quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

[Castle Fic] An Untraditional XMas - Parte IV


Nota da Autora: Que tal começar os trabalhos do novo ano terminando a fic de natal? Vocês notarão que usei alguns elementos do episódio "Time of Our Lives" de maneira diferente assim como a canção, apenas para dar contexto à historia. Chegamos ao fim de mais uma. Não saiu na data esperada, mas também não foi uma one-shot. Espero que gostem do final! Enjoy! HNY, 2018... 


Parte IV


Em casa, as reações de ambos foram diferentes. Castle estava nas nuvens. Primeiro por Kate ter aceito a ideia do livro. Isso não somente o animara profissionalmente como daria a si a chance de passar mais tempo perto da sua musa, da mulher por quem se apaixonara. O melhor de tudo? A forma como Kate agira lhe dizia que havia uma grande possibilidade dela estar cedendo aos seus sentimentos, a sua vontade. Quem sabe o espirito do natal não agia ao seu favor e lhe presenteava com o melhor que podia querer? 

Ela. 

Tudo o que ele queria era Kate Beckett. Amanhã era véspera de natal e Castle sinceramente contava que podia impressiona-la a tal ponto de traze-la para junto de si. Seu plano era ligar para Kate desejando um feliz natal e um bom plantão deixando no ar o convite. Se até as onze da noite ela não aparecesse no loft, ele daria o proximo passo. Cheio de esperança, ele adormeceu. 

Para Kate, as coisas não eram tão simples ou claras. Deitada na cama, ela recordava a noite. Ainda estava incomodada com o efeito que Castle parecia exercer sobre ela, seu corpo, sua mente, incitando seus desejos mais profundos. Ela pedira um beijo. Ela! Podia lembrar-se do cheiro dele, do perfume masculino. Como pode concordar em ser base de uma historia? Isso significava que teria Castle por perto mais tempo. Ele ficaria zanzando no seu distrito, se intrometendo nos seus casos e… na sua vida. Do que tinha medo afinal? De ceder a tentação? De assumir que, de alguma forma, ele tinha razão sobre ela gostar dele e sobre procurar se sabotar? Eram perguntas difíceis para serem respondidas pela racionalidade da capitã. Fáceis de serem decifradas pelo coração. Ele a chamou de musa. Nunca se considerara tão importante ou especial para ser chamada assim, para ser a musa de alguém. 

Naquela noite, Beckett tornou a sonhar com Castle. Dessa vez, o sonho não fora nem de longe parecido com o anterior. 

Ela estava em seu distrito tentando ajudar Ryan e Esposito a avançar em uma investigação difícil. Eles tinham um possível suspeito, contudo todas as provas contra ele eram circunstanciais. Havia muito em jogo. Um segredo de uma companhia de biotecnologia. Estava decidindo sua estratégia quando Castle apareceu no distrito. Desde que eles se conheceram no café, o escritor estava por perto. Ele ouviu o que Esposito propusera para deter o suspeito e torceu o nariz. Estavam pensando da maneira errada. Foquem na historia, ele disse. Qual o real motivo das mortes? Não era a tecnologia em si, era o crédito. Traição. O escritor explicou como via o caso e Beckett não teve como discordar dele. Embora resmungando não havia muita alternativa para não concordar com Castle. Ele também dissera quem era a próxima vitima nessa espécie de vingança. Acreditando no escritor, Beckett contatou o cientista apenas para descobrir pela sua secretaria que ele tinha ido a um encontro muito importante num armazém do meatpacking. 

Beckett não soube explicar porque deixara Castle a seguir. Foram juntos ao local. Na tentativa de surpreender o suspeito, eles acabaram entrando em um jogo de gato e rato pelos corredores do armazém. Finalmente se encontraram em uma das esquinas. Beckett, de arma em punho, gritou. 

— NYPD. Largue a arma. Você não tem como fugir. Acabou. 

— Não, eu preciso terminar - dizia o suspeito - ninguém vai me impedir! 

— Não me faça ter que usar a arma, apenas obedeça. Coloque sua arma no chão e as mãos na cabeça. 

— Ele vai morrer - dizia se referindo ao cientista que estava a alguns metros dele. 

— Você não precisa fazer isso - disse Beckett, ela reparara que a arma dele estava pronta para atirar, ela tirou a trava de segurança da sua. Com o canto do olho, checou Castle ao seu lado. Ela iria tentar um movimento, fez sinal para ele. Contudo, naquele exato momento, um barulho de algo caindo a distraiu e em um simples movimento, Castle viu o inevitável acontecer. A arma foi disparada na direção dela, frações de segundos a separavam da bala e da morte. Ele se jogou na frente dela gritando. 

— Beckett… não! - o impacto da bala acertou em cheio seu peito. 

— Castle! - ela atirou em resposta detendo o sujeito e jogara sua arma no chão. Esquecera de tudo correndo para checar o escritor. Fazia pressão no peito dele - ligue para a emergência! Castle, você vai ficar bem. Eu sei que vai - o sangue manchava suas mãos. 

— Está…tu-tudo bem… e-eu a salvei. Você n-não pode morrer. Destino. 

