sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

[Castle Fic] A (Im)Perfect Love Story - Cap.35


Nota da Autora: E saiu mais um capitulo. Nele veremos interações de casais, momentos familia e uma amizade se estreitando. Sem esquecer de um momento fofo do nosso casal favorito demonstrando respeito e devoção, ah! A quem estou enganando? Tem dos dois casais (sorry, eu amo o casal Grey's Anatomy). Obrigada pelos comentários e um thx especial para minha gamer Aninha! Divirtam-se! 



Cap.35  

Finalmente Johanna e Paul tinham dois dias de folga juntos. Isso não acontecia desde que voltaram de Pais. Quem diria, já se passaram duas semanas. Cansados após um longo plantão, os dois não viam a hora de chegar no apartamento. Johanna intimara o namorado a escolher uma garrafa de vinho que trouxeram de Nice, separar as taças e pedir comida de um restaurante italiano que ficava a dois quarteirões de casa. Tudo isso enquanto ela tomava um longo banho. Paul realmente não se importava com o desejo e as exigências da namorada. Ele iria curtir igualmente o vinho e o jantar. Além do mais, estava cansado demais para cozinhar. Mais tarde, podia inclusive rolar um bonus por conta disso. 
Ao chegarem no prédio, o porteiro da noite os cumprimentou sorrindo. 
— Dr.Gray, o Mark mandou avisa-lo que sua encomenda chegou. Ele ficou com receio de deixar aqui na portaria então usou a chave extra para entrar no apartamento. Tudo bem? 
— Claro! - Paul disse sorrindo. 
— De que encomenda ele está falando? - mas Paul não respondeu à namorada seguindo para o elevador - Paul? Eu perguntei algo para voce, que encomenda? 
— Joh, voce vai ver… - ao abrir a porta do apartamento, ele se deparou com a caixa da Amazon. Como uma criança reage ao presente no dia de natal, Paul rapidamente abriu a embalagem usando a própria chave de casa retirando de dentro dela a caixa do PS4. 
— Sério? Um videogame, Paul? 
— Amor, eu mereço. Já disse que o jogo não será mais importante que voce, mas acho que um pouco de diversão não faz mal a ninguém. E voce ouviu que faz bem, ajuda com o stress. E pode ser um ótimo passatempo para eu e Castle. 
— Apesar de não acreditar nessas conversas de experimentos porque são palavras de outros amantes de jogos, vou deixar passar dessa vez. Com uma condição: esse dois dias voce não toca nisso. É a nossa primeira folga decente juntos, moreno. Promete? - Paul olhou para a namorada e depois para a caixa do videogame. A expressão em seu rosto não escondia o quanto estava debatendo consigo mesmo, ainda ansioso para testar o novo brinquedo, ele suspirou e cedeu. 
— Tudo bem. Será como voce quiser, Joh. 
— Ótimo! Então vá providenciar o nosso jantar. Eu vou tomar meu banho. 
A promessa foi mantida, eles jantaram, beberam e acabaram na cama. 

