domingo, 7 de janeiro de 2018

[X-Files] Sexo, Ciumes e Hollywood - Parte II


Nota da Autora: Essa é a continuação de Sinais, diria que uma historia bem AU se considerarmos o ambiente de XFiles. Somente para diversão. Enjoy! 



Sexo, ciúmes e Hollywood  
Parte II 


Premiere do filme O Vaso de Lázaro
Hollywood  9 pm 

Mulder estava arrasado com o modo que foi retratado o caso por eles investigado. Mais ainda pelo jeito como aquele imbecil havia retratado a relação dele com Scully. Que petulância! Foi quando Scully apareceu e lhe contou que Skinner ficara tão empolgado que lhe entregara o cartão de crédito do FBI para gastarem. Saíram dali de mãos dadas, rindo e brincando como bons "amigos". 

"E aí Scully? Onde vamos começar a festa?"

"Hum, que tal um restaurante chiquérrimo?"

"Excelente escolha mas podemos fazer outras coisas...do que você está precisando ultimamente Scully?'

"Mulder a gente vai gastar com diversão, não com objetos. Tem um lugar que sempre quis conhecer aqui em Los Angeles."

"E qual seria???"

"A cobertura do Regency Bervely Wilshire, o quarto de hotel da Julia Roberts e do Richard Gere no filme "Uma Linda Mulher."

"E porque não? Você está pensando o mesmo que eu?"

Eles riram e entraram no carro rumo ao hotel. No caminho, o celular de Mulder toca.

"Mulder."

"Agente Mulder onde você está? E a agente Scully?"

"Senhor, nós estamos bem. Eu só precisava sair daquele cinema o mais rápido possível, não podia continuar vendo aquela palhaçada!"

"Mulder isso não é jeito de falar sobre o filme. Estamos numa festa oferecida pelo estúdio e todos estão perguntando por vocês."

"Senhor, sabe muito bem que eu não gosto de badalações e acho que não me sentiria a vontade no local."

"Eu não quero saber. Quero os dois imediatamente aqui nessa festa e sem reclamações entendido?"

"Sim senhor." E desligou o telefone.

"O que foi dessa vez, Mulder?"

"Acho que vamos deixar a nossa ida ao hotel do filme para outra vez. O Skinner quer nossa presença na festa que o estúdio está oferecendo e não adianta reclamar. Prepare-se Scully. Vamos ter muito trabalho pela frente."


Fox Studios
9:25 pm


Eles entraram pelos portões do estúdio. O lugar é simplesmente magnífico. Mulder parou bem na porta do salão e um manobrista veio pegar o carro. Abriu a porta para Scully cordialmente e esboçou um sorriso "Boa Noite Senhorita, bem-vinda!”. Scully estendeu a mão para ele, sorriu e agradeceu. Mulder desceu do carro e deu as chaves para o rapaz. 

"Divirtam-se!!". 

Scully olhou para Mulder "Se continuar assim, acho que teremos uma noite bem agradável". 

"Eu não me animaria muito" ele disse e estendeu o braço para ela "Scully você já se sentiu como uma estrela de cinema?" 

"Não, é a minha primeira vez". 

Ele riu "Então, prepare-se pois será inesquecível." 

Ele estava certo. No momento que os dois entraram no salão todos viraram-se para observá-los. Estavam lindos, perfeitos. 

"Mulder eu não estou gostando disso." 

"Relaxa, Scully e aproveite seus 15 minutos de fama. Seja bem perua, bem antipática." 

"Mulder!!!!"

Skinner aproximou-se deles "Ainda bem que vocês vieram, todos querem falar com vocês."

 "Era disso que eu tinha medo" disse Mulder. 

"Querem beber algo?"

"Vinho branco, por favor." Mulder olhou para ela intrigado. 

"Que foi? Estou seguindo seu conselho." 

"Eu quero vinho branco também." 

"Vamos atrás de uma mesa Mulder" 

"Vocês já tem uma mesa, venham comigo." Disse Skinner. Mulder fez uma cara como se estivesse prestes a andar no corredor da morte. Scully o beliscou e sussurrou " Mude essa cara, ele é o chefe!"

