chapéu e óculos escuros mesmo assim não considerava um disfarce realmente bom. Ao chegarem na FAO, ela optou por colocar a peruca uma vez que precisaria tirar os óculos e o chapéu. Ela tinha uma ideia do que comprar para Anne, sua cunhada havia comentado o que caíra no gosto da filha por esses tempos. É claro que Anne não era a única criança que Stana tinha que se preocupar naquela loja.

Nathan parecia um menino grande. Maravilhado com os brinquedos, os olhos azuis brilhavam de um lado para o outro da loja não querendo perder nenhum detalhe. Ela sabia que teria que controlá-lo ou ele faria um verdadeiro estrago com o cartão de credito.

Ela o encontrou babando nos produtos de Star Wars. Sorrindo, lembrou-se que precisava tirar sua atenção dos brinquedos de menino e procurar os produtos para Anne.

- Hey... pensei que tivéssemos vindo aqui para comprar um presente para a nossa sobrinha. Não tem nada que ela queira aí nessa prateleira.

- Staninha, aproveite o momento. Vem dizer que essas coisas não te deixam com vontade de escrever para o papai noel de novo? Olha essa Millenium Falcon! Incrível! E o novo androide, BB-8, é uma gracinha.

- Ok, admito que gosto de ver as coisas de Star Wars, mas será que podemos nos concentrar no que viemos fazer aqui? Ainda quero passear por Nova York. Sei que Anne está querendo muito ganhar coisas de Journey Girls, são umas bonecas que tem roupas, moveis, essas coisas...

- Que nem Barbie?

- Diferente. Vem comigo que te mostro. Ela gosta da Dana e da Keisey, segundo ela parece comigo – ela o puxou pela mão. Se não fizesse isso, não conseguiria comprar o presente de Anne. Stana procurou as tais bonecas e seus acessórios. Nathan não parecia muito satisfeito em comprar somente a tal Dana e dois sets de roupa, então sugeriu um jogo de tabuleiro. Stana concordou. Acabaram escolhendo Clue que tinha tudo a ver com o gosto da menina, para completar o presente, ela queria escolher dois livros na Barnes & Noble que foi a próxima parada do casal.

Depois das compras, eles passearam pela cidade. Evitaram lugares com multidões, preferiram pequenos mercados, parques, lugares onde podiam curtir um tempo juntos e namorar sem levantar suspeitas. Por volta das cinco da tarde, seguiram para o hotel. Stana estava ansiosa o suficiente para não aproveitar nada mais da cidade. Sua mente estava voltada para o show de logo mais.

Eles tinham que estar no Carnegie Hall antes das oito.  Ela foi a primeira a ficar pronta. Nathan evitava comentar sobre a hora ou os pequenos ajustes que ela insistia em fazer seja na maquiagem, seja no cabelo. Tudo parte da ansiedade. Não sabia que Stana era tão fã de Sara Bareilles assim. Não se contendo, ela ligou para aperrear a irmã, conhecendo Gigi ela podia se atrasar muito facilmente.

Enquanto ele a observava, sorria. Ela nem imaginava o quanto a noite seria especial. De repente, Stana vira-se para ele e pergunta.

- Você acha que corremos risco indo juntos a esse show? E se houverem repórteres? A mídia sempre cobre esses eventos. Não podemos dar bandeira. Será melhor eu levar minha peruca.

- Com certeza não poderemos entrar nem sair juntos. Mesmo não sendo a noite de estreia do show, é bem melhor não arriscar. Se acontecer de algum repórter reconhece-la, para todos os efeitos você veio com sua irmã ver o show porque é uma grande admiradora de Sara, o que não deixa de ser verdade.

- Você realmente esteve com Sara alguns meses atrás?

- Estive. Ela é adorável. Ama o que faz e leva suas pesquisas bem a sério. Também respeita muito os fãs. Ela me lembra você em vários aspectos, amor – ele consultou o relógio – se vamos caminhando, melhor sairmos agora. Gigi está pronta?

- Espero que sim! Vou ligar de novo. Provavelmente terei que arrastá-la. Te encontro no lobby?

- Tudo bem.

Felizmente, Gigi estava pronta quando Stana bateu a sua porta. Desceram ao encontro de Nathan e seguiram para o seu destino. Separaram-se na esquina para manter o disfarce. As duas iam na frente, ele esperaria dez minutos e seguiria para encontra-las apenas no camarote onde assistiriam o show.

