segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

[Castle Fic] A (Im)Perfect Love Story - Cap.34


Nota da Autora: E estamos deixando a bela Paris para voltar a nossa amada NY. Nesse capitulo, alguém anda um pouco ranzinza e depois de se atualizar com a amiga, veremos mais uma demonstração de porque Caskett é Caskett! Enjoy! 


Cap.34 


Audrey estava no saguão do hotel há meia hora. A mãe já devia ter descido com Paul. Estavam  atrasados. Sinal de que a noite foi muito boa. Tinha tentado o celular sem sucesso. Resolveu pedir para a recepção ligar para o quarto. 
Johanna ainda estava dormindo. Paul foi o primeiro a acordar, porém não se preocupou em checar as horas. Após ir ao banheiro, ele voltou para cama aconchegando-se na namorada e começando a enche-la de carinhos. Os lábios deslizavam pelo ombro nu e uma das mãos tocava-lhe o seio. Sentiu o corpo de Johanna responder, pequenos gemidos escapavam de seus lábios e ainda preguiçosa, ela virou para fita-lo. 
— Bonjour… - eles trocam um beijo carinhoso. Johanna o empurra no colchão e deita-se sobre ele. Sente as mãos de Paul em suas costas enquanto ela desliza os lábios pelo rosto dele, beijando a pele, descendo para o peito. Ficando sentada sobre as pernas de Paul, ela acariciava-lhe o peito mordiscando a pele, Podia sentir a excitação presente em suas coxas, ela já acordara úmida para ele. Ao inclinar-se para beija-lo outra vez, tinha um único objetivo, pedir que a toma-se, fizesse amor com ela. Nesse instante, o telefone tocou. 
A principio não se preocuparam com os dois primeiros toques. Estavam curtindo um momento muito bom para serem interrompidos. 
— Deixe tocar…- Johanna sussurrou entre os lábios dele. A ligação cessou apenas por alguns segundos. Quando o telefone tornou a tocar, ela foi obrigada a sair de cima dele. Paul esticou-se e atendeu. A voz saiu mais rouca do que pretendia, não por sono, mas pelo desejo que já se despertava nele. 
— Alo? Monsieur Gray, tem uma jovem procurando por vocês aqui no saguão. Qual o seu nome, querida? 
— Audrey - Paul soltou uma palavrão mentalmente. Esqueceram completamente. A menina devia ter tomado o aparelho do rapaz do hotel. 
— Oi, Paul… vocês ainda estão dormindo? Estou esperando a meia hora. 
— Que horas são, Audrey? - ao ouvir o nome da filha, Johanna arregalou os olhos. 
— Quase dez da manhã. A farra foi boa então. Não se preocupem em tomar café, comemos algo no caminho. 
— Vou acordar sua mãe - ele falou embora Johanna já tivesse levantado da cama e corrido para o banheiro toda atrapalhada e deixando escapar vários palavrões - no máximo em quinze minutos descemos. Desligou. Sentado na cama, ele observava a bela mulher lutando para se arrumar. Foi até o banheiro. Johanna estava no chuveiro - posso entrar com você? Não temos muito tempo. 
— Só se prometer que não tentará nada, espertinho - ele riu.
— Não dá tempo. Você fica linda agoniada e dizendo palavrões. 
— Quer parar, Paul? Estamos atrasados! 
— Eu só estou comentando. 
— Seja rápido, ainda temos que fechar as malas - em ritmo frenético, eles conseguiram se arrumar e descer com as malas. Johanna não teve tempo de passar lápis ou batom, colocara apenas o creme com protetor solar, os cabelos estavam presos em um coque. Ao ver a filha, procurou ser o mais natural - bonjour, Audrey. 
— Bonjour, mama - ela disse rindo. Sabia que a mãe tinha corrido para se arrumar. Viu Paul acenar e dirigir-se para a recepção a fim de fechar a conta do hotel. Ainda atarantada, Johanna levou a mão direita nos olhos, esfregando-os. Ao ver o anel no dedo da mãe, Audrey deu um grito. 
— Mama! Oh, meu Deus! Quer me cegar? Mãe… você e Paul… - ela pegou a mão de Johanna para examinar o anel - meu Deus! Que lindo… ele tem muito bom gosto! Ele fez o que penso que fez? - Johanna ria da reação da filha - Mãe! Quer me contar de vez? Estou quase tendo um ataque cardíaco e está todo mundo olhando. 
— Não, ele não fez a pergunta. Paul me deu o anel e fez uma promessa. Disse que quem decide sou eu, no dia que eu quiser, ele promete que fará a pergunta. Oh, filha…. eu estou tão feliz e não é somente pelo anel, pelas palavras que ele me disse. A verdade é que tudo que está acontecendo é importante para tornar esse momento especial. Nós dois já somos um casal de verdade, moramos juntos e de certa forma somos casados. O resto é apenas formalidades, convenções bobas de sociedade - ela abraçou a mãe. 
— Fico feliz por você, mama - beijou o rosto de Johanna - Ai vem o Paul.    
— Tudo certo, deixei as malas com a recepção. Para onde vamos hoje? - a menina não resistiu e se pendurou nele abraçando-o. Beijou-lhe o rosto e sussurrou um “obrigada”. 
— Vamos passear pela Paris dos moradores, nada de lugares turísticos. Vou mostrar a vocês os lugares preferidos dos franceses. Devem estar com fome. Tem uma padaria ótima para o lado onde vamos - ela abraçou a mãe que retribuiu passando o braço na cintura da filha. A outra mãe buscou a de Paul. Johanna sorriu para ele. 
Eles andaram por boa parte de Paris. Audrey levou-os a galerias de arte, lojas, paisagens preciosas. A menina explicava costumes dos franceses, a historia dos lugares, dizia palavras em francês que deixavam a mãe boba e orgulhosa. Johanna sabia um pouco de francês, ela estudara na faculdade e fizera um curso intensivo quando esteve na Europa para sua especialização. Apesar de ter morado seis meses em Barcelona, ela se deu a chance de passar um mês em Paris depois que terminou o curso. Podia estar um pouco enferrujada, mas conseguia se virar. Ver Audrey falando a lingua com tanta propriedade era mágico. 
— Olha para ela, Paul. Parece uma francesinha. 
