quarta-feira, 17 de agosto de 2011

[Bones Fic] Between Love & War - Cap.20



Cap.20



A volta de Booth deixou Brennan bem mais disposta para trabalhar. Segunda cedo estava no hospital e até cantarolava baixinho enquanto preenchia as fichas dos seus pacientes. As coisas estavam bem agitadas no hospital parece que toda a mulherada de NY decidiu ter filhos essa semana. Sua agenda estava lotada ainda bem que tinha um ótimo interno para ajudá-la.


Na hora do almoço ela se juntou a Patricia e Wendell que resolveu brincar um pouco com ela.

- Dr. Brennan você está muito bem disposta hoje.

- Tenho que estar Dr. Bray, a semana será pesada.

- Não é disso que estou falando... o Capitão voltou?

- Voltou... ela sorriu.

- Ah, sabia!

- Olha o que você vai falar menino! A doutora é sua supervisora.

- Isso mesmo, muito bem lembrado Patricia. Sou sua chefa....

Ela pensou uns segundos e acabou falando.

- Mas a volta de Booth faz toda a diferença.

Eles riram.

- Ah, e lembre-se que ainda temos que encaixar minha ultrasom essa semana, que tal quinta?

- Quinta? Não podemos...

Ela franziu a testa para ele.

- Temos 3 cirurgias...e a da tarde é a dos gêmeos.

- Oh, é verdade. Esqueci completamente.

- Fazemos na sexta ok?

- A tarde, vou avisar o Booth.

Após o almoço, Brennan se deu ao luxo de tirar um cochilo. A gravidez proporcionava a ela algumas regalias e esticar as pernas era sempre bom especialmente antes dela entrar na sala de cirurgia.

À noite, ela encontrou Booth e jantaram juntos colocando o papo em dia, depois Brennan serviu um pouco de chá para si e sentou-se no sofá ao lado dele. booth ligou a tv mas não parecia ter nada passando. Deixou num canal de notícias. Ela se aconchegou ao ombro dele, de vez em quando, ela beijava-lhe o ombro e cheirava a pele dele. booth acariciava os cabelos dela.

- Ah, quase esqueci. A ultrasom será na sexta ok? Estamos bastante cheios na semana. Muitos bebês por nascer.

- Tudo bem, amor. Tudo no seu tempo.

No dia seguinte, tudo correra bem no hospital, Angela ligou para ela e acabaram se encontrando para almoçar. Qunado estava saindo do hospital, ligou para Booth.

- Oi, amor!

- Oi, Tempe...

- Estou saindo agora do trabalho, que tal darmos uma volta pela 5ª avenida, tomar um café, quer dizer você eu fico com o suco...

- Ah amor, adoraria mas estou entrando numa foneconferência com o pessoal de Washington agora. Porque não convida a Angela?

- Você vai demorar tanto assim?

- Não sei mas já são seis horas e você precisa comer, só dei uma sugestão...

- Tá tudo bem, se a Angie quiser, outro dia fazemos isso.

- Desculpe, linda. Um beijo.

- Outro.

Na mesma hora, ela ligou para Angela porque naquele dia não estava mesmo a fim de ir para casa. Elas passearam juntas, conversaram sobre a vida e se divertiram rindo das pessoas esquisitas que habitavam NY. Ao chegar em casa, ela encontrou Booth já deitado na cama.

- Demorei?

- Não cheguei faz uns vinte minutos e só tomei banho.

- Está com fome?

- Não, acabei comendo um sanduíche assim que saí do trabalho.

- OK, vou tomar um banho e já me deito ao seu lado.

Ela se inclinou e beijou-o nos lábios. Tinha saudades todas as horas do dia desses lábios tão gostosos...

