quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

[Castle Fic] The Right Path To Us - Cap.3


Nota da Autora: Acrescentei um pouco de história mas esse episódio tem toda a pinta de "tbc" no final então eu não podia fazer diferente... e tem uma cena que imaginei nesse cap que ia ser perfeita no epi, espero que gostem!


Cap.3

Depois que Castle voltou a New York, nem tudo aconteceu como ele e Beckett previram. Apesar da promessa, eles não a fizeram cumprir. Kate enrolou-se em DC e como Castle não poderia se juntar a ela durante uma investigação teve que se contentar em ficar com as chamadas de telefone, via skype e facetime. São as maravilhas da tecnologia atuando em pró de uma relação à longa distância.  Infelizmente, apesar da criatividade não fazem o mesmo efeito que qualquer ação ao vivo. O tempo passou sem que eles pudessem se encontrar novamente. Em meio ao novo caso e o tempo de escrita de Castle, passaram mais um mês sem se ver. Era uma espécie de rotina que não estava fazendo bem a eles, especialmente a Castle pois não querendo escrever ficava sem opção do que fazer já que os rapazes não demonstravam qualquer interesse em tê-lo no distrito.

Entravam na quinta semana sem se ver. Sabendo que já passava das sete em DC e que provavelmente Kate já estaria em casa se não estivesse se escondendo atrás do trabalho, ele ligou. Foram mais de seis toques sem qualquer resposta o que o fez deduzir que ela estava ainda ocupada. Frustrado, ele deixou o seu escritório e rumou para o quarto jogando-se na cama sem cerimônia. Fechou os olhos e tentou imaginar o que Kate estava fazendo.

Sim, ele conseguia fazer isso. Imaginava sentada em sua mesa, os olhos alerta na tela do computador. Provavelmente, estaria vestindo uma blusa branca, apesar de que gostaria de pensar em uma lilas que ela tinha, a cor combinava com ela. Devia estar segurando a caneta e observando uma filmagem, um video importante para o caso. Anotaria detalhes relevantes em seu bloco de folhas amarelas. Os cabelos caiam com as pontas enroladas sobre as costas mas uma mecha a incomoda e ela a coloca sutilmente para trás da orelha. Castle sorri diante da imagem. Ele quase pode sentir o cheiro de cerejas do hidratante preferido dela. Suspirou. Provavelmente ela iria encontrar algo fundamental para o desfecho do caso mas o telefone insistia em tocar, devia ser importante porque eram insistente. Mas porque ela não atendia?

Só então, ele percebeu que era o seu próprio celular que tocava desesperadamente. Kate.

- Hey... vi que você me ligou. Tudo bem?

- Tirando a saudade de você, está. Trabalhando ainda?

- Não, acabei de chegar em casa. Estou louca por um banho. E você o que está fazendo?

- Estava pensando em você, te imaginando trabalhando sempre devotada e sagaz fazendo analises e escrevendo os detalhes que observou... estava linda.

- Você imaginou mesmo tudo isso? – ela reverteu a ligação para o facetime e para a surpresa de Castle, ela usava a blusa lilás que ele gostava.

- Sim, inclusive que você usava essa blusa. Quão bom eu sou, hum?

- Tive uma ideia, apenas observe – Kate seguiu para o banheiro levando o celular. Estrategicamente ela posicionou o aparelho de uma forma que a câmera a mantivesse na tela para que Castle a visse. Então, ela começou a desabotoar a blusa de frente para ele. Ela fazia isso meio que rebolando e dançando. Sorria ao jogar a blusa de lado. Agora era a vez da calça. Calmamamente desabotoou-a e deslizou-a pela perna com um tom de provocação ficando de calcinha e soutian diante da câmera. Do outro lado, Castle estava quase babando por ela literalmente. Boquiaberto, observava toda a ação que Kate proporcionava para ele. Já sentia a pressão contra o tecido da calça. Ela prendeu os cabelos em um coque e aproximou-se um pouco mais da câmera para que ele tivesse um ângulo melhor dela.

- Kate, você sabe como provocar alguém...
Ela sorriu e se concentrou na próxima tarefa. Agindo da mesma maneira que fizera com as roupas, ela livrou-se das peças intimas. Completamente nua, ela pegou o celular e levou consigo colocando-o na direção do chuveiro. Entrou no blindex e aproveitou a água quente do chuveiro para fazer um showzinho particular para Castle.

Meia hora depois ela terminara e já deitada na cama se despedira dele com um “eu te amo” e desesjando boa noite. Castle foi dormir sorrindo. Esses pequenos gestos e travessuras entre eles eram especiais e importantes ainda mais com a distância entre eles.

Três dias depois, cedo pela manhã eles voltaram a se falar via facetime.      

- Castle,gostaria que pudéssemos ficar assim a manhã toda.

- Eu também.Entre outras posições – eles estavam deixados de lado como se estivessem na cama lado a lado quando de fato usavam o iphone para se verem.

- Sabe qual é a minha posição favorita? – pergunta Kate - Pessoalmente.

- Pois é. A minha também.

- Talvez possa ir aí esta semana se eu não tiver novos casos.

- Eu faria sua vinda valer a pena.

- Droga – uma mensagem de McCord aparece na tela de Kate - É do escritório.Tenho que ligar para lá.

- E lá se vai nosso fim de semana.

- Não, talvez não.Talvez não seja um caso.

- É sempre um caso- a voz saiu quase frustrada e então ele se lembrou da brincadeira de dias atrás e sugeriu - Talvez, você queira tomar um banho rápido antes? Pode levar o telefone junto – insinuou - É à prova d'água.

- Talvez mais tarde.

- Vou te cobrar isso.

- Certo. Kate aproximou o celular do rosto e beijou a tela. Em um gesto claramente apaixonado, Castle pegou esse beijo com as mãos e esfregou em seu rosto como se fosse ela a beija-lo. Desligaram. Castle ainda virou-se suspirando e pensando nela mas o barulho irritante de um liquidificador o fez esquecer o pensamento e levantar - Pi.

- Bom dia, pai! Espero que não tenhamos te acordado.

- Preparamos vitaminas suaves – disse Pi.

- Não tão suave para mim.

- Farei uma para você.

- Bom dia a todos! – era Martha.

- Bom dia.

- Pi, vou querer o de sempre. Antienvelhecimento.

- É para já, sr.ª R.

- Obrigada. Castle aproveitou a deixa de Martha para ir ao seu escritório, ligando a TV. Essa situação com Pi não estava dando certo. Não tinha mais sossego e privacidade. Imagina se Kate estivesse com ele? viu a mãe entrando com um copo de um liquido verde nas mãos.

- Querido,não poderia apenas fingir que aprecia os esforços de Pi?

- Que esforços? Metade do tempo, não sei se estou cheirando adubo ou o decaimento da ambição dela.

- Richard, ela tem 19 anos e aquele garoto...Tudo bem. Ela vai se desapegar dele.

- Só gostaria que se desapegasse logo e fora da minha casa. Talvez, eu só devesse ser firme e mostrar-lhe minha desaprovação.

- Por favor. Alexis só vai se revoltar e querer ficar com ele mais ainda.

- Então, eu deveria aprovar?

- Não, não, não. Só tornaria a relação mais sólida. Ela estará dormindo com ele no sofá – riu Martha do pensamento que tivera.

- O que devo fazer?

- Beba a sua vitamina – disse Martha entregando o copo a ele - E apenas aproveite,garoto. Aquele é Charlie Reynolds? – ela disse olhando para a tela - Aumente isso.

-A polícia está investigando.Reynolds era ator e estrela da série dos anos 1990 "Bons Demais para a Escola", onde interpretava o amável nerd Dewey Hancock.

