Nota da Autora: Demorei, mas saiu. Outro capitulo muito bom e light, divurtam-se nesse periodo! Porque afinal, dura pouco hahahaha....
Cap.24
Kate Beckett
passou a manhã trabalhando em relatórios e casos para serem arquivados. Por
volta das onze, teve uma audiência no fórum como testemunha de investigação de
um caso que solucionara a cerca de três meses atrás. Foi um dia diferente do
seu habitual. Apesar das atividades serem perfeitamente adequadas para o cargo
que exercia como detetive da NYPD, a nova situação de sua vida pessoal a fizera
encara-las como entediante. Beckett não tinha vergonha de admitir agora que
sentia falta de Castle no distrito, quando ele não estava investigando casos ao
lado dela, realmente o resto se tornava burocracia sem qualquer graça.
Saindo do
tribunal, ela pensou em ligar para Castle. Dizer que estava sentindo sua falta
e perguntar como ele estava se virando com a escrita. Porém, conhecia a
facilidade do escritor em dispersar sem motivo especialmente se estivesse
chateado ou com bloqueio. Melhor deixar quieto. Ela optou por deixar o carro no
distrito e seguiu para encontrar Dana a pé.
Ela não
pensara muito em como iria contar a novidade para Dana. Podia ir direto ao
ponto, podia inventar uma história e enrolar a amiga para ver se ela como boa
psicóloga sacava. Iria ser bem divertido brincar com ela. Só que Kate sabia
reconhecer quando alguém era inteligente e safo para perceber certas coisas. Era
assim com Castle e Dana. Ambos pareciam conhecê-la muito bem, tanto que às
vezes a assustavam. Vinha tão distraída pela rua que se deu conta que passara
da lanchonete. Deu meia volta, seguindo na direção certa.
Dana estava
sentada numa mesa no centro do salão. Tomava um dos shakes deliciosos do local.
Ao avistar a amiga, a terapeuta sorriu acenando. Kate aproximou-se da mesa e
Dana levantou-se para cumprimentar a amiga. Ambas já sentadas, Dana foi logo
puxando conversa.
- Pensei que
ia me deixar na geladeira. Já se esqueceu da amiga que tanto te ajuda?
- Não seja
dramática, Dana. Você tem a obrigação de ser a pessoa prática dessa relação.
Desculpe o atraso, estava no tribunal. Vamos pedir? Sou capaz de comer dois
hambúrgueres com bastante bacon e queijo e milkshake, claro!
- Morango,
não?
- Acertou! –
ela fez sinal para o garçom que anotou os pedidos e deu um prazo de vinte
minutos para estar tudo pronto. As bebidas viriam na frente. Elas conversavam
animadas sobre as últimas novidades da vida de Dana e Kate aproveitou para
colocar a terapeuta a par do que acontecera com o caso da mãe. Ouvindo-a
atentamente, Dana reparou no semblante da amiga e paciente. Por mais que fosse
um assunto difícil, Kate parecia estar encarando as novas evidências de forma
diferente. Contudo, era seu papel perguntar.
- Depois de
tudo isso, como você está? Sei muito bem como essa história mexe com seu
psicológico, deixa-a vulnerável.
- Eu estou bem
agora. Não vou negar que receber a ligação de Raglan, ter uma possibilidade de
preencher lacunas de doze anos atrás era tentador e aterrorizante. Eu não
enfrentei a situação sozinha. Castle estava comigo. Além de você, ele é a única
pessoa que sabe toda a história do caso. Depois de arrumar uma briga com meu
capitão, ser expulsa do caso e correr riscos levando Castle comigo, restou a
frustração. Eu prendi o assassino de Raglan, mas minha causa continua em
aberto. O que quer que tenha provocado a morte de minha mãe é grande. Não sei
se um dia descobrirei, se acontecer não será da maneira mais fácil ou
convencional. Talvez eu me perca no caminho, morra antes de saber. Não importa
muito agora. Voltei a fechar a caixinha que diz respeito a esse assunto. Por
tempo indeterminado.
