Don’t Give Up on Chasing Rainbows...
Autora:
Karen Jobim
Classificação:
PG-13/NC-17
Gênero: AU - BTL da S5 (between the lines)
Advertências: Angst,Romance – from After
The Storm
Capítulos:
1 de ?
Completa:
[ ] Sim [x] Não
Resumo: Com um
final eletrizante de temporada, Castle prepara-se para a season 5 com uma nova
perspectiva. A vida de Beckett está por um fio, ela é o alvo. Always quebrou
barreiras e paradigmas e agora chegou o tempo de enfrentar tudo e todos. Um
jogo de vida e morte que ela não enfrentará sozinha. O muro caiu e Kate e Rick
são um casal?! Caught in the act.
Together. Castle e Beckett vão enfrentar assassinos, os colegas e
principalmente um ao outro procurando se acertar nessa nova fase do
relacionamento.
Nota
da Autora: A exemplo do que aconteceu durante a S4 quando decidi escrever Rise
Again, essa fic se passa a partir da SP da S5 – After the Storm – e se
estenderá até o fim da temporada com conceito de avaliar tudo aquilo que não
foi dito ou mostrado. O grande trabalho dessa fic é dos escritores de Castle
mas sempre cabe algo mais nas interpretações dos episódios. Espero que gostem!
Nota
da Autora 2: Sobre primeiro capitulo, vocês não verão alguns elementos do
episódio na mesma ordem apresentada e se sentirem falta de alguma cena, acalmem-se,
faz parte da minha storyline. Garanto que será por boas razões. Os primeiros parágrafos foi retirado de Rise Again.
NC-17.... be aware!
Enjoy!
Don’t Give
Up On Chasing Rainbows
Cap.1
Apartamento de Castle
Batidas na porta o fizera despertar de seus
pensamentos. Ao abrir, ele a viu escorada, os cabelos molhados e desalinhados.
Havia algo de urgente no seu olhar.
- Beckett, o que você quer?
- Você.
Ela avançou em direção a ele decidida e segurando com
as mãos o rosto dele o beijou pegando Castle de surpresa. Ela quebrou o beijo
momentaneamente e mantendo as mãos sobre os ombros dele e as testas coladas,
ela balbuciou entre lágrimas.
- Sinto muito, Castle. Sinto muito. Sinto muito.
Queria beijá-lo novamente, ela busca os lábios dele
mas no momento que começou a beijá-lo, Castle a impediu. Queria saber,
precisava saber o motivo dela estar ali se desculpando, precisava saber tudo.
- O que aconteceu?
- Ele escapou e eu nem me importei – as lágrimas
rolavam pelo rosto dela - Eu quase morri... mas só pensava em você. Só quero
você.
Ao pronunciar essa frase tão poderosa, Kate abriu a
boca sedenta por mais um beijo, ele esquivou-se porém Kate não estava disposta
a desistir do que viera fazer ali. Ela acariciou o canto dos lábios dele, um
relâmpago clareou o seu rosto e Kate sentiu o desejo do homem que ama
finalmente extravasar quando a empurrou contra a porta e beijou-a
apaixonadamente. O desejo tornou-se urgente e os beijos intensos ele deslizava
os lábios pelo pescoço dela enquanto Kate deslizava as mãos nas costas dele
tentando puxa-lo para ainda mais próximo de si, não queria um único espaço
entre eles. Castle podia distanciar a boca daqueles lábios mas em poucos
segundos voltava-se para eles. Ela ofegava ao toque dos lábios e ao sentir as
mãos dele escorregarem pela lateral do seu corpo. Castle beijou-lhe a nuca, o
colo e o meio de seus seios, exatamente onde a sua cicatriz deveria estar. Não
precisaria pedir permissão para seu próximo movimento. Ele abriu a blusa dela
deixando o soutian à amostra para poder ver a marca do tiro gravada na pele
dela. A cicatriz responsável por tudo que acontecia exatamente naquele instante
entre eles. Castle fez menção de tocá-la, queria ver que era real e Kate guiou
a mão dele até o lugar onde a pele fora marcada. Sentiu o corpo arrepiar com o
toque dele e tornou a beijá-lo, agora de maneira mais carinhosa, sensual
tocando levemente o rosto dele. Saboreavam o momento com pequenos beijinhos e
quando seus lábios separaram-se pela última vez, ela abriu um sorriso e sua mão
buscou a dele entrelaçando os dedos de Castle aos seus. Sem quebrar o olhar com
o dele e mantendo as mãos entrelaçadas, Kate deu o próximo passo.
XXXXX
A luz da manhã adentrava o quarto fazendo os raios de
sol iluminarem a cama. Como quem acorda de um sonho, Castle despertou-se em um
sobressalto. Esfregando os olhos, o primeiro pensamenro do dia lhe veio à
mente. Kate. Percebeu que estava nu sob as cobertas e a cama ao seu lado vazia.
Será que sonhara com tudo aquilo? Não, simplesmente não poderia ser. Era muito
real. E então ele a viu. Caminhando lentamente descalça e com as pernas longas
maravilhosas, ela trazia duas xícaras de café nas mãos. Ele não podia deixar de
admirar a beleza dela, os cabelos soltos e desalinhados e ela vestira uma
camisa dele. Isso era tão intimo...
- Fiz café para você.
- Então não foi um sonho.
Ela se aproximou da cama e estendeu a xícara de café a
ele. Sorrindo, Castle a encarou. Ela sentou-se na cama de frente para ele. O
olhar bobo no rosto de Castle a satisfazia. Ela tinha esse mesmo olhar, uma
mistura de felicidade e timidez.
- Não, você, definitivamente, não estava sonhando. O
riso meio tímido escapara-lhe dos lábios.
- Você estava certa. Eu não tinha ideia.
-Você gostou? A curiosidade estava no olhar. Ela
queria saber.
-Gostei.
-Mesmo da parte em que...
- Principalmente essa parte. Adorei.
- Que bom. Eu também.
E ela deixou o sorriso tomar conta de todo o rosto
porém, tudo era novo e excitante. Kate deixava-se tomar pela timidez daquele
momento que esperara tanto para viver baixando a cabeça por uns segundos, a luz
do sol refletiam nos cabelos fazendo a imagem para Castle ficar ainda mais
bonita. Agora estava ali, era real. Porém, quão real? Castle não duvidava de
seus sentimentos por ela mas precisava perguntar.
- Então...Você está ciente disso, certo? Não foi algo
do tipo: "Larguei meu emprego, quase morri, estou em crise"?
-Não, não para mim. Ela franziu o cenho levemente.
- Certo, para mim também não.
- Certo. Que bom.
- Que bom. Tomada por um desejo de te-lo novamente
para si, ela começou a divagar timidamente, como uma adolescente à principio.
Não que esse fosse o estilo de Kate Beckett, não. Seu único propósito realmente
era instiga-lo para fazerem amor mais uma vez.
- Mas eu... acabei de largar meu emprego. E tenho o
dia livre.
- Eu tenho... também.
E ele se aproximando dela desfez o botão da camisa,
provocando.
-É mesmo?
-Sim. O que você gostaria... de fazer hoje? A camisa
já fora descartada deixando o ombro dela à amostra. Um sorriso iluminado
aparecia no rosto dela quando casualmente engajava na conversa com ele também
provocando.
-Não sei. Poderíamos ler.
-Poderíamos assistir TV.
- Poderíamos pedir algo para comer.
- É, poderíamos fazer isso.
Castle inclinou-se para beija-la e Kate sorrindo ia ao
seu encontro. Quando os lábios quase se tocavam, foram surpreendidos por um
grito.
- Richard, cheguei!
- Ai, meu Deus!
O susto os levou ao chão. Eles se colocaram de pé
rapidamente cobertos pelo lençol. Ambos assustados.
- Meu Deus.
- Disse que ela estava nos Hamptons.
- Estava nos Hamptons. Não deveria estar aqui.
- Querido, precisamos conversar – Martha dizia.
- Esconda-se.
- O quê?