Nada estranho na chegada delas ao Carnegie Hall. Tiraram uma foto no cartaz do show decidindo não passar muito tempo zanzando pelo saguão para não levantar suspeitas. Antes de se dirigirem aos seus lugares, Stana foi ao toilete para colocar a peruca loira. Caso alguém fotografasse seu camarote, não pensariam nela como a companhia de Nathan para a noite.

Faltavam cinco minutos para o início do show quando Nathan chegou ao camarote. Sorrindo, beijou-lhe o rosto e sentou-se ao seu lado.

- Já estava preocupada. Por que demorou tanto?

- Estava providenciando umas bebidas para nós e encontrei um conhecido no saguão – ao ver o olhar arregalado, ele tratou de acalma-la – relaxe, Stana. Ninguém do nosso meio ou da mídia, um canadense que estudou comigo. Nada demais – ele a viu suspirar aliviada. A desculpa era uma mentira, ele estivera fazendo outra coisa importante. Um garçom apareceu carregando uma bandeja com uma garrafa de champagne e três taças. As luzes do teatro mudaram e um locutor anunciou a entrada de Sara. O show estava começando.

Como Stana imaginara, o show era incrível. Sara era extremamente carismática, simpática e adorava interagir com o seu público. O repertorio do show contava com suas últimas músicas do álbum “The Blessed Unrest” e músicas da trilha de Waitress, além de grandes sucessos. Enfim, diversão para todos.

Ao final do show, Stana sorria feito boba. O convite de Nathan fora realmente especial. Estava feliz. Na saída do teatro, eles tornaram a se separar. Ele pediu para ela o encontrar na esquina oposta de onde vieram. Stana não contestou. Bem na saída, foi reconhecida.

- Stana Katic? Sou Judy Myers. Trabalho para o NY Ledger. É um prazer e uma feliz coincidência encontra-la aqui. Nem imaginava que estava na cidade. Não estão gravando Castle?

- Estamos sim, no ritmo acelerado para o intervalo das festas de final de ano. Mas tem certas coisas que precisamos fazer.

- Como vir a Nova York assistir ao show da Sara Bareilles. Aliás que produção para a noite! De quem é o vestido?

- Salvatore Ferragamo. Adoro as coleções dele. Esse é um exclusivo feito para mim sob medida. E sim, Sara é a razão de eu estar em Nova York com a minha irmã. Sou super fã da Sara e não estava em Los Angeles quando a turnê dela passou por lá. Não podia perder uma segunda chance.

- Com certeza! Aposto que adorou o show, eu amei. É interessante ver você agindo como uma fangirl. Geralmente os outros fazem isso com você.

- Também tenho direito. E sim, o show foi incrível.

- Uma última pergunta. Você veio com Nathan?

- Nathan? Do que você está falando?

- Alguém disse que viu o Nathan no saguão. É no mínimo estranho encontrar vocês dois no mesmo lugar.

- Não sabia que ele estava aqui. Você tem certeza que era ele? Pelo que disse no set ia para a sua casa em Malibu nesse fim de semana. Não pretendia sair de Los Angeles.

- Acho que alguém se enganou... bem, foi bom te ver. Sucesso com Castle.

- Obrigada – ela se virou para o lado indicado por Nathan. Enrolou bastante conversando com Gigi para despistar a repórter. O rumor de Nathan em Nova York foi logo abafado por uma foto no instagram de jantar com Alan em um dos restaurantes da área de Malibu. Tudo forjado e planejado para se livrar da imprensa. Depois de um tempo, eles se encontraram na esquina.

- Livrou-se deles?

- Finalmente. O que faremos agora? De volta para o hotel? Acho que não podemos correr o risco de sermos vistos em outro lugar.  

- É o plano depois que fizermos uma última coisa aqui. Podem me seguir? Gigi espero que não se importe, porém eu seria um péssimo marido se não atendesse ao desejo da minha esposa – ele abriu uma porta lateral pedindo para que elas entrassem – Staninha, considere seu presente de natal antecipado – ela olhou intrigada para ele e continuou seguindo-o por um corredor passando pelo palco e as coxias do teatro. De repente a ficha começou a cair.

- Nate, você não está... – não pode completar a frase. Nathan batia na porta do camarim, um rapaz abriu a porta, era um dos assistentes de Sara. Sorrindo, ele se afastou dando passagem para eles.

- Podemos invadir seu descanso um pouquinho?

- Claro! Que surpresa vê-lo aqui! Achei que não poderia vir a Nova York. Você não está filmando?