- Ou até um
fato novo aparecer. Se fosse em outro tempo, eu insistiria nessa conversa –
Dana deu uma olhada longa para o semblante a sua frente – dessa vez percebo que
além de sincera, você me parece segura quanto ao assunto. Não há perigo de
recaídas. Isso é muito bom, embora não precise lembra-la que estou aqui para
escuta-la quando quiser – Kate não falou nada, sorriu e sorveu um pouco mais do
milkshake – sendo assim, que tal tratarmos do que realmente nos trouxe aqui?
Estou cansada de ser enrolada.
- Não estou
enrolando você. Tive uns certos contratempos.
- Sei, tudo
por causa do Bryan Adams? Kate, esse exercício não era para ser um problema.
Quero que saiba que não importa quanto tempo leve, minha nova missão é fazer
sua cabeça dura entender de vez que Castle é o cara certo para você, que está apaixonada
por ele. Tudo bem que os métodos não são muito convencionais, mas você não é
uma paciente fácil, Kate. Afinal, você fez ou não a lição de casa?
Kate estava
olhando fixamente para o milkshake. Não podia contar de imediato. Precisava
enrolar a amiga. O problema era que a detetive não sabia que quando se está
apaixonada, o corpo fala, não existe disfarce perfeito e somente o pensamento
na pessoa que fazia seu coração bater mais forte era suficiente para fazer seu
corpo a dedurar.
- Eu tentei
fazer a tarefa. Mas eu me senti tão idiota...
- Kate,
quantas vezes terei que repetir, apaixonar-se é idiota. Se você admitisse logo
seria tão mais fácil... – de repente, Dana viu um sorrisinho maroto formar-se
no canto dos lábios dela, ao dedicar um pouco mais de atenção ao semblante da
amiga, Dana percebeu que Kate possuía uma aura diferente, ela estava leve, o
peso do mundo sumira daqueles ombros, a dedução fora fácil, ou tivera um
momento muito especial que a levaria certamente a estar mais próxima de Castle,
ou ela se rendera totalmente. Para testar sua teoria que apostava na segunda
hipótese, Dana optou por provocar a amiga da maneira mais direta possível –
espera... você não está dizendo a verdade. Esse sorrisinho, esse olhar, a
leveza, está mais radiante... Katherine Houghton Beckett, você fez sexo! Sua
danada! Tenho vontade de matá-la! Se você me disser que não fez sexo com
Castle, vamos brigar feio. Eu não acredito que despejou sua frustração e sua
raiva de Bryan Adams em uma noite avulsa de sexo!
- Não! Eu não
fiz nada disso! – Kate estava indignada com o pensamento da amiga – como pode
pensar isso de mim?
- Não preciso
pensar, o corpo fala. Desembucha, Kate e por favor, não me diga que por
teimosia traiu Castle novamente.
- Trair
Castle? Não, Dana. Eu não fiz nada disso. Acabei de comentar que não gostei
nada de me ver naquela situação. Eu li a letra da canção, eu tentei. Existem
algumas semelhanças entre a nossa relação e o que se descreve na música, porém
como posso confiar numa música para ditar o meu futuro, definir um
relacionamento? É ilógico.
- Ilógico... –
Dana revirou os olhos - e lá vem você com a ideia de usar raciocínio para explicar
o que não deve ser explicado. Sentimento, o nome já diz, nós sentimos. Quer
saber? Pare de enrolar e me conte logo com quem você dormiu. E prepare-se para
os meus xingamentos em seguida.
- Tudo bem,
não há porque adiar ou enrolar. De todas as pessoas da minha vida, você é quem
mais merece saber o que aconteceu. Está certa, eu fiz sexo. Está errada quanto
a definição da noite, não foi uma transa de momento – sorrindo, Kate mordiscou
o lábio com uma cara maliciosa – eu dormi com Castle, melhor eu fiz amor com
Castle – Dana analisou as feições da amiga, continuavam boas e percebeu um leve
suspiro escapar dos lábios dela. Se fosse julgar pelo sorriso, sabia muito bem
como Kate poderia estar lhe enganando pagando de dissimulada, a provocação
sempre fora uma arma de ambas, quase um mecanismo de autodefesa. Dana optou por
não acreditar e questionou.
- Mentira!
Você está falando isso apenas para eu deixa-la em paz, não pressiona-la.