- Esconda-se!
- Sério? Ela não estava acreditando. Ele saiu
empurrando-a em direção ao closet.
- Entre no closet.
- Não entrarei no closet. Ela bateu o pé e não ia
aceitar isso mas a aproximação dos passos de Martha a fizera mudar de ideia
além da cara de desespero de Castle diante da teimosia dela.
- Entre no closet!
Kate correu e escorou a porta no momento que Martha
adentrou o quarto.
- O que está acontecendo?
- Só estava... fazendo a cama. O que está fazendo
aqui?
- Quero conversar com você sobre as várias qualidades da
sua filha...
- Precisamos fazer isso agora?
Então, ele percebeu o soutian ao chão bem na direção
da sua mãe. O soutian! Arregalou os olhos. A face demonstrava o medo de ser
pego e com uma certa destreza, ele pegou a peça com a ponta dos dedos dos pés e
jogou-o para trás fora da vista de sua mãe mas bem visível para Kate que assistia
a tudo com cara de poucos amigos.
- E te lembrar que nossa Alexis é um modelo de
bondade, bom senso e maturidade. De quem ela herdou
essas qualidades, eu não sei.
Beckett observava a cena e a raiva aumentava, ah ela
queria bater nele. A que ponto chegara?
- Certo! Eu só estaria mais confortável com esta
conversa se estivesse vestido.
- Bem, tudo bem. Encontraremos você na cozinha.
- Encontraremos? Alexis também está aqui?
E Martha virou-se rumo à porta do quarto quando Castle
sentiu a camisa voar em sua direção. Ele olhou para ela. Definitivamente, Kate
Beckett não estava gostando nada do que acontecia. Estava bufando. Ele
vestiu-se rapidamente e virou-se para ela.
- Eu cubro pra você. Desculpe.
Deixou o quarto. Beckett não podia acreditar no que
acabara de acontecer. Não, era muita coisa de uma vez. Eles foram pegos no
flagra! Como pode? Isso não era o colegial. Ela não era uma adolescente. E no
closet? Ela nunca precisou se esconder no closet de alguém. Ela juntava as suas
roupas que estavam espalhadas pelo chão do quarto e começou a vestir-se
rapidamente. Depois de todos esses anos, ela teria que sair do apartamento dele
escondida, como uma criminosa.
- Ah, Rick Castle...você me paga! Vou ser obrigada a
me esgueirar pelas portas, é quase uma...não nada de quase, era uma humilhação.
Ah, droga Castle!
Vestiu a roupa e após ter certeza que pegara tudo, ela
suspirou preparando-se para sumir como um gato daquele lugar. Vagarosamente e
atenta, ela desceu as escadas. Pé ante pé, ela caminhava sem fazer barulho.
Agora vinha a parte mais difícil. Ela ouvia a conversa deles na cozinha. Como
ela sairia dali sorrateiramente sem ser pega? Tinha que ser muito rápida. Teve
uma ideia.
- Que tal um chá? Chá pode ser bem reconfortante.
- Não, nada de chá.
- Nada de chá.
- Alexis, você está de ressaca?
- A festa de formatura era um pouco fora de mão e
Alexis me ligou da festa. Voltei para a cidade, fui buscá-la. Por favor, não
fique irritado.
Ele percebera a sombra de Kate na sala. Mantinha os
olhos atentos.
- Por que não me ligou?
- Eu tentei. Você não atendia.
- Certo. E... isso é culpa minha. Foi erro meu.
Ele viu Kate deslizar já vestida e com os sapatos na
mão até a porta sem fazer nenhum barulho sequer. Ele tinha que manter a
conversa para que as duas não desconfiassem. Percebeu que Beckett parara na
porta e não saira. Ela olhou para sua blusa e percebeu que havia esquecido o
soutian. Ah, não! Ele sabia que ela não ia embora assim. Começou a divagar como
ele sabia fazer muito bem.
- Bem, Alexis, como seu pai, tenho que dizer que
estou... profundamente desapontado e, ainda assim, orgulhoso.
Beckett olhou para ele de olhos arregalados e correu
de volta para o quarto. Ele fez uma careta.
- Minha cabeça está estourando!
- Querida, vou te pegar algumas aspirinas.
Quando Martha ia se virar para dar de cara com Kate,
que surgira de volta próximo a porta, Castle gritou e ela congelou.
- Não, não! Ele agarrou o braço da mãe.
-Ai!
- Nada de aspirina.
- Como assim?
- Por que não?
Kate ficou parada por uns segundos esperando para dar
o próximo passo. Então, ele tornou a falar de maneira entusiasmada, os olhos
não saiam de Beckett. Ele precisava garantir que ela saísse dali sem problemas.
- É a primeira ressaca dela. Quero dizer, é um marco! Um
rito de passagem. Não quer experimentar isto – ele olhava preocupado para a
porta, porque ela demorava tanto para sair, tinha que voltar pelo soutian? - em
sua plenitude, sem alívios artificiais,sob o efeito de analgésicos?
Finalmente Kate batera a porta da frente.
- Não.
- Tudo bem. Aspirina então, querida.
No 12th Distrito, Gates checava com Ryan se havia
alguma novidade sobre o atirador de Beckett. Ele conta que o cara desaparecera
mas descobrira o que ele procurava. Uma foto no álbum de casamento de
Montgomery. A esposa estava trazendo o negativo, com sorte conseguiriam
acha-lo. Ryan ainda reclamou sobre o
fato de estar sozinho investigando porém a Capitã disse estar sem recursos e
que teria que se virar sozinho. Em outro canto da cidade, Maddox torturava
Smith com um único propósito, descobrir onde o arquivo que ele guardava estava.
Era a ultima prova que existia sobre seu empregador.
Apartamento de Beckett
Ao abrir a porta, Castle pode notar pela cara dela que
ela estava chateada e que ele estaria encrencado. Fez uma careta estilo “mea
culpa”.
- Veio se desculpar por me esconder no seu armário?
Ela saiu andando deixando-o para trás. Ele fechou a
porta e tentava se explicar. Kate de costas para ele.
- Deixe-me explicar. Quando ouvi a voz dela, reagi por
instinto.
- É. Como um estudante do 2º ano do ensino médio.
- Exato. Não. Eu...
Ela o fitou com aquele olhar intrigado e então percebeu
que ele tinha vergonha.
- Espere um minuto. Está com vergonha de ser visto
comigo.
- Isso não é verdade. Eu... Isso... Eu... Certo – ele
gaguejava sem conseguir se explicar, ela continuava intrigada - Isso tudo ainda
é muito novo para mim e, me chame de egoísta, mas quero manter o que temos
juntos para nós mesmos um pouco mais.
Ela entendeu o que ele queria. No fundo, ela também
queria um pouco de anonimato e decidiu relevar o problema que tiveram naquela
manhã. Ela cruzou os braços.
- Ainda assim, não foi seu melhor momento.
- Não. Mas talvez eu possa... – ele se aproximou dela
- compensar você...de alguma forma.
- Desde que saibamos que sua mãe não aparecerá, podemos
ir para o segundo round. Ela se aproximou dele já com um meio sorriso, disposta
a esquecer o mau entendido.
- Tecnicamente, seria o quarto round, mas... – batidas
na porta o assustaram - Ela está nos perseguindo. Ela sabe.
-Quem é? Beckett gritou.
-Beckett, é Ryan. Foi a vez dela entrar em pânico.
- Esconda-se. Rápido. No armário ali.
- Não ficarei ali.
- Por quê? Escondi-me no seu. Por que não pode no meu?
- Por que deveria?
- Porque...
- Beckett, está tudo bem?
- Ótimo – ela baixou o tom da voz após responder ao
Ryan - Talvez eu não esteja pronta para ninguém saber ainda... Neste momento.
- Como ele vai saber?
- Você está aqui, como eu estava lá.
- Sim, a diferença é: estou vestido com minhas calças.
Ou... Ou está com vergonha de ser vista comigo?
Bom ponto, ela pensou - Certo. Tudo bem. Apenas aja
normal... Se isso é possível para você.
