Nota da Autora: Esse capitulo trás algumas cenas bem interssantes no mundo alternativo dessa fic... sim, ainda é a S4, mas adicionei um pouco de sabor além do que vimos na tela. Estamos no episódio 4x05. Como vocès sabem não me atenho a todo o contexto, apenas as partes que combinam com a história. Vocês devem ter percebido que há muita Dana nos últimos capítulos e ela continuará aparecendo para o bem de Kate... enfim, divirtam-se!
Cap.45
Castle e Serena foram para um bar
encontrar alguém. Claro que a nova consultora não perdeu a chance de flertar
com ele, o que não foi levado muito a sério naquele momento. Sim, descobriram
rumores de alguém querendo passar diamantes puros adiante. Enquanto isso na delegacia
após conversar com a Interpol, Beckett já tinha uma ideia do tipo de criminoso
que era Falco. O interessante era que ele não rouba para si, é contratado. Eles
recebem uma visita intrigante de uma dondoca alegando que seu marido foi que contratou
os serviços para roubar o punho e a razão era para atrapalha-la. Essa não seria
a primeira tentativa dele em fazer isso.
Mesmo não acreditando realmente, Beckett
foi obrigada a pedir a presença do Sr. McHugh para explicar o que a esposa
falava e ter a chance de se defender. No fim, tratava-se de uma estratégia para
conseguir uma vantagem no processo de divórcio. Aparentemente não havia muito o
que fazer. Serena e Castle voltaram para o 12th confirmando que quem estava
trabalhando com o Falco era o diretor do museu. Tudo indicava que Falco
decidira ficar com o prêmio e por isso matou-o. Beckett pediu uma análise das
finanças do diretor. Serena comentou que ia checar com suas fontes o que fez
Castle ficar todo empolgado para se juntar a ela, dessa vez recebeu um corte da
investigadora. Beckett por outro lado, torceu a boca não gostando nada daquela
história. Já que ele claramente se oferecia para trabalhar com a outra, ela
saiu de perto. Estava detestando aquela situação.
Por esse motivo, ela não teve outra
alternativa do que expressar a sua frustração na terapia com Dana. Mal sentou
no divã e a terapeuta percebeu que ela não estava tendo um bom dia. Se fosse em
outra ocasião, provavelmente Dana teria que instiga-la para falar o que estava
lhe incomodando, não foi o caso.
- Hey, Kate. O que você me conta de novo?
Como estão as coisas no trabalho?
- Péssimas! Pior do que podia imaginar –
seu semblante estava irritado – detesto esse caso que estou trabalhando.
- Isso tem a ver com a sua capitã ou com
Castle?
- Com nenhum dos dois! A menos que você
leve em consideração que foi Gates que me obrigou a trabalhar com uma
consultora. A tal Serena Kaye. Uma investigadora de uma companhia de seguros.
Ela chegou no distrito achando que pode mandar e desmandar, dominar minha
investigação. Detesto isso! – estava claro para Dana que Kate se sentia
ameaçada pela concorrente e podia apostar que o real motivo era Castle.
- Bem, é sempre bom ter alguém que entenda
de algo especifico na equipe. Ou ela está lhe tomando seus recursos e fazendo
Castle trabalhar com ela? É esse o problema? Castle está trabalhando com Serena
ao invés de você?
- Castle? Por que tudo com você tem que
ser sobre Castle? – a irritação cresceu. Acertara na mosca. Beckett fora até a
mesa onde havia o café e se serviu de uma caneca. A terapeuta ia fazer o seu
jogo até dar o xeque-mate.
- Tudo bem, então me diga como ela é?
- Ela é egoísta, arrogante, teimosa e
sabichona – Dana teve que segurar o riso antes de fazer a próxima pergunta.
- Mas é boa no que faz? – inconsciente,
Beckett respondeu.
- Castle acha que sim – e a linguagem
corporal também a traíra.
- Ah, certo. Castle acha que sim. E isso
te incomoda?
- Claro que sim.
- Por que?
- Porque ele deveria ser... – então Kate
percebeu o que Dana já sabia desde que começara a contar a história. Suspirou e
voltou a sentar-se no divã. Baixou a cabeça. Sabia que a terapeuta não ia
deixar passar o seu deslize.
- Ser o que?
- Meu parceiro. Devia ser da minha equipe.
Não ser tão impressionável.
- Por que não diz a ele como se sente?
- É complicado. Você sabe por que.
- Sim, sei o que me contou. Está com
ciúmes e nem adianta negar, mas esse não é o principal problema – ela via a
aflição da detetive em tentar esconder seus sentimentos, hora do xeque-mate –
Kate, do que você tem medo? De que ele não espere por você ou de que espere? –
a pergunta a fez calar-se, ficou sem resposta por uns instantes.
- Eu não sei. Está tudo muito confuso. Eu
tenho minhas prioridades, disse isso a ele, mas até quando ele realmente está
disposto a esperar. Eu não sei se quero que espere tanto, porém a ideia...