Na quarta, Brennan estava de folga e aproveitou para arrumar algumas coisas em casa. Tinha sugerido ao Booth para saírem assim que ele chegasse do trabalho, ele concordou mas não podia afirmar que horas chegaria. Ultimamente, ele estava trabalhando bastante e mal tinha tempo para ligar para ela como fazia antes, Brennan claro compreendia afinal ela mesma tinha seus dias loucos onde nada mais importava do que salvar vidas.

O fato era que de certa forma, ela gostava de estar com ele, da presença dele, poderia considerar um tipo dependência, sentia falta dele. booth tinha razão, o sentimento do amor é muito bom.

Naquela noite, Booth chegou as 7 e mesmo cansado ele concordou em sair. Rodaram pelo Bryan Park e depois acabaram em um pequeno café da 7ª avenida. Namoraram um pouco e na volta para casa, Brennan viu o anuncio do próximo jogo dos knicks no telão da Tmes Square.

- Olha Booth....jogo dos knicks! Que tal irmos?

- Deixa eu ver quando é.... sábado! Você quer mesmo ir?

- Adoraria!

- Então nem vamos perder tempo... vamos a tkts comprar agora.

E de ingressos na mão e com Brennan enroscada ao seu braço, ele seguiu para casa.


Quinta
11 am


Brennan acabara de sair da sala de cirurgia diretamente para a UTI neonatal com o pequeno Nathan. Ele nascera com insuficiência respiratória. Ela fizera um grande esforço para reanima-lo e agora precisava acompanha-lo e terminar alguns testes. Deixara o Dr. Bray cuidando da mãe.

Depois de uma hora, ela finalmente retornara a mãe que já estava instalada no quarto e Brennan foi atualizá-la sobre o filho que estava na incubadora. Assim que tranquilizou a mãe, ela deixou o quarto e bipou Wendell. Ele a encontrou em sua sala e juntos repassaram os passos da cirurgia e qual seria o acompanhamento adequado para o bebê. Brennan deixara claro para a mãe que se nas próximas 24h ele não reagisse, ela teria que opera-lo e trabalhar no sistema respiratório dele.

A próxima cirurgia era a dos gêmeos e estava marcada para as 3 da tarde. Ela consultou o relógio. Duas horas. Ainda dava tempo de ir a cantina comer alguma coisa. Nem bem comentou com Wendell e Patrícia entrou na sala.

- Com licença...

Trazia um vasilha fumegando numa bandeja e um copo de suco de maça.

- Tenho certeza que você não comeu nada doutora e você precisa se alimentar. Vai fazer mais uma cirurgia e tem que estar bem, lembre-se da pequena que você tá carregando.

- Eu acabei de falar para o Dr. Bray que ia comer.

- Então, adivinhei seus pensamentos. E por favor coma tudo.

- Ah não! Booth 2 – a missão? Patricia, menos!

Eles riram.

Infelizmente esse foi o ultimo momento tranquilo que ela teve naquele dia. A cirurgia dos gêmeos teve complicações e uma das meninas apresentou um pequeno sopro no coração ficando por alguns segundos roxa tendo que ser massageada e reanimada pela médica. E pela segunda vez, Brennan teve que levar um bebê para a UTI neonatal no mesmo dia. Ela detestava quando eles nasciam frágeis. Tinha um zelo todo especial para com os bebês que passavam por essa situação mas sempre se preparava para o pior, afinal como médica e mulher da ciência, ela sempre considerava as probabilidades de cada caso, trabalhava com estatísticas. Tinha que ser assim, esse era seu papel. E durante todo esse tempo ela se mantinha focada e dedicada.

O único problema era que agora carregando sua própria filha, ela queria descartar qualquer possibilidade de erro, imaginava a situação da mãe por seus próprios olhos. Pensava e se fosse com a minha Katherine? E isso a fazia irracionalmente esperar pelo melhor. Booth ensinou a elas que as ciranças quando nascem são pequenos anjinhos sem asas. É claro que ela não acreditava em anjos, sabia que eles não existiam mas acreditava na pureza das crianças e pensando assim ela esperava reverter o quadro difícil e dar a alegria aquela mãe aflita que esperava por noves meses inteiros para carregar seu bebê no colo e não queria decepcioná-la, simplesmente não podia!