- Conseguimos um pequeno intervalo, uma folga – ela se aproximou e deu-lhe um beijo no rosto. Nathan resolveu partir para o que vieram fazer ali. Ao virar-se para falar de Stana, ele percebeu o quanto ela estava surpresa, pálida diante do susto ou da ideia de ver Sara de supetão – então, Sara, acredito que conhece minha costar Stana Katic. Eu a trouxe comigo porque descobri que ela é sua fã.

- Lógico que conheço. Uma das mulheres mais lindas da televisão. É um prazer conhece-la – Sara estendeu a mão para cumprimentar Stana. A atriz retribuiu o gesto timidamente, mas Sara inclinou-se para beija-la no rosto.

- Desculpe, eu não sabia que Nathan faria isso. Pareço uma boba. Ele tem razão, sou sua fã e adorei o show. Você como sempre perfeita.

- Obrigada! Já que está aqui, por que não tiramos uma foto todos juntos? – eles se entreolharam pensando em como iam responder sem ofender a cantora.

- Adoraríamos Sara, porém temos um problema. Não podemos aparecer em fotos juntos, somente quando estamos promovendo a série, seria violação de contrato. Sinto muito. Mas Stana adoraria um autógrafo. Você entende, não?

- Perfeitamente. Sei como esses contratos podem ser perigosos em Hollywood. Terei o maior prazer em lhe dar um autógrafo, Stana e quero um seu também. E quanto a você? – ela disse olhando para Gigi – quer também? Pelo rosto sei que é parente dela, irmã?

- Acertou. Gigi. E esses dois são uns mal-educados. E adoraria um autógrafo também.

- Esse não foi o único motivo que trouxe você aqui, Stana. Há cerca de um mês atrás, talvez menos, Stana me desafiou para cantar para ela, a verdade era uma serenata. Eu não fujo de desafios, mas gostaria da sua ajuda Sara para pagar o que devo. Você me ajuda tocando?

- Nathan, você não vai...

- Claro que vou! Você pediu, não? Ou melhor, apostou... – o sorriso no rosto de Stana era lindo de se ver, bem ali sem qualquer intervenção de estranhos, ele iria cantar para ela com uma de suas cantoras preferidas. Não sabia o que dizer.

- Que música você prefere? – ela já pegou o violão.

- Ah, uma especial. Não sei se vai ficar boa no meu tom de voz, mas qualquer coisa você me ajuda – ele falou algo no ouvido da cantora, Gigi observava a cara sonhadora da irmã. Mesmo que tentasse, ela não conseguia disfarçar a felicidade que sentia, tanto que acabaria dando bandeira. Se bem que Nathan não parecia preocupado com isso. Ao som dos primeiros acordes, ela entendeu o porquê. Ele escolhera “I choose you”, mais romântica impossível. Se eles estavam de boa, quem era ela para se preocupar. Iria apreciar o pequeno show.

Nathan começou a cantar a música ao lado de Sara. No refrão passou a desafinar e a cantora o ajudou, nada disso foi um problema para Stana que continuava feliz ao ouvir a declaração de amor que ele se esforçava em entregar para ela. O coração acelerava a cada nota tocada. Ao terminar, ela não resistiu e correu para abraça-lo, fez mais que isso, o beijou. Quando se separaram, Sara tinha cara de interrogação.

- Eu perdi alguma coisa?

- Não, não é que Stana prometeu que se ele pagasse a aposta ela lhe daria um beijo. Não ligue, eles fazem isso o tempo todo no set – disse Gigi.

- Isso não foi um beijo de uma aposta, muito menos técnico como eles poderiam fazer no set – disse Sara vendo o quão vermelha Stana ficara. Nathan, mesmo envergonhado, resolveu dar uma desculpa.

- Não ligue! Stana tende a ficar emotiva com demonstrações de afeto. Muito passional... – ele dá um sorriso amarelo. Sara não se convence e como boa observadora alfinetou.

- Isso pode até explicar o beijo, mas não a escolha da canção que é extremamente romântica, eu já fiz até proposta de casamento com ela ou a aliança em seu dedo – ela apontou para a mão esquerda de Nathan – aliás, Stana também tem uma.

- Aliança? – ele se faz de desentendido a princípio – ah, esqueci de tirar esse troço de novo!  

- Conveniente já que ambos estão em Nova York, a milhas do local de filmagem e usando as alianças de suas personagens. Vai ter que me dizer algo melhor que isso. Ok, Nathan, o que realmente está acontecendo?

- Na verdade, estamos filmando em algumas locações de Nova York para o próximo episódio. Não queremos muita publicidade sobre isso ainda. Ninguém consegue replicar um lugar como o museu Guggenheim, muitos detalhes e...

