sábado, 23 de janeiro de 2016

[The X-Files] Coming Back Home - A Real Ship Story



Coming Back Home
Autora: Karen Jobim
Classificação: NC17
Capítulos: oneshot – fic de ship real DD&GA, entre a première de Arquivo X e pós-Jimmy Kimmel. 

Disclaimer: A volta de Arquivo X as telas de tv trouxe consigo um misto de sentimentos e confusão para os nossos atores, especialmente Gillian. Ainda não sabia o que os atos de David significavam, mas estava prestes a descobrir.

Nota da Autora: Ah, a volta de AX! Acho que a maioria de vocês não tem ideia do que isso significa para mim. Meu primeiro vício, meu primeiro ship e até hoje nenhuma série superou meu amor por esse hit. Igualar sim, mas só isso. Amo a química desses dois, sou completamente apaixonada por eles, mesmo quando fazem besteira. A fic é real porque desde que eu assisto AX, nunca deixei de torcer por eles. É quase um caso perdido, porém tem mais chance que um outro aí... então, para isso servem as fics (mesmo que esteja um pouco enferrujada). Marlu e Carlinha, pra vcs! Enjoy!

Atenção NC-17... be aware!!!



Coming Back Home

Três dias antes da première de Arquivo X, Gillian Anderson acabara de chegar de uma nova sessão de fotos dessa vez para a revista Entertainment Weekly. Foram quatro horas de ensaio fotográfico ao lado de David. Durante o tempo juntos, trocaram gracinhas, fizeram piadinhas, toques e abraços aconteciam naturalmente inclusive dois selinhos. Era muito fácil desfrutar um tempo ao lado de David. Ele era divertido, implicante e fácil de lidar, mas nem sempre fora assim. Há anos atrás quando filmavam as temporadas da série em Vancouver, havia uma certa tensão entre ela e Duchovny durante um tempo, além de mais exigente, ele se irritava com algumas filmagens, com o clima sombrio da cidade e com o corpo gerencial da emissora. Ela também tinha seus dias ruins, passara por algumas experiências desagradáveis, o lance da gravidez e sua inexperiência contribuíram para alguns choques e para o clima tenso entre os dois por um período.

Finalmente as coisas começaram a mudar quando um sentimento de companheirismo surgiu entre eles, ambos concordavam em muitos aspectos do trabalho e acabavam unindo forças para melhorar a vida de ambos e do próprio show. A mudança para os estúdios em Los Angeles foi definitivamente o melhor momento da relação deles. Em parte, Gillian sabia que esses momentos tensos eram resultado de seu mecanismo de defesa.

Com o passar do tempo, o sentimento dela em relação a David evoluíra de co-star para amizade e intimamente para algo mais que guardava para si. Não sabia qual era a definição do que sentia. Era apenas atração? Desejo? Ou a vontade de tentar algo novo como um relacionamento? Quando David se casou, ela soube a resposta, mas era muito tarde. Suas chances de ficar com ele e viver um romance acabaram de atingir o zero. Então, ela quase entrou em depressão.

O seu coração doía por conta da realização de que precisava seguir em frente e esquecê-lo. Quando David decidiu deixar a série na oitava temporada, ela pensou que seria melhor. Não vê-lo todos os dias poderia trazê-la para a vida real. Funcionou por um tempo. Depois, atuar e contracenar com outros atores tornou-se chato. Ninguém era igual a David em todos os sentidos. Infelizmente não era culpa deles, Gillian apenas sentia falta de seu parceiro de anos, tudo era fácil antes, eles se entendiam com o olhar como Mulder e Scully. Mesmo assim, Gillian era profissional e manteve seu foco em entregar as melhores performances possíveis aos fãs leais de Arquivo X. Rever David no último episódio foi, no mínimo, interessante. O sentimento ainda existia, estava lá, porém em menor escala. Sim, era bom filmar com seu parceiro novamente. Também foi excelente revê-lo nas filmagens do longa. Havia uma cumplicidade entre eles, algo que não se consegue com qualquer pessoa.

Quando o show acabou, Gillian decidiu mudar de ares. É como diz o ditado o que os olhos não veem o coração não sente. Escolheu a Inglaterra para ser seu novo lar. Em Londres, ela fez teatro por alguns anos e conheceu seu futuro marido. Teve dois filhos e retornou seu trabalho em séries. A vida seguia sem maiores novidades. Soube que David estava trabalhando em uma nova série, ambos seguiram em frente. Apesar da distância, Gillian sempre tinha suas lembranças. Um dos momentos mais marcantes durante as filmagens de Arquivo X o filme, fora a famosa cena do corredor. Ali, ambos baixaram suas guardas e deixaram o desejo falar mais alto.

