Nota da Autora: Tentei colocar nesse capítulo o máximo de informações que conseguimos durante o hiatus de gravação. Criei uma linha do tempo porém gostaria de lembrar que como uma obra de ficção, não precisa ser tal e qual a realidade já que o propósito inicial é divertir, portanto não racionalizem demais. Enjoy!
Atenção! NC-17...
Cap.27
Semanas se passaram apõs a
comemoração do aniversário de Stana. Nesse período, ela optou por se preparar
para as duas viagens que faria em seguida. As coisas estavam devidamente
arranjadas para sua ida a Sérvia. Também combinara com suas primas e sua mãe
que a acompanharia para ver a família.
Alguns dias depois de conversar
com Nathan durante o primeiro intervalo entre eventos quando este se encontrava
em trânsito nos aeroportos, ele garantiu que Michele estava com praticamente
tudo resolvido. Em mais um dia, recebeu todas as informações pertinentes à
viagem através de um email enviado por Nathan. À noite, ligou para ela.
- Hey, gorgeous... como você
está? – o sorriso solto apareceu na tela da ligação via facetime.
- Com saudades. E os eventos?
Aposto que você está se divertindo muito. Imagino as horas que passa bebendo e
jogando videogame afinal quando existe um console à sua frente, nem preciso me
preocupar com outros assuntos. E por isso entenda mulheres.
- Ah, detecto uma crise de
ciúmes Staninha? – brincou
- De um jogo? Não mesmo. Você
deve estar adorando essa sua fase de molecagem... aproveite.
- Não se preocupe, estou me
divertindo porém, só tenho olhos para você.
- Sei, sei – disse ela fazendo
cara de implicante.
- Mudando de assunto, recebeu
as informações da viagem? Está claro? Devo voltar a LA daqui a dois dias. Dia
oito é a entrevista portanto passo apenas mais um dia na cidade. Vamos nos
encontrar? Ou quem sabe fazer algo com Anne, estou com saudades desse menina.
- E de mim não? – a carinha
manhosa o fez sorrir – sou egoísta se vamos nos encontrar que seja apenas eu e
você ou manteremos o contato por telefone até New York.
- Ah, como é lindo você passar
da delicadeza ao seu melhor estilo Kate Beckett de mandona em segundos. Isso é
que é amor. Tudo bem, podemos deixar para rever Anne quando voltarmos à ativa.
Quinta na minha casa, então?
- Claro.
Na véspera da viagem para New
York, Stana foi a casa de Nathan para revê-lo. Ele abriu a porta vestindo
apenas o roupão. Assim que fechou a porta, ela se jogou nos braços dele. O
encontro dos lábios provocou um choque eletrizante por todo seu corpo
instigando o desejo adormecido a alguns dias. Sentiu a excitação do reencontro
na resposta obtida ao sentir o membro dele pressiona-la. Rever aqueles olhos
azuis era um presente. Quando finalmente quebraram o beijo, ela acariciou o
rosto descendo a mão pelo pescoço e o peito, sorrindo. Nathan beijou-lhe a
testa, mordiscando o lóbulo da orelha enquanto sussurrava ao seu ouvido.
- Como senti falta desse cheiro
delicioso, dessa pele. Estou mal acostumado, amor. Sabe o que quero fazer com
você agora? – mordia o queixo dela voltando para o ouvido – lamber você todinha
– adorou ouvir o gemido que escapou-lhe aos lábios apenas em pensar ter seu
corpo devorado por ele.
- O que você está esperando,
Nate? – ele a puxou pela mão rumo ao quarto. Com pressa, lvrou-se da blusa e da
calça que ela vestia em segundos. Sorriu ao se deparar com o cordão que Stana
trazia no pescoço com o anel pendurado. Tornou a se aproximar dela para
beija-la, sorvendo-lhe os lábios de maneira forte, urgente. Stana se deixou
levar pelo ritmo imposto, desfazendo o nó responsavel por mante-lo ainda
vestido. O roupão veio ao chão revelando o corpo nu. Instintivamente, as mãos
percorreram o bumbum beliscando-o em seguida arrancando uma risada de Nathan,
tirando-lhe a concentração do ato de beijar.
Carregou-a em seus braços para
deitar-lhe na cama. Ali, esparramada sobre seu colchão, não cansava de
admira-la. Uma beleza singular, pensou. Conforme prometera, debruçou-se ao lado
dela e começou a viagem mágica no universo daquele corpo esbelto de pele macia
e delicada. Seus lábios passeavam calmamente por toda a extensão esbelta
começando pelo pescoço e colo. Por um bom tempo brincou com os seios dela
provando um após o outro sugando-os delicadamente. A lingua circulava o mamilo,
enquanto os dedos apertavam o outro tornando o momento sublime para Stana que
gemia e arqueava o corpo na direção dele. Repetiu o gesto por várias vezes
sabendo que o resultado estaria representado no meio das pernas dela. Os
gemidos baixinhos escapavam dos lábios despertando-a para uma aventura repleta
de carícias e prazer.
A boca de Nathan estava sobre o
seu abdomen. As mãos executavam a tarefa de retirar o último pedaço de pano
existente entre eles. Chegou ao local mais ansiado. Ao penetra-lhe com dois
dedos, ouviu o grito e pode sentir o calor e a umidade que predominavam lá
dentro. Massageando o clitóris, seguiu explorando o corpo. As longas pernas
eram um capítulo à parte. Enquando deliciava-se beijando cada milimetro das
pernas maravilhosas, continuava provocando-a com os dedos.
Stana encontrava-se totalmente
a mercê do toque e das sensações provocadas pelo homem que a dominava. Corpo,
mente e coração apenas respondiam aos comandos dele. Nathan sabia exatamente o
que fazer para leva-la a perda de resistência completa. O tremor já se apossava
dela, o calor a envolvia pedindo passagem para a explosão que chegava. Em
minutos, entregou-se ao primeiro orgasmo quando foi surpreendida pela pressão
dos lábios dele nos seus.
Não esperando por um pedido
formal, penetrou-a devagar mantendo o contato visual entre eles. Stana
agarrou-o pela nuca e puxou-o contra si mordendo-lhe os lábios e perdendo-se ao
esfregar o rosto contra a barba recém-crescida arranhando sensualmente a pele
sensível da face. Moviam-se em sincronia. A cada estocada, cravava as unhas nas
costas dele e pedia por mais. Atingindo o limite do controle, sucumbiu ao
prazer levando-a consigo em um orgasmo sem qualquer resistência para ambos.
Nathan deixou-se cair sobre o
corpo da amada apenas até conseguir recuperar um pouco da energia perdida e
virar-se para o lado. Ainda de olhos fechados, Stana procurava regular sua
respiração para a normalidade. Precisaram de alguns minutos para conseguirem
mover-se de novo. Deitou-se por sobre o corpo dele, carinhosamente depositando
beijinhos em seu rosto, pescoço e ombros. Brincava com os dentes sobre a pele e
os músculos até o instante que, satisfeita, fitou os profundos olhos azuis num
gesto tão simples e puro que fez o coração de Nathan bater mais forte.
Beijando-o novamente, falou.
- Senti tanto sua falta... amo
sua pele, sua voz. Amo você, completamente.
- Eu também, Staninha. Tanto
que não sei ao certo como lidarei com sua ausência por mais de um mês. Mas, não
é hora de falarmos ou pensarmos sobre isso. Amanhã iremos para New York e
teremos dias maravilhosos na companhia um do outro na melhor das cidades –
ajeitou a mecha de cabelo que teimava em cair sobre o rosto – está com fome?
Quer beber alguma coisa?
- Um vinho cairia bem, não
acha? E depois dele, podíamos continuar a matar as saudades com um bom banho de
piscina, que tal? Não usando sequer uma peça de roupa. Nada.
- Adorei a ideia. Vou
providenciar o vinho e fique à vontade para invadir a piscina quando lhe convir.