Adivinha? Não caio nessa! Tente outra vez.
- Estou
dizendo a verdade. Eu e Castle estamos juntos. Resolvemos nossos problemas. E
não por causa de Bryan Adams – entortando a boca, ela continuou – ok, talvez
ele tenha contribuído um pouco, dez por cento – Dana permanecia calada – hey,
não vai falar nada? Era o que você queria ouvir, não? Era a sua vontade, me
fazer perceber que estava apaixonada por Castle e parar de lutar. Conseguiu. Um
pouco de um jeito torto, sofrendo um pouco antes até perceber o que estava
fazendo, o que perdia – ao ver que a amiga cruzara os braços e a fitava com um
olhar inquisidor, ela insistiu - Ainda não acredita em mim? Vamos, Dana, fale
alguma coisa.
- Se está com
Castle, prove.
- Provar? –
Kate parecia espantada com o pedido da amiga, mas entendia a curiosidade dela –
está bem, vou ligar para ele – pegando o telefone apertou o nome dele nos
favoritos acionando o facetime. Dois toques depois, ele atendeu.
- Detetive Beckett,
por favor, diga que temos um morto!
- Felizmente
não, o motivo da ligação é outro.
- Ah,
saudades... sei que é difícil resistir a mim, Kate. Juro que se não quisesse me
livrar de Gina, eu diria para você vir a minha casa e – com medo que Castle dissesse
alguma besteira, ela cortou alertando.
- Castle, você
está numa ligação de facetime e não estamos sozinhos.
- No distrito?
– ela percebeu a preocupação na voz dele.
- Não, estou
almoçando com Dana. Na verdade, eu queria que você confirmasse para ela que
estamos juntos. Claramente, a minha palavra não basta.
- Quem diria!
Sua palavra valer menos que a minha, detetive... isso é um progresso
maravilhoso. Eu já disse que a admiro bastante Dana? Pois saiba que sim. Aliás,
o que Kate diz é verdade. Ela percebeu que não conseguia resistir a mim,
invadiu meu apartamento dizendo juras de amor, alegando estar apaixonada. Louca
para voltar aos Hamptons e aos velhos tempos. Imagino que você saiba um pouco
da nossa historia.
- Não foi
assim que aconteceu! Você me faz soar desesperada! – retrucou Kate enquanto
Dana ria da cena.
- Se uma
pessoa invade sua casa de madrugada, é uma forma de encarar a situação.
- Ah, Kate...
incrível! – Dana sorria e batia palmas adorando a notícia – o que posso dizer,
Bryan Adams nunca falha!
- Bryan Adams?
Você está falando do cantor pop, poderoso entre “emos” e famoso por suas
canções “dor de cotovelo”? Chega a ser tão piegas, brega mesmo. O que ele tem a
ver com a nossa história, Kate?
- Nada,
Castle. Bobagem da Dana. Satisfeita?
- Não é
bobagem. Passei um exercício para Kate descobrir e assumir de vez que estava
apaixonada por você. Disse para ela escutar ou ler uma canção especifica de
Bryan Adams. Acho que surtiu efeito!
- Espera! Kate
Beckett, a detetive durona da NYPD, escutou Bryan Adams para poder se declarar
para mim? Quão piegas é isso? Vale ressaltar que as músicas dele podem ser
consideradas “de se matar”. Agora me sinto muito importante. E Dana, deixe-me
expressar minha gratidão eterna a você, minha fada madrinha.
- Castle! Olha
o que você fez, Dana! Vai ficar se achando e me lembrando da história por um
bom tempo.
- Ah, Kate,
relaxa! É assim mesmo, faz parte de estar apaixonada. Os clichês tornam-se
importantes, a vida fica mais colorida, você mais bonita. Notei desde o início,
apenas queria que confirmasse. Estou feliz pelos dois. Antes tarde do que nunca
não, Castle?
- O que você
quer dizer com isso, Dana? – Kate perguntou já incomodada com a situação - Aí,
quer saber? Já chega. Castle volte a escrever e termine logo esse livro. A última
coisa que quero é ter Gina no seu pé quando formos para os Hamptons, o que
dependendo da sua vontade de escrever pode ser no próximo inverno.