- A ideia de vê-lo com outra mulher não
lhe agrada. Lembra do que eu disse numa outra sessão? Siga os momentos que se
apresentam a sua frente. Se você perceber que é uma boa hora para dizer a
Castle que não gostou da forma que ele agiu com Serena, diga. Vocês trabalharão
as consequências daí por diante. Você é uma pessoa que não leva desaforo para
casa, pode não demonstrar seus sentimentos, porém se achou que Castle agiu
errado diante do acordo que você tem com ele em nome da NYPD, diga.
- Tudo bem, preciso me concentrar no caso.
Até outro dia.
- Kate, é normal ter ciúmes. Faz bem para
o ego do outro e desafia seu coração.
Na manhã seguinte, Beckett tentava se
concentrar nas nuances do caso, porém sua mente não esquecia a conversa com
Dana no dia anterior. Ela levantou-se de sua mesa e deu de cara com Castle.
- Hey, pensei que tivesse com Serena... –
ela jogou verde.
- Não, ela tinha uma reunião com seus
chefes pela manhã.
- Ah, então você esteve com ela essa manhã
– a cara de Kate era um misto de desapontamento e irritação.
- Não, ela me mandou uma mensagem...- ele
entendeu o que ela insinuara – oh, você pensou que nós estivéssemos...
- É, bem está na cara que ela gosta de
você, então... – agora Kate estava sem graça.
- Está é... – ele percebeu que ela não
estava à vontade com a situação, decidiu perguntar – você acha que eu devo
investir? – novamente o embaraço estava por todo o rosto de Kate porém ao invés
de dizer o que deveria, ela acabou deixando o caminho livre para Castle
escolher.
- Fique à vontade – por um momento, ele
achou que ela estava sendo educada e reservada, mas percebeu que deveria ler
nas entrelinhas. Ela estava com ciúmes? Será que investir em algo com Serena
poderia despertar algum sentimento dentro de Beckett, nem que fosse raiva dele?
Era algo a se pensar.
Ryan e Esposito descobriram uma conexão
entre as finanças e a conta telefônica de Hayes. Ele parecia ter se encontrado
com alguém em um restaurante. Castle e Beckett foram até o local. A garçonete
lembrava-se de Hayes. Ele estava acompanhado e tiveram uma conversa bem
intensa. Beckett ficou surpresa ao saber que ele se encontrara com uma mulher.
Melhor ainda, quando Castle mostrou uma foto, a mulher era Serena. Apesar de
odiar ter visto a foto, por dentro Beckett vibrava por Serena estar envolvida.
E toda a checagem de seu passado confirmou
que Serena era uma ladra, porem nunca foi pega. Há cinco anos atrás, ela
procurou uma companhia de seguros querendo se redimir e começou a trabalhar com
eles. Por isso ela sabia de tudo sobre o suposto crime. Se juntou a eles para
engana-los com a história de Falco. Gates estava realmente chateada e exigira
de Beckett que a trouxesse sob custodia o mais rápido possível.
Castle estava chateado por se deixar levar
por Serena, o que deixou Beckett bem satisfeita.
- Então, onde ela está agora?
- No seu hotel – respondeu Castle fazendo
todos os olhares se voltarem para ele – o que? Ela me convidou para tomar um
drinque.
- Parece sem pressa para sair da cidade.
- Então vamos usar a nossa única vantagem
– disse Beckett – ela não sabe que suspeitamos dela, portanto vamos
investiga-la sem que ela saiba.
- E como faremos isso? – perguntou Ryan.
- Simples, Castle a convida para um
encontro. Era o que você queria não? Tudo que tem que fazer é mantê-la longe do
quarto dela. Leva-la ao restaurante do hotel e a entretenha. Enquanto a mantem
ocupada, nós entramos no quarto dela.
- Então, o que eu estou fazendo nesse
jantar? Tento faze-la cometer um deslize, confessar?
- Não, apenas enrole, faça piadas.
Conversa fiada. O importante é mantê-la fora do quarto para podermos
vasculha-lo. O que me diz, Castle? Acha que consegue seduzi-la por uma hora?
- Está falando sério? – até ali ele não
acreditava que Beckett estava jogando-o nos braços de outra mulher. Mesmo que
fosse um disfarce. Era bem sério.
Enquanto o encontro rolava, no qual Serena
deixou bem claro seu interesse em Castle, Beckett vasculhava o quarto já um
tanto frustrada por não ter encontrado nada. Esposito percebe que havia mais
nessa caçada que apenas o senso de justiça. Beckett estava incomodada com a
situação com Castle.
No encontro, Serena acabou contando que
era uma ladra antes, tudo parecia um grande jogo de sedução e Castle não podia
negar que ela o intrigava. Esperava sinceramente que Beckett terminasse logo
sua busca porque resistir estava tornando-se muito difícil. Eles já estavam
escolhendo a sobremesa. Serena, porém, tinha outra coisa em mente.
- Eu tenho uma ideia, por que não
descartamos a sobremesa? Podemos ir para o meu quarto e pedir alguns drinques.
- Eu ouvi falar que a torta de morango
aqui é realmente deliciosa. Morangos frescos.