Audrey levou-os para almoçar em um restaurante afastado da muvuca de Paris. O lugar era incrível. Pequeno e aconchegante, tinha toda o glamour tipicamente francês com uma vantagem. Sem a quantidade de turistas desavisados que nem sabiam o que estavam prestes a comer. Escolheram uma mesa de canto e Paul perguntou a Johanna se ela queria beber. 
— Uma taça de champagne não fará mal, certo? Apenas voamos à noite - ele riu nem ia comentar o quanto ela bebera ontem na frente da filha. Pediu uma cerveja para si. Audrey recomendou que tomassem a sopa que era uma especialidade do lugar e depois podiam escolher qualquer prato. Tudo era gostoso ali. Assim que fizeram os pedidos, Charlie chega ao restaurante. 
— Ça va, mon petit… - ele beija Audrey nos lábios. 
— Bien, ma cherrie - Johanna olhava encantada para a filha, depois para Paul. Ele apertou a mão dela.
— Olá, dona Johanna. Paul. Tudo bem? 
— Tres bien! - Johanna respondeu - veio almoçar conosco? Acabamos de pedir nossa comida, sente-se e escolha o que quer. 
— Charlie veio nos encontrar porque vai levar vocês para o aeroporto na van de Pierre - o rapaz fez sinal para o garçom e rapidamente fez seu pedido voltando para a conversa. 
— É, o velho Pierre é engraçado. Audrey pediu para que ele emprestasse a van. Fez todo um drama depois que ela saiu. Reclamou, fez um pequeno escândalo mesmo só para aparecer. No fundo, ele adora a Audrey. Cede a tudo que ela pede - ele olhou para a namorada - eu também. 
— Ah, vocês formam um casal tão lindo. Não acha, Paul? - ele sorriu. 
— É, já vi que você foi fisgado pelo charme de uma tagarela Marshall - Johanna deu uma tapinha de leve no braço dele. 
— Hey! Não sou tagarela. 
— Paul, não sei de onde ela tira tanta energia. Estuda, trabalha, algumas vezes tem que andar bastante, mas sempre arranja um assunto para comentar, tem um sorriso no rosto e se der corda quer sair, fazer outras coisas, cozinhar. 
— É por ai mesmo. Tenho uma dessas em casa. 
— Veja como fala, não sou objeto - retrucou Johanna. Ele apenas sorriu para a namorada e completou. 
— É a melhor coisa do mundo chegar em casa e ter alguém que após um dia de plantão ainda tem fôlego para conversar, te fazer rir e cozinhar também. Apesar que eu também gosto de fazer isso para ela - Johanna inclinou-se e beijou-lhe os lábios. 
A comida chegou e a conversa versou entre comida, costumes franceses e um pouco de medicina porque Charlie sempre arranjava um jeito de perguntar algo a Johanna. Depois do almoço, Audrey recomendou que não comessem sobremesa porque ia leva-los a um confeitaria naquele mesmo bairro para comerem a melhor eclair de chocolate de Paris. Aproveitando a conversa, Johanna comentou. 
— Ontem eu comi o melhor mil folhas da minha vida. Aliás, que jantar! Como você descobriu aquele lugar? 
— Pergunte ao Paul. 
— Sem chance, ele me contou que você o ajudou. A sugestão foi sua. 
— Ele é bem conceituado, famoso. Não porque tem duas estrelas Michelin, porque ele é um prodígio. As pessoas brigavam por uma chance de jantar em seu restaurante antes de ser premiado. Marie esteve lá em seu aniversario de casamento. Ela me contou as maravilhas da culinária dele. Quando Paul me disse que estava querendo leva-la para jantar em um lugar especial, foi o primeiro que veio a minha mente. 
— Ótima escolha! - eles chegaram a confeitaria. Audrey pediu quatro bombas de chocolates e uma torta de limão e profiteroles. Comeram que se esbaldaram. Ao morder a bomba, o chocolate escorreu pela mão de Paul e Johanna não pensou duas vezes em pegar o creme com os dedos e levar a boca. 
— Castle ia amar esse lugar - disse Paul - Kate ia ter problemas. 
— Acho que os dois iam gostar. Ele mesmo diz que ela é uma formiga. Se pudéssemos levar conosco para dar de presente a eles não me importava. 
— Não chegará do mesmo jeito, mãe e ainda tem a alfândega - após provar os profiteroles e a torta de limão, Johanna deixou escapar. 
— Meu Deus! Isso é um verdadeiro orgasmo gastronômico - todos caíram na gargalhada com a sinceridade de Johanna. 
Enfim chegara a hora de ir para o aeroporto. No saguão do Charles de Gaulle, Johanna puxou a filha para uma das fileiras de cadeira a fim de conversar enquanto Paul se encarregava do check-in com a ajuda de Charlie. 
— Audrey, eu quero dizer algumas coisas para você antes de rir. Eu estou muito orgulhosa da jovem que você está se tornando, decidida, estudiosa, independente. É maravilhoso ver tudo isso e apavorante para mim que sou mãe. Eu só queria pedir que se mantivesse segura, filha. Gosto que tenha amigos e pessoas que a apoiam e cuidam de você. Isso me deixa um pouco mais aliviada. Continue se alimentando direito, deve me ligar toda semana. Preciso saber o que está acontecendo por aqui. 
— Mamãe, não se preocupe. Está tudo bem. Estou vivendo uma aventura e meu sonho. 
— Eu sei, Audrey. É por isso que concordei com isso e também estou tentando aceitar tudo numa boa. E Charlie, ele é um bom rapaz, eu gostei dele. Você já reparou que ele se parece com Paul? - Audrey franziu o cenho - eu percebi na primeira vez que o vi. A cor da pele bronzeada, os olhos verdes, o corpo magro e torneado, nada exagerado. O cabelo pode ser um pouco diferente, afinal ele é jovem, mas poderia ser considerado uma versão mais nova de Paul. Até nos gostos somos parecidas, não? - Audrey sorriu. 
— Eu acho o Paul um gato e super charmoso, se ele fosse um pouquinho mais novo… 
— Audrey! - elas riam e olhavam sorrateiramente para os dois homens que acabaram o check-in e estavam dando um certo espaço para mãe e filha se conectarem pela ultima vez. Desconfiado, Charlie perguntou ao homem ao seu lado. 
— Do que vocês acham que elas estão falando? Parecem estar olhando para nós de modo estranho.  
— Sinceramente, Charlie? Se conheço bem a mente da minha mulher, é melhor ficarmos sem saber - ele abriu um sorriso. Ele acabava de se referir a Johanna como sua mulher. Gostou da ideia. 