A primeira ideia da cena era apenas o discurso apaixonado de Mulder e um abraço até Scully ser picada pela abelha. Parecia que faltava algo. Foi David quem sugeriu um clima mais íntimo entre eles. Algo que criasse uma tensão, aflorasse a tensão sexual constante das personagens. Por que não um beijo? Ele dissera na época e Gillian, mesmo surpresa, concordou com ele. O diretor sugeriu que demonstrassem como seria. Prontamente, David se apresentou para dar uma noção do que pensara. Porém, no minuto em que suas bocas se encontraram, a atração e o desejo contidos de anos afloraram e, de repente, eles estavam sorvendo os lábios um do outro com intensidade tamanha que as mãos mal conseguiam acompanhar o ritmo. Eles perderam o controle totalmente quando David a ergueu pela cintura e Gillian os empurrou contra a parede. A situação atingiu um novo patamar de desejo quando os gemidos de prazer escaparam de suas bocas. Até hoje ela não sabe dizer quanto tempo a loucura durou, seu reflexo nela permanece até os dias atuais fazendo seu corpo arrepiar-se ao sentir a língua dele no interior de sua boca. As sensações sempre voltavam ao lembrar-se do ocorrido. O diretor gritou corta por várias vezes, o que era completamente inútil para os dois.

Quando finalmente voltaram a si buscando por fôlego, ambos caíram na gargalhada, o que só serviu para atrasar o dia, pois David olhou para o diretor com a maior cara de inocente: demais? E Gillian gargalhara novamente. O diretor pediu calma e concentração aos dois, mas concordou que algo mais íntimo poderia funcionar. Nada extremo. Toda vez que se lembrava da loucura, ela ria perdendo a concentração. Levaram seis horas para filmar uma sequência que deveria ter sido finalizada em apenas duas horas. Gillian ainda podia experimentar as sensações daquele dia se fechasse os olhos. Desde aquele beijo, todos os que se seguiram envolveram língua e não eram técnicos.

Anos depois, aqui estava ela. Seis novos episódios filmados, novas memórias e o mesmo David pelo qual ela se apaixonara. Brincalhão, irreverente e charmoso como sempre. Ela se recordava da primeira coisa que disse para ela após acertarem os contratos.

“Hey, Scully. Let’s do it again”, piscou, a abraçou e sussurrou ao seu ouvido “eu senti tanta falta da sua risada” e ela desatou a rir no mesmo minuto. Sorrindo, ele soltou um “gorgeous” para ela.

Durante as filmagens, o clima entre eles não podia ser melhor. Aos poucos, Gillian foi cedendo ao antigo sentimento. Ali estava o homem que ela se apaixonara anos atrás. Estavam mais velhos, talvez mais amadurecidos e com experiências de vida diferentes nos últimos anos exceto por um pequeno detalhe: ambos estavam solteiros no momento. Gillian bem que tentou passando por mais dois casamentos após Arquivo X, mas em algum momento, eles simplesmente não davam certo. Tudo se resumia a apenas uma coisa. O coração é quem manda. Ele quer o que quer. Fim da história. E nesse momento, o coração de Gillian queria David. Os sinais de que a recíproca era verdadeira estavam em várias situações que passaram desde as filmagens até eventos como a comic con. Era muito zelo, carinho e toque para apenas bons amigos.

Ela suspirou mais cedo ao vê-lo chegar ao estúdio fotográfico sorrindo. Deus! Como era lindo! E completamente pegável! Lembrava-se da conversa entre eles.

Horas antes...

- Olá, Gillian! Demorei muito? Acho que esse trânsito de Los Angeles está cada vez pior. Devia ter vindo de bicicleta. É menos estressante.

- Você? De bicicleta em Los Angeles? Conta outra piada porque essa você exagerou. Pronto para a sessão? Deve demorar apenas duas horas, se quisermos até menos. Estão nos aguardando para a maquiagem e o cabelo.

- Ótimo! Você recebeu as instruções do Kimmel para as filmagens de amanhã? Faremos um pequeno vídeo com Mulder e Scully além da entrevista.

- É, minha agente me telefonou no caminho para cá. Enviou o script da cena. Podemos ensaiar se quiser.

- É uma boa ideia o programa é de certa forma “ao vivo”, na minha casa depois?

- Tudo bem – e seguiu para a maquiagem.

Após terminarem as fotos, seguiram para a casa de David cada um em seu carro. Ele mora numa casa bem espaçosa para um cara solteiro. Decidiram ficar no escritório para trabalharem. Como bom anfitrião, ele ofereceu uma taça de vinho para Gillian e colocou alguns nachos e queijos em um prato para degustarem. Com o script numa mão e a bebida em outra, Gillian estava sentada no sofá enquanto David permanecia de pé.

- Achei uma ótima sacada a maneira como escreveram esse reencontro de Mulder e Scully no século 21. Você já imaginou quanto era diferente naquele tempo? Os anos passaram tão rápido!

- Sim, muita coisa mudou, porém outras continuam as mesmas. Como a nossa interação por exemplo. Achei que ia ser difícil fazer tudo isso novamente, mas uma vez que começamos e pegamos o ritmo era como se a Scully não tivesse me deixado durante todos esses anos, ela estava escondida.

