Nota da Autora: E tem mais um capitulo Caskett. A alguns posts atrás tinha falado que teriam no máximo uns quatro capitulos mais e a fic se encerraria. Hum, parece que ainda não. Ainda tenho um pouco mais de história pra contar. Ainda não sei o quantos vem por aí, então um passo de cada vez. Espero que gostem desse capítulo. Enjoy!
Cap.19
- Castle... –
repetia o nome dele entre lágrimas. Seu primeiro impulso foi levantar-se da
cadeira e beijar-lhe os lábios apaixonadamente. Voltou a sentar-se mantendo a
mão dele na sua. Não conseguia falar ainda. Ele percebeu a emoção domina-la de
uma forma não tão comum a Kate. Ainda estava aéreo e não entendia o que estava
acontecendo ao seu redor. Kate lia uma crítica de um livro que ela escreveu de
Nikki Heat. Não fazia sentido, ele escrevera aquela dedicatória mas por que não
conseguia se lembrar de escrever o livro?
- Kate, o que
aconteceu? Por que você disse que escreveu meu livro?
- Você não se
lembra? Não sabe quanto tempo se passou? – ele a olhava desconfiado e assustado
– qual a última coisa que se lembra, babe? – ele levou a mão até a testa
esfregando-a como se tentasse buscar na memória a cena, fechou os olhos
começando a relatar.
- Lembro de
pegar a Ferrari para ir busca-la no aeroporto. No caminho, falamos ao celular.
Você queria saber se ia encontra-la. Estava com tanta saudade, Kate... – sorria
ao recordar o que exatamente queria falar com ela – ia me contar algo novo
sobre o caso mas não era o que eu queria à principio, se é que me entende...
então, o que aconteceu depois? Acho que fiquei imaginando algumas besteiras.
Tinha um sinal, sim! Um sinal na esquina, estava aberto para eu cruzar. Espere...
uma van. Veio chutada na minha direção e – ele calou-se voltando a abrir os
olhos segundos depois – um acidente. Sofri um acidente? Por isso estou no
hospital? Kate, por quanto tempo estou aqui? Mordeu os lábios, suspirando antes
de responder.
- Seis meses,
Rick. Os mais longos e difíceis da minha vida – pegou a mão dele e beijou-a
diversas vezes, repetiu os beijos no rosto e lábios apertando seus braços para
ter certeza de que o que acontecia era real, viu a cara de dor – desculpe,
esqueço que preciso ir com calma. Meu Deus! Não sabia se você ia acordar. Eu
pedia para que voltasse para mim. Nunca precisei tanto de você, amor – ela não
conseguia parar de falar – foram tantas provações pessoais e profissionais.
Lidar com família, com um futuro incerto, Alexis! Preciso avisa-la... e Martha
eu... tenho que chamar o médico e – mas Castle conseguiu colocar os dedos sobre
os lábios dela.
- Hey... calma.
Respire um pouco, Kate. Faça uma coisa de cada vez. Esperaram seis meses, podem
esperar mais um pouco. Deve ter água por aqui. Estou com sede aproveite sirva-se
de um pouco e comece do principio. Conte-me o que aconteceu depois que entrei
nesse hospital – ela suspirou, devia se acalmar.
- Tem razão,
desculpe. Vou tentar contar o que aconteceu a você – serviu um pouco de água no
copo, vagarosamente molhando os lábios dele enquanto continuava - Eles o
trouxeram para cá. Eu não sabia o que havia acontecido até ver Ryan e Espo no
JFK. Desmaiei. Foram eles que me trouxeram para o hospital. Você passou por uma
cirurgia de horas, quando saiu não acordou mais do coma. O médico disse que sua
recuperação era difícil de prever. Disse que você poderia acordar em dias,
semanas, meses, até anos. Consegue imaginar meu desespero? Como isso foi
acontecer logo naquele momento? As coisas no caso estavam confusas, eu estava
sendo monitorada de perto por estar mexendo em casa de maribondo e sem meu
parceiro. Não bastando isso, tive que ouvir desaforos, assumir a culpa pelo que
aconteceu a você. Toda essa pressão, o medo e a tensão eram avassaladoras. Eu
fiquei perdida, Cas. Mas nada me apavorou tanto como o fato de ficar sozinha,
não ter você ao meu lado no momento que mais precisava de sua ajuda. A
incerteza é um dos piores sentimentos que podem dominar uma pessoa. Eu passei
noites e noites aqui ao seu lado, esperando por ver seus olhos se abrirem para
que eu pudesse ter meu porto seguro de volta, a pessoa que sempre esteve ao meu
lado. Nunca me senti tão sozinha.
- Kate, mas e
minha mãe? Os rapazes? O seu trabalho no FBI? Eles não eram uma forma de ter
apoio?
- Pedi uma
licença do FBI para ficar com você. De uma maneira estranha, foi o melhor a
fazer pela condição do caso. Castle, a razão de estar aqui não foi um acidente,
foi uma tentativa de assassinato para me atingir. Eu meti os pés pelas mãos
quando descobri isso e quase morri. Essa parte da história não interessa agora.
Desculpe, não devia estar despejando um caminhão de problemas e frustrações em
você. Não é sua culpa – passou a mão no rosto, limpando as marcas das lágrimas,
sorriu – estou tão feliz que esteja bem, por voltar para mim.
- Seis
meses... muito pode mudar em seis meses.
- Você não tem
ideia... – ela estava criando coragem, preparando terreno para contar a noticia
mais importante de todas.
- É impressão
minha ou você está com o rosto mais cheinho? Não sabia que comida de hospital
era tão boa a ponto de engordar – ela beliscou as pernas dele – aiii, isso dói.
Nem a cinco minutos atrás, você estava chorando dizendo que precisava de mim e
agora já está usando de violência comigo.
- Bom saber
que tudo está funcionando normalmente – precisava falar, pensou – Castle, uma
das coisas que mais me apavorou nesses seis meses era a dúvida quanto a sua
saúde. Eu temia que você tivesse sequelas, perdesse a capacidade de andar ou
falar, durante muitos dias os médicos realizaram testes porém, não confirmavam
a existência de sequelas. Isso me angustiava. Foi um alívio saber que não havia
dano cerebral. Mas o medo me rondava dia e noite. Ficava pensando como eu faria
tudo sozinha, como seria o futuro. Eu não sei nem por onde começar, dizia,
Castle é melhor nisso do que eu.
- Kate, não
entendo você sempre foi independente, forte e mandona, eu ...
- Deixe-me
terminar, Castle. O que você disse é verdade. Eu me lembrei dessas palavras, da
forma que você sempre me descrevia. Foi quando decidir encarar aquilo que a
vida colocara em meu caminho. Porém, isso não afastou o maior medo que tive até
alguns minutos atrás. Houveram brigas e reconciliações, riscos altos e momentos
de profunda tristeza. Venci todos para poder abraçar essa nova fase da minha
vida. Estava determinada a fazer o impossível para nunca apagar sua memória. Se
ia fazer isso sozinha, precisava recriar você em mim. Uma pergunta sempre
martelava na minha cabeça. Como vou contar a ele que o motivo de não estar
conosco era por me amar demais, por fazer tudo por mim? Eu perdi minha mãe
ainda cedo, na minha opinião, você havia crescido sem seu pai. Será que a história
iria se repetir? Queria uma família completa e estava disposta a recria-lo para
que nosso bebê nunca esquecesse... – a voz embargou – quem era seu pai – Kate
se ergueu da cadeira exibindo o barrigão acariciando com carinho – eu soube que
estava grávida no mesmo dia que você entrou em coma e meu mundo virou de cabeça
para baixo.