- Ótimo, podemos pedir como serviço de
quarto. Com chantilly extra – ela se levantou já indicando que não esperaria,
rapidamente Castle pegou o celular e mandou uma mensagem para Beckett “saia
daí”. Ela estava concentrada no tablet de Serena e não viu o recado. Espo
encontrara várias ferramentas e o transmissor. Ao ver a mensagem, Beckett
respondeu “enrole-a”, mas eles já estavam no corredor prestes a entrar no
quarto. Sentindo-se encurralado, Castle teve que agir rápido para evitar que
Serena entrasse na suíte e desse de cara com Beckett, então fez a única coisa
que lhe veio à mente. Puxou-a contra a parede e beijou-a. Nesse mesmo instante,
Beckett abre a porta e se depara com a cena. Não aguentou.
- Hey! – gritou. Isso interrompeu o beijo.
- O que você está fazendo aqui? – Serena
perguntou enquanto Castle limpava os lábios. A cara de Beckett não parecia nada
boa.
- Prendendo você por roubo... e
assassinato.
De volta a delegacia, antes de interrogar
Serena, Castle e Beckett entram numa discussão.
- Espera, agora você está dizendo que não
acha que ela está envolvida?
- Por que ela me revelaria que ela é uma
ladra?
- Porque ela está lhe dando o suficiente
para ser mais fácil engolir as mentiras – Beckett estava definitivamente
irritada, a razão era uma só, o beijo.
- Eu não acho que ela está por trás disso.
- É, está pensando com o órgão errado –
ela cruzou os braços encarando-o.
- Foi só um beijo, eu estava fazendo o que
mandou, mantê-la ocupada. Eu estava tentando te dar tempo para vasculhar o
quarto.
- O quarto onde encontramos a maleta e o e-mail
ambos evidências contra ela agora.
- Só acho que deveríamos dar a ela a
chance de se explicar.
- Nós? Não iremos ao interrogatório
juntos.
- Fala sério!
- Sinto muito, Castle, mas com base nessa
conversa e no seu comportamento no hotel, é obvio que você foi comprometido –
ela entrou na sala batendo a porta. Ele gritou.
- Eu só estava fazendo...- baixou o tom de
voz – o que você me pediu – agora era ele quem estava irritado e frustrado com
a situação. Tanto que ainda não percebera que todo o ato de Beckett era puro
ciúme.
O interrogatório começara pesado com
alfinetadas de ambas as partes. Serena chegou a se referir a Castle pelo
primeiro nome. Ryan provocou.
- Rick, wow vocês já estão usando o
primeiro nome!
- Ele estava se agarrando com ela no hotel
– confirmou Esposito.
- Beckett disse para enrola-la!
- Ela também lhe disse para usar a língua?
– retrucou Esposito e finalmente a ficha de Castle caiu. Como não percebera
isso antes. Mulheres! Sempre evasivas em suas colocações. Beckett disse que
estava tudo bem se quisesse sair com Serena, mas no fundo esperava que não o
fizesse. Ela estava com ciúmes. Nossa! Quanta complicação! Parece uma espécie
de ardil-22. Afinal, o que Kate queria dele?
As coisas esquentavam na sala de
interrogatório. Um verdadeiro pingue-pongue de acusações e resposta até o
momento que Serena deu sua cartada final. Castle observava sério a interação
entre as duas.
- Eu fiz meu dever de casa sobre você
detetive Beckett. Sei que é inteligente, metódica e com ótimos instintos. E
esses instintos estão lhe dizendo que eu sou inocente. Por algum motivo, você
está ignorando-os. Por que está fazendo isso? – com essa pergunta, Castle pode
ver o que estava além da atitude da detetive. Seus sentimentos por ele, mesmo
que nunca admitisse. Beckett justificou sobre o seu trabalho que era resolver o
homicídio. Novamente, Serena a golpeou.
- Então, por que não deixa de lado sua agenda
pessoal e pergunta sobre o meu álibi para a investigação continuar? Para sua
informação, eu estava numa reunião de negócios com um dos meus chefes quando
recebi a ligação. Se quiser checar.
Serena acabou se fazendo de boazinha da
história, o que irritou ainda mais a detetive. Falou que escondia informação
porque a polícia apenas atrapalha, porém, esse caso era diferente. E prometeu
que dali em diante não haveriam mais segredos.
- Não será necessário, não trabalharemos
juntas.
- Mudaria de opinião se lhe dissesse quem
é Falco? - Beckett detestava seu lado frágil pela justiça, mais uma vez teria
que engolir Serena porque tinha um homicídio para solucionar. Colocou suas
raivas e frustrações de lado e ouviu o que ela tinha a dizer. Ela mostrou um
vídeo de segurança do museu de duas semanas atrás onde um cara examinava o
punho. Alegou que ele era Falco. Com a nova informação sobre o gel de cabelo
encontrado na van, só havia um lugar que ele poderia estar. Hotel Wessel. Os
rapazes prenderam o sujeito.
Depois de vai e vens na sala de
interrogatório, Castle e Beckett não conseguiram nada. No fundo, eles não
tinham prova concreta de que o homem a sua frente era de fato Falco e nem que
ele matara o diretor do museu. Além do mais, ele garantiu que não era um assassino.