Stana procurou um roupão no
closet dele. Encontrando, desceu as escadas para a área de piscina. Caminhou
pelo jardim, acendeu as luzes do lugar e sentiu com a ponta do pé a temperatura
da água. Deliciosa. Ao olhar para cima, foi presenteada por um céu limpo e uma
lua cheia. Pressentiu a presença dele ao seu lado. Entregou-lhe a taça com o
vinho tinto e brindaram em seguida. O liquido praticamente evaporou-se da taça
dela, obrigando Nathan a acompanha-la. Em pouco tempo, entre beijos e caricias,
deixaram a garrafa com menos de três dedos.
A risada dela ecoava pelo
espaço aberto embalada pela alegria contagiante do alcool que circulava em suas
veias. Abriu o roupão que vestia e jogou-se de cabeça na água. Ao submergir,
arrumou os cabelos abrindo os olhos a procura dele. Não estava em lugar algum à
vista.
- Nathan? Hey, Nate!
Nenhuma resposta. Foi quando
sentiu o puxão em suas pernas que a levou para o fundo da piscina. Ao
recuperar-se deu de cara com ele rindo do susto que dera nela. Muito contrariada,
fez bico para demonstrar sua indignação.
- Você está maluco? Eu podia
ter me afogado aqui! – se aproximou envolvendo seus braços no pescoço de Nathan
apoiando-se com as pernas na cintura – você terá que me recompensar por esse
susto.
- Mesmo? – caminhou dentro d
água até o pequeno desnível que separava a parte rasa da funda colocando-a
sentada contra os azulejos mantendo as pernas ao redor do seu corpo – o que
exatamente vai querer, Stana? Uma demonstração de afeto ou puro êxtase? –
perguntou mordiscando-lhe o queixo.
- Deus! Puro êxtase, por favor.
Ele puxou o cabelo dela para
trás expondo melhor a garganta para morde-la. Com a mão livre, acariciava-lhe o
seio puxando repetidas vezes o mamilo. Apoiando o próprio corpo no desnível,
virou-a de lado deixando uma das mãos deslizarem até o centro afagando-lhe com
dedos ágeis. Stana virou o rosto em busca dos lábios e envolveram-se num beijo
ardente. Pode ver nos olhos amendoados o efeito do prazer. Querendo ainda mais,
penetrou-a de uma vez mantendo a mão em seu centro. Uma, duas e tantas outras
estocadas a faziam gemer. A luxúria tomava conta de seu sangue e seu corpo
sendo traduzida em movimentos rápidos e precisos. Stana se segurou
enroscando-se ao pescoço dele para recebe-lo com toda a força que imprimia
sobre ela.
Ao sentir que estava prestes a
ceder ao orgasmo, Nathan a puxou com um único movimento trazendo-a para junto
de si, ficando de pé na piscina. Uma estocada a mais e gritou levando-a
consigo. Stana sentiu as pernas bambas quase desfalescendo em seus braços.
Nathan a abraçava contra o corpo movendo-se em busca de apoio na parede lateral
da piscina. Deixou sua cabeça descansar nos ombros dela. Ambos permaneceram
calados e imóveis usando o próprio peso para se manter de pé.
Queria ficar com o corpo colado
nele para sempre. Criando coragem, afastou-se um pouco virando-se de frente
para fita-lo. Roçou o nariz com o dele, plantou um selinho nos lábios e o puxou
para um mergulho. Ao emergir, trocaram um novo beijo.
- Qualquer dia nós caímos duros
depois de tanto esforço, babe...
- E de quem é a culpa? –
brincou com uma mecha de cabelo sorrindo.
- Deus! Dos dois! Somos ambos
culpados, tarados. Dignos de sermos presos. Loucos – acariciava o rosto com as
pontas dos dedos – quer saber? Amo essa loucura.
- E eu amo você por
proporcionar isso para mim – entregaram-se a mais um beijo, dessa vez
carinhoso. Após algumas braçadas na piscina, finalmente deixaram a água.
New York
A chegada no JFK foi tranquila.
Viajando em voos separados com a variação de horário de vinte minutos entre
eles, Stana usando óculos escuros e boné desceu vestida casualmente no saguão
do aeroporto pegando um taxi em seguida rumo ao hotel indicado no Upper West
Side. Constatou que seu companheiro ainda não se registrara. Acordara usar o
nome fictício de Sr. Reynolds, clara referência a Firefly. O check-in aconteceu
sem maiores problemas. Nathan chegou quinze minutos depois dela já estar
instalada no quarto. Sua entrevista com Letterman era no dia seguinte por volta
das quatro da tarde.
Naquela noite, pretendiam
caminhar pela Times Square e jantar em algum lugar próximo ao hotel. No dia
seguinte, a fim de não levantar suspeitas, eles combinaram de seguir caminhos
separados tornando a se encontrar por volta das oito da noite no hotel. Stana
aproveitou o dia para zanzar pelas lojas maravilhosas da quinta avenida e da
Madison. Matou a vontade de comer kebab na rua e durante a caminhada se encheu
de café. Estava elétrica. Retornou ao hotel poucos minutos após às sete. Tomou
um banho e ficou esperando por ele. Na programação, eles tinham reserva para
jantar nada menos que no restaurante preferido de Castle, Le Cirque.
Quando ele chegou por volta das
sete e trinta, estava animado. Durante o banho, contava detalhes da entrevista,
do calor dos fãs além dos comentários chocados pelo fim da temporada. Ouvia a
tudo enquanto se maquiava. Em meia hora, estavam devidamente prontos e desceram
para caminhar, afinal ali era New York e Stana devota do ATP. Não havia motivo
para não usar o transporte público ou andar. A reserva de Nathan fora para um
local discreto do restaurante no andar de cima. Selecionado o vinho, os
aperitivos e os pratos, ficaram livres para conversarem e namorar. Nathan ficou
feliz ao ver que o anel estava no dedo à amostra. Isso demonstrava a forma
positiva e destemida que ela encarava o significado da jóia.
A noite correu maravilhosamente
bem. Jantando, Stana recordou as vezes que o mesmo restaurante fora mencionado
e usado nos roteiros de Castle. Namoraram, brindaram, enfim agiram como um
casal normal. Também aproveitaram para decidir os passeios do dia seguinte. Por
ser sábado, optaram por uma volta no Soho e Lower Mahattan, o que incluia uma
parada na fachada do loft tantans vezes mostrado na série. Depois pretendiam
dar uma volta na Union Square e almoçar no Eataly. Ocupariam o resto do tempo
com outras coisas, à noite iriam ao teatro.
Ao voltarem para o hotel,
Nathan tirou uma foto da cama bem arrumada. E já se preparava para posta-la no
twitter quando Stana o questionou intrigada.
- O que você está fazendo? Vai
postar a cama?
- Apenas uma brincadeira com os
fãs. Mexer com a imaginação deles. Quer apostar quanto que vão ficar discutindo
quem poderia estar dormindo comigo nessa cama?
- Você não presta, Nate – falou
rindo - Não sabe que qualquer foto suspeita atiça a curiosidade do fandom? No
mínimo vão dizer que você não viajaria sozinho para cá e então começará a
especulação: quem será a mulher misteriosa que acompanha Nathan em New York?
- E você acha que não é por
esse motivo que estou fazendo isso? Quanto mais especularem, menor a chance de
pensar em você. Para todos os efeitos, você sumiu Staninha, está escondida em
algum lugar do mundo sem comunicação enquanto eu estou badalando pelo país –
postou, deixou o telefone na mesa e jogou-se na cama – agora, vem cá. Vamos
testar se a cama irá me dar uma ótima noite de sono. Ela se aproximou e sentiu
o puxão desabando sobre o corpo dele. Fizeram amor antes de entregarem-se
abraçados ao sono profundo.