- Oh, Kate...
nosso bebê...Deus! – sorria – sou pai novamente! É um menino? Você disse
bebê...
- Eu não sei.
Prometi que saberia o sexo somente quando estivesse com você. No fundo, sempre
tive esperanças de que acordasse antes do parto. Como disse, não podia fazer
isso sozinha – pegou a mão dele e levou até a barriga para que ele pudesse
sentir a criança – hey, bebê... olha quem acordou. O papai. Diga oi para ele –
quando a pele dela mexeu com um possível empurrão de pernas ou braços, ela
abriu um sorriso e encontrou os olhos azuis envoltos em lágrimas.
- Hey, o que a
sua mãe andou falando de mim? Saiba que se for coisas como mau comportamento,
implicância ou infantilidades é tudo mentira. Adora dizer que eu estou errado
quando sempre estou certo. Mas no fim, me ama tanto que a ideia de ficar sem a
minha companhia a faz chorar, sim a durona Kate Beckett também chora.
- Ele já sabe
de tudo isso. Acompanhou minha agonia todos esses meses e ao contrário do que
você pensa, só falei coisas boas de você mesmo quando comentei sobre as ruins
porque foram elas, pelo menos algumas, que me fizeram amar você.
- Estamos em
um hospital, por que não fazemos logo a ultrasom para descobrir sobre o sexo? –
perguntou Castle ansioso.
- Podemos
fazer isso, mas antes, preciso chamar o médico, a enfermeira. Ou você acha que
vai simplesmente escapar de uma bateria de exames e sair andando pela rua? Você
é a minha prioridade agora – apertou o botão para chamar a enfermeira – sua
vida é preciosa demais para que eu o deixe fazer qualquer loucura.
A enfermeira
entrou no quarto. Ao visualizar a cena, não pode conter o sorriso. Principalmente,
por ver a alegria e o alívio de volta aos olhos de Kate como a meses não
percebia.
- Ora,ora
finalmente resolveu dar o ar da graça? Cansou de dormir e deixar sua mulher
apreensiva? É bom vê-lo acordado. Bem-vindo, querido. Vou bipar o Dr. Matthews
para vir examina-lo mas, primeiro tenho que checar seus sinais vitais e
verificar a intravenosa do seu braço.
- Vou
aproveitar para avisar Martha e Alexis. Não demoro – disse apertando a mão dele.
Assim que saiu a enfermeira se aproximou dele para fazer seu trabalho, não pode
deixar de comentar o que sentia e vira durante esses seis meses naquele quarto
de hospital.
- Como se
sente, Sr. Castle?
- Um pouco
aéreo, o corpo doído mas aliviado e feliz após ver Kate e saber que serei pai
novamente.
- Isso é bom.
As dores no corpo são normais visto que passou muito tempo deitado assim como a
sensação de cabeça zonza. Terá que fazer uma bateria de exames para
verificarmos se tudo está bem. Tenho que dizer, trabalho em hospitais há vinte
anos, já vi muitas coisas, alguns mistérios que entitulamos milagres, não
espalhe. Médicos não gostam de usar essas palavras, dizem que ofendem a
ciência. Vi casos bem difíceis, o seu era um deles. O que me chamou a atenção
foi a forma como seu caso se transformou em algo especial. Poucas vezes vi
tamanha dedicação de uma esposa. Você não tem ideia das noites mal dormidas,
dos choros, das longas conversas em monólogo entre você e ela, ou com a criança
que espera. Ela não sabe que eu a observava. Passou por maus bocados, dava para
perceber na aflição dela. Quando sumiu por uns dias, achei que tinha desistido.
Mas você e eu sabemos que sua esposa não é uma desistente, é uma lutadora.
Soube depois que ela esteve internada entre a vida e a morte. Por você – parou
um instante para ouvir os bastimentos dele e a pressão arterial – a razão
porque estou contando isso, é para você saber quem esteve ao seu lado e o
quanto ela o ama. Nunca se esqueça disso.
- É impossível
esquecer, ela é minha vida. A mulher mais incrível que já conheci.
- Faça um
favor a ela, então. Comporte-se, fique longe de problemas e cuide dela. Agora é
sua vez de retribuir tudo o que ela fez nesses seis meses.
- Vou me
lembrar disso – respondeu vendo um rapaz novo de jaleco entrar no quarto em
companhia de Kate.
- O belo
adormecido acordou! Já não era sem tempo. Vamos já descobrir como se sente e
colocá-lo para trabalhar. Vou fazer um exame preliminar de reflexos, checar
como andam os monitores e chamarei o meu residente para prepara-lo para uma
tomografia e ressonância. Entendi que há uma sessão de fisioterapia agendada...
– disse observando o prontuário dele – talvez tenhamos que transferi-la para
amanhã. Quero ter um quadro geral da sua saúde, Sr. Castle.
Enquanto fazia
seu exame prévio, perguntava algumas coisas a Castle para avaliar suas condições.
Indicou a enfermeira a suspensão do medicamento e do soro até que tenha
verdadeira noção do estado dele. Com cuidado, sugeriu a Castle após checar seus
reflexos, absolutamente normais, que tentasse ficar em pé. Devagar, ajudou-o a
apoiar-se na cama para sentar. Kate observava o médico ansiosa por ver se
conseguiria estar de pé. Colocou a escada de apoio na frente dele.
- Consegue
firmar os pés? – o médico perguntou – não tenha pressa. Você esteve deitado por
muito tempo, é natural o corpo estar relaxado e não reagir de imediato ao contato
com o chão firme. Vai se sentir fraco. Vamos – ergueu a mão para ajuda-lo. No
instante que pisou no chão, sentiu o choque nos pés além da sensação de
fraqueza nas pernas – devagar, melhore a postura – os joelhos tremiam e as
costas doíam pelo fato de se esticar – e então?
- As pernas
doem, não estão firmes. Meus joelhos... – respirou fundo procurando se
concentrar para eliminar a dor presente em várias partes do corpo – me sinto
fraco... – o médico tornou a puxa-lo de volta à cama.
- Venha. Apoie
seus braços para lhe dar impulso e subir na cama. A fraqueza é resultado da
falta de locomoção combinada com a falta de nutrientes. Você está se
alimentando de fluidos por muiito tempo. Vou preparar uma dieta especial para sua
adequação e correndo tudo bem, logo estará comendo o que gosta, mais rápido do
que imagina. Permaneça sentado na cama, vou pedir uma cadeira mais confortável.
Já chega de ficar deitado em berço esplêndido. Já dormiu demais – virou-se para
Kate – mantenha-o sentado, dê um pouco d´agua, devagar. Meu residente deve
estar logo por aqui para leva-lo para os exames. Enfermeira, venha comigo.
Kate esperou o
médico sair para se aproximar dele novamente. Aproveitando que ele estava
sentado, ela o abraçou com cuidado, descansando a sua cabeça no ombro dele.
Castle retribuiu o gesto. Ficaram alguns minutos assim, até ouvirem um limpar
de garganta educado. Era o interno.
- Com licença,
vim pegar o senhor Castle para exames – trazia a cadeira de rodas com ele.