E com essa responsabilidade nas suas mãos, Brennan não se permitia errar. Foram duas horas de diagnósticos e testes. Sem outra alternativa, ela precisava operá-la. E pela terceira vez, Brennan entrou na sala de cirurgia. E por mais uma vez naquele dia, ela operou um milagre. Apesar de não reconhecer a palavra milagre e troca-la por ciência.

Já passava das 9 da noite quando Brennan deixou o hospital não antes de combinar a primeira cirurgia da manhã do pequeno Nathan. Por causa do acompanhamento dos pós-operatórios, ela também decidira que não faria sua consulta de pré-natal amanhã como estava previsto e deixou para a semana seguinte.

Estava exausta quando chegou ao apartamento de Booth e espantou-se quando viu ele parado na porta procurando por suas chaves.

- Booth? Você está chegando agora?

- Oh, amor...sim eu fiquei preso na academia e ... nossa! Você está com uma cara de cansada. O que aconteceu?

- Muitas cirurgias e muitos problemas. Dois bebês nasceram com risco de vida.

Booth finalmente consegue abrir a porta.

- Eles estão bem?

- A garotinha sim, o garoto vou operar amanhã cedo com o Wendell.

Eles entraram no apartamento. Brennan jogou a bolsa no sofá e desabou lá mesmo.

- Me dá um copo com água...

- Você jantou?

- Não...

- Acho que tem uma sopa por aqui, quer que eu esquente?

- Não, obrigada.

- Tempe, você precisa comer....

- Tomo um copo de leite de soja assim que tomar banho com umas torradas, tá bom? Estou cansada...

- Tudo bem.

Ele estendeu o copo para ela e Brennan bebeu a água ferozmente. Já descalça se levantou e mexeu a cabeça de um lado para o outro, tentando liberar a tensão. Seguiu para o banheiro. Minutos depois já estava de camisola e encontrou um copo de leite com cinco torradas na cabeceira da cama. sorriu e começou a comer.

Booth tornou a entrar no quarto e sorriu ao ve-la comendo. Beijou-a na testa e foi tomar um banho. Ao voltar, encontrou-a dormindo enrolada ao ededron. Aconchegou-se ao lado dela, beijou-lhe o rosto e acabou dormiindo também.

Brennan saiu cedo para o hospital e deixou um recadinho para Booth preso a porta da geladeira :

“Booth, esqueci de comentar ontem... não farei a ultrasom hoje. Tenho um dia atribulado no hospital agendarei para a próxima semana. Te vejo a noite....

Love, Tempe....”

A sexta-feira foi bastante movimentada mas com boas notícias também. O pequeno Nathan fizera a cirurgia e passava bem e Sarah a gêmea da incubadora já se fortalecera e pode mamar no peito pela primeira vez.

Brennan estava cansada mas feliz por estar saindo do hospital as cinco horas e sabendo que amanhã estaria de folga. Wendell seria responsável pelo acompanhamento dos bebês no fim de semana. Tudo que ela queria agora era chegar em casa, tomar um banho e junto com Booth pedir algo para comer.

E assim o fez, exceto a parte de comer.

Assim que chegou em casa, ligou para ele. Ao terceiro toque ele atendeu sussurrando.

- Oi, amor...

- Booth? Porque está falando tão baixo?

- Estou em reunião...

- Pensei que já vinha para casa... cheguei cedo hoje.

- Ainda não...preciso desligar Tempe, falo com você depois.

- Ok, beijo.

Booth só aparecera depois da 7 em casa visivelmente cansado.

- Oh, amor desculpe pelo atraso! A reunião demorou mais do que eu imaginava.