- Oh, Deus! Que burra! – ela bateu na própria testa com a mão - Vocês estão juntos? Por isso a história da foto. A mídia não sabe! – Nathan e Stana trocaram um olhar de pânico. A besteira estava feita.

- Ah, tudo bem. Estamos juntos, mas você não pode falar isso para ninguém. Nossas carreiras estarão em risco.

- Minha boca é um túmulo! Eu acho perfeito, vocês formam um casal lindo. Fico feliz de proporcionar esse momento para vocês.

- Obrigada você – disse Stana – aposto que está cansada e louca para sair daqui e relaxar. Melhor irmos andando, Nate.

- Não antes de tirarmos uma foto. E prometo que não farei nada com ela. Apenas preciso registrar esse momento singular que me aconteceu – Gigi tirou uma foto com o celular de Sara e outra com o de Nathan, satisfeitos eles sabiam que deveriam ir – acho que esse é um daqueles encontros que acontecem uma vez na vida.

- Verdade. Foi um prazer imenso, Sara. Tenha certeza que estaremos de volta para a estreia do musical.

- Eu agradeço a chance de proporcionar esse momento para vocês. Espero um dia poder repetir esse encontro.  

Eles saíram do teatro, Stana ainda meio perdida diante de todas as emoções que sentira ali dentro de um pequeno camarim. O coração ainda batia acelerado.  

- Você é um péssimo mentiroso, Nathan. Que história mais boba! – disse Gigi – e você, sis, não sabe disfarçar, estava babando pelo seu maridinho. Impossível a Sara não notar! Que dupla, hein! Isso porque são atores.

- Hahaha! Como se você tivesse ajudado muito se metendo – alfinetou Stana – não importa, eu adorei babe – ela beijou o rosto dele.

- Que bom, considere seu presente de natal antecipado.

- Mesmo? Adorei! – o sorriso enorme tornou a aparecer no rosto. Ao chegarem na rua, Nathan as arrastou para uma limusine estacionada na mesma esquina para leva-las a um restaurante. Iriam jantar em um lugar reservado, longe do burburinho nova-iorquino.

O resto da noite foi ótimo. Ao voltarem para o hotel, ela tornou a comentar da noite.

- Ainda não acredito que você fez aquilo por mim. Foi um gesto lindo e romântico, Nate. Fiquei muito feliz, mesmo que tenha pisado na bola. Acho que não teremos que nos preocupar com Sara.

- Também acho. E você mereceu, Staninha.

- Sério, não sei como retribuirei esse presente. Vai ser bem difícil! Estou pensando em algo para começar... que tal um belo banho de espuma. Aquela banheira parece bem espaçosa, se você me entende...

- Ah, alto e claro, Staninha... – eles saíram correndo já trocando beijos em direção ao banheiro. Pelo caminho, as roupas foram sendo deixadas ao leu sobre o piso. Nua, ela entrou na banheira com agua quente chamando-o para acompanha-la. Entre beijos e abraços não demorou muito para encontrarem o ritmo que os levaria ao ápice do prazer.

De volta a Los Angeles, eles tiveram que se concentrar em fazer as gravações do último episódio antes de fazerem a parada para as festas de fim de ano. Stana tinha um problema para resolver. Ela queria retribuir o presente de Nathan em Nova York com um tão bom quanto. Tinha uma ideia, porém precisaria de ajuda para conseguir executa-la. Obviamente tinha um plano B.

Em um dos intervalos de suas cenas, ela foi procurar Rob Kyker encontrando-o em seu escritório.

- Rob, posso roubar uns minutinhos de você?

- Claro, Stana. Entra aí e fique à vontade – ela começou rondando o espaço olhando a prateleira dele. Percebeu que estava cheia de material que ele usara em LOST, o que era excelente para iniciar a conversa em busca de seu propósito.

- Nossa, você guarda todos esses itens de LOST, o que será que vai guardar de Castle depois que terminar?

- A sua placa de Capitã por exemplo. Eu gosto, me apego a essas coisas e LOST foi especial. Em que posso ajuda-la, Stana?

- Está um pouco relacionado com esse assunto. Meu irmão Marko é fã de JJ Abrams e Star Wars então eu estive pensando, você o conhece, já trabalhou com ele e mantém uma relação de amizade. Acha que é possível conseguir que ele autografe um roteiro de Star Wars: the force awakens para dar a ele no natal?

- Esse é um pedido muito particular. Especialmente se tratando de Star Wars, não sei se JJ se sentiria a vontade para fazer isso, mas como é para você vou tentar convence-lo.