- Tudo bem,
entre – virou-se para Castle – babe, vou agendar um ultrasom para mais tarde
enquanto você faz o exame. Martha me confirmou que deve aparecer daqui a umas
duas horas, está esperando Alexis voltar de Columbia.
Castle seguiu
com o interno para fazer a tomografia e um eletroencefalograma. O médico
agendou também uma ressonância magnética para amanhã. Somente depois desse
resultado, diria algo sobre sua alta e a nova rotina que já começava a planejar
com a enfermeira. Infelizmente, Kate não conseguiu um horário para o dia de
hoje e a tão esperada consulta para que Castle finalmente conhecesse o bebê
ficara para a tarde seguinte.
Quando voltou
ao quarto, encontrou a mãe e a filha esperando por ele. Entre sorriso e
abraços, as lágrimas fora poucas. Kate decidiu dar um pouco de privacidade para
que a familia pudesse se entender. Martha a repreendeu por isso afinal ela
também era parte incontestável da família Castle. Alexis comunicou ao pai que
precisaria se ausentar por conta da faculdade e pediu desculpas. Castle não viu
isso como um problema, porém pediu para falar à sós com a filha. Kate convidou
a sogra para um café. Sentada ao lado dele, na cadeira muitas vezes ocupada por
Kate, adorou a chance de ter uma conversa sozinha com o pai. Castle foi bem direto.
- Alexis, sei
que foram meses bem traumáticos para todas vocês. Além disso, temos uma nova
pessoa chegando em nosso convívio. Vou ser bem claro no que quero saber: como
você está após esses meses e o que pensa sobre ter um irmão ou irmã?
- Pai, não posso
esconder de você o que senti. Quando descobri que você estava em coma, eu
literalmente surtei. Você nunca imagina que algo assim possa acontecer com
alguém próximo, que dirá com a pessoa mais importante da sua vida. Eu não
aceitei bem. Eu me revoltei, briguei e magoei muito a Kate. Não me orgulho
disso. Não fiz questão de saber o quanto ela estava sofrendo, tudo o que ela
queria era me ajudar e nos unir, mas eu fui egoísta. Somente depois de saber
que ela quase morreu por você foi que finalmente entendi – vendo o semblente
sério e preocupado do pai complementou - Está tudo bem entre nós, não tem com o
que se preocupar. Estamos decorando o quarto do bebê juntas. E vai ser ótimo
ter uma criança para paparicar. Posso não ter muito tempo para ajudar como babysitter
mas estragar um bebê é tudo que eu adoraria fazer. Vou mima-lo bastante.
- Fico feliz
em saber que superou todas as dificuldades desse período, Alexis.
- É pai, eu
sempre soube do seu amor e admiração por Kate. Também gosto dela como mulher e
profissional. Nem todas fariam o que ela fez por você. Nem mesmo a mamãe,
principalmente ela – eles riram – tenho que admitir, deixei a raiva me cegar
quanto a acusei pelo que houve com você. Ela nunca desistiu, pai. Nem um
segundo, mesmo à beira da morte. Hoje sei que ela te ama tanto quanto eu.
Castle
suspirou ao ouvir as palavras da filha. Tinha lágrimas nos olhos. Alexis se
aproximou e beijou-lhe o rosto.
- Preciso ir.
Vou pegar o trem para Columbia. Prometo que no sábado estou de volta. Eu te
amo, pai.
- Também te
amo, filha. Sorrindo, Alexis deixou o quarto.
Por volta das
sete da noite, Martha e Kate se despediram dele. Por orientações do médico e um
pouco da insistência de Castle, ele deveria descansar assim como Kate. O dia
seria agirado logo pela manhã.
E foi
exatamente o que aconteceu. Entre exames e consultas, perguntas e refeições
balanceadas e programadas, Castle teve uma mamhã bastante ocupada. Por pedido
do médico e da própria Kate, combinaram que não comentariam nada com os amigos,
o que deixava a novidade longe da imprensa. As demais visitas deveriam ser
feitas já em casa. À tarde, teve sua primeira sessão de fisioterapia
participativa e passou as duas horas reclamando. Kate que o observava apenas
sorria. Nunca diria isso em alto e bom som, mas sentira falta do jeito
resmungão dele.
Ao final da
tarde próximo ao horário da consulta com a ginecologista, o Dr. Matthews veio
ao quarto para comunica-los dos resultados dos exames. Sentou-se à beira da
cama para fitá-los.
- Então,
chegou o momento da verdade. Examinei sua tomografia e sua ressonância.
Parabéns! Não há qualquer sequela do acidente ou do coma – Kate apertou a mão
dele na sua, sorrindo – quanto ao cérebro, os testes confirmaram a nossa
suspeita de antes. Nenhum dano.
- O senhor quer
dizer nenhum dano além dos existentes anteriormente, porque Castle nunca foi
uma pessoa normal – isso fez o médico rir e Castle revirar os olhos.
- Isso é amor,
doutor – replicou.
- Você está
certa. Nada mudou com relação ao homem antes do acidente. Mas...
- Não gosto de
“mas” ... – disse Castle – nada de bom vem após um mas.
- Bom ou ruim,
depende do ponto de vista. Você está com resistência baixa não apenas pela
condição do coma, seu coração está sofrendo um pouco. Precisa recuperar a
força, fazer exercicios regulares, cuidar da alimentação. Você tem um bebê a
caminho e precisará estar em forma para ajudar Kate nessa nova etapa.
- Doutor, isso
pode, quer dizer, afeta o meu desempenho? Não posso fazer sexo?
- Castle! –
ela arregalou os olhos dando-lhe um beliscão.
- Aiii! É uma
pergunta legítima. E importante – o médico riu da cara de dor que ele fazia.
- Tem razão. A
pergunta é importante. Pode interferir um pouco mas se você recuperar a
resistência não vejo problemas exceto que sua esposa estará de resguardo.
- Oh! Eu meio
que esqueci isso – Kate se escondia com vergonha por trás do ombro dele – vai
ser um novo recorde.
- Desculpe,
doutor. Aposto que agora entende o que quis dizer com problemas cerebrais. E quanto
à alta? Quando Castle pode deixar o hospital?
- Diante de
tudo isso, amanhã ele passa com a nutricionista e depois comigo para assinar a
sua liberação. Não pense que se livrou de tudo. Deverá seguir com a
fisioterapia e exercícios três vezes na semana por um mês, faremos uma nova
reavaliação para decidir se será necessário algo mais. Tudo claro? Alguma outra
pergunta?
- Não. Tudo
certo – disse Kate.
- Será um mês
de agonia, doutor você não conhece essa mulher. Vai me fazer suar.
- Que bom. A
sua saúde agradece.
- Temos que ir
ao terceiro andar para a consulta, Castle. Chegou a hora da verdade.
Sentados na
sala de espera do consultório, havia apenas mais um casal esperando. Kate não
parava de beija-lo ou fazer carinhos, seja com as mãos ou a ponta do nariz.
Queria recuperar boa parte do tempo perdido. Castle estava adorando o
tratamento e retribuia acariciando a barriga dela. Estava ansioso e quando isso
acontecia, simplesmente botava para falar.
- Qual a sua
preferência quanto ao sexo do nosso bebê?
- Ah, Castle.
Tanto faz, o importante é que venha com saúde.
- Não sei,
sempre há uma preferência. Talvez seja algo inerente ao pensamento. Diz Kate, o
que prefere?