- Sou eu. Ela foi em direção a porta e olhou uma última
vez para ele antes de abrir. Castle tentava agir casualmente.
- Oi, Castle. O que está fazendo aqui?
- Estava passando pela vizinha... ança. Só vivi 20... O
que está fazendo aqui?
- Preciso falar com você sobre o caso.
- Ryan. Não, Ryan. Eu renunciei. Para mim, chega.
- Olhe... Espero que não seja por causa de Gates ou...
por causa do que fiz.
- Não. Não. Eu entendo. Só tentava nos manter seguros.
- Ainda tento. E esse cara que te jogou do telhado, ele
ainda está solto.
Castle sabia que falar nesse assunto afetaria a ela
novamente, tentou interceder - Ryan...- mas Ryan parecia decidido.
- Eu sei o que este caso tem feito com você, não estou
pedindo para você participar, só quero te mostrar uma coisa. Isso é tudo – ele
abriu o arquivo que trouxera e tirou a foto de lá - Encontramos uma cópia da
foto que Maddox tirou do álbum. Conhece os caras com quem Roy se meteu naquele
dia. Ele é um deles?
- Nunca o vi antes.
- Eu já – Castle o reconheceu, pegou a foto - Esse é o homem do qual te falei, o que vem
tentando te manter segura.
- Tem certeza?
-Ele está mais velho, mas é ele.
-Do que estamos falando?
- Seja qual for a informação que Montgomery deu a ele,
ele tem usado para te proteger. Mas agora enviaram... Maddox para caçá-lo e
pegar de volta – ele sabia o impacto de suas proximas palavras - Se não o
acharmos antes de Maddox, você nunca estará segura de novo.
E o choque a atingiu mais uma vez. Beckett não podia
acreditar que estava experimentando todas aquelas sensações de novo. O rosto já
se transfigurou de preocupação perdendo toda a tranquilidade que esboçava a
minutos atrás.
- Esse cara que Maddox está procurando, ele é a chave.
Achando ele, achamos o arquivo de Montgomery. Poderia levar a quem está por
trás de tudo, incluindo o assassinato da sua mãe.
Ryan começou a fazer perguntas sobre o homem a Castle.
Qualquer coisa que desse a ele uma nova pista mas não havia muito o que dizer
exceto por um numero de telefone. Para Ryan era o suficiente para continuar a
ligação. Kate apenas ouvia a conversa dos dois, estava abalada demais para
participar, Castle percebera. Ryan deixou o apartamento de Beckett. Ela sem
dizer uma palavra tentava reagir a tudo isso. Sentou-se no sofá, o semblante
demonstrando a volta de todos aqueles sentimentos que ela queria deixar para
trás. Ele sentou-se de frente para ela.
- Isso deveria ter acabado. Não posso voltar de novo. Não
agora.
- Agora não temos escolha. Se Maddox achá-lo antes de
nós...
- Mas não sei como fazer isso. Nem policial sou mais.
- Eu te direi exatamente o que fazer – ele precisava
tira-la do limbo, evitar que fosse vencida pela paranóia e pelo medo, sacudiu a
foto - Descobriremos quem é ele. Já fizemos isso antes e com menos recursos.
Ela levou a mão a cabeça. Nervosa. Ele tinha que
trazer a detetive dentro dela de volta. Eles precisavam disso.
- E quando conseguirmos, deixamos os outros
continuarem e voltamos para onde paramos. É nisso que você é boa. E eu não sou
tão ruim. Então... – ele colocou a foto sobre a mesa e iniciou a conversa,
esperava que ela o seguisse - O que sabemos? Que esse cara tem uns 60 anos, mora
em Nova Iorque faz tempo, amigo de Montgomery, então pode ter contatos na polícia
– Castle olhou para ela.
- Ele... – ela inclinou-se aproximando-se da foto - Ele
parece importante, rico.
- Isso mesmo – ele esboçou um sorriso sabendo que a
tinha fisgado - E é isso tudo desde que esta foto foi tirada.
- Como sabemos disso?
-Veja o pulso dele. É um Nautilus 3800. Custava US$ 10
mil em seu lançamento em 1981. E... – Castle vislumbrou algo importante - Foi
nesse ano que Montgomery se casou. Maio de 1981. Quantos desses relógios poderiam
ter sido vendidos em 5 meses? Ele seguiu essa pista e descobriu que 17 peças
foram vendidas e a maioria para uma firma PPC de advogados. Se achassem a
firma, talvez achassem o cara. Beckett e Castle estava na frente do computador
pesquisando a tal firma - Certo, então esta é a equipe da PPC que venceu o
caso, mas não o vejo – Beckett falou.
- Eram 9 membros. Só há 8 aqui. Ele deve ser o ausente.
- Ou ele nem é advogado.
- Ou ele é e trabalha... Nos bastidores. Ele seria... Consultor,
como Michel Clayton.
- Castle, esta foto tem 30 anos. Não sabemos se esse
cara ainda trabalha na firma ou se trabalhou mesmo por lá.
O celular tocou – Beckett - Era Ryan.
-Más notícias. O número é de um celular descartável e
fora de serviço. Seja lá quem ele for, cobriu os rastros. Vamos colocar alertas
para o Maddox. Faremos circular fotos por todo o estado. Alguém o localizará.
- Não podemos esperar – disse Castle assumindo a
ligação de frente para o computador ao ver ela levantar-se e andar pensativa
pela sala até encostar-se na parede de frente para Castle - Conseguiu algo?
- Há uma coisa, mas é um tiro no escuro. O cara usou uma
voz computadorizada em vez de serviço comum de celular, mas ele ligou de um
local com sinal ruim através de uma rede sem fio.
- Se é uma rede, teremos um IP.
- É, e o rastreamos. Não é nem em Nova Iorque.
-Então onde é? Beckett perguntou.
-A ligação veio de uma rede sem fio que está
registrada no Iate Clube Magellan, em Westport, Connecticut.
-Obrigada, Ryan.
Castle começou a digitar rapidamente. Um site surgiu
na tela.
- Ele deve ser membro do clube. Talvez haja uma foto
dele em algum site? Uma lista de nomes de membros aparecia ao lado. Beckett
notou a semelhança.
- Castle. Veja. Na lista de consultores de advogados. Agora
veja o quadro de diretores – o mesmo nome aparecia.
- Michael Smith. É ele.
Em algum lugar de Manhattan, Esposito esperava para
encontrar um amigo. Fazia sua investigação por conta própria. Com ajuda de seu
amigo, ele conseguiu acesso ao Departamento de Defesa e com as informações que
possuía sobre Maddox, ele esperava descobrir sua real identidade.
XXXXXXXX
Beckett arrombou a porta da casa com a arma em punho.
Com uma olhada geral no apartamento, ela deduziu que chegaram tarde demais.
Castle viu o homem amarrado na cadeira.
- Maddox o encontrou antes.
E então ela percebeu que algo queimava na lareira.
Agachou-se e viu o símbolo da NYPD num pedaço de papel.
- O arquivo. Castle. Sua voz denunciava medo e
urgência.
- Ele ainda está vivo.
Em questão de minutos, eles acionaram os paramédicos e
uma equipe do CSU. A cabeça de Castle doía. Não podia ficar sem resposta, a
vida dela dependia daquilo. O arquivo não poderia ter sido destruído tão
facilmente, não, ele se negava a acreditar que não tinham sequer uma chance.
- Consegue me ouvir? Ele tentava arrancar algo de
Smith.
- Senhor, preciso que se afaste.
- O arquivo... Ela não está segura – Castle insistiu
olhando angustiado para ele, precisava de respostas. 86... Smith deixou
escapar. Quase a beira do desespero, ele insistiu. Questionara o homem a sua
frente, precisa de uma pista, algo que mostrasse que eles ainda podiam lutar.
Smith revelara apenas um número antes de ser levado pelos paramédicos ao
hospital. 86 e um muxoxo que Castle entendeu como um possível Ma...
Beckett estava a um canto observando.