O sábado em Manhattan era um dia
agitado. Milhares de pessoas tomavam as ruas. Uma mistura eclética entre
turistas, moradores, jovens, senhores, alguns menos apressados que outros.
Andavam em bandos ou sozinhos com um headphone ao ouvido involtos em seu mundo
particular. Havia aqueles que corriam e os que seguiam sem qualquer pretenção. Tomaram
café na rua e usaram o metrô para se locomover até o Soho. Apesar de muita
gente nas ruas, caminhar era sempre uma excelente opção. Não havia
empurra-empurra, podia-se admirar a paisagem e as vitrines durante o percurso.
No Soho, ao chegarem a Broome
Street, Stana fez questão de tirar fotos da fachada do prédio para guardar. Sua
vontade era entrar lá, mas acabou concordando com Nathan de que isso não era
uma boa ideia. Tomaram mais uma dose de café na Dean & Deluca e seguiram de
mãos dadas pelas ruas do bairro. Retomaram o passeio após pegarem o metrô rumo
a Union Square. Ao sentarem-se no trem da linha C, como toda boa fã de Castle,
se recordou do episódio do sequestro do menino que ficara em cativeiro exatamente
na intersecção das linhas ACE na Canal Street. Arrancando sorrisos, ele falou.
- Às vezes você me assusta com
a sua memória. São detalhes.
- Sou como os elefantes –
brincou – eles nunca esquecem. Portanto, fique esperto.
- Wow! Será devo assumir isso
como uma ameaça? – sentiu o soco no seu ombro.
- Bobo!
O passeio continuou após um
almoço tardio delicioso no Eataly, caminhavam sem grandes pretenções pela
cidade. Um dos pontos positivos de andar ali, era que em cada rua, em cada
esquina era possivel encontrar algo novo e intrigante. Uma verdadeira caixinha
de boas surpresas. Nathan continuou postando fotos de vez em quando como uma
espécie de marcação de território. Por volta das seis estavam no hotel
novamente para arrumarem-se para o teatro. Nathan comprara assentos premiere
para o musical em homenagem a Carole King entitulado Beautiful. Isso dava a
eles certa comodidade e privacidade no teatro. Casa lotada e um excelente show.
Os dias dividiram-se em mais
passeios por New York, entre a manhã no Central Park, a ida ao Chelsea Market, museus,
Battery park e tantos outros lugares bacanas intercalados com o melhor da
culinária do mundo nas ruas da cidade. Hoje era seu último dia ali, Nathan
voltaria para L.A. onde no inicio da próxima semana já teria novos compromissos
para cumprir. Voltarai a viajar pelos Estados Unidos particiapando de várias
comic cons. Ela, por outro lado, pegaria o avião diretamente para a Europa rumo
a Sérvia.
Estavam em um restaurante em
Tribeca chamado Bouley almoçando. O lugar era fantástico, um clima francês com
um menu muito interessante. Outro ponto positivo era o fato do restaurante
possuir ambientes diversos e reservados para uma refeição íntima. O serviço era
um acessório à parte. Saboreavam um vinho branco com seu aperitivos quando a
conversa sobre a separação próxima foi colocada à mesa invariavelmente como já
imaginavam que ia acontecer.
- Quanto tempo vai ficar pela
Europa?
- Primeiro vou descansar com a
minha família na Sérvia. Dar uma volta pelos arredores. As filmagens em
Florença começam apenas no inicio de junho. Devo retornar a Los Angeles apenas
na segunda semana de julho porque filmo até o dia 10. E você? Quais os seus
planos para me tirar da cabeça por um tempo? Se trancar numa sala com todos os
jogos de videogames? – ela mesmo riu da ideia fazendo-o acompanha-la na risada.
- Taí um bom plano mas não.
Mesmo que fizesse isso, não tiraria você da minha mente, talvez por algumas
horas mas por meses? Impossivel! Tenho eventos nos Estados Unidos, vou para o
Canada também realizar painéis em comic cons, aproveito para ver alguns amigos
e primos, ver a mama... e claro que preciso de um tempo para mim também. Jeff
já disse que irá me arrastar para algum lugar, potencialmente no caribe. Ainda
não sei onde.
- Caribe, sei... tequilas,
praia, mulheres de biquini, um mar trasnparente e top less. Uma ótima
combinação para me tirar da cabeça não acha?
- Hum, está com ciúmes
Staninha? Ou será que está arrependida de não sumir no mundo comigo? – esticou
a mão para alcançar a dela e envolve-la com carinho – não precisa se preocupar.
Irei apenas relaxar, não garanto dispensar a tequila mas o resto não me
interessa. Pode confiar.
- Vão ser dias difíceis a
partir de agora. Ainda teremos o fuso horário contra nós.
- Ah, pense da seguinte
maneira. Se eu ligar para você no meu horário de almoço será noite, a melhor
hora do dia para uma chamada de sexo por telefone. Da mesma forma, se eu ligar
por volta da meia-noite, será dia, você provavelmente estará acordando e
acabará recebendo um agrado cedo pela manhã. Tem melhor coisa que sexo matinal?
- Você é um tarado – ria muito
– eu falando de saudades e só o que vem a sua mente é sexo? Seu pervertido!
- Se sou assim, a culpa é sua.
Quem manda ficar exibindo esse corpo, essas pernas e jogando esses olhares
provocantes na minha direção? Não sou de ferro, Stana... – levou a mão dela aos
lábios mas foi surpreendido ao sentir o pé dela empurrando sua virilha por
baixo da mesa, arregalando os olhos devido ao contato – Oh, Deus! Para com
isso, sua louca! – sussurrava enquanto ela apenas ria da agonia estampada no
rosto dele ao procurar disfarçar o misto de sentimentos controversos. A vontade
de aceitar o que ela oferecia mediante a excitação que começava a se espalhar
pelo corpo e a luta contra a agonia que impunha ao seu corpo para resistir a
fim de não fazer uma besteria em público.
Stana achava divertido a cena
apresentada à sua frente. Tudo era uma questão de apertar os botões certos para
tê-lo a seus pés. Tinha consciência disso da mesma forma que a distância do
corpo dele a fazia sentir algo próximo a abstinência de um viciado. Claro que
nunca tivera vícios na vida, exceto pelo café porém, era assim que reagia ao
tempo passado longe dele. Às vezes acreditava que ele não tinha consciência
disso. Ou se tinha, não usava isso como uma arma ou uma desculpa para se gabar.
Ciente da situação que poderia
causar e compromete-los, retirou o pé vendo o alívio no rosto do homem, seu
homem. Abriu um sorriso compreensivo, piscou para ele e sussurrou um “ eu te
amo” sincero recebendo a mesma resposta.
- Vou sentir falta disso, de
poder de provocar nos momentos mais inoportunos.
- Você adora me ver sofrendo,
não? Apesar de não dizer ou me gabar, sei que vai sentir muito minha falta.
Onde vai arranjar um homem tão prendado que te leva café na cama, te faz
jantares, te toca e te leva pro céu tão majestosamente como eu? Ainda tem o
fato de eu ser irresistivelmente lindo.
- Ha! Estava estranhando a
falta do momento de modéstia que sempre o acompanha, Nate – pegou a taça de
vinho e sorveu mais um pouco do líquido deixando o copo vazio – gostaria de
dizer que tudo não passa de uma mentira, uma demosntração masculina de
virilidade, mas a quem eu quero enganar? É a mais pura verdade, vou sentir
falta de tudo isso especialmente de seus beijos e da sua bunda linda.
- Você e essa fixação pelo meu
traseiro. Acho melhor suspender o vinho. Já lhe subiu a cabeça,Staninha – disse
sorrindo.
- Faça melhor. Peça a conta e
vamos embora aproveitar o dia para marcar um ao outro. Parece uma boa maneira
de encerrar nossa viagem a Manhattan?