- Numa sexta? Poxa! Estou faminta! E sua filha também.

- Oh...vem cá...

Ele a tomou nos braços e sorriu entre os lábios dela que foram envolvidos num beijo apaixonado pelos dele. A espera certamente valera a pena pois nada era melhor que os beijos dele, bem exceto a extensão das preliminares para a cama. Quando ele quebrou o beijo e sorriu para ela.

- O que as minhas princesas querem?

- Sua filha quer comer , eu também queria mas você me deu outra idéia com esse cumprimento especial...

- Sei, você não tem jeito né Tempe?!

- Não, acredito que não mas você gosta, é uma forma de agradar também a você.

- Ok, vou fingir que eu acredito. Quer sair para comer? Ou prefere que eu peça algo?

- Vamos pedir, você está cansado amor...

- Pizza?!

- Depois não vem brigar comigo que estou comendo gordura...pede uma salada para mim.

- Gostei de ver.

Uma hora depois, eles estavam comendo na sala de jantar e em seguida, foram para cama cansados demais para qualquer outra coisa.


Sábado


Brennan acordou na manhã de sábado muito bem disposta. Preparou um café expresso para Booth e um suco de laranja para ela, duas tijelas de cereais e algumas frutas. A bandeja foi posta na mesa de jantar enquanto ela foi acordar o preguiçoso.

Chegando no quarto, ela se deu um tempo para admirá-lo. Ele estava deitado de bruços e os músculos bem delineados das costas expostos. Ela passou a mão sobre a extensão das costas chamando carinhosamente por ele.

- Booth....hey, acorda.

Ele não reagiu ao chamado. Ela inclinou-se sobre ele e beijou-lhe o rosto e mordiscou o ombro.

- Hey...acorda Booth...fiz café pra você.

Ela escutou os gemidos dele ainda demonstrando uma certa relutância em se levantar. Ela beliscou o bumbum dele e finalmente ele abriu os olhos e fitou-a.

- Eu sabia que você ia apelar para a violência...

- Que exagero...bom dia para você também, Booth.

Ele riu e sentou-se na cama. esfregou os olhos e tornou a olhar para ela.

- Bom dia, amor.

- Bom dia... te espero para tomar café ok?

Ela estava sentada à mesa quando ele apareceu. Sentou-se ao lado dela e Brennan o serviu de café e estendeu a tijela de cereais para ele. Mordiscando um morango, ela o observava. Ele devorou avidamente o cereal e levantou-se procurando pela caixa para se servir de mais.

- Hoje vamos ao jogo, você não esqueceu certo?

- Claro que não! Vamos nos arrumar e saímos. Podemos passear um pouco, namorar, almoçamos na rua e seguimos para o Madison Square Garden o jogo está marcado para as 5 da tarde mas não precisamos ter tanta pressa, afinal você tem prioridade.

- Sim, uma das coisas boas da gravidez...

Ela recolheu a louça do café e lavou. Em seguida, ela foi tomar banho. Depois de esperar Booth enrolar por vários minutos para não dizer horas na frente da TV, conseguiram sair de casa antes do meio-dia. A idéia de um bom almoço para o sábado era um ótimo restaurante frances que ficava na parte oeste da cidade, na zona do meatpacking, antiga região dos açougues de NY.

Brennan tinha ouvido falar muito bem do Pastis e hoje seria uma excelente oportunidade para experimentar o restaurante. Apesar de ter foco na culinária francesa, o lugar era versátil tendo inclusive boas massas em seu cardápio. Muito bem frequentado, o público estava a espera de mesa mas com o estado de Brennan não tinham qualquer dificuldade em arranjar uma mesa.

Assim que sentaram, o garçon ofereceu um covert que Booth aceitou na hora. Também pediu uma cerveja e suco para Brennan. Depois de algumas olhadas no cardápio, Booth optou por um filet e Brennan escolheu uma massa gratinada. Pediram também uma salada de entrada. Tudo estava perfeito. A comida deliciosa e eles passaram um bom tempo conversando e trocando algumas carícias. Assim que terminaram, o garçon ofereceu-lhes o menu de sobremesas.