XXXXXXXX

No dia seguinte, Castle estava no escritório se organizando para os próximos passos de seu livro. Ele tivera uma reunião com Gina na manhã anterior quando lhe entregara mais seis capítulos e comentara que o livro prequel estava de pé. Gina comentou que diante dessa novidade, ela pensava em lançar o primeiro livro em dezembro para aproveitar as vendas de natal. Castle aprovou já que estava na ultima fase do romance. Um mês e ele teria completado o primeiro livro da trilogia. 
Agora, ele contemplava seu próprio cronograma. Tinha definido a parte das sequências de cenas que iniciariam o segundo volume da trilogia, também escrito um draft com a espinha dorsal do thriller. Queria inicia-lo ao fim de outubro para adianta-lo. Gina ainda teria que confirmar se lançaria o prequel antes dele. O que lembrara Castle de outro ponto importante. Precisava conversar outra vez com Johanna sobre a parte médica do seu caso e de Kate no prequel. iria precisar da ajuda de Paul também. Talvez devesse consulta-los sobre a melhor data para fazer essa consulta. Estava pensativo quando Beckett surgiu a sua frente com a filha no colo. 
— Hey, daddy… você entregou seus capítulos no prazo. Que tal largar um pouco esse livro e dar um passeio comigo e a mamãe? - ele reparou que a menina estava arrumada. Vestia o body da mulher maravilha. 
— Como minha princesa está linda! Tudo bem, acho que vocês tem razão. Vamos passear por Nova York - ele fechou o notebook. Levantou-se da cadeira e beijou a testa de Beckett - vou trocar de roupa. Onde vamos? Confesso que estou com vontade de tomar um sorvete. 
— Por que não? - Castle se arrumou e meia-hora depois eles deixavam o loft para curtir um tempo em familia. Foram até uma sorveteria italiana e conforme era de se esperar, ele não se contentava com uma casquinha. Pediu logo um mega sundae. Beckett apenas sorriu balançando a cabeça, afinal exagero era uma das características mais marcantes de seu marido. 
— E depois a formiga sou eu… - disse Beckett segurando sua casquinha com uma bola. 
— Qual o sabor que escolheu, Beckett? 
— Strawberry cheesecake. 
— É, morango é sua marca registrada. Hoje quando estava trabalhando, para sua informação estou adiantando o prequel. Eu pensei que poderíamos contatar Johanna e marcar algo. Quer dizer, eu posso fazer a minha reunião com ela a exemplo do que fiz das outras vezes, porém não será apenas ela que vai me ajudar. Paul foi meu médico, precisarei de alguns imputs dele também. 
— E qual é a sua ideia? 
— Um jantar? Um fim de semana nos Hamptons? 
— Acho que os Hamptons é um pouco demais. Eles se ausentaram recentemente. Posso ligar para Joh e perguntar quando é a próxima folga deles - Castle ficou olhando para ela - o que? Agora? 
— Sim, você mesma disse da outra vez que o cronograma deles é complicado. Quanto mais cedo soubermos da sua disponibilidade, mais fácil posso me programar - ela colocou a filha no carrinho e pegando o celular, discou o numero de Johanna. 
O ritmo era pesado. Eles corriam por quase uma hora agora. Paul disse que precisavam do exercício depois de todas as extravagâncias de Paris. Para Johanna, era apenas um pretexto para fazê-la suar e dar inicio a outras coisas. Era assim todas as vezes que corriam juntos, acabavam a sessão de exercícios na cama simplesmente porque ela não conseguia resistir em agarra-lo. Paul sabia disso, fazia de propósito. 
Ela sentiu o braço vibrar. Mantinha apenas um dos lados do fone no ouvido para que continuasse trocando ideias ou palavras com o namorado. Alguém estava ligando. Fez sinal indicando a Paul que precisava parar. Ela não esperava que fosse do hospital, mas nunca se sabe. Diminuiu o ritmo e parou. A respiração pesada. Ao checar o display viu o nome de Kate. Sorriu retornando a ligação. 
— Hey! Você estava ligando… - ela sabia que soara cansada e ofegante. 
— Ops! Atrapalhei algo? 
— Não… não, correndo… no Central Park. Estou… tentando… recuperar o fôlego - ela sentou em um banco no meio do caminho. Paul aproveitou para se alongar. Johanna bebeu um pouco da agua na garrafa e tornou a falar - o que você conta de novo, Kate? 
— Na verdade, não sou eu. É Castle. Ele está escrevendo em ritmo frenético eu diria e pensou que podia contar com você para uma nova sessão de perguntas e respostas. 
— Claro. Não vejo problema. Ele tem um prazo? 
— Não necessariamente. Nós estávamos pensando que em vez de vocês se encontrarem em algum lugar, podíamos jantar juntos. O que acha? Os quatro. Claro que teria que ser quando você e Paul estivessem disponíveis. 
— Por mim, tudo bem. Estavam pensando no loft ou querem sair? 
— No loft mesmo. Se vocês não tiverem nenhuma objeção quanto a isso. 
— Um minuto, Kate - ela colocou a ligação em mudo e se dirigiu ao namorado - Castle quer minha ajuda para escrever outra vez, um daqueles encontros só que Kate está sugerindo que seja um jantar no loft para nós quatro. O que acha? 
— Quando? 
— Acredito que isso dependa de nós. Terá que ser um dia que eu e você estejamos de folga. 
— Amanhã. Por que ao invés de irmos ao loft, eles não veem até o nosso apartamento? Faz tempo que não fazemos isso. A menos que você não queira cozinhar… 
— Eles tem a menina. Não sei se Kate tem com quem deixar Lily ou se vai querer traze-la. 
— Pode deixar com a vó, não? - Johanna olhava para o namorado. Esse interesse de Paul em oferecer um jantar tinha segundas intenções. Mesmo assim, ela acabou concordando. Fazia tempo que não recebiam os amigos para uma noite de diversão no apartamento. Tirando o telefone do mudo, ela respondeu para a amiga - ainda ai, Kate? 
— Sim, o que aconteceu? 
— Nada. Eu estava checando com Paul quanto a nossa disponibilidade. Estamos de folga até amanhã e ele sugeriu que vocês viessem jantar conosco. Isso se tiverem alguém para olhar Lily, mas se precisarem traze-la com vocês não será um problema. 
— Acho que posso pedir para Martha ficar com ela por umas três horas. Tem certeza? Vai cozinhar para nós na sua folga? 