- Dana, como
amiga e psicóloga será que você não pode dar uma ajuda quanto a esse jeito
mandão dela? Podia ensinar um pouco de técnicas e carinhos, como ser gentil com
seu namorado, essas coisas...acredito que você seria uma ótima professora.
- Castle, mais
um elogio para Dana e eu juro que te deixo sem sexo por uma semana.
- Nossa! Deixa
de ser ciumenta e vingativa. Está vendo o que tenho que aturar só por adorar
essa mulher?
- Esse é um
dos motivos porque você se apaixonou por ela, Castle. Ela te pegou de jeito
assim, aliás homens adoram ser mandados e você não seria diferente – disse Dana
– é sedutor também.
- Tenho que
concordar, especialmente com a parte do sedutor. Devo obedecer minha policial,
mas não reclamaria se ela quisesse aplicar uma punição contra mim. Mesmo que eu
me comportasse...
- O que você
nunca faz, Castle – o olhar sedutor dava esperanças a ele para esperar algo
interessante no próximo encontro – vá escrever. Dana já ouviu bobagens demais
por um dia.
- Dana, foi um
prazer.
- Igualmente.
- Um beijo,
amor – ele disse jogando um beijo através da imagem da tela do celular. Quando
desligou, Kate foi surpreendida com um abraço apertado da amiga. Ao se separar,
porém, notou um semblante assustado.
- O que foi?
- Ele me
chamou de amor. Castle, disse amor.
- E qual é o
problema nisso? Amor é um tratamento natural entre os namorados, como meu bem,
babe, docinho. Relaxa, você deveria fazer o mesmo. Quando vai deixar de
chama-lo de Castle e usar o primeiro nome? Deixe de ser boba e entre no ritmo
da paixão.
- Entendi. Mas
não chamo Castle assim por uma questão de formalidade. Para mim, é carinhoso. É
íntimo. Da mesma forma que ao chamar-me de detetive ou Beckett, considero algo
especial. O jeito como ele diz essas palavras é diferente. Não me importo. Eu
considero que se um dia chama-lo de Rick, algo grave está acontecendo.
- Entendi.
Então, agora que já admitiu estar apaixonada por Castle, quero detalhes. Pode
começar, vou até pedir outro milkshake – ela sinalizou para o garçom se
aproximar e minutos depois as duas envolveram-se numa conversa animada. Kate
contou como chegara à derradeira conclusão de estar apaixonada e como criou
coragem para encarar Castle, sem medos, sem dúvidas. Por mais uma hora, elas
conversaram. Quando deixou o Remy’s, Kate tinha um belo sorriso no rosto e a
sexta-feira ficara bem mais bonita durante seu retorno ao distrito.
No final de
semana, Kate evitou com muita dificuldade contatar Castle. Conhecia bem o
escritor, qualquer coisa servia de pretexto para deixar de lado a obrigação.
Queria que ele terminasse a história, também estava curiosa. É claro que ele
não resistira e acabara ligando para saber como ela estava. Entre bons momentos
de ligações e trocas de carinho por meio de palavras, era sempre Kate quem
pedia para ele voltar ao trabalho.
No domingo
quando Kate voltava de sua corrida habitual por volta das quatro da tarde, seu
celular tocou. Castle.
- Hey,
gorgeous! – Kate ergueu a sobrancelha ao ouvir o novo cumprimento dele - Tenho
uma excelente notícia para você. Adivinha quem já terminou de escrever seu
terceiro livro de Nikki Heat e está revisando nesse exato momento? Se você
pensou em Rick Castle, um bonitão irresistível, acertou. Sabe o que isso
significa? – claro que ele não a deixou falar – que espero você hoje à noite
para jantar, no meu loft. É a minha vez de dizer que estou com saudades.
- Você
realmente terminou? Nossa! Foi rápido.
- Tudo é uma
questão de prioridades. Quanto mais rápido eu escrevesse, logo terminaria e
mais rápido você estaria em meus braços. O que me lembra, ainda não ouvi sua
resposta. Terei a honra da sua presença para me fazer companhia no jantar?
- Eu não sei.