- Bem, como
você já tem uma filha acredito que não me importaria de ter um mini Castle
rondando pela casa, especialmente se tiver seus olhos. Apesar de que se for
menino, nem quero pensar em ter que controlar duas crianças ao mesmo tempo.
Conhecendo você, aquele loft vai viver desarrumado com brinquedos, armas e sei
lá mais o que espalhado.
- Ah, eu não
tinha pensado nisso. Poderemos ver filmes de ficção científica, brincar com
helicópteros de controle remoto, videogame. Oh! Lasertag!
- Pelo menos
não precisaríamos gastar tanto com brinquedos, ele herdaria os seus – a cara de
pânico que Castle fez a surpreendeu.
- Nem sonhando
ele vai tocar nos meus carrinhos e nos meus bonecos e... – o olhar típico de
Kate Beckett o calou. Revirou os olhos e falou.
- Muito maduro
da sua parte, é assim que vai criar o nosso bebê? Se trocando com ele?
- Tá, tudo
bem. Eu não pensei no que falei. Mas, sabe que apesar de já ter uma menina,
iria adora uma pequena Kate Beckett mandona atazanando você e minha mãe. Seria
a vingança perfeita. Só assim você entenderia o que eu passo – implicou.
- Jura? Uma
menina? Minha cópia... e quando ela crescesse se passasse pela mesma fase
rebelde que eu passei, conseguiria aguentar Castle? Os namorados, as festas, as
tatuagens...
- Meu Deus!
Kate, desse jeito vou ter pesadelos! – ela gargalhou do pavor no rosto dele –
melhor mudarmos de assunto. Nomes. Isso! Você já pensou em algum?
- Sim, pensei.
Para menino e para menina, mas é segredo. Você saberá na hora certa.
- Espera, não
vou ter direito de escolher? Você não fez essa criança sozinha. Tenho direito
também.
- Por que?
Você não confia no meu gosto? Além disso, você já tem uma filha.
- Bem, ainda
não acho justo mas devo concordar que você tem um gosto muito refinado – Kate revirou
os olhos.
- Estava
sentindo falta desse seu jeito metido e modesto – deu-lhe um beijo nos lábios. Nesse
instante, a assistente da médica surgiu na sala chamando por Kate. Os dois
entraram no consultório. A doutora sorriu para sua paciente e se assustou
positivamente ao ver Castle ao lado dela.
- Kate, que
bom recebe-la e finalmente conhecer o papai do seu bebê. Sr. Castle, é um
prazer. Aposto que está ansioso para saber sobre sua criança. Prometo contar
tudo a você e finalmente poderemos conhecer o sexo, não?
- Muito
ansioso.
- Kate foi
fiel à promessa que fez. Vamos começar com a pesagem e as medições habituais?
Depois iremos para a sala ao lado fazer o ultrasom. Castle observava a conversa
entre médica e paciente. Ao mesmo tempo, se admirava. Estava em um consultório
de obstetrícia prestes a descobrir o sexo de seu bebê. Taí algo que não julgara
ser possível novamente. Sua filha era uma mulher feita e em poucos dias,
começaria uma nova jornada como pai. Não era segredo que chegara a cogitar a
possibilidade de ter filhos com Kate mas quando tiveram a oportunidade de
discutir o assunto durante o caso com o bebê que carinhosamente chamou de
Cosmo, viu o receio dela quanto a ser mãe. A surpresa acabara sendo em boa
hora. Reconhecia, não podia estar mais feliz.
- Muito bem,
vamos ao ultrasom? – disse a médica conduzindo-o à sala ao lado. Ajudou Kate a
subir na mesa preparando-a para receber o gel sobre a barriga agora de
provavelmente nove meses. Ao passar o sensor sobre a pele dela, as primeiras
imagens apareceram na tela. Como parte do suspense, a médica deixou o aparelho
com o áudio bloqueado. Enquanto analisava a imagem, falava – vamos conferir.
Peso do bebê, muito bom. Comprimento, normal. Você está com 33 semanas o que
significa a qualquer momento poderá entrar em trabalho de parto. A data
estimada é entre 20 e 25 de junho, podendo antecipar. Pronto para ouvir o
coração, papai?
- Sim, mais do
que pronto – segurava a mão de Kate na sua. A médica liberou o áudio e Castle
sentiu o próprio coração disparar ao escutar o som forte e ritmado – nossa! É
tão alto assim?
- É sinal de
boa saúde. Apesar de todas as preocupações e dificuldades de Kate no periodo de
gestação, o bebê de vocês resistiu e sempre se mostrou forte. Então, chegou a
hora da verdade. Preparados? – os dois se entreolharam sorrindo.
- Sim –
falaram juntos. Sorrindo a própria médica se divertiu com o casal. Remexeu o
sensor na barriga de Kate procurando o melhor ângulo. Quando achou, perguntou
aos dois.
- Então, o que
veem? Está fácil demais. Castle engoliu em seco tentado segurar o choro. Kate
sorria ao olhar para a imagem.
- Um mini
Castle... ah, Deus! Acho que alguém acaba de deixar de ser o bendito fruto
entre as suas mulheres. Um menininho, Rick – ele inclinou-se até Kate e
beijou-a. Manteve a testa colada a dela. Estava transbordando de felicidade.
Sequer repararam quando a médica disse que ia deixa-los sozinhos para curtir um
pouco o momento. Castle não conseguia achar as palavras, não cabia em si – ele
precisa ter seus olhos, babe. Esses olhos azuis que me fascinam. Percebeu que
as lágrimas venceram escorrendo pelo rosto dele.
- Eu te amo
tanto, Kate. Você me fez o homem mais feliz do mundo com essa notícia.
Obrigado, por tudo.
- Always,
always, always... – e perdeu-se nos lábios dele.
Dia seguinte –
à tarde
Kate caminhava
com ele ao seu lado. Mantinha o ritmo devagar para não força-lo a exceder
demais. Ao se deparar com o seu apartamento, sorriu. Foi levado diretamente
para o sofá. Kate seguiria as recomendações à risca do fisioterapeuta. Em
seguida, foi buscar água para os dois. Também queria sentar-se pois os pés
estavam em brasa. Ainda precisava conversar muito com ele, contar-lhe as
escolhas que fizera e o quanto isso impactaria sua vida dali para frente.
Aproveitou porém, para saber como ele gostaria de endereçar a sua volta. Contou
sobre o evento no domingo querendo saber qual seria o próximo passo. Pensativo,
achou por bem tornar público através de Gina pois somente ela saberia lidar
corretamente com a imprensa. Antes deveriam informar aos amigos do 12th, não
seria justo descobrirem pelos jornais. Concordando, Kate pegou o telefone
discando para os amigos, Lanie e para a capitã.
Durante dois
dias, eles receberam visitas dos amigos no loft. Riram, brincaram tirando sarro
de Castle e falando da gravidez que ele adorava gritar aos quatro ventos o fato
de ser um menino. Todos comemoraram a novidade. Quando telefonou para Alexis
contando, viu a filha gritar de excitação do outro lado da linha. Até
surpreendeu-se com a visita de Gates, todos sabiam que a antiga chefe de
Beckett não morria de amores pelo escritor, porém Kate explicou após a sua
saída que a Capitã foi uma das pessoas que mais a apoiaram quando teve que
enfrentar o FBI. Gina foi a última a vir vê-lo. Era só elogios para Kate e seu
livro que continuava entre os mais vendidos do New York Times. Quando
questionou sobre o evento, sugeriu que Castle acompanhasse a esposa. Seria uma
forma de mostrar que estava de volta e bem.