— Não é sacrifício algum. Sete horas está bom para vocês? Pode dizer para Castle que se quiser trazer seu notebook, papel, enfim fique à vontade para a chuva de perguntas. 
— Ótimo, vou dizer a ele. Pode voltar para sua diversão. Até amanhã, Joh. 
— Hey! Eu estava correndo! - mas Kate já desligara. Ela olhou para o namorado que parecia muito satisfeito com a decisão do jantar. Podia ver um sorrisinho vitorioso no canto dos lábios. Ele sentara-se ao seu lado, pegou a garrafa e bebeu um pouco da agua - o que você está fazendo? Nem está suando mais. Mexa esse traseiro, vamos correr de novo. 
— Por que? Antes de Kate ligar você estava reclamando que devíamos parar, que eu estava exigindo demais de você… o que mudou? 
— Primeiro, voce nao está mais suado como antes. Está relaxado. Segundo, não pense que eu não entendi o que você pretende com esse jantar, Paul. Não nasci ontem. 
— Não sei do que você está falando… 
— Tão inocente. Vamos correr agora ou não vai ganhar o bonus depois - rindo, ele se pos de pé e voltaram a correr. Uma hora depois, o óbvio aconteceu. Eles acabaram na cama.  
No dia seguinte, por volta das sete horas Castle e Beckett chegavam ao apartamento de Paul. Antes de bater na porta, ela se viu na obrigação de alertar o marido. 
— Castle, se comporte. E não mencione o anel de Johanna. É um assunto delicado - ela suspirou. No fundo, sabia que não devia esperar muito do marido. Ao entrarem no local, Beckett foi logo elogiando o cheiro do ambiente. 
— Hum, está cheirando bem. Parece hortelã e tomilho, algo assando. 
— Acertou, Kate - gritou Johanna da cozinha - estou fazendo o cordeiro que prometi a você desde o fim de semana nos Hamptons, lembra? Antes tarde do que nunca. 
— Nossa! Já me deixou com agua na boca. 
— Por favor, sentem-se e fiquem à vontade - disse Paul - aceitam um vinho tinto? Whisky? 
— O que voce está bebendo, Paul? Se for whisky, eu tomo com você. 
— Eu prefiro o vinho, obrigada. Vou inspecionar o que Johanna está fazendo - aproveitando que ele e Castle ficaram sozinhos, Paul serviu o whisky e comentou. 
— Eu tenho novidades. Comprei finalmente o PS4 - vendo que Castle já ia comemorar o feito, ele levou o indicador aos lábios - chegou anteontem e Joh não deixou eu abrir a caixa porque era a nossa primeira folga juntos. Vou precisar da sua ajuda hoje à noite para instalar esse negócio. A caixa está atrás daquela mesa de apoio próxima a tv, só para você saber. 
— Não se preocupe, de hoje não passa. Confie em mim - Castle piscou para Paul que foi até a cozinha providenciar o vinho para Kate. Encontrou as duas mulheres conversando sobre o jantar, Kate estava interessada no preparo do cordeiro e Johanna dava dicas à amiga. 
— Voce está atrasado, Paul. Já servi a Kate com o vinho. Não vai demorar muito para jantarmos, que tal irmos para sala petiscar um pouco? Traga seu vinho, Kate - Johanna sai da cozinha segurando sua taça e uma bandeja com um babaganuche e torradinhas. Sentados no sofá e nas cadeiras da sala, eles conversavam animadamente. Castle estava se contendo para não comentar sobre o anel no dedo de Johanna. Claro que a lingua dele, por ser maior que a boca, não perdoou. Primeiro ele simulou várias piscadas. 
— Algum problema, Castle? Tem algo em seu olho? - perguntou a médica. 
— Não, eu só estou incomodado com o diamante na sua mão. Isso pode cegar alguém, Johanna. 
— Castle! - na mesma hora, Beckett o repreendeu. Ela havia alertado o marido para não tocar no assunto, mas ela conhecia muito bem a peça para achar que ele a obedeceria. 
— Paul me deu de presente em Paris. Algum problema? 
— Pelo contrario, isso é ótimo. Teremos um casamento pela frente. 
— Castle! - Beckett reparou que Paul ficara sem graça, começava a ficar vermelho. 
— O que? Estou apenas conversando! Isso é um anel de compromisso, posso inferir que Paul fez a pergunta, não? 
— Não que seja da sua conta, Castle, mas como disse, foi um presente. 
— Paul, meu amigo, você ama muito essa mulher. Não se dá um diamante desses à toa. 
— É claro que não foi à toa, Castle. Que coisa! - disse Beckett fulminando-o com os olhos - será que podemos mudar de assunto? 
— Podemos falar do que vocês quiserem - disse Castle - eu apenas não posso concordar que diante de algo importante eu não possa dar minha opinião. Eu sei que Paul a ama, estava sendo enfático.— Johanna prevendo que o tempo pudesse fechar entre os dois, mudou de assunto. 
— Qual dos dois irá me dar noticias da minha afilhada? - Castle falou empolgado de como Lily estava ficando linda a cada dia e engordando. Beckett confirmou sorrindo. 
— Puxou para o pai, segundo Martha. Nem sei como será quando eu voltar ao trabalho em algumas semanas. 
— Isso não é problema. Como capitã você pode fazer seus horários, ir almoçar em casa e amamentar sua filha. Vai dar um jeito. Em ultimo caso, o super pai Castle pode leva-la até você. Imagino que será você quem irá ficar com ela quando Kate voltar à ativa, não? 
— Não necessariamente. Eu e minha mãe. Com a correria do livro, vamos nos revezar. Sem esquecer que eu também trabalho no 12th. A capitã precisa dos meus conselhos e insights, não vamos esquecer das teorias fora da caixa. 
— Você quer dizer malucas. 
— isso, finge que desdenha. Você sabe quantos casos eu ajudei a solucionar com as minhas supostas teorias “malucas” - ela inclinou-se e beijou os lábios do marido. Johanna checou o relógio. 
— Castle, como você quer fazer com as perguntas do livro? Antes ou depois do jantar? Trouxe suas anotações e seu notebook, imagino. Mais cinco minutos e o cordeiro está pronto. 
— Eu prefiro que conversemos um pouco durante o jantar e concluímos o resto depois. Eu estou com fome e pensar em trabalho de estômago vazio não é muito bom - eles riram. Johanna se levantou. 
— Deixa eu ver se já posso saciar sua fome, Castle. Trabalho depois - Paul disse que ia buscar a garrafa de vinho para encher a taça de Kate. Dez minutos se passaram e eles finalmente estavam sentados à mesa para saborear a refeição preparada por Johanna. Paul não deixou de enaltecer a namorada. 
— Joh, você se supera cada vez que faz esse prato. Esse seu cordeiro é muito bom. 