— Certo, Audrey, como eu estava dizendo sobre Charlie. Eu sei que gosta dele, eu vejo no jeito que olha para ele. Seu primeiro amor, é tão mágico. Quero que aproveite essa fase da melhor maneira possível. 
— Eu vou, mamãe. Tem razão, eu gosto muito dele. Charlie me trata tão bem, é tão cuidadoso e sei que as vezes eu sou exagerada, eu encho o saco dele, abraçando, beijando, fica vermelho rapidinho. 
— Oh, meu amor! Você está muito apaixonada. Como sua mãe e médica eu estaria totalmente errada se não falasse sobre esse assunto. Se você quiser, você sabe, fazer amor, ter sua primeira vez, e-eu…
— Mamãe! Eu não vou fazer isso. 
— Filha, você é jovem cheia de hormônios… pode acontecer. E-eu gostaria muito de saber que você pudesse trocar ideias comigo ou me contar quando for fazer. Poxa, nem levei você na ginecologista e… 
— Para, mamãe. Por favor! Eu não quero falar sobre esse assunto. Ele não é prioridade, não vai acontecer nada com Charlie. Eu tenho que estudar, me dedicar aos estudos porque não estou na minha cidade, no meu país. Prometo que se eu tiver vontade eu conto para você, tudo bem dona Johanna? Talvez eu espere sua próxima visita… no natal? 
— Talvez, não sei se aqui ou em Nova York. Do jeito que o Paul gostou de Paris, tem grande chance de voltarmos. Promete que espera pelo menos até lá? - a cara um tanto desesperada de Johanna fez Audrey rir. Ela abraçou com força a mãe. 
— Eu amo você, dona Johanna. Je t’aime, mama. Fique tranquila - ela sussurrou no ouvido da mãe - se fosse você não demorava a se tornar a Mrs. Gray. Só falta o papel mesmo… - deu um beijo estalado no rosto dela e envolvendo sua cintura, elas caminharam até onde os rapazes estavam - tudo pronto? 
— Estou dependendo apenas da sua mãe. Ela que manda. 
— Parece que você vem fazendo muito isso ultimamente, não Paul? - Audrey alfinetou. Johanna revirou os olhos vendo Paul rir do comentário da menina. 
— Voce está muito saidinha. Ainda sou sua mãe, viu? Se despeça do Paul que precisamos ir - Audrey rindo abraçou o médico e desejou boa viagem. Sussurrando em seu ouvido, pediu. 
— Cuida dela para mim, por favor. Não deixa que chore muito. Mantenha a dona Johanna bem ocupada para não ficar criando cenários loucos naquela cabecinha. 
— Eu prometo - disse Paul. Virando-se para mãe comentou. 
— E quando chegar em Nova York, Paul vai comprar um videogame, viu? - na mesma hora, o moreno ficou vermelho. 
— Audrey… não nega que é sua filha, Joh… 
Johanna se despediu de Charlie agradecendo por tudo e desejando sorte com a faculdade de medicina. Paul fez o mesmo, contudo achou prudente comentar algo baixinho para o rapaz. 
— Cuide bem de Audrey, se eu sonhar que você a magoou… Tenho pena de você, vai se ver comigo. 
— Não se preocupe - respondeu Charlie um tanto pálido. Apos dar um ultimo abraço na filha e de mãos dadas com seu moreno, Johanna seguiu para o embarque. 
Quando o avião levantou voo, ela encostou a cabeça no peito de Paul e chorou em silêncio. Ele afagava os cabelos dela com carinho sem dizer nada. Entendia que ela precisava daquele momento. Meia hora depois, ela respirou fundo e o fitou. Acariciando o rosto de Johanna, ele perguntou. 
— Está melhor? 
— Sim, obrigada. Eu vou ser forte, Paul. E-eu só precisava…
— Hey, eu entendo - ele acariciava os lábios dela com o polegar - Audrey está começando uma nova fase de sua vida, uma que você não estará presente todos os dias. E você também está mudando. O que era antes passageiro, virou sua nova constante. Novas aventuras e novos aprendizados esperam a todos nós. 
— Sim, boas mudanças. 
— Posso saber o que vocês duas tanto fofocavam? Eu sei que falavam de mim e de Charlie - Johanna riu - você não me engana… 
— Eu estava dizendo que Charlie é a sua versão mais jovem. Sabe o que ela me disse? Que voce é um gato e charmoso se fosse um pouco mais novo ela arriscaria. 
— Hum… eu agrado as mulheres Marshall. Infelizmente, eu prefiro a mãe. Sem qualquer dúvida. E se está preocupada com Charlie, fique tranquila. Ele vai cuidar dela. Prometo. 
— O que você quer dizer com isso, Paul? 
— Nada… - ele beijou seus lábios - acho que podemos voltar varias vezes a Paris, Joh. Essa cidade combina conosco. 
— Qualquer lugar é bom com você, moreno. Agradeço todos os dias por você ter trocado Seattle por Nova York, do contrario não teria entrado na minha vida - suspirando, ela beijou-o mais uma vez nos lábios e aconchegou a cabeça em seu ombro para cochilar em poucos minutos. O resto da viagem foi tranquila e por volta das cinco da tarde, eles pousavam em solo americano. 
Enquanto isso em outro canto de Manhattan, alguém não estava experimentando muitas aventuras outra vez. Com a evolução do livro, Castle continuava dedicando seu tempo enclausurado no escritório, Kate Beckett estava novamente entediada. Foi exatamente por essa razão que ela decidiu fazer algo diferente. Após alimentar a filha, Beckett a colocou no bebé conforto e seguiu para a cozinha. Durante a amamentação de Lily, ela pensava no que faria para o jantar. A ideia surgiu como um passe de mágica. Italiana. Dependendo dos ingredientes disponíveis, iria fazer pizza. Sim, sua intenção era fazer a massa do zero. Tudo para que pudesse ocupar-se por mais tempo. Na verdade, ela ponderou se não era melhor um talharim e o check na geladeira confirmou ser essa a melhor opção. 