Geralmente no domingo costumo comer pizza. Você considera isso um jantar?
- Desde que me
prometa que eu devo pedir. E você trás a sobremesa, se é que me entende.
- Vou pensar
no seu caso com relação à sobremesa. Você gosta de pizza de chocolate? Eu
particularmente prefiro a de banana... – ele gemeu com a ênfase dada por ela à
palavra - com canela, Castle. Oh, mente poluída! E antes que enverede um pouco
mais na sacanagem, vou logo avisando, aceito o convite desde que seja um jantar
em família. Sua mãe e Alexis estarão junto conosco.
- Você não vai
dormir aqui comigo hoje? – a voz de Castle já demonstrava decepção.
- Não. Será
meu primeiro jantar oficial em sua casa, Castle. Amanhã, com trabalho ou sem
você está intimado a jantar no meu apartamento. Vou cozinhar para você.
- Promete? Não
será apenas uma lenda então?
- Não, e se
alguém morrer, prometo que darei o caso para os rapazes.
- Gosto desse
tipo de promessa, Kate. Te vejo às sete?
- Conte com
isso.
Apartamento de
Castle
Ao ouvir a
campainha, Castle estava em seu escritório. Por mais que tenha saído apressado
para abrir a porta, Martha foi mais rápida. Ao abrir, deparou-se com Kate
segurando uma garrafa de vinho.
- Katherine,
querida. Seja bem-vinda. Entre, por favor – ela entregou a garrafa à mãe de
Castle – ah, que adorável. Um gesto excelente da boa etiqueta. Richard! Sua
convidada chegou. Ele está no escritório, venha. Sente-se querida – Castle já
aparecia na sala caminhando em direção dela – ah, aí está ele. Vou servir esse
vinho para nós – disse Martha proporcionando um pouco de privacidade para o
casal.
Envolvendo a
cintura de Kate com os braços fortes, seus lábios encontraram os dela. O beijo
carinhoso tinha um tom saudoso. Era estranho a compreensão de seus sentimentos
para Kate. Ela realmente sentia falta de estar com Castle, saudades dos beijos.
Ao se afastarem, ela sorria.
- Contente por
me ver, detetive?
- Muito – ela
brincava com a gola da camisa, ele ainda a mantinha presa ao seu abraço – você
está cansado, posso ver as olheiras sob seus olhos. E ainda queria que dormisse
aqui... pelo menos eu tenho bom senso. Precisa mesmo de uma boa noite de sono,
Castle. Se ficasse aqui, iria me decepcionar – implicou.
- Cuidado com
o que fala, Kate. Você obviamente não conhece tão bem o meu potencial. Não há
cansaço quando estou ao seu lado. Minha energia triplica.
- Mesmo assim,
podemos adiar sua performance para amanhã. Se quer saber, estou com muita fome.
Você já pediu a pizza?
- Não, estava
esperando você chegar para saber que sabores você queria e também nos dar um
tempo de conversar, beber alguma coisa, namorar...
- Acho a ideia
excelente, mas estou realmente com fome.
- Aqui estão
as taças – disse Martha colocando uma bandeja na mesinha de centro – vamos
beber à vida!
- Ótimo! –
disse Castle pegando duas taças estendendo uma a Kate – a nós, aos bons
momentos – eles brindaram e provaram o liquido tinto feito de uma bela uva
Shiraz – delicioso. Mãe,faça companhia a Kate enquanto chamo Alexis para
decidirmos o que iremos comer. Preciso pedir as pizzas.
Martha e Kate
ficaram sentadas no sofá conversando basicamente sobre vinhos. Dez minutos
depois, Alexis apareceu na sala com o pai e juntos decidiram os sabores das
pizzas. Meia hora depois, eles estavam sentados à mesa. As pizzas quentinhas
espalhadas pela mesa. Castle se surpreendeu quando Kate optou por saborear a
massa com as mãos. Alexis aprovou a ideia e fez o mesmo, o que deixou o pai bem
contente vendo a interação das duas. Ele já abrira a segunda garrafa de vinho e
todos à exceção de Alexis continuavam a beber.
Quando
passaram para a sobremesa, Kate não conteve sua curiosidade de fã e leitora do
escritor e acabou perguntando sobre o livro.