— Tem razão, Paul. Está delicioso mesmo, super suculento. Eu nem me atrevo a fazer. 
— Não é tão difícil, Kate. 
— Acho que já posso comentar sobre o livro, não? 
— Ah, por favor! Você já terminou o primeiro? Vai começar o segundo? É por isso que quer minha ajuda? 
— Hey, Joh… vai devagar… - Beckett riu da empolgação da amiga. 
— Ah, Kate! Deixa eu surtar um pouquinho. Não vejo a hora de ler. 
— Eu estou finalizando o primeiro livro, mas Gina já decidiu que será lançado em dezembro. Não vou mentir, eu tenho o esqueleto do segundo volume desenvolvido. Faltam detalhes. Comecei os dois primeiros capítulos. Na verdade, eu e Kate discutimos e apresentamos uma outra solução para Gina que está ávida para publicar os outros dois. Ela queria diminuir o tempo para seis meses o que fui completamente contra, depois tentou dez meses. 
— Não! E a excitação de se esperar pela continuação? Toda trilogia tem um espaço de um ano entre seus volumes. Você a convenceu, certo? Ela mudou de ideia? 
— Um pouco. Eu ofereci um outro livro entre os dois volumes para ser entregue e lançado em dez meses após o primeiro. Isso não é problema para mim como escritor porque eu já tenho um draft e capítulos escritos. Trata-se de um prequel para a trilogia. Irei contar como Johanna apareceu na vida de Nikki por assim dizer - ele olhou para esposa - eu obtive a permissão de Kate para contar sobre o caso de Loksat e a nossa experiência de quase morte agora como Nikki e Rook. 
— Wow! Isso é grande! Vocês vão contar uma historia pessoal e delicada. É preciso coragem - ela olhou para a amiga sorrindo. 
— Castle irá trocar algumas informações, mudar a linha de investigação para não ficar tão óbvio que se trata de Loksat. É pessoal, é delicado, uma parte de nossa historia com imperfeições, mas que nos trouxe até aqui. Se não fosse por ela, não estaríamos sentados à mesa juntos saboreando esse jantar maravilhoso. Tudo nesse caso grita Nikki Heat. 
— Tem razão. Esse caso ajudou a todos nós, de uma maneira ou outra a encontrar nosso caminho, trilhar por novas estradas. Bem colocado. Um brinde a isso - ela ergueu a taça e os demais a seguiram, não conseguia conter sua empolgação - Então são quatro livros de Nikki e da doutora Marshall? Wow!  
— Sim. Como você sabe, a parte médica será muito importante com toda a angústia que se seguirá no hospital enquanto Rook espera Nikki acordar. E dessa vez não será apenas a sua ajuda, Johanna. Precisarei de Paul. Ele foi meu médico. 
— Claro! Voce não vai se negar a ajudar, Castle, vai moreno? - Paul sorriu. Viu nisso a possibilidade que estava esperando. À principio não respondeu porque Johanna não conseguia parar de tagarelar - eu precisarei pegar as fichas de vocês no hospital. Há detalhes que não me lembro completamente e queremos que seja o mais acurado possível. Amanhã posso procura-los e enviar ao meu email pessoal. Você vai deixar Nikki em coma o mesmo tempo que Kate? Ou vai tentar amenizar a historia para os seus leitores? 
— O mesmo período, talvez eu diminua. Irá depender da evolução da historia realmente. Claro que mudarei algumas coisas. Por exemplo, Rook não pode ler os livros para Nikki. Ele irá relembrar casos e momentos entre eles. 
— Posso ser sincera? Eu acho que o prequel foi uma excelente ideia e acredito que acabará se tornando meu Nikki favorito. Espera, se você vai falar do hospital, do período que vocês estiveram internados, isso significa que irá criar um personagem que represente Paul? Viu isso, moreno? Parece que eu não serei a única a ficar famosa.  
— É, quanto a isso… eu sei que Paul não gosta de exposição e certamente não gostaria de ter seu nome vinculado à historia. Eu estava pensando em fazer de você a médica dos dois ou no máximo colocar um outro médico auxiliando-a durante o caso, a menos que Paul queira estar no livro. Aliás, você ainda não me respondeu se está disposto a me ajudar nisso - Castle estava abrindo novamente o precedente para a discussão com Paul. 
— Tem razão, Castle. Eu não quero ser um personagem na historia. 
— Espera, isso quer dizer que a Dr. Marshall não terá um parceiro? 
— Joh, a historia não é sua. É de Nikki, amor - Paul acariciou a mão dela sobre a mesa. 
— Ah, é verdade. Desculpa. 
— Tudo bem, Joh. Eu sei que é difícil não se empolgar. Querer viver a historia. Nem todos tem o autocontrole de Kate, pelo menos na minha frente porque quando está sozinha ela surta com os livros. 
— Não faço isso! 
— Não? Ela tem tanta saudades das historias que relê os livros na madrugada. Não negue. Havia uma copia de Heat Wave na sua cabeceira outro dia - Johanna ria. Era engraçado observar a dança entre os dois. Sempre se implicando, apertando os botões um do outro. 
— Acho melhor você parar ou pode se arrepender mais tarde… 
— Oh… alguém entrou em uma zona de perigo… - comentou Johanna jogando mais lenha na fogueira. A cara de Castle foi impagável. Ele virou o copo de vinho de uma vez. 
— Ok, podemos focar no trabalho por enquanto? Paul, você dizia que não quer um personagem… - ele fazia sinais com as sobrancelhas para o amigo e apontando na direção do videogame, querendo introduzir a deixa do jogo. 
— Exato. Não quero ser um personagem. Contudo, não vejo problemas em ajuda-lo a colocar os fatos de maneira correta. Joh, está certa quanto aos prontuários. Terei que rele-los. Para quando você quer a nossa avaliação? 
— Amor, não é uma avaliação. Você precisa responder perguntas para Castle. O que aconteceu, o que é possível. Se alguma ideia dele tem cunho cientifico, essas coisas. Não se trata apenas do diagnostico. 
— Sim, eu tenho algumas perguntas prontas no meu notebook e nos rascunhos caso concordem em responde-las depois do jantar. 
— Eu estou inclinado a ajuda-lo, Castle, se você também me ajudar com outro assunto. 
— Do que você precisa? Tickets para o Knicks? Minha Ferrari emprestada por um dia?  - Paul olhou intrigado para o escritor, Beckett foi quem explicou. 
— Você terá que perdoar Castle, Paul. Esses são geralmente o tipo de favores que os rapazes na delegacia exigem para ajuda-lo. Ele esquece que está lidando com um médico sério e não detetives facilmente impressionáveis. 