Durante os
próximos dias, Castle fazia a fisioterapia três vezes por semana. Estava se
sentindo bem melhor. Tanto insistiu que Kate concordou em sair com ele para
comprar coisas de bebê. Não podia negar isso à essa altura. Estava na reta
final da gravidez e tinha pouco tempo para curtir com o marido. Voltaram com
várias sacolas da FAO Schwartz e da babies r us. Castle reclamou da decoração
do quarto, precisavam enfeitá-lo com jeito de menino. Kate contou que ela e
Alexis estavam preparando a decoração ideal mas, só poderiam ver o resultado no
sábado quando a filha retornasse da faculdade. Mal terminou de contar, Castle
ligou para filha e passou a implicar enchendo-a de perguntas a fim de descobrir
do que se tratava. Felizmente, resistiu bravamente aos assédios do pai,
deixando-o ainda mais curioso.
Kate não se
importava de ver a empolgação de Castle com o bebê. Ela também entrara no
clima. Essa era uma forma de curtir essa fase maravilhosa aproveitando para
deixar de lado os demais assuntos pendentes. Sabia que apenas adiava a
conversa, teria que falar em algum momento. Não agora. Apenas uma vez
demonstrou curiosidade quanto ao assunto mencionado por Kate. Sobre Gates tê-la
ajudado com o FBI. Desconversou trazendo outro assunto, o livro. Sugeriu que
ele lesse a obra para que não passasse como desinformado na frente de seus fãs
durante a tarde de autógrafos do domingo. Aproveitando a vinda de Alexis,
Martha decidiu fazer um jantar chamando também Jim.
Sábado – três
da tarde
Alexis chegou repleta
de sacolas e tubos de decoração. Ao ver o pai, abraçou-o com vontade. Beijou a
barriga de Kate cumprimentando o irmão e ficou de papo com a vó por um tempo, o
que quase levou Castle à loucura. Queria saber porque as duas faziam tanto
mistério sobre o quarto do bebê. Vencida pela ladainha propiciada pelo pai,
sentaram-se à mesa do escritório onde Alexis abriu o projeto. Castle não
acreditava no que via. Estava simplesmente lindo.
- Como vocês
fizeram isso? Esse é o melhor tema de todos!
- Agradeça a
Kate. A ideia do espaço foi dela.
- Mesmo? Mas
você vivia reclamando do meu gosto por naves e alienígenas. E deixe-me
registrar: recusou-se a casar comigo no espaço.
- Eu gosto do
tema, nunca escondi ser fã de ficção. Pedi a opinião da Alexis porque como não
sabia o sexo, queria saber se podíamos considerar o tema para menina. A julgar
pela infância dela, vimos que seria normal.
- Ah, minhas
duas mulheres. Perfeitas como sempre. Estou louco para ver como vai ficar ao
final.
- Alguns itens
já trouxe comigo mas teremos que chamar alguns especialistas para colocar o
papel de parede, as luminárias. Na verdade, gostaria de organizar isso com
você, Kate.
- Claro!
Castle, por que não vai continuar a ler Heat Blows?
- É assim?
Vocês estão me colocando para escanteio? Ascabei de elogiar vocês!
- Babe, vamos
fazer trabalhos burocráticos. Você não gosta disso – beijou-lhe os lábios para
convence-lo.
- Tudo bem....
fico feliz em saber que não serei mais minoria nessa casa – saiu resmungando
rumo ao quarto fazendo as dua cairem na risada.
O jantar foi
uma verdadeira reunião em família. Fazia tempo em que não se via tanta harmonia
na casa dos Castle. Jim aproveitara para paparicar a filha e o futuro neto.
Conversou um bom tempo com o genro e acabou falando um pouco do período difícil
que ela enfrentara, especialmente quando tentara fazer justiça sozinha por ele.
Castle confessou que não haviam conversado ainda sobre isso. Kate achara melhor
usar o tempo para curtir os últimos minutos da gravidez. Naquela noite, quando
já estavam deitados,Castle lia Heat Blows vidrado na história enquanto Kate
passava hidratante no corpo, especialmente na barriga.
- Não...
você... não... – deixou o livro cair em seu estomago virando-se para fitar a
esposa – você deixou um cliffhanger! Por que não encerrou o caso?
- Eu encerrei,
mas não completamente.
- Nossa!
Adorei a trama no clímax, nem tinha pensado em escrever dessa forma. Ficou
muito bom, bem parecido com o meu jeito de escrever. Realmente... – então ele
parou de falar avaliando um pensamento que lhe passou pela cabeça – espere,
você também não encerrou o caso no FBI? Essa obra de ficção, ela teve o
desfecho do caso real?
- O caso real
da máfia foi fechado com louvor pelo FBI. O senador Denver foi destituído do
cargo e a justiça feita. Congelamos as contas dele e ressarcimos grande parte
do ele roubara do país. Hoje ele está preso pagando pelos seus crimes,
inclusive a sua tentativa de assassinato e a minha. Caso encerrado.
- Falando
nisso, você ainda não me contou o que realmente aconteceu com você em
Washington. Você não me esconderia nada, certo Kate?
- Não, babe.
Esse é um assunto delicado, tenso e que eu não gosto de lembrar. Irei contar a
você tudo o que aconteceu mas não nesse momento. Nosso filho está para nascer e
ficamos tanto tempo sem poder conversar, sem curtir toda a novidade. Quando as
coisas acalmarem após o seu nascimento, prometo que falaremos sobre isso.
- Tudo bem.
Somente porque quero paparicar esse menino muito, muito e muito – Castle
beijava a barriga dela repetidas vezes, ao fitar Kate reparou o sorriso solto
no rosto – e também a mãe dele – repetiu a chuva de beijos no rosto dela até
selar sua boca com os lábios ávidos por prova-la.
Barnes &
Noble
Estava tudo
preparado. Gina reservara um lugar de destaque na livraria para Kate autografar
os livros. Também se preocupou em deixar um lugar reservado para Castle estar
ao lado dela. A notícia de sua recuperação tinha sido divulgada ontem para a
mídia e certamente haveria mais fãs que o normal na livraria hoje apenas para
vê-lo e saber se ele estava bem. Os trabalhos começariam dali a quinze minutos.
Alexis já sumira das vistas deles para a sessão de livros universitários. Castle
pegou um exemplar da pilha de livros para vender e ficou com ele nas mãos. Gina
aproximou-se deles perguntando.
- Por que está
com esse livro nas mãos? Na esperança de autografa-lo também? – ele fez uma
careta para ela – olha isso pode acontecer mas quem dá as cartas hoje é Kate.
Quero saber uma coisa de vocês. A imprensa estará aqui logo, vão dar
entrevistas ou fica a meu critério lidar com eles?
- Eu passo –
disse Kate.
- Eu posso dar
uma entrevista rápida, acalmar meus fãs. E pare de querer reduzir minha
participação no evento, Gina. Sei que Kate escreveu o livro, com maestria posso
acrescentar, mas o autor de best-sellers ainda sou eu. E você quer saber por
que tenho um exemplar nas mãos? Simples. Também quero um autógrafo da minha
mulher. Você assina para mim, gorgeous?