- Que horror.Fiz uma participação especial nesse programa.

- Aquela era uma época simples, onde o bordão de Dewey,"Hubba, hubba", era um diálogo fascinante.

Estranhamente, o corpo foi achado pendurado no gancho de um guindaste.

- Horripilante.

- Sim. Se por "horripilante" você quis dizer "incrível".Olhe. Aqueles são Esposito e Ryan. Isso é exatamente o que preciso. A ex-estrela infantil literalmente recebendo o gancho. Erguido em sua própria armadilha – ele já discava o numero de Esposito enquanto continuava a falar com a mãe - Pendurado para secar.

-Está bem, já entendi – disse Martha. Ambos observavam Esposito na TV verificar o celular e ignorar a ligação.

- Você viu isso? Ele recusou a minha chamada.

- Parece que Charlie não é o único pendurado para secar.

Mas Castle nunca foi alguém de desistir fácil. Ele correu para a cena do crime e pedindo licença de varias pessoas chegou até a área isolada separado dela apenas pela fita amarela. Ele tentou chamar a atenção sem sucesso então decidiu atravessar a fita quando alguém o impediu.

- Desculpe. Somente a polícia passa deste ponto.

- Você deve ser novo. Eu sou...

- Sei exatamente quem você é. Como eu disse, somente a polícia passa deste ponto. Ryan e Esposito se aproximavam.

- Ali. Meu pessoal está ali.Oi, gente – ele acenou para os rapazes.

- Tudo bem, Sully. Nós assumimos.

- Certo. Obrigado.

- Oi, Castle – disse Ryan.

- Quem é aquele cara?

- Aquele é o detetive Grant Sullivan.A Beckett faz falta, mas é bom ter um novo chefe – disse Ryan. Castle tentou passar por baixo da fita mas Espo o impediu.

- O que está fazendo aqui?

- Você saberia, se tivesse atendido a minha ligação.

- Não devo ter escutado tocar – disse Esposito.

- Você a rejeitou.Ao vivo, na televisão. Pessoal, sou grande o suficiente para esquecer isso e ainda oferecer minha ajuda a vocês.

-Ajudar-nos?

-Este é um caso de alto nível e estou disposto a deixar vocês se beneficiarem da minha incrível mente solucionadora de crimes.

- E o que você ganha? – perguntou Esposito.

- Fujo do meu apartamento.

- Desculpe, Castle.Se Gates descobrir...

- Ela não vai! Não descobrirá! Eu sei que ela...está em uma conferência na Flórida, então...Vocês nem notarão que estou aqui – eles trocaram um olhar e cederam. Caminhando juntos para o local onde estava o corpo, Castle não se conteve em comentar - Estrela de seriado decadente pendurada em um gancho? Será que fica melhor?

-Cresci vendo esse programa – disse Ryan - Charlie Reynolds é subestimado como ator. "Bons Demais para a Escola" é uma joia atemporal.

- Duvido seriamente disso.Não que eu já tenha assistido – disse Esposito.

- Sr. Castle, está de volta.Mas não pela demanda popular.

- Bom ver você também, Perlmutter.

-Tem a hora da morte?

-Entre 19h e 2h.A causa é óbvia.Ele caiu do telhado e pousou no gancho.

- Possível suicídio?

- Baseado na distância do guindaste do prédio e sinais de luta no telhado...ele foi empurrado.

- O que Charlie Reynolds fazia no telhado? – era a pergunta de Castle.

- Boa pergunta. Ele tem um apartamento no prédio, mas não vivia aqui. As unidades foram derrubadas e ele estava em uma sublocação.

- Familiar ou parente próximo? – Castle perguntou.

- No programa de TV, sim. Na vida real, não muito.

- O que quer que ele fazia aqui, há policiais interrogando para ver se alguém o viu ou outra pessoa, ontem à noite, na área.

- O que será que isto significa? – Ryan encontrou um papel com uma sequencia numérica - Nove dígitos.

- Como foi empurrado do telhado e pousou no gancho, eu diria que não é o número da sorte dele.

- Sully.

-Sim?

- Cheque este número e descubra qual a ligação com a vítima. E vejamos onde ele estava antes daqui.

- Pode deixar.Chequei o correio de voz dele. Havia mensagens de raiva enviadas ontem por uma moça. Disse que iria matá-lo se não ligasse de volta.Disse que ela não seria ignorada.

- A clássica neurótica – disse Castle - Uma perseguidora, senhores.Uma fã obcecada – e puxou o bloco de anotações da mão de Sully.

- Sabemos quem ligou? Perguntou Ryan.

- Rastreei o número até um endereço no centro. O nome é...

- Geraldine Powers – disse Castle ao ler as anotações dele.

- Geraldine Powers. Sim.

- Aposto que ela tem até um santuário assustador pra ele. e realmente foi o que pareceu. Havia uma parede devotada a Charlie na casa da mulher que insistia em não ter matado o rapaz mas realmente isso não poderia ser verdade já que Geraldine era de fato a agente dele e a responsável por ter mantido o programa no ar por seis temporadas. Estava com ele desde 1992. 

- Após o cancelamento do programa,os telefones pararam de tocar. A maioria dos agentes o teria demitido, mas eu? Eu continuei com ele – ela passava uma cena na sua TV - Esta é a cena! Este é o ponto onde a história foi feita.

- Oi, Lisa...Hubba, hubba! – ela riu e Ryan também batendo palmas.

- Uma joia atemporal? – Castle olhou para ele incrédulo - Sério?

- Essa foi uma...performance diferenciada – disse Ryan. Mas ainda não estava claro porque ela o ameaçava por telefone então Geraldine explicou. 

- Charlie foi para uma sublocação enquanto o prédio dele estava em reforma.E há poucos dias, as correspondências dele foram enviadas para cá por engano. O extrato bancário mostrava que ele tinha acabado de fazer um depósito de US$ 125 mil. Charlie mal pagava o aluguel com os trabalhos que conseguia. Então, onde ele conseguiu o dinheiro? Só faria sentido se ele marcou uma apresentação e cortou a minha comissão.

- Tem ideia de que apresentação era? – perguntou Ryan

- Não, mas... para ele desembolsar essa quantidade de dinheiro... tinha que ser algo grande.

De volta ao distrito, Castle tentava convencê-los da linha de investigação que deveriam tomar.

- A chave é a apresentação misteriosa. Um ator sem sorte mal sobrevivendo? Pode ter se envolvido em um negócio ilícito que lhe custou a vida.

- Ou... alguém reconheceu o seu talento atuando e deu um emprego a ele – disse Ryan .

- Como no reality "Onde Eles Estão Agora?", onde tem que lutar na lama com Danny Bonaduce e Webster para ter um emprego com Donald Trump.

- O que aconteceu com a mesa da Beckett? Castle olhou espantado para a bagunça e a pilha de coisas sobre ela.

- É a mesa de Sully agora.

- Sr. Castle, desculpe se fui um tanto ríspido na cena. Ainda estou tentando pegar o jeito aqui. Detetive Beckett deixou um grande lugar para ocupar.

- Sim, deixou.Vejo que ocupou a mesa dela.

- Sr. Castle,o que está fazendo aqui? – era a Capitã quem saia da sua sala ao escutar  voz familiar.

- Capitã Gates, eu... – surpreso ele quase não conseguiu completar o pensamento - achei que você estava em uma conferência.

- Terminou um dia antes.Mas não saberia disso a menos que estivesse me vigiando.Sei o que aconteceu aqui.Este homem tem se metido na investigação de Charlie Reynolds, não é? – ela olhava para Ryan e Esposito que ficaram bem desconfortáveis - E vocês o deixaram.Uma notícia para você,sr. Castle.Você não é da Polícia de NY e não tem mais motivo para estar aqui.Esse caso de assassinato é o nosso.

