Nota da Autora: Mias um capítulo para vocês e posso garantir que apesar do caso estar sendo bastante explorado nesses últimos capítulos, tenho uma surpresinha para vocês. E acreditem, vão gostar e espero mudar o significado de algo como aconteceu na história... enjoy!
Atenção...NC17!!!
Cap.8
Na sala de
reunião estavam Beckett, Catherine e McQuinn quando Castle chegou cheio de
sacolas. Ela conhecia bem o quanto ele era exagerado e por isso não se
preocupou ao chamar mais uma pessoa. Ele deixou os sacos sobre a mesa e Kate
tratou de ajuda-lo a separar tudo. Trouxe a boa e velha comida chinesa. Ela
apresentou o marido aos colegas de trabalho. Não que precisasse pois Castle era
uma figura pública.
Eles se
serviram da comida enquanto McQuinn colocava as informações no telão. As
informações começavam a surgir. Um emaranhado de letras e números seguidos de
imagem de satélites e mapas. Beckett estava sentada ao lado de Castle
saboreando um rolinho quando McQuinn após mastigar a porção de porco que
colocara na boca, passou a explicar o que havia na tela.
- O que você
está vendo na tela refere-se as informações da firma de importação que estava
registrada a partir da etiqueta contida no pacote. Novamente encontro um nome,
um proprietário e um endereço. Todos falsos. Vê aqui – ele apontou para a tela
onde uma imagem mostrava uma localização via satélite – esse é o suposto
endereço indicado, um terreno no meio do nada. E o nome também não existe se
quer saber. É isso – ele digitou alguns comandos e surgiu uma nova tela – essas
são as três firmas fantasmas que descobrimos.
- Bom
trabalho, McQuinn. Infelizmente isso apenas confirma aquilo que já sabíamos sobre
a possibilidade de encontrarmos os mesmos tipos de dados. Algo sobre a trilha
do dinheiro?
- Eles tem
registro no Bank of America mostrando uma conta para cada firma com uma
quantidade de dinheiro razoável e ao checar suas movimentações, vi uma retirada
no mesmo valor de uma das quantias que descobrimos na conta de um dos caras
assassinados e isso me fez olhar novamente as mesmas contas anteriores. O mesmo
ocorreu. O que quer dizer isso? Na minha opinião, a pessoa ou pessoas que comandavam
a distribuição do dinheiro ao depositar a quantia das transações fazia a
retirada simbólica para as outras contas. O que pode ter levado a suas mortes.
- Acredito que
sua suposição faz sentido. Talvez a pessoa fosse até um dos três mortos porque
é evidente que há um esquema – disse Beckett – infelizmente não temos como
prosseguir a investigação a partir das contas. E o que você descobriu sobre
Kwong?
Castle que
estava calado saboreando a comida até aquele momento com os olhos fixos na
tela, deixou o prato de lado e pegou um papel sobre a mesa e começou a rabiscar
algo. Quando McQuinn fez menção de trocar a tela, ele se levantou com a folha
rabiscada nas mãos e colocou ao lado da lista das contas.
- Pessoal,
pode não ser nada. Mas parece que tanto essas contas quanto os nomes das firmas
são anagramas para mim. Conseguem ver? Todos os nomes misturados podem ser
transformados em lugares conhecidos de cidades – McQuinn rapidamente digitou
alguns comandos e encontrou o que Castle sugerira.
- Como não vi isso?
Olhe, o resultado está na tela. Reconhece esses lugares?
- Apenas um me
parece estranho, os demais são cidades de Illinois – disse Beckett.
- Exato, todos
são. Mas, o que isso quer dizer?
- É apenas uma
suposição. O IP do Capitólio e se for algum político do estado de Illinois que
esteja comandando a operação pelo lado americano? – sugeriu Castle.
- Mas usar
referências de seu estado levantaria suspeitas para exatamente isso que você
sugeriu, Castle. Parece muito óbvio não?
- Ou
exibicionista – ele lembrou.
- Pessoal,
tenho um dado interessante aqui na pasta do Michael Kwong. Ele é de Chicago,
Illinois. Pelo menos é o que está registrado nessa ficha médica – disse
Catherine.
- Então, temos
duas possíveis linhas de investigação – disse Beckett enquanto comia mais um
pouco do porco – o que você conseguiu sobre o nosso suposto líder?
- Ainda não
encontrei todas as informações do passado de Kwong. Mas garanto que tem uma boa
sujeira no currículo do rapaz. Natural de Shenzen, os pais foram mortos durante
uma rebelião pelo governo chinês foi levado pelo serviço social para um abrigo
de menores. Dois anos depois, ele já com onze anos fugiu e foi parar num
açougue pertencente a um dos chefões da máfia chinesa. Começou a trabalhar para
o cara como entregador e em pouco tempo o patrão notou a facilidade com números
do garoto além do fato de que não levava desaforo para casa. Decidiu colocar
Michael na sua asa e com quatorze anos ele não só era muito bom em artes
marciais como com armas. Fizera sua primeira vítima aos quinze. Desde então
cresceu na suposta organização e ganhou cargos de confiança. Ainda não consegui
decodificar totalmente os crimes dele, a lista é longa.
- E quanto a
sua chegada aos Estados Unidos?