- Se Smith sobreviver, Ryan o colocará sob proteção, assim
Maddox não volta para terminar o trabalho.
- Smith me deu uma mensagem. Ele disse "86".
Deve ser uma pista para o arquivo.
- Sabe onde está o arquivo. Bem ali. Totalmente
queimado.
- Não, Smith é esperto demais para deixar uma cópia
aqui. Ele é muito cuidadoso. É um código. A resposta está aqui.
Ela viu no rosto dele a urgência e a angústia. Decidiu
embarcar com ele nessa busca. Eles reviravam um antigo armário de arquivos
velhos, casos antigos possivelmente. Por mais que olhasse, Kate não conseguia
ver nada de relevante naquelas pastas, nada que apontasse o caminho. Era um
beco sem saída. Não deviam insistir mais nisso. Frustrada, ela tratou de
tira-lo dali ou enfrentariam sérios problemas se fossem pegos. Ele limpava o
suor da face e continuava procurando até ela fechar a gaveta.
-Precisamos ir.
-Tem que estar aqui. Algum lugar aqui – ele tornara a
abrir a gaveta contrariando-a, revirava os papeis com pressa. Estava
trabalhando contra o tempo.
- Castle, não há nada para achar. 86 pode ser qualquer
coisa. É procurar agulha no palheiro.
- É, procuro agulha em palheiro, porque se o arquivo
sumiu, eles virão atrás de você – e Beckett por fim viu algo diferente nos
olhos dele, medo - E não há nada que eu possa fazer. Se tiver uma agulha, eu
vou procurar.
- Castle, nem deveríamos estar aqui. Quando a polícia
chegar, seremos presos por invasão. Estamos sem tempo. Ela estava preocupada
com a situação, com eles. Com tudo. Precisava tira-lo dali. E então, ele
segurava um papel nas mãos.
- Smith tem propriedade em Manhattan. Essa na rua
Markwell, 86. Foi o que Smith disse. Ele disse "86" e um
"ma", algo que começasse com "m". Esse prédio é onde o
arquivo está.
XXXXX
Eles caminhavam pelo prédio, era uma propriedade
abandonada. Em fase de demolição.
- Tudo bem. O prédio tem 10 andares. Não vai ser
difícil achar o arquivo, vai?
- Ele esconderia em um lugar que os demolidores não
achassem.
- O que sugere que o sr. Smith não só é dono do
prédio, como o conhece inteiro.
Ela caminhava ao lado dele e sentiu que precisava
agradece-lo – Hey, obrigada.
- Pelo quê? Ainda não encontramos.
- Eu nunca chegaria até aqui se não fosse por você.
Ele a fitou, viu a nesga de um sorriso no rosto dela -
Vamos resolver isso, você e eu. Começaremos demolindo as paredes internas. Smith
não esconderia aí com o reboco se despedaçando. O teto também está ruim.
Então ela percebeu algo no chão, uma espécie de caixa
de correios – Castle – ela caminhou até lá. Castle a seguiu. Agachou-se próximo
e observou. Era sim a caixa de correspondência do prédio e nela mais uma pista
para eles - Michael Smith, 523. Ele não era só dono do prédio.
- Tinha um escritório no 5º andar – completou Castle e
então eles ouviram um clique de uma arma, ao virarem suas cabeças para trás
viram Maddox com uma arma apontada para eles.
- Essa informação é útil. Virem-se. Mãos para trás – eles
obedeceram e Maddox se aproximou para amarra-los - Você não sabe quando parar, não é?
- Então convenceu Smith a dizer onde o arquivo estava.
- Disse que estava em um cofre no piso, mas não disse
onde. Ainda bem que vocês descobriram.
- Você não o matou para o caso de não achar o arquivo.
- E quando o achar, fecho nossa conta – ele disse
amarrando Beckett. Empurrou-os até um ambiente onde poderia mante-los trancados
por um tempo - Até mais – e fechou a porta atrás dele.
Beckett engoliu em seco. Talvez fosse o fim da linha
para eles. Mas Castle não demonstrava sinais de quem iria desistir. Eles trocavam
algumas ideias para tentarem se soltar mas faltavam opções. Com um parafuso
encontrado no local, Castle se dedicou a raspar as amarras. Precisava se apegar
em algo para sair dali. E assim o fez. Enquanto isso, Maddox munido de
equipamentos precisos, procurava pelo tal arquivo. Após serrar o chão, ele
removeu o pedaço solto. E lá estava a estrutura metálica, um cofre.
Já fazia um tempo que Castle esfregava o parafuso
contra as amarras que prendiam as mãos de Beckett. Não estava nem perto de
conseguir solta-la. O tempo estava contra eles.
- Não consegui nada com isso.
- Castle, eu ouvi passos. É ele. Rápido.
- Se morrermos agora, me sentirei roubado.
- É, eu também.
Ele virou-se para ela com um certo sorriso nos lábios
- Pelo menos... Pelo menos tivemos ontem. Devíamos ter feito aquilo há 4 anos –
ela esboçou um sorriso e ia falar algo quando ouviram uma voz.
- Feito o que há 4 anos? – era Esposito. Caminhavam
pelos corredores do prédio em ruínas ouvindo o que Espo tinha a dizer.
- O nome do Maddox é Cedric Marks. Quando deu baixa, arrumou
emprego na Arantus Solutions. Uma fornecedora militar clandestina.
- Como isso o trouxe aqui?
- Quando consegui o nome, coloquei alerta no carro. E
ele foi visto neste prédio. Quando cheguei, vi o seu carro.
Ela o deteve - Espere, Espo. 523 é virando aqui. Tem
uma arma extra?
- Tenho. E estendeu a arma para ela.
- Legal e para mim?
Esposito olhou para ele como quem diz, sério? - Quer
dizer uma arma extra da extra?
Ela observava Maddox trabalhando. Mexia em um
dispositivo para descobrir a senha do cofre. Beckett resolveu entrar em ação.
- Não se mexa. Nem sequer respire. Pegue-a e explodo
sua cabeça. Ela falava da arma ao lado dele.
- Certo, detetive. Você está no comando – porém, ele
tinha uma outra escondida no casaco. Enfiou por dentro do arquivo já se
preparando para atirar nela.
- Agora, lentamente, abaixe e entregue-me o arquivo.
E então tudo aconteceu em frações de segundos. Ao
erguer o arquivo, Maddox acionou uma bomba e tudo foi pelos ares. No instinto,
Castle a puxou protegendo-a contra a parede. A explosão matara seu algoz e
também reduzira a pedacinhos o arquivo, a única peça que podia dar a eles
qualquer informação para seguir em frente e resolver o assassinato da mãe dela.
- Ele se foi.
- Obrigado pelo aviso, Smith.
- Ele sabia que Maddox apareceria aqui antes.
- O que é... O arquivo.
XXXXXX
Gates os encontrou no prédio. Estava com cara de
poucos amigos. Ela sabia que eles escondiam algo infelizmente não podia
força-los a dizer a verdade a ela. Questionou-os e como todos confirmavam a
mesma versão da história, ela não podia fazer muito. Concentrou-se então em
Ryan e nos detalhes da cena da explosão dispensando-os.
Apartamento de Beckett
- Estávamos tão perto. Aquele arquivo iria nos dizer quem
está no meio disso e quem matou minha mãe.
Ela observava o seu próprio quadro de evidências.
Espósito trouxe uma cerveja para ela. Falou - Pelo menos Maddox não virá atrás
de você.
- Mandarão outro.
- A menos que eles não saibam que o arquivo foi
destruído. Talvez achem que ainda está no jogo.
- Eu não apostaria nisso. E você? Beckett falou e eles
ouviram um barulho. Espósito pediu silencio e sacou a arma. Kate fez o mesmo,
Castle pegou um objeto de ferro. Ele mirou e apontou quando abriu a porta e viu
Ryan ali com cara de assustado.
- Quer colocar essa coisa para lá?
- Ora, se não é Judas.
- Certo, amigo. Quer dar um tempo?