- Perfeita! – fez sinal para o
garçom. Saíram do restaurante em menos de cinco minutos. Entraram na primeira
estação de metrô que os levasse ao Upper West Side caminhando com uma certa
urgência para o hotel. Às portas fechadas, entregaram-se novamente um ao outro
tentando com esse ato deixar a marca do que representavam torcendo para que as
lembranças criadas fossem suficiientes para mante-los bem durante a separação.
No dia seguinte, Nathan a levou
para o aeroporto. Seu voo era somente no início da noite. Chegaram com uma hora
de antecedência e se estenderam namorando em um canto escondido do lugar por um
bom tempo. Apenas na hora de embarcar, Stana finalmente conseguiu se
desvencilhar a muito custo dos braços dele para partir. Deu-lhe um último beijo
carinhoso dizendo que ligaria assim que chegasse.
Foram muitas horas de viagem, o
cansaço tomou comta dela. Precisaria de várias horas de descanso, dormir. Optou
por enviar apenas uma mensagem via what´s app a fim de dizer que chegara bem e
que telefonaria assim que dormisse um pouco. Mais de oito horas depois,
acordara melhor e faminta porém ao checar o relógio, passava de duas da manhã se
quisesse falar com Nathan, era melhor que fosse agora. Bastaram dois toques
para ele atende-la do outro lado.
- Hey, gorgeous... – a voz era
quase um sussurro fazendo-a se arrepiar – dormiu bem?
- Sim, descansei. Você já está
em LA? Que bobagem...claro que sim. Quando você viaja mesmo?
- Na próxima semana, vamos
combinar de nos falar pelo menos duas vezes por semana dependendo das nossas
agendas. Não vou aguentar muito tempo sem falar com você, amor. Sei que por um
tempo vai curtir a família, a cidade, quero só que arranje um tempo pra mim.
- Claro que sim – ficaram
conversando por bastante tempo, coisas simples, besteiras, o importante era
manter o contato, ouvir a voz. Meia hora depois, criaram um impasse sobre quem
deveria desligar, pareciam dois adolescentes. Nathan acabou sendo forçado a
fazer isso por pena já que era meio da madrugada para Stana.
- Boa noite, babe... – ela
disse.
- Até a próxima ligação. Sonhe
comigo. Um beijo.
Início de Junho
Stana aproveitou o mês para curtir
a família, andar de bicicleta, visitar as cidades da redondeza e claro,
descansar. Nas primeiras vezes que saia para um restaurante ou pub com as
primas sempre encontrava alguém que lhe perguntasse se tinha namorado, se estava
a fim de curtir e mesmo sentindo-se acuada, ela respondia que não queria alguém
nesse momento. A insistência era tanta que uma das suas primas acabou se
indispondo com um amigo por conta disso. Intimidade e privacidade tornam-se
coisas muito complicadas quando se é famoso piorando um pouco mais no caso dela
pois mantinha um relacionamento secreto que nem mesmo a família tinha
conhecimento.
A primeira semana de junho foi
voltada ao estudo de sua personagem no novo filme além de recordar um pouco do
idioma pois fora alertada quanto ao possível uso nas filmagens. Apesar de ser
um papel pequeno, não era segredo para ninguém que trabalhasse com Stana da sua
dedicação e afinco. Um texto, seja qual fosse o papel, recebia o mesmo
tratamento de um roteiro de Castle. A perfeccionista falava mais alto, era
capaz de passar horas a fio se dedicando a analisar a personagem, cria-la na
sua mente e incorpora-la.
Viajou para Florença no dia
sete pois começaria a trabalhar dia nove. Assim que aterrisou em solo italiano,
se sentiu em casa. A musicalidade da lingua, a simpatia do povo italiano, o
barulho e o clima festivo sempre presente faziam do lugar um mundo diferente
dos demais. A tal expressão povo de sangue quente era vísivel a cada rua. Stana
se deu a chance curtir a atmosfera.
Assim que se instalou na
cidade, saiu para percorrer suas ruas. Serviu-se de um gelatto di fragole,
ótima pedida para driblar o calor. Mais tarde, entregou-se a uma boa massa
italiana regada a vinho da região. Policiou-se para beber apenas duas taças
conhecendo sua reação à bebida. Como sobremesa, provou um tiramisu. Incrivel
como certas coisas tão simples te fazem suspirar. Continuou a caminhada
retornando ao hotel bem na hora de tomar um belo café expresso. Estava no
saguão quando avistou Brett, acabara de dar entrada no hotel. Acenou para ela.
Depois do cumprimento entre eles, Brett brincou.
- Pelo jeito, você não teve
qualquer dificuldade de se adaptar. Vejo que está em casa.
- Como não poderia? A energia
do lugar impressiona e o povo italiano é maravilhoso. Adoro risadas, barulho e
a culinária.
- Já que você está quase uma
nativa, que tal sairmos para jantar hoje à noite com todo o elenco? Posso
organizar tudo para as oito, que tal? Assim todos se conhecem, conversam e
tiramos aqueles momentos estranhos que geralmente acontecem no início de uma
nova produção.
- Concordo, excelente ideia.
- Te mando uma mensagem
confirmando tudo. Vou falar com o hotel para arranjar transporte para nós.
- Transporte? Dependendo de
onde formos, podemos caminhar.
- Acha mesmo? – ele pareceu
cético.
- Tenho certeza. Isso é uma das
melhores coisas a fazer para conhecer e observar o lugar. Vou subir pra descansar um pouco e me refrescar.
Espero sua mensagem – virou-se a caminho das escadas.
No quarto, como não sabia se
Nathan estava disponível para atender sua ligação, decidiu mandar uma mensagem.
Escolheu a varanda para ficar à espera da resposta dele. Outra forma de sentir
os aromas e observar. Ao longe ouvia uma melodia italiana apaixonada, fechou os olhos e se viu
imaginando Nathan ali ao seu lado. A campainha do facetime a assustou.
- Nate!
- Olá, Staninha. Como vão as
coisas aí pela Italia? Já em Florença?
- Sim, estava pensando em você
a pouco. Esse clima de romance no ar é bem propício a isso. Fico imaginando
como seria alguns dias em sua companhia em um lugar tão mágico.
- Mediante a essa declaração
nem preciso falar de saudades. A recíproca é verdadeira e a idéia tentadora. Queria
ter tempo para voar até aí mas a Michele está determinada a me fazer trabalhar
o hiatus inteiro.
- Não reclame porque no fundo
sei que você gosta. Mais tarde vou sair para jantar com o pessoal do filme. Uma
espécie de boas-vindas antes de começar os trabalhos na segunda. Devo ficar por
aqui até o dia 20, isso é um chute saberei na segunda provavelmente. Estava
pensando que amanhã você poderia me acordar daquele jeito que prometeu. Umas
oito da manhã... – a carinha de safada fez o coração dele disparar.
- Adoraria Staninha mas estarei
em transito rumo ao Canada, chego apenas pela manhã.
- Poxa.... – percebeu sua cara
de frustração.
- Não fique assim, prometo que
compenso isso de algum jeito. Que tal no dia seguinte?
- Não. Preciso primeiro saber
como vão funcionar os horários de gravações, além do mais não posso arriscar
chegar atrasada no primeiro dia. Nós dois sabemos que existe essa
possibilidade.
- Tudo bem. Defina seu horário
e me avise quando podemos nos entender – uma mesagem surgiu na tela, era Brett
confirmando o encontro em meia hora.
- Certo, tenho que desligar.
Preciso me arrumar.
- Vou ficar com saudades. E
amor? Cuidado com o vinho, você sabe...
-
Tá bom, babe. Love you.
- Hey, always… - sorrindo
desligou e seguiu para o banheiro.
O jantar com o pessoal do
elenco e o diretor foi bem divertido. Como já havia previsto, o restaurante
ficava a uma quadra do hotel, o que os fez seguir o conselho dela e caminhar.