— Foi mal - Castle se desculpou. 
— Tudo bem. Talvez o meu favor soe um pouco fútil também. Eu posso ajuda-lo em seu livro se você me ajudar a instalar o PS4 que comprei e me ensinar a navegar por ele, jogos, comandos básicos, configurações, essas coisas… - Johanna estava boquiaberta olhando para o namorado. Não acreditava no que ouvia. 
— Filho da mãe! Primeiro o pretexto do jantar e agora isso? Você me enrolou direitinho não, moreno? - ele sorria - e isso é sua culpa, Castle. Perdemos nossos parceiros para o videogame tal qual você me alertou que aconteceria. 
— Não seja tão exagerada, Johanna. Ele só me pediu ajuda para instalar. 
— Como se você não fosse usar isso como desculpa para ficar jogando - disse Beckett rindo - relaxa, Joh. Deixa as crianças se divertirem um pouco. No fim do dia, eles acabam voltando para a nossa cama. 
— Eu gosto bastante dessa ideia… - disse Castle acariciando a perna de Beckett - Paul, temos um acordo. Após o jantar, eu instalo seu PS4 enquanto as nossas mulheres fofocam e providenciam a sobremesa e depois, os dois podem responder minhas perguntas. 
— Hey! Você disse bem. Somos suas mulheres não suas empregadas - disse Beckett - nós iremos curtir a sobremesa sozinhas enquanto vocês curtem os joguinhos - ela virou-se para a amiga cochichando - Joh, você tem uma sobremesa, certo? Esse meu discurso de ameaça não está sendo em vão, está? 
— Não, pode ficar tranquila. Eu preparei uma mousse de café com chocolate. Acho que você vai gostar muito. É uma receita nova, Kate. Alguém quer mais cordeiro? 
Não podendo lutar contra os dois marmanjos, Johanna e Kate acabaram se contentando em passar um tempo sozinhas. Serviram-se da sobremesa e foram para o quarto do casal. À sós, Johanna comentou. 
— Ele está tentando ver o jogo desde anteontem. Eu não deixei. Realmente não me importo, se ele gostar por que não? Apenas não quero que ele pense que tem domínio. Estou mantendo a rédea curta. Como estou me saindo até agora? 
— Muito bem. Sério, Joh. Eu faço toda essa cena porque sei o quanto Castle pode se distrair com jogos. Não é o caso de Paul. Ele é centrado, responsável. Castle é na maioria do tempo um verdadeiro moleque de 9 anos. No fim, toda essa tensão se transforma em um jogo de sedução entre nós. Bem interessante, por sinal. 
— E você acha que eu não sei? - elas riram. 
— Joh, desculpa mais cedo pelo jeito de Castle com o anel e o lance do casamento. Ele é impossível! Não consegue se controlar. Não quero que o Paul fique chateado. 
— Esquece, Kate. Paul sabia o que esperar quando me deu o anel. Quer dizer, é a coisa certa de se inferir. Johanna e Paul estão noivos ou irão casar. Ele não é o primeiro nem será o ultimo a levantar a questão. Passamos por algo semelhante no hospital. 
— E você ainda não se decidiu em aceitar o óbvio? 
— Não… e não me pressione! Posso perguntar algo para você? - Kate anuiu achando que ela iria perguntar sobre proposta de casamento - você está bem com esse lance do livro? Com Castle remexendo em velhas feridas? Foi um caso muito difícil para você, não? 
— O segundo mais difícil da minha carreira. Está empatado com o serial killer que enfrentamos. O primeiro foi o da minha mãe. Castle de certa forma retratou o caso de minha mãe através de Nikki. De forma diferente, ele criou uma nova investigação, uma historia de fundo que não era a real, mas a emoção, as dúvidas de Nikki? Essas sempre foram verdadeiras, como as minhas. É por isso que concordei. Quero que essa parte das nossas vidas seja apenas uma lembrança no passado que nos ajudou a crescer. Nos tornou mais fortes. 
— Isso já aconteceu, Katie. Você e Castle evoluíram. O amor de vocês cresceu e olha onde chegaram? São uma familia, criaram novas amizades. Eu serei eternamente grata por esse caso ter me colocado em seu caminho. 
— Eu também, Joh - a médica não resiste e abraça a amiga. Repete o gesto de outras vezes, o carinho na nuca. Ao se separar, Beckett percebe que ela tem lágrimas nos olhos. 
— Ok, chega de momentos emotivos. Enquanto as crianças se divertem no videogame, deixa eu mostrar para você o que a minha outra criança anda aprontando - ela pegou um iPad sobre a cabeceira da cama, digitou alguns comandos - acredita que Audrey criou um site e um canal no Youtube onde ela ensina receitas e aprende também? Ela escolhe algo para fazer e se filma enquanto faz. Não sei onde essa menina vai parar. Essa sobremesa que você está comendo foi ela que fez. Eu peguei a receita no blog dela. Não é o máximo? 
— Olha para você… mamãe coruja e orgulhosa! O que mais ela ensina ai? - Johanna prontamente fez o tour pelo blog com Kate. Enquanto as duas navegavam pela internet, um novo mundo se abria para Paul na sala do apartamento ou assim foram as palavras de Castle. 
O escritor instalou o videogame e o configurou ensinando passo a passo como ele podia altera-lo, o que cada botão significava, inclusive habilitou a opção de jogar online cadastrando sua conta no aparelho de Paul. 
— Paul, meu amigo, uma vez que você pegar o jeito vamos nos divertir bastante. PS4 tem muitos jogos clássicos. Esse veio com GTA. Corrida de carros. Divertido e sem stress. Aposto que se voce amansar a fera Johanna com carinhos ela é capaz de jogar com você. 
— Por acaso voce já tentou fazer isso com Kate? 
— Não, o problema de Beckett é que ela é muito competitiva e tem ótimos instintos, além de uma mira incrível. Eu estaria ferrado competindo com a capitã. Só não diga a ela que eu confessei isso - Paul riu - voltando aos jogos. clássicos como Call of Duty, Final Fantasy, Assassins’ creed… ah! Tem também Tomb Rider, The last of us e Overwatch. 
— Espera, todos esses jogos que você citou envolvem matar? 
— Meu caro Paul, quando voce estiver no mundo dos videogames terá que esquecer o juramento que fez de salvar vidas. Aqui é cada um por si, nós matamos, exterminamos, tem muito sangue, mas salvamos nações, reinos, planetas. É um mundo fantástico! Como está tudo pronto, que tal testarmos? Não tem graça em instalar e não testar! Você foi inteligente comprando um controle extra e outros jogos. 