- Rapazes, vamos lá.
- O que está fazendo aqui?
E Ryan mostrou o saco de evidências cheio de
pedaçinhos de papel. Rapidamente, os
quatro montaram uma estrutura para investigação. Qualquer informação era
válida. Nomes, lugares, datas, algo ou alguém que levantassem suspeitas. Tinham
um quebra-cabeça na frente deles e por horas trabalharam nele.
- 5 horas e tudo que temos é do tamanho de uma
figurinha. E ainda está em branco.
- Tenho "saldo final" aqui. Acho que é algum
tipo de extrato bancário.
- Não é apenas um extrato bancário – Beckett juntou os
pedaços.
- Esta é parte de uma ordem de pagamento em dinheiro. Poderia
ser um pagamento.
- Provavelmente do nosso cara.
- Faz sentido.
- É? De que maneira?
- Tudo começou quando Montgomery e seus colegas sequestraram
mafiosos em troca de dinheiro.
- E sabemos que alguém descobriu e pediu uma fatia do
dinheiro.
- E seja quem for, há algo no arquivo que ele não quer
que apareça. Castle completou. Esposito achou alguns números.
- Há números nisto. São impressos. É uma sequência de
8 dígitos, por isso não é de telefone. Espere um pouco. Isto é... O verso da
ordem de pagamento. E esses dígitos, 0-8-6-7-2-2-4-1, é a conta onde foi
depositado. Se descobrirmos de quem é, teremos um nome.
Então Ryan intercedeu - E acho que sei como. Lembram-se
quando verificamos contas bancárias no caso da bomba radioativa? Usamos o banco
de dados federal.
- E eu ainda me lembro da senha – disse Esposito e
seguiu para o computador de Beckett - Não sei se o histórico das contas são tão
antigos.
- O titular desta conta é a pessoa que matou minha mãe
– ela precisava saber - Execute.
PROCURANDO NO BASE DE DADOS – um resultado surgiu na
tela.
- A conta foi fechada há 19 anos. E pertencia a um
homem chamado William H. Bracken.
O nome soou familiar. Ela encontrou um panfleto e
mostrou a eles - Você quer dizer senador William Bracken?
- De acordo com seu perfil no site da campanha, o
senador Bracken foi promotor auxiliar em Nova Iorque entre 1988 e 1992. Ryan
informou. Castle percebeu o semblante preocupado dela.
- Kate?
- Estou bem, Castle.
- O histórico de Bracken se encaixa. Foi quando
Montgomery sequestrava mafiosos.
- Bracken ouviu boatos do que eles faziam.
- E então percebeu que não poderia intimar mafiosos, pois
eles não iriam depor e os policiais sairiam livres.
- Então, ao invés disso, ele decidiu entrar em ação. Se
estavam coletando resgates de mafiosos, ele queria uma parte desse dinheiro.
- Certo, mas quando sua imagem ascendeu de deputado a
senador, percebeu que esse escândalo nunca poderia aparecer.
-E pessoas começaram a morrer.
-Isso explicaria ele vir atrás de você agora – Castle
falou - Bracken irá concorrer à presidência.
- Está tentando limpar a casa e você é a próxima.Temos
que detê-lo. o celular de Ryan toca.
- Como? Só temos um monte de números sem sentido para
ninguém, só para nós. Não temos nada concreto contra ele.
- Talvez eu tenha alguma coisa boa. Acabo de saber que
Michael Smith saiu da cirurgia e ele está acordado.
- Smith é a chave. Ele pode ligar tudo isso a Bracken –
Castle falou para ela.
- Castle e eu iremos falar com ele.Tentem achar uma
conexão entre Maddox e Bracken.
Beckett falou no nome de Ryan e teve permissão para
entrar no quarto de Smith. Ele se surpreendeu ao vê-la. Ao vê-los vivos, Smith
se surpreendeu. Sinal de que acharam o arquivo. Kate explicou exatamente o que
queria dele, precisava que ele testemunhasse. A resposta fora negativa.
- Isso nunca acontecerá. Veja bem, Roy Montgomery me
fez um favor uma vez. Então guardei esse arquivo e protegi você, com um grande custo
pessoal porque eu devia a Roy. Mas eu não te devo nada.
- Então você o deixará escapar desse assassinato? Ela
não estava acreditando no que ouvia. O desespero começava a formar-se no rosto
dela.
- Você não entende, detetive. Ele está protegido, intocável.
Você vai acabar morrendo. E eu também. Sendo assim, minha melhor aposta é
apenas... desaparecer. Sugiro que você faça o mesmo.
- Você sabe que sabe demais, assim como Roy e minha
mãe sabiam. Eles te acharam uma vez. E encontrarão novamente. E sua única
chance é trabalhar comigo.
Ela o olhava, esperando por um sinal de concordância.
Uma saída para continuar. Precisava disso.
- Eu estou cansado. Você precisa ir.
Ela não acreditava que terminaria assim. Como ele não
queria ajudar? Ela não podia se esconder, fugir não deveria ser uma opção. Ele
verificou se Ryan tinha alguma novidade. Nada. E de certa forma ambos já
esperavam por isso. Ele reforçou que Smith era a conexão, mas ela estava
descrente. Ele tentou incentiva-la a insistir. A última coisa que precisava
agora era Beckett se entregando a um beco sem saída. E assim ela decidiu voltar
a falar com ele. Porém, assim que ela virou-se para voltar ao hospital e tentar
mais uma vez, viu o policial que fazia a vigília. Sabia que algo muito errado
acontecia e correndo ela e Castle foram ao encontro de Smith. Chegando na porta
do quarto, ela ouviu o som sonoro da máquina e um dos atendentes cobrindo o
rosto de Smith.
- Espere. O que aconteceu?
- Parece ataque cardíaco. Fizemos tudo o que podíamos.
XXXXXXX
Ela voltara para casa. Calada observava um programa de
TV onde o Senador fazia seu jogo político. Ela lutara tanto para chegar até ali
e para que? Continuar sendo a vitima? Kate sabia o que a esperava. Sabia que
estava na mira de uma arma e a qualquer momento poderia ser morta. Era
frustrante. Porque logo agora que as coisas pareciam finalmente se acertar para
ela, para eles. Viu o reflexo dele pela TV.
- Finalmente descubro quem é o homem que matou minha
mãe e não há nada que eu possa fazer a respeito. Ryan falou com você? Ele
checou as câmeras de segurança no quarto de Smith?
- Checou.
- E? ela virou-se para fita-lo.
- As câmeras estavam desligadas. Ela notou a
sobriedade no rosto de Castle.
- Certo. Então estão vindo atrás de mim. Admitir isso
doía.
- Ryan colocou duas equipes de prontidão lá fora.
- E amanhã? E depois de amanhã?
Castle conhecia o timbre daquela voz. Ela estava com
medo. Ele precisava fazer alguma coisa.
- Deixe-me te levar a algum lugar, Kate. Algum lugar onde
esteja segura.
Ela deixou a cabeça pender no peito dele. Suspirou e o
abraçou forte. Castle apoiou o queixo na cabeça dela procurando conforta-la. Os
braços a envolvendo. E a verdade a atingiu.
- Nunca estarei segura.
Ela precisava daquele abraço, precisava sentir mesmo
que por poucos segundos uma certa proteção que a fizesse lembrar o porque de
estar ali. Odiava saber que o perigo estava novamente a rondando. Ela não
tivera nem uma semana de sossego depois que escapara da sua própria morte.
Exceto pelos momentos de carinho e prazer que ela experimentara naqueles mesmos
braços. Ela não queria que isso acabasse, não agora.
Á noite, após ver Castle cair no sono, ela ficou
virando-se na própria cama, lutando com os seus pensamentos. Precisava deixar
tudo o que a impedia de ser feliz para trás. Não podia viver com medo, às
sombras, não agora que seu coração estava pronto para viver um pouco, não
depois de apenas uma noite de amor e prazer com Castle. A mente vagou para o
momento que ela entrou no quarto dele pela primeira vez. O coração batia
acelerado. Depois de tudo o que acontecia naquele dia, isso era algo surreal.