Muitas risadas, momentos estranhos e bebida fizeram parte da noite. Stana
procurou não exagerar para evitar qualquer situação desconfortável.
Infelizmente, as perguntas sobre namorado, noivo ou afins acabavam sendo feitas
obrigando-a a repetir o jargão “estou
focada na minha carreira”. O alcool pesou em seu corpo obrigando-a assim que
voltou pra casa a desabar na cama.
O primeiro dia de trabalho
inicioou com uma reunião de produção onde o cronograma de gravação foi
apresentado. O tempo total de filmagem eram de 45 dias. Para ela, sua
participação foi dividida em dois períodos. A primeira fase iria até o dia 18,
precisando retornar a Florença no dia quatro de julho. Pelas contas de Stana,
seu trabalho terminaria dia nove o que seria ótimo pois pretendia sair da
Italia diretamente para Los Angeles. Os trabalhos da nova temporada de Castle
começariam dia quinze para ela com a pré-produção.
Fizera os primeiros ensaios
para definir presença de cena, luz e discussões sobre as características da
personagem. As gravações começaram na manhã seguinte. Por se tratar de pouco
tempo, eram bastante exigidos. A dependência da luz do sol era outro fator
dominante e decisivo para as tomadas externas. Apenas no terceiro dia foi que
teve uma folga para informar a Nathan sobre seu novo cronograma de trabalho.
Estava almoçando somente com
Brett quando encontrou os primeiros fãs de Castle e por que não dizer os
Stanatics? O restaurante estava calmo porém do lado de fora havia vários fãs
italianos, espanhóis, alemães, franceses, todos esperando por ela. E se tinha
algo que Stana aprendera ao longo de sua carreira era a importância de um fã. Considerava
que todo artista, seja qual fosse seu ramo de trabalho, devia sempre tratar com
carinho seus fãs. Afinal, eles eram os responsaveis por tornar o que faziam
especial. Era para cada um deles que acordavam cedo e viravam noites fazendo
seu trabalho. Havia mais um fator nisso tudo. Ela amava falar com seus fãs.
Gostava de ouvir o que eles achavam do seu trabalho, da história. Isso era um
presente.
Foi assim que passou quase uma
hora tirando fotos, dando autógrafos e conversando com alguns deles.
Na manhã de seu quinto dia de
filmagem, o celular tocara durante o intervalo. Era uma pessoa da Kika
produções, uma empresa de midia com quem Stana já trabalhara algumas vezes.
Sabendo que ela estava em Florença, convidaram-na para fazer um photoshoot na cidade
aproveitando a época do verão. Queria saber se havia interesse e também
disponibilidade. Por ter criado um laço de amizade com a fotógrafa, propos
realizar o ensaio após a primeira fase das filmagens. Assim, ela esticaria sua
estada na cidade até o dia 22. Teriam quatro dias para fazer as fotos. A
assistente de Kika que se identificara como Sophia, topou na hora falando que
comunicaria a chefe da sua decisão agradecendo várias vezes a maneira como
Stana adequou seu tempo para eles. Ossos do ofício, pensou. No fundo, seria
muito bom passar mais um tempo em Florença, nenhum sacrifício.
À noite, Stana acabara de sair
do banho quando seu celular tocou. Nathan.
- Nate!
- Hey, gorgeous. Onde você
está? Ainda trabalhando?
- Não. Acabei de sair do banho,
estava me preparando para dormir.
- Então liguei na hora certa.
Acho que você terá que adiar seu sono por algumas horas. Tenho a tarde livre
por isso pensei que seria um momento excelente para me deidcar a minha namorada
querida. Está interessada em uma ligação prazerosa, amor?
- Hum... só de você falar já
imaginei até o que vestia...
- Pode me mostrar como você
está vestida agora? – ligou a camera do celular para sua direção dando a chance
dele ver a cama e o espaço por completo. Vestia apenas uma camiseta e calcinha,
matinha os cabelos soltos – perfeito. Como está o clima, aposto que quente
devido ao verão europeu. Seria bem mais interessante se você perdesse a camisa.
Ajudaria a relaxar, ficaria mais confortável para dormir. Que tal, Staninha? Tire
essa peça para mim, afinal o que é bonito deve ser admirado. Só um detalhe:
antes de tirar desligue a camera e volte a ligação.
- Por que Nathan? Não quer me
ver? – a voz era sensual, melosa - Pensei ter dito que gostaria de me admirar.
- Então não é mais um sex fone.
É video?
- Por que não? - disse tirando
a roupa de frente para o celular revelando o corpo esbelto e uma calcinha
minúscula – vou me deitar, estou um pouco cansada, relaxar é uma ótima ideia –
deitada na cama, ela olhava para ele tocando o próprio seio para provocá-lo –
queria tanto sentir os seus lábios, o seu toque...
- Você vai sentir. Feche os
olhos – obedecendo, foi guiada pela voz dele repetindo tudo o que estava
fazendo com o corpo que, para todos os efeitos, estava recebendo o toque de
Nathan. Seu corpo reagia a cada palavra e ordem pronunciada, era inegável o
poder do pensamento e do desejo exercido sobre alguém apaixonado.
Foram minutos de trocas de
palavras, exploração carnal e gemidos para deixa-la a ponto de receber a onda
crescente que se aproximava. Contorcia-se na cama, lutando contra os gritos que
tentava reprimir até que não podendo segurar, ela gemeu pedindo.
- Por favor, Nate... preciso de
você dentro de mim, não posso mais...
Nathan atendeu ao pedido dela
dizendo exatamente o que ela precisava. Ao vê-la se entregar completamente a
ele, sentiu a pontada na virilha ainda mais forte. O membro rijo demonstrava o
quanto queria estar lá com ela. Observa-la em meio ao orgasmo era algo especial. Uma mulher bela como Stana ficava
muito mais linda nesse momento. Era uma beleza estonteante, quase, porque não
dizer, divina? O coração transbordava de carinho, amor e desejo por ela. Quando
finalmente se recuperou do orgasmo, ela sorriu vendo o olhar semicerrado que
tanto já conhecia, uma mistura de amor e luxúria.
- Hey, babe... assim você me
deixa mal acostumada.
- Foi um prazer, literalmente
amor – ela gargalhou e deu o troco.
- Você não faz ideia...
- Não mesmo, estou a ponto de
explodir de tanto tesão apenas ao te olhar... – o tom da voz revelava
exatamente isso, a pressão de estar no limite – você me deixa esgotado quase
fora de mim.
- Por que nã se rende, Nate?
Deixe-se levar...
- Eu não sei se consigo fazer
isso... – a voz falhou – na sua frente.
- Eu quero te ver, por favor,
faça... – agora era ela quem dava as cartas, com palavras doces e a voz sexy
tomou o controle para si e o levou ao caminho do prazer. Em meio ao gozo, pediu
– diga meu nome, Nate...diga... – sem controle obedeceu.
- Ah, Stanaaaa....você... – as
forças exigidas pelo corpo não mais o permitia falar. Vê-lo sucumbir à sua
frente, tornou a deixa-la excitada. Sorria satisfeita com a travessura que
acabaram de realizar. Esperou até que ele recuperasse o fôlego estando apto
para falar novamente. Viu quando ele levou a mão ao coração, com um sorriso no
canto dos lábios – Staninha, desse jeito vou ter um infarto qualquer dia desses...
sou um homem de quarenta, tenha um certo cuidado comigo.
- Sei, sei... vai me dizer que
não gostou e sequer pensa em repitir a dose? – implicou.
- Hoje não, mas seria um louco
se dissesse que não quero fazer essa loucura novamente.
- Que bom, assim você ficará
pensando em mim o resto do seu dia e eu posso até sonhar com você ao dormir.
- Você percebeu que já estamos
a mais de duas horas ao telefone. Não é à toa que o celular está pegando fogo.