— Você também não vai morrer. Fique comigo, Castle. Não feche os olhos. Por favor, olhe para mim - Castle podia ver as lagrimas se formando nos olhos amendoados - por que? Por que você fez isso? Por que se jogou na frente de uma bala para me salvar? Por que? 

— Porque eu te amo, Kate… - ele começava a fechar os olhos. 

— Não, Castle… fique comigo. Castle, por favor…não! 


Ela acordou gritando. Levou as mãos à cabeça. Estava suada. Examinou as mãos em busca de sangue. Um pesadelo. Terrível. Pareceu tão real. Não apenas isso, era como se ela estivesse revivendo algo que não se recordara por completo. Suspirou. Tornou a deitar-se na cama tentando acalmar o coração e a respiração. Fechou os olhos e a imagem de Castle era tudo o que vinha a sua mente. Ele, o sangue, o incômodo sentimento de perda. Uma hora depois, ela finalmente adormeceu.    


Um dia - Véspera de natal…  


Beckett acordou por volta das dez da manhã. Seu turno no distrito começava às quatro da tarde até a meia-noite podendo extender-se por mais horas dependendo do movimento. Beckett não se recordara uma noite de natal em que não chegasse em casa de madrugada. Preferia assim. 

Durante o dia antes de ir trabalhar, ela procurou manter-se ocupada. Ligou a televisão e o assunto preferido de qualquer canal ou noticiário era o natal. Canções, coros, repórteres perguntando as crianças sobre presentes, planos para a noite. O mito do papai noel e sua suposta magia eram tema de talk shows, pequenas tradições como o beijo debaixo do azevinho, leite e cookies para o bom velhinho. Todos os assuntos natalinos. 

Espirito de natal… isso parecia tão esquisito, mas porque hoje ela achava que as palavras de Castle começavam a fazer um certo sentido? Embora não quisesse admitir, o sonho mexia com sua mente deixando as perguntas antes feitas um pouco mais claras. 

Chegando no distrito, a primeira coisa que ela fez foi se inteirar do que acontecia com seus detetives. Não tinha muita ação acontecendo. Entrou em sua sala decidida a limpar a pilha de papelada que ainda tinha em sua mesa. Isso a faria ficar ocupada por boas horas até que seus detetives precisassem dela, se isso acontecesse. 

As horas passaram depressa. Quando Beckett se levantou para pegar um café, se espantou ao checar o relógio. Passava das oito da noite. Tudo indicava que ia ser uma noite tranquila. Ela se aproximou de um dos seus detetives. 

— Parece que a cidade de Nova York resolveu se comportar hoje, não? 

— É, pelo que estamos ouvindo no rádio apenas algumas brigas, socos. Uma tentativa de roubo. Nada serio. 

— Se continuar assim, talvez possa mandar alguns de vocês para casa mais cedo. Pode checar quem da nossa equipe estaria disposto a ir mais cedo para casa? Vou ver o que posso fazer. 

— Tudo bem, capitã - ela voltou para a sua sala. No momento que sentou-se para beber seu café, o celular tocou. O nome no visor a fez sorrir. 

— Olá, Comandante Montgomery. 

— Seguindo a tradição de natal do seu tempo de recruta, Beckett? 

— Algumas coisas nunca mudam. 

— Talvez, ou nos esforçamos demais para mante-las na mesma. Sem risco. Kate, eu apenas liguei para saber como você está e lhe desejar um feliz natal mesmo sabendo da sua restrição com a data. 

— Eu estou bem. 

— Não trabalhe demais e por favor, não se tranque em quatro paredes e se feche para o mundo e suas possibilidades. Acho que já lhe dei esse conselho tantas vezes, mas não custa repetir. 

— Boa noite, Montgomery. Um abraço na familia. 

Ela desligou o telefone e se viu pensando nas palavras de seu antigo capitão, um dos seus mentores na NYPD. Roy Montgomery ensinara quase tudo o que ela sabia sobre investigação, Ajudara a encarar seus medos como detetive e a apoiou no pior momento de sua vida, quando ela se viu mergulhada e perdida na obsessão de encontrar o assassino de sua mãe, crime que até hoje não conseguira solucionar. A verdade é que Montgomery estava mais presente em sua vida que seu próprio pai. Não poderia culpa-lo, se afastaram, viviam realidades diferentes. Por que estava fazendo esse tipo de reflexão agora? Ela sacudiu a cabeça querendo afastar os pensamentos do passado, das lutas perdidas, da dor. Suspirou. 

Alguém bateu na porta. Era o entregador do Remy’s. Ela recebeu a refeição e pagou o rapaz dando-lhe uma gorjeta. Sentou-se outra vez abrindo o pacote e provando as batatas fritas. Era um conforto para o dia. Por que essas comidas nos faziam sentir menos tristes, menos solitários? Seu celular tocou outra vez. Castle. Por que ela não estava surpresa? O sorriso apareceu automaticamente nos lábios. 

— Olá, Kate. Como está sendo o seu dia, capitã? Muita ação ou você está olhando incansavelmente para o relógio pensando “o que estou fazendo aqui?”. Se a segunda opção é a correta, por favor, saiba que sua companhia será muito apreciada aqui no meu loft. A ceia está com uma cara muito apetitosa. 

— Castle, pensei que a essa hora você já teria jantado e estaria perdido no mundo do videogame. 

— Eu vou começar a jogar, mas não tenho pressa para comer. A noite é longa, o correto é cear à meia-noite. Mas você não respondeu o que perguntei. As coisas estão agitadas ou está morrendo de tédio? 

— Por enquanto, estão calmas. E porque você acha que eu estaria entediada? - ela ouve uma canção ao fundo da ligação - Castle, que barulho é esse? 

— Não se trata de barulho, são canções de natal. Imprescindível no dia de hoje. Aposto que você conhece essa - ele afastou o celular do ouvido para que a musica ficasse mais presente. 

“I just want you for my own
More than you could ever know
Make my wish come true
All I want for Christmas is you…babe…”

— Inspiradora, não acha? Seu jantar já chegou? 

— Está na minha frente. As batatas estão uma delicia. 

— Você não me convenceu, porém vou respeitar sua tradição. Se quiser comer peru, sabe onde vir e Kate, por mais que você não goste da data, meu desejo para você nesse natal é que consiga enxergar o quanto é especial. Tem força e fibra, merece ser feliz. Sei que o espirito do natal acabou não agindo como eu pretendia, mas ao menos sei que a fiz sorrir e aproveitar uma época que a deixa para baixo. Não esqueça de olhar o mundo lá fora, há muita beleza apesar de tudo. Feliz natal, Kate. 

— Para você também, Rick Castle - foi tudo que conseguiu dizer diante da declaração dele. Olhou para sacola a sua frente. O cheiro do hambúrguer estava convidativo, mas ela perdera a vontade de comer. Pegou o milkshake de morango e tomou um pouco. O poder das palavras de Castle a fez sentir-se emotiva. Abriu a gaveta e tirou uma foto com a mãe. Ia ser uma longa noite. Dentro da mesma gaveta estava o livro de Castle. Tirou-o colocando o exemplar sobre a mesa. Abriu na pagina que interrompera a leitura e mergulhou na historia. 

Por volta de dez horas, Karpoviscky bate à sua porta. 

— Capitã? Eu trouxe uma torta de chocolate para comemorarmos a data. Aceita um pedaço? Posso trazer aqui na sua sala se não quiser se juntar a nós. 

— Não, eu vou até o salão em alguns minutos - ela terminou o parágrafo que estava lendo. Marcou a pagina e fechou o livro. A foto de Castle sorrindo parecia olhar para ela. Até em uma fotografia, os olhos azuis se destacavam, eram intensos. Falavam com ela. Beckett fechou os olhos por alguns segundos. Precisava lembrar de onde estava. Levantou-se e foi se reunir com sua equipe. 

Ao chegar no salão, encontrou seus detetives e oficiais rindo e conversando. Alguém tinha ligado o radio. Eles bebiam café, havia alguns donuts na mesa e a torta de chocolate. Karpoviscky cortou um pedaço para a capitã assim que a viu se aproximar. 

— Espero que goste. Para adoçar a noite. 

— Obrigada - Beckett se sentou numa das cadeiras próximas a mesa. A detetive sentou-se ao seu lado. 

— Capitã, a detetive se superou esse ano. Já pode casar. 

— Você é bem engraçadinho, não Ramirez? 

— Foi um elogio. Quem está enrolando, você ou seu namorado? - a detetive revirou os olhos. 

— Não ligue para ele. Está realmente uma delicia. Seu namorado não se incomoda que esteja trabalhando na véspera do natal? Não deveria estar em casa com ele? 

— Marcus entende. Ele é bombeiro. Além do mais, iremos celebrar o natal quando eu chegar. Meu plantão encerra à meia-noite. Sei que ao chegar em casa vou encontrar a mesa posta, devidamente arrumada, o peru no centro e ele me esperando para comemorar o natal. É assim todos os anos que estamos juntos. Ele cuida da ceia de natal, eu do ano novo. 

— Gostaria de ir para casa mais cedo esse ano, detetive? 

— Não me importo de ficar, mas se tiver a chance. E o que o Ramirez falou não é verdade. Ninguém está enrolando. Vamos nos casar no proximo ano, conversamos sobre isso. De fato, acredito que ele irá fazer a proposta hoje ou no ano novo. 

— Parabéns, fico feliz por você. 

— Eu e Marcus dividimos muitas coisas. É bom ter uma pessoa que te ama e te apoia ao seu lado. Conhece seus medos, seus receios e mesmo assim ressalta suas qualidades e a trata de maneira especial. Confiança e cumplicidade são importantes - a rádio tocava apenas canções de natal. Após jingle bells, uma nova melodia se iniciou. Quando Kate percebeu, ficou surpresa. Era a mesma canção que ouvira na ligação de Castle. 

“I don't want a lot for Christmas
There is just one thing I need
I don't care about the presents
Underneath the Christmas tree
I just want you for my own
More than you could ever know
Make my wish come true oh
All I want for Christmas is you” 

Ela comeu mais um pouco do doce. Novamente os pensamentos se voltavam para uma única pessoa. Rick Castle. 

“Oh, I won't ask for much this Christmas
I won't even wish for snow (and I)
I'm just going to keep on waiting
Underneath the mistletoe” 

Terminou de comer o doce, levantou-se e checou a lista de sua equipe. Sorrindo, comunicou a pelo menos quatro deles que iriam para casa nesse instante. Esposito era a pessoa que ficaria até às três da manhã no distrito. Olhou para Karpoviscky. 

— Você pode ir para casa às onze se quiser. 

— Daqui a quinze minutos? - a detetive falou consultando o relógio - vou tentar sair antes da neve então. Estão dizendo que vai nevar depois da meia-noite. 

— Sério? Já vão dar 11 horas? - Beckett se espantou como o tempo passara depressa. Lembrou-se do convite de Castle. Retornou a sua sala. O livro e boa parte da refeição ainda intacta sobre a mesa. Ela pegou a sacola e colocou no mini frigobar que tinha em sua sala. Retornou o livro para a gaveta, pegou a bolsa e o casaco. Fechou a porta da sala. 

— Eu estou de saída, Espo. Não sei se volto hoje. Você é o responsável pela delegacia na minha ausência. Se precisar, estou com o celular - ela caminhou até o elevador. Desceu, entrou no carro e dirigiu para o seu destino. Assim que estacionou na frente do prédio, ela respirou fundo para buscar a coragem que precisaria. Havia muito em jogo. Ao entrar pela portaria do prédio, recebeu os votos de feliz natal do segurança que ouvia músicas de natal. Novamente, os versos de antes se repetiram. 

“I just want you for my own
More than you could ever know
Make my wish come true
All I want for Christmas is you
You, baby “

Ao entrar no elevador sorriu diante do azevinho. No quarto andar, de frente para a porta dele, Kate hesitava em dar o próximo passo. Quando ouviu a campainha, Castle estranhou. Estava tão concentrado no jogo que por um instante esquecera que poderia receber visitas. Checou o relógio. 11:15 pm. Será? Ele abriu a porta mal conseguindo conter o sorriso ao vê-la. Reparou que ele vestia uma calça social preta e uma camisa de manga comprida vermelha. 

— Kate Beckett. Por acaso você recebeu a visita do fantasma do futuro? 

— Você não está muito arrumado para quem está jogando videogame? 

— É natal. É importante. Entre - assim que pisou na sala, ela viu os brilhos das luzes e decorações. Também reparou na mesa posta elegantemente - sua mãe não jantou com você? 

— Fizemos uma pequena refeição. Ela já saiu. Deixei a mesa arrumada porque também é parte da tradição e porque nunca se sabe quem aparecerá para lhe fazer companhia. Deixe-me tirar seu casaco - ele pegou o sobretudo que ela usava e pendurou em um cabideiro diante da porta. Quer jantar? Tenho certeza que está com fome. Algo me diz que você não saboreou o seu especial. 

— Como sabe disso? 

— Porque eu vejo em seu semblante que está preocupada. Tem algo povoando sua mente e não consegue fazer outra coisa. Nesse momento, eu sugiro que esqueça e aprecie o jantar - ele puxou a cadeira para que ela se sentasse - quer vinho? 

— Estou de serviço - ele apenas sorriu - talvez outra hora. 

— Esse peru não é muito grande para apenas você e sua mãe? 

— Sou um homem farto. Não gosto de pequenas demonstrações. 

— Em outras palavras, você tem síndrome de megalomaníaco. 

— Não diria tanto - ele cortou várias fatias do peito para ela colocando o molho e um pouco do recheio - estou curioso para saber o que vai achar da minha obra - ele se serviu também. 

— Sua obra? Está dizendo que você preparou e assou esse peru? 

— Como faço todos os natais desde que eu e Alexis nos mudamos para esse loft quando ela tinha 4 anos. Uma das minhas inúmeras qualidades, capitã. Sou um homem de muitos talentos escondidos - ela riu. 

— E nem um pouco modesto quanto a eles - ela provou o peru - hum, isso está… muito gostoso.  

— Ah, fui aprovado. Coma as batatas e a salada - eles continuaram a refeição em tom de conversa moderado. Ela perguntou sobre o jogo, se tinha noticias de Alexis. Ele perguntou se o turno estava agitado, se tivera muitos chamados de suicídios. Foi apenas quando a viu cruzar os talheres indicando que estava satisfeita que ele finalmente fez a pergunta que o corroía desde o exato instante que ela apareceu na sua porta - por que está aqui, Kate? O que realmente a trouxe aqui? E não diga que eu a convidei porque você sabe que essa não é a resposta. 

Beckett passou as mãos nos cabelos. Levantou-se da mesa e caminhou para a sala querendo uma certa distância entre eles. Castle a seguiu. De frente para o sofá, ela olhava para o homem a poucos metros a sua frente. Ele se aproximava um pouco mais. Beckett ponderava como poderia começar essa conversa. Não havia modo fácil. 

— E-eu preciso entender… 

— Entender o que exatamente, Kate? 

— Entender o que é essa ligação, essa suposta relação entre eu e você. 

— Está falando dos seus sentimentos? Do que eu represento para você ou seria da possibilidade de sermos “nós”? 

— E-eu não sei… aconteceu algo, ontem à noite. Eu tive um sonho com você - ele a olhou curioso - não esse tipo de sonho! - retrucou enrubescendo. 

— Eu não disse nada… conte-me sobre seu sonho. 

— Você estava no distrito. De alguma forma, estava nos auxiliando em um caso complicado envolvendo uma empresa de biotecnologia. Você nos deu um insight importante e chegamos a um dos suspeitos. Eu fui com você a um armazém onde antes era uma usina de carvão. A questão é que durante todo o sonho eu tive uma sensação de deja vu intensa. Era como tudo aquilo já tivesse acontecido, não uma única vez. Varias. Essa suposta parceria entre nós, discutindo possibilidades, pistas. Eu senti como se fizéssemos isso há anos. Então quando chegamos ao local, encontramos o suspeito. Eu tentei dete-lo, porém ele estava em uma missão, nada a perder. Algo me distraiu e ele atirou em minha direção. A bala era para mim, ia me acertar em cheio. Você se jogou na minha frente, Castle. Absorveu todo o impacto. Eu consegui atirar no bandido, mas nada importava. Você estava caído, sangrando. Você me salvou e quando eu perguntei porque, você me disse essas palavras: porque eu te amo, Kate - ela tinha lagrimas nos olhos - como? Por que? Eu acordei assustada. E-eu preciso saber o que é verdade, o que isso significa? E-eu… - ele se aproximou dela. Acariciou seus braços olhando-a com carinho. 

— Subconsciente é uma ferramenta poderosa do nosso cérebro. Ele guarda todas as nossas dúvidas, anseios, nossos desejos mais puros e proibidos. Instinto, querer. Sentimentos que muitas vezes não estamos prontos para reconhecer ou lidar. Toda essa informação está lá adormecida. Até que algo a acorde, como uma faísca que dá origem ao fogo. Essas pequenas frações do que queremos nos aparecem em forma de sonhos. Sonhos são respostas para perguntas que ainda não sabemos como fazer. Eu não posso responder o que tudo isso significa. Apenas você, Kate. São suas informações, seus anseios e desejos. O que eu posso dizer com relação ao que você experimentou comigo nesse sonho é o que já lhe disse antes - ele tocou o rosto dela. 

— Eu adoraria ser seu parceiro de crime, investigar ao seu lado. Certamente seria uma aventura. Foi o que eu pedi a você quando mencionei a pesquisa para os livros de Nikki Heat. Quanto a outra parte, dos sentimentos, eu fui claro com você. Eu disse que estou apaixonado.  Que não há prazer maior que te fazer sorrir, ouvir sua gargalhada. Ver o brilho em seus olhos amendoados. Há tanta vida dentro de você, Kate. Apenas precisa se dar a chance de vivencia-la. Se eu puder ajuda-la a ver o quanto é maravilhosa… 

Ela não pensou. Não precisava. Seu coração batia descompassado no peito. Seu corpo, sua mente gritavam por ele. As mãos seguravam o rosto de Castle. O brilho causado por lágrimas não impediam que ela o fitasse intensamente com os olhos cor de amêndoa. A sinceridade estava presente nos olhos azuis a sua frente. Ela inclinou o corpo na direção dele sorvendo-lhe os lábios em um beijo intenso. Aprofundando o contato dos corpos. O toque das mãos, as línguas. Ela sentiu os braços dele em sua cintura aos poucos subindo por suas costas. Ela queria mais. Precisava de mais. Castle quebrou o beijo. Viu as lágrimas rolarem pelo rosto dela. 

— Kate? 

— É tão improvável, insano e ao mesmo tempo, é tudo o que quero. O que preciso. 

— Afinal, o que você quer, Kate? 

— Você. Eu só quero você - ela voltou a encontrar os lábios dele. As mãos trabalhavam habilmente nos botões da camisa que ele usava. As de Castle se perdiam debaixo do tecido da blusa que ela usava. Sem quebrar o contato, ele a guiou para o quarto. As peças de roupas eram perdidas uma a uma decorando o chão do quarto sem cerimonia. Ao vê-la a sua frente apenas de calcinha, ele teve que se afastar para admira-la. 

— Meu Deus… você é linda - devagar, ele tornou a se aproximar beijando-lhe vagarosamente os lábios. Kate usou os dedos para puxar o boxer que ele usava revelando o corpo totalmente nu de Castle já excitado e pronto para ela. Gentilmente, Castle a deitou na cama. Entre caricias, beijos e pequenos toques, ele explorava o corpo da bela mulher a sua frente. O cheiro, o gosto, sorveu seus seios um a um fazendo Kate se contorcer aos gestos, gemendo, ansiando. A viagem pelo corpo dela foi demorada. Castle não tinha pressa. Era uma nova descoberta, um novo mistério desvendado. As curvas do universo do corpo de Kate Beckett. As marcas de batalha, os sinais. Tudo o extasiava. Finalmente, ele chegou ao ventre. Deslizou a calcinha pelas pernas dela até deixa-la nua. Afastou as pernas e beijou o interior de suas coxas. Ela se contorcia pedindo-o para continuar. Castle a provou e em pouco tempo a levou à loucura com sua lingua, seus lábios, seus dedos. Sentiu o corpo dela arquejar recebendo a onda de prazer que a tomou. 