Serena e Beckett sabiam que ele escondia algo, sabia de alguma informação
importante. Serena pediu para falar com ele, de ladra para ladrão.
A conversa entre Falco e Serena estava bem
interessante, Castle observava da minicopa, Beckett esperavam bebendo café.
- Acha que ela vai conseguir convencê-lo a
falar?
- Quem sabe, Castle? Talvez ela o beije –
ouch! Pensou Castle. Ele realmente queria dar uma resposta para ela,
confronta-la, porém do jeito que ainda estava irritada com tudo e tendo Serena
no outro cômodo não era a ideia mais esperta. Teria que esperar.
Serena contou sobre a mulher vestindo
preto. Claro que Beckett não comprou a princípio.
- Vamos Beckett, ele não tem motivos para
mentir.
- Ele é um ladrão tem muitos motivos para
mentir.
- Não sobre isso, ele sabe não tem provas.
É só esperar até solta-lo.
- Se Falco diz a verdade, Hayes estava sem
dinheiro, o pagamento de 200 milhões o exclui da jogada.
- Então por que ele foi ao bar falar sobre
diamantes?
- Ele estava paranoico sobre alguém roubar
o punho – disse Serena.
- Não paranoico, ele estava certo. Então o
assassino é quem Falco viu entrando na sala do punho.
- Havia 200 pessoas naquela exposição e
metade das mulheres estavam usando preto. A questão é como ela saiu do museu
com o punho se não usou as docas?
Novamente na cena do crime eles discutiam
possibilidades. Nada parecia se encaixar com relação a fuga do museu, Castle
teve uma ideia e estava certo. O punho nunca deixou o museu, estava escondido
numa outra escultura, as das telas da tv, que ele quebrou para provar sua
teoria. Juntando dois mais dois, eles chegaram a sua assassina usando como cúmplice
a própria dona da escultura da tv. A verdadeira assassina era a dondoca com o
problema do divórcio. Sra. McHugh.
O caso estava encerrado e aparentemente a
irritação de Beckett também, não totalmente, mas reduzira. Serena se aproximou
dela para agradecer.
- Eu gostaria de agradecer sua ajuda. Eu
não teria conseguido sem você. Sou muito grata.
- Quer dizer que ganharei parte da sua
recompensa? – perguntou Beckett.
- Não tão grata assim.
- Bem, eu acho – ela viu Castle preparando
café na máquina de expresso, distraindo-se e pensando em tudo o que acontecera
– que todos terminamos com o que queríamos.
- É, quero que saiba, depois que você e
Castle tiveram o encontro...
- Foi uma emboscada.
- Ele nunca achou que você estivesse
envolvida – por que estava fazendo isso? Sua consciência gritava. Estava
jogando-a direto nos braços de Castle! Pare agora, Kate. A sua voz interior
gritava, mas ela seguiu falando – ele acreditou em você, quando eu não
acreditei.
- Por que está me dizendo isso? –
perguntou Serena surpresa.
- Precisa saber com que tipo de pessoa
está se envolvendo.
- Aqui está senhoritas – Castle entrega
uma xicara de café para cada um. Ambas agradeceram. Ele notou um olhar estranho
em Beckett – algo errado?
- Não, eu devo ir arquivar algumas coisas
– foi a deixa de Beckett para deixar Serena sozinha com Castle, não era o que
queria, seu coração estava apertado, mas infelizmente, ela não podia impedi-lo
de seguir em frente se quisesse, já que ela não estava pronta.
- E eu devo voltar para o meu hotel. Eu o
convidaria para me acompanhar, mas é como eu disse, não roubo nada que pertença
a outra pessoa – ela deu um beijo em Castle e deixou o distrito. Beckett
apareceu logo em seguida.
- Não saíram juntos? – sim, ela estava
surpresa.
- Não.
- Por que?
- Porque não posso pagar. O museu mandou a
conta da obra que quebrei – ele mostrou a ela.
- Nossa!
- Eu achei que me safaria por ajudar a
resolver o caso.
- Acho que o mínimo que a NYPD deve fazer
é te pagar um hambúrguer – ela tentava segurar a ansiedade pela resposta dele.
- Eu aceito – ela sorriu.
- Vamos – eles saíram conversando pelo
corredor. Claro que iriam no Remy´s. Ao chegar na lanchonete, Kate ficou
surpresa de ver o quanto estava lotado. Estava
difícil encontrar um lugar. Como ela era cliente cativa da casa, a garçonete
fez de tudo para tentar acomoda-los em uma mesa. Infelizmente, o melhor que
conseguiu foi um lugar onde deveriam dividir a mesa com outras pessoas. Eles
sentariam lado a lado no sofá. Como Castle não se negou a isso, ela deu de
ombros.
- Certo, vai querer o de sempre, detetive?
- Sim, mas dessa vez sem a batata frita e capriche
no milk-shake de morango. E você, Castle? Cheeseburguer duplo, batatas e
milk-shake de chocolate?
- Você me conhece bem, Beckett. Isso aí.