Beckett colocou o bebê conforto da filha no chão em frente ao balcão da cozinha americana de modo que pudesse observa-la. Antes de começar, limpou o balcão com todo o cuidado e se preparou para brincar prendendo os cabelos em um coque. Misturou farinha e sal em uma vasilha e adicionou os ovos. Bateu-os com uma certa facilidade e com a massa ainda mole, distribuiu um pouco mais de farinha no balcão e começou a usar sua força para dar homogeneidade à massa. Ela imaginava que Castle tinha uma máquina de fazer massa em algum lugar, mas francamente não queria procurar por isso nesse instante. Terminando de fazer a bola de massa, ela colocou para descansar. Beckett já estava com a camisa suja de farinha além dos braços. Procurou pela cozinha e encontrou o rolo de macarrão. Teria que usar a força para abrir a massa. Ótimo, mais um processo para mante-la ocupada. O saco de farinha ainda estava sobre o balcão. Quando o tempo do descanso acabou, ela pegou a massa na geladeira e jogando uma mão cheia de farinha outra vez na superfície que ia trabalhar, suspirando usou as mãos para aplicar pressão a fim de abrir um pouco a bola antes de usar o rolo. Satisfeita, ela começou a passar o rolo para aos poucos dar forma a massa aberta. 
Era um exercício interessante, cada vez mais sua blusa ficava mais branca de farinha. Beckett sentiu o suor escorrer na testa e usou as costas da mão para evitar um desastre sem perceber que estava levando mais farinha ao rosto. 
Foi exatamente assim que Castle a encontrou. Fazendo força sobre o balcão com um rolo de macarrão. A principio, ele a observou intrigado. Beckett tinha os braços, a blusa e alguma parte do rosto suja de farinha. Percebeu que ela movimentos repetitivos. Ele que havia feito uma pausa para pegar um café, ficou satisfeito com a imagem à sua frente. Era sexy. Ainda intrigado, ele provocou. 
— Hey… por acaso estamos sem massa para fazer macarrão para o jantar? 
— Não, nós temos massa pronta. Eu somente queria fazer algo diferente - ele se aproximou dela ainda sem toca-la. 
— Você percebeu que está suja de farinha? É um jantar especial? 
— Que seja, eu quis fazer a massa, tem algum problema? - ele se aproximou e abraçou-a pela cintura sorrateiramente usando uma mão para alcançar o saco de farinha. 
— Nenhum, ficou bastante interessado vendo minha esposa coberta de farinha fazendo um jantar especial para mim. 
— Não é por sua causa. 
— Ah, não? Que pena… eu estava achando tudo muito sexy. Extremamente sexy. Tem certeza que sabe fazer massa? Quer uma ajuda? Posso fazer força com você - ela sentiu que Castle a imprensara contra o balcão. Ele jogou um pouco de farinha sobre a massa e pegou o rolo de macarrão das mãos dela abrindo um pouco a massa, tudo pretexto - sabe, tem mais farinha em você que no balcão. 
— Pensa que não sei o que você está fazendo? Pode esquecer - ele riu e jogou farinha na blusa dela - Castle! - ela virou-se para fita-lo. 
— Ops?! - e não perdeu tempo em usar a mao suja de farinha no rosto dela - acho que você precisará de um bom banho, Beckett - ela tentou empurra-lo, mas foi pega de surpresa com o beijo roubado. Castle a suspendeu sentando-a no balcão aprofundando o beijo. Beckett esticou a mão alcançando a farinha e jogou um punhado no cabelo dele - oh! Por acaso quer guerra, capitã? Porque você está extremamente sexy coberta de farinha - ela gargalhou. O tédio parecia ter ido embora. Castle sacudiu a cabeça deixando boa parte da farinha cair no chão ou sobre o colo de Kate. As mãos ágeis tiraram a blusa dela, os lábios já devoravam seu pescoço descendo até o colo. Ele usava a boca para bolinar os seios dela ainda com o sutiã. Afastou um dos bojos e sorveu-o em seus lábios fazendo Beckett inclinar o corpo para trás, as mãos derrubaram a vasilha do balcão. 
— Cas… a massa… 
— Esqueça, amor… - ele puxou a legging que ela usava com calcinha e tudo. Afastou as pernas da esposa e a fez deitar atravessada no balcão. Segurou uma das pernas dela em seus ombros e a provou. Usava a lingua, os lábios e com os dedos massageava o clitoris de Beckett que começava a balbuciar palavras e gemidos incoerentes. Ele insistiu repetindo os movimentos até sentir o corpo dela tremer. Então, ele tomou-lhe os lábios em um beijo intenso e usou os dedos para penetra-la. Em menos de um minuto, ela gozou. Castle deixou que descansasse um pouco experimentando as sensações do orgasmo. Por mais que ele quisesse tê-la naquele momento, precisava dar um tempo para que ela curtisse o momento. 
Beckett ergueu-se vagarosamente do balcão, havia farinha em seu corpo. Ela acariciou o rosto do marido e sorriu. 
— Essa é a melhor maneira de fazer massa não acha? - ela gargalhou. 
— É a melhor maneira de arruinar um jantar. Eu preciso de um banho - ele a ajudou descer do balcão. Beckett sorveu os lábios do marido em um beijo apaixonado - obrigada, babe. Ganhei meu dia… 
— Você ainda me deve um jantar. 
— Tudo bem, mas usarei a massa pronta. E se você não quiser fazer hora extra escrevendo, eu posso retribuir com a sobremesa mais tarde. 
— Eu adoraria. 
— Pode olhar Lily para mim? Prometo não demorar no banho… 
— Claro, Kate. 
Mais tarde enquanto jantavam Beckett perguntou. 
— Por acaso perdeu a inspiração essa tarde? Por isso veio atrás de mim? 
— Nao, eu pretendia pegar um café. Devo confessar que foi bem melhor que a bebida - ela riu. 
— Será que Johanna já está em Nova York? Não deu noticias. 
— Deviam ter voltado ontem, não? De qualquer forma, eles devem estar ocupados. Vida de médico é complicado. Tirar uma semana de folga acaba sendo bom e ruim. Aposto que voltaram a trabalhar no dia seguinte. 
— Pode ser. Já acabou? - ele afirmou com a cabeça. Beckett recolheu os pratos levando-os à pia - ainda bem que Lily dormiu e comeu antes do jantar. 
— Por que? - ele se fingiu de desentendido. Ela enxugou as mãos e se aproximou dele abraçando-o pelo pescoço. 
— Não vai querer sua sobremesa, escritor? 
— Por favor… - ela deu um beijo estalado no pescoço dele. 
— O que está esperando? - puxou-o pela mão em direção ao quarto. 