- Para mim foi um pouco mais difícil. Pelo menos voltamos a Vancouver antes do frio. Era algo que detestava filmar naquele clima sombrio e chuvoso do inverno.

- Eu lembro bem da sua reclamação, David.

- Confesso, eu era muito rabugento. E só fui dar valor ao que Arquivo X proporcionou para mim em termos de carreira e crescimento depois que acabou. Nós influenciamos uma geração, Gillian. Tem noção do quanto isso é importante?

- Sim, mesmo morando em Londres, eu sempre era parada nas ruas e as pessoas se referiam a mim como agente Scully.

- Nós criamos uma nação com nossas personagens, fãs devotados que mesmo após o fim da série não deixaram de admirar e cultuar o que fizemos por nove anos. A reação do público é incrível a volta da série. Às vezes, eu sinto que parece exagero, mas olhando de perto é compreensível. Nós mostramos ao mundo que ser geek e desafiar o status quo dos governos era bom, mudamos percepções mesmo que apenas atuando.

- Eu sei disso. Serei sempre grata a Chris por ter me escolhido, por ter trabalhado com você e conhecido você, na verdade.

- E aqui estamos nós outra vez – ele se aproximou dela segurando sua mão e apertando de leve. Os olhares se encontraram fixos em ler um ao outro. Eles evoluíram muito no quesito relacionamento. Aprenderam a conviver com suas diferenças e aceitar isso os aproximou. Por isso Gillian estava tão balançada com esse reencontro. Lembrou-se do quanto gostava de estar ao lado dele, rir de suas piadas, sentir o calor de seu abraço. Vendo que ela estava dispersa, ele falou.

- Terra para Gillian... hey! O que aconteceu? Você pareceu tão distante de repente...

- Nada... eu só estava pensando no que disse. Que tal ensaiarmos?

Eles se concentraram no texto e não discutiram o possível beijo que o roteiro sugeria. Estavam sentados lado a lado, David trouxe a garrafa de vinho e ela já não sabia quantos copos tomara. Estava relaxada apoiada no ombro dele. Podia sentir a mão dele acariciando sua coxa, em seguida, ele ajeitou uma mecha de seu cabelo como tantas vezes fizera com Scully atuando. Inclinando-se sobre ela, David deu um beijo de leve em seus lábios. Instintivamente, ela fechou os olhos e gemeu baixinho. Ele repetiu o gesto. Ela suspirou abrindo os olhos afastando-se dele.

- Está tarde. Teremos um dia cheio amanhã com as gravações. Além disso, preciso verificar se já está tudo pronto para a première a noite. Você vai me acompanhar até a porta?

- Claro – ele se levantou colocando a mão sobre as costas dela, guiando-a – quer uma carona amanhã para o estúdio?

- Não, encontro você lá. Obrigada – ele abriu a porta e quando Gillian se movimentou na direção da saída, ele puxou-a pela cintura abraçando-a com o pretexto de dar um beijo no seu pescoço, depois no rosto e finalmente outro nos lábios fazendo o corpo dela se arrepiar devido ao gesto.

- Vejo você amanhã. Boa noite, Gillian. 

Por isso ela estava confusa. Deitada em sua cama de hotel, ela procurava entender porque David parecia querer provoca-la sempre que tinha uma chance. Estava apenas brincando com ela? Queria demonstrar que estava disposto a algo mais ou seria uma tentativa de dormir com ela a exemplo do que acontecera anos atrás em seu trailer? Definitivamente a coisa mais louca que ela fizera em seus anos trabalhando com ele. Na época, aproveitou o momento, porém depois que aconteceu, seus sentimentos ficaram confusos e David apenas queria liberar a tensão entre eles, não parecia interessado em algo mais especifico. Ela fora usada e ele magoara seus sentimentos sem saber. Até agora, ela não sabia a resposta para a pergunta que a atormentava.

Jimmy Kimmel – Estúdio

Por volta das nove da manhã, Gillian chegou ao estúdio indo direto para a maquiagem. O seu camarim ficava de frente para o de David e percebeu que ele já estava lá.

Como primeiro iriam filmar o vídeo, era hora de se vestir de Scully. O bom e velho terninho, o salto baixo e a pose de agente faziam parte de quem era a agente federal. Ela ficou pronta em menos de uma hora. Kimmel já esperava pelos dois no set adjacente ao do programa de entrevistas. O cenário estava pronto somente esperando os atores. Ao passar pelo camarim de David vendo a porta entreaberta, ela aproveitou para tirar uma foto dele totalmente descansado e postar no Twitter para mexer com os fãs que a cada dia que passava ficavam mais ansiosos com a proximidade do revival. Eles tinham a chance de fazer história mais do que já fizeram antes.

- Hey, David! A folga acabou... temos que gravar.