- E coloque chantilly extra no milk-shake
dele – ela alertou fazendo Castle sorrir. As coisas começavam a voltar ao
normal entre eles. Serena realmente mexeu com a Beckett. Ciúmes, ela podia
negar o quanto quisesse, mas a ideia de vê-lo saindo com outras pessoas não lhe
agradava mesmo. Independente de não querer embarcar em um relacionamento. Só
que essa situação não era justa com nenhum dos dois – por que está tão quieto?
A conta do museu o deixou tão triste assim? – ela sorria pegando na mão dele.
- Não, estava pensando em outra coisa – o
semblante de Kate mudou.
- Serena?
- Não diretamente. Estava pensando em como
nossas atitudes não escondem o que realmente somos e sentimos. Podem enganar-nos
até certo ponto, mas logo a verdadeira face aparece. Foi assim com Serena, foi
assim com você.
- Mas você nunca achou que Serena
estivesse envolvida. Está falando da parte que ela é uma ladra?
- Sim, mas realmente estava analisando
você – ele a fitou – por mais que lute, certos anseios, dúvidas e desejos transparecem
Kate. Eu lhe devo desculpas, eu interpretei errado as suas palavras. Você ficou
irritada comigo, percebi. Vou chamar de ciúmes, mas você provavelmente não vai
concordar com isso. Porque eu conheço você, morreria negando. Eu tenho quase
certeza que ultrapassei um limite. O problema é que não consigo dizer qual
deles já que nós não temos um relacionamento. Por que ficou tão brava comigo?
- Quer a verdade? Você é muito fácil,
Castle! Eu não estava com ciúmes de você, eu estava irritada pelo fato de você
se bandear para o lado de Serena. Bastou ela jogar um charminho e você já
estava lá adulando-a, do seu lado.
- E você insiste que isso não é ciúmes...
- Não é ciúmes – claro que a cara dela não
era de todo convincente – você ultrapassou um limite, Castle. O da nossa
parceria. Você deveria ser meu parceiro, ficar ao meu lado, me apoiar não
correr atrás do primeiro par de pernas que te proponha uma aventura.
- Entendi. Você se sentiu rejeitada. Eu
apenas estava tentando trabalhar em vários ângulos do caso. Eu fiz tudo o que
você pediu, quer dizer, quase tudo.
- Não, mandei enrola-la não enfiar sua
língua na boca de Serena.
- Em minha defesa, eu estava encurralado,
sem opções. Mas eu entendo. Violei nossa parceria, culpado. Prometo que isso
não irá se repetir.
- Eu agradeço – a comida chegou, ela
provou o milk-shake e sorriu – parceiros novamente?
- Sim, parceiros – mas a conversa ainda
não havia terminado para Castle, ele apenas dera uma pequena pausa para
saborear o seu hambúrguer. Kate comentava o quanto ela gostava do molho daquele
sanduiche. Ele concordava esperando por um novo momento para fazer um
comentário que a deixaria talvez desconfortável. Foi Kate quem pareceu dar o
próximo passo para estreitar os laços entre eles.
Pegando uma batata, mergulhou-a no ketchup
e levou a boca, repetiu o gesto e já ia para a terceira quando ele exclamou.
- De que adianta não pedir batatas fritas
se vai comer as minhas?
- Não estou comendo, estou provando –
mordeu a terceira batata e novamente estava com outra entre os dedos – quem
disse que essa é para mim? – ela ofereceu a batata para Castle praticamente
colocando-a em sua boca – elas são gostosas, não?
- As melhores – disse ele sorrindo
obviamente falando com duplo sentido. Foi dessa maneira que eles continuaram a
refeição, comiam o sanduiche, ela o brindava com batatas na boca e sorrisos
eram trocados. Mais tarde, quando estavam praticamente terminando a refeição,
Castle tornou a falar.
- Sabe o que eu acho muito interessante ao
seu respeito, Kate? Você me pede desculpas por não estar pronta para um
relacionamento, depois me ataca com um beijo sedutor no elevador, agora tem um
ataque de ciúmes por eu ter beijado outra mulher e está com o orgulho ferido
porque pensou que eu quase te troquei por outra pessoa. Se não conhecesse bem
sua história diria que tudo é parte de um jogo para me seduzir ou me
enlouquecer.
Ela permaneceu calada. Onde ele estava
querendo chegar com isso? Por que tinha que tocar nesse assunto quando estavam
tão bem?
- Você acabou de rachar um pedaço daquele
muro embora não tenha percebido. Não estou te pedindo nada, mas seria um
relacionamento ou um simples namoro algo tão difícil de lidar? Poderíamos
aproveitar tanto se ao menos nos permitíssemos tentar novamente.
- Castle... eu, eu sei que é confuso.
Complicado. Preciso de tempo para compreender, tenho uma prioridade e...
- Sim, o caso do passado. Eu sei. Tudo
bem, não vamos mais falar sobre isso. Talvez eu tenha que usar alguma das
minhas teorias com Nikki – ele sorriu. Kate retribuiu o sorriso diante da
sinceridade que via em seu rosto. Não era fácil para nenhum deles. Aos poucos,
o público da lanchonete diminuía. Castle e Beckett estavam sozinhos na mesa.