XXXXXXXX

Três dias depois, Johanna finalmente tem um tempo livre. Desde que voltaram de Paris, ela e Paul tiveram que trabalhar no dia seguinte e aliado ao jetlag, os plantões foram bastante cansativos. Na sua primeira folga, ela não pensou duas vezes. Ligou para a amiga. 
— Oi, Kate! 
— Ufa! Você está viva! Achei que tivesse decidido ficar de vez em Paris com o seu moreno. 
— A tentação foi grande, não vou mentir. A verdade é que voltamos direto para o trabalho em ritmo acelerado. Essa é a minha primeira folga, Paul ainda não teve uma. Estou morrendo de saudades da minha afilhada. Será que você tem um tempinho para me encontrar para um café? 
— Não quer vir aqui em casa? 
— Não, sei que Castle está concentrado escrevendo e eu só ia atrapalhar. Também é uma chance de você sair de casa. Três horas está bom? No café da Union Square? Eu preciso dormir um pouco mais. 
— Ótimo. Te encontro lá. 
Por volta das três da tarde, Beckett saia do metro na estação da Union Square. Preferira levar o carrinho dessa vez assim ela e Johanna poderiam ficar mais tempo conversando mesmo que ela dormisse. Ao passar pela feirinha, ela gostou de umas belas blueberries que vira. Resolveu compra-las. Podia fazer uma torta amanhã para o fim de semana. Ao entrar no café, viu Johanna sentada na mesa que já se tornara cativa para as duas. A médica bebia um café gelado. Por precaução e para não estragar a surpresa, Johanna tinha removido o anel que ganhara de Paul da sua mão direita. Tudo ao seu tempo, pensou. 
— Hey! - Beckett abraçou a amiga sorrindo - você está muito bem. 
— Que nada! Estou só olheiras! 
— Por causa do trabalho, estou me referindo ao seu estado de espirito. A viagem foi boa? E Audrey? 
— A viagem foi excelente, mas antes de entrar em detalhes quero matar as saudades de Lily. Nossa! Ela cresceu! Olá, babe… sua dinda estava morrendo de saudades! 
— O que você esperava? Ela já fez três meses e continua comilona. Ainda não sei como vou fazer quando voltar a trabalhar. Ela vai sentir. 
— Você sabe que pode sair para amamenta-la, não? É direito da mãe e do bebê. Seria ótimo se conseguisse mante-la só com leite materno até os seis meses, mas provavelmente terá que começar o leite em pó. 
— E as frutas, não? 
— Ah, claro. Estava me referindo ao leite mesmo. Quer beber alguma coisa? 
— É, vou pegar um café gelado. Aproveite para caducar porque quando eu voltar você vai me contar todos os detalhes da viagem a Paris - Beckett não levou nem cinco minutos. Ao se sentar na mesa ao lado da amiga, sorveu um pouco do liquido e sorriu ao ver o jeito de Johanna com a sua filha - certo, pode começar. Quero saber como foi o lance de Audrey, o que fizeram e claro se você se divertiu muito com Paul nessas mini ferias em Paris. 
— O que eu posso dizer? Audrey já tinha tudo resolvido quando cheguei lá, mesmo assim foi muito bom conversar com a diretora, ouvir elogios sobre minha filha. Acredita que no teste que fez ela obteve notas tão altas quanto os estudantes nativos do primeiro ano do ensino médio? - Beckett notou que os olhos de Johanna brilhavam falando isso. Orgulho de mãe a exemplo do que já presenciara tantas outras vezes no olhar de Castle também - conheci a host mom dela. Marie. Um amor de pessoa. Ah, Katie… Audrey tem uma vida em Paris. Ela conseguiu se adaptar à cidade em tão pouco tempo! Tem amigos, emprego, pessoas que olham por ela. Deus! Ela tem até namorado! 
— Nossa! Só falta você me dizer que ele foi o motivo de Audrey querer ficar em Paris. 
— Eu cheguei a pensar nisso tanto que perguntei para Marie se isso havia influenciado a decisão da minha filha. Ela disse que não. Quando contou a Charlie o pegou de surpresa. É um bom rapaz, está no ultimo ano e pretende cursar medicina. Acredita que me encheu de perguntas? Foi divertido. E o mais engraçado, ele é uma versão jovem de Paul. Espera, vou te mostrar a foto - Johanna mexeu no telefone e encontrou as fotos. Kate riu. 
— Lembra mesmo o Paul. Parece que o genro conquistou a sogrinha - ela brincou. 
— Com todas as preocupações de mãe, eu sei que minha filha está feliz. Tem muito a conquistar. Kate, ela fez um jantar completo para nós em Paris. Estava tudo delicioso. Acho que foi seu modo de provar que sabe o que quer. Era quase como se dissesse “hey, mãe! Viu como posso fazer isso?”. E-eu me emocionei. 
— Ah, Joh… gosto de vê-la assim, feliz. E depois de tudo resolvido, vamos ao lado pervertido dessa viagem. O que você aprontou com Paul em Paris? - Johanna colocou Lily de volta no carrinho. 