- Tem razão, algumas coisas nunca mudam. Você se veste de Scully e quer logo mandar em mim – ela revirou os olhos – viu só? Revirando os olhos como antigamente. Agora só falta abrir a boca e dizer aquele monte de baboseira científica para tentar me convencer que extraterrestres não existem e estamos em casa novamente.

- Cala a boca, David!

- Ah... tão meiga! Sério, dê uma de cética que eu me apaixono de vez, estou avisando – Gillian tirou por menos, porém aquelas palavras tinham um significado muito diferente aos ouvidos dela. Para David podia ser brincadeira, para ela trazia aquela sensação incômoda no estômago, nervosismo certo. Felizmente, Jimmy apareceu desfazendo o momento estranho que acabara de acontecer entre os dois.

- É um prazer imenso receber vocês dois! – ele abraçou a ambos – acho que vocês não têm ideia do quanto estou ansioso pela volta da série, excitado de verdade. Sou muito fã de Mulder e Scully. Vocês são muito perfeitos juntos. Não perdia um episódio e quando vi a notícia da volta, eu comemorei. Desde ali começou a minha ladainha do convencimento para trazê-los ao meu programa. Vocês não imaginam a burocracia que é para conseguir colocar astros de outra emissora, promovendo séries da concorrente. Mas no fim, todos têm a mesma percepção de que Arquivo X marcou época e abriu as portas para o mundo poderoso das séries de tv que existe hoje. Foram quase que pioneiros, acho que o verdadeiro hit, depois vieram outras. Por isso, Arquivo X é tão querido.

- Acho que tem razão e certamente estamos dando a oportunidade não somente para os fãs antigos como você, mas para a nova geração conhecer quem são Mulder e Scully.

- Isso mesmo, David. Então, prontos para gravar?

- Claro! – antes de gravar a cena, eles discutiram um pouco cada aspecto da cena, posicionamento, o que fazer e a última parte referente ao beijo. O diretor deixou-os à vontade para decidir como agir nessa parte. Isso deixava Gillian um pouco desconfortável, pois as demonstrações de carinho dele na noite passada. Seria algo parecido que tentaria na cena? Ela estava prestes a descobrir.

Filmaram tudo e quando Jimmy sugeriu que já era hora deles fazerem sexo, literalmente ordenou-os para se pegarem, eles levaram a sério. Primeiro, os olhares, depois o encontro dos lábios de maneira ávida. David foi bem claro sobre sua vontade agarrando-se nela puxando-o para citada mesa. O beijo intenso fez Gillian gemer entre os lábios dele. Todas as sensações que experimentara com o beijo do filme estavam de volta. O coração batia descompassado quando se separaram. Jimmy que observava a cena teve a nítida noção de que nenhum deles estava brincando naquele momento. A peruca que ela usava para lembrar a Scully de antes caiu, apenas demonstrando a intensidade do ato. Não havia nada de técnico naquele beijo. Aqueles dois tinham mais química do que qualquer um na tela e descobrira que o mesmo funcionava fora dela.

- Ficou perfeito, gente! Os fãs vão amar! Vou dar um descanso de meia hora para se trocarem e começarmos a entrevista. Vejo vocês daqui a pouco.

Gillian ainda respirava forte. Tinha a pele do colo vermelha. David sorria observando-a. Ele se sentia muito à vontade ao lado dela, fazendo carícias ou beijando-a, parecia a coisa certa a se fazer. Notou, porém, que ela estava um pouco envergonhada com toda a situação. O silêncio entre os dois tornou-se estranho. David decidiu quebrar o gelo.

- Vou me trocar, vejo você depois – ambos voltaram para seus respectivos camarins e trataram de se dedicar a entrevista de logo mais. Kimmel tinha enviado uma lista das possíveis perguntas ou assuntos que abordaria na entrevista. Algumas eram bem tranquilas, outras, porém dependendo de como fossem endereçadas, poderiam tornar a situação estranha. Gillian não sabia o que esperar. O momento da verdade chegara, ao ouvir Kimmel chamar seus nomes, eles estraram juntos no palco.

A primeira brincadeira de Kimmel foi exatamente a da peruca. Ele nem sabia que ela estava usando. Depois perguntou se eles se conheceram antes do show o que ambos negaram, em seguida sobre a química se eles sabiam que tinham tanta química logo no primeiro instante. A forma como responderam à pergunta certamente era capaz de levar os fãs mais hardcores a loucura. O “não” saiu em sincronia. Aquilo não é algo que se ensaia, era natural.

Então, o próximo tópico referiu-se ao modo como eles conviviam um com o outro. Jimmy comentou que eles parecem bons amigos, muito bons amigos e que ele tinha a impressão de que isso não acontecia antes, parecia sempre ter um clima pesado entre os dois, houveram alguns momentos difíceis. Gillian e David concordam, porém quando Kimmel pergunta porque, ela olha para David como quem pergunta: e agora? O que eu respondo?