— É eu conversei online com o vendedor e ele me indicou esses, você mencionou também. Acho que acertei. 
— Sim, além de GTA, você tem Call of Duty e The last of us. Nada mal. Se você é um nerd retrô como eu eventualmente terá algo do Super Mario, Zelda, mas isso é para mais tarde. Vamos jogar. Esquentaremos com GTA depois iremos para os jogos de gente grande. 
No quarto, Johanna estava adorando o jeito que Kate parecia bastante interessada nas aulas de Audrey. Fez algumas anotações em seu celular e gravou o endereço do blog. Podiam estar se divertindo, contudo o tempo estava passando e ela estava curiosa para ver como os dois marmanjos estavam se virando. Paul e Castle nunca ficaram tanto tempo juntos assim. 
— Kate, eu sei que você está adorando assistir os videos de Audrey, mas você não acha que deveríamos checar o que aqueles dois estão aprontando? Até onde me lembre, o propósito desse jantar era responder perguntas para a pesquisa do livro de Castle. 
— Tem razão. Se não o lembrar disso, ele provavelmente se perderá no jogo. Vamos - a cena era bem interessante de se ver. Paul e Castle lado a lado vidrados na tv, apenas se ouvia o barulho das teclas dos controles e alguns grunhidos. Elas se entreolharam. De repente, uma conversa. 
— Sai dai, Paul! Vá para a esquerda suba a escada, fique no andar de cima. Temos que abrir aquela porta. 
— Você tem uma chave? 
— Não! Você tem que lutar com o inimigo para conseguir. Derrota-lo. Mexa-se… não! E você morreu… 
— Desculpa? - Kate suprimiu uma risada diante da reação de Paul. Foi Johanna quem falou primeiro. 
— A festa parece estar muito boa por aqui, não? 
— Oi, Joh… Castle estava me mostrando alguns truques do jogo. 
— É apenas uma demonstração rápida - Castle respondeu olhando para Beckett como quem procura se justificar. 
— Rápida de duas horas? 
— Não, amor. Eu tive que instalar tudo, fazer download, cadastro. Começamos a jogar faz meia hora. 
— A demonstração acabou. Pensei que você tinha perguntas para nos fazer… não foi isso que o trouxe aqui? - perguntou Johanna trocando um olhar rápido com Kate. 
— Er… sim, claro! Deixa eu pegar meu notebook. 
— E eu vou me servir de mais sobremesa - disse Beckett fazendo um hi-five discreto com a amiga - alguém quer também? 
— Eu aceito - disse Paul - melhor, vou ajuda-la a servir para todos. 
Eles tornaram a sentar-se no sofá. Castle estava de posse do seu notebook e tinha uma lista de perguntas para os médicos sendo as principais qual a condição que eles chegaram no hospital e quais foram suas primeiras ações. Ele queria escrever essa cena com precisão. Detalhadamente a ponto do leitor se sentir dentro do hospital, na emergência com Nikki e Rook. Eles responderam as perguntas, um médico de cada vez já que as percepções de ambos eram diferentes. Castle anotava tudo o que podia ao mesmo tempo que tinha o gravador no telefone ligado, capturando cada palavra. 
Kate ouvia as explicações e tentava se transportar para o momento. Ela não conhecia esse lado da historia. Nenhum dos dois. Também não sabia que Johanna e Paul brigaram enquanto tentavam salvar as vidas deles. Era muita informação. De repente, Beckett se sentiu sugada para dentro do momento, arrastada por cada segundo precioso naquele instante dos médicos. Era avassalador pensar o quanto eles se doavam em dada circunstância. As lágrimas foram inevitáveis e logo percebidas pelo longo suspiro seguido de um soluço suprimido. 
— Kate? Está tudo bem? - Castle parou a gravação. Voltou sua atenção à esposa esticando a mão para envolver a sua. Ela fechou os olhos por questões de segundos antes de responder a pergunta de Johanna passando as mãos rapidamente no rosto para se livrar das lágrimas. Era, de certa forma, embaraçoso chorar na frente deles especialmente de Paul. 
— Sim, está. E-eu não sabia que tinha sido tão difícil. Tão intenso. 
— Nem eu… - concordou Castle. 
— Vocês realmente salvaram nossas vidas. Lutaram com todas as armas - disse Beckett. 
— É o que fazemos, Katie. Nós escolhemos salvar vidas. Enquanto há vontade, há esperança. Um pequeno sopro é suficiente para nos manter na briga - dessa vez era Johanna quem alcançava a mão de Paul. 
— Não é obrigação. Nós juramos proteger, não fazer mal. É dedicação e devoção - disse Paul. 
— Nossa! Belas palavras, Paul - disse Castle - vou ter que usar isso. 
— É a verdade - o escritor voltou a atenção para a esposa. 
— Tudo bem se eu continuar ou quer que encerremos a noite? Depende de você, Kate. 
— Pode continuar, babe. Talvez a minha reação seja um pouco do que seus leitores sentirão. 
— Talvez, porém não com essa intensidade. Afinal, você passou por isso - Castle beijou a mão dela e continuou a conversa. Por mais uma hora, eles trocaram ideias e dividiram informações. Satisfeito, Castle achou por bem encerrar a noite com a promessa de Johanna que conseguiria os prontuários logo no dia seguinte. Ao se despedirem, Castle beijou Johanna e agradeceu pelo ótimo jantar. Cumprimentando Paul, ele fazia sinais enigmáticos. 
— Castle quer parar? Paul não entende sua codificação, mas eu sim. Se quer dizer algo sobre o videogame, use palavras. 
— Ah, eu não… claro! - após ver o olhar fulminante da esposa - eu só queria desejar a Paul boas aventuras e se ele precisar de ajuda, pode me contatar. Beckett revirou os olhos sorrindo. Quando abraçou Johanna, a médica percebeu que fora mais forte que o normal. Beijou o rosto da amiga e se afastou sem largar de suas mãos. 
— Obrigada por tudo, Joh. 
— Faria tudo outra vez se fosse preciso - ela observou o casal de amigos deixarem o apartamento abraçados. Encostou-se no peito de Paul e suspirou - está vendo essa cena, moreno? É uma das razões porque eu amo ser médica. 
— Eu a entendo completamente, Joh - ele a fitou e beijou-lhe os lábios - Vem, está tarde. Vamos para cama. 
— E essa bagunça? 