Ainda com as mãos entrelaçadas, ela o fitou. Seu olhar
era intenso, o rosto ainda marcado por algumas lágrimas secas que ficaram ali.
Castle sorriu ao olhar para ela, sim tinha certeza que ele também parecia
experimentar um misto de emoções sem descrição naquele momento. Então, ela
sentiu a puxada forte que ele imprimia na sua cintura, buscando aproximar seus
corpos. Ela soltou a mão dele e usando ambas, percorreu os braços dele até a
altura do ombro. Um suspiro escapou dos lábios dela, seguiu-se um gesto meio
malicioso ao deixar seus próprios dentes mordiscarem seu lábio inferior apenas
para formar um belo sorriso e deixar escapar o pensamento “Isso está mesmo
acontecendo...” e tomar os lábios dele nos seus mais uma vez. Castle a apertava
contra o corpo, moldava-a ao seu próprio formato. Queria sentir-se apenas um.
As mãos dele livraram-se da blusa e do soutian com
rapidez. Ele ainda tinha muita roupa. Kate deixou seus dedos trabalharem nos
botões da camisa mas sem paciência, ela puxou deixando alguns rolarem pelo
chão. Sentiu quando as mãos dele abriram o zíper da sua calça levando-a ao
chão. Ia fazer o mesmo quando ele a surpreendeu suspendendo-a do chão e
levando-a no colo até a cama. Deitada, ela nem teve tempo de pensar em seu
próximo movimento. Ele a tomava de beijos no colo, ombros e as mãos
acomodavam-se nos seus seios fazendo Kate gemer. O toque dele era elétrico.
Arrepiava a pele e fazia seu cérebro parar, queria apenas sentir. Não precisava
falar, ele sabia o que estava fazendo. Sentiu a língua brincar com um dos seus
mamilos para ter o seio arrebatado pelos lábios dele. Isso a excitava, a fazia
gemer e perceber que seu centro estava mais do que pronto para recebe-lo.
Parecia loucura.
Ele deixou o seio de lado apenas para desenhar uma
linha de beijos no corpo dela, percorreu todo o abdômen para chegar ao seu
lugar mais desejado. Tirou a calcinha dela e afastou-se por um momento. Ali
estava ela, Kate Beckett na sua cama. Era um sonho? Se fosse esperava não
acordar nunca mais. Levantou-se e tirou a última peça de roupa que ainda
vestia. O membro já estava pronto para entrar em ação. Voltou para a cama mas
não seria tão fácil assim. Ela não deixou-o inclinar-se e o empurrou para o
colchão. Era sua vez. Precisava provar a pele dele, sentir o cheiro. Tocá-lo. E
o fez. Deslizando as mãos pelo peito dele, Kate experimentava o sabor da pele
dele com seus lábios beijando a linha do pescoço, descendo um pouco mais.
Estava sentada sobre as coxas dele e podia ver o quão excitado ele estava. Com
os lábios dela, Castle podia sentir os cabelos roçando na própria pele. Aqueles
cabelos que tanto amava, estavam secando aos poucos. Ele os acariciava quando
sentiu que ela mordiscava um dos seus mamilos e gemeu. Isso a fez sorrir mas
não tirou a sua concentração. Continuou provando cada centímetro de pele e
sorvendo a mistura amadeirada de perfume e suor tipicamente masculino. Ela
voltou a jogar seu corpo sobre o dele ficando com seus rostos alinhados. Buscou
os lábios dele e sentiu os braços dele acariciarem a lateral do seu corpo e
manteve o beijo sensual e demorado. Explorando o interior da boca tão sedenta
por ela. Involuntariamente, mexia o corpo e podia sentir o membro dele contra
sua pele, aumentando ainda mais seu desejo de te-lo para si. De se entregar.
Roçou o nariz no dele e sussurrou com uma voz rouca “You...I want you...now”.
Ela se afastou dele e tocou o membro com ambas as
mãos. Usando a palma, ela acariciava a cabecinha com os olhos fechados para por
fim abri-los e encontra-lo sussurrando por ela. Não queria mais prolongar a
vontade que a tomava. Precisava dele. Ela ajeitou-se e começou a acomodar-se
sobre ele. O vazio que sentia antes começava a ser preenchido, tomando-a numa
sensação de prazer tão antes ansiada. Ela gritou. Castle segurou na sua cintura
e ela moveu-se sentindo-o dentro dela. Ele movimentava-se com ela, em um ritmo
perfeito, sincronia, toque e sensações. Um pouco de cada era exatamente o tom
que movia o momento. Sentiu os dedos dele apertarem seus mamilos e gemeu. O
tremor percorreu o corpo deixando-a sem chance de continuar, o orgasmo a
invadiu como uma explosão seca e intensa. Ele percebeu e aumentou o ritmo. Não
pararia agora. Não ousaria fazer isso.
Ele mudou a posição de ambos e Kate ainda ofegante não
teve sequer tempo de recuperar-se do primeiro orgasmo. Ele estava por cima
agora e beijava-lhe os seios tomando-a de forma intensa. O desejo aflorava em
seus corpos e em poucos segundos, ambos atingiram o clímax e um novo orgasmo os
arrebatou. Castle deixou o corpo cair por uns instantes sobre ela. Depois
puxou-a em sua direção para ficar de costas para o colchão. Ele a abraçava.
Ficaram calados apenas ouvindo a respiração um do outro. Sentindo-se
fortalecida, ela buscou os lábios dele. Trocou mais um beijo apaixonado. Ele
sorriu. Percebeu que mal acabara de morrer de prazer com ela em seus braços já
estava querendo mais. Precisava de mais. Ele beijou-lhe o queixo e deixou a mão
deslizar para as coxas dela separando-as. Isso a fez rir. Ele queria mais. Os
dedos foram encontrar o centro dela e ele massageou o clitóris dela fazendo-a
gemer e buscar por ar. Introduziu dois dedos no centro ainda úmido dela e
começou a provocação. Kate arqueava o corpo para ele. Aquele toque era bom
demais... não demorou muito e ela voltara a experimentar um novo orgasmo. Agora
ele beijava o rosto dela suavemente querendo que ela se recuperasse do prazer
que a tomara pela segunda vez. Mas Kate tinha outra idéia. Pediu a ele, o que
soou quase como uma ordem. “Dentro de mim...de novo”. E ele obedeceu.
Penetrou-a de uma vez e deixou os corpos suados ditarem o ritmo do que
acontecia em seus corações, em suas peles, em suas veias. Kate ergueu-se da
cama ficando sentada com ele, entrelaçou suas pernas na cintura dele sem perder
o ritmo uma única vez. Ela tomada completamente por ele, sentindo-se completa,
revelou um dos seus pequenos truques a Castle. Ela movia-se com ele em um outro
ritmo. Seus movimentos pressionavam o membro dele contra sua vagina
friccionando de um jeito que o fez gritar de prazer. Ela tinha um controle
absoluto no quesito provocação. Ela apertava o membro dele em busca de prazer.
Puro e simples. Os músculos do seu centro agiam a seu favor levando um Castle
surpreso ao limite da loucura e sentiu quando ele a inundou com o orgasmo que a
tomou fortemente, ela cedeu ao desejo mais uma vez naquela noite e jogou o
corpo sobre o dele totalmente sem forças para continuar. Ambos caíram na cama
exaustos. Louco, excitante, sublime. Para Kate era uma descoberta e ainda assim
parecia que ela acabara de voltar para casa.
Ela estava se olhando no espelho. Ajeitava o cabelo,
já pronta para sair. Suspirou. Não, ela não esperara quatro anos para chegar
até ali e ter que se desfazer de tudo. Não estava pronta para abrir mão do que
tinha exatamente naquele instante. Fitava uma foto dela e da mãe sorrindo. Isso
a fez sorrir apenas para lembra-la da imagem da mãe morta na calçada. A
corrente com o solitário girando na palma de sua mão. De volta ao quarto, ela
admirava o jeito dele dormir na sua cama enquanto pegava a arma e ajeitava o
coldre ao seu corpo. Precisava fazer aquilo, precisava lutar pelo que queria.