- Prometo que meu irmão vai manter isso em segredo por um bom tempo. Eu ficaria te devendo muito se conseguisse isso.

- Não prometo nada, porém vou tentar. Vou enviar uma mensagem agora para ver quando ele está disponível para falar comigo. Eu aviso se conseguir algo, não tenho muito tempo já que paramos de filmar no dia 22, quatro dias. Só você mesmo para pedir essas coisas, Stana.

- Ah, Rob, eu o amo e adoraria fazer uma surpresa como essa para ele.

- Tudo bem – ela deu um beijo no amigo.

- Obrigada, agora deixa eu correr para a minha próxima cena por causa do natal nem sei que horas sairei daqui hoje.

- Ossos do ofício! – ele piscou para ela.

Dois dias depois, Stana deixa o estúdio por volta das quatro da tarde milagrosamente após trabalhar quase 20 horas nos dias anteriores. Na verdade, esse pequeno intervalo no meio da tarde tinha um objetivo. Ela marcara a tal consulta com a sua ginecologista e deveria retornar por volta das oito da noite para gravar mais três cenas no loft com Nathan. Ele continuava em estúdio e não sabia da saída dela. Assim que entrou em seu carro, ela ligou para a irmã querendo saber se já estava a caminho. Seria uma conversa difícil, porém ter Gigi a seu lado tornava menos aterrorizante.

Elas chegaram ao consultório praticamente juntas. Por ser hora marcada, Stana não corria risco de ser assediada por fãs exceto pela assistente da médica que era uma grande admiradora da atriz e da série. Stana a cumprimentou e foi logo direcionada para a consulta. Ao entrar na sala, a médica lhe recebeu com um sorriso.

- Stana... não a vejo há alguns meses. Cinco para ser mais exata quando fez seu último preventivo. O que a traz aqui?

- Algumas dúvidas e acontecimentos. Estou pensando no futuro.

- Sente-se, vamos elaborar um pouco mais isso. Está namorando alguém sério? Pensando em família? Aposto que sim! Quem é o sortudo?

- Dr. Roberts, eu agradeceria se pudéssemos manter a discrição. Eu confio no sigilo médico paciente, mas sua assistente é fã do meu trabalho e quero evitar fofocas. Contarei tudo que preciso sem revelar o nome de quem está envolvido na questão, tudo bem?

- Sempre misteriosa, claro Stana, eu respeito isso. Está no seu direito. Se está pensando em engravidar, quais são exatamente suas dúvidas?

- Eu acredito que tenho problemas para engravidar. Tenho razões para isso. Nos últimos anos, eu tive dois episódios de alarme falsos de gravidez naquelas situações que não há como negar, sabe? Sexo sem proteção, bem no período fértil. Não estava tentando engravidar na ocasião, mas o simples fato de ter o resultado negativo acendeu um sinal vermelho em minha mente. Tem algo errado com meu corpo?

- Bem, pelo que você disse, não necessariamente. As vezes acreditamos que por não usar proteção durante o sexo, a primeira coisa que vai acontecer é uma gravidez. Isso gera um outro fenômeno a gravidez psicológica.

- Mas eu senti todos os sintomas, os enjoos...

- Psicologicamente.

- Eu disse a ela que isso tudo é bobagem da cabeça dela. Minha mãe tem seis filhos, nós somos parideiras.

- Gigi, de novo essa história? Doutora, tem outro fato que pode ajudá-la a entender o motivo da minha desconfiança. Antes dessas duas suspeitas sem fundamento eu tive um aborto espontâneo – na mesma hora, Gigi arregala os olhos surpresa com a revelação – depois desse fato, sinto que não consigo engravidar. Eu preciso saber se tenho problemas. Preciso estar preparada para enfrenta-los. Eu não sou tão nova assim. Tenho 37 anos, meu relógio biológico está sendo pressionado. Não tenho muito tempo.

- Entendo sua preocupação apesar que hoje em dia as condições para ter uma gravidez aos 40 são bem diferentes, especialmente em pessoas saudáveis como você. Estou avaliando seus últimos exames e nada parece estranho. De qualquer forma, vou passar alguns exames específicos para investigarmos se existe a possibilidade de infertilidade ou gravidez difícil, o que realmente não acredito no seu caso.

- Tomara que esteja certa, eu quero acabar com essa suspeita.

- O que significa que pretende engravidar em pouco tempo... esse cara deve ser especial.

- É uma possibilidade já que ambos queremos ter filhos - a médica terminou de prescrever o que precisava e entregou os papeis para Stana.