Ela terminara de comer e instintivamente esticou o corpo contra o sofá acabando
por deitar sua cabeça no ombro de Castle.
- Meu Deus! Comi demais... tenho a
sensação de que irei explodir.
- Que pena – ele olhou para ela, adorando
o pequeno gesto de intimidade – eu ia sugerir que dividíssemos um sundae.
- Sem condições! O sorvete certamente
sairia pelas orelhas – gargalhou ainda com a cabeça no ombro dele. Castle
viu-se tentado quando uma mecha de cabelo pairou sobre o rosto dela quase
cobrindo-lhe os olhos. Não resistindo, ele ajeitou a mecha para trás de sua
orelha, seus rostos quase colados. A presença dele tão próximo a ela, fizera
seu corpo retensar-se, mas apenas por um breve segundo. Ela acomodou-se ainda
mais em seu ombro e colocou a mão sobre a coxa dele acariciando-a de leve.
Castle agia como se tudo estivesse bem. Um
gesto como aquele era um grande passo para Kate, quem sabe não estava
considerando as suas palavras? Eles precisavam ir. Ela deveria pedir a conta,
sabia, contudo que no momento que fizesse isso, ela seria obrigada a se
afastar. E estava tão bom ficar assim, próximo ao corpo dele.
- Que tal um café?
- O café do Remy´s não é tão bom.
- Quem disse que é daqui? Estava pensando
em pedir para a minha parceira me acompanhar até o loft. Tem uma Starbucks 24
horas no caminho, pegamos o café e saboreamos até que me deixe em casa. Mas
você terá que pagar pelos hambúrgueres primeiro. O café é por minha conta.
- Castle, você está tentando me
recompensar pelas besteiras que andou fazendo? – ela perguntou olhando para ele
porém sem mudar de posição, continuava acomodada no mesmo lugar.
- Funcionaria?
- É, posso dizer que sim – ele sinalizou
para a garçonete que trouxe a conta. Infelizmente, Beckett foi obrigada a
deixar o conforto do ombro de Castle e pagar. Levantaram-se e agradeceram a
moça. De volta ao distrito, ela pegou seu casaco e a chave do carro. Pararam na
cafeteria que ele indicara e Castle saltou do carro para pegar os cafés. Enquanto
esperava, ela se lembrou de Dana, eram desses momentos que ela falava? Kate
tinha quase certeza que sim.
Quando Castle voltou ao carro,
entregou-lhe seu café preferido. Ficaram uns minutos parados saboreando a
bebida, então Kate voltou a dirigir. Em cinco minutos chegaram ao loft. Ele
terminou o café, o dela ainda estava pela metade.
- Mais um caso solucionado. A justiça foi
feita.
- É, as vezes damos sorte – ela disse
sorrindo. Ele queria prolongar aquele momento, ficar próximo a Kate, não havia
como. Sendo assim, ele virou-se para fita-la.
- Te vejo amanhã? – ela assentiu – foi um
prazer, detetive e obrigado pelo meu hambúrguer. Prometo que da próxima vez será
por minha conta – ele inclinou-se ao encontro dela, sua intenção era beija-la
no rosto, mas não sabia explicar ao certo se ele errara o lugar ou se ela
desviara o rosto propositalmente fazendo-o acertar os lábios. Ciente do que
estava acontecendo a sua frente, Castle sorveu os lábios de Kate calmamente.
Prolongando aquele momento já que ela parecia estar comprometida 100% com ele.
Ao se afastar, ele falou.
- Bons sonhos, Kate. Quer saber? Isso foi
bem melhor que sundae de chocolate – ele desceu do carro, porém pode perceber
que ela apoiava a cabeça no acento e sorria. Talvez não fosse tão difícil assim
penetrar aquele muro, afinal.
Castle chega em casa assobiando uma
canção. It had to be you. Com o
paletó nos ombros, ele estava relaxado e feliz. Ao ver o filho em um momento de
alegria, Martha logo assumiu que a noite tinha sido boa. Ela não o via nesse
estado de espirito já há algum tempo.
- Então, parece que sua noite foi
interessante? Chegou cantando um clássico romântico. A tal investigadora tem
potencial pelo visto. Estava em um encontro com a sua nova musa?
- Não, eu não tenho outra musa. Mas, sim
estava em um encontro com a minha musa. Kate. Não sou tão volúvel assim, mãe.
Além do mais, eu estava errado sobre Serena. Nada é o que parece.
- Espera, você estava em um encontro com
Katherine? Como isso aconteceu? Achei que ela não quisesse mais um
relacionamento.
- E não quer ou continua se enganando
sobre isso. Mas hoje, eu acredito que tenha rachado um pedaço daquele muro.
Algo me diz que ela ainda mudará de opinião mais cedo do que imagina.
- Espero que esteja certo, kiddo. Não ser
correspondido no amor é a pior coisa que pode acontecer com uma pessoa. E
certamente não quero isso para você – ele se aproximou da mãe, deu-lhe um beijo
e sorriu – meu Deus, até seus olhos estão brilhando. Essa mulher mexe mesmo com
você, Richard!