Ela começa a falar que filmavam em Vancouver e o clima é bastante úmido e de repente, toda a confiança que tinha foi pelo ralo porque ela já se perguntara várias vezes o motivo de terem essas picuinhas e não sabia explicar. O nervoso acabou fazendo-a ter um ataque de riso incontrolável. Ela baixava a cabeça quase no colo de David gargalhando ou escondia-se em seu ombro já vermelha e com mais vergonha do que antes.

A temperatura subira e Gillian sabia que estava perdendo a compostura, por outro lado, David não só agia como um perfeito cavalheiro como fazia questão de acalma-la abraçando-a, segurando em sua mão e pedindo desculpas. Qualquer pessoa que os visse daquele jeito pensariam que estavam juntos. O próprio Kimmel sugeriu isso de maneira sutil, sem realmente usar as palavras exatas. Mais calma, Gillian respirava melhor e tiveram o primeiro intervalo. Ela suspirou. Tempo suficiente para se recuperar, esperava sinceramente que não houvessem mais perguntas capciosas.

A segunda parte da entrevista foi bem mais tranquila. Eles falaram sobre a ideia dela de trazer o show de volta, sobre os monstros da semana e da dificuldade de voltar a ser Dana Scully outra vez. Terminada a entrevista, eles se despediram de Kimmel e retornaram ao camarim para pegar suas coisas e deixar o estúdio.

David obviamente estava pronto para ir antes dela. Batendo de leve na porta do camarim, chamou seu nome.

- Gillian? Ainda aí? Já estou de saída queria apenas me despedir – ela abre a porta, também já estava quase pronta. Vestia o sobretudo – nos veremos mais tarde na première. Estava pensando, não deveríamos chegar juntos ao evento? Quer dizer, todos esperam ver Mulder e Scully dividindo o mesmo espaço. O que acha? Posso passar no seu hotel e iremos juntos.

- Eu não sei. Parece uma boa ideia, mas e se um de nós quiser sair mais cedo?

- Tenho certeza que arranjamos transporte. É só deixar sua agente de sobreaviso. Vamos, Gillian. A imprensa vai pirar e nem preciso falar dos fãs.

- Tudo bem, você passa no hotel as seis e meia. Teremos que estar as sete lá.

- Sabe, até agora estou pensando sobre a resposta que você deu a Kimmel sobre nós, quer dizer, o clima de Vancouver teve uma certa influência no nosso humor e na forma como nos relacionamos, mas todas as vezes que tento encontrar uma razão para as nossas desavenças de anos atrás, a única explicação que encontro é a de que eu era um idiota, um babaca imaturo. Olhe para nós agora! Eu adoro estar perto de você, conversar com você. É como se o relacionamento de Mulder e Scully tivesse extrapolado a tela é amplificado em cumplicidade.

- Exceto que nós não somos Mulder e Scully. Somos bem diferentes deles.

- Sim, somos melhores que eles ainda com a química – ela ainda não entendera aonde ele pretendia chegar com aquela conversa. Estava insinuando algo que ela não fora capaz de compreender? Não teve a chance de descobrir porque o próximo movimento de David foi se inclinar na frente dela primeiro beijando-lhe a bochecha e depois os lábios. Ela sentiu a ponta da língua dele roçando em seus dentes – até mais tarde, Gillian. Temos um encontro –saiu caminhando pelo corredor, o mesmo andar que fazia ao interpretar Fox Mulder. Ela adorava observá-lo e diante do que acabara de acontecer, escorar-se na porta era uma ótima solução para as pernas bambas e trêmulas dela. Demorou uns cinco minutos para se recompor e então ir para casa.

Noite da XFiles Première

Eram seis e vinte quando o telefone no quarto do hotel tocou. Gillian estava quase pronta. Dava os últimos retoques na maquiagem.

- Sim?

- Senhorita Anderson, sua carona já chegou. Devo manda-lo subir ou esperar no lobby?

- Diga para esperar. Eu desço em cinco minutos. Obrigada – assim que colocou o aparelho no gancho, ela concentrou-se em acabar a maquiagem, a última coisa que gostaria era deixar David esperando afinal ela achava que ele ia se atrasar. Agora estava bem mais calma do que há algumas horas. Ela remoeu durante muito tempo o que acontecera durante a gravação do programa do Kimmel. Primeiro aquele beijo na cena filmada e depois aquele tratamento e um pedido de desculpas tardio por ser um babaca? Ela sentia que havia alguma coisa no ar, porém não queria especular ou colocar suas expectativas em um nível que poderia se decepcionar mais tarde.

Sabia do passado de David e da sua fase de dependência sexual. Somente anos depois, entendera porque fizeram aquela loucura no trailer. Era o vício dele falando mais alto. A realização disso deixou-a muito triste. Por esse motivo, ela decidira que já sofrera e se angustiara demais por David ao tentar entender seus sentimentos. Mesmo sabendo que tudo parecia diferente agora, ela optou por aproveitar o momento. Se era para ganhar beijos, tudo bem. Se ele quiser uma noite de sexo, ela pode pensar em ceder. Chega de pensar demais sobre o que deve ou não fazer. Seria a velha Gillian, aquela que implicava e provocava, que gostava de provocações sensuais e sexo casual. Iria deixar a noite a levar.