Na mesa estavam os atores e o produtor do filme. Mulder sentou-se ao lado da Téa Leoni e Scully do lado dele. A conversa estava bem amigável até o instante em que o produtor do filme começou a falar sobre sua experiência com os agentes. 

"Sabem o agente Mulder é bem nervoso, principalmente quando diz respeito a sua parceira." Scully arregalou os olhos para Mulder "O Skinner aqui separou os dois enquanto eu estava com ele e depois que ela se juntou a nós ele quis logo saber o que o grande Skin queria com ela. Acho que ele tem ciúmes seus com ela Skin." Scully estava fuzilando Mulder com os olhos 

"Como eu te disse uma vez, acho que você entendeu tudo errado. Eu e a Scully não temos nada, somos parceiros e amigos. Porém, vocês conseguiram distorcer tudo no filme. Ah! Deixa eu dizer uma coisa: vocês tem muito o que aprender no mundo do cinema pois aquela cena ridícula dentro do caixão, por favor! Até um amador faz melhor que isso!"

Scully simplesmente adorou e esboçou um sorriso maroto enquanto acariciava a coxa do parceiro. Agora, quem não estava gostando nem um pouco era Skinner que tentou mudar o rumo da conversa "Então, qual seu próximo projeto?" e acabou funcionando. Téa Leoni virou-se para Mulder ignorando Scully totalmente "É muito bom saber que a história do filme não é verdadeira" ela tinha um olhar malicioso e encarava Mulder de um jeito que irritaria qualquer mulher "Você disse que era meu fã, conhece mesmo meu trabalho?" ela aconchegou-se mais a Mulder. 

Ele meio sem jeito respondeu "Er...eu..eu conheço sim. Você fez aquela série "The naked truth" eu gostava muito Nora era seu nome. Pena que acabou." E assim, os dois continuaram a conversar alegremente. 

Mulder o que deu em você? Scully pensou. Ele a estava ignorando, parecia que ela era invisível para eles. Olha para essa mulher ela está quase se jogando em cima dele! Cadela miserável! Eu preciso de uma bebida. Mulder você me paga. Está todo derretido por essa loira sem graça. Scully levantou-se da mesa e dirigiu-se ao bar. 

"Por favor, me dá um martini." enquanto o barman servia a bebida, ela reparou num cara muito bonito que segurava um copo de whiskey e assim como ela parecia bem chateado com a festa. 

"Oi, tudo bem?" ele olhou para ela e sorriu. Meu Deus! Que homem lindo. Ele me lembra muito o Mulder. Droga! Aposto que se olhasse para um japonês eu me lembraria do desgraçado do Mulder. Oferecido! Vamos Dana puxe papo com ele e descubra se ele só tem o físico ou se é idiota como o Mulder e corre logo atrás de uma loira quando tem chance. 

"Você parece não estar se divertindo nem um pouco." 

"É verdade, não estou. Não gosto dessas festas mas é parte do trabalho, certo? Meu nome é David." 

"O meu é Dana, muito prazer." De repente, ela parou para observá-lo melhor. Ele parecia demais com Mulder porém mais bonito, mais sociável. Extremamente familiar e então ela 
percebeu "Você é David Duchovny! O cara da série de ficção científica." 

"Puxa, pensei que ia ficar no anonimato com você. É, o próprio. Você assiste o show?" 

"Não, quem assiste é meu parceiro. Ele adora ficção." 

"Ah, pensei que você era fã." 

"Na verdade, já assisti algumas vezes com ele, sabe, apesar de não gostar era um bom colírio para os meus olhos." 

"Obrigada. Quer dançar?" 

"Eu adoraria."

Então, os dois dirigiram-se para a pista de dança. Apesar de bem mais alto, ele dançava bem. Enquanto dançavam eles conversavam bastante e ela descobriu que ele era muito parecido com ela, melhor dizendo ele parecia o príncipe encantado de qualquer mulher. Ela estava adorando tudo aquilo. Ao fim da música, ele a convidou para ir ao terraço tomar um pouco de ar e olhar as estrelas, ela aceitou, mas antes de deixar o ambiente deu uma olhada para a mesa onde Mulder se encontrava e percebeu que ele não estava mais lá, nem a loira aproveitadora. O estômago de Scully revirou e ela sentiu que estava sem ar. Meu Deus, para onde eles foram? Ela respirou fundo e disse a si mesma que não iria se preocupar, assim deixou o salão. 