— Acho que está fazendo a pergunta errada. Devia perguntar o que Paul aprontou comigo. 
— Como assim? 
— Fizemos os passeios de turista, claro. Ele não sossegou enquanto não concordei em ir ao Moulin Rouge. Fomos ao Louvre, torre Eiffel. Era a primeira vez dele em Paris. Eu apenas soube no avião. Enfim, ele me levou a uma vinícola em Nice encantadora e não parou por ai, com a ajuda da minha filha me levou para jantar em um restaurante super famoso com duas estrelas Michelin. Que jantar! Tudo maravilhoso e quando eu pensei que pararia por ai… - ela pegou o anel e colocou no dedo anelar da mão direita. Ao ver a joia, Beckett gritou. 
— Oh, meu Deus! Isso é…isso…
— Ele me deu de presente e não é o que você está pensando ainda. 
— Como não? Isso é um anel de compromisso, Joh. 
— De promessa. Agora que Audrey vai morar em Paris, eu e ele estamos realmente coabitando, morando juntos, como você queira chamar. 
— Vocês são praticamente marido e mulher, corta essa. 
— Sim, mesmo sabendo disso Paul não fez a pergunta. Ele fez uma promessa. Disse que quando eu estivesse pronta, bastava mudar o anel para a mão esquerda que ele perguntaria. E que noite, Katie… o homem estava inspirado - Beckett riu. 
— E você está esperando o que para pedir que ele faça a pergunta? 
— Kate, nós acabamos de virar uma página. Sei que nosso relacionamento sempre foi sério para Paul, para mim também. E-eu estou me adaptando, o que era passageiro virou permanente. Não tenho dúvidas do meu amor por Paul e que quero passar o resto da vida ao lado dele. Acho que é apenas uma questão de tempo. 
— Wow! E Paris prova ser realmente a capital do amor - Johanna riu. 
— Demais! Com direito a vários repetecos. 
— E pensar que você terá que fazer o sacrifício de voltar lá outras vezes… Castle vai vibrar com essa noticia. Você sabe que ele é louco para ver vocês dois casados. 
— Kate, nós já somos. É apenas uma questão de formalidade. Agora que contei todas as novidades de Paris, que tal você me contar como andam os livros de Castle? Estou curiosa. 
— Não tenho muito o que contar. Você sabe que ele não me deixa ler spoilers. Eu ajudo com elementos de investigação quando ele acha que devo. Castle pode muito bem descrever a investigação perfeita. Tem experiência para isso. As vezes acho que ele me envolve para que eu não me sinta muito só. Eu sei que o próximo prazo dele com Gina é semana que vem. Se quiser detalhes, terá que perguntar a ele. Posso dizer que tem cenas bem quentes ao melhor estilo de Nikki. 
— Ah, Kate! Isso é maldade, ele nunca vai deixar eu ler antes de publicar. Aposto que a data está bem longe ainda… 
— Talvez não. Gina quer muito antecipar ao máximo o lançamento, pelo menos foi o que ele me comentou. 
— Mesmo assim, vai demorar. 
— Nesse meio tempo divirta-se com o seu moreno e vê se não demora para mudar esse anel de lado - Johanna revirou os olhos. 
— Quanta pressa! Você, Audrey… 
— Estamos apenas atestando o óbvio, o pior cego é aquele que não quer ver - elas ficaram mais um pouco conversando. Johanna entregou um presente que trouxera para Lily e uma das garrafas de vinho que trouxeram de Nice para, segundo suas próprias palavras “Kate se esbaldar com Castle em qualquer noite dessas”. Elas se despediram e Beckett rumou para a estação de metro. 
Chegando no loft, percebeu o quanto o lugar estava silencioso. Sabia exatamente onde o marido estava. Deixou as blueberries que comprara sobre o balcão da cozinha. Lily adormecera na vinda para casa, portanto ela levou a filha para o quarto. Ao entrar no escritório, ela se deparou com Castle olhando para o monitor de 42”, o arquivo de sua storyline. Deveria estar revisando o plot ou vendo o que deveria escrever em seguida. 
— Hey…  - ela ficou ao lado dele - terminou sua escrita do dia? - ele virou-se para fita-la dando um beijo em seu rosto. 
— Você já chegou? Como foi com Johanna? Paris fez bem a ela? 
— Você nem imagina! Paul balançou as estruturas dela. Nada mal para alguém que se dizia travado, não Castle? 
— O que você quer dizer com isso? E nem comece, ele era bem travado quando o conhecemos. Johanna conseguiu muda-lo um pouco. 
— Ele levou a viagem a outro nível - Castle fechou os olhos fazendo uma careta. 
— Beckett, não estou interessado na performance de Paul ou nas intimidades de Johanna e nem pense em querer fazer disso uma competição, o que quer que seja, eu não quero saber. A imagem é muito forte para a minha mente - ela gargalhou. 
— Não é nada disso, seu bobo. Ui! Eu também não quero esse tipo de imagem na minha cabeça! Estou falando de relacionamento. Ele deu um anel de compromisso para Joh, um diamante enorme. Tipo o meu - ela tratou de corrigir antes que o marido ficasse chateado. 