- Você sabe que pode fazer todos esses exames aqui mesmo. Porém, eles precisam de algum preparo. Quer marcar para amanhã? O resultado das análises nesse caso demoram duas semanas. Posso agendar seu retorno para a primeira semana de janeiro.

- Melhor considerar a segunda semana por precaução, dia 12 já devo estar de volta à ativa e será fácil me organizar. Farei os exames amanhã cedo – ela se levantou e estendeu a mão para a médica – obrigada, Dr. Roberts. 

- Estou à disposição, Stana.

Saindo do consultório, ela já esperava que Gigi fosse começar com milhares de perguntas ou somente iria reclamar da revelação que fizera para a médica. Assim que entraram no carro, a irmã começou o sermão.

- Muito bonito! Como você esconde um assunto desses de mim, Stana? Um aborto espontâneo! Nathan sabe disso?

- Claro que sim, Gigi.

- Então, por que não me contou? Pensei que não tivéssemos segredos... – Stana percebe que ela está visivelmente chateada. Suspirando, ela para o carro no acostamento e fita a irmã.

- Sabe porque não falo sobre o assunto? É simples explicar. Não gosto de lembrar do que aconteceu, doeu e dói ainda. Não sei explicar. Plagiando minha personagem, algumas coisas são melhores serem esquecidas.

- Eu sinto muito, sis. Tudo bem, não irei lhe perguntar sobre isso. Temos o natal pela frente e já que vocês estarão separados não devo deixa-la triste esses dias. Nathan vai para a casa da mãe, você também, ambos no Canada e ainda assim separados.

- Eu não disse que Nate ia para o Canada nem para a casa da mãe dele.

- Jeff mencionou outro dia...

- Espera, você anda falando com Jeff? – agora quem estava surpresa era ela.

- Sim, por que? Algum problema? Pelo que me consta somos da mesma família e já que temos mais em comum que irmãos casados, trocamos telefones naquele dia. É bom ter alguém para conversar abertamente quando se guarda segredos, você tem que concordar que há certos assuntos que não posso falar com Anne.

- Assuntos? – os olhos de Stana se arregalaram – Gigi, o que você anda conversando com Jeff? Não está falando da minha vida sexual com Nathan, certo? Já basta o embaraço que passei da primeira vez com o irmão dele. Deus! Nem gosto de lembrar...

- Relaxa, sis. Isso é assunto nosso, entre mulheres. Não se preocupe. Ele é bacana, divertido. Não é o irmão, mas gostei bastante de conhece-lo. Mas Jeff não é o tópico aqui. Você já parou para pensar que após fazer todos esses exames e descobrir que não tem problema, talvez precise avisar Nathan para que ele seja avaliado?

- Por que faria isso?

- Ora, se você quer engravidar e está tudo bem com você, ele pode ser o problema. Melhor checar afinal Nathan é mais velho que você, sempre foi mulherengo e você não se questiona porque até hoje nenhuma das ex-namoradas engravidou dele?

- Isso só demonstra que ele é cuidadoso. Ele sempre quis ser pai e... – Gigi ergue a sobrancelha como quem diz “entendeu, agora?” – Ai, Gigi! Por que você faz isso? Agora vou ficar com mais interrogações na minha cabeça! – a irmã riu.

- Desculpa, não pense agora. Deixe para resolver isso depois que souber do resultado.

Naquela noite ela trabalhou até duas da madrugada, mas isso não a impediu de fazer os exames na manhã seguinte. Nathan não desconfiou pois sabia do ritmo louco de gravações que ambos estavam tendo, mal tinham tempo para conversar. Ele queria acertar detalhes da viagem para passar o natal e falar do ano novo com Stana e estava difícil estarem no mesmo horário disponíveis. Quando acontecia, um ou outro estava extremamente cansado para conseguir falar ou acordar o parceiro.

Finalmente na sexta-feira, eles se encontraram. Stana trabalhara até a meia-noite e Nathan fora para a première de Star Wars. Coincidentemente, chegaram quase juntos em casa. Ela já estava trocando de roupa quando ele chegou no quarto.

- Hey, babe... – ela disse aproximando-se para beija-lo – senti saudades. Ultimamente não temos tido tempo para nós e logo estaremos viajando – ela fez carinha de choro, ele a abraçou retribuindo o carinho com um novo beijo – como foi o filme?

- Incrível! JJ Abrams realmente sabe o que faz. Ele criou uma continuação ideal para a história de Lucas, os novos integrantes são ótimos e ah! Ver Harrison Ford como Hans Solo novamente foi surreal, tem uma cena que... – Stana colocou o dedo sobre os lábios dele.