Por eles. Castle de todas as pessoas deveria entender que ela não desistiria sem
lutar.
Na manhã seguinte, ao acordar e não encontra-la no
apartamento ele entrou em pânico. Sabia que ela era louca o suficiente para ir
atrás do senador. Ele tinha completa noção do que ela era capaz de fazer quando
se tratava desse caso e da sua vida. Kate Beckett era capaz de matar. Ele ligou
para os rapazes que vieram encontra-lo. Como ela sumira? Estava sob vigilância.
Castle tinha que revelar o que pensava.
- Onde está o senador Bracken agora?
- Cara, você não acha que ela... Ryan não quis esperar
para conferir. Discou e pediu a localização do senador. Hotel Widmark e sim,
Beckett ligara para ele a uma hora atrás. Eles não tinham tempo a perder, ela o
confrontaria.
Hotel Widmark
Ao entrar no saguão, ela se deparou com muita gente
esperando pelo senador. Apesar de ter pedido demissão, a noticia não se
espalhara pela força e foi reconhecida pela policial que fazia a segurança do
evento. Usando seu poder de persuasão, ela conseguiu burlar a fila. Assim que
passou pela corda, ela começou a correr. Precisava encontra-lo. O senador
estava ali, distribuindo sorrisos, fazendo promessas. Ela tinha que
confronta-lo. Kate movia-se rapidamente por entre as pessoas. O rosto, um misto
de medo, ansiedade e seriedade. Estava determinada. A cada passo dado, um flash
passava em sua mente.
“Está perdendo seu tempo,detetive. Você não faz ideia com
quem está lidando. Você despertou o dragão. E isso é muito maior do que imagina”.
As palavras de Lockwood ecoavam em sua mente, a imagem do tiro em Coonan, sua
mãe. Montgomery, seu sacrifício por ela “Este é meu fardo, Kate.É aqui que devo
ficar.” A cada passo dado, a cada memória, ela tornava-se mais forte, a raiva a
dominava. Ela teria seu momento, ela não iria deixar barato. O tiro. O trauma.
Estava cansada de ser a vitima, cansada de ter medo. Ela estava próxima dele.
Esquivando-se pela segurança, ela conseguiu esbarrar nele apenas para colocar
um celular no bolso do paletó. No mesmo instante, Castle e os rapazes chegaram
ao hotel. Corriam contra o tempo. O celular tocou e o senador pediu desculpas
para atender estranhando a ligação.
- Alô.
- Aqui é Kate Beckett – ela percebeu a reação dele ao
nome - Vejo que reconhece o nome. Isso mesmo. Estou te observando. Ela o fuzilava com o olhar. Ele
procurava pela pessoa que falava com ele.
- Não sei do que se trata, não me interesso por
joguinhos.
- Então passe a se interessar. Tenho informações que
destruirão sua carreira e irei usá-las se não fizer exatamente o que eu mandar.
Ele a fitou. Beckett estava falando muito sério.
- Precisamos falar com o Sen. Bracken. Ryan mostrara o
distintivo.
- Está em reunião com um doador.
-Que doador? Onde ele está?
-Ele não disse.
Ryan pegou o telefone e começou a discar. Espósito
imaginava para quem.
- Para quem está ligando? Gates? Largue esse telefone ou
quebrarei seu braço.
- Não podemos deixá-la desperdiçar sua vida.
-Não sabemos se é isso. Castle interveio puxando Ryan
consigo.
- Como assim? Você quem disse que ela ia matar o cara.
- Eu sei. Eu disse. Mas ela ainda não o fez, certo? Se
ligar, você a estará rotulando de assassina. Não dá para voltar atrás nisso. Então
não faremos essa ligação ainda.
Ryan concordou entregando o celular para Esposito.
XXXXXXX
Beckett esperava pelo senador numa das áreas
reservadas para empregados do hotel. Ao ve-lo se aproximar, falou. Apontou a
arma para ele.
- Aí já está bom.
-O que quer, srta. Beckett?
-A verdade.
- Nunca espere isso de um político. Além disso, se
tivesse as informações, já não saberia a verdade?
- Roy Montgomery, McCalister, John Raglan, minha mãe, todos
que você matou... Quero que confesse.
- A morte de sua mãe foi uma tragédia. Sinto
muitíssimo por sua perda. Mas não posso te dar o que quer – as palavras dele
eram jogadas ao vento, como um discurso ensaiado - Quando eu tinha 14 anos, fiz
amizade com um garoto do bairro, Lamar Dokes. Ele era um bom garoto. Eu o
ajudava com a tarefa depois da escola. Um dia, ele não foi para a aula, então
fui ao apartamento dele. A porta estava aberta... eu entrei e... encontrei
Lamar deitado em seu colchão, morto, a irmãzinha dele estava do mesmo jeito, a mãe estava no quarto, havia se enforcado. Ela deixou
um bilhete. Havia perdido o emprego, seria despejada. E eu pensei... – a
demagogia se seguia, Beckett tentava controlar sua raiva, manter-se focada no
que precisava fazer mas era algo bem dificil diante de tanta balela, engolia em
seco, até o momento que ele se comparou
a ela - Fiz coisas notáveis. Assim como
você.
Então ela baixou a arma, não acreditava que ele estava
falando isso a ela. A emoção a dominava. Estava prestes a se irritar.
- Com quem acha que está falando? Como pode querer se
explicar para mim? Minha mãe foi esfaqueada em um beco por sua culpa – era impossivel
conter a emoção ao falar da mãe e lembrar de como ela fora abandonada naquele
lugar - Ela sangrou até morrer, sozinha, em uma pilha de lixo – ela gritava,
cedera a emoção e as lágrimas corriam pela sua face - Então poupe-me de seu
discurso de campanha sobre seus feitos.
- Você parece um pouco delirante, sabia? Mas, bom,
quem é você? Uma policial em desgraça, obcecada com a morte da mãe. E quem sou eu? Um homem decente,
preocupado com os menos afortunados. É isso que o público vê. E todas as vezes
que me elegem, fico agradecido, esforço-me mais para viver segundo aquela imagem. Quero ser aquele homem. Não
deixarei que você nem ninguém fiquem no meu caminho – o tom era de ameaça.
- Acho que não está em condição de me ameaçar, Senador.
- Você não está entendendo. A questão não é quem tem a
arma. É quem tem o poder. Acha mesmo que é você? Seu tom era de deboche.
Ela engoliu em seco, controlou ao máximo o choro, os
lábios tremiam. O senador virou de costas para ela, achando que não merecia dar
nem mais um minuto de atenção a ela. Estava cansado de blefes. Afinal ela não
tinha nada. Ou era o que pensava até Beckett tornar a falar.
- Tenho o arquivo. Smith tinha outra cópia – isso o
fez parar e virar-se para ela - 08672241. É o número da conta bancária onde
depositava os pagamentos. Tem razão. A questão é quem detém o poder. Eu poderia
liberar aquele arquivo e te destruir. Mas o que isso significaria para minha
expectativa de vida? – agora ele pensava atenção nela e seu semblante
demonstrava preocupação - Então eis como será: o acordo que você tinha com
Smith... agora é entre nós dois. E se algo acontecer comigo ou com qualquer um que
seja importante para mim, aquele arquivo vai a público. Fui clara? – ele ficou
calado - É uma pergunta de "sim" ou "não".
- Sim.
- Mais uma coisa... – e a detetive destemida entrou em
cena - Quem quer que seja que você ache que eu sou, o que quer que seja que
ache que sabe sobre mim... você não tem ideia do que sou capaz ou de quão longe
irei. Já cansei de sentir medo. Agora é sua vez – ela não resistiu, com a arma
deu um safanão no rosto dele, obviamente ele não esperava.