— Amanhã é outro dia. Eu só começo no hospital ao meio-dia. Posso cuidar disso aqui. E precisa estar bem disposta para voltar ao trabalho. Quem sabe não será um belo dia para salvar vidas, hum? - rindo, eles seguiram para o quarto.  
De volta ao loft, Beckett foi direto para o quarto da filha. Encontrou a menina dormindo no berço e Martha sentada na poltrona com um livro nas mãos. 
— Hey, querida. Vocês voltaram cedo. 
— São meia-noite, Martha. 
— Geralmente a hora que as minhas festas começam. Eu acabei de coloca-la de volta ao berço. Acordou chorando. Não era a fralda. 
— Está com fome. Será que tem problema se eu tentar acorda-la para mamar? 
— Claro que não e você não precisa acorda-la. Apenas a guie para o seu seio. Como já lhe disse uma vez, bebês são instintivos. Lily saberá que é você e logo vai mamar. Vou lhe dar uma certa privacidade. Boa noite, Katherine. 
— Boa noite, Martha. E obrigada por cuidar dela hoje. 
— É um prazer - Beckett ergueu a filha do berço com todo o cuidado, acomodou-se na poltrona. Acontecera exatamente da forma como Martha dissera. Assim que Beckett abriu a blusa e livrou-se do sutiã para colocar o seio próximo à boca de Lily, a menina se aninhou e abocanhou o seio da mãe sugando-o e abrindo os olhos para fita-la. 
— Hey, bebê. Estava com fome, meu amor? - ela acariciava os cabelinhos ralos da menina. Suspirou lembrando do que ouvira Johanna e Paul relatarem aquela noite - meu pequeno milagre… mamãe ama muito você - envolvida no momento, Kate permaneceu admirando a filha até que ela estivesse satisfeita. Colocou-a de volta ao berço e seguiu para o quarto. 
Castle havia deixado todo o seu material no escritório. Chega de trabalho por hoje. De fato, desde que deixaram o apartamento dos amigos, ele estava pensativo. A historia deles naquele hospital contada sob o ponto de vista de Johanna e Paul era mais forte do que ele mesmo imaginara. Era compreensível a reação de sua esposa. Isso o fez se questionar se estava realmente fazendo a coisa certa. Deveria afinal seguir com uma historia de fundo tão emocional? Para o leitor, ele sabia de se tratar de uma linha interessante envolvendo Nikki e Rook, angustia, tensão, eram ótimos elementos em qualquer historia, mas e quanto a vitima real? Kate estava pronta para ler aquelas palavras? Ou mesmo discutir aspectos do caso, do livro com ele sem se deixar abater pelo que tudo significava? 
Ele estava sentado na cama com o seu iPad nas mãos checando seus e-mails quando ela entrou no quarto. Beckett passou por ele calada e dirigiu-se ao banheiro. Quinze minutos depois, ela aparecia vestida em seu pijama. Ainda sem dizer uma palavra, ergueu o edredom e se enfiou debaixo das cobertas. Olhou para o marido. 
— Você fica sexy com esses óculos. 
— Não há nada de sexy em começar a perder a visão para ler… 
— Tenho que discordar - ela beijou-lhe o rosto, tirou os óculos e o iPad de sua mão colocando-os na cabeceira - chega de leitura, trabalho. Você precisa descansar essa sua mente criativa, escritor - se aconchegou no peito dele - foi um ótimo jantar não acha? 
— Sim, gosto de estar na companhia de Paul e Johanna. Nem sei como cheguei a esse ponto, mas devo admitir que me diverti muito com Paul hoje. 
— Sei, tudo por causa de um videogame… 
— Não é somente isso, foi realmente bacana passar um tempo só com ele. Você sabe, Johanna é aquele ser tagarela, cativante, sempre tem uma boa risada ou um comentário sarcástico. É o tipo de pessoa que nos acostumamos a ter ao nosso lado e nos divertimos com certeza. 
— É, ela me lembra muito você - disse Kate olhando para o marido com um sorriso nos lábios. 
— Por outro lado, Paul é o oposto. Sério, contido. É por isso que afirmo, eu me divertir com ele hoje. Acho que posso ajudar o Paul a ser mais relaxado. Johanna já conseguiu muda-lo um bocado. Talvez eu possa melhorar. Eu acho que ele gostou de jogar comigo. 
— Por acaso você vai transformar isso em uma espécie de projeto? 
— Não diria projeto, mas posso dar algumas lições para ele. 
— Se por lições você está se referindo ao videogame, tome cuidado, escritor. Algo me diz que Johanna não é tão maleável quanto eu nesse quesito. Ela tem uma filha adolescente. Deve ter algum histórico nesse departamento. 
— Paul me comentou que Audrey tem um Xbox e que Johanna não permitiu que ele usasse… 
— Alguma razão deve ter - alguns segundos de silêncio depois, Castle tornou a falar mudando completamente de assunto. 
— Kate, posso te perguntar uma coisa? Eu preciso saber - ele mexeu-se sentando na cama trazendo-a consigo. Os olhares fixos um no outro. 
— O que foi, Castle? 
— Você está confortável em deixar eu usar a historia de Loksat como pano de fundo para o meu livro? Quer dizer, eu vi como você ficou mexida ao ouvir o relato de Johanna hoje e fiquei pensando em como você se sentirá ao ler tudo o que aconteceu com você, conosco em um livro, nossa vida exposta. E-eu preciso saber. Se você disser que é uma má ideia, eu desisto do projeto. Estou falando sério - Beckett baixou a cabeça. Tomou as mãos dele nas suas e tornou a fita-lo. 
— Castle, eu lhe dei permissão para escrever. Expliquei meus motivos. O que aconteceu hoje é uma das razões porque você deve contar esse caso. Ouvir os detalhes do quanto foi difícil nos manter vivos serviu como inspiração. Loksat é mais um daqueles bandidos que merecem punição. Tem mais uma coisa que eu quero que faça para mim. Quando você escrever a dedicatória desse livro, quero que coloque uma nota informando que é baseado em fatos reais. Isso é importante. Não apenas do ponto de vista da justiça, mas também pelo lado médico. Joh e Paul salvam vidas todos os dias, porém esse é um daqueles casos que os define a exemplo do que acontece com os policiais. Comigo. 
— Tudo bem, amor. Eu tinha que perguntar. 
— Por acaso, era essa a grande decisão que eu teria que tomar nos seus livros? Lembro que você me comentou algum tempo atras que eu teria uma decisão importante no futuro de Nikki. É isso? O caso Loksat? 
— Não, embora essa tenha sido bem importante. A decisão que me referia era outra, ainda não é a hora de falarmos dela. Tudo a seu tempo, Kate. 