- Não é mais – a voz soa bem familiar e todos olhavam espantados para McCord com Beckett ao seu lado surgindo na frente deles.

- Beckett? – até Castle estranhou.

-Esse caso agora é nosso – afirmou McCord puxando um documento e acenando-a para Gates - Tenho uma carta do procurador-geral autorizando que assumamos o caso.

- Posso ver isso,por favor? – pediu Gates e McCord estendeu o documento a ela. Enquanto Gates analisava, Castle e Beckett ficaram lado a lado e conversaram entre si sem dar a impressão de que faziam isso.  

- O que faz aqui? – ela perguntou

- Eu? O que você faz aqui? – ele retrucou - Por que não disse que viria?

- Para te surpreender – ela tinha um meio sorriso no rosto.

- Surpreendeu – ele afirmou.

- Então, talvez,deva se apresentar à equipe – disse Gates após verificar que não tinha mesmo o que fazer a não ser deixar o FBI assumir dali em diante.

- Bom dia.Sou a agente McCord.Claro,conhecem a agente Beckett.Iremos nos juntar à investigação,então precisamos de acesso a todas as informações relativas à morte de Charlie Reynold.

- É o jeito de dizerem que estamos fora – falou Esposito rispidamente. McCord olhou para Beckett instigando-a a responder o que Beckett não sabia ser uma forma de tentar tranquiliza-los por já ter convivido muito com eles ou se era para coloca-la no fogo, em uma situação estranha. Mas falou mesmo assim.  

- Continuarão trabalhando no caso.Mas se reportarão a nós.

- Por que a morte de um ex-astro de seriado é um caso federal? – perguntou Ryan

- Não temos permissão para falar.

- Não, espere.Deixe-me entender isso – Beckett que conhecia Gates bem viu que a mesma se irritara - Querem que continuemos investigando,reportando tudo a vocês,mas não vão nos dizer por que estão aqui?

- É confidencial – respondeu McCord - Estaremos na sala de conferência. Precisaremos dos relatórios iniciais e de todos os eletrônicos pessoais de Reynolds...telefones, IPads, computadores.Obrigada pela cooperação.

Na sala de conferência, elas ligavam os notebooks para começarem a trabalhar, McCord dava as orientações - Com os dados do telefone e do computador,reconstruiremos seus movimentos nas últimas 24 horas. Aliás,Washington deixou claro que devemos mandar tudo para lá.

- Por que querem os dados? – perguntou Beckett.

- Não disseram. Raramente dizem.

- Isso deve te incomodar – disse Beckett nada satisfeita com a mão na cintura.

- Nem sempre temos acesso a toda realidade. É consequência do trabalho – mas não era apenas sobre isso que Beckett estava se referindo. Era a tudo, invadir uma investigação de outros detetives, se impor, mostrar superioridade e consequentemente tornar-se persona non grata. Ela certamente sentia-se mal por isso e como já estivera do outro lado varias vezes, entendia a frustração dos rapazes. Mas agora, ela era o inimigo e a sensação era bem pior do que ela imaginava. Beckett estava incomodada por estar em sua antiga casa e passando a ideia de que o trabalho deles não era importante. Detestava estar nessa situação. De longe na mini copa, Castle e os rapazes observavam as duas enquanto tomavam um café. Ryan e Esposito estavam agoniados, no caso de Espo era claro: declarara guerra às federais. Castle tentou amenizar sugerindo. 

- Talvez devamos ir lá e convidá-las para um café.

- Não daremos café a elas.Você comprou essa máquina para a Polícia de NY.O café é só da Polícia de NY.

- Vamos, rapazes. Estão sendo duros.

- Duros? Beckett é uma Judas.Elas sequestraram nosso caso – disse Ryan - De qual lado você está?

- Do de vocês. Caras, estou...do lado de vocês.

- Ryan, não é estranho...que Castle apareça no mesmo dia que a agente Beckett assumiu o caso?

- Sim,é muita coincidência.

- Não, não é. Não é coincidência...- então ele se tocou que falara besteira - Bom... Na verdade, sim,é coincidência.

-Talvez você e Beckett estejam nessa juntos.Talvez você seja o espião dela – insinuou Esposito - Você é o Judas da Judas.

- Não, caras.Não, eu juro...Eu juro. Parem com isso.Vocês me conhecem.

- Estou te observando,Castle – ameaçou Esposito.

- Perlmutter tem algo para nós – disse Ryan checando uma mensagem.

- Vamos – disse Esposito olhando desconfiado para Castle. No necrotério, eles perceberam que as coisas não mudaram apenas no distrito. Perlmutter contou-lhes sobre a hora da morte entre 23h30 e 1h30. E ferimentos perimortem no braço e no ombro são consistentes com sinais de luta, mostrando que ele resistiu antes de ser jogado do telhado. Mas o que chamara a atenção do legista foi o fato de que a descobrira uma quantidade expressiva de coco de galinha na sola do sapato de Charlie. Seria esse o tal novo emprego dele? Mas quando procuraram saber mais foram surpreendidos quando Perlmutter disse que não estava autorizado a dizer mais nada. De volta ao distrito, Ryan e Esposito estavam indignados.

- Não posso acreditar.Até Perlmutter responde aos federais – disse Esposito saindo do elevador muito chateado.

- Excluídos do nosso próprio caso – complementou Ryan, Castle que vinha atrás deles tentou ser racional.

- Talvez haja uma explicação razoável para todo esse mistério. Isso...- mas ao ver os rapazes virarem-se e o encararem com uma certa raiva desistiu e resolveu apoia-los - Vocês... estão certos – ele atuava com seriedade e pareceu convencer - Isso é um absurdo!

- Sully, alguma pista sobre o tal emprego de Charlie? – perguntou Ryan.

- Nada que explique os US$ 125 mil. Só consegui descobrir viagens para se promover na Rússia nos últimos anos.

- Rússia? – Esposito achou estranho mas Ryan respondeu.

- Sim. "Bons demais para a Escola" é sucesso lá.É na Rússia o que David Hasselhoff é na Alemanha.

- Achei algo suspeito no cartão de crédito – informou Sully - Um gasto em um táxi que Charlie pegou no dia que foi morto.

-Onde ele o pegou?

-No seu apto. Eis a pista. Outro entrou no banco de trás e os dois brigaram feio.

-Conseguiu uma descrição?

-Não, melhor que isso – Sully começou a procurar por algo deixando o sanduiche que comia sobre a mesa o que já agoniava Castle de ver aquela cena em toda aquela bagunça - Consegui um nome.Seu antigo colega Ramon Russo.

- Ele fazia o atleta...Marco, não é? – disse Espo denunciando o seu conhecimento do show.

-Esse mesmo.

-Então assistiu ao programa – instigou Ryan.

- Assisti por acidente uma vez... – ele disse tentando disfarçar.

- Bom, como deve saber,Ramon não só interpretava Marco,mas dizem que eles se odiavam.

- Talvez a briga tenha levado ao assassinato – sugeriu Castle. E os rapazes decidiram ir atrás dele. Encontraram em um teatro dando aulas. Ao ve-los achou que eram fãs querendo autógrafos. 

- Ramon Russo?

- Desculpem, pessoal. Estou dizendo,isso sempre acontece comigo. Seja quando estou na rua ou aqui, dando aula. Então, como posso ajudá-los? Querem uma foto autografada ou o quê?

- Queremos um pouco do seu tempo – disse Esposito mostrando o distintivo.