- Veio para cá
em 1993 com vinte anos. Estudou na Universidade de Chicago, formou-se em
comercio exterior e fez algumas cadeiras de direito internacional.
- Bem
apropriado não? – disse Castle.
- Foi
indiciado por fraude em 2000 mas não conseguiram provar sua ligação com o crime
e ele foi absolvido. Esteve envolvido em um acidente com um dos empresários
donos de boates em Chicago. O cara morreu e Michael, seu funcionário na época,
sobreviveu. É bem possível que ele tenha armado para o cara.
- Qual o nome
da boate?
- Boates, é
uma cadeia presente em Washington, Boston e Philadelfia também. Chama-se Spin,
frequentado pelos jovens entre 21 e 30 anos.
- Opa! Você
disse Spin? Essa é uma das cenas de crime aqui em Washington. O terceiro na
verdade – disse Catherine – acho que temos uma possível ligação, na verdade a
segunda. Enquanto vocês analisavam os dados técnicos, eu me deixei observar as
fichas dos mortos e de Michael. Existe uma amostra de sangue e cabelo que não foi
identificada. Não eram das vítimas então me ocorreu que poderia ser de Michael.
O tipo sanguíneo bate mas tenho que fazer os exames laboratoriais para
confirmar. Se isso for verdade, então Michael Kwong é o nosso assassino.
- E quanto
vocês querem apostar que o motivo foi o desvio de dinheiro da máfia? Ele
descobriu e eliminou cada safado. O que também confirmaria o fato dele ser um
dos homens de confiança da máfia chinesa – disse Castle.
- Exato. O
homem de confiança da pessoa também no Capitólio – concordou Beckett.
- Tem mais –
continuou Catherine – as cinco vítimas mortas em boates ingeriram a mesma
substância composta pela mistura encontrada naquele armazém. Uma espécie de
superdroga mas não detectável na corrente sanguínea. Somente pude comparar
porque três das vitimas tinham ainda doses consigo e pela causa da morte ser
igual nos cinco casos. A última morte ocorreu a cerca de quatro meses. O
interessante é a linha do tempo. Há um certo período de pico das mortes: seis a
quatro meses atrás.
- Tempo que
coincide com os supostos carregamentos para o país – disse McQuinn.
- Fabricação e
... – Castle já formulava uma teoria.
- Distribuição
das drogas aos seus intermediários e usuários. E se investigar as outras
boates... – continuou Beckett já entendendo o raciocínio dele.
- Aposto que
acham outras mortes por overdose devido a superdroga – Castle completou o
pensamento dela a fazendo sorrir.
- Exato – ela
sorria – excelente trabalho pessoal. Vamos nos concentrar nos próximos passos.
McQuinn, você continua cavando a ficha de Kwong e sua ligação com as boates e o
Capitólio. Veja se há nomes de figurões de Chicago que estivessem presentes nas
duas épocas. Verifique os arquivos da fraude que ele foi acusado.
- Certo. Pode
deixar comigo.
- Quanto a
você, Catherine, verifique os exames para que tenhamos certeza sobre o
envolvimento de Michael nos assassinatos e veja o que consegue encontrar de
crimes semelhantes em Boston, Chicago e Philadelfia. Esse caso pode envolver
mais cidades do que pensamos. Obrigada pelo trabalho. Enviem as informações
para mim pois preciso relatar ao meu superior. Um dia bastante produtivo – ela
olhou para Castle e apertou a mão dele – como nos velhos tempos.
- Como nos
velhos tempos – ele sorria concordando.
Assim que
ficaram sozinhos na sala, ela virou-se para ele e pediu desculpas.
- Poxa, babe,
sinto por ter cancelado o nosso almoço. Sei que precisamos desse tempo sozinhos
de vez em quando. Mas quando McQuinn chegou aqui já com as informações não
podia deixar passar essa reunião. Vllante está de olho nos meus passos e se eu
demorar para reportar atualizações desse caso, ele vai acabar mandando
arquiva-lo e diante do que temos aqui, nós teremos que continuar investigando.
Ainda não sei como o convencerei se não encontrarmos uma ligação concreta com
alguém do senado.
- Não tem que
se desculpar. Eu me diverti muito podendo fazer parte de uma investigação de
verdade mesmo que por duas horas. Sinto falta disso.
- E mais uma
vez você contribuiu muito bem. Os anagramas.
- Eu sei. Mas
você está preocupada. Teme que se Catherine provar que Michael matou as três
vitimas e não conseguir qualquer outra ligação com alguém da máfia chinesa ou
do Capitólio, Villante a obrigue a fechar o caso.
- Sou tão
transparente assim? – ela sorriu para ele.
- Não, apenas
para mim. Afinal, foram mais de cem casos investigando juntos e você é minha
esposa. Tenho que te conhecer. Essas novas informações me deram algumas ideias
para o livro. Acho melhor te deixar trabalhar um pouco e também cuidar dos meus
compromissos – ele se levantou e beijou-lhe a testa – pretende ficar até mais
tarde ou vamos poder curtir um jantarzinho a dois?
- Vou
atualizar o relatório e se Villante não quiser falar diretamente comigo saio no
horário.