Como nós, devo acrescentar. Mas sinceramente, preciso de um banho gelado para
me recuperar. Antes de desligar, deixe-me te perguntar uma coisa. Já te disse
que te amo hoje?
- Não realmente com palavras...
- Como estamos metida hoje,
hein Staninha? – uma nova gargalhada ecoou no quarto.
- Aprendi com o melhor.
- Nossa! Isso foi um elogio! O
que a distância não faz... é por isso que te amo, muito. Ou como diz a Anne.
Muito muitão. Bons sonhos, amor. E claro, bom trabalho.
- Bom dia para você, amore mio.
Te voglio tanto benne. Baci mille.
- Ai, meu Deus... assim eu fico
ainda mais apaixonado.Um beijo.
No dia seguinte, Stana sorria
aos quatro ventos. Sua alegria mesmo sempre presente foi percebida de forma
diferente pelos companheiros de elenco. Quando questionada pelo motivo, sua
resposta foi bem simples: “ La vita é bella!”. Pressionada por Brett, ela não
cedeu.
- Uma manhã linda de verão,
cercada de pessoas maravilhosas, por que não estaria feliz? A vida é bela, sim.
- Acho que essa vida tem nome e
sobrenome, Stana. Não quer me contar?
- Não tenho nada pra contar,
Brett. Vamos trabalhar. E para provar que estou de bom humor, hoje pago seu
almoço – a reação dela o fez rir. Em poucos dias trabalhando com ela, já se
acostumara às brincadeiras e às risadas. Ficava imaginando o quanto seria
divertido trabalhar ao lado dela todos os dias ao longo de nove meses. Além de
não ser sacrifício algum olhar para Stana enquanto trabalhava. Porém, já
convivera suficientemente com ela para saber do seu jeito reservado.
Os dias da filmagem chegaram ao
fim para Stana. O restante do elenco continuava a gravar. A primeira fase
acabara e já deixava um gostinho de quero mais. Isso sempre acontecia quando se
trabalhava com pessoas bacanas. Tinha certeza que os fãs também sentiriam falta
pois durante todos os dias que estava ali, recebeu o carinho deles, presentes,
conversou e tirou fotos. Pensou em como tinha sido afortunada em escolher esse
trabalho para sua vida. Optou por continuar no mesmo hotel enquanto fazia o
trabalho das fotos. Depois daquele dia em que falara com Nathan, voltaram a
conversar duas vezes mais quando mencionou do trabalho que havia acordado com
Kika. Curioso, ele logo a implorou para ver o resultado mas Stana foi taxativa
ao dizer que não podia fazer isso. Claro que já pensava em algo para convencer
a Kika sem contar a ele.
Dias depois...
Stana posava para as fotos em
uma escadaria de um prédio famoso e patrimônio histórico de Florença, era o
último dia de suas fotos. Ela perdera a noção de quantas roupas usou que dirá
de quantas fotos foram tiradas. As locações escolhidas foram muito bonitas, não
tinha dúvida que o photoshoot ficaria muito belo e elegante. Em um pequeno
intervalo, o telefone tocou. Sua agente.
- Oi, Stana. Sei que você está
ocupada com as fotos mas preciso saber da sua disponibilidade para um evento.
Coisa rápida.
- Pode falar, que evento é
esse?
- Uma festa na FoxLife grega.
Eles ficaram sabendo que você estava na Europa e como vão fazer uma espécie de
Summer Party para comemorar o fim da temporada de série, o que inclui o fim da
temporada de Castle por lá, acharam que seria muito bom ter você entre os
convidados para de certa forma te agradecer pelo sucesso da série no país deles.
Preciso saber se você estaria disponível para ir ao evento. Será no dia 27 de
junho.
- Um momento, tenho que checar
minha agenda – não que tivesse qualquer coisa programada, queria saber apenas
quando deveria estar de volta a Florença. Seria ótimo participar de uma festa
assim, em plena Europa comemorando o sucesso de Castle. Na Grécia, então! Não
poderia ter lugar melhor – tudo bem, pode confirmar minha presença. Você me
passa os detalhes depois para meu email? – viu que a fotógrafa sinalizava em
sua direção – tenho que voltar ao trabalho.
- Ok, envio os detalhes mais
tarde, com certeza. Bom trabalho.
Stana retomou às fotos.
Terminado o ensaio, a própria Kika veio mostrar alguns dos resultados para ela.
Ficaram muito bonitas, tanto as externas quanto as internas.
- Adorei cada um delas, fica
difícil escolher a mais bonita. Você é sempre uma modelo impecável,Stana. Nem
sei como vou escolher para colocar na revista.
- Ah, obrigada mas você também
sabe como captar o melhor numa foto – pensando ser esse o momento ideal para
conseguir algo da fotógrafa, falou – Kika, sei que assino um contrato com
cláusula de confidencialidade para não prejudicar a imagem da revista mas,
seria possível você me ceder uma ou duas fotos? Gostaria de mostrar para minha
agente e também para minha mãe. Não se preocupe ninguém mais terá acesso a
elas. Poxa, ficaram tão especiais. Eu gosto muito de Florença e esse foi um
diferencial especial para essas fotos.
- Olha, eu não costumo fazer
isso com ninguém – Kika estava pensativa – por se tratar de você, por já termos
trabalhado juntas outras vezes e pelo grau de confiança que tenho além da
discrição, vou deixar você escolher duas delas. Então te passo o arquivo
digital – Stana abriu o sorriso tornando a olhar para as fotos, uma tinha
certeza de que levaria, faltava escolher a segunda.
- Vou querer essa na escada de
vestido preto e com as pernas à amostra, quanto a outra, estou em dúvida. Não
sei se pego a da cama em vermelho ou uma externa – o que atiçaria mais o
Nathan, pensou – hum... acho que vou com a de vermelho.
- Bela escolha, está melhor que
eu para decidir. Vou pedir para Sophie enviar para você nesse instante. E
acabamos por aqui, querida. Nem sei como agradecer a você por abrir essa brecha
nas suas férias que sei, são mais do que merecidas depois de uma temporada
puxada. É sempre um prazer tê-la sob as lentes da minha camera.
- Que isso, Kika! Eu tenho que
agradecer por fazer uma sessão em um lugar tão lindo e mágico como Florença –
após receber as fotos em seu celular, ela despediu-se da fotógrafa e da equipe
rumando para o hotel. Pegaria o voo pela manhã, o que lhe dava tempo suficiente
para curtir um último jantar italiano com um belo vinho. Tinha se programado direitinho.
Iria para o hotel, tomaria um banho e sairia para jantar. Na volta, faria uma
surpresa a Nathan.
Seus planos correram muito bem,
exceto pela parte do jantar. O gerente do hotel recomendou a ela uma cantina
maravilhosa apenas esqueceu de dizer que havia música ao vivo. Não era segredo
para ninguém o amor dela pela música italiana e justamente por isso, não
conseguia deixar o local. Os clássicos cantados a pleno pulmões por italianos
bonachões e muito alegres contagiava a todos no restaurante.
De Volare a funicoli funicolá,
passando por muitas outras românticas, Stana foi fisgada pela alegria e cantava
com os demais clientes. De repente, a vontade de dividir o momento com Nathan
foi maior que o seu comportamento. Talvez a influência do vinho da casa
estivesse tomando as decisões por ela. Apertou o nome dele na lista de
favoritos e esperou. Os cantores começavam a cantar “ Io che amo solo te”. No
instante que ele atendeu era a hora do refrão, isso foi o que ela falou.
- Io che amo solo te , io mi
fermeró e ti regalero quel que resta della mia gioventú – e já emendou mais uma
– amore, scusami si sto piangendo amore scusami, ma ho capito che lasciandoti Io
soffrirò – o coro acompanhou-a - Amore baciami, arrivederci amore baciami e se
mi lascerai ricordati che amo te.
- Nossa... – foi tudo o que ele
conseguiu dizer enquanto Stana cantava alto em companhia de outras vozes.