- Mãe, não se trata de um amor não
correspondido. Especialmente pelo que senti no beijo.
- Oh... nesse nível? – ela olhou para o
filho como quem analisa - Isso explica muito.
- Boa noite, mãe.
Ao chegar em casa, Kate ainda estava sob o
efeito daquele momento íntimo que dividiram. Ela virara o rosto para que Castle
atingisse seus lábios. Sim, fizera de propósito. Era mais forte que ela.
Especialmente após presenciar aquela cena com Serena. Depois de toda a
irritação que passara durante o caso, o desfecho fora bem melhor do que ela
havia esperado. Na sua mente, já desenhara várias prováveis discussões e
desentendimentos com Castle por causa de seu futuro envolvimento com Serena.
Mas a quem ela estava querendo enganar? Ele tinha razão quando apontara os
ciúmes, tinha sua parcela de culpa e o beijo, por mais que soubesse da atração
de Serena por ele e da curiosidade de Castle por ela, foi um reflexo. Essa era
a conclusão que chegara agora de cabeça fria, depois da conversa da lanchonete.
Mesmo não estando pronta para entrar de
cabeça em um relacionamento, a ideia de vê-lo desfilando com alguém como Serena
era quase intolerável para Kate. Ela tendia a ver o pior das coisas, nem por um
minuto durante sua crise ela lembrou-se que aquele era o mesmo homem que
dissera que a amava meses atrás. E a pergunta que Dana lhe fez voltou a mente.
Castle respondera nas entrelinhas que estava ali por ela, que esperaria.
E ali estava o maior medo de Kate. Se ele
esperasse, ela seria capaz de fazer o tempo perdido valer a pena? Estaria de
fato preparada? A última coisa que queria era que Castle saísse frustrado por
sua culpa, por ser complicada e quebrada. Tinha medo de não conseguir retribuir
tudo o que ele sentia por ela no momento apropriado. Afinal, existia um momento
certo?
Nos dias seguintes, Castle e Beckett
investigaram casos menores. Nada muito fora do comum. Nada desafiador. A
relação entre eles estava bem mais leve, os rapazes até estranharam que toda
aquela raiva de antes desaparecera muito depressa. Não houveram mais
“encontros” exceto pelos breves momentos do café. Quando retornou para sua
consulta semanal com Dana, a terapeuta notou a melhora instantânea no semblante
de Kate. A pergunta exata que fizera foi “viu passarinho verde?” e
imediatamente deduziu que a tal Serena sumira de suas vidas.
- Aconteceu mais alguma coisa além do
desaparecimento de Serena?
- Não realmente. Só é bom voltar ao que éramos.
Parceiros, Dana – tratou de responder ao ver a cara de curiosidade da amiga,
não queria comentar sobre o que acontecera naquele dia no Remy´s. resolveu
falar do último tópico da outra sessão, sabia que desviaria a atenção de Dana e
daria munição para que falasse sobre outro assunto – eu pensei na pergunta que
você me fez. Sobre o medo.
- Chegou a alguma conclusão?
- Talvez. Eu reconheço o que me deixa mais
aterrorizada nessa situação. Tenho medo que ele espere demais por mim e quando
realmente acontecer, que ele se decepcione. Tenho receio de não corresponder as
suas expectativas.
- Kate, por que não corresponderia? Não é
como se não se conhecessem. Não será sua primeira vez. Vocês já estavam juntos
antes.
- Mas será diferente.
- Por que diz isso?
- Porque eu serei outra pessoa, eu serei
alguém em um relacionamento. Terei que aprender a me portar diante de situações
novas e os sentimentos... talvez não esteja à altura dele.
- Pare! Você não percebeu o que acabou de
dizer? Kate acabou de ter uma visão de seu futuro no qual considera estar em um
relacionamento sério com Castle. O simples fato de admitir isso já é prova
suficiente de que irá funcionar. O resto são detalhes, na verdade a parte boa
de se estar em um relacionamento são as descobertas. Ninguém nasce sabendo
sobre como agir, aprendemos. Seu parceiro é o maior exemplo disso. O Richard
Castle que você conheceu era mulherengo, já teve dois casamentos que deram
errado e olhe para ele agora, está investindo novamente. Está esperando pela
mulher que ama. Não podemos parar de tentar, essa é a chave de tudo. Ele já
errou bastante, não diga que não está à altura dele porque isso não passa de
desculpa.
Kate ficou calada, mas um pequeno sorriso
se formava no canto dos lábios.
- Ele a beijou. Serena.
- Isso é grande. Eu não sabia disso, o que
pode me fazer reconsiderar o que disse a menos... por que você está sorrindo?
Esperava uma atitude como do outro dia, uma Kate irritada e...
- Eu admiti que senti ciúmes, não dela. Da
nossa parceria. E não foi realmente um beijo. Ele estava tentando me acobertar.
Entendo isso agora, mas no momento fiquei com muita raiva. Estou sorrindo
porque vi a sua reação. Não é fácil admitir que você está certa, Dana. Mas
estava.