- Ótimo. Te
vejo a noite. E ela ficou observando Castle deixar o prédio para então voltar a
sua mesa e começar a montar mais uma defesa para manter o caso e convencer o
seu chefe.
Pelo resto da
tarde ela se ateve a reparar os dados enviados por seu time e adequa-los da melhor
maneira a fim de mostrar toda a evolução no caso. Sua preocupação persistia ao
reler o mesmo quando levantava a possibilidade de Michael ser o executor dos
homicídios. Caso seu superior insistisse nisso, Beckett pretendia reforçar o
laço do assassino com um possível figurão do governo. Sem mais o que
acrescentar, Beckett apertou o botão do “send” e esperou cinco minutos antes de
checar se poderia falar com ele agora. Encontrou a secretaria que informou não
ser possível pois o Sr. Villante estava numa reunião externa e não retornaria
mais para o bureau. Beckett agradeceu e pediu para que ela avisasse que o seu
relatório fora enviado. Pegou suas coisas e foi para casa.
Depois de uma
noite agradável com Castle, no dia seguinte ela mal começara a trabalhar quando
o telefone da sua mesa tocou e a secretária do seu superior avisou que ele
queria vê-la em sua sala nesse instante. Beckett munida de todas as informações
em seu tablet inclusive o relatório que fizera, foi até ele.
- Sente-se
agente Beckett. Estava lendo suas informações e posso dizer que o caso
realmente se desenvolveu bem. Tenho algumas dúvidas que gostaria de discutir
com você.
- Sim,senhor.
- Pelos dados
levantados posso ver claramente a ligação do contrabando com a máfia chinesa
através do seu representante, agora morto o tal Kwong. Porém, não vi nada
concreto com relação ao Capitólio como você já havia sugerido e levantado
anteriormente.
- Continuamos
atrás dessa ligação senhor mas como pode ler no meu relato, as quantias de
dinheiro antes retiradas da conta das empresas de fachadas foram percebidas
através do rastro do dinheiro que nos levaram ao IP do Capitólio mais uma vez.
Não podemos descartar a possibilidade.
- Entendo mas
agente você já pensou na possibilidade de que apenas o Sr. Kwong estava
monitorando esse dinheiro e ao ver que fora desviado provavelmente por alguém
de sua confiança resolveu se vingar eliminando ele mesmo as frutas podres e
usando o Capitólio como bode expiatório? Ao meu ver diante de tanta pista
falsa, porque não criar a ilusão de um falso envolvimento de figurões poderosos
do governo americano?
- Assim
desviaria a atenção para o que realmente queria fazer. Fabricar e distribuir a
superdroga... é uma possibilidade também mas ainda assim não descarto
envolvimento de alguém de peso devido a sonegação de impostos e a entrada de
entorpecentes ilegais no país, senhor.
- Tudo bem,
siga a sua linha de investigação porém o desfecho desse caso está bem claro
para mim. Se realmente for provado que Michael Kwong esteve envolvido nas três
cenas de crime, então ele é o nosso assassino e o caso estará encerrado agente
Beckett.
- Mas senhor,
o fato de Kwong ser o assassino não significa que esteja tudo acabado. O
contrabando, as drogas, o dinheiro sujo e o envolvimento com o governo não
podem ser esquecidos. Kwong era apenas um dos caras da máfia chinesa, devem
existir outros e na verdade já os conhecemos. São os onze restantes.
- Agente
Beckett, a menos que você e sua equipe descubram algo que prove a ligação dos
homicídios com o capitólio, esse caso passa para a narcóticos. Fui claro?
- Sim,senhor.
- Ótimo.
Espero que permaneça na linha e sem cometer excessos, agente Beckett. Pode ir.
Ao voltar para
sua mesa, Beckett estava pensativa. Não podia perder esse caso para a
narcóticos porque no fundo sabia que seus instintos não a traiam e a ligação
com o governo iria aparecer. Restava a ela pressionar os seus agentes. Ligou
para Catherine para verificar como estava o progresso da confirmação de Michael
como assassino. Catherine explicou a ela que somente teria os resultados no fim
da semana ou no inicio da outra pois fora o máximo que conseguira furar as
filas dos outros casos. Ela comunicou também que já solicitara alguns casos de
overdose ocorridos em Boston e Chicago. Estava esperando também a confirmação
de dois na Philadeifia. Beckett insistiu em ter os dados disponíveis o quanto
antes. A única data possível era em algum dia da próxima semana mas o ideal era
cerca de duas semanas. Prometeu que a manteria informada conforme o progresso.
Depois foi a
vez de Beckett pressionar McQuinn. Mais do que as informações de Catherine, ela
precisava da confirmação da ligação da máfia com o Capitólio. Ele a informou
que já conseguira achar o caso de fraude e pedira a liberação dos dados para
analisar. Continuava passando o pente fino na ficha de Kwong. Suspirando,
Beckett agradeceu e desligou. Restava esperar.
Uma semana
depois, enquanto estava em Chicago para uma semana de descanso junto a sua
família, o senador fora surpreendido em seu escritório particular da bela
mansão com um telefonema. O número era desconhecido. Ao atender, porém,
distinguiu a voz. No mesmo instante, ficou ereto na cadeira e prendeu a
respiração por alguns segundos.