- Nada de spoilers. Eu quero assistir – sorria pensando em como ele adoraria o presente dele de natal, esperava que pudesse entregar o principal - Falando em viagem, para quando é sua passagem?

- Dia 22 que nem você, correto?

- Sim, vou junto com Gigi. Você pensou em algum lugar para o ano novo? Nada de grandes festas, precisamos de isolamento. Cheguei a pensar em ir para a Croácia, mas talvez não seja bom se alguém da minha família sonhar que estou lá não vai dar certo. Só quero ficar junto de você.

- Eu sei, estava querendo me lembrar de alguém que tivesse uma propriedade no campo, longe das cidades... não consegui.

- Temos três dias juntos e mais o período do natal para encontrar uma solução. No pior dos casos, ficamos aqui mesmo.

Na segunda, no meio da tarde Stana tem vinte minutos de intervalo até sua próxima cena. Ela encaminhou-se para seu trailer a fim de descansar as pernas e provavelmente precisaria retocar a maquiagem. Também estava com fome e guardara alguns muffins no armário. Assim que sentou-se com o muffin de blueberry a sua frente, o celular tocou. Sorriu ao ver o nome de Dara.

- Dara! Que surpresa boa!

- Hey, Stana. Soube que você está trabalhando duro nesses últimos dias. Tudo pelo hiatus que se aproxima, não? Animada para as festas com Nathan?

- Como, Dara? Passaremos o natal separados e nem sabemos o que faremos no ano novo! Essa nossa vida clandestina tem dessas coisas – elas riram.

- Por isso que estou ligando. Nathan deixou escapar algo do gênero para Chad na semana passada. Nós estamos pegando a estrada amanhã para o Colorado. Passaremos o natal com a família de Chad e pensamos que talvez vocês precisassem de um refúgio para curtir a passagem de ano. Nós temos uma propriedade aos arredores de Boulder. Como estamos com as crianças preferimos ficar na casa da mãe dele e vocês poderiam curtir a vida do campo. O que acha? Muito radical para vocês essa mudança?

- Não, Dara. É perfeito. Sexta mesmo estávamos falando sobre isso, um lugar calmo, longe de tudo e de todos onde pudéssemos ser nós mesmos sem medo de sermos pegos por câmeras e repórteres. Tem certeza que não vai atrapalhar seus planos com Chad?

- Que nada! Quando se tem filhos, nossas vontades ficam sempre em segundo plano. Você quer discutir com Nathan ou posso contar com vocês? Podemos até fazer um jantar de boas-vindas somente para adultos.

- Claro! Vamos adorar. Pode contar conosco, Nathan vai gostar da ideia. Obrigada, Dara. Você sempre agindo como fada madrinha, mesmo longe de nós.

- Com prazer. Tudo para ajudar os amigos. Mandarei o endereço para vocês depois. Sugiro que venham de carro, assim ficam mais tempo juntos. 

- Concordo. Nos veremos no Colorado, então – Stana desligou com um sorriso no rosto, não via a hora de contar para Nathan. Terminou de comer e retornou ao set. Estava retocando a maquiagem com sua fiel escudeira quando Rob Kyker apareceu.

- Hey, Lisa quando terminar se importa de me emprestar Stana um pouquinho? Quero mostrar uns objetos de cena que ela terá que usar amanhã.

- Claro, só mais cinco minutos e ela será toda sua – Stana seguiu Rob até sua sala já imaginando que ele teria uma resposta para o seu pedido da semana passada. De repente, sentiu-se ansiosa. Ela queria muito surpreender Nathan com um presente à altura do que ele fizera para ela. A foto com Sara estava em um porta-retratos no escritório da casa deles.

- Então, boas notícias? – ela perguntou assim que ele fechou a porta da sala.

- Sim, eu falei com JJ. Eu já imaginava que ele não ia sentir-se muito confortável em ceder uma cópia do script do filme, porém ele decidiu porque é para mim, entregar uma sequência de diálogo entre Hans Solo e Leia com sua assinatura, claro. Vou recebe-la amanhã. Ah, outra condição foi a de não usar o nome do seu irmão. Tudo bem?

- Claro! Oh, Rob! Nem sei como te agradecer. Estou muito feliz – ela o abraça e beija seu rosto várias vezes como uma moleca – ele vai ficar nas nuvens!

- Fico feliz em ajudar! – como uma criança que acabara de ganhar o presente de aniversário, ela saiu saltitante pelos corredores do estúdio. Quem a via em tal euforia, se perguntava o porquê da alegria. Um dos rapazes se arriscou.