- Claro –
disse Kate pegando o livro das mãos dele e abrindo na folha da dedicatória. Escreveu
alguams palavras, assinou e encheu de corações devolvendo-o nas mãos dele. Ao
checar o que ela rabiscara, sorriu. Riscara o girl com um “X” e escrevera
abaixo da deidcatória “always, always,always your muse. ILY” assinou o nome e
um coração ao lado.
O evento
começou e a fila para ter um livro autografado por Kate Beckett estava enorme.
As pessoas pediam para ela assinar com o sobrenome dele também. Vários fãs
pararam para cumprimenta-lo demosntrando a alegria de vê-lo de volta. Castle
agradeceu o carinho deles e também assinou alguns exemplares. Deixando Kate com
a missão de usar a caneta, dedicou-se ao pessoal da mídia. Com toda desenvoltura
que lhe era peculiar, dominou as perguntas e satisfez algumas das curiosidades
dos repórteres. Quando perguntado se Heat Blows teria uma continuação escrita
pela esposa, Castle não descartou a possibilidade alegando que pelo desfecho ter
sido dela, nada mais justo que retomar a parceria entre os dois, porém isso não
era algo certo já que ambos teriam outras prioridades nos próximos meses,
referindo-se ao filho.
Kate fez duas
pausas durante o evento para ir ao banheiro e esticar as pernas que doíam com
câimbras. O carinho dos fãs de Castle, agora seus também, era muito
interessante. Alguns queriam ficar conversando por muito tempo, discutir
detalhes do livro, saber da gravidez. Não podia dar atenção a todos. As horas
passaram rápido e agradeceu por Castle ter vindo, cuidando da imprensa ajudou-a
bastante. Gina agradeceu a presença de todos encerrando a tarde. Virou-se para
Kate exclamando sua alegria com o sucesso do evento.
- Mais um
sucesso. Ah, Rick você não tem apenas uma musa, tem uma parceira para escrever
e ouso a ir além, uma possível concorrente – viu o reflexo não muito bom no
rosto do escritor – mas quem é rei nunca perde a majestade. Você brilhou entre
seus reporteres e fotógrafos. Tenho que reconhecer, você faz o papel de
relações públicas melhor do que eu.
- Obrigado,
Gina. Sei que sou o máximo – brincou fazendo as duas revirarem os olhos.
- Ok, senhor
Fantástico. Antes de deixar vocês irem embora, quero fechar o próximo
compromisso com Kate. Terça está confirmado a visita da equipe da Vanity Fair?
Prometo que seremos rápidos. Cuidarei pessoalmente disso.
- Vanity Fair?
– Castle perguntou surpreso – ninguém me informou dessa entrevista.
- É porque não
será com você, bonitão. A estrela aqui é a Kate. Não leve para o lado pessoal,
ela concordou fazer isso quando você ainda estava em coma no hospital. Todos
querem saber um pouco mais sobre Kate Beckett. Se serve de consolo, convencê-la
foi bem difícil – voltou a fitar a esposa – então, nove horas está bem para
você?
- Tudo bem.
Nove horas.
Apartamento de
Castle - Terça
Eram quase
nove da manhã quando Kate e Castle terminaram o café. Ele optara por sair não
apenas por um pedido dela para não se sentir pressionada ou nervosa como também
para não se passar como o dono da situação. Escolheu aquela manhã para fazer
compras. Sem Kate para dosar ou tolir suas vontades, poderia comprar roupas e
brinquedos para o seu filho como desejasse. Quando pensasse em reclamar seria
tarde demais para voltar atrás.
Pontualmente
Gina chegou ao loft com um câmera, uma fotógrafa e uma repórter. Após as apresentações
formais, Nadine, a repórter perspicaz da revista, explicou a Kate como
funcionaria a entrevista. Basicamente iriram se concentrar na nova fase de
Kate, a escritora e a mãe sem esquecer de seu papel mais importante e pelo qual
ficara famosa, a detetive da NYPD. Faria perguntas que seriam gravadas para
facilitar a edição de palavras para a reportagem. Tirariam fotos e ficaria a
critério de Kate a escolha das melhores para publicação. Também mencionou que
escreveria uma introdução à entrevista contando um pouco sobre quem era Kate
Beckett e na sequencia, teriam as dez perguntas.
“Às vésperas
de começar uma nova fase na sua vida, Katherine Beckett, eternizada como musa
inspiradora através de seu alterego Nikki Heat, acrescentou mais uma estrela de
destaque em seu currículo pessoal. Competente detetive da NYPD com uma passagem
brilhante em um dos casos bombas do FBI desse ano, a então Sr. Castle decidiu
substituir o marido em seu novo livro “Heat Blows” que chegou às livrarias no
mês passado e alcançou a lista dos 10 best sellers do New York Times na
primeira semana. A Vanity Fair veio até o loft do casal para saber mais sobre
essa história. Afinal, de onde vem tanto talento?”
- Kate
Beckett, de musa a esposa. Como isso aconteceu?
- Eu não sei!
(risos) às vezes eu olho para ele e me pergunto: como fui casar com Rick
Castle? No bom sentido, claro. Começou por obrigação à cidade de New York, deu
muito trabalho cuidar de uma criança grande. Acreditem, fazer trabalho de
policial e babá ao mesmo tempo não é fácil. Castle é bastante persuasivo e
persistente. Falando sério, acredito que seja uma daquelas coisas inesperadas
da vida. Surpresas. Não aconteceu do dia para a noite. Lidar com a morte e a
injustiça todos os dias endurece as pessoas. A realidade das ruas é dura o
bastante para obrigar a todos nós, especialmente policiais, a nos fecharmos
para o mundo. Castle chegou invadindo meu espaço, querendo se mostrar expert no
assunto, mas a vida real é bem diferente dos livros de ficção. Não se trata de
destino, mas de cativar, entender, criar laços, da irritação ao companherismo
depois amizade e parceria...o amor tornou-se inevitável. Acredito em
relacionamentos duradoros desde que a base seja a confiança. E não se enganem,
obstáculos não faltaram para testar e impedir nossa união. Nem tudo são flores.
- E agora você
está grávida?
- Sim, de um
menino e muito feliz.
- Nem preciso
dizer que ao decidir escrever Heat Blows, você se tornou o centro das atenções
no mundo literário do último mês. De quem foi a ideia de terminar o livro, como
tudo aconteceu?
- Não foi uma
decisão programada. Nos últimos meses quando Castle esteve no hospital tive
muito o que me preocupar. Um bebê a caminho, um futuro incerto, a pressão do trabalho.
Cheguei a achar impossível sair desse furacão. Lembro que estava avaliando
provas de um caso que trabalhava e fazendo uma reflexão quando me deparei com
as anotações de Castle. Aquilo me trouxe lembranças e simplesmente decidi
terminar a história, no fundo, era uma homenagem ao meu escritor preferido. A
próxima coisa que fiz foi procurar Gina para ver se ela comprava a ideia, o
resto você já sabe.
- Sim,
aproveitando a oportunidade. Há planos para uma nova parceria entre a musa e o
escritor? Uma nova história? Os leitores sentiram um brecha na forma que o
livro terminou.
- É cedo para
dizer. Eu sou uma detetive. Fazer justiça e colocar assassinos atrás das grades
é o que faço de melhor. É minha identidade. A de Castle é escrever. Minha
experiência acabou proporcionando conhecimento para descrever crimes, talvez
por isso o livro tenha dado certo. Não posso afirmar se haverá outro livro de
Nikki escrito em parceria com seu criador. Não pensamos sobre isso. Temos outra
prioridade no momento.