Ao surgir no lobby do hotel trajando o belo modelo azul e preto, uma maquiagem leve ressaltando os belos olhos verdes e o cabelo liso, David ficou boquiaberto diante da imagem. Ela era linda e estava linda. Assim que se aproximou dele sorrindo, ele retribuiu o gesto com um beijo no rosto. Ele vestia a mesma roupa da entrevista de Jimmy Kimmel.

- Você está linda. Caprichou para o nosso encontro.

- Ah, você sabe, é uma noite especial. Quatorze anos depois, então é muito relevante. Vamos andando? Não quero chegar atrasada – instintivamente, ele segurou a mão dela na sua. Seguiram em uma limusine para o Califórnia Science Center.

A chegada ao local foi um verdadeiro alvoroço. Milhares de pessoas entre fãs, curiosos, paparazzi e repórteres, todos queriam ao menos uma foto ou uns minutos com os astros desse hit. Eles caminharam pelo tapete vermelho separados e juntos. Tudo para satisfazer os fotógrafos. Estavam empolgados.

Gillian nem conseguia lembrar com quantos repórteres conversou ou quantas vezes falou sobre o retorno de Arquivo X e sua adaptação a personagem. As perguntas eram parecidas ou as mesmas o que pouco importava. No fundo, todos estavam realmente ansiosos e animados para assistir o primeiro episódio dessa mini série.

Após desfilarem e tirarem muitas fotos juntas, eles sorriam e se divertiam. As pessoas podiam perceber que estavam felizes e animados. Eles estavam ali porque queriam, não era uma obrigação. Dentro do teatro, a diversão continuou. Conversas agradáveis com os colegas, os executivos da emissora, um ótimo jantar e a exibição do episódio em um iMax, o que impressionou Gillian pela qualidade de som e imagem.

Depois das últimas bebidas da noite, ela já pensava em ir embora quando David se aproximou abraçando-a por trás e beijando-lhe o pescoço. A princípio se assustou com o gesto, mas depois acomodou-se e desfrutou do momento. Ela já tirara muitas fotos do lugar o que incluía fotos deles juntos também. Ela não se lembrava de ter se divertido tanto numa noite já há um bom tempo.

- Eu preciso de mais uma taça de vinho...

- Eu pego para você, mas será sua saideira – disse David.

- Por que? A festa está tão boa! Estou me divertindo muito.

- Eu também, mas acho que podemos nos divertir mais, levar a festa para outro lugar, um passo a mais... – piscou para ela – já volto.

E o que Gillian imaginou que podia acontecer, estava mesmo acontecendo. Tudo indicava que ela e David iria ter um pequeno momento de deja vu. Se isso era verdade, ela tiraria o máximo de proveito sem pensar em consequências ou significados. Desejo e libido eram os motores da noite. Ele retornou com uma taça para ela e um copo de whisky para ele. Conversaram mais um pouco com outros convidados enquanto saboreavam suas bebidas e não se deixaram apressar. No instante que David sussurrou ao seu ouvido, ela sabia que o jogo mudara.

- Vamos sair daqui, Gillian... – puxando-a pela mão, ele a guiou até a saída onde pegaram a mesma limusine que os trouxera. Foram direto para o hotel de Gillian. Já passava da meia-noite e o movimento no saguão era mínimo. Eles pegaram o elevador para o quarto dela. Assim que entraram, David livrou-se do blazer e ela tirou os sapatos altos. Ligou a televisão. A entrevista com Kimmel estava no ar.

- Oh meu Deus! Eu pareço uma boba. Que vergonha! – ela sentou-se na beira da cama fitando a tv, mas com a mão no rosto.

- Eu realmente não sei o que deu em você. Estou tentando entender sua explicação até agora.

- Eu não sabia o que dizer! Nossa relação naquela época era muito complicada, mas não sei os reais motivos. Sim, as longas horas filmando eram um fator, o clima de Vancouver era outro, só que por mais que eu pense sobre o assunto nunca encontro uma justificativa plausível e agora vendo nossa relação hoje, me deixa mais confusa.

- Nossa relação agora te deixa confusa? Como assim? Pensei que estávamos bem, nos dando bem, amigos felizes, parceiros dedicados que suportam um ao outro. Não é assim que você nos vê?

- É, claro que sim. Temos um ótimo relacionamento, gostamos de estar na companhia um do outro, rimos juntos. E tem as outras coisas que me deixam confusa, David.

- Pode ser mais especifica? – ele sabia do que ela estava falando, apenas queria que ela abordasse o assunto. Gillian prometera não racionalizar, mas o homem a sua frente estava pedindo por isso.