- Talvez, até décadas dele – disse Castle. Ele pediu um tempo e atendeu os três. Comentou que a morte de Charlie era uma tragédia pessoal para ele e uma perda enorme para o meio artístico.Confirmou que dividiu um taxi com ele e achou muito estranho a pergunta sobre trabalho com galinhas. Eles estavam trabalhando juntos na filmagem de um filme da série e que tiveram que assinar acordos de sigilo. Disse que Charlie implorou para que ele participasse. Disse que seria legal reunir o pessoal. Ao ser questionado sobre a relação nada amistosa entre os dois e da briga no taxi, Ramon dissera ter perdido a compostura porque Charlie desperdiçava seu tempo e não sabia nenhuma das suas falas mas nunca fora assim. Para ele havia algo errado com Charlie que começara a alguns dias, ele estava ansioso, cansado mas disse que não tinha nada de errado com ele. Após checar algumas informações, eles souberam que o álibi de Ramon era sólido. A namorada confirmou que passavam falas. Fora Esposito quem dera a noticia. 

- Ele me mandou uma cópia autografada do script."Bons Demais para a Escola: Quem Não Sabe, Ensina." – disse Castle

- Sério? Qual é a história? – pergunta Ryan bastante curioso.

- Dewey e Marco voltam ao colégio como professores. Dewey é o professor gênio de Ciências, enquanto Marco revive os dias de glória como técnico. Essa não. Quando Dewey se depara com a sexy prof.ª de alemão,srt.ª Pozman, na sala dos professores, ele diz:-"Hubba, hubba."

-"Hubba, hubba." - foi sonoro vindo de Castle e Ryan.

- "Hubba, hubba." – era Sully atrasado querendo se enturmar mas vendo que não funcionou, ele retomou o caso - Falei com os funcionários no set de filmagem.Charlie não estava só agindo estranho, mas, há dois dias,convenceu a contadora a deixá-lo ver os registros.

- Por que a estrela ligaria para o orçamento?

- Não sei, mas a contadora disse que Charlie encontrou irregularidades. E ouçam isto: ele a fez prometer que não contaria ao produtor,Hank Harper, que ele esteve bisbilhotando.

- Hank Harper? Ouvi falar dele – disse Castle - Contam que ele expulsou um diretor do set com um taco de beisebol.

- Vejam isto – Ryn mostrou a sua tela onde já encontrara algo sobre Harper - Embora não tenha sido condenado, Hank Harper sofreu várias acusações de desvio de dinheiro dos filmes em que trabalhou.

- Se Charlie descobriu que Hank desviava dinheiro do filme... – especulou Esposito e Castle completou.

- Então, Hank pode ter dado gancho em Charlie. Eles resolveram ir ao set de filmagens.

- Segundo o escritório de produção, Hank Harper está em algum lugar aqui no set. O que estão filmando se o protagonista morreu?

-As cenas sem ele. Ou cenas que explicam seu sumiço do filme.

- Ou ele voltou dos mortos – disse Ryan.

- A versão Apocalipse Zumbi. Isso eu veria – disse Castle.

- Não, vejam, bem ali – disse Esposito e de repente haviam vários Deweys no set lendo scripts e ensaiando. Buscando um novo ator o que indignou Ryan.

- Hank Harper – chamou Esposito.

- Tarde demais, bonitão. Já temos o professor musculoso de EF.

- Polícia de Nova Iorque.Viemos por causa de Charlie Reynolds.

- Terei que te ligar depois – ele passou a ter sua atenção voltada para os policiais - Charlie era um grande garoto, muito profissional.Trabalhar com ele me lembrava de meus filmes com Pacino.

- Você trabalhou com Al Pacino?

- Barry Pacino.Sem parentesco.Tão talentoso quanto,e mais alto.

- Se gostava tanto de Charlie, por que já o substituiu?

- Precisam entender que há muito dinheiro em jogo.O show deve continuar.

- Já passei por isso.Meu livro "Nikki Heat" virou filme há uns anos.

- Não saiu apenas em DVD? – Castle ficou sem graça com a pergunta.

- Teve problemas de script.E problemas de elenco,direção...

- Charlie tinha problemas com alguém no set? perguntou Ryan cortando os devaneios de Castle.

- Que eu saiba, não.Todos o amavam. O que não amar nele?

- Ele viu os registros financeiros recentemente. Alguma ideia do porquê?

-Nenhuma ideia.

-Temos um palpite.Talvez, Charlie achou que estavam desviando dinheiro.

- Ouvimos falar da sua inclinação por contabilidade criativa.

- O quê? Acham que o matei? – disse Hank espantado.

- Se Charlie descobriu sobre seus velhos truques, seria um motivo.

- Fiquei aqui a noite toda fazendo alterações no roteiro.Além disso, posso ter sido pego com a mão na botija no passado,mas não sou tão estúpido para roubar dos russos.

-Dos russos?

-Sim, estão financiando o filme.Querem transformá-lo em franquia.Esse é o meu vale refeição! Se houver algo irregular nos registros, não tenho culpa.

- Não confiaremos na sua palavra.Precisaremos ver os registros.

- Claro – ele puxou a pasta da gaveta e os entregou a Espósito - São todos seus.

- Obrigado.Precisaremos de um boné também – Ryan não ia perder a oportunidade de levar uma peça de seu show como recordação, já de boné na cabeça e circulando pelo set, ele comentou - Sabe o que não entendo?

- Está usando boné.Há muito que não entende – disse Espo mas Ryan não se abateu.

- Digamos que Hank roubou dinheiro e matou Charlie.Por que os federais estão nessa?

- Talvez tenha a ver com os russos – disse Castle.

- Se soubéssemos o que sabem, estaríamos perto de resolver isso – disse Espo.

- Desculpe, pessoal,ainda terei que inventar uma teoria...de gênio maluco.

- Não precisa inventar.Não quando pode ir diretamente à fonte – falou Ryan.

- Peça à Beckett que nos dê os detalhes – sugeriu Espo.

- Esperem um minuto... – Castle não estava gostando disso mas eles insistiam.

- Conseguimos informações essenciais e você esclarece dúvidas sobre sua lealdade.Todos ganham – disse Ryan.

- Pessoal, não posso fazer isso. Depois do que houve na capital,prometemos...

- Fizemos um grande favor em te deixar no caso, Castle.É hora de pagar – Esposito pressionou.

- Pessoal...Ela é minha noiva.O que dizer sobre nosso futuro se eu continuar ultrapassando limites?

- Castle, todo o seu relacionamento foi formado por causa de suas ultrapassadas de limite – lembrou Ryan.

- Bem pensado.

De volta ao distrito, Castle mandou uma mensagem para Beckett convidando-a para um café nacopa. Ele preparava uma xícara especialmente para ela. antes de invadir a copa, ela o observava pela janela. Entrou na sala esboçando um lindo sorriso de menina que está prestes a ganhar um presente.

- Recebi sua mensagem – Beckett diz ainda sorrindo para ele.

- Oi.Só queria saber como está. Deve ser estranho para você estar de volta aqui na Delegacia, trabalhando em um caso.

- Sim, é estranho – ela o observava preparar o café.

- Especialmente depois que a ordem de sigilo da McCord te impediu de acessar a sua ferramenta investigativa mais eficaz... – ele entregou finalmente a bebida a ela - eu!

- Sim, você é uma ferramenta,tudo bem? – Beckett cheirou o café e deixou um wow escapar de seus lábios ao sentir o cheiro da bebida que tinha em suas mãos.

- Então...ela não está aqui agora, que mal faria me dar uma pequena dica?

- Isso é um suborno – ela olhou para ele e novamente para a xícara - Castle, está me subornando com Latte? – ela estava indignada.

- Não! Não estou.Não seja ridícula.