- O que você recomenda?

- Ah, todas as nossas sobremesas são bem gostosas e saem bastante. Depende muito do que você queira comer, eu posso sugerir o Creme bruleé.

- Vou aceitar sua sugestão.

- E o senhor?

- Um brownie com sorvete de creme...

Depois de cinco minutos, o pedido de ambos chegou. A aparência era de dar água na boca realmente. Brennan provou o primeiro pedaço do seu creme bruleé. Até fechou os olhos. Estava fantástico! Ela começou a reparar o prato de Booth.

- Hum...parece muito apetitosa essa sua sobremesa.

- Tempe por favor, se você quer provar prove mas não faça nenhuma loucura...

- Porque eu faria? Ela disse cínica.

- Porque você e o sorvete de creme são uma combinação explosiva!

Ela gargalhou.

Terminaram o almoço e sairam caminhando pela cidade. Namoraram um pouco atrás da biblioteca pública ouvindo um saxofonista tocando jazz. Booth além de beijá-la e acaricia-la, sempre voltava um pouquinho da sua atenção para a pequena Katherine, oras massageando a barriga de Brennan, oras falando baixinho com a filha.

- Kat, hoje você vai ouvir seu primeiro jogo dos knicks. Sua mãe nem conhecia o time de basquete quando a conheci mas hoje ela é fã. E você também será como o papai!

- Booth... nossa filha não vai ser nenhuma fanática por esportes viu?! Ela vai estudar e ...

- Hey, toda criança tem direito a lazer...

Ela revirou os olhos sorrindo.

- Ok, melhor não discutir. E acho melhor irmos andando, estou com muita vontade de comer pipoca e hot dog.

- Desejo de novo?

- Não, Booth ...vontade...ah, sei lá!

- Pelo menos no Madison tem as duas coisas...

Ela riu e deu a mão para ele.


Madison Square Garden


O lugar estava lotado. Várias famílias sorridentes estavam em fila esperando pela sua hora de entrar, outros tantos já estavam sentados enchendo as cadeiras com um mar de gente. O cheiro das guloseimas viajava pelo ar e Brennan gemia só de sentir o cheirinho tão embriagante delas. Booth a guiou até um dos guichês laterais que eram para as entradas VIPS. O segurança pediu os ingressos.

- Aqui estão amigo mas não são VIPs, tem alguma chance de você deixar a gente entrar por aqui? É que minha mulher está grávida e não pode ficar muito tempo em pé mas não perderia de jeito nenhum esse jogo dos knicks...

O segurança sorriu para Brennan. Tirou a corrente e com um scanner leu os ingressos deles. Devolveu-os para Booth e deixou-os seguir pelo corredor.

- Tenha um bom jogo, ma’am.

- Obrigada!

- Ah se não fosse a Katherine...

- Não fala assim Booth, vamos logo procurar nossos lugares para você ir comprar minha pipoca e meu hotdog.

- Lá vem a mandona de novo...

- Hey, lembre que pode ser sua filha pedindo...

- Chantagista!

Eles acomodaram-se e booth desceu até a área da lanchonete para comprar o tal hot-dog que ela queria, deixou o dinheiro com ela para que comprasse a tal pipoca nas arquibancadas mesmo. Ao retornar, a viu com um balde grande de pipoca saboreando cada mão que levava à boca. Ele sentou-se ao lado dela com dois hot-dogs, um refrigerante e uma garrafa d’água. Saboreavam os petiscos quando a música começou e os primeiros anúncios do jogo foram feitos.