No terraço, David contava suas aventuras na TV para ela, depois falaram sobre seus gostos, seus hábitos, suas vidas profissionais. Num dado momento, ela estava tão absorta na conversa, fascinada mesmo que eles já estavam bem próximos e ela não se preocupou nem um pouco em afastar-se, aquele homem parecia enfeitiça-la. 

"Sabia que você é muito bonita, Dana? O brilho do luar fica lindo na cor do seu cabelo e seus olhos são os mais profundos que já vi, misteriosos como o fundo do oceano." Com essas palavras, ela estava nas nuvens e tinha os olhos fechados, então ele tomou a iniciativa e a beijou. Em princípio ela relutou, mas devido a sua carência ela cedeu. Ele tinha os lábios carnudos, doces e o beijo era maravilhoso mas havia algo de triste nele que ela não entendia. Depois de alguns segundos, eles se separaram. Ela tinha medo de perguntar ou de deixar fluir naturalmente por isso pediu "David, eu estou com sede. Pode pegar um pouco de champagne para mim?" 

"Claro, volto já." 

Ela suspirou. Meu Deus, o que está acontecendo comigo. Droga! Porque quando encontro um cara maravilhoso, quase perfeito ele tem que se parecer tanto com Mulder. Eu me odeio! Como posso amar um cabeça dura como Mulder? Um cara cheio de defeitos que procura por homenzinhos cinzas! Ai, Mulder...porque você faz isso comigo? Por que fica dando bola para essa loura e me ignora? Por quê? David deve estar voltando, eu tenho que arrumar um jeito de explicar para ele. Enquanto olhava a lua, ela caiu em si. Não pode ser...eu sabia que ele era familiar....

David voltou com dois copos de champagne e um sorriso nos lábios "Sentiu minha falta?" ele já inclinara a cabeça para beijá-la e ela desviou "David, eu não posso." "O que foi? Eu fiz algo errado?" "Não, você é perfeito é que eu me lembrei porque você era familiar. Você é casado com a Téa Leoni. Meu Deus! Eu não posso." 

"Infelizmente, ela não pensa como você. Antes de vir para cá, nós tivemos uma briga horrível. Acho que ela não me ama mais. Eu estou meio perdido. Nem sei se ainda sou casado, acredito que vivemos de aparências." "Oh, David. Eu gostaria de Ter te conhecido em outras circunstâncias. Você é o homem que toda mulher sonha, quero dizer, toda mulher menos eu. Eu prefiro um lunático, paranóico. Eu estou apaixonada por outro que se parece muito com você fisicamente, mas eu acho que ele ainda não se deu conta de quanto ele significa para mim pois ele me magoou muito hoje. Ele me ignorou na frente da sua mulher. Ele parecia aqueles adolescentes bobos." Ela sentiu as lágrimas escorrerem pelo seu rosto. Ele enxugou-as e disse 

"Não chore, Dana. Isso é típico da Téa! Ela disse que iria provar para mim que tem muitos homens que dariam tudo para ficar com ela. Se seu namorado gosta mesmo de você, ele não dará ouvidos a ela." 

"Mas ele é fraco, eu sei" ela disse entre lágrimas. 

"Dana, quando se ama alguém não existe fraqueza. A mais perfeita das mulheres não significa nada para ele. Eu sei disso porque eu amo a Téa e mesmo tendo você aqui na minha frente, eu não consigo porque eu a amo. Me desculpe, eu não deveria ter te beijado." 

"Ela sabe disso?" 

"Sabe, mas é muito insegura." 

"David, acho que nos conhecermos agora tem um significado. Algo me diz que estamos tendo uma segunda chance de lutar pelo que queremos. Você aceita lutar pelo que acredita, David?" ele afirmou com a cabeça. "Então, vamos voltar?"