— Você está dizendo que Paul a pediu em casamento? Eu bem que desconfiei! 
— Não! Ele não pediu, deixou a pergunta no ar, por fazer. Para ela decidir. Que historia é essa de que você desconfiou? 
— Vamos dizer que naquela ultima vez que vieram aqui e contaram sobre Paris, Paul deixou escapar algo sobre mudança. Some dois mais dois… 
— Bem, ainda não é um pedido de casamento, porém algo me diz que não vai demorar - ele notou que a esposa estava feliz com as novidades. Talvez fosse o melhor momento para conversar sobre a possibilidade do prequel. Ele trocou o arquivo que estava na tela por um entitulado Threatening Heat. 
— Podemos falar de negócios? - ela ergueu a sobrancelha - amor, desde a ultima reunião com Gina eu tenho pensado bastante em como abordar esse assunto com você. Ela está muito animada com a trilogia de Nikki e quer antecipar o que puder, lançar o quanto antes. Porém, comentamos sobre o risco que sempre existe com trilogias. Os leitores ficam curiosos, ávidos por novos capítulos, spoilers. O período ideal entre um livro e outro seria um ano, mas Gina não quer esse intervalo. 
— Mas não faz sentido, Castle. O ponto de uma trilogia é causar essa ansiedade da espera. Por que correr com isso? 
— Ela me comparou com a Nora Roberts. Disse que ela lança pelo menos dois livros de mistérios policiais todo ano. 
— Voce não tem que ser igual a ela. Gina as vezes abusa - ele riu da reação da esposa - você não tem apenas os livros, tem uma familia. 
— Eu sei. Foi por isso que sugeri outra coisa para ela. Antes de ter a ideia para o thriller médico, eu estava escrevendo um draft do que supostamente seria meu próximo livro. Eu estava receoso de levar adiante devido ao tema que escolhi. Essa obra pode ser o prequel da trilogia, onde conto como Nikki conheceu Johanna, ou melhor, Cintia Marshall e porque as duas acabariam trabalhando juntas em um futuro proximo. Tem oito capítulos até agora. 
— Nossa! Você pensou inclusive em um prequel? Estou impressionada, escritor. 
— Não fique impressionada tão rapidamente. Eu o mencionei para Gina, porém disse que somente iria levar a ideia adiante se você aprovasse. O motivo de eu estar dizendo isso é porque a historia base do livro é o caso de Loksat. Sei o quanto essa investigação transformou nossas vidas, ao escrever procurei mascará-lo ao máximo, contudo por mais que mude nomes e alguns detalhes, a essência está lá. Você reconhecerá ao ler. E-eu tenho um draft se quiser avaliar e… - ele viu o semblante da esposa mudar, o sorriso desaparecer - Foi através do atentado às nossas vidas que conhecemos Johanna. Por isso considero o prequel. Nikki teria que passar pelo que você passou. Rook também. É complicado, difícil. E-eu vou entender se não quiser que eu siga adiante. Eu posso tentar convencer Gina ou oferecer outra coisa. No pior dos casos, diminuo o tempo de espera entre os livros. 
Kate olhou para a tela a sua frente. Podia ver os detalhes principais do caso Loksat alinhados em uma linha do tempo. Uma das caixas no canto direito tinha os elementos do atentado. Outra, a sequencia do hospital. Em vez do seu nome, o de Nikki. Loksat virara Asgard o que demonstrava uma certa referência a mitologia nórdica. Ela suspirou e voltou a fita-lo. 
— Tem razão, Castle. É difícil retornar a esse assunto mesmo sabendo que todas as coisas ruins que o envolviam foram superadas. É parte da nossa historia pessoal. Nossa vida. Não é ficção. Ambos sofremos todas as consequências desse caso. Quase perdemos um ao outro. No entanto, por ser uma historia verídica é também importante. Escrever algo baseado em fatos da vida real sempre foi a essência dos livros de Nikki. Por que esse seria diferente? E sem esse caso, não conheceríamos Johanna.   
— Está dizendo que devo escrevê-lo? Não quero que se sinta na obrigação de concordar, Kate. Você irá ler a historia e sei que vai mexer com você, mexe comigo também. Tem certeza? 
— Sim, babe. Não preciso ler seu draft. Confio no escritor. Escreva. Troque nomes, informações, nós não podemos ter medo do passado. Isso é parte da nossa historia, por causa dele nós abrimos outro capitulo da nossa vida. Talvez seja uma daquelas partes imperfeitas ainda assim é valida. Além do mais, esse caso é um autêntico Nikki Heat - ele acariciou o rosto dela. Beijou-lhe os lábios. 
— Minha sempre destemida, Nikki. Minha musa. Kate, você fez outra vez. Provou o quanto é extraordinária. Eu te amo, por tudo. 