- Isso deixará uma cicatriz horrível. Toda vez que a
vir, pense em mim. E ela o deixou para trás pisando forte. Ao erguer a cabeça,
ela topou com os rapazes e Castle. Ele olhou para a arma na mão dela e depois
para seu rosto.
- Kate, não diga que...
E viu o senador aparecer nas vistas deles com um pano
pressionado ao rosto. Ele os olhou de relance e saiu.
- Chegamos a um entendimento.
- Mas e sua mãe?
- Conseguirei justiça para ela, só que não será hoje. Até
lá... a conseguirei para outros.
À noite, Kate estava no banheiro de seu apartamento se
preparando para deitar. Obervava seu reflexo no espelho. Estava cansada. Esteve
sob a mira de uma arma invisível durante os últimos dias. Ela acreditava sempre
na justiça, porém durante seu tempo na polícia, Kate descobrira que nem sempre
ela é feita no momento que se deseja ou mesmo da forma que se imagina. Por isso
ela proporcionou hoje a si mesma uma espécie de consolo. Entrando num jogo que
ela aprendeu a odiar, usou o mesmo poder que fora exposto a ela. A sua
chantagem acabou por comprar mais tempo para ela e para quem amava. Um dia ela
teria sua justiça final, por agora contentava-se em estar viva para desfrutar
das novas oportunidades que estavam sendo oferecidas a ela. Suspirou e enxugou
uma lágrima teimosa. Pelo reflexo do espelho, ela viu Castle sentado na cama
esperando por ela e não pode deixar de sorrir.
- Carpe Diem, Kate. Ela disse para sua imagem e entrou
no quarto. Sentou-se na cama e puxou as cobertas para si.
- Você está bem? Ele disse acariciando o rosto dela.
- Estou – e retribuiu o gesto com um beijo rápido nos
lábios dele – preciso apenas descansar. E então, ele a aconchegou nos braços e
Kate pode finalmente relaxar.
12th Distrito
Gates a chamara para comunicar o resultado do seu
processo.
- Sua demissão já foi aceita. O assunto está
encerrado.
- Senhora, tenho a taxa mais alta de casos encerrados
na unidade. Agora que meu atirador está morto, esse caso não será mais um
problema.
- Sério? Pois parece algo que sempre fica voltando. Soube
que um tal de Michael Smith estava sob proteção no hospital. Qual era o papel
dele nisso?
Beckett balançou a cabeça - Não sei.
- Não acredito em você. Está dando cobertura para
alguém e sei para quem é. Mas não pretendo desenterrar o passado e sujar a
reputação de Roy Montgomery. Na verdade, admiro sua lealdade. Espero que, um
dia, sinta-se assim comigo – e Gates realmente falava sério.
- Isso significa que posso vir trabalhar amanhã?
- "Não"? Como assim? Eles caminhavam pelos
corredores do distrito rumo ao elevador.
- Terei que cumprir a suspensão, assim como Esposito.
Eles entraram no elevador. Castle ficou no fundo e
Beckett de costas para ele.
- O que fará nesse meio tempo?
- Sei que pensarei em algo. E ao dizer isso, ela
esticou a mão para apertar o membro dele enquanto as portas do elevador se
fechavam. Castle arregalou os olhos e abriu a boca surpreso com o gesto. Kate
segurou o riso mas sua face não deixava escapar o quanto maliciosa ela estava
naquele momento.
Assim que as
portas fecharam, ela olhou para ele. Sua mão continuou exatamente onde estava
antes. Ele tentava recuperar um pouco de compostura o que era difícil se Beckett
continuava com a mão no mesmo lugar tirando sua concentração. O olhar dela era
malicioso e Kate apertou o botão travando o elevador. Empurrou seu corpo no
dele e buscou seus lábios. O beijo foi sensual e urgente. Ela queria
instiga-lo, a mão continuava no mesmo lugar e agora acariciava o membro dele
sob o tecido da calça. Ainda sem quebrar o beijo, deixou a outra mão deslizar
pelo peito dele brincando com a camisa dele. Quando distanciou-se dele por um momento,
Castle ofegou.
- Kate, está maluca? Eles tem câmera nesses
elevadores!
- Acredite em mim, não há câmeras. Estamos seguros.
Ao ouvir isso, foi a vez de Castle puxa-la para si e
empresando seu corpo contra o fundo do elevador, ele a beijou. As mãos dele
viajavam pelo corpo dela tocando tudo o que podia. Jogou o casaco dela no chão
para ter melhor acesso aos seios dela. acariciava-os com as mãos enquanto seus
lábios desciam pelo pescoço e pelo colo dela. Kate não se deixava apenas sentir
prazer. Ela procurou pela orelha dele e mordiscou o lóbulo. Deixava seus dentes
provocarem alguma reação nele apenas por roça-los ao longo do pescoço,mandíbula
e ombros. Castle beijava sua pele e remexia em seus cabelos. A temperatura
subira em poucos minutos e ela sabia que se quisesse, ela poderia te-lo bem ali.
Mas não fora esse o propósito disso. Ela queria apenas provoca-lo e mostrar que
sabia como convence-lo a aproveitar melhor o tempo que tinham.
Desvencilhando-se temporariamente do corpo dele, ela aproximou-se do painel do
elevador e acionou a tecla novamente trazendo o elevador à vida. Começaram a
descer mas Kate ainda o puxou pela gola da camisa e beijou-o roubando o pouco
de ar que ele ainda sentia em seus pulmões. Ela juntou o casaco e quando a
porta se abriu, ela ajeitava os cabelos. Ambos estavam corados e um pouco
ofegantes. Não disseram uma palavra. Castle estava simplesmente encantado com o
que acabara de presenciar. Ao chegar na rua, Beckett virou-se para ele e
ordenou.
- Entre no carro, Castle. Vamos para minha casa.
Precisamos terminar o que começamos.
Ela abriu o carro. Ele ainda estava parado na rua
observando os movimentos dela. Tudo que escapou da sua mente naquele momento
fora uma única frase.
- Wow... ela é Nikki Heat...
E correu para o carro ao ouvir Kate chamar seu nome.
Continua....
PS: Desculpe pelo longo capitulo mas não consegui excluir falas tão importantes de um episódio tão denso.
6 comentários:
Muitoooo Booom! Adoro quando vc vai além, parabénsss! Ah Andrew Marlowe esta te perdendo. kkkkkk Bjooos!
Wooow que demais! Por mim poderia ser até maior o capitulo! kkkkkkkk
Adorei o flash back e o finalzinho foi sensacional!! Mal espero pelo segundo capitulo.
Mas báh a espera valeu a pena!
Parabéns! \o/
UUau! eu não teria disposição, nem uma imaginação assim, o Andrew que se cuide. kkkkk
Ps. adorei o final da Tigresa em ação...
Para começar, amei o início da temporada. Stana estava maravilhosa na Season Premiere, roubou todas as cenas.
Karen me desculpe pela demora, estava sem tempo para ler a fic, mas aqui estou eu comentando mais essa belíssima escrita.
A descrição do episódio foi ótima, se eu não tivesse assistido poderia ter imaginado as cenas tranquilamente. Nathan e Stana deram um show de interpretação, principalmente a Stana e com isso só facilitou na hora de ler a fic.
A NC-17 descrita quando ela estava olhando para ele no quarto dela, lembrando da noite que tiveram, ficou melhor do que se tivesse colocado como uma cena no começo. Ia perder a graça.
Cena do elevador e ainda mais com Casckett é de deixar qualquer um sem fôlego, mesmo sendo só provocação.
Espero que o próximo capítulo eu consiga ler mais rápido.
Beijos
Respeirando fundo para o começo da fic modo On.
Então,também ficaria pau da vida por ter de me esconder no closet e a chegada da Martha,foi triunfal por favor né?
tenho de te contar...
...Já passei por isto tipo minha mãe saiu e eu comecei a fazer certas coisinhas com meu namorado no sofá,depois a mesa e por fim meu quarto e meu irmão chegou bem na hora do apito final(risos).imagna o desespero? pois é!
Enfim...
..castle realmente é vida (:
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