- Todos esses abraços, carinhos, beijos. O que eles significam?

- Que gostamos um do outro? Que temos afeto?

- Aquele beijo no set de Kimmel não é de alguém que tem afeto. Era de desejo, atração. Tinha língua envolvida!

- Se por atração você quer dizer paixão, posso concordar.  Acho que já negamos a nós mesmos por tempo suficiente o que sentimos um pelo outro, Gillian. Atração, sim. Só que é bem mais que isso. Você é uma mulher incrível. Eu a admiro por tudo o que você é, pelo que conquistou. Eu me mantive cego por muito tempo, não quero mais negar que sou apaixonado por você. Essa é a verdade. E se você não sente o mesmo, o que eu duvido, tudo bem para mim. Eu só quero poder tentar, fazer o nosso relacionamento evoluir da amizade para algo mais. Você está disposta a fazer isso comigo?

Por alguns segundos o quarto ficou em completo silêncio. Ela acabara de ouvir o que achara que ouvira? David Duchovny dissera que estava apaixonado por ela? Engoliu em seco. Por quanto tempo ela quisera ouvir isso? Anos. Vendo que ela parecia estar analisando a situação, colocando-se em um conflito interno, ele reforçou.

- Gillian, você ouviu o que disse? Eu sou apaixonado por você e não é de hoje. Anos, consegue entender? Por favor, fale alguma coisa.    

- David... – ela se aproximou dele fitando-o nos olhos, a mão acariciou o rosto – você tem ideia do quanto esperei para ouvir isso? Anos. Tenho medo, nós estamos em um momento muito bom, nossa amizade é importante e se não der certo?

- Hey, dessa vez não é como se tivéssemos brincando. Já tivemos muitos obstáculos nos separando. Ex-maridos, ex-esposa, a distância. Pela primeira vez, estamos solteiros, felizes e na mesma página. Se tivermos medo de tentar, podemos estar desperdiçando algo maravilhoso e se não der certo, o que não acredito, seguimos nossos caminhos. Já fizemos isso outras vezes, nos reinventamos. A química que todos falam? É algo místico, natural que não consigo explicar, somente sei que ela existe. Essa é a maior prova de que deveríamos ficar juntos.

Ela sorriu.

- Você sabe que eu sou apaixonada por você. Deus! Você estava me deixando maluca com esses joguinhos, toques, beijos, sedução. O problema para mim é que já passei da fase da paixão, David. O que sinto por você é bem mais que atração, desejo e sexo.

- Você me ama. Eu sei. É por isso que estou aqui. Porque cansei de negar que sinto o mesmo. Todos esses anos longe, eu nunca deixava de pensar em você, Gillian. Como estava, se vivia bem, estava feliz? Sempre esteve em meus pensamentos. E nossos pequenos encontros, seja para a filmagem do filme ou para negociação com a emissora significavam muito para mim – ele a puxou para o seu colo. Ajeitou o cabelo para trás da orelha, acariciou o rosto dela.

- Isso parece loucura. Eu sei que temos o sentimento, mas como fazer funcionar? Eu moro em Londres, você em Nova York. Milhas de distância, tem o trabalho, nossos filhos e... – David segurou seus lábios com os dedos.

- Shhh... não é hora de racionalizar, pensaremos sobre isso depois. Esqueça todo o resto nesse momento. Eu preciso de você.  Eu quero você, Gillian – o olhar intenso já demonstrava o desejo que sentia por ela. Aquelas palavras continham uma urgência misturada a um tom sedutor, eram tudo o que ela precisava ouvir para ceder aos encantos de David de uma vez.

Quando os lábios se encontraram, uma explosão de sensações os dominou. Devoravam as bocas um do outro explorando cada centímetro. As mãos passeavam no corpo dela tateando, apertando, tocando. Ele procurou o zíper do vestido constatando que não havia um, era uma frente única. Começou a desfazer o nó passando as mãos até a metade das costas dela. Era tudo o que conseguiria naquela posição, o tecido caiu expondo os belos seios. Sentiu o seu membro já se animar apertando-lhe as calças. Gillian livrou-se da camisa dele e afastou-se para contempla-lo por um momento. Ele continuava o mesmo. Exatamente como se lembrava, os parcos pelos do peito, os músculos, a pequena barriguinha que ele lutava para livrar-se. Era o seu David. A constatação disso a fez sorrir e procurar seus lábios só que dessa vez, estava de pé. Empurrou a alça do vestido fazendo-o deslizar pelo seu corpo deixando-a apenas de calcinha na frente dele.

Ele queria toca-la. A necessidade era quase urgente. Ergueu-se da cama tirando as calças e atirando-as longe. Voou em sua direção para mais um beijo apaixonado. Agora podia sentir o calor do corpo dela junto ao seu. Ela sentia a excitação do membro bem-dotado contra sua coxa. David passou os braços ao redor da cintura dela puxando-a de volta para a cama. Contemplou por alguns segundos o corpo da bela mulher a sua frente. A pele alva e firme, os seios pequenos e perfeitos apenas mostravam a boa forma que ela estava.