Percebeu que havia bebido mas estava em tão em choque que sequer teve outra
reação ao ouvir a bela voz falando palavras em italiano que sabia serem belas
mesmo não entendendo o seu significado. E continuava.
- Ti ricordi quella sera che
per gioco ti baciai, sembrava quasi un'avventura, un'avventura in riva al mar...
eco! – ela gritara cantando ainda mais próxima ao telefone - Dolcemente ti
baciavo e non potevo immaginar che stavo invece a poco a poco innamorandomi di
teeeee – a gargalhada surgiu docemente aos ouvido de Nathan que não pode deixar
de sorrir e suspirar. O coro continuou enquanto ela se ria até gritar novamente
as últimas palavras - Che amo te, che amo te, amo teeeee.
As palmas ecoavam após o show
particular, pode ouvir a respiração dela como um suspiro depois da cantoria.
Finalmente, ela dirigiu-lhe a palavra.
- Amor... saudades de você.
- Percebi, onde você está?
- Numa cantina italiana, vim
jantar mas não esperava encontrar música. Todos estão super animados e ao ouvir
as canções me deu uma vontade louca de cantar para você, queria que estivesse
comigo, Nate.
- Ah, saudades ao bom estilo
italiano e com vinho. Depois você terá que me explicar o que disse ao cantar. Não
quero atrapalhar sua diversão. Pode curtir à vontade com seus colegas de elenco
– notou o tom melancólico na voz.
- Quem disse que estou com
alguém? Estou sozinha... sobre a música apenas disse que peço perdão por sentir
sua falta pois com uns simples beijos, me apaixonei aos poucos e peço para não
esquecer que te amo. Quase uma declaração. Vou terminar apenas o último copo de
vinho para voltar ao hotel. Promete me esperar para falarmos?
- Claro que sim... e Staninha?
Acho que deveria cantar mais para mim.
- Vou pensar nisso. Desligou
tornando a pegar a taça de vinho. Fez exatamente o que disse a Nathan, terminou
o vinho ao som de um outro clássico italiano, pagou a conta, ganhou uma rosa
dos cantores e saiu caminhando pela rua de volta ao hotel. Mal fechou a porta,
tirou os sapatos e jogando-se na cama, ligou novamente para Nathan – hey...
demorei?
- Nem tanto, amor. Quando volta
para a Sérvia?
- Amanhã cedo. No fim de semana
vou para Grécia. Tenho um evento lá. Não foi por isso que liguei. Quero te
mostrar uma coisa. Vou mandar por what´s app – consultou a sua galeria de
fotos, selecionou-as e enviou – veja se recebeu e me diga o que achou –
enquanto esperava a resposta dele, Stana murmurava outra melodia italiana. O
silêncio pareceu longo demais. Será que não recebera? – Nathan? Recebeu?
Nate...
- Sim... estou tentando
absorver tudo que vejo nessa foto. Espetacular! Essas pernas de fora...Deus,
Stana! Por que me provoca assim?
- Porque eu gosto. Está vendo
em primeira mão, nem podem sonhar que alguém mais viu. Gostou mesmo?
- Gostar? Vestir vermelho só me
faz pensar em pecado. Eu queria estar aí para arrancar pessoalmente essa saia.
- Ui! Por que não me conta como
faria, babe? – assim Nathan começou a dizer calmamente a sua vontade levando os
dois a uma nova sessão de sexo em palavras.
A volta de Stana à Sérvia foi
tranquila. Após uns dias, ela viajou à Grécia. Enquanto estava com sua família,
não podia falar com Nathan, mandava apenas mensagens para dizer que estava bem,
dar bom dia e desejar boa noite. Estando distante deles, assim que se instalou
no hotel, na primeira oportunidade que o fuso lhe deu, Nathan pediu que
esperasse sua ligação. Conversaram por mais de uma hora. Contou a ela que viajqria
com o irmão para Roatán, em Honduras no início de julho. Não sabia como ficaria
a comunicação nesse período mas faria o possível para dizer pelo menos que
estava bem.
Infelizmente não era o que
Stana gostaria de ouvir, porém ela mesma estaria ocupada nesse período com a
segunda fase das filmagens. Levando em consideração os quase dois meses que
passaram separados, até que conseguiram falar-se por um bom período de tempo.
Claro que o falar não era o substituto ideal, queria o toque, desejava os
lábios. Para consegui-los, teria que esperar pelo menos mais duas semanas.
- Eu entendo, babe. Não podemos
ter tudo, certo? Quando volta para Los Angeles?
- Não sei a data certa, será
entre 11 e 13 de julho. Pode anotar, assim que chegar ligarei para você.
- Acho bom mesmo! Não vou
aguentar esperar o ritmo de trabalho voltar ao normal para ficar novamente com
você.
- Sim, senhora. Tudo que a
madame quiser. Preciso ir, o meu painel vai começar em dez minutos. Quero saber
tudo sobre a festa de amanhã e o que irá vestir.
- É só não tirar os olhos do
twitter ou você tem alguma dúvida de que uma porção de Stanatics estarão por
lá?
- A magia das redes sociais e
seus fãs loucos. Vou ficar de olho. Boa noite, amor.
- Durma bem, Nate.
Na noite seguinte, o evento da
Fox Life foi um sucesso. Nem Stana imaginava a quantidade de fãs que apareceria
na porta do local para ovaciona-la. Do momento que pisou no tapete vermelho, os
gritos, as fotos e as entrevistas não pararam. Recebeu elogios pelo que vestia,
pelo trabalho em Castle e muitas curiosidades surgiam em forma de perguntas que
ela mesma não sabia responder. A festa feita pelos fãs era um show a parte e
Stana sempre se alegrava e se contagiava com o espírito de excitação e alegria
que eles proporcionavam a qualquer evento.
Por falar em evento, a festa da
emissora grega estava simplesmente fantástica. Boa música, boa comida, bebida a
vontade e muitas pessoas interessantes. Teve a oportunidade de conhecer pessoas
do cinema e da tv européia, falar de sua carreira e receber as devidas
homenagens pela sua atuação primorosa como Kate Beckett. E se divertiu, muito.
Por alguns dias permaneceu na
Grécia com uma de suas primas que a acompanharam juntamente com a mãe. Rada
voltou para a Sérvia e as primas continuaram aproveitando as cidades gregas, as
praias e a boa culinária. Stana sabia que o período de descanso estava
acabando, porém, pela primeira vez ela não se importava de voltar a Los
Angeles. Estava contando os dias para ser bem honesta.
Início de julho
No dia quatro de julho, Stana
desembarcou no aeroporto de Roma para voltar a Florença. As filmagens retomavam
no dia seguinte se estendendo até o dia dez quando encerraria sua participação
e voltaria aos Estados Unidos. A equipe a recebeu de braços abertos e com muita
festa. Disseram sentir muita falta da risada e da companhia dela nesse período.
Brett para implicar falou.
- A única coisa estranha foi
que os biscoitos e os chocolates sobravam quase todo dia mesmo com toda a
equipe comendo. Incrível, não. O que será que isso quer dizer?
- Brett! – mas mesmo ralhando
com ele acabou rindo. Afinal, já estava acostumada com a fama de formiguinha.
Às vésperas do penúltimo dia de
filmagem, o elenco decidiu se reunir para jantar. Convite que Stana nunca
recusava. Durante esses dias em Florença, Nathan e ela apenas trocavam
mensagens pois não havia condições de se falarem e o fuso não era o único
problema. Privacidade era algo que o irmão dele não deixava acontecer naquele
período, o que apenas ajudava a aumentar a ansiedade dela.
Durante o jantar, as risadas e
as conversas despretensiosas rolavam numa boa. Massa e vinho era sempre uma
combinação perfeita para se divertir entre amigos. Mesmo assim, ela devia ter
deixado escapar algo pois foi pega de surpresa pela próxima pergunta de Brett.