- Nem sim nem
não?
- Vamos deixar
por conta do futuro. Fico satisfeita com a possibilidade.
- Muito justo.
Nadine continuou fazendo outras perguntas que Kate respondia educadamente. De
alguma forma, a repórter atraíra a empatia, deixando Kate bem à vontade. Estavam
prestes a encerrar a entrevista e a pergunta final era uma curiosidade da
própria reporter.
- Para
encerrar, por que os livros de Nikki fazem tanto sucesso? O que a torna tão
querida e admirada frente aos leitores?
- Já me fiz
essa pergunta algumas vezes e chego sempre a mesma conclusão. Uma história de
ficção quando bem escrita prende o leitor da primeira a última página, porém
nada disso importa se não houver uma conexão. Um elo. Geralmente, esse é o
papel da personagem. No mundo de hoje, as pessoas buscam por válvulas de escape
que as tirem da realidade dura e excessiva, da violência, buscando por
esperança em um hobby, um novo herói, qualquer coisa que as aliviem do peso da
incerteza. Talvez o sucesso de Nikki esteja em algo diferente de um Peter Pan
ou de Julieta. Ao contrário deles, Nikki é inspirada em uma pessoa real. Com
defeitos, virtudes. Alguém que erra buscando acertar, cai e tem coragem para se
erguer e seguir em frente. Nikki vive em prol da justiça e o faz de maneira
inteligente e apaixonante. Isso motiva as pessoas, as fazem acreditar que mesmo
em adversidades é possível desfrutar de momentos de alegria e júbilo. Acredite
sempre em você mas lembre-se ninguém é uma ilha. Até mesmo a melhor detetive da
NYPD precisa de um parceiro e um amigo. É isso que Nikki quer ensinar aos
leitores a cada história.
- Nossa!
Diante dessa declaração só me resta encerrar a entrevista desejando todo o
sucesso para a familia Castle, muita saúde para o novo herdeiro que chega e
vida longa a série Heat.
- Obrigada.
- Não posso
perder a oportunidade, pode autografar meu livro?
Elas cairam na
gargalhada. Nadine agradeceu pela entrevista e o autógrafo. Então, foi a vez da
fotógrafa fazer seu trabalho. Umas vinte fotos depois, o trabalho chegara ao
fim. Kate estava exausta e faminta. Segundo Gina, essa entrevista deveria ser
publicada na edição da quinzena de junho, ou seja, na próxima semana. Assim que
saíram, ela ligou para Castle. Dez toques depois, a chamada caiu na caixa de
mensagem. Demorou cerca de vinte minutos para que ele retornasse a ligação.
- Hey,
gorgeous.
- Castle, onde
você se meteu? Liguei a quase meia hora – o tom usado por Kate devido a fome,
provocou outra reação no homem do outro lado da linha.
- Oh meu Deus!
A bolsa estourou? Já foi para o hospital? – a voz urgente e aflita – você está
bem? Respire, Kate, respire!
- Castle,
acalme-se! Está tudo bem.
- Não está em
trabalho de parto? – perguntou ainda nervoso.
- Assim você
me assusta, Kate. Eu pensei...
- Sei o que
pensou e que fique registrado, se você demorar tudo isso para me responder
quando for realmente a hora, vou ter esse bebê sem você.
- Ouch! Vou
demorar um pouco, pode almoçar sem mim. Daqui a meia hora devo estar por aí.
- Tudo bem,
nem vou perguntar o que anda aprontando porque sei que não valerá a pena saber.
- Surpresa,
amor. Surpresa.
- É disso que
tenho medo. Não demore.
A meia hora de
Castle transformou-se em duas horas. Quando Kate o viu surgir na sala do loft
com duas sacolas enormes da Babies r us e Toys r us, sabia que ele exagerara. O
sorriso do marido porém, apagou qualquer possibilidade de irritação com o que
ele pudesse ter aprontado. Castle beijou a barriga dela e em seguida os lábios.
Puxando-a pela mão para o sofá, ele parecia um menino feliz com os presentes no
dia de natal.
- Espera até
você ver o que comprei para o nosso filho. Sente-se e já vou avisando: nada de
reclamar ou de ciúmes, Kate Beckett. Basicamente, comprei roupas e alguns
acessórios de decoração além de brinquedos.
- Castle, já
temos roupas demais para o bebê. Por que...
- Nah!
Comentário errado. Sei que você, minha mãe e Alexis cuidaram de tudo mas é meu
filho também, portanto tenho o direito de mima-lo tanto quanto vocês. Devo
acrescentar que provavelmente nenhuma de vocês comprou as roupas especiais que
escolhi.
- Castle, por
favor não me diga que comprou uma roupa de zumbi para o nosso filho.
-
Infelizmente, não – sorriu maliciosamente ao ver o desespero no olhar dela –
esses estilistas de bebês não tem muita imaginação. Pensando nisso, eu produzi
minhas ideias – puxou a primeira roupinha do saco – o que você acha? Bem
apropriado, não? – o body azul marinho da NYPD era lindo, a reação de Kate não
podia ser diferente.
- Que lindo...
- Sabia que ia
gostar. E que tal essa? Comprei um body branco e mandei escrever. Perfeito,
não? – a frase ouvida algumas vezes dele mesmo era quase um jargão
personalizado “I really am ruggedly handsome, aren´t I? Just like Dad!” – Kate
balançou a cabeça rindo das maluquices. Pouco a pouco, ele foi retirando várias
roupinhas lindas da sacola, alguns brinquedos e teve que admitir, adorara suas
escolhas. Já estava quase na metade do segundo saco quando puxou um belo
conjunto de lençóis no tema do espaço.
- Castle, esse
lençol é perfeito para a decoração do quarto. Eu e Alexis procuramos tanto por
algo assim. Onde conseguiu isso?
- Ah, poderia
te deixar na curiosidade mas não seria justo. Mandei fazer por encomenda. Diz
se não foi uma tacada de mestre?
- É, não tinha
pensado nisso.
- E para
fechar a decoração de um quarto no espaço não poderiam faltar o extraterrestre
e o astronauta – tirou do saco um boneco do Buzz Lightyear e um alien de
pelúcia do Pizza Planet.
- Um Buzz...
- Dois. Um
boneco e um de pelúcia para dentro do berço. E agora, o momento final. As duas
melhores criações de Castle. Uma fantasia de batman, por favor, deixe ele sair
do hospital com ela, por favor? E – tirou o último objeto da sacola, desfez o
embrulho cuidadosamente colocando o pequeno body na frente de seu peito –
criação de gênio não? – Kate simplesmente não acreditou no que via a sua
frente. Boquiaberta, fitava a roupa que gritava Castle a milhas de distância.
Tomando como base o colete da polícia, mandara confeccionar uma réplica do seu
com um detalhe a mais. Ao invés de “WRITER” escreveu “WRITER´S SON”.
- Oh meu Deus!
– foi tudo que conseguiu dizer antes de beija-lo – você não existe, Cas.
- Consegui te
surpreender, não? Posso aceitar que o vista com ela em vez da fantasia.
- Castle,
apesar de ter adorado cada um dos presentes que comprou para o nosso filho. Eu
prometi a Alexis que o irmão dela sairia do hospital com a roupa dada por ela.
- Mas não deve
ser nem de longe melhor que essa – ele já começava a fazer biquinho – ele ia
arrasar com o colete...