- Isso é baixo, até para você - Logo com café! Pensou Beckett. Ela não queria acreditar.

- Escute, posso resolver isso. Só preciso de um pouco mais.

- Castle...não vai me convencer nessa.

- Certo, ela está vindo.Acene uma vez, se for sobre os russos, duas vezes se for sobre outra coisa – agora ela aproveitava a situação para provoca-lo usando o código dele para confundi-lo - Duas vezes. É sobre outra coisa.Três vezes. O que...O que significa? O que...Não sei o que significa.

- Beckett.Temos uma pista. Vamos.

- Até mais, Castle – ela olhava com um olhar provocador de menina levada.

- O que...O que três acenos significa? – ele a viu partir sem responder nenhuma de suas perguntas. Ao encontrar com os rapazes foi questionado.

- E então? – perguntou Esposito.

- Eu tentei, mas...ela não falará comigo sobre o caso.

- Aonde elas vão agora? – ele insistiu.

- Ela não me contou também.Eu estava...

- Nem posso te olhar agora – disse Esposito.

- Pessoal,acho que encontramos algo nos registros que Charlie investigou.Olhei todos e não havia sinais de crimes financeiros – era Sully.

- O balanço parecia impecável,mas vejam esta entrada. Esse é o número que encontramos no bolso de Charlie. Deve ser a irregularidade que Charlie falou – disse Ryan.

- Mas o que significa? Castle não entendia ainda.

- Corresponde a um número de fatura de um carregamento de itens para o filme enviado da Rússia.

-Por que isso é irregular? Perguntou Esposito.

- Primeiro, seria mais barato alugar as câmeras aqui.

- Não só isso, o carregamento foi para um depósito no Brooklin que fica ao lado de uma processadora de frangos – disse Sully.

- O que explica as fezes nos sapatos de Charlie. - disse Castle.

- Charlie foi ao depósito pouco antes de ser morto.Talvez quem o matou veio de lá.

Eles foram a processadora de frangos.

-Parece deserta.

-Não significa que esteja – disse Castle - Este lugar poderia estar repleto de cossacos sanguinários.Tem uma arma extra?

-Para você, não – disse Esposito.

- Estamos no lugar certo.Definitivamente pisei em algo – Castle falou para si mesmo. enquanto  isso, eles procuravam entre as caixas o tal carregamento de Charlie. Ryan deu sorte.

- Pessoal, encontrei.Encontrei o carregamento.Mesmo número de fatura – eles abriram o caixote - Apenas equipamento fotográfico.

- Esperem um minuto. Tem um fundo falso – disse Esposito.

- É mesmo – ao arrancarem, encontraram armas. Castle intrometido já foi pegando uma delas.

- Minha mãe sempre disse que a indústria cinematográfica era difícil.

- Por isso os russos financiam esse filme idiota.Estão usando a produção para contrabandear armas – disse Esposito.

- É como "Argo", mas com armas.

- Abaixem as armas e mostrem as mãos! Agora virem-se, lentamente.

- Que diabos estão fazendo aqui? – Beckett parecia surpresa ao vê-los ali, ambas estavam armadas.

- Encontrando as armas que vocês estão procurando – disse Castle querendo se mostrar superior.

- Que armas? Perguntou McCord.

- Vocês não sabiam sobre as armas? – espantou-se Ryan.

- Viemos aqui para observar e relatar. Não sabemos mais sobre o caso do que vocês – disse McCord.

- Como chegaram até aqui? – perguntou Castle.

- Refazendo os passos da vítima. Ele veio aqui antes de morrer.

- Deve ter visto essas armas. Ligarei para a Agência para que levem as armas – disse McCord.

- Não tão rápido, Clarice – disse Esposito - Nós as encontramos, então será a Polícia de NY que as levará como evidência.

- É aí que se enganam – ao ouvirem uma terceira voz, todos sacaram as armas - Essas armas não vão a lugar algum.

- Abaixe a sua arma agora – disse Beckett.

- Você é o corredor que encontrou o corpo – lembrou Ryan.

- Abaixe a arma. Somos agentes federais – insistiu McCord.

- Eu sou um agente federal também. Meu nome é Ethan Wright.Sou da CIA – jogou sua insígnia para Esposito- O Mario Lopez aí pode confirmar.

- Presumindo que seja quem diz que é, por que a CIA estaria envolvida?

- Charlie Reynolds trabalhava para nós. Eu o recrutei há 2 anos.

-Dewey era um espião? – Ryan estava surpreso.

- Ele estava infiltrado na família de Anton Renkov.

- Anton Renkov? Conheço esse nome – disse Castle - Ele é o criminoso mais conhecido na Rússia.

- Também é muito fã de "Bons Demais para a Escola" – disse o agente.

- Por isso Charlie viajava tanto para a Rússia.

- Isso mesmo.Eles o adoram lá, então o abordei para que usasse as viagens e reunisse informações sobre Renkov e a organização.Charlie não hesitou.Ele era bom.Era um ator melhor do que as pessoas imaginavam.

- É o que venho dizendo – falou Ryan baixinho.

- Esse cara está limpo – revelou Esposito.

-Graças. Meu braço – falou aliviado Ryan.

- Anton Renkov usava o filme para contrabandear armas para a máfia russa nos EUA.E o trabalho de Charlie era encontrar essas armas – disse Beckett.

- Mais ou menos. Ele me ligou há alguns dias e disse que havia localizado o carregamento. Marcamos de nos encontrarmos para pôr um GPS nas armas. Quando ele não ligou, comecei a procurar por ele.

- Seria melhor se tivesse dito antes – falou McCord.

- O que posso dizer? Era confidencial – e McCord sentiu um pouco do seu próprio veneno - Precisávamos que monitorassem a investigação para a Polícia de NY não se aproximar dos russos e comprometer nossa operação. Achamos que vocês nos levariam às armas.O que vocês fizeram.

-O que acontece agora?

- Esperamos que Renkov mande as armas para seu destino.Para podermos rastreá-las. E vocês se afastarem.

De volta ao distrito, Ryan, Espo e Sully estavam de frente para o quadro do caso discutindo o caso de Charlie quando Beckett se aproximou com uma caneca de café em mãos. De certa forma, ela queria se enturmar de novo. Sully comentava dos registros que alguns russos que estavam no set tinham nas costas. Beckett resolveu opinar.

- Ainda mais por sabermos que Charlie foi seguido até o depósito – ela falou tão casualmente que parecia estar investigando junto com eles como antes, só após ouvir o tom de Ryan ao questiona-la percebeu que não podia ser vista como um deles.

- Baseado em quê?

- Rastreamos os movimentos de Charlie triangulando torres de celular próximas a ele. Depois olhamos as datas para conseguir as filmagens por satélite do depósito. Como vocês chegaram lá?

- Cocô de galinha – Esposito falou com orgulho para afronta-la.

- O que quer que funcione. Mas alguém estava atrás dele.É isso o que eu investigaria.

- Na verdade, precisamos interromper a investigação – disse McCord após sair do telefone - A ordem veio de Washington.

- Por quê?

- A CIA não acha que Renkov sabia que Charlie era um espião.Se soubessem,teriam movido as armas.

- Não queremos as armas.Queremos resolver o assassinato – disse Ryan.

- Washington não concorda com isso. Se falarem com os russos,alguém pode ficar sabendo e descobririam sobre Charlie Reynolds e isso prejudicaria a operação da CIA.

- Por interromper, você quer dizer parar – falou Esposito claramente com olhar ameaçador para McCord.