- Está tudo bem, Stana? Estou
te achando um pouco inquieta, ansiosa talvez?
- Não, talvez seja o cansaço
atrelado ao vinho. Estou bem.
- Suas férias estão terminando,
as minhas também. Logo estaremos de volta à loucura de Los Angeles e às infinitas horas de gravações de uma série
de tv. Não me entenda mai, adoro o que faço mas você terá que concordar comigo
que não é uma rotina fácil.
- Sim, fácil não. Mas é
prazerosa. O grupo de pessoas com quem você trabalha faz muita diferença nesse
momento. O trabalho parece mais uma ida ao parque de diversões. De verdade?
Estou ansiosa para voltar, rever os amigos e descobrir o que Marlowe planejou
para a minha personagem dessa vez.
- Tem razão. As companhias
contam muito. E você tem ótimas ao seu lado. Mas, será que essa tal ansiedade
não tem outro motivo? Um amor talvez? É algo bem difícil de entender, Stana.
Uma mulher tão linda, tão envolvente e culta estar sozinha. Juro que não
consigo entender.
- Por que não, Brett? Por que
uma mulher bonita não pode estar sozinha mas se ela for feia ou um pouco mais
cheinha é justificável? Se tem um que não tolero das pessoas são esteriótipos.
Todos temos direito a escolha, livre-arbítrio. Fazemos dele nossa bandeira
traçando nosso caminho de vida, cada um a seu modo – as palavras dela, mesmo
sendo ditas educadamente serviram como uma espécie de “cala boca” para a
discussão. Brett se contentou em não mais questiona-la. Quaisquer que fossem os
motivos dela ao estar sozinha, Stana deixara bem claro que diziam respeito
somente a si.
O tom da conversa acabou
minando o resto de disposição que ela ainda tinha para a noite. Por sorte, os
demais estavam cansados e decidiram pedir a conta para encerrar o jantar. Ao chegar
no hotel, Stana se permitiu tomar um latte com uma boa dose de expresso duplo e
um shot de licor de amarula. Ficou de conversa com o bartender até terminar sua
bebida para subir finalmente ao seu quarto.
Há milhares de quilômetros
dali, Nathan se esticava em uma espreguiçadeira após o mergulho que fizera com
o irmão sob o mar de Roatán. Jeff observava o irmão sorver um drinque a base de
tequila. Durante esses dias juntos, notou uma certa mudança no seu
comportamento. Parecia mais tranquilo, sereno. Dançara, bebia, se divertia mas
não se interessava por nenhuma mulher, um jeito incomum de agir para ele. Às
vezes Jeff se perguntava se ainda estava curtindo a fossa do seu ultimo
relacionamento relâmpago, aliás flashback frustrado. A calmaria no semblante do
irmão, porém contradizia tudo. Já tentara perguntar sutilmente, apresentara
garotas a ele e o viu dispensá-las numa boa. Definitivamente, havia algo
acontecendo. Mais uma vez, ele tentou descobrir.
- Nate, tudo bem aí? Curtindo
as suas férias?
- Ah, tudo excelente... do que
poderia reclamar? A bebida ótima, o mar azul transparente, o passeio
energizante e essa brisa...ah essa brisa é especial! Você acertou maninho
quando escolheu esse lugar. Tudo que eu precisava para me preparar para a volta
ao trabalho – ergueu o copo que tinha em mãos – um brinde a você, bro!
- Acertei então – disse sorrindo
e levantando o copo de mojito – mas ainda acredito estar faltando algo. Nesses dias
que estamos aqui, não o vi dando muita atenção às garotas, pra não dizer
nenhuma. Isso não combina muito com seu estilo. Tem algo acontecendo? Quer me
contar? Mulheres também ajudam a relaxar, não preciso lembra-lo disso.
- Não mesmo. Você não precisa
se preocupar comigo, estou bem. E antes de você fazer a pergunta idiota: sim,
continuo adorando as mulheres. Apenas resolvi dar um tempo a mim mesmo. É algo tão
difícil de entender?
- Não, Nate. Posso entender. Quer
mais uma dose?
- Quero e aproveita pra trazer
aqueles bolinhos de caranguejo. Ficam perfeitos com esse drinque – viu o irmão se
afastar. Respirou fundo, velhos hábitos são difíceis de esquecer eram o que as
pessoas diziam, mas por vezes você muda e os outros não acreditam ou não aceitam.
Realmente não queria se importar com o que pensavam. Estava feliz por ter alguém
que o fazia feliz.
XXXXXXXXX
Os dois últimos dias correram
normalmente. Terminada as filmagens, ela mal conseguia esconder a vontade de
voltar para casa. Agradeceu a Brett pela chance de fazer o filme, ao diretor e
claro, a todo o carinho recebido do resto do elenco e equipe. Saía de Florença
satisfeita com o trabalho realizado ali. Tudo que queria agora era voltar ao
seu lugar e encontrar Nathan.
A volta para Los Angeles foi
tranquila apesar de muito longa. Ao chegar em casa, simplesmente desabou depois
de um bom banho devido ao jetlag. Deveria ter dormido por mais de doze horas
quando foi acordada pelo toque insistente do celular. Tateando em busca do
aparelho, ela respondeu sonolenta.
- Alô...
- Estava dormindo, amor?
- Nate... é tão bom ouvir sua
voz. Nem sei por quantas horas dormi.
- A julgar pela quantidade e o
intervalo de tempo que te liguei, muito mais de oito horas. São quatro da
tarde.
- Que dia é hoje?
- Doze de julho, por que?
- Meu Deus! Eu dormi mais de
doze horas! Como isso aconteceu?
- Simples, cansaço e jetlag.
Espero que esteja descansada agora porque quero te ver hoje à noite.
- Você já está na cidade? Jura
Nate?
- Estou. Nesse exato momento na
minha cozinha preparando algo para beliscar enquanto faço uma lista das coisas
que vou precisar para o jantar que farei para você.
- Ah, amor... como senti sua falta. Não vejo a hora de te
ver.
- Então, por que ainda está
falando comigo ao celular ao invés de correr para cá?
- Vou tomar um banho e logo
estarei aí. No máximo uma hora.
-
Não tenha pressa... temos a noite toda – mas sabia que ela não o ouvia mais. Rindo,
disse as últimas palavras sabendo que se perderiam ao vento – um beijo, meu
amor. Vem logo – terminou em dez minutos o que fazia na cozinha. Seguiu para o
quarto para se arrumar. Era uma questão de tempo até que a campainha de sua
casa tocasse anunciando a chegada da amada.
Continua....
3 comentários:
Perfeito como sempre ... Ansiosa para esses dois acabarem com esse mistério todo e contar a tods que estão juntos ...
Amei o capítulo e o amor deles e também o esquecimento de certa pessoa nessas viagens.
E... Meus lindos! disso vocês não morrem,kkkk.
ARMARIA!!!!!!!(como diria uma amiga minha)
Esses 2 não negam fogo,sobre o
"lamber você todinha"eeeeeeeeh vida,fiquei tipo =o
Que içu jovim???Apartir dai vi que vou precisar de um banho considerado no fim do cap. Achei super o fato de vicê descrever lugares de NY,numca fui lá buuuut a fic me fez imaginar cada detalhe,cada cantinho citado e a vontade de ir conhecer apenas se fortaleceu....Enfim,vamos voltar para fic Florença aaaah Florença esse cap. me fez esquecer de algo obrigada!
Ela realmente se sentiu em casa,ai vem outra parte que me fez as pernas tremerem,nada de Sex Fone....nananinanão,com a Stana fío é VEDEO,mulher hot parei pra respirar por que,seguir sem para não tinha condições =0 again.
Tivemos as fotos,oh god que fotos!
Stana cantando em italiana,não sei quem tem mais sorte nessa história,os 2 passam bem pra caramba!
Aguardando o proximo cap.
;)
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