- Boa tarde,
meu caro. Você deve estar estranhando meu contato repentino mas acabei de
voltar de viagem do exterior e enquanto resolvia alguns assuntos para a
política dos Estados Unidos, eu também monitorava meus outros negócios se você
me entende.
-
Perfeitamente – foi tudo que ele conseguiu responder.
- É por isso
que estou telefonando. Minha conta de um investimento especifico está parada.
Não há movimentação a quase dois meses e reparei também que nenhum carregamento
com as nossas mercadorias chegou a mais de um mês. Tentei contatar o
encarregado sabe, o tal Kwong e não obtive resposta. Se tem algo acontecendo
deveria ser o primeiro a saber não concorda Senador?
- Sim, posso
explicar. Houveram alguns contratempos. Por conta disso, algumas medidas foram
necessárias. Um dos nossos armazéns foi invadido e parte das nossas mercadorias
confiscadas. Uma ação dos federais. Decidi então parar as movimentações por um
tempo a fim de não levantarmos maiores suspeitas, deixar a coisa esfriar como
dizem.
- Os federais?
Mas você não havia me informado que o caso tinha sido arquivado? Você me
garantiu isso senador.
- Sim, isso
realmente aconteceu e por isso as operações continuaram. Segundo um dos nossos rapazes,
foi uma surpresa. Não eram muitos mas o suficiente para render as mercadorias.
- E o que você
pode me dizer sobre o Sr.Kwong? Por que não consigo falar com ele?
- Ele
foi....ele foi atingido no combate e não resistiu. Nós o perdemos.
- Perdemos?
Como assim?
- Foi atingido
no confronto com os federais. Mas não colocou a missão em risco. Eles não
descobriram nada sobre sua posição ou sua participação em tudo.
- E como ficou
sabendo de tudo isso?
- Um dos
nossos foi pego e por falta de conclusão quanto ao seu envolvimento foi solto
novamente. Ele veio me avisar.
- Quem era o
agente encarregado dessa operação? Preciso de um nome.
- Não tenho
essa informação – ele decidiu em não levantar a suspeita da tal agente.
Precisava ter certeza, além disso, estava planejando outra forma de tirar a tal
mulher do seu caminho.
- Se vire!
Quero respostas e trate de colocar a operação em funcionamento novamente. Se
não vir qualquer movimentação nas minhas contas vou ser obrigado a encerrar a
empresa e alguém irá pagar por isso. Fui claro?
- Sim,
cristalino. Irei providenciar o que precisa.
Quando
desligou o telefone, as mãos tremiam. Ele precisava agir o mais rápido possível
e tirar essa tal agente do caminho deles ou sua carreira política iria pelo
ralo. Tornou a pegar o telefone e chamou pelo seu informante.
Ao fim da
mesma semana, Beckett já estava frustrada. Não conseguira avançar na
investigação e seu superior ainda lhe dera um novo caso para atrapalhar a sua
equipe. Castle por outro lado estava muito bem. O livro ia tomando forma com
tanta facilidade que ele mesmo estranhava. Aquelas horas passadas com Beckett
discutindo o caso, abriu sua mente para escrever e estava se sentindo
energizado. Na hora do almoço, seu telefone tocou e viu que era ela.
- Hey,
gorgeous. Tudo bem?
- Na mesma.
Quer almoçar comigo?
- Agora? Estou
no meio de um capitulo muito importante e tenho que escrever mais um ainda
hoje. Você realmente me ajudou com os últimos detalhes da investigação e – ela
o interrompeu.
- Castle, por
favor, preciso de algo para me distrair. O caso da máfia está parado e se não
tiver uma noticia na próxima semana provavelmente vou perder o caso. Villante
não recebe atualizações a quase três semanas, ele não vai pensar duas vezes em
arquiva-lo. Já estou irritada com tudo isso.
- Tudo bem,
onde você quer almoçar?
- Que tal o
Farmers Fishers?
- Te encontro
lá em quinze minutos.
Quando Beckett
chegou, ele já estava por lá. Escolhera uma mesa interna pois o frio na
primeira quinzena de novembro já começava a dar sinais de ventos e temperaturas
baixas. Ele levantou-se para cumprimenta-la com um beijo carinhoso. Tirou o
casaco dela e voltaram a sentar-se à mesa, um ao lado do outro. Castle a
envolveu com o braço na cintura aconchegando-se perto dele. Cheirou seus cabelos
e deu um beijo em sua orelha fazendo-a sorrir e se encolher com cócegas.
- Finalmente
um sorriso. O que vai querer beber?
- Um suco de
laranja. Estou trabalhando.
- Não se
importa se eu pedir uma cerveja certo?
- Não – ela
tomou um gole da água - Quer dizer que no ritmo que vai você deve terminar o
seu livro antes mesmo que eu solucione o caso? Se é que terei a oportunidade de
fazer isso.
- Você vai
concluir esse caso, Kate. Sei disso. E quanto ao livro, estou no capítulo doze
ainda. Devo ir até o vigésimo. Quer pedir agora?
Eles se
dividiram entre conversas, carinhos, beijinhos e a refeição propriamente dita.
Castle conseguira melhorar o humor dela à medida que o almoço passava. Ficar
perto dele fazia bem a ela. Castle conseguia acalma-la de um jeito especial.