- Hey, Stana! Feliz com o hiatus ou com todas as cenas que ainda vai filmar hoje e amanhã pela madrugada? – perguntou Erik.

- Ah, é natal! Não vejo a hora de terminar as gravações e encontrar minha família!

- Então, vamos trabalhar! Assim você pode encontra-los mais cedo.

- Eu gosto da ideia – seguiu no mesmo embalo até o set, agora com Erik ao seu lado. Ao vê-la sorridente, Nathan quis saber o que estava acontecendo.

- Perdi alguma coisa ou ela exagerou no açúcar de novo, Erik? – ele riu da brincadeira do ator.

- Nada! Está feliz porque vai trabalhar até duas da madrugada hoje e tem que estar aqui as seis no dia seguinte. Tudo para entrar logo de folga.

- Ah, é natal! Vamos ensaiar a próxima cena, Nathan? Temos dez minutos – ela se afastou com ele para um canto. Sentindo-se seguro, ele perguntou.

- Vai me contar o motivo de tanta alegria?

- Já temos um lugar para passar o ano novo. Dara nos convidou para ficar na casa deles no Colorado. Exatamente como queríamos, Nate. Não é perfeito?

- Talvez, apenas nós dois ou Dara e a família?

- A casa é nossa. Ela vai até preparar um jantar somente para os adultos. Acho que está louca por umas horas longe das crianças. Eles vão ficar na casa da mãe de Chad.

- Ah... aí sim, será perfeito! – ele virou-se e gritou para Erik – eu disse que era culpa do açúcar, ela devorou um daqueles muffins gigantes – Erik riu dos dois, adorava trabalhar com eles.

Mais rápido do que pensaram, eles terminaram todas as cenas dos dias seguintes. Antes de deixar o estúdio no dia 21, o seu último, Stana procurou por Rob. Claro que pegou o tal script prometido escondendo dentro de sua bolsa grande propositalmente escolhida por causa disso. Novamente agradeceu ao amigo com beijos e saiu satisfeita.

Na manhã seguinte, ela despediu-se de Nathan fazendo várias recomendações.

- Você se comporte e não adianta revirar a casa em busca de seu presente de natal que não vai encontrar. Você irá recebe-lo quando eu voltar, antes de irmos para o Colorado. Eu tenho planos de falar com você no dia de natal, mas preciso discutir algumas coisas com Gigi. Não exagere na comida e na bebida, viu? Dê um abraço em Jeff por mim. Te vejo no dia 27 – enroscando seus braços na cintura dele, ela sorveu os lábios de Nathan com vontade. Sentiu as mãos dele vagando por suas costas já provocando sensações que claramente precisava evitar naquele momento.

Ainda bem que Gigi chegara fazendo barulho. O clima foi embora e eles conseguira se afastar antes que o fogo se acendesse por completo.

- Está esperando o que, sis? Nosso voo sai em duas horas, temos que ir. Despeça-se de seu marido adequadamente, lembre-se que há outras pessoas no recinto...

- Ai, Gigi! – ela deu um novo beijo em Nathan, dessa vez mais comportado – ligo quando chegar.

- Dá um beijo em Anne por mim, depois me diz se ela gostou do presente. Boa viagem, Gigi – ele beijou a cunhada – cuide bem dela por mim.

- Pode deixar. Vou tentar evitar que ela dê bandeira na frente da dona Rada. Sabe como é... ela é péssima quando o assunto é você. Ser atriz não serve de nada nessas horas.

- Gigi! – ambos falaram e caíram na risada após o fato.

- Isso, podem brigar comigo, sabem que tenho razão e você – disse apontando para Nathan – dê um beijo em Jeff por mim.

- Não vou beijar meu irmão!


- Que seja! Você entendeu. Boa viagem, Nathan! Vamos, Stana! – saiu puxando a irmã sem cerimônias obrigando-a a jogar beijos no ar para o marido que ria da doidinha da cunhada. Ele adorava sua nova família.


Continua... 

3 comentários:

cleotavares disse...

Amo as tiradas da Gigi. E a D. Rada? vai tentar descobrir o misterioso causador da felicidade da Stana?

Unknown disse...

Ownn que fic mais amorzinho!!! Quero só ver Dona Rada rondando Stana hahaha e louca para saber o resultado do exame pq quero ver ela grávida logooo haahah não consigo esperar para ver... Espero que não demore mt para o próximo cap

Rosy disse...

Demais! Quando chega o outro capítulo?