Enquanto isso....


Mulder pediu licença para ir ao toalete. Um minuto depois, Téa levantou-se e foi atrás dele. Quando ele saiu do banheiro deu de cara com ela. "Eu estava esperando você" "É porque?" 

"Você é um homem muito atraente, sabia?" Mulder estava ficando sem graça. 

"Er, obrigado. Vamos voltar para a mesa?" 

"Não, me tire para dançar." 

"Eu não sou um bom dançarino." 

"Não tem problema, eu te ensino." Ela pegou-o pela mão e o conduziu até a pista de dança. Lá, ela o apertou com força contra o corpo e começou a dançar. Ela estava se esfregando nele literalmente. Mulder estava agoniado, o que aquela mulher queria? Ele sentiu a língua dela na orelha dele. Ela esfregava as mãos nas costas dele e sussurrou ao seu ouvido "Isso o excita, querido?" ele não tinha palavras. Ela o empurrou contra a parede do corredor que dava para o terraço e tascou-lhe um beijo, não um comum, um beijo muito selvagem. As mãos dela não paravam, percorriam todas as partes do corpo dele. Um barulho os separou. Mulder estava sem ar e chocado. A sua frente, Scully derrubara a taça de champagne e ao lado dela estava David. As lágrimas que haviam secado voltaram ainda mais fortes e sentidas ela falou entre soluços. 

”Eu não quero acreditar", Téa acabara de perceber e sussurrou 

"David...." Scully saiu da festa correndo e tomou um táxi antes mesmo que Mulder pudesse alcança-la. 

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"Eu preciso sentar" Mulder disse ainda buscando por ar. "Téa, não fale nada. Deixe eu conversar com ele." Téa obedeceu e David sentou-se ao lado de Mulder. "Ela tem razão. Você parece muito comigo. Escute, eu sei que a minha mulher o agarrou a força mas a Dana não sabe, então você terá que arranjar um modo de explicar o que aconteceu a ela. Você tem que ser convincente pois ela já estava magoada com você agora acho que tudo piorou." 

"Eu não sei o que fazer, eu a amo tanto!" 

"Diga isso a ela. Escute, a Dana é uma mulher intrigante. Inteligente, linda, perfeita mas para você. Assim como a Téa é para mim mesmo ela não entendendo isso, eu a perdoo porque eu a amo. Dana o perdoará se você dizer a verdade e tratá-la como ela merece. Ela é muito forte e muito vulnerável ao mesmo tempo. Ela o ama, disso eu tenho certeza."

"Obrigado, David. Eu seguirei seu conselho." Mulder levantou-se e deixou a festa, precisava pensar.


Holliday Inn
11:21 p.m.


Scully chegou no hotel porém não foi para o quarto. Ela dirigiu-se ao bar do hotel. Sentou-se num dos bancos e pediu um martini. A moça do bar a serviu e ficou de frente para outra moça sentada ao lado de Scully. Elas continuaram a conversa que Scully tinha atrapalhado. 

"Pois é, eu fico triste a cada dia que passa e acho que vou terminar sozinha mesmo. Por que os homens são tão imbecis? Tenho dois exemplos horríveis: um o marido da minha melhor amiga a traiu e engravidou a mulher! O pior que ela não era uma desconhecida, ela era amiga dela. Mas quando ela o traiu, foi o fim do mundo ele pediu o divórcio mas não admitiu ter um caso com outra mulher muito menos um filho." 

"Nossa Carlinha, isso é terrível!" 

"Calma, ainda tem o número 2. Esse foi comigo, meu namorado disse que não podia jantar comigo pois tinha uma reunião no trabalho, eu aproveitei e chamei umas amigas para jantar. Adivinha quem eu encontrei no restaurante jantando com uma mulher? O próprio! Meu Deus, eu me senti a própria Carrie do "Sexo e a cidade". Ela também encontrou o Mr. Big com outra mulher. É por isso que eu não acredito mais no amor. Não existe um homem que vala a pena? Helen me serve um cosmopolitan." "Para mim também." A moça olhou para o lado e só então percebeu que Scully estava ali. "Você não está com uma cara boa, o que aconteceu?" 

"O de sempre, o homem que eu amo me magoou demais. Com outra." 

"Bem-vinda ao clube" disse Helen. 

"Só que o meu caso é bem pior que o seu e o da sua amiga. Eu quase morri milhares de vezes por ele. Sete anos vivendo para ele." Talvez devido a bebida, Scully contou sua história completa. Seus medos, seus sonhos, sua dedicação para com Mulder, tudo. Quando terminou, a moça ao seu lado estava chorando.

"Eu não sei se ele vale tudo isso mas eu acredito que ele a ame sinceramente." 

"Você é a segunda pessoa que me diz isso hoje. A primeira foi exatamente o homem que você  mencionou, um homem perfeito que até eu ficaria com ele se fosse outra época mas nós dois somos tolos, ambos estamos apaixonados por pessoas que não sabem dar valor ao amor." 

"Mas você o perdoaria se ele explicasse tudo a você? Você é capaz de perdoar?”

"Eu não sei, não deveria, mas Mulder me consome. Eu o amo demais. Talvez se ele tiver uma boa explicação... mas eu estou ferida, magoada. Eu queria apagar essa noite da minha vida. Queria que nada tivesse acontecido." Ela tomou o último gole do drink e enxugou as lágrimas. 

Nesse instante, Mulder entrou no bar já havia estado lá em cima e não tinha encontrado Scully. Decidira que precisava de uma bebida para poder encará-la. Ao olhar para o bar a viu sentada conversando e resolveu se aproximar. Helen que estava de frente falou: "Garotas não olhem agora mas vem um cara maravilhoso na nossa direção." Dana e Carla disfarçaram e olharam, Scully suspirou "Mulder..." 

"Esse é Mulder?" Dana balançou a cabeça afirmativamente "Agora eu entendo porque você passou 7 anos esperando". 

Ele chegou bem próximo dela "Scully, eu preciso falar com você." 

"Mulder, eu..." 

"Por favor, Scully. Deixa eu explicar." 

"Dana..." era Carla que chamava "Escute o que ele tem para dizer talvez ele seja o homem perfeito para você como o David disse. Não perca sua chance, talvez você não tenha outra na vida." 

"Está bem. Obrigada por me ouvirem. Vamos lá para cima, Mulder". Ele a seguiu sem falar nada. 


Quarto de Scully
1:31 a.m.


Ela sentara na cama e ele em pé na frente dela. "Scully eu sinto muito, eu..."

"Sente muito Mulder?" ela levantou-se da cama, a raiva a estava consumindo, na sua mente apenas a cena dos dois se beijando. "ë isso que você tem pra dizer? Mulder, tudo bem que você defendesse a nossa relação na frente das pessoas e do Skinner mas daí me ignorar? Me deixar sozinha, você me trocou pela loura! Você tem alguma idéia de quanto me magoou?  Não! Claro que não! Estava muito preocupado com a nova companhia. Sabe, eu devo ser muito burra. Durante todos esses anos que trabalho com você vi várias mulheres passarem pela sua vida Phoebe, Bambi, Sara, Michele, Diana.. todas muito bonitas e sexys. O que você ia querer comigo? Apenas satisfazer uma curiosidade de dormir com a sua parceira, claro! Bastou uma mulher linda como a Téa te dar bola e eu fui pro espaço. Quer saber Mulder? Não precisa me explicar nada. Eu já entendi perfeitamente o recado." O rosto estava inchado e marcado pelas lágrimas que insistiam em cair. Ela virou-se de costas e foi em direção a porta. Abriu e respirou fundo. Ele continuava parado em frente a cama, tinha a cabeça abaixada. 

"Mulder, sai...." a frase completa não saíra, ele levantou a cabeça e então ela pode ver os olhos encharcados de lágrimas. "Sculiiee.." Automaticamente, ela escutou a frase pronunciada pela garota do bar 'não perca a sua chance, talvez você não tenha outra na vida'. Seu gesto fora um só: bate a porta do quarto e virou-se para ele. "É impossível. Deus! Como posso ser tão fraca? Eu vou escutar o que você tem a dizer."

Assim, ele contou a ela exatamente o que acontecera, ela o ouvira muda, o fitava diretamente nos olhos pois seria fácil descobrir se ele mentia. " ... e então você apareceu." Ele fez uma pausa e depois continuou "Scully, eu admito que errei, sei que te magoei e estou sofrendo por isso, porque eu detesto de ver sofrer mas parece que esse é um dom meu natural. Eu não preciso repetir o que você já sabe mas eu vou repetir Scully você é a minha vida, eu te amo." As lágrimas que por hora secaram voltaram a descer pelo rosto dela, porém desta vez não eram lágrimas de tristeza, eram de alegria, alívio porque ela sabia que ele não mentia. 

"Mulder, porque é assim? Esse sentimento parece uma droga, me consome por completo. Eu não consigo explicar. Eu te amo tanto que dói, eu chego a perder a razão. A minha reação é tão violenta que se eu ficar frente a frente com aquela loura eu a mato, só pela raiva que sinto. Eu nunca senti nada assim. "

Ele se aproximou dela e segurou na sua mão. "Eu não sei, mas acho isso maravilhoso. E sei que se você me deixar eu morro, eu não posso viver sem você." Beijou-lhe os lábios suavemente. 

"Eu não vou te deixar Mulder, esperei 7 anos não é agora que vou embora." Ela sorriu, ele retribuiu o sorriso.

Ela deu outro beijo nos lábios dele e o abraçou encostando sua cabeça no peito dele. Ficaram assim por um bom tempo até que ele beijou-lhe os cabelos, a testa, o rosto e finalmente os lábios. O encontro das bocas foi imediato, eletrizante. Línguas se massageando, lábios se mordiscando, desejo e cumplicidade demonstrada em um longo beijo. "Sabe Scully você falou que eu só ando com mulheres bonitas, de corpos perfeitos mas nenhuma me faz sentir feliz, realizado, apaixonado como você. Só essa baixinha me faz fazer loucuras. E acredite, você é perfeita para mim." Ela sorriu diante do elogio. 

"Mulder, você já me convenceu só espero que não tenha outra surpresa a seu respeito porque eu sei que não agüentaria." 

"Não haverá próxima vez. O que nós faremos agora?" 

"Temos que aproveitar a noite, Mulder, ou melhor salvar o resto da noite." 

"Ainda temos o cartão do grande Skin?" 

"Hum, hum" 

"O que estamos esperando?" 

"Regency Bervely Wilshire nos aguarda." E saíram rumo ao saguão.

Ao passar pela frente do bar, eles estavam abraçados e Helen chamou a atenção da amiga para olhar. "Pelo menos alguém está feliz." E assim deixaram o hotel.



Regency Bervely Wilshire 
2:15 am 


Eles chegaram ao hotel e dirigiram-se a recepção. Durante todo o percurso ele estava agarrado a ela, beijava todo o seu pescoço, cheirava seu cabelo e claro chamavam a atenção de todos as pessoas presentes no hall do hotel. Scully estava adorando aquilo apesar de estar vermelha de vergonha e pedindo todo o tempo para que ele parasse. 

"Boa Noite senhor em que posso ajudar?" era o senhor Thompson gerente do hotel. "eu gostaria de saber se a cobertura está ocupada. Caso não esteja, eu gostaria de ocupá-la." "O senhor deu sorte ela está vaga. Como vai pagar?" "Aqui está o cartão de crédito." O gerente verificou e como estava tudo certo entregou-o a Mulder junto com a chave do aposento. "Tenha uma boa noite." 

"Obrigado." Eles dirigiram-se ao elevador, entraram e foi Scully quem falou "Cobertura". O rapaz apertou o botão e sorriu, adorava ver casais apaixonados e esses estavam com um fogo! O elevador parou e eles seguiram até a porta do quarto. Mulder já ia entrar quando ela o segurou pelo braço "Eu sei que não é a nossa casa mas você poderia me carregar?" "Será um prazer." dizendo isso pegou-a nos braços e adentraram. Ele já ia dirigir-se para a cama mas ela pediu para ele a por no chão queria passear por cada centímetro da cobertura.                    

Ela abriu a porta do banheiro e foi impossível segurar o uau que saiu da sua boca. "Mulder, você quer tomar um banho?" não houve resposta. "Mulder?" ela voltou ao quarto e viu que ele estava no telefone. 

”Isso, eu aguardo. Obrigado." 

"Mulder, você ouviu o que eu perguntei?" 

"Não, o que foi?" 

"Eu perguntei se você quer tomar um banho?" 

"Banho...hum, depende. Com você?" 

"Não, com a bruxa de blair" disse Scully sarcástica.

"Uau! É claro mas primeiro eu quero esperar o serviço de quarto. Eles tem excelentes pratos aqui Scully." 

"Mulder eu não acredito que você vai preferir comer do que ir para a banheira comigo! Homens! Não sabem aproveitar as oportunidades da vida." 

"Calma, Scully eu pedi um peixe ao molho de camarão." 

"Ótimo Mulder você não sabe o quanto me deixa feliz com isso. Trocada por um peixe." 

Nesse instante a campainha toca. Mulder apressa-se com a carteira em mãos e abre a porta. 

"Boa noite, senhor. Onde deixo?" 

"Pode deixar ali próximo ao bar. Obrigado." E estendeu uma nota ao rapaz. 

"Tenha uma boa noite." E Mulder fechou a porta. 

Scully que estava sentada na cama nem quis saber do serviço de quarto. Mesmo assim, Mulder a chamou "Ei Scully...venha ver" 

"Não Mulder obrigada mas vou tomar banho." 

Ela começava a se levantar da cama e ir em direção ao banheiro quanto ele correu ao seu encontro e a puxou para junto de si "Ah, você não vai estragar a noite nem a surpresa" ele tinha a outra mão atrás das costas e vinha caminhando com ela agarrada ao seu corpo até o bar. A mão que estava atrás, moveu-se lentamente procurando o líquido no copo, só então ele a beijou e mostrou o que tinha escondido 

"Você aceita um morango com champagne, Scully?" aquela voz rouca e sensual a fez tremer. Ela já ia tomar o morango da mão dele quando ele segurou a mão dela. "Nah, você não pode tocá-lo. Abra a boca Scully " ela riu e obedeceu. Ao morder o morango, o sugo da fruta misturada ao champagne escorreu pelo canto da boca. Ele simplesmente lambeu o canto da boca e mais uma vez eles beijaram-se entregando-se de corpo e alma. Ela quebrou o beijo e o guiou 

"Mulder, traga a champagne e os morangos." Eles rumaram para o banheiro. 

Scully já havia preparado a banheira com sais. Ela colocou a bebida ao lado da banheira e o puxou para si. Ela beijava o rosto, a orelha, mordia seus lábios enquanto suas mãos desabotoavam a camisa dele. Aquilo já estava deixando ele excitado. Ela descia agora pelo peito dele, depositando pequenos beijinhos na superfície do abdômen. Quando ela estava chegando na parte mais interessante, ele a colocou de pé a sua frente e puxou o zíper do vestido que deslizou por todo o corpo até os pés deixando-a somente de calcinha. Ela com os pés jogou o vestido para longe e ele atirou as calças ficando só de boxer. Quando ela pensou em tirar a última peça de roupa que a separava do paraíso, ele a segurou e a jogou na banheira entrando logo em seguida e abraçando-a e beijando cada parte do corpo que ele podia. Ela fazia o mesmo, suas mãos não paravam quietas, viajavam explorando cada ponto do homem na sua frente. Ela colocou as pernas ao redor da cintura dele sentindo o membro dele já ereto contra ela. Ele apoiou a cabeça dela na beirada e esticou o braço apanhando os morangos e levando um deles a boca, inclinou-se para beijá-la. Ela recebeu aquele gesto de sedução alegremente. Depois que o morango desfez-se na boca de ambos ela pediu 

"Mulder, você esqueceu o champagne." Ele apanhou a garrafa e ela tomou da mão dele bebendo um pouco no gargalo. Aproveitando que a água da banheira era pouca e o peito dele  estava de fora, derramou o champagne sobre ele desde a boca e começou a passear com sua língua pelo corpo dele. Ele murmurava algo que ela nem procurava entender. Ela puxou o boxer dele e pegou o membro em suas mãos. Ela massageava com todo o carinho, delicadamente passava o sabonete. Ele já suspirava e sussurrava o nome dela "Sculliee...., scullie...."ele estava completamente doido. Ela soltou o membro dele e pôs-se de pé para poder colocar-se atrás dele e lavar as costas dele como fizera com o pênis. Porém, ele fora mais rápido. Puxou a lingerie e segurando-a pelas pernas a colocou sentada na beira da banheira. Ela abriu as pernas para facilitar a entrada dele mas ele pressionou o corpo contra ela enquanto começava a sua exploração. Beijava o pescoço dela, suas mãos seguravam os pequenos seios e apertavam os mamilos fazendo-a soltar pequenos gritinhos de prazer. Uma das mãos desceu até a sua vagina e começou a esfregá-la, massagea-la, sua boca estava sobre o outro seio que ficara exposto. Ela delirava, segurava e puxava o cabelo dele enquanto murmurava algumas palavras e o nome dele. Ele estava adorando olhar a expressão do rosto dela, ficava mais bonita ainda quando fazia amor. A fim de vê-la gozar, e devido a força que ela fazia sobre a sua cabeça denunciando uma certa urgência, deslizou sua boca até mais embaixo para sentir o gosto dela na sua boca, com sua língua. Ela começara a perder os sentidos diante do ocorrido, já começava a gritar e gemer mais alto e pedia "não...pará...Mulder...não..." ela não agüentava mais, seu corpo tremia, chegara ao clímax. Seus gemidos eram música para os ouvidos de Mulder além de um estímulo para continuar. Já não suportando, ela gozou. 

Cansada e ainda tremendo ela se enroscou no corpo de Mulder. Seu coração batia descompassado, ele sorria ao olhar para ela "Scully você é maravilhosa e fica linda quando sente prazer." 

Ela beijou-lhe os lábios e abraçou-o mais apertado. Ele se distanciou dela e viu que estava chorando. Alisando os cabelos dela, beijou-lhe os lábios "Não chore, era para você estar sorrindo" 

"São lágrimas de felicidade, Mulder. Eu te amo."

Dando mais um beijo nela, ele levantou-se pegou uma toalha e a enxugou com todo o carinho distribuindo beijos por todas as partes do corpo dela que enxugava. Ela o ajudou também. Terminado o banho, eles deitaram-se na cama e dormiram abraçados placidamente, velados pela deusa do amor Afrodite.

Eram seis da manhã e ela já despertara. O corpo quente de Mulder ainda estava envolto no dela dando-lhe uma sensação de conforto maravilhosa. Aproveitara o ar da manhã e os poucos raios de sol que invadiam preguiçosamente o quarto para novamente meditar.

"Cada dia novas experiências. A cada experiência, novas lições aprendidas. O ciúme é considerado uma droga, vicia. Mas, sem ele é difícil desafiar a pessoa amada. Ontem num ambiente atípico para mim tive que lutar contra ele que insistia em dominar. Fui capaz de ceder ao beijo de um estranho tamanho era seu domínio sobre mim. Devo aceitar que foi graças as palavras de estranhos que pude mudar o jogo. Mais uma vez, venci e recebi a confirmação do meu próprio sentimento. Espero realmente não passar por outra prova dessa mas acho que não será necessário. O ciúme existe sim, mas não é maior que o amor. As palavras que ouvi falavam em perfeição. Perfeito é algo que define-se como único, sem defeitos. No amor, perfeito é a união de duas almas que se completam, sol e lua, dia e noite. Eu e Mulder somos perfeitos um para o outro. Mente, corpo e alma. Eu não preciso de provas quanto à isso. Eu já as tenho, já as tinha bem antes de tudo isso acontecer. Apenas tive que escolher o momento para mostrá-las e não me arrependo da direção e do caminho por mim trilhado. Diante de tudo o que possa acontecer, eu escolho eu e ele. Sempre."  



THE END

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