Enquanto aproveitavam as duas horas de almoço que Kate se dera naquele dia,
alguém os espiava de longe. Alguns cliques foram disparados desde a chegada
dela até o momento que saíram do restaurante. Despediram-se como um beijo na
porta do restaurante que não passou desapercebido às lentes e cada um seguiu
seu caminho. A pessoa fotografando resolveu seguir Beckett por mais uns
quarteirões até ela descer para o metrô e seguiu na direção oposta a dela.
No dia
seguinte, no gabinete do senador de Illinois, a secretária recebera um homem
muito estranho. Queria falar com o senador. Ela já ia chamar a segurança quando
o próprio senador saiu de sua sala e cumprimentou-o pedindo para acompanha-lo
até o seu escritório. Com as portas fechadas, ele pediu para o rapaz se sentar.
- Chamei você
aqui para me ajudar a sanar uma dúvida que tenho. Quero que veja essas fotos –
espalhou várias sobre a mesa – você reconhece alguém nessas fotos?
Especialmente daquela batida no armazém? – o cara olhava atentamente para as
pessoas da foto e não havia dúvida, reconhecera os dois.
- Bem estamos
falando dos agentes daquele dia. Foi ela quem atirou no Michael. E ele, ah! ele
é o cara que falei com o colete escrito writer.
- Foi o que eu
pensei. Obrigado por vir. Recomeçamos a operação e pedi para darem um cargo de
supervisão para você. Procure o Chin.
- Sim, senhor.
O senador
ficou olhando por alguns minutos as fotos sobre a mesa. Pegou duas delas nas
mãos. Em uma a agente estava sozinha e na segunda, o casal tirada um pouco
antes do beijo. Ela pode reparar na aliança em sua mão. Eram marido e mulher.
Com uma outra foto, ele reconheceu o marido dela. O escritor de ficção.
Rapidamente, ele digitou o nome Richard Castle e lá estava a informação que
precisava. Casado com a detetive Katherine Beckett.
A informação
fora precisa. Agora restava ele decidir o que iria fazer para evitar sua
derrota. Não abriria mão da sua carreira política e certamente faria algo sem
consultar seu parceiro, ou pelo menos era essa a ideia.
Sete meses
antes...
No início da
semana seguinte, Catherine contatou Beckett para informar as novidades. Ela
confirmou que o sangue e as fibras e pelos encontrados nas três cenas de crime
eram mesmo de Michael. Com isso, podiam concluir que Kwong era mesmo o responsável
pela morte das três vitimas que deram início ao caso. Por um lado era bom saber
que o assassino fora descoberto e estava feita a justiça. Por outro havia muito
a ser investigado e ela precisava de evidências para convencer Villante a não
encerrar o caso.
Catherine
também recolhera mais casos de overdose pela cidades sugeridas por Beckett.
Três casos em Chicago, dois em Boston e dois em Philadelfia. Todos na mesma
janela do tempo dos de Washington. Ela também analisara os dados e chegara a
mesma conclusão. Todos tiveram a mesma causa mortis e pela mesma substância.
Beckett pediu para que ela reunisse todas as informações em um relatório e a
encontrasse amanhã no bureau para discutirem como apresentariam as informações
para o seu superior sem matar de vez o caso.
E foi o que
fizeram. No dia seguinte, as duas sentaram para avaliar as últimas informações.
Castle estava a dois dias em New York para uma reunião com Gina. Deveria voltar
naquela noite. Numa pausa para o café, Beckett encontrou a secretaria de seu
chefe e soube que o mesmo estava viajando e apenas voltaria na sexta o que dava
a ela algum tempo para se preparar a fim de ter mais informações para defender
o caso. Catherine também vibrou com a notícia e quando elas estavam encerrando
as anotações no relatório, o celular de Beckett toca.
- Oi,
gorgeous!
- Hey, babe. Você
já voltou de New York?
- Não, estou terminando de arrumar as coisas
aqui no loft e devo chegar por volta das onze da noite. Não me espere se
precisar dormir.
- E se eu
estiver com saudades?
- Aí eu mesmo
me encarrego de te acordar. Um beijo, Kate.
- Love you, Castle.
- Que relação
linda a de vocês – disse Catherine – espero que um dia encontre alguém assim
para mim.
- Acredite,
nem sempre foi fácil assim, nossa relação sempre foi cheia de ação e perigo.
Essa talvez seja a época mais tranquila que já vivemos – a felicidade estava
estampada no rosto de Kate.
- Com todo
respeito? Ele é muito charmoso e que bumbum! Kate olhou para ela e falou
maliciosa.
- Não esqueça
que ando armada – elas riram. O celular de Beckett tocou novamente. Era
McQuinn. Tinha novidades. Beckett mal deixou ele falar já pediu para vir ao
bueau encontrar-se com elas. Meia hora depois, ele apareceu na sala com elas
segurando seu tablet. Nem bem chegou, ele já foi conectando o dispositivo para
mostrar a elas o que descobrira.
- Acho que
descobri a informação mais importante que você queria Beckett acho que mereço
até uma promoção depois dessa.
- Então pare
de enrolar e conte logo o que descobriu porque a Beckett precisa ir para casa
cedo - Kate olhou para ela intrigada – deveres de esposa – e piscou para
Beckett.