Quinze minutos depois, o jogo começara. Brennan estava atenta a cada movimento. Os olhos grudados na quadra sem deixar o lanchinho de lado. Ela reclamava das coisas, gritava para os jogadores e isso só fazia Booth sorrir pela forma que ela interagia com tudo isso. Parecia um tudo ou nada.

- Hey, Tempe...devagar, você está grávida nada de exageros...

- Exageros? Eu ? Não estou fazendo nada....

- Ah, não! Só se esgoelando pra quadra.

Ela deu um soquinho nele e sorriu. Tentou se acalmar. Sentou-se novamente. Porém, os knicks começaram a perder uma cesta atrás da outra e ela foi a loucura.

- Que jogo é esse? Esqueceram como se arremessa? Hey, até o juiz! Booth cadê o italiano? O tal do Galinha...

- Gallinari, Tempe....

- Esse mesmo! Porque tá no banco?

- É estratégia do técnico amor...

- Só se for estratégia para perder o jogo!

- Tempe...

Mas os fãs começaram a apoia-la e gritar por Gallinari também. Temperance adorou a reação dos outros e começou a gritar com eles. As câmeras do Madison Square Garden, claro, acharam a grávida que vibrava com a partida. Booth só podia apoiá-la afinal não ousaria sequer contraria-la. Rindo do jeitinho dela torcer, ele a puxou para si e calou-a com um beijo apaixonado.

No intervalo do terceiro quarter o italiano entrou e o jogo terminou com vitória dos knicks por 6 pontos de vantagem. Eles deixaram a quadra abraçados e seguiram para casa. Pararam em uma cafeteria para Brennan tomar água e ir ao banheiro. Booth saboreava um cappuccino.

- O que você achou da estréia de Katherine no mundo dos knicks?

- Bem, pelo seu comportamento ou ela vira fã imediata ou ela já descobriu que a mãe é doida.

- Booth!

Ela deu um tapinha no braço dele.

- Sem graça! Se você continuar dizendo que dou mal exemplo para minha filha vai se ver comigo!

- Ui! Foi uma ameaça?

- Você quer se divertir hoje?

- Golpe baixo, Tempe!

Ao chegarem em casa, ela foi logo se assanhando para ele e o sábado fechou com chave de ouro para o casal insaciável. Fizeram amor sem pressa e dormiram abraçadinhos.

Era terça e Brennan tinha conseguido sair do plantão um pouco mais cedo. No caminho do apartamento de Booth decidiu parar na Dean & Delucca para comprar pão fresquinho, queijos e frios para Booth. Queria fazer um agrado a ele. Depois de pegar tudo que imaginara, ela seguiu com as compras para o caixa mas parou na frente da vitrine de doces onde algo em particular chamou sua atenção.

- Hum...cinammon rolls...parecem tão bonitos, apetitosos. Seu pai iria gostar, Kat. Acho que vou levar dois. Por favor, me veja dois cinammon rolls para mim.

Porém, seus olhos continuavam fixos na vitrine. Ela queria comer agora...

- Kat, acho que vou pegar um pra nós comermos agora não? Você quer?

Brennan sentiu um puxão na barriga. Assustou-se mas dirigiu-se ao atendente e pediu um doce para comer ali mesmo. Assim que provou o primeiro pedaço ela sorriu. Realmente delicioso!

- Ah isso está fantástico.

Ela devorou o doce e pediu mais um. Quando estava na metade, ela lembrou-se do Booth.

- Se o Booth sonha que estou no meu segundo rolo, vai ter um ataque. Mas está tão bom não Kat?

Ela sentiu novamente a barriga mexer porém dessa vez ela sentiu o chute. Para testar, ela provou mais um pedaço do doce e falou com a filha. Novamente a criança chutou. Ela abriu um largo sorriso.

- Oh, Katherine... você mexeu! Filha, você está falando com a mamãe?

E um novo chute. Brennan acariciou a barriga e sentiu o movimento mais uma vez. Correu para o caixa e pagou as compras. Não via a hora de chegar em casa e contar para o Booth a novidade.