- Como ele reagiu?
- Ele se justificou. Disse que estava
fazendo o que eu pedi. Sabia que eu estava com ciúmes e que pensei que ele me
trocaria por ela.
- E acertou, não?
- Não disse isso a ele.
- Estou bem mais satisfeita com esse
desfecho, real progresso, Kate. Como disse, espero ansiosa o dia que verei você
entrar por aquela porta e me confessar que está com Castle para valer – elas se
despediram e Kate deixou o consultório.
Naquela noite, Kate sentou-se em sua cama
com um pequeno caderno nas mãos. Azul. Após a última conversa com Dana, ela
sentiu a necessidade de voltar a escrever sobre o que acontecera desde que
Castle se juntou a ela novamente no distrito. Os beijos, o ciúme, as dúvidas. Passou
uma hora escrevendo antes de deitar-se para dormir. Não contaria para Dana,
pelo menos não ainda.
XXXXXXX
Após fecharem um caso na noite anterior,
Castle não aparece pela manhã no distrito. Beckett sabia o porquê. Papelada.
Ele fugia como um verdadeiro maratonista dessa parte do trabalho. Não que a
manhã dele estivesse sendo interessante.
Martha o arrastou para o banco porque
queria conseguir um empréstimo para a sua escola de arte e se recusava a deixar
o filho lhe dar dinheiro. A discussão enfadonha sobre limites de crédito, taxas
e juros, estavam deixando Castle entediado. Não aguentando mais ouvir os
argumentos da mãe, ele se levantou e ligou para Beckett. Ao ver o nome dele no
visor, sorriu.
- O que você quer, Castle?
- Diga que precisa de mim – a frase
pegou-a desprevenida.
- O que?
- Estou preso num banco ajudando minha mãe
conseguir um empréstimo com o meu gerente. Por favor, diga que há um caso que
poderíamos estar resolvendo – a voz dele era de tédio, mas o tom dava uma
conotação sensual a ela.
- Desculpe, não há cadáveres, apenas muita
papelada esperando você vir e fazer sua parte ao menos uma vez.
- Pergunto o que seria pior estar aqui ou
fazendo a papelada.
- Como podemos ser parceiros quando estou
atrás dos bandidos e assim que aparecer papelada estou sozinha? – de repente,
ele começou a observar a cena que se desenhava a sua frente. Algo não parecia
certo – o que foi?
- Acho que esse banco está prestes a ser
roubado.
- Sério, Castle? Está tão entediado assim?
- Tem um homem e uma mulher aqui, com máscaras
cirúrgicas e uniformes e ambos têm suspeitas protuberâncias em suas jaquetas.
- Castle, acho que sua imaginação de
escritor está fluindo – então Castle viu a porta do banco ser fechada e o grito
que Beckett ouviu também.
- Todos no chão!
- Não é a minha imaginação.
Definitivamente – ele foi se agachando sem deixar de falar ao telefone, foi ao
encontro da mãe trazendo-a para perto de si.
- Vai vai vai! Movam-se! No chão!
- Castle, o que está acontecendo? Onde
você está?
- Estou no banco e financeira New
Amsterdam na Lex.
- Esposito, há um 10-30 no banco e
financeira New Amsterdam na Lex. Chame a central.
- 10-30? Desde quando cuidamos de assaltos
a banco? – perguntou Ryan.
- Castle está lá – e foi tudo o que bastou
para que os rapazes começassem a trabalhar. A confusão no banco continuava, os
bandidos gritavam com os clientes mandando-os deitarem-se no chão e livrarem-se
dos celulares. Ele continuava ao telefone relatando o que acontecia para
Beckett.
- Eu estou agachado em uma das mesas,
todos estão usando máscaras cirúrgicas e uniformes, um está esvaziando os
caixas – Castle percebeu que um dos reféns o viu no celular e fez sinal para
que continuasse quieto – outro foi até o gerente, pegou sua chave. Foi para o
fundo do banco – Esposito avisa Beckett que as viaturas estão a caminho.
- Castle, preciso que ouça com atenção,
quantos são?
- São três – então ele ouviu a arma ser
engatilhada em seu pescoço – conte 4 – o bandido pegou o celular da mão de
Castle.
- Então, você é o herói que farei de
exemplo. Desculpe seu amigo não pode falar agora – ele já ia desligar quando a
voz de Kate soou pelo telefone.
- Não me preocuparia com ele, e sim, com
você. Tenho viaturas a caminho.
- Você é tira? Você ligou para um tira?
- Não, eu já estava conversando quando
vocês entraram.
- Escute, até agora ninguém se feriu e
nada foi roubado, então se você sair por onde entrou, você pode desaparecer.
- Promete que não irá me procurar?
- Eu não procuro. Eu caço. E acredite,
você não quer isso. Saia agora e será apenas um artigo no jornal local.
- Desculpe, querida. Prefiro a primeira página
– ele desligou, jogou o celular no chão e o destruiu. Na mesma hora, o olhar de
pânico se formou em Beckett. Ela se levantou de sua mesa e ordenou.
- Vamos.
Continua...