- Então, seu
livro está terminado. Quando será o lançamento?
- Gina ainda
tem que ler e aprovar, se não decidir encrencar com algo, a data mais provável
será no outono.
- E não vai
nos dar uma palhinha do que se trata o livro? – Kate insistiu.
- Hum...
curiosa, Kate Beckett? Claramente, meu site não está revelando spoilers do meu
próximo livro, afinal nem mesmo minha editora e agente leram. Infelizmente, não
posso revelar mais do que já disse anteriormente a você, não quero estragar a
história.
- Você não
estragaria, além do mais, como sua musa eu deveria ser a primeira pessoa a ler
a história. Tenho esse direito, não?
- Você está
perguntando como musa ou namorada? – Castle perguntou obviamente implicando com
ela. Dessa vez, Kate acabou caindo na lábia dele.
- Musa.
-
Infelizmente, não. Uma musa é apenas uma fonte de inspiração para desenvolver a
criatividade do artista, nesse caso, do escritor. Como a palavra já diz, sugere
qualidades e a serem incorporadas na criação de uma personagem. Não lhe dá o
direito de exigir nada da obra.
- E como
namorada? – ela insistiu com Alexis já segurando o riso por entender o que o
pai estava fazendo.
- Geralmente
não misturo negócios e prazer.
- Mentiroso! –
ela deixou escapar jogando o guardanapo na direção dele. Rindo da situação,
Alexis interviu.
- Detetive
Beckett, ele está implicando com você. Não ligue – a filha lança um olhar de
desaprovação ao pai – quer parar? Se quer minha opinião, ela deveria ler sim.
- Obrigada,
Alexis. E por favor, me chame de Kate. Sabe, de repente enjoei dessa pizza de
banana – ela deu ênfase à palavra “banana” olhando desafiadoramente para
Castle. Entendendo o recado, ele franziu o cenho. Tentando recuperar o momento
carinhoso e não deixar Beckett chateada, ele sugeriu.
- Que tal um
café especial para encerrar a noite? – não esperou ela responder já se
prontificando a preparar a bebida.
- Eu passo –
disse Alexis – preciso dormir porque amanhã o dia começa cedo. Foi um ótimo
jantar, Kate. Apareça sempre que quiser, sem cerimônia – inclinando-se a menina
beijou a detetive desejando boa noite a todos. Martha também se aproveitou da
saída da neta para dar uma privacidade aos pombinhos. Cumprimentando Kate com
beijos, ela sobe as escadas em seguida. Castle retorna com as duas xícaras, o
cheiro de café expresso invade as narinas dela enchendo a boca d’água.
- O cheiro de
café é mesmo irresistível – disse Kate provando a bebida em grandes goles.
- Como você –
ele complementou já abrindo caminho na direção dela, tirando a xícara de suas
mãos sorvendo os lábios com vontade. O gosto de café misturado ao vinho
proporcionava um outro sabor ao beijo tão gostoso. Sedutoramente, Kate
desbravava os lábios dele numa dança que levava Castle à loucura. Deixando as
mãos deslizarem pela camisa dele, ela sentia o desejo aflorar por todo o corpo.
Ansiava pelo toque dele. E como se lesse pensamentos, ele a deitou um pouco no
sofá usando as mãos para tocar-lhe os seios sem quebrar o beijo. Os gemidos de
Kate indicavam que estava na direção certa.
Foi deslizando
os lábios pelo pescoço e colo de Kate até que ela criasse coragem para tentar
afasta-lo antes que não respondesse mais por si. Impulsionou o corpo
colocando-se de volta ao colo dele. Entre mordiscar o lóbulo da orelha, o
maxilar e beijar-lhe o pescoço, Kate sussurrava palavras com o intuito de
impedir que a loucura seguisse adiante.
- Castle, nós
não... podemos...tenho que ir...- mordiscou a orelha – de verdade. Amanhã –
sentiu os dedos de Castle apertando-lhe o mamilo fazendo-a gemer
involuntariamente – não, por favor...
- Só mais um
pouquinho, Kate... – ela cedeu ao sentir os lábios intensos sobre os seus.