Arrumou as compras na geladeira e continuou conversando com a filha.

- Seu pai vai ficar radiante! Saber que você vai começar a mexer pra ele. Do jeito que é vai ficar todo bobo...

E mais uma mexida. Booth infelizmente chegou mais tarde, quase 8 horas da noite.

Quando ele entrou pela porta, Brennan fez um esforço para se levantar do sofá e andar até o encontro dele.

- Booth você precisa saber da novidade, ah é tão maravilhoso! Ainda não acredito até agora.

O sorriso estampado no rosto dela era difícil de desfazer. Ela acariciava a barriga e ficou de frente para ele.

- Booth, a Kat... ela mexeu!

Ele permaneceu calado.

- Ela se mexeu quando mencionei seu nome, olha...

Ela pegou a mão dele e levou a barriga, falando com a filha.

- Mexe pro papai, Kat. Ele tá aqui...

Mas a menina parecia não estar muito a fim. Brennan fitou-o ainda sorrindo. E viu.

- Temperance, eu...

Ele tirou a mão da barriga dela. O rosto cansado e sério denunciava: algo estava errado. Muito errado. Ele a chamara pelo seu nome inteiro.

- Booth, o que aconteceu?

O sorriso desapareceu do rosto dela dando lugar a preocupação. Algo muito errado.

- Fala Booth!

- Temperance, eu...eu fui chamado para o Afeganistão. Querem que eu passe dois meses treinando soldados.

- O que?

- Eu sinto muito...

Brennan sentiu as forças se esvairem do seu corpo, desabou no sofá.




Continua.......

6 comentários:

Julia Blaustein disse...

Kareeeeeeeeeeeeen! Eu amei a parte do "- Porque você e o sorvete de creme são uma combinação explosiva! " mas separá-los mais uma vez é uma puta sacanagem poxa! KKKKKKKK Não mas gostei até porque a última separação fo boa pra eles... Só na espera pra saber o que acontecerá!

Unknown disse...

Karen eu adoro suas fics,mas ainda não tinha tido tempo de comentar ainda,esse cap foi muito bom e a parte do sorvete de creme simplesmente hilária kkkkkk. Mal posso esperar pelo próximo...

Carol Lopes disse...

Eu vou fazer picadinho de você Karen!!!! DUAIS MESES NO AFEGANISTÃO?!!! Coitada da Brennan... Ela ta esperando a filha deles.... Não é justo!!! Ja tô preparando a panela com cebolas, tô indo aí buscar teu fígado!!! #Sofri

Carol Lopes disse...

DOIS MESES*

Eliane Lucélia disse...

Como comentar sem dizer que quero te matar? ficou tão difícillll, mas no capítulo inteiro vc deu dica que algo não tão bom iria acontecer, o Booth sempre em reunião até tarde, ele me parece que estava sempre tenso, só por isso vou te perdoar um pouquinho, pq isso é uma marca de um verdadeiro escritor, não é para qualquer um. Gostei muito do capítulo até chegar nas quatros últimas linhas, mas como vc não é o HH, vou dar um voto de confiança, mas estou com a arma em punho. Estou curiosíssima para o próximo capítulo. bjosss

Estefane disse...

Primeira vez na suas fics que quero bater em vc Karen como vc faz isso mulher. Coisa mais fofa essa volta do Booth ai vc vem com essa bomba amiga.
Estava tudo tão maravilhoso. Carinhos, passeios, declaração de amor, muita comida
(não poderia faltar o sorvete de creme). kkkkkk Brennan trabalhando ao máximo por estar feliz com sua vida completa. O primeira movimento do baby. Ai vem essa do Afeganistão. Não pode isso. Estou em processo de negação aqui.kkkkkkkkk Não acredito nisso
ainda. Espero que essa viagam corra tudo bem e Booth volte logo. O jeito agora é esperar.