- Sei como se sente, mas esse caso está ligado com a segurança nacional. Sinto muito, mas acabou – a ultima palavra de McCord, eles se dispersaram deixando Beckett sozinha. Ela sentia-se mal com tudo isso. A animosidade entre os rapazes e Rachel não ajudaram a ela para se reconectar a eles. Realmente sentia-se uma intrusa. Resignada, suspirou e foi arrumar suas coisas, mandou uma mensagem para Castle de que o caso estava suspenso e que voltaria para DC. Ela estava na copa. Acabara de tomar um café e vestia o casaco quando ele entrou.

- Oi. Recebi a sua mensagem. Que horas é o seu voo?

- Amanhã de manhã.

- Escute. Desculpe pela coisa do suborno.Devia saber que você é incorruptível.

- Eu não diria isso – ela parecia pensativa demais com um quê de preocupação em seu rosto.

- Então deixe-me tentar te corromper mais tarde na minha casa, onde podemos finalmente ter algum tempo sozinhos – ele se aproximou dela por trás acariciando-lhe os braços ela foi relaxando e gostando da ideia - E por "sozinhos" quero dizer eu, você e...minha mãe, Alexis e Pi.

- Isso...Parece... – sem qualquer privacidade pensou - lotado.

- Pois é.

- Por que não me liga assim que solucionarem o caso? – ela se desvencilhou dos braços dele para fita-lo. 

- Não ouviu McCord? Esse caso acabou.

- Acabou mesmo? – e ela colocou um pendrive na mão dele.

- Aquela coisa de "bem maior" já era. Charlie morreu servindo o país.Ele merece justiça – Ryan parecia indignado ao ver Beckett e McCord deixarem o distrito pelo elevador sem grandes cerimônias.

- O que houve com Beckett? Ela costumava entender – disse Espo.

- Acho que ainda entende – e Castle mostrou o pendrive. Ao abrirem no computador de Ryan uma imagem próxima ao deposito apareceu.

- Deve ser a imagem de satélite sobre a qual Beckett falava.

E esse é Charlie entrando no depósito.

- Cavalheiros? – Gates apareceu na frente deles achando tudo muito suspeito - Presumo que estejam terminando os relatórios do caso que não estão mais investigando.

-Com certeza- todos tinham as mesmas respostas - Sim, senhora.

- Que bom.Prossigam.

- Certo. Estão vendo? Beckett estava certa. Charlie estava sendo seguido – disse Castle.

- Ele está usando um boné para se disfarçar – afirmou Esposito. .

- Mas não se disfarçou o bastante. Vejam a estampa no boné. Igual ao...boné que peguei da equipe de "Bons Demais para a Escola" – disse Ryan - Do qual fez pouco caso.

E assim concluíram que quem seguiu Charlie veio do set de filmagens. Entraram em contato com o estúdio e a única informação era de que um assistente deu carona a ele até uma mercearia no Brooklin, que fica a 5 quarteirões do depósito. Checando uma  câmera de segurança em frente à mercearia no horário que foi deixado encontraram a imagem da mesma pessoa de boné, dessa vez conseguiram identifica-la. Era Svetlana Renkov,sobrinha de Anton e a atriz do filme.

- Hubba, hubba... – disse Castle admirado – o que faremos agora?

- Chamamos a moça para interrogatório, temos o suficiente para coloca-la como suspeita – disse Esposito.

- Caras, não deviam contar a Gates primeiro o que descobrimos? E não se esqueçam de não mencionar a fonte porque lembrem-se do que McCord falou, o caso estava encerrado. Façam o seguinte: vocês deixem tudo preparado e contam amanhã para Gates, de preferência quando eu não estiver aqui assim se ela quiser brigar não joga a culpa em mim. Vamos descansar afinal, amanhã as federais não estarão mais aqui o que ajuda-nos a investigar com calma e sem interrupções.

- Talvez tenha razão, Castle – disse Esposito – vamos arrumar aqui e amanhã continuamos.

- Excelente pessoal! Vejo vocês amanhã – e rumou para o elevador falando sozinho – agora tenho algo bem mais importante para fazer. Determinado em passar nem que fosse algumas horas com sua noiva, Castle passou em seu loft, tomou um banho e pegou algumas coisas que considerara essencial para a noite que pretendia ter.

Beckett e McCord discutiam o final repentino do caso enquanto faziam o relatório do caso no quarto de hotel de Beckett que ainda não se conformava com o cancelamento do mesmo.

- Eu sinto como se faltasse algo. Viemos para cá, tomamos um caso da NYPD e sequer resolvemos. Parece que essa viagem foi algo desnecessário. Um relatório de três paginas? Não era o que eu tinha em mente.

- Não se sinta mal Beckett. Nem sempre conseguimos mostrar aquilo que queremos. E concordo que não foi o melhor dos casos, especialmente com a intromissão da CIA. Espero que tenhamos mais sorte da outra vez. E foi estranho enfrentar as pessoas em sua antiga zona de comando. Fiquei feliz com a forma que você lidou com ele inclusive pelo fato de seu noivo estar novamente infiltrado no caso. Ele faz isso demais não?

- Por cinco anos pelo menos, uma vez que você começa é difícil parar – ela ouviu uma campainha – deve ser nosso jantar. Kte se levantou para abrir a porta e teve uma surpresa. Castle estava vestido de entregador com direito a chapéu e tudo. Empurrou o carrinho e já foi entrando no quarto, senhor de si.

- Alguem pediu um serviço de quarto especial com direito a massagem? – e abriu as tampas de alumínio revelando champagne, frutas e óleo corporal. Sobre a mesinha também haviam taças e toalhas – Kate arregalou os olhos e somente então Castle viu McCord sentada na mesa observando a cena – eu apenas pensei...

- Já vi que esse não é o meu jantar – McCord se levantou e recolheu todos os arquivos do caso, Castle estava sem jeito  – só para o caso, vocês sabem de evitarmos qualquer problema de se repetir. Te vejo amanhã Beckett, não se atrase ou perde o avião – ela parou ao lado dele e provocou – esse uniforme caiu bem em você. Apenas uma pergunta: onde está o meu jantar?

- Eu mandei o cara da cozinha... jogar... – ops! – se-segurar na ... estará em seu quarto em dez minutos – a cara dele era de terror completo e Beckett se segurava para não rir na frente da sua parceira. Quando finalmente a porta se fechou atrás dele, Kate não aguentou e rachou de rir. Ela simplesmente não conseguia parar de gargalhar.

- Não é engraçado! Não era para ser... era uma surpresa...sexy.

- É sim, sua cara... oh, Castle... – ela se aproximou dele ainda rindo beijou o queixo dele e tirou o chapéu dele – eu adorei mesmo com o mico. Que bom que está aqui – ela percebeu que ele ficou mais calmo e já começava a servir o champagne para os dois – fecharam o caso? Quem matou Charlie?

- Não finalizamos ainda mas temos um suspeito, na verdade uma mulher. Porém, eu convenci os rapazes a não interrogarmos a pessoa hoje, primeiro porque queria passar um tempo com você antes de ir embora, o que eles não sabem, segundo eu preferi que McCord estivesse bem longe para não comprometer mais nada – ele arregalou os olhos – Oh meu Deus! McCord! O jantar – estendeu a taça para ela – segure isso aqui.

Castle correu para o telefone e contatou a cozinha para garantir o jantar da agente federal e Kate aproveitou para rir um pouco mais dele. Assim que resolveu tudo, Castle voltou ao seu objetivo principal. Ele se aproximou dela e começou a despir sua blusa, seguida do soutian. Então ele distribuía beijos ao longo da nuca e das costas de Kate. As mãos desciam para a cintura e voltavam a subir agarrando-lhe os seios enquanto ela virava o rosto para encontrar a boca dele. As ágeis mãos de Castle encontraram o botão da calça e rapidamente a colocou ao chão deixando Kate apenas de calcinha. Em seguida, a colocou gentilmente na cama e pegou o óleo que trouxera. Também colocou o balde com a bebida sobre a cabeceira junto com as taças e após tirara sua camisa e as calças ficando somente de boxer, ele espalhou o óleo nas costas dela e começou a massagem que prometera. Aos poucos, Kate foi relaxando e se entregando às caricias do seu noivo.