Perderam-se um no outro por quase meia hora. Quando se separaram, Castle estava
ofegante e evidentemente ainda afetado pelo desejo que sentia pela bela mulher.
Kate se levantou do sofá também tentando se recuperar diante do fogo que
percorria suas veias. Ela ajeitou os cabelos e a roupa, a blusa estava
amarrotada e desleixadamente desalinhada no corpo. Pegou o casaco e a bolsa
inclinando-se para beijar rapidamente seus lábios mais uma vez.
- Boa noite,
babe... sonhe comigo – ela nem se percebeu da forma carinhosa que usara - Até
amanhã.
- Ah, Kate...
impossível não sonhar depois de toda essa demonstração.
- Guarde essa
energia para amanhã, handsome.
Kate sorria ao
entrar no elevador. Sua mente vagava entre os ótimos momentos com Castle e a
excitação do jantar da noite seguinte que já povoava seus pensamentos. Mal
podia esperar para vê-lo em seu apartamento.
O dia seguinte
passara mais depressa do que Kate esperava. É verdade que não apareceram novos
casos e a detetive se revezou entre analisar os próximos processos que deveria
defender no tribunal com a promotoria e os detalhes do jantar que prepararia
logo mais. Ela escolhera um prato simples na sua essência e preparo, contudo
especial pelo significado para Kate. Deixara o distrito em torno de quatro
horas, recebera uma nova ligação de Castle falando que seu livro estava nas
mãos da editora para feedback e que apostava seria aprovado com louvor.
- Então, o
jantar está de pé?
- Claro que
sim. Acabei de sair do trabalho. Estou indo para casa, mas antes passarei no
mercado para comprar algumas coisinhas para beliscarmos. Apareça lá em casa às
sete.
- Qual o menu?
- Segure sua
curiosidade, Castle. Faltam poucas horas. Até mais tarde.
Apartamento de
Beckett
Kate estava à
vontade na sua cozinha. Vestindo um short e uma blusa de alcinhas, ela estava
apoiada no balcão cortando legumes para o antepasto. As batatas estavam
cozinhando para que ela pudesse preparar o nhoque. Os temperos para o molho
estavam todos cortados e repousando, ela iria mistura-los mais perto de servir.
O vinho já estava gelando, a carne no forno, ou melhor o polpetone. Aprendera
essa receita com a mãe, apesar de não possuírem descendência italiana, Johanna
era uma apaixonada pela culinária de massas e molhos perfeitos do país em forma
de bota. Vivia experimentando receitas e a do nhoque ao pesto era uma das
preferidas de Kate.
Gostava de
cozinhar para relaxar, porém quase não o fazia porque considerava que na
maioria das vezes fazer um prato para comer sozinha não era uma boa escolha, em
alguns momentos era deprimente. A oportunidade de poder fazer uma refeição para
ela e Castle de vez em quando animava a detetive. Dedicou-se a preparar a massa
deixando-a na medida. Quando se trabalhava com massa, o segredo era deixa-la
leve, daquelas que dissolve na boca. Despejando a massa no saco de confeiteiro,
reservou-a.
Checou o
relógio. Faltavam quinze minutos para a chegada de Castle. Tinha certeza que
ele seria pontual. Dedicou-se a fazer o pesto. A mistura de manjericão, queijo
e pinole criava um sabor irresistível para ser saboreado com uma massa. Terminado
o trabalho, sabia que bastava cozinhar a massa e o jantar estava pronto. Hora
de se arrumar.
Eram sete e
quinze quando a campainha tocou. Vestindo uma calça jeans e uma blusa de botão,
Kate abre a porta deparando-se com um Castle totalmente informal. Usando uma
camisa polo cor de rosa e jeans, ele estava bem gostoso. Ela o recebeu com um
beijo demorado.
- Seja
bem-vindo, namorado. Está particularmente gostoso hoje, Castle. Sinta-se em
casa – quer beber um tinto? Combina com o jantar que estou fazendo.
- Eu trouxe
esse vinho também – entregou uma garrafa de Merlot para ela – precisa resfriar
um pouco.
- Ótimo.