— Posso esperar. Fico feliz que estamos novamente na mesma pagina. Agora, vamos dormir. Você tem muito trabalho pela frente, escritor - tornaram a deitar na cama acomodando-se de conchinha para adormecerem poucos minutos depois.  


Continua... 

5 comentários:

Gessica Nascimento disse...

Uau...
Capítulos como esse é que me fazem fã de sua escrita Karen ❤❤❤❤
Perfeito! !!!🌼🌺❤❤💋💋

Unknown disse...

Simplesmente perfeito, um espetáculo .
Você sempre arrasado nas suas escritas mil vezes parabéns obrigada por nós proporciona a chance de continuar de certa forma as histórias do nosso casal lindo.
#CASKETT ALWAYS 💞💞💞💞💞💞💞💞💞

Unknown disse...

Amando sua história...te acompanhava no Nyah e quando falou que ia parar de postar lá e que ia postar somente aqui já entrei no blog....amo suas histórias! São maravilhosas. De verdade. Você escreve maravilhosamente bem.

cleotavares disse...

O casal Grey´s está cada dia mais fofo. Gosto quando a Joh bota o moreno pra suar. hahaha
Pelo jeito o jantar foi muito proveitoso para todos, e o Paul, agora caiu no mundo do Castle. Só quero vê quando os dois se perderem em uma disputa e a Beckett e a Johanna deixarem os dois de castigo. E a Beckett se emocionando, muito fofa.

Vanessa disse...

Paul parece uma criança recebendoo presente de natal hahaha
Tadinho que nem vai poder usar hahaha. Espero que Joh recompense ele bem hahaha
Castle tão empolgado e adiantado com o livro que dá ate orgulho.
Awww, eles vão passear por NY.
E mais uma reunião com os amigos, amando isso.
Eu fico aqui imaginando o casal correndo e suando e o depois. Morrendo de rir de Kate achando que ta atrapalhando algo hahaha
Claro que Paul ta louco pra mostrar o videogame para Castle ahahaha Garotos sempre serão garotos!
Kate tinha que alfinetar Joh hahahaha
Johanna ja percebeu o que o namorado quer hahaha
Kate dando recomendações ao marido que ela sabe que ele não vai ouvir hahaha
Paul mal esperou Castle entrar e ja foi falando do PS4.
Confesso que tinha esquecido do cordeiro haha São muitas emoções.
Claro que Castle falou do anel. Eu to rindo tanto de Kate tentando repreender o marido hahaha
Só Lily pra mudar o assunto mesmo haha
Nossa, Beckett ja vai voltar ao distrito. Wow! Passou rapido.
Joh me representando com os surtos sobre o livro. Parece uma certa leitora hahahaha
Joh adorou a ideia do livro, bem que Paul podia se animar e se permitir ser um personagem ne. Seria legal ela ter um parceiro.
Paul jogou direitinho e conseguiu a deixa que queria.
Amei a frase de Kate: "Deixa as crianças se divertirem um pouco. No fim do dia, eles acabam voltando para a nossa cama."
Eu adoro o clube da Luluzinha. Essas duas são demais. Joh tao lindinha preocupada com Kate em reabrir velhas feridas. E a postura de Kate é maravilhosa. Amo quando ela fala em historia imperfeita.
E elas tão fofinhas emocionais hahaaha
O clube do bolinha tb está maravilhos. Adorando Castle dizendo porque não joga com Beckett hahaha
E elas foram checar as crianças hahaha
Nossa eu imagino o quanto foi intenso ouvir dos dois como foi quando eles chegaram no hospital e toda a luta pra salvar os dois.
È compreensivel Kate se emocionar. O discurso apaixonado do casal greys foi lindo tb.
Tão fofinho Castle deixando Kate decidir se terminava por hj ou se podia continuar.
Muito emoção as duas se abraçando.
Um belo dia para salvar vidas, peguei a referencia hahahaha
Martha aparece pra divar ne hahahah
Meia noite a hora que minhas festas começam hahahaha
Kate amamentando Lily é uma das coisas mais maravilhosas de se ler.
Eu vou deixar passar a parte de ficar sexy com oculos hahaha
Amei Castle dizendo que se divertiu com Paul. Foi fofo!
Ele perguntando a Kate novamente preocupado com a reação dela e deixando claro que ela quem decide.
Kate deve amar ele mais por isso. Porque esse homem pode ser um menino de 9 anos e muito incoveniente as vezes, mas ele é tão incrivel e amoroso.
E Kate reforçando a confiança no seu escritor, o pedido dela é uma forma de honrar o trabalho deles.
Me deixa curiosa com o lance da decisão dela. E para acabar faz eles dormirem agarradinhos de conchinha.
Maldade hein haahaha