- Minhas caras
damas, consegui o arquivo do caso de fraude de Chicago e após examinar tudo encontrei
algo bem interessante. A pessoa que defendeu Michael e livrou-o das acusações é
alguém no mínimo curioso apenas para não tirar o suspense da coisa – ele exibiu
uma foto na tela e um nome – reconhecem?
- Robert Denver
– Beckett franziu a testa procurando buscar na memória alguma correlação – quem
é ele?
- Advogado
promissor, vereador na época e hoje ele é...
- Senador
Denver, de Illinois – disse Catherine – ele pode ser o nosso link do Capitólio.
- Isso mesmo –
confirmou o agente.
- O que mais
descobriu? – perguntou Beckett que agora ficara realmente animada para continuar
suas teorias e investigar um pouco mais o caso. Foram duas horas dialogando e
reunindo informações. Ao terminarem, ela decidiu por dar folga a eles na quarta
merecidamente e voltariam a se reunir na quinta para aprofundar os dados e
montar o relatório. Queria que McQuinn virasse a vida do senador de cabeça para
baixo, precisavam encontrar ligações entre ele e a máfia. Agradeceu pelo
trabalho e despediu-se deles.
Satisfeita e
com as energias revigoradas, ela rumou para casa porem antes resolveu parar em
um pequeno mercadinho que ficava perto da sua casa. Não custava fazer umas
comprinhas para agradar ao maridinho quando ele chegasse. Aliás, quando estava
olhando as prateleiras ela teve uma ótima ideia. O sorriso safado encheu o
rosto. Castle ia ter uma ótima surpresa.
Por volta das
onze...
Castle abrira
a porta com cuidado para não acorda-la. Desconfiava que ela não estivesse
dormindo pois não tinha esse hábito de ir cedo para a cama. Porém, era melhor
não arriscar. Percebeu que a sala estava vazia. Assim que empurrou a mala para
um canto, a viu surgir na porta que liga a sala aos quartos. Kate vestia apenas
uma camisa branca, uma das suas, sobre a calcinha e segurava uma caneca nas
mãos.
Ao encontro dos olhares, ela sorriu e deixou a caneca em algum lugar.
Correu até ele e se jogou enlaçando o pescoço com os braços e tascando um beijo
em seus lábios. Castle adorou sentir todo esse fogo que ela demonstrava e
aproveitou para sentir as curvas dela com as mãos. Quebrando o beijo, ela
sorriu para ele.
- Bem-vindo.
- É bom estar
de volta. E o que deu em você? Tudo isso é saudade?
- Sim, um
pouco de saudade, estou feliz e gosto de ter alguém com quem conversar e trocar
ideias. Acho que não sei mais ficar sozinha amor.
- Se apenas
dois dias já fez isso com você imagina umas duas semanas? Provavelmente você me
atacaria e rasgaria minha roupa.
- E certamente
você iria gostar. Está com fome?
- Não
necessariamente. Comi antes de embarcar mas adoraria um café.
- Tudo bem, vá
trocar de roupa que eu preparo um café para você e conversamos um pouco – ela o
viu caminhar para o quarto – como foi em New York? Está tudo bem?
- Sim, tudo
bem. Gina gostou do rumo que a história está tomando – ele falava alto do
quarto para que ela pudesse escutar – Mamãe continua revolucionando o loft.
Acredita que ela dá aulas pelo menos uma vez por semana lá mesmo tendo o centro
dedicado a isso? Diz que é inspirador – ele já voltara do quarto de pijamas –
falei com Alexis via skype. Estão em Florence mas pretendem passar o
thanksgiving semana que vem na Alemanha, vão para Munique.
- Que bom para
eles. Estão se divertindo?
- Sim,
mandaram um beijo para você e disseram que as suas dicas da Italia foram
ótimas. Devem nos ligar na próxima semana – Kate estendeu a caneca de café para
ele que ao primeiro gole, suspirou – nada melhor que um bom café feito em casa
por alguém especial...
- Pelo visto
não foi somente eu que fiquei com saudades – ela sorria.
- Tenho que
admitir, ficar longe de você não é uma coisa boa. E como estão as coisas em DC?
Agitadas? Seu chefe largou mais do seu pé?
- Ah Castle!
Estava doida para te contar. Acho que finalmente temos uma pista quente no caso
da máfia. Nossa investigação vai decolar. McQuinn achou uma ligação com Capitólio.
O nome Robert Denver lhe é familiar?
- Sim, senador
do Illinois. Ultra conservador – Kate já imaginara que ele sabia quem era o
cara e por isso sua admiração por Castle. Ele sempre estava antenado
independente do assunto. Sentiu-se tão orgulhosa que não resistiu e beijou-o
mais uma vez.
- Ele mesmo!
- O que
aconteceu? – perguntou Castle.
- Ele foi o
advogado que livrou Kwong da prisão. Era vereador na época. O que você acha
desse novo fato? Tenho certeza que de alguma forma ele está envolvido. Pedi
para o McQuinn revirar a vida dele.
- Concordo com
você, se tinhamos qualquer dúvida sobre o envolvimento de alguém pesado, você
achou algo para dar base às nossas suspeitas – ele pegou um biscoito doce para
comer, Kate vendo o jeito dele resolveu puxa-lo para o quarto – vem, Castle e
traz esse pacote de biscoito.