- Concordo,
mas prometi a sua filha. Não posso voltar atrás.
- E se eu a
convencer? – um fio de esperança surgiu no rosto dele.
- Castle...
- Tá, entendi
– encostou os lábios na barriga de Kate para falar – é bom você sair logo daí
parceiro, precisamos urgentemente acabar com essa hegemonia das mulheres.
- Bobo! –
disse puxando o rosto dele para junto do seu e beijando-o carinhosamente.
Quando a
revista Vanity Fair chegou às bancas e livrarias de todo o país foi um sucesso
instantâneo. Lanie ligara para a amiga a fim de elogia-la quanto à entrevista e
às fotos. Enquanto a amiga comentava cada pedaço do material publicado, Kate
tapou o receptor do telefone para falar com ele que estava quase morrendo ao
seu lado de tanta curiosidade.
- É a Lanie...
– claro que a mesma escutou do outro lado da linha.
- Kate,
coloque no viva-voz – ela obedeceu – olá, Castle! Sua esposa está fazendo muito
sucesso não? Pode até largar a carreira de agente da lei para escrever.
- Se ela
quiser pode escrever comigo... não me oponho.
- Como você se
sente não sendo o centro das atenções? Deve ser difícil para você... ficar por
trás dos holofotes e flashes, disputar a sua mulher com vários paparazzis, sem
esquecer que logo mais não será o único homem na vida dela.
- Me avise
quando devo rir, Lanie – ele retrucou
- Daria tudo
para ver sua cara nesse momento, deve estar emburrado. Qual o tamanho do bico,
Kate?
- Haha, estou
rolando no chão de tanto rir – ele disse em tom de deboche fazendo Kate cair na
gargalhada.
- Você é muito
bobo, Castle. Sabe que adoro implicar com você. Não seja rabugento. Aliás, não
é pra qualquer um receber uma declaração como a que Kate fez na midia. Ansioso
para a chegada do seu filhote?
- Demais! Não
sei por que ele está demorando tanto para vir ao mundo. Já conversei com ele
sobre isso.
- Vai ver
puxou ao pai – replicou Kate – preguiçoso...
- Kate Beckett
deixe de ser mentirosa... quem quer ficar na cama até tarde é você.
- Assim que
ele resolver sair, já avisei a Kate que pode me ligar. Estou aqui para ajudar.
Beijos para você, escritor. E amiga, espero o próximo livro!
Rindo, ela
desligou.
Na semana
seguinte, para conter a ansiedade que parecia lhe tirar o juízo, Castle decidiu
fazer faxina no escritório. Isso porque foi quase expulso por Kate do quarto.
Remexendo em seus papéis da gaveta ao seu lado, encontrou os rascunhos que
fizera na época em que estava em Washington começando a investigar o caso.
Sorriu ao constatar que ela aproveitara grande parte das notas que escrevera.
Curioso, lembrou-se das palavras de Kate sobre a conclusão do caso. Por que não
começar a elaborar a história do próximo livro a partir do cliffhanger deixado
por ela? Decidido, ligou o computador para checar detalhes do caso investigado
pelo FBI.
Castle
devorava as matérias da condenação e anotava alguns detalhes. Gostou de ver
como a mídia destacou mais o trabalho da NYPD do que da agência federal além da
repercussão da cerimônia ocorrida em DC onde Kate recebeu uma medalha de Honra
ao Mérito. Por que ela ainda não lhe contara essa história completa? Deixando
as pompas da mídia de lado, começou a comparar os detalhes da investigação com
a que fizera antes do acidente. Apesar da explicação exposta na mídia e da condenação
e perda do cargo de senador de Robert Denver, alguma coisa nessa história parecia
estar faltando.
Estava tão
absorto lendo e fazendo suas devidas anotações que não percebeu a voz de Kate
chamando seu nome. A cada nova conexão, se perguntava quanto à efetividade do
fechamento das pontas soltas que elencara em seu arquivo de investigação
primário ou, como gostava de dizer, seu quadro online. O celular começou a
tocar insistentemente ao seu lado. Ao olhar o visor, viu a foto de Kate.
Estranhou, por que ela estaria ligando se estava em casa?
- Kate?
-
Castle...você é – soltou um grito – surdo? Eu preciso...a bolsa...
- Kate?
Você... – então caiu em si – o bebê está chegando, bolsa... o hospital. Saiu
feito um raio ao encontro dela. Kate já estava pronta com sua maleta para o
hospital ao seu lado. Procurava respirar pausadamente para aliviar a dor.
Castle segurou a mão dela e apoiou-a com seu corpo – como estão as contrações?
Qual o intervalo?
- Eu não sei!
– gritou – nunca fiz isso antes... aaahhhh – apertou a mão dele sem dó. Mordeu
os lábios e fez careta para não gritar junto com ela – vai nascer... rápido...
Eles saíram do
elevador na frente do carro de Castle. Após acomoda-la no banco do passageiro,
correu para o lugar do motorista. Sentou e colocou a chave na ignição. Virou-se
para Kate procurando acalmá-la.
- Respire
fundo e procure relaxar. Vamos chegar em – consultou o aplicativo do celular
para definir o melhor caminho a fim de chegar ao mesmo hospital onde passara os
últimos seis meses – dez minutos. Ao colocar as mãos no volante, porém, a
realização do que estava acontecendo o atingiu – Meu Deus, vamos ter um bebê! –
e congelou ficando totalmente sem ação diante do fato.
Continua....
5 comentários:
Perfeito ... Maravilhoso ... Kate e Rick finalmente juntos depois de tantas angustias ... Li várias vezes para acreditar que ele havia acordado rsrsrsr ...
Fofo, fofo esse capítulo e Castle, corre criatura, ou tu vais querer fazer o parto? kk
Owwwwww.. ainda bem q tudo se resolveu e ele finalmente acordou!!! N aguentava mais tanto sofrimento! Tomara q a partir de agora venham momentos mais felizes!!!
Aaahh que emoção!!! nem acredito no que eu acabei de ler… to super feliz e rindo pq até que parece mesmo um tipo de reação que o castle teria ahhaha super ansiosa!!
VOMITANDO ARCO-IRIS!!!!!
Nossa,cap. TOTALMENTE MAIS QUE DEMAIS...A emoção de vê-lo acordar foi maravilhoso,todos fazendo obs. de como kate se dedicou a ele me senti orgulhosa dela serio.Castle sendo Castle,falando que ela estava mais cheinha e na parte do "comprometer o desempenho" ri,feliz em saber que NADA mudou.
Eles juntos ao evento do livro,coisa mais linda e fofa tô amando Gina ganha meu respeito.VC ARRASOU NA ESCOLHA DO NOME DA REPORTE NADINE...APPLAUSEEEEE!!!!
Realmente vi a nossa amada reporter ali,adoooooooorei.Sobre o Castle fazendo compras para o NABY BOY,PQP BABY BOOOOOOOY....COITADA DA KATE MAS...É UM BOY MOCIONEI.(drixei pra surtar aqui por um motivo)...Sendo um super pai desde agora e coisa mais lindinha foi o
“WRITER´S SON”.ME ABRAÇA POR FAVOR!!!!!!
E o fim do cap. com K-Bex em trabalho de parto,mal posso esperar pelo proximo para ver o que acontecera nesse momento tão importante para Caskett e claro o nome do baby ;)
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