— Eu também, babe. Always - ele a puxou contra seu corpo e retribuiu as palavras com um beijo apaixonado. Ficaram vários minutos de testa coladas. Beckett acariciava a base da nuca do marido fazendo movimentos circulares a exemplo do que sua mãe fazia com ela até tomar a iniciativa e puxa-lo em direção ao quarto. 


Continua...

5 comentários:

Gessica Nascimento disse...

Uau...
Nunca me canso! É bom demais! 😍😍
Adoro quando nosso casal fica nessa de conversa... é tão doméstico e gostoso de ver...Adoro!!❤❤

cleotavares disse...

A Audrey é muito madura para a idade, gostei muito do Charlie, também. E aí D. Joh, casa logo, mulher!
Quando penso que a Kate vai ficar entediada, ela me sai com uma pizza, e que pizza em gente!. hahaha.
E nosso Castelinho, não é mesmo um amor, sempre preocupado com a sua esposa, sobre o caso Loksat.

Unknown disse...

Nossa simplesmente impressionante como a cada fins você ser supera.
Cada momento dos nossos casais ficam cada vez mas nítido cumplicidade e o carinho que um tem pelo o seu parceiro e isso é incrível.
Sem dizer de Andrey é uma menina formidável e bem sensata pela idade.
Ps. Curtido Cada vez a cada fins suas louca pra vê, o que vai acontecer na demais fins principalmente numa que está demorando pra postar a continuação o caso Logar .
Desculpem por mistura os comentários mas sinto necessidade de saber o que vai acontecer nessa fins também, sem dizer na outra fins sobre Stanathan 💞💞💞💞💞💞💞💞💞💞💞💞💞💞

rita disse...

Cada vez melhor!! Amei a guerra de farinha e o fim que teve! Os dois se amando e mostrando que nada vai interferir no relacionamento. Que bom ler fics assim, para nunca deixar cair em esquecimento a série que tanto amamos, porque embora tenha terminado está viva em nossas mentes e corações.

Vanessa disse...

Eu to nessa maratona S9, e ainda to entorpecida pelo capitulo anterior.

Aquelas manhãs preguiçosas não é? To rindo porque até nisso eles parecem caskett. Malditos telefones hahaha
Audrey surtou ao ver o anel hahaha
Joh explicando sobre o enel para filha.
Johanna toda boba vendo a filha falando francês. Mãe coruja em ultimo grau hahaha
Temos mais Charlie.
Paul lembrando de Castle? Essa amizade ta indo muito bem hahaha
E de Kate tb.
O ultimos conselhos de dona Johanna. Sabe que pensei na em JB agora, tenho certeza que ela faria o mesmo pela Kate.
Tb adorei Paul se referindo a Joh como "minha mulher" haha
Joh tocando naquele assunto e deixando Audrey vermelha hahaha
"Promete que espera até la" hahahaha
Paul bancando o pai assustador com Charlie hahah
E dando todo carinho e tempo pra Joh ter o seu momento. E ainda falando de mudanças.

Voltemos para NY.
Kate decidindo matar o tedio cozinhando. Nunca imaginei ver ela com a mão na massa assim, literalmente e artesanalmente.
Que bagunça e só piorou com a presença de Castle. Embora tenha ficado mais sexy tb.
Eu ja to pensando que ou Lily vai chorar ou Martha vai chegar hahahahaha
Que milagre que nenhum dos dois aconteceu hahaha
Eu tava empolgada com a massa, mas o esforço foi recompessado muito bem para Kate. E Castle ficou com a sobremesa hahaha
E as luluzinhas vão se reunir. Adorooooooo!
Amo como Kate demonstra estar preocupada e interessada, como amiga mesmo. E ainda dizendo que gosta de ver ela feliz. E vamos para a parte pervertida da viagem hahahah
Sabia que Kate ia surtar com o anel e cutucar Joh para mudar logo o anel de mão hahahaha
E agora Joh quis saber de Kate. Adoro isso, essa mão dupla. Kate tinha que provocar de novo pra ela mudar o anel de mão logo hahahaha
KB shipper é lindo de ver hahahahah
Ela contando a Castle e as provocações hahaha
Assunto serio sobre o livro. O jeito que ele apresentou a ela a ideia e deixando claro que ela quem decidia. A maneira como ela se importa com os sentimentos dela é emocionante.
E essa mulher me mata, não so aprovando como apoiando e dizendo que confia no seu escritor. Chorei!
Declarações de amor, beijos e testas coladas. E sabemos o que vem depois...
Muito amor! kah, vc me mata!

P.S Sabe que to postando comentários agora, mas ja li faz tempo ne. haha