Ela chegou no
quarto primeiro que ele e sentou-se na cama. Na cabeceira, havia um pote grande
de nutella e uma colher. Kate pegou-o e abriu já tirando uma porção generosa do
doce do pote. Levou aos lábios. Quando Castle entrou deu de cara com ela
lambendo a colher de uma forma sensual e convidativa. Percebeu também o olhar
dela para ele e que a camisa tinha dois botões desfeitos mostrando a pele e já
afirmando que não havia outra peça de roupa por baixo. Ele sentou-se ao lado
dela já contendo seu próprio desejo de avançar na mulher tão sexy a sua frente.
A voz saiu meio rouca.
- O que você
está fazendo?
- Saboreando
nutella. Quer um pouco? – ela fez menção de encher a colher para ele mas na
verdade ela desfaz os botões da blusa que usava e passa a colher de nutella
sobre os seios e bem ao meio deles. Apenas de olhar o corpo de Kate escorado na
cama e lambuzado com chocolate sentiu o membro reagir à imagem. Quer melhor
estímulo visual que esse? Ela percebeu como afetara diretamente a ele pela
simples reação vista em seu rosto. Sorriu porque adorava vê-lo surpreso e quase
em um estado catatônico quando aprontava algo assim – Quer? – ela arqueou o
peito para provoca-lo e abriu as pernas deixando espaço suficiente para ele
preencher o vazio e alcançar o que ela ofertava e no fundo, também ansiava.
Castle
ajoelhou-se na cama e parou para fita-la no meio das pernas dela. Tirou a
própria blusa e antes de cair literalmente de boca sobre ela, falou.
- Ah,
Kate...como você me enganou por tanto tempo? A detetive certinha é muito mais
pervertida do que eu...
- Pervertida?
Eu? Por que? – e lambrecou os lábios com mais nutella esperando por um beijo
dele a qualquer momento. Castle inclinou-se sobre o peito dela e começou a
lamber entre os seios bem devagar. O contato da lingua na pele ansiosa provocou
instantaneamente o aumento da umidade em seu centro. Kate apoiou-se no encosto
da cama e agarrou os lençois já imaginando o que podia acontecer a seguir. Castle
dirigiu-se a um dos seios e roçou a lingua levemente arrancando suspiros de
Kate. Lambeu todo o chocolate ao redor do seio deixando apenas o mamilo coberto
para então suga-lo de uma vez. O gemido escapou pelos lábios dela e fechou os
olhos para apreciar completamente o momento. Ele repetiu o gesto com o outro
seio mas dessa vez foi mais rápido, urgente, quase grosseiro o que fez ela
gemer e gostar do ato ainda mais. Sentiu quando os lábios dele tocaram os seus
sorvendo o chocolate com a lingua e mordiscando o lábio superior dela para por
fim roubar-lhe o fôlego em um beijo sensual e intenso. Ela o envolveu com os
braços para sentir o calor do corpo dele. Castle a puxou para si deixando as
mãos percorrerem o seu corpo o aproximando e acabando com qualquer espaço
existente entre os dois.
Kate jogou-se
sobre o corpo dele e forçou-o a deitar-se de costas para a cama. Sentada entre
o estomago e o membro coberto pelo tecido do short do pijama, ela pegou
novamente o pote de nutella e espalhou, dessa vez com os dedos, no peito dele
lambendo o excesso do polegar provocando-o e oferecendo o indicador para ele
que sugou-o com vontade. Ela debruçou-se no corpo dele e passou a saborea-lo
com a lingua e os lábios. Em alguns momentos, usava os dentes apenas para mexer
com ele ainda mais. Ela limpou todo o chocolate do peito dele apenas com as
suas carícias, sempre que possível ela roubava um beijo dele percebendo o
quanto ele estava absorto. A posição que estava dava a ela a possiblidade de
ver o quanto ele estava excitado. Então, Kate foi além.
Ela afastou-se
por um instante e puxou o short libertando o membro rígido. Tomando o pote de
nutella novamente nas mãos, ela cobriu a cabecinha do pênis com o doce e não
esperou mais nenhum segundo para prova-lo. O gemido de Castle foi quase gutual.
Ele não esperava por isso. Com maestria, ela o provou e ouviu os gemidos constantes
que ele fazia, murmurou seu nome várias vezes. Conseguiu deixar-lhe a beira do
seu limite. Satisfeita, ela tornou a provar o corpo dele com os lábios até
encontrar os lábios tão saborosos ávidos para sentir o beijo capaz de fazer sua
mente vagar perdida em sentimentos nada puros.
Castle a
apertou forte contra o seu corpo e a fitou. Os olhos azuis estavam com um
brilho tão intenso quase sumindo em meio as pupilas dilatadas. Acariciou o
rosto e limpou o canto da boca de Kate que estava com chocolate oferecendo o
polegar para ela chupar. Ela o fez e em seguida beijou o dedo e sorriu. Buscou
novamente os lábios e pode ainda sentir o gosto da nutella no beijo. Ele a ergueu
da cama permanecendo sentados e sem quebrar o beijo. Ao se separarem arfando
por ar, Castle a deitou lentamente na cama, ajeitou os cabelos teimosos do
rosto dela sem quebrar o contato do olhar. Com o pote de nutella nas mãos, ele
encheu os dedos com o creme e tornou a espalhar no colo, seios e abdomen dela.