No 12th distrito, Esposito e Ryan ao contrario do que disseram para Castle, localizaram a moça e foram até Gates contar o que descobriram. Ouvindo atentamente as informações dos rapazes, ela gostou de ver que estavam empenhados a resolver o assassinato independente da situação existente para com os federais. Porém, Gates sabia que não podia esconder o que encontraram da parceira de Beckett, a última coisa que eles precisavam era criar animosidade com os órgãos federais.

- Não posso omitir que estamos remexendo em um caso que envolveu federais e a CIA. Preciso avisa-las que encontramos uma nova pista e portanto seguiremos com a investigação.

- Tudo bem, senhora mas tem algo que precisa saber. Quem ajudou a acharmos essa pista foi Beckett e temos certeza que ela fez isso sem a permissão ou o conhecimento de McCord. A fonte deve permanecer anônima.

- Isso eu posso fazer. Beckett não fez isso à toa. Agora, vão atrás da nossa suspeita e tragam-na para interrogatório.

- Sim senhora. Assim que os rapazes deixaram a sala dela, Gates ligou para a agente federal. Explicou tudo o que acontecera e sabia que a agente estava furiosa.    

Castle e Beckett estavam no maior amasso já sem roupas na cama quando o celular dela tocava insistentemente. Beckett estava quase sem fôlego com Castle devorando seus seios e tateava pelo som, sabia que o aparelho estava na cabeceira. Castle ergueu a cabeça pedindo.

- Deixe tocar...deixe... – mas Kate conseguiu pegar o celular e respirou fundo, precisava atender.

- É McCord... ela não ligaria...se....OH, Castle! Para, por favor.... – ele obedeceu e Kate se concentrou para atender – Beckett... – a voz saiu um tanto cansada, urgente – sim, mesmo? tudo bem, vou me vestir. Cas... Gates ligou para McCord – isso chamou a atenção dele e o colocou alerta – os rapazes não quiseram esperar até amanhã. Tenho que ir ao distrito – Castle saiu de cima dela e respirava pausadamente na cama.

- Droga! Por que esses caras não foram dormir? E definitivamente sua parceira não está convidada para o nosso casamento.

- Vou me arrumar – sentiu um puxão no braço e Castle a derrubou sobre ele apenas para roubar mais um beijo – doido! Temos quinze minutos para estar no saguão do hotel e McCord não está de bom humor.

Trinta minutos depois, as duas já estavam nas sala de Gates.  

- Então, seu pessoal fez exatamente o que eu disse para não fazerem – McCord estava irritada.

- Você nos colocou em situação difícil ao decidir que os interesses da CIA importam mais do que a solução de um assassinato.

- Eu não decidi nada. Recebi ordens.

-Esse não é meu primeiro embate com o pessoal de Washington – lembrou Gates - Logo o nome Charlie Reynolds será uma lembrança distante para vocês.Mas não para nós – Gates fora incisiva e Beckett ouvia tudo de cabeça baixa, já foram muitas emoções para uma noite até ali - Ele pode não ter uma mãe de luto ou uma esposa aguardando-o, mas seu assassino não deve ficar impune.

- Ainda assim...não posso permitir que vocês vão atrás de Svetlana Renkov. Diante do parecer de McCord, Beckett falou.

- Olhe, o único motivo de a CIA estar encerrando o caso é por estarem convencidos de que os russos não sabiam que Charlie era um espião. Mas a sobrinha de Anton perseguindo Charlie contradiz isso. E se os russos sabiam de Charlie, a CIA não gostaria de saber se a missão foi comprometida?

- Certo. Apenas para contenção...vamos falar com Svetlana – Beckett e McCord entraram na sala e começaram a questiona-la. Descobriram duas coisas importantes que ela sabia que ele era um espião e sobre as armas e não contara para o seu tio por um único motivo. Estava apaixonada. Isso mudou totalmente a visão de Beckett do caso.


- Posso mostrar nossas cartas de amor. Vocês desdenham do Dewey, mas não só ele era um agente secreto, mas olhem isto. Ele era um garanhão. Nos apaixonamos assim que nos conhecemos. Por dois anos,só via o Charlie quando ele ia às festas de Anton na Rússia.Ele sabia que eu queria escapar...Fugir daquela vida.Então, quando Anton pagou pelo filme, Charlie disse que... era a oportunidade perfeita para eu vir para cá.Para ficarmos juntos.

- Certo, se isso tudo é verdade,por que o seguiu até o depósito?

- Para implorar que ele não procurasse por aquelas armas.Eu tinha medo de que minha família descobrisse.

- E descobriram? – perguntou McCord.

-Não.Se soubessem, eu estaria morta também.Eu disse a ele para parar,mas Charlie não me deu ouvidos.Disse que precisava terminar essa última missão antes de desaparecermos.

- Como assim, desaparecer?

- Íamos fugir e recomeçar.Iríamos embora hoje.Para longe da minha família, recomeçar.Charlie queria deixar tudo para trás. A espionagem, a atuação,o personagem idiota do Dewey.

- E quanto ao apartamento dele? Ele gastou muito na renovação.

- Ele deixaria isso para trás,também.

- Ele pode ter ido ao telhado para uma última olhada, para se despedir – sugeriu Beckett.

- Ele não precisava – afirmou a moça - Sabia que estaria em boas mãos.Ele o deu a um amigo.Por isso estava lá naquela noite – e não apenas McCord e Beckett se interessaram bastante por essa informação como Castle e os rapazes.

- Que amigo? – perguntou McCord e o nome foi um choque para eles. Castle os acompanhou até o set de filmagens onde Esposito prendeu Ramon e levou-o para o distrito. Ryan e ele o interrogaram arrancando uma confissão completa. Gates e McCord observavam. Ao ver sua ex-detetive entrar, ela informou.  

- Temos uma confissão completa,sobretudo, graças a você. Veja se não some,agente Beckett.Apareça por aqui qualquer hora.

- Obrigada, senhora.Aparecerei – ela sorri.

- Por que Svetlana ainda está aqui? – Beckett viu que estava na outra sala de interrogatório e percebeu a entrada do tal agente da CIA.

- A CIA nos pediu para segurá-la – disse McCord. Beckett ativou o som.

- Svetlana, esta é sua oportunidade de honrar a memória de Charlie e continuar o trabalho dele.

- Quer que eu espione minha família?

- Você possui um raro nível de acesso ao sr. Anton Renkov e sua organização.Isso é muito valioso para nós.

- Sabe o que farão comigo quando descobrirem isso?

- Eles poderiam descobrir agora – ele ameaçou -Se escapar, de alguma forma, que Charlie era da CIA sua família faria perguntas bem complicadas.

- Você faria isso comigo?

- Se nos ajudar, não.

- Ele está blefando.A CIA não irá expô-la desse jeito – disse Beckett.

- Eu não apostaria nisso – disse McCord.

- O homem que ela amava foi assassinado e ele a enviará em uma missão suicida?

- Como eu disse...nem sempre conhecemos todo o panorama – McCord já convencida do que iria acontecer.

- Acho que este está muito claro – Beckett ficou pensativa e saiu da sala. Minutos depois apareceu para falar com os rapazes.

-Já estou indo.Vim me despedir – deu um abraço em Esposito.

-Foi bom te ver – disse Ryan.