Ele curvou-se sobre ela e sorveu um dos seios com os lábios. O ato a fez gemer. David repetiu o gesto com o outro seio usando a outra mão para apertar e brincar com o mamilo. Puxando-o, apertando-o, estimulando todos os sentidos. Ela já sentia a umidade crescer no meio das pernas. A forma como ele usava a língua era incrível e a levava a loucura. O corpo de Gillian já se contorcia abaixo dele. Foi nesse momento que ele avançou com os lábios pelo seu estomago rumo ao meio das pernas. Tirou a calcinha com cuidado beijando o interior das coxas, a vagina e o clitóris. Usou a língua para provoca-la conseguindo um gemido prazeroso. Com os dedos sentiu o quanto ela estava pronta para recebe-lo. Não ainda. Provando-a mais uma vez, ele abandonou o meio das pernas de volta aos seios e a boca.

Distraindo-a com um beijo, ele tornou a enfiar os dedos dentro dela. A mão fazia vários movimentos para deixa-la excitada inclusive massageando seu clitóris. Ela estava à beira de um orgasmo. Sentia o corpo tremer e vibrar a cada toque. David esmerava-se em faze-la ceder ao prazer total e foi o que aconteceu. Enquanto seu corpo era dominado pelo prazer fazendo-a gemer, ele se concentrava em continuar os movimentos para estender o tempo daquele orgasmo para Gillian. Ele já não se aguentaria muito e não precisou realmente. Gillian recuperou-se das sensações e rapidamente trocou de posição com ele ficando por cima. Ela agarrou o membro dele e deslizou de uma vez sobre ele sentindo-se completamente plena. Havia esquecido o quanto ele era grande. Gritou.

David ergueu suas costas do colchão ficando sentado. Os lábios foram direto para os seios dela enquanto ela se movia com o membro dele dentro de si. A libido e o desejo já sucumbiam não querendo esperar nenhum segundo a mais. Com algumas estocadas, ele precisava que ela gozasse para então se liberar. Ele a beijou mordiscando os lábios e o pescoço. Percebeu que ela já sentia a nova explosão se aproximando. Alguns movimentos a mais segurando-a pela cintura e Gillian jogou a cabeça para trás deixando o orgasmo envolve-la. David também se deixou receber a explosão que segurara até ali. Juntos, eles caíram de volta a cama. Gillian procurou os lábios dele entregando-o um beijo apaixonado.

O cansaço e as emoções do momento exauriram todas as suas forças por alguns minutos. Deitados fitando o teto do quarto, eles tentavam colocar a respiração em um ritmo aceitável novamente. As mãos dela buscaram as dele. Os dedos entrelaçados. David levou a mão dela até os lábios beijando-a.    

- Isso foi...

- Muito melhor do que eu conseguia me lembrar – disse Gillian. Ele a puxou contra seu corpo, ela se aconchegou no peito dele – isso é tão bom, ficar deitada com quem você ama apenas sentindo o calor do seu corpo, o coração batendo...

- Mais um pouco e você vai falar das funções da endorfina. Se fizer isso eu vou possui-la novamente. Por causa do jargão médico e porque você disse que me ama. Você realmente acredita nisso, Gillian? – ela deu uma tapinha no peito dele.

- Bobo. Você sabe que sim. Somos muito teimosos e gostamos de complicar as coisas.

- Você que gosta de complicar com essa mania de racionalizar e analisar tudo.

- Quer que eu seja inconsequente? Temos que descobrir uma maneira de fazer isso funcionar porque não quero ser a garota de uma noite só ou do sexo casual, David.

- Você não será, babe... mas, deixe para analisar isso depois. A resposta continua lá fora. Amanhã podemos pensar em como agiremos. Por hoje, quero meu arquivo x íntimo e pessoal. A noite é uma criança, cheia de mistérios.

- O que você quer dizer com isso? – perguntou Gillian fingindo inocência.

- Que há muito a explorar... – ele abocanhou um dos seios dela fazendo-a gemer. Roçou seus dentes na pele alva deixando uma linha vermelha por todo o estomago. Afastou as pernas dela e sorrindo como um garoto maroto, avisou – hora de começar a missão – e quando ela sentiu a língua dele penetrar seu centro arqueou o corpo e gemeu chamando seu nome.

- Oh, David... – e em segundos ela soubera, estava em casa novamente. Voltara para o seu lar de onde nunca deveria ter fugido.


THE END       

Um comentário:

MarluLeles disse...

OMG! Karen sua linda, obrigada por esse presente! <3

É sempre muito bom relembrar os momentos marcantes de DD e GA, e a forma que você expressou nossos sonhos de Shippers foi como sempre perfeito.

Valeu pelo carinho. Bjos Marlu :*