Colocarei na geladeira e por enquanto saboreamos um Shiraz que já está no
ponto. Sente-se, Castle. Vou levar um aperitivo para nós – ela retornou com uma
bandeja com o antepasto de berinjela, fatias de pães italianos, queijo parmesão
fresco e azeitonas. Voltou logo em seguida com as taças de vinho estendendo-a
para Castle, sentando-se no sofá ao lado dele. Kate montou um aperitivo para
Castle provar. Despejou o antepasto em uma fatia de pão e entregou para ele
experimentar. O sabor era muito bom. O contraste dos pimentões e berinjelas com
as passas e a castanha trazia um equilíbrio delicioso.
- Onde
aprendeu a fazer isso? Está delicioso. Aliás, o que tem no cardápio?
- Esse
antepasto aprendi a fazer quando morei na Europa. Uma receita grega adaptada ao
estilo italiano. Adoro come-lo até como refeição principal. Bem, enquanto se
diverte com as entradas e o vinho, vou terminar nosso jantar – ela inclina-se
para beija-lo. A mistura do antepasto com o vinho deixou o gosto dos lábios
interessantes. Ao se dirigir ao balcão, ela começou a cortar as bolinhas da
massa jogando-as na água quente. A curiosidade de Castle não deu trégua e ele
se levantou para ver o que ela estava cozinhando. Nesse momento, o celular de
Kate tocou. Era do distrito.
- Kate, seu
celular. Acho que alguém morreu. E agora?
- Não confia
na minha palavra, Castle? – ela atendeu o chamado ouvindo o que Esposito dizia
sobre o novo caso que acabara de pintar no distrito, dava alguns detalhes do
que fora encontrado na cena do crime pedindo sua presença lá o quanto antes,
mas Kate tinha outra prioridade aquela noite – Espo, infelizmente eu não posso
assumir esse caso. Estou em um compromisso que não posso abandonar. Terá que se
virar sem mim. Deixo-o sob sua responsabilidade. Pode avisar o capitão. Não,
está tudo bem, apenas tinha o compromisso agendado há algum tempo e não posso
fazer nada quanto a isso. Eu agradeço, falamos amanhã – desligando o telefone
foi recebida por um sorriso de satisfação de Castle – eu prometi, não? – disse
sorrindo de volta.
Checando a
panela, viu que seu nhoque estava pronto. Escorreu a massa e tirou a carne do
forno ordenando que Castle sentasse à mesa, pois estava na hora do jantar. Kate
levou o prato de nhoque fumegando, a travessa com o polpetone e o molho pesto.
- O cheiro é
bem convidativo. Dá água na boca. Estou curioso para provar dos talentos
culinários de Kate Beckett. Vai recitar o cardápio agora para mim? De onde
vieram as receitas?
- Esse era um
dos pratos preferidos da minha mãe. Era apaixonada pela culinária italiana. Se
ela fosse a um restaurante e comesse uma massa que a agradasse, ela adulava o
garçom ou o Chef para contar como era seu preparo, claro que a maioria das
vezes não conseguira nada. Então dedicava-se a procurar as receitas e
experimentar. Ela me ensinou a fazer. Nhoque ao pesto e polpetone assado com
queijo mussarela. Quer que eu lhe sirva?
- Por favor,
enquanto isso vou pegar a outra garrafa de vinho.
Ambos já
estavam de frente ao prato. O cheiro estava delicioso. Ao provar a massa,
Castle gemeu. Ele era fã do gênero tanto que adorava fazer uma massa a
carbonara, mas essa? Leve e saborosa, desfazia-se na boca e o molho era
incrível.
- Nossa! Essa
massa está perfeita. Que molho! Deixa eu provar a carne – colocou um primeiro
pedaço na boca, não se dando por vencido, comeu mais um pouco – tem algo
diferente na textura e no gosto dessa carne. Muito bom. O que é?
- Um dos
segredos de dona Johanna, adicionei gergelim torrado à carne. Além de salsa e
cebolinha, leva folhas de hortelã para misturar-se como tempero da carne. Tem
um gosto especial, não?
- Maravilhoso.
Kate Beckett, que surpresa incrível. Um dos muitos talentos escondidos, adorei.
Eu já era fