domingo, 16 de janeiro de 2011

[Bones Fic] Between Love & War - Cap.3

Cap.3




Brennan penteava os cabelos, aplicou apenas rímel nos olhos e um gloss nos lábios. Ela não era viciada em maquiagem como Angela. Vestiu uma saia preta e uma blusa azul estilo camiseta cheia de pequenas pedrinhas bordadas na região dos seios. A sandália de strass preta era de 7 cm. Um pequeno colar de strass e brincos pequenos completavam o conjunto. Saiu do quarto.

- Angie? Está pronta?

Angela saiu do quarto. Vestiu um tubinho verde.

- Nossa! Você está inspirada hoje hein, Tempe?

- Porque? Não vejo nada demais nessa roupa.

- Tá não vou discutir com você. Vamos?

- Vamos.


Upper East Side


Booth e Wendell soltam do metrô e saem da estação.

- Temos que andar mais 2 quarteirões.

- Ah tranquilo, ele é seu ex-aluno?

- Sim, de duas turmas atrás. Ele é sargento mas adora incentivar os novos recrutas. É uma espécie de anfitrião do batalhão. Relações públicas.

- Pra morar por aqui deve ser rico.

- É sim, nascido em boa família, trabalha com telecomunicação, aqueles nerds sabe?

- Algo contra nerds, Booth?

- Não mas eles as vezes são esquisitos.

Booth pensou em mudar de assunto, afinal era uma boa oportunidade de sondar sobre a doutora.

- E como vai o hospital? Muito trabalho?

- Ah, sim. O ritmo é frenético mas ótimo! Estou adorando estar lá. Eu nasci para isso e descobrir qual especialidade que quero seguir.

- Mesmo? Qual?

- OB-GYN e cirurgia neonatal. A mesma especialidade da Dr.Brennan.

- Ah.... bebês certo?

- Na maioria das vezes. Nossa,Booth eu já tinha lido vários trabalhos dela mas a mulher é competente demais! Só que é super exigente. O pessoal lá no hospital acha que ela é antipática sabe? Meio sargentão? Ela não costuma ficar de papo ou amizade com o pessoal.

- Anti-social?

- Muitos dizem que sim mas prefiro dizer que ela é comprometida e viciada em trabalho. Lidar com recém-nascidos não é fácil, você tem que saber entender sinais. Admiro a dedicação dela. No fundo, acho que as pessoas a invejam porque além de bem sucedida e famosa no ramo, ela é linda.

- Sei, mas você já ouviu algo no hospital sobre ela ter alguém? Sabe, namorado...

- Não entendo porque você quer saber isso...

- Curiosidade apenas, você diz tanto que ela é bonita...

- Bem pelo que já ouvi, ela tem uma espécie de caso com um dos cirurgiões de lá. Ela sabe escolher, o cara é o objeto de desejo das mulheres naquele hospital.

Booth ficou pensativo. Não disse mais nada. Ainda ponderava se devia contar a Wendell que conhecera a médica. Chegaram a porta do edifício de Ryan. Assim que se identificaram, eles subiram para a cobertura.

A festa rolava e estava bem animada. Logo que o viu, Ryan veio cumprimentar Booth.

- Fala,Professor! Que bom que veio!

- Oi,Ryan. Deixa eu apresentar. Esse é Wendell, serviu comigo no Afeganistão e hoje é médico.

- Prazer em conhecê-lo Wendell. Fiquem a vontade, a casa é sua. Bebidas estão no bar próximo a varanda.

Ele se distanciou e os dois começaram a circular.

Brennan e Angela estavam no elevador.

- Espero que tenha muitos gatinhos nessa festa.

- Gatinhos? Espero que não tenham só piralhos. Se eu vir que só tem garotão, vou embora Angela.

- Oh, Bren. Garotões dão um caldo...

- Angela, não sou papa-anjo. Lembre-se que minha referência é o Mark. Gosto de homens interessantes com o mínimo de boa conversa. Se for só pra transar, eu já tenho alguém.

- Peraí, você está procurando um relacionamento é isso? Entendi direito?

- Não, estou apenas comentando que não preciso de um garotão para transar e não tenho tempo para longos relacionamentos.

- Amiga, nada melhor na vida do que um bom romance.

Elas entraram na cobertura e observaram ao seu redor. A festa parecia estar indo muito bem.


Angela sorriu e cutucou a amiga.

- Acho que você vai pagar sua lingua, parece ter muitos caras interessantes. Ah, olha o Ryan ali!

Ela puxou Brennan e foi até ele. Ao ve-la, Ryan sorriu.

- Olá,Angela! Bom te ver!

Ela deu dois beijinhos nele.

- Ah, oi para você também. Que bom que vieram.

- Você se lembra da Temperance, certo?

- Sim, a doutora. Aproveitem a festa e Angela depois quero uma dança viu?

Ela riu e segurando a mão de Brennan começou a andar pelo salão.

- Vamos fazer o reconhecimento da área.

- Muita gente jovem....

- Você quer dizer gente saudável, gostosa, músculos...

- Angela...

- Ah, qual é Bren? Eles são do exército, homens fortes, másculos e protetores.

Brennan não respondeu. Assim como Angela, ela observava as pessoas ao seu redor. Ela sabia exatamente o que queria nessa festa: beber para estravasar e quem sabe se possível dar uns beijinhos em algum bonitão do exército só pra se vingar de Mark. Não que ela fosse de vingança, afinal ela usava-o apenas para sexo porém, ela exigia ao menos que ele escondesse dela suas escapadas. Era no mínimo respeitoso fazer isso.

Ela viu o bar.

- Angela quer beber alguma coisa?

- Quero.

Brennan fez sinal para ela com a cabeça e as duas foram para o bar.

- Gin tônica.

- Vodka para mim.

Mal encostou no balcão, Angela reparou que tinha um moreno a secando. Ela entrou na brincadeira enquanto Brennan bebericava alheia sua vodka.

- Bren, eu sei que você não gosta muito de interagir em festas mas eu adoro. Está vendo aquele moreno às 11 horas?

Brennan sem disfarçar virou a cabeça.

- Amiga! Disfarça.

- Já vi. O que tem ele?

- Ele está flertando comigo e eu tenho que ir até ele. Preciso entende?

Brennan balançou a cabeça.

- Você vai ficar chateada se eu te deixar sozinha aqui?

- Não, Angela. Vai aproveitar a festa ok?

Angela sorriu.

- Qualquer coisa se não der certo eu volto a sentar aqui ao seu lado.

Brennan sorriu e voltou sua atenção a vodka. Nem bem Angela saiu, um outro cara sentou-se ao lado dela.

- Posso te fazer companhia?

- Não obrigada.

- Ah, que isso... vamos curtir a festa, gatinha.

Brennan olhou para ele fuzilando-o.

- Curta você.

- Ouch! Oh, a gata é briguenta. Gosto disso. O que você quer beber?

- Já falei que não quero sua companhia.

Wendell encosta no bar e pede duas cervejas. Ao olhar para o lado, se assusta.

- Qual é? Não precisa ser arisca...

- Se você me dirigir a palavra vai se arrepender.

- Dr.Brennan? tudo bem? Esse cara tá te incomodando?

- Que cara...

O rapaz fechou a cara e saiu resmungando.

- Wendell, não esperava encontrá-lo aqui.

- É uma festa de oficiais do exército. É meio que meu ambiente.

- Mas você é médico agora...

- Como a senhora.

- Não me chame de senhora. Vim com uma amiga, ela conhece o dono da festa.

- Ah...

- Você está aqui sozinho?

- Não eu...

- Hey, Wendell! Cadê a cerveja?

- Calma,cara! Eu vim com um amigo também.

- Porque essa demora?

Booth percebeu a mulher de costas. Devia estar flertando com Wendell. O amigo entregou a cerveja a Booth.

- Desculpe não quis atrapalhar...

Aquele tom de voz parecia familiar a Brennan.

- Quero te apresentar alguém cara...

Brennan virou e deu de cara com Booth. Sorriu.

- O desastrado do hot dog..

- O que? Wendell não entendeu nada.

- Quais as chances ... olá, Temperance!

- Peraí perdi algo? Vocês se conhecem?

- De certa forma...

- Seu amigo me sujou de hotdog no central park.

- Mas me desculpei e paguei o hot dog.

- Verdade.

- Bem, ela é a médica que te falei. Se conhecia ela porque não falou nada?

- Não nos conhecemos!

- É, ela tem razão, trocamos algumas palavras só isso...

- Que seja, vou dar uma volta. Você vem?

- Não... vou tomar minha cerveja sossegado.

- Ok.

Wendell resolveu circular, se bem conhecia o amigo ele ia preferir ficar ao lado da doutora.

- Seu copo está vazio... o que estava bebendo?

- Vodka.

- Quer outra?

- Queria tequila mas beber sozinha é meio estranho.

- Por favor amigo, duas doses de tequila!

Ela sorriu.

- Então, é em festas desse tipo que os oficiais de guerra como se diz... ah! afogam as mágoas?

- Como assim?

- Depois de matar em uma guerra.

- Ah, não... isso aqui é diversão.

A tequila chegou e eles pegaram o copo.

- Um brinde.

- Porque?

- Um brinde ao nosso reencontro... lembra que eu disse que te veria de novo?

Ela deu de ombros e brindou. Virou a tequila de uma vez. Chupou o limão e mostrou o copo para o barman.

- Você gosta de tequila hum?

- Gosto mesmo.

- Como vai o trabalho?

- Tudo bem.

- Salvando muitas vidas imagino...

- Nem sempre consigo salvar todos.

- É eu sei, você é médica não Deus.

- Não acredito em Deus.

- Não? Mas e os milagres? Como você explica?

- Não existe milagre, apenas ciência. Tudo tem uma explicação lógica e científica. Não entendo porque as pessoas teimam em dizer que Deus tem algo a ver com a recuperação delas.

- Wow! E falou o Dr. House.

- Quem?

- Dr. House, da série de tv médica... House. Não conhece?

- Não, não tenho tempo para assistir muita tv. A Angela tem uma na sala, as vezes assisto algum programa médico ou documentário, só isso.

- Sei... você devia assistir, aposto que ia gostar.

Brennan virou a outra dose de tequila. Fez sinal para o barman.

- Você poderia deixar essa garrafa aqui? É mais fácil para todos nós.

- Tudo bem.

Booth observava o jeito dela. Pouca maquiagem, o que realçava ainda mais a beleza dela. E aqueles olhos... ele não se lembrava de ter visto olhos tão hipnotizantes como aqueles.

- Em que mais você não acredita?

- Sou uma mulher da ciência, portanto acredito em fatos.

- Amor à primeira vista?

- Não... isso é pura química. Aliás como você pode se apaixonar por alguém apenas olhando? Isso é atração sexual.

- Entendo... da forma que você fala, diria que nunca se apaixonou.

Brennan arregalou os olhos. Por mais que tentasse disfarçar, Booth era ótimo em ler pessoas.

- Acertei não? Sou excelente em ler pessoas.

- Não, eu apenas me assustei com a sua colocação. Você não me conhece o suficiente para dizer isso. E para seu governo, eu detesto psicologia.

- Não sou fã de psicologia, é mais uma coisa de instinto.

- Também não acredito em instinto, é subjetivo.

- Me responde uma coisa, imagine que você está cuidando de um bebezinho que está a beira da morte, não responde aos remédios e você não sabe mais o que fazer. Você não quer que o bebê morra, se não acredita em Deus, o que você faz para salvá-lo? Você simplesmente desiste?

- Não desisto, mas também não peço ajuda a quem não existe. Vou procurar alternativas científicas. Novas experiências...

- Entendi. Você é mais interessante do que eu imaginava...

- Como assim?

- Naquele dia que você me disse que era workaholic e não tinha tempo para várias coisas, eu percebi no ato que você era interessante, diferente....

- Diferente de um jeito estranho e ruim...

- Não! Ao contrário, de um jeito misterioso... isso chamou minha atenção.

- Ok, entendi. Você quer transar comigo? Se for isso, eu topo. Estou precisando mesmo relaxar.

- O que?

Booth não acreditou no que ouviu. Ela era direta demais.

- Não tenha vergonha de dizer. Você me acha atraente, você é bonito... porque não?

- Você é sempre direta assim?

- O que foi?

- Você não chega para alguém e diz que topa transar assim! É meio... não é certo.

- Só se você for pudico ou gay.

- Não sou, mas isso é algo íntimo, que deve ser conquistado.

- Sexo é sexo. Duas pessoas atraídas com excesso de libido e endorfinas a serem liberadas. Basta isso.

- Se você for um robô talvez ou um profissional desse ramo.

- Uma prostituta você quer dizer.

- Eu só acho que para você se envolver com alguém, precisa mais que atração física. Eu não consigo ir para cama com uma mulher somente para satisfazer o desejo.

- Sexo é uma necessidade básica,Booth.

- Pode ser mas não funciona assim para mim.

- Entendi.... você quer um compromisso.

- E quem não quer? Ter uma pessoa a seu lado, compartilhar alegrias, problemas, esquentar os pés numa noite de inverno...

- Você é diferente...

- De um modo ruim?

- Não, de um modo estranho.

- Devo considerar isso um elogio?

- De certa forma, é um elogio. Você é uma daquelas pessoas que buscam a ilusão do amor. Meio trágico e shakesperiano não?

- De que vale a vida sem amor?

Ele pegou o copo de tequila e levantou.

- A eterna busca pelo amor, Temperance.

Ela brindou.

- Você sabe que não pode participar de uma busca eterna se é mortal...

Ele riu.

- Você é ótima!

- Obrigada, preciso ir ao toilette.

- Eu não vou a lugar nenhum.

Brennan saiu do bar e foi até o corredor do banheiro. Ela estava estranha e não era da bebida. Algo naquele homem a deixava confusa. Ele era tão diferente dela mas ainda assim tão interessante. Estranho de um jeito bom...

Quando retornou ao bar, achou-o virando mais uma dose de tequila.

- Poxa, nem me esperou para tomar o próximo shot! Agora terá que tomar de novo.

- Eita mulher mandona! Sim, senhora.

- Você é do exército devia estar acostumado a receber ordens.

- É verdade, e não me incomodo de receber ordens de você.

Viraram mais uma dose.

- Vem cá, onde aprendeu a beber assim?

- Na faculdade e se tornou um hábito após o início da carreira mas não sou alcóolatra, sei me cuidar e conheço meus limites.

- Mas pelo que você conta, eu imaginei que você era uma espécie de nerd.

- De certa forma mas bebidas e sexo fazem parte da minha vida.

- Lá vem ela de novo com a maldita palavra...

- Hum, agora é minha vez. Porque você odeia tanto falar de sexo? Logo você que se diz aberto ao amor... alguma desilusão Booth?

Booth ficou calado por um momento.

- Quer dizer, você é um homem bonito, simpático, é estranho estar sozinho.

- Em NY? Não é tão estranho. E respondendo sua pergunta, não sofri nenhuma desilusão. Depois que voltei do Afeganistão, tive alguns relacionamentos porém nada sério. Ainda não encontrei a pessoa certa.

- Você acredita na história contada pelos deuses? De que existe alguém para cada pessoa, que fomos separados e destinados a procurar durante toda a nossa vida pela nossa metade, assim chamada alma gêmea?

Ele se inclinou sobre ela, o rosto bem junto ao dela.

- E você não?

Brennan sentiu um arrepio percorrer seu corpo.

- Não sei... amor é algo estranho para mim... já desejo...

- O que tem o desejo?

A voz de Booth saiu rouca, como um sussurro.

- O desejo se manisfesta com maior frequencia, como agora.

- E o que você deseja,Temperance?

Ela olhou-o intensamente. Permaneceu calada por alguns segundos apenas admirando o rosto dele. Os lábios.

- Mais tequila...

Dizendo isso, ela colou seus lábios aos dele. O toque foi leve, sutil. Era a primeira investida porém suficiente para eriçar os pelos da nuca. Então, ela entreabriu os lábios e deixou-se experimentar mais da boca a sua frente. Booth enfiou a lingua dentro da boca de Brennan procurando pelo seu par. Em segundos, a intensidade do beijo mudou. Ela saboreava e explorava sua nova descoberta. Ele beija bem demais. Temperance não sabia se era a bebida, o prazer do desconhecido ou a excitação causada por algo novo apenas sabia que de alguma forma aquele homem mexia com ela, de uma forma estranha e ainda assim prazerosa.

Ao quebrar o beijo, Booth pode ver a excitação no rosto dela. As pupilas dilatadas.

Um beijo apenas.

Um beijo capaz de mostrar que sua busca havia acabado. Naquele momento, ele soube. Temperance Brennan era a sua metade, ela era a mulher da sua vida.

- Tudo bem?

- Porque não estaria Booth?

Ela sorriu.

Brindaram mais uma vez e viraram o copo de tequila. Quando Brennan ia falar mais alguma coisa, Angela apareceu ao seu lado.

- Tempe, desculpa amiga por deixar você sozinha... está tudo bem?

- Claro! E não estou sozinha Angie...

Ela meneou com a cabeça indicando Booth.

- Oh... wow! Olá, sou Angela melhor amiga de Temperance. Você é...

- Seeley Booth, as pessoas me chamam de Booth. Prazer em conhecê-la Angela.

- O prazer é meu. Imagina que eu estava preocupada com ela... você está bem melhor que eu!

- Angela....

- Bem, eu estou de saída e não vou para casa entendeu?

- Perfeitamente...

- Bem, divirtam-se crianças e se querem meu conselho, nada de juízo hoje em Bren!

Brennan revirou os olhos.

- Bye, Booth.

- Simpática sua amiga.

- Ela é ótima, bem diferente de mim na verdade, gosto muito dela.

- Onde estávamos? Você parecia querer me dizer alguma coisa...

- Sim, e quero.

Ela puxou o rosto dele com as duas mãos para si e beijou-o novamente. Minutos depois, ela quebrou o beijo.

- Acho que já devo ir... encerrar a noite.

- Você vai sozinha para casa? Não mesmo! Acompanho você.

- Não precisa Booth.

Ela já estava a frente do elevador. Ele ao lado dela.

- Vou pegar um taxi.

Ela entrou no elevador e ele a acompanhou.

- O que? Tá maluca? Um taxi as 3 da manhã em plena NY? Ha!

- O que tem demais?

Ele revirou os olhos.

- Não vou deixar você sozinha por aí as 3 da manhã. Você não conhece NY.

- Sei me cuidar Booth. Não preciso da sua proteção.

Ele se aproximou um pouco mais dela. Temperance estava encostada na lateral do elevador.

- Eu aposto que sabe...

Ele a pressionou com o corpo e seus rostos ficaram a centímetros de distância. Sem resistir, ele a beijou. Brennan envolveu seus braços no pescoço dele e sentia as mãos dele sobre sua cintura. Era o primeiro toque entre seus corpos. Ela sentiu os dedos dele fazendo pressão na lateral do seu corpo. Ela gemeu entre os lábios dele involuntariamente. A porta do elevador se abriu e eles foram forçados a se separar. Brennan suspirou.

Ela caminhou rapidamente para a calçada e já ia levantar o braço para chamar um taxi quando Booth segurou sua mão.

- Não vamos de taxi.

- Como não? Eu vou! Já disse que não preciso de um protetor.

- Ouch! Ok, eu sei que você pode se cuidar, é uma mulher independente, tem feminista escrito na sua testa. Eu entendi. Porém, seria um prazer acompanhá-la ou será que sou tão má companhia assim?

Ela suspirou.

- Não, você não é má companhia.

- Então vamos, pegaremos o metrô.

- Ah tá, porque taxi não é seguro mas andar por debaixo da cidade não é problema. Que lógica é essa? Não consigo entender. E ainda vamos andar dois quarteirões.

- Não, só um pegaremos a estação acima.

- Booth eu moro a cinco quarteirões daqui! Um taxi era mais rápido.

- Quer me seguir por favor?

Ela finalmente se calou e seguiu-o.

A volta para casa foi bem rápida, tão logo saltaram na estação mais próxima, andaram apenas alguns metros até a frente do prédio dela.

- É aqui.

- Pensei que morasse num prédio de luxo...

- Porque sou cirurgiã?

- E famosa.

- Isso aqui é NY. O metro quadrado é uma fortuna. Não que não possa pagar mas Angela nem pensa em sair daqui.

- Entendo.

- Booth , olha você é um cara interessante e...

- Ah, não! Corta essa! Vai me dispensar? Esse papo de que sou interessante mas você não quer se envolver num relacionamento agora... pode parar!

- Papo? Como assim? Eu não sei o que isso significa.

Booth a olhou surpreso.

- O que eu ia dizer é que gostei da noite, você é interessante e muito estranho.

- Ok, vou entender isso como um elogio.

- Olha, você não me conhece, não sou uma pessoa sociável. Eu sim, sou péssima companhia.

- Não concordo.

- Normalmente, eu o convidaria para subir comigo, transaríamos e você sumiria da minha vida. Só que... eu não quero fazer sexo com você. Não que você seja ruim, você é bastante atraente e...

- Ai! Você sabe como dispensar um homem não?

- Booth, desculpa mas não sei como agir.

- Hey, pode ficar calada um minuto?

Ela concordou com a cabeça.


- Odeio one night stand e se você me convidasse não aceitaria. Não te conheço Temperance é verdade, adoraria te conhecer. Não sumirei da sua vida. Não dessa vez porque as chances de eu a encontrar novamente, não... se você não me der seu telefone, eu sei onde te encontrar. Não importa se você é antisocial, eu não acredito nisso. E não vou desistir facilmente.

Brennan o olhava intensamente. Ela nunca passara por algo assim. Não sabia o que dizer. Ela abriu a bolsa tentando disfarçar o momento estranho para ela, procurando a chave, ela deixou cair um papel. Booth apanhou. Sorriu.

- Ah, que bom que você não jogou meu cartão fora...

Ele entregou a ela e segurou a mão dela com carinho.

- Promete que vai me ligar? Nem que seja para comermos um hot dog no Central Park?

Ela sorriu.

- Ok, Booth, vou pensar a respeito. Boa noite.

- Bons sonhos, Temperance. Te vejo por aí.

Ela abriu a porta do edifício e entrou. Booth reparou no prédio mais uma vez e seguiu caminhando pela rua.




Continua....

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