- Pois é.

- McCord sentirá a nossa falta? – perguntou Ryan

- Sim, demais, mas a confortarei.

- O cara da CIA está mesmo forçando Svetlana a ajudá-los? – perguntou Espo.

- Não é certo – disse Ryan.

- Não há muito o que possamos fazer, mas... – e Beckett foi interrompida de repente por parte da sujeira de caixas de comida e papeis que caíam no chão. 

- Limparei isso, juro – disse Sully se desculpando.

- Não, não. – ela pegou as caixas que ele havia juntado e colocou novamente sobre a mesa - É sua mesa agora.E...até onde sei,você a mereceu.

- Obrigado.Significa muito vindo de você. A televisão anunciou a morte de Charlie. “A polícia prendeu Ramon Russo,de "Bons Demais para a Escola",pela morte de Charlie Reynolds. Fontes próximas ao caso dizem que o motivo pode estar ligado à relação de Reynolds com a atriz Svetlana Renkov,que está sob investigação por suas ligações com o crime organizado russo.

- De onde tiraram isso? Ela não está sob investigação – disse Ryan.

- Talvez, deram a eles informações falsas – presumiu Esposito - Quando a família souber disso,cortarão relações com ela. Ela não terá utilidade para a CIA.

- Que pena – disse Beckett enquanto olhava para a TV com um pequeno sorriso no rosto. Deixou o distrito e rumou para o loft de Castle pois ele já enviara uma mensagem para ela encontra-lo lá. Assim que chegou, ela foi direto tomar um banho e trocar de roupa, jantaram e agora estavam no sofá curtindo um ao outro. Kate estava deitada sobre o peito dele brincando com os dedos dele enquanto Castle saboreava uma taça de vinho e se admirava da atitude dela. 

- Usando a jogada de "fonte anônima"? É genial.Faz eu te amar mais.

- Ela pedirá asilo.O Departamento de Estado ajudará a realocá-la.Esperemos que fique segura – ela sorria ouvindo-o falar.

- Mesmo trabalhando com os federais, você encontrou uma forma de honrar a vítima.Charlie morreu tentando afastar Svetlana de sua perigosa família.Você completou a missão dele.

- Você faria o mesmo, Castle – mas adorou o elogio.

- Faria. E eu também me amaria mais por isso. – ele fez sinal para que ela ficasse de frente para ele - Então... – ainda sem jeito pretendia ficar serio diante do que ia falar - precisamos conversar sobre algo.

- Tudo bem.
- Estamos nisso de "à longa distância" há meses. Amor, nunca nos vemos e, quando nos vemos, é um dia aqui, um final de semana ali...- ele se levantou porque talvez fosse menos estranho falar disso mantendo uma certa distância não sabia como Beckett ia reagir -  Sejamos honestos,não está dando certo.

- Sei disso, Castle,mas eu...não sei como consertar isso – e ela levantou-se. No rosto a apreensão causada pela conversa. Aproximou-se mais dele. 

- Eu, sim. E mostrou uma chave. 

- O que é isso?

- Uma chave.Para o nosso apartamento na capital. Bom, eu posso escrever de qualquer lugar.Então, achei um lugar com um escritório – ela olhava para a chave, estava boquiaberta e sem palavras. Quase não acreditava no que estava ouvindo, ele faria isso por ela. Pelo relacionamento deles - Se não gostar quando o vir, podemos... – ela estava encantada com o gesto.

- Não, não preciso vê-lo – ela pegou a chave da mão dele – Adorei – e avançou para beija-lo em agradecimento, o sorriso mais lindo o fitava então a campainha tocou.

-Só um segundo.

-Está bem.

- Mandei minha mãe, Alexis, e Pi para um retiro noturno de ioga.Não deveriam voltar tão cedo – ao abrir a porta, era McCord.

- Oi. Achei que nosso voo seria às 8h da manhã.

- E é.- ela foi direto ao ponto - Eles sabem que foi você quem falou com a imprensa. Parte de mim te admira pela escolha que fez, talvez por pensar que, antes,eu teria feito o mesmo.Mas nossos superiores não pensam assim.

-Rachel, eu... – ela queria se defender mas aparentemente McCord não estava disposta a ouvir.

-Kate,você é uma das melhores agentes com quem já trabalhei. Mas vim informar que está demitida.

A cara de susto abateu-se nela e em Castle.

- O que? – Castle não acreditava e via na face de Kate que a mesma estava atônita – como vocês podem fazer isso?

- Como eu disse, eles desaprovam a atitude dela e não há o que fazer sobre isso. Sinto muito, Kate. Sei que você tem muito potencial, uma excelente investigadora melhor que muitos a anos nessa profissão mas como eu te disse uma vez, nem tudo é preto no branco nesse ramo. Espero que as coisas se resolvam para você. Realmente. E boa sorte com o noivado. Se ainda quiser voltar comigo para... você sabe....fazer sua mudança, tudo bem – ela olhou para Castle como se o induzisse pelo olhar a cuidar dela – boa noite.

Assim que fechou a porta, ele se voltou para ela. Kate ainda estava parada no mesmo lugar o mesmo olhar perdido e a preocupação em seu rosto. Ele tinha certeza que estava tentando entender o que acabara de acontecer. Castle se aproximou dela e procurou pelas mãos. Entrelaçou nas dele – Kate, eu nem...

- Castle, eu preciso me sentar.

- Tudo bem, vem. Sente-se aqui – e ele a colocou no sofá sentando ao lado dele. Estava apreensivo por ela.

- Eu fui demitida... isso é tão... – ela olhou para ele – demitida... nunca pensei. Eu estraguei tudo! Eu não posso, isso não era para acontecer. Eu não sei, era a minha chance – e Castle viu a lágrima se formar no canto dos olhos. Ele limpou-a e fez seu papel, precisava cuidar dela.

- Kate, não pense assim. Não quero que se diminua porque essa não é você. Esses caras não conhecem metade de quem é Kate Beckett e agora eles perderam a chance de descobri. O que você fez foi certo. Você deu uma vida a Sletvana, você olhou pela justiça, pela vitima. Nunca subestime seu poder, sua bondade e sua inteligência. Eu sei que você adorou seu emprego em DC, estava aprendendo muito mas a sua demissão não a faz menos capaz. Você é maravilhosa e nunca duvide disso.

- O que eu vou fazer agora? Eu não tenho emprego, nem apartamento em New York e você comprou um em DC por minha causa e eu...

- Shhh tudo bem. Não se preocupe com o apartamento em DC, eu consigo me livrar dele. Vamos resolver isso, Kate. Juntos. Nós vamos falar com a Capitã Gates, os rapazes podem confirmar que a informação que resolveu o caso veio de você. Kate, é por sua causa que a Sletvana terá uma vida. Se quiser vou a Washington com você e podemos resolver tudo – ele a abraçou e beijou-lhe o topo da cabeça – vai ficar tudo bem, acredite em mim amor.


Ela elevou o rosto para encara-lo e viu que ele falava sério, os belos olhos azuis a fitavam com determinação dando a ela a confiança que precisava naquele momento. E ela o agradeceu mentalmente por isso e com um beijo carinhoso alinhando em seus braços.  

Continua....

Um comentário:

Unknown disse...

Caraca!!!!
Amei o cap,namorar a distancia ñ é facil a Katie sempre danada =p esse clima tenso entre FBI e NYPD foi demais o Espo sendo durão me gusta a Raquel interronpendo o clima entre o casal broxante e no fim a vitima teve justiça graças a KBex like always...No fim desse epi até eu pensei que o Cas iria terminar com ela e tadinha foi demitida <\3,mas a mares que vem para bem.
Esperando o proximo cap.