Satisfeito, ele colocou seu corpo sobre o dela. Queria ver o semblante dela, o brilho dos olhos. As mãos seguravam seus seios acariciando-os, brincando com os mamilos. Ele a beijou com vontade. Sentiu os dentes dela mordiscando seus lábios, seu queixo. 

— Abra os olhos, Kate… - ela obedeceu. Ele deu um selinho nela apenas para distrai-la. Deixou suas mãos deslizarem até as dela entrelaçando seus dedos no mesmo instante que a penetrava. Ele se afundava dentro de Beckett pouco a pouco. Ritmadamente, aumentando a intensidade a medida que seu corpo ansiava por mais. De repente, foi surpreendido por ela. Em um rápido movimento, ela se colocou sobre ele. Sentada sobre o membro ereto ela se movimentava segurando no peito dele. Inclinava-se para beija-lo deixando os dentes roçarem na pele de seu peito. Castle segurava em sua cintura agora. Ajudando-a a dar ritmo, a experimentar o prazer da melhor forma possível. 
  
Ele se ergueu da cama encontrando os lábios dela. As mãos sentiam a lateral de seu corpo, tocavam-lhe os seios e retornavam para a cintura. Tudo sem perder o ritmo, sem deixar de estar conectado a ela. Beijou o meio dos seios e deixou a lingua brincar com o mamilo por alguns segundos voltando a toma-la em um beijo urgente. Sentiu o corpo de Beckett tremendo sobre o seu, ela estava próxima de ter um orgasmo. Ele mesmo não aguentaria muito mais. Intensificando os movimentos, ele viu-a jogar a cabeça para trás. Os gemidos ganharam amplitude e quando ele a ouviu gritar soube que a explosão a atingira e liberou-se experimentando um prazer intenso como há muito tempo não sentia. 

Castle a trouxe consigo de volta ao colchão. O corpo de Kate desabou sobre o dele. Podia sentir a respiração ofegante enquanto ela ainda experimentava os efeitos do orgasmo. Deslizou sua mão pelas costas suadas sentindo a pele macia com a ponta de seus dedos. Kate virou a cabeça para aconchegar-se no peito dele. Inalou o cheiro da pele. Uma de suas mãos tocava seu ombro deslizando até que as pontas dos dedos tocassem o rosto de Castle. Ele sentiu os lábios dela em seu pescoço, rosto, nariz. Ela já se ajeitava sobre o corpo dele para fita-lo. Sorria. Passou os dedos nos lábios de Castle. Um novo selinho. Então deixou-se escorregar para o lado. Foi a vez de Castle virar-se de lado para admira-la. 

— Hey… 

— Hey… - os dedos dele dançavam na pele do colo dela - tudo bem? - outro sorriso - ah… acredito que sim. 

— Isso foi… 

— Incrível. 

— É, essa palavra descreve bem, mas havia algo mais… algo diferente, quase mágico - ele gargalhou. Ela fez o mesmo. 

— Assim você arrebenta meu coração, Kate. Fica difícil não me apaixonar ainda mais. 

— Quem disse que quero que você pare? - ele inclinou-se e deu mais um beijo nela - sabe, acho que agora eu preciso daquele vinho. 

Castle se levantou da cama indo até seu closet. Voltou vestindo um roupão e com outro para ela. De mãos dadas, eles seguiram para a cozinha. Ao entregar a taça nas mãos dela, não resistiu. 

— Feliz natal, Kate. 

— Feliz natal, Castle - ela respondeu tocando a taça na dele. 

— Quer sobremesa? Tem cheesecake. Eu encomendei do Le Cirque. 

— Claro, corte um pedaço para nós - Beckett caminhava pela sala bebericando o vinho. Foi até a árvore de natal observar os enfeites. As luzes, os trens continuavam brilhando e trabalhando. Ele chegou por trás beijando seu pescoço. Mostrou o prato com o doce que Kate se serviu de uma garfada levando à boca para em seguida repetir o gesto agora dando a ele a chance de provar da torta que colocara rente aos seus lábios. Enquanto comiam, ela perambulava pelo loft. Era um momento de descoberta para ela também. Novamente na frente da árvore, ela o fitou sorrindo. Inclinou-se em direção a Castle e sorveu seus lábios. O beijo demorou algum tempo. Terminou o vinho e com a mão entrelaçada na dele, por fim, sentou-se no sofá. Castle estava curioso com toda a surpresa da noite. Tinha esperança que ela aparecesse, era verdade, contudo queria saber o que realmente a trouxera até seu loft. 

— Kate, por que você está aqui? O que a fez mudar de ideia? O que aconteceu há pouco não foi um sonho. 

— Não, definitivamente não foi sonho. Estamos bem acordados. 

— Eu preciso saber que esse não é apenas um presente de natal. Uma única vez. Preciso saber se não está aqui apenas satisfazendo uma curiosidade e depois… - ela colocou o indicador em seus lábios para impedi-lo de continuar. 

— Eu não sei ao certo o que me trouxe aqui essa noite. Se foi a canção, se foi a vontade de não estar sozinha nessa noite ou se a influência do sonho. Qualquer uma das três alternativas tem um denominador comum. Você. Elas apenas serviram de estopim para me fazer enxergar que eu queria você ao meu lado. Eu senti sua falta, Castle. E percebi que não estava errada. Há uma ligação entre nós, algo maior que não consigo explicar. Essa conexão nos colocou um no caminho do outro e por algum motivo que ainda não está claro para mim. Faz muito tempo que não sinto essa vontade de estar com alguém como senti com você, Rick. 

— Talvez você tenha razão. O universo nos colocou no caminho um do outro para realizarmos grandes feitos juntos. Começando pelo livro de Nikki Heat - ela riu - está vendo, acho que estar na sua vida para faze-la sorrir mais é outro propósito. 

— Do universo? Virou new age? 

— Não seja tão cética. 

— E respondendo sua pergunta anterior, eu não pretendo sair por aquela porta e desaparecer da sua vida. Estou disposta a tentar. A descobrir o que a vida reserva para nós dois se você estiver a fim de embarcar nessa aventura comigo. Você me intriga, escritor. 

— Devo considerar um elogio… gostei. E não se preocupe, agora que a convenci de que sou a melhor companhia para essa mulher incrível à minha frente, não pretendo ir a lugar nenhum - ele acariciou o rosto dela. Kate se acomodou no peito dele inalando o cheiro da pele pela abertura do roupão. Beijou o local e levantou a cabeça procurando os lábios dele. Trocaram um novo beijo. Mesmo sem dizer uma palavra, Castle podia perceber no beijo dela o que Kate estava sentindo. 

— Eu vou ao banheiro… já volto - Castle esperou ela desaparecer na direção do quarto. Foi até a arvore e pegou uma caixa pequena colocando-a no bolso do roupão. Estava próximo à janela observando a cidade. Uma neve suave caia, pequenos flocos. Sentiu os braços dela envolvendo-o pela cintura - está nevando? 

— Sim, parece que finalmente teremos um natal branco. 

— É tão lindo - ele a fitou. De repente, teve uma ideia louca - o que foi? - ela perguntou ao vê-lo se afastar. 

— Vista o seu casaco, ponha sapatos. Vem comigo - ele esperou Kate se vestir para puxa-la pela mão. 

— Onde está me levando? - Castle subiu uma pequena escada no fim do corredor.  Chegaram ao telhado do prédio onde havia uma espécie de jardim, uma sacada por assim dizer. A neve continuava a cair. 

— Aprecie o espectáculo, Kate. Seu milagre de natal. O que eu falei sobre magia? Está tudo aqui - ele sorria. Kate caminhou pelo local sentindo os flocos em seu corpo. Havia pontos brancos em seus cabelos. Estava muito frio. Se aproximou de Castle. Viu que havia flocos em seus cabelos e em seu nariz. Ela beijou-lhe a ponta e brincou com o polegar em seus lábios sorrindo até beija-lo novamente com paixão. 

— A neve não é meu milagre de natal, Castle. Você é. Obrigada. 

— Sabe, Kate, essas suas palavras fazem bem ao meu ego. Só não reclame depois porque foi você quem começou - ela gargalhou. 

— Castle, está frio aqui. Acho que precisamos nos esquentar. 

— Alguma ideia? - ele olhou de forma sacana para ela. 

— Algumas… - ela respondeu apertando o membro dele sob o roupão. 

— Não diga mais nada… - eles desceram e de volta ao apartamento, repetiram o ato de fazer amor por duas vezes antes de finalmente se entregarem ao sono. 


25 de Dezembro - Dia de Natal


Na manhã do dia seguinte, Kate acordou preguiçosa. Ao revirar-se na cama, perdeu a noção de onde estava por alguns segundos até ver o vazio ao seu lado. Castle. Ela dormira com Castle. E não fora somente isso que fizeram juntos. Ela sorria lembrando dos acontecimentos da noite anterior. Levantou-se da cama para ir ao banheiro. Quando voltou ao quarto vestindo o mesmo roupão de ontem e com os cabelos presos em um coque, ela o viu entrar com uma bandeja farta. 

— Bom dia, Kate. Trouxe nosso café. Vem, está tudo quente - ela sentou-se ao lado dele na cama. Roubou um pedaço de bacon e pegou a caneca de café. Era revigorante a sensação do liquido quente. Ela apenas se sentia viva após a primeira dose de café nas manhãs. Pegou uma das torradas francesas. Castle comia os ovos. 

— Eu precisava desse café. Faz tempo que acordou? 

— Meia hora. Achei melhor deixa-la dormir até que a refeição tivesse pronta. Devo acrescentar que foi um sacrifício muito grande da minha parte ter que resistir em não acorda-la com vários beijos. 

— Estou acordada agora… - ele tirou a caneca de café das mãos dela e acariciando-lhe o rosto sorveu seus lábios devagar, provando, instigando em uma espécie de dança sensual - acho que agora sim é um bom dia. 

— Termine de comer. Nada de pensar em besteiras pela manhã. Ainda temos que ver o que o papai noel deixou para nós. É manhã de natal, Kate! Hora de abrir os presentes. 

— Você fala como um menino… não acha que está muito velho para acreditar em papai noel, Castle? 

— Claro que não, minha criança interior continua viva. 

— Aparentemente mais tempo do que o adulto… 

— Hahaha… vamos, espertinha. Tenho certeza que tem coisas debaixo daquela árvore para mim - rindo, ela o seguiu. De fato, havia dois presentes endereçados a ele. Provavelmente mais um toque de Alexis para alegrar o pai no natal. Era outro jogo de videogame e uma miniatura da millennium falcon. 

— O que eu disse? Alimentando a criança… parece que papai noel o conhece bem, Castle. 

— Olha só tem um presente para você também, Kate - ela o olhou surpresa quando Castle colocou a caixa azul em suas mãos. 

— Castle, não devia ter feito isso… 

— Eu não fiz nada, foi o papai noel. Abra - Beckett abriu a caixa e se surpreendeu ao ver o colar com o cristal que tanto admirara na loja - acho que ele a conhece bem, não? 

— Castle, você… 

— Eu sei que não costuma usar outro colar além desse com o solitário de sua mãe, mas talvez um dia, para uma ocasião especial… - ela segurava a joia entre os dedos, fitou o homem a sua frente. Castle percebeu que seus olhos estavam extremamente verdes. Ela abriu o fecho do colar. 

— Como agora. Essa é uma ocasião especial. Será que pode… 

— Claro! - ele colocou o colar em seu pescoço fechando-o e deixando seus dedos acariciarem a pele do colo dela antes de vira-la para si e fita-la mais uma vez - é lindo. Não tanto quanto a dona. 

— Eu adorei, Castle. De verdade. 

— Feliz natal, Kate. Fico feliz que quebramos algumas tradições esse ano. 

— Feliz natal, Rick - ela sorriu - hey, é um azevinho! 

— Você aprende rápido, hein? - ele riu. 

— Foi como tudo começou, não? - beijou-lhe os lábios apaixonadamente. Entre caricias, beijos e toques, ele a guiava de volta ao quarto. Desfez o nó do roupão que ela usava. Beijava seu pescoço acariciando os seios. Então sussurrou em seu ouvido. 

— Kate? 

— Hum… 

— O que você vai fazer na véspera de ano novo? - a gargalhada encheu o quarto e ela o puxou pelo roupão jogando-o na cama. 

— Tenho algumas opções… - voltou a beija-lo perdendo-se nos braços de Castle outra vez. 



THE END

5 comentários:

cleotavares disse...

Ownt! Amei essa fic. Amei essa Kate Beckett "natalina".

Unknown disse...

Fiz um comentário no começo, e deixei pra fazer outro no final dessa fins, e a melhor resposta é sensacional você sempre surpreendendo incrível como suas fins consegue nos transmitir para dentro da história e isso é previligio de poucos escritores.
Fico feliz de me sentir por dentro de suas fins por isso lhe admiro e adoro tudo que você postar obrigada e obrigada.
Ps.espero que você tenha ti do uma excelente virada de ano e que esse novo ano sua expiração seja cada dia melhor e que venha mas fins tão boas como todas já feitas até Agora.
# que venha mas fins CASKETT
# que venha mas fins STANATHAN .
BEIJOS E ATÉ O PRÓXIMO COMENTÁRIO DA PRÓXIMA FINS JÁ ESTOU ANSIOSA, SÓ PRA NÃO PEDE O COSTUME VOCÊ MERECEM TODOS OS APLAUSOS 👏👏👏👏👏👏👏👏👏

rita disse...

Não comentei no início porque tinha certeza que seria uma fic maravilhosa por ser escrita por você Karen.
Amei demais!!!
Estou lendo as outras duas e estou adorando.Não sei como me exprimir por isso nem sempre comento, mais não deixo de ler tudo que você posta.
Agradeço por manter vivo esse casal que foi tão importante na vida de muitas expectadoras e leitoras.
Sempre que leio uma fic dos dois, em minha mente eles aparecem.
Ainda não consegui e acho que nunca vou esquecer Rick Castle e Kate Beckett.
Um excelente 2018 para você e continue mantendo viva na nossa memória esse casal que tanto amamos e que nunca esqueceremos.
Abraços da amiga.

Unknown disse...

Parece que finalmente eu terminei de ler tua fic Kah! Aaah eu amei muito essa fic, sério. Tu sabe que o natal é a época do ano que eu mais amo e fico exatamente como o Castle quando as coisas não saem como o planejado no natal (Fiquei até com dó dele). A relação de Castle e Beckett nessa fic mesmo que diferente não fugiu das características dos personagens, e eu realmente amo isso em todas as tuas fics (ou em qualquer outra fic AU que eu leia). Amei ver uma Beckett ou pouco menos Broken mas com toda sua racionalidade presente. Tu sempre arrasa Kah! Obrigada por continuar representando nosso Casal favorito com todo esse teu talento e dedicação! ❤❤❤

Gessica Nascimento disse...

👏👏👏👏👏👏
Parabéns, e mais parabéns pra você Karen!!!
Mais uma de suas fics maravilhosas teve seu final ,perfeito! ❤❤❤
Feliz Ano Novo, com outras estórias maravilhosas deste casal que povoa o mundo Caskett 💋💋💋