Saboreou o creme vagarosamente sobre a pele macia dela. Os dedos brincavam com
os mamilos enquanto a lingua e os lábios devoravam o estomago dela. Fez questão
de se demorar o quanto precisasse para mexer com todos os sentidos dela.
Ao perder-se
nos seios dela, Castle a viu remexer o corpo contra ele pedindo mais,
instigando por mais. Era um sabor realmente delicioso. Kate e nutella. O doce do
chocolate e suor salgado dela formavam um contraste perfeito exatamente por
isso, ele queria proporcionar-lhe o melhor do prazer. Leva-la ao orgasmo
novamente era o mínimo que podia fazer. Ele a queria por inteiro juntamente com
o cheiro da pele e o gosto do chocolate. Isso nunca se passara pela cabeça
dele. Nessas horas, Castle a admirava ainda mais. Ela sabia provocar, inovar. Tornou
a buscar a boca de Kate, beijando-a com paixão, era sua. Completamente e
incondicionalmente sua.
- Abra os
olhos, gorgeous – ela obedeceu. Ele pode ver a intensidade do olhar amendoado,
ela sorria - I love you, Kate...
E no segundo
seguinte, ela se sentiu invadida por ele, nesse mesmo segundo o vazio
desapareceu dando lugar ao calor imenso, a sensação de proteção exercida pelos
braços dele e todo amor do mundo parecia ter a inundado. Completa, era
exatamente assim que se sentia. O coração explodia no peito a medida que ele se
movimentava dentro dela. Os lábios dele devoravam o pescoço e Kate apenas
deixava suas mãos tocarem a pele suada e quente. A cada estocada ele a brindava
com uma injeção de prazer e o corpo não demorou a tremer debaixo dele. Castle
aumentara o ritmo fazendo-a sentir a visão a deixar. De repente, fez-se a
escuridão e ela foi levada a um mundo onde apenas haviam estrelas. O orgasmo a
tomou com a força de ondas gigantes, uma , duas vezes. Ele não queria deixa-la,
era incapaz de ceder ao seu próprio prazer. Ela merecia mais, bem mais.
Procurou os
lábios e o encontro de linguas provocou uma dança que acendeu novamente um fogo
nela. Kate o empurrou com o corpo de volta ao colchão ficando por cima. Queria comandar,
dominar. Toda a sua sensualidade exposta naquele momento a fez alcançar o orgasmo
quase minutos depois da troca de posições. As unhas cravadas no peito dele e as
mãos de Castle encontraram os seios ainda lisos pela nutella. Ele se ergueu da
cama e os lambeu mais uma vez. Quando ele pressionou a cintura dela aumentando
os movimentos, ele se viu a beira do extase. E bastou Kate realizar seus
movimentos mágicos friccionando e apertando seu membro dentro dela que ele se
rendeu e gozou com ela.
Ele gemeu deixando
Kate segurar em seus cabelos e cravou seus dentes no ombro dela. Ainda moviam-se
juntos mas perdiam forças com a sensação do gozo correndo em suas veias. Ele roubou
mais um beijo dela e acabaram deitando-se de volta na cama. Kate deixou-se
esparramar sobre o corpo dele. Sentiu os lábios roçando em seus cabelos. Sorriu.
Ao abrir os olhos viu o pote de nutella sobre a cama tinha menos da metade do
creme. Puxando para si, ela passou os dedos raspando um pouco mais da
quantidade ainda restante. Levou a boca e provou. Repetiu o gesto e ofereceu a
ele que o limpou lambendo cada pedacinho enquanto chupava os dedos dela. Ela se
arrastou até ficar na altura dos lábios dele. Beijou-o rapidamente e repetiu
uma enxurrada de pequenos beijos nos lábios, queixo e bochechas voltando aos
lábios para uma nova troca, dessa vez, um beijo carinhoso.
- Espero que
você não enjoe de nutella... – ela passava a ponta dos dedos acariciando o
rosto dele, fitando-o com um sorriso.
- Acredite, de
hoje em diante a nutella adquiriu um significado especial na minha vida, na
nossa vida. Como o café, Kate.
- Foi muito
especial, Castle. De verdade. São momentos assim que tornam a vida bela não
concorda?
- E
extremamente prazerosa no sentido literal e metafórico. A noite foi muito
especial, Kate. Só me faz te amar cada vez mais.
- Você é
especial por isso sempre que posso quero demonstrar o quanto te amo. No fim,
podemos considerar essa noite um dos momentos inesquecíveis entre nós.
- Eu posso
concordar com uma condição.
- Qual?
- Que você
reconsidere usar a nutella mais vezes. O doce combina com você, gorgeous.
- Mesmo? – e tornou
a beija-lo apaixonadamente – posso considerar.
- Considerar?
Considerar? – e ele virou para prende-la
entre ele e o colchão sapecando-a de
beijos e arrancando risos que se acabaram em gargalhadas, o som que Castle mais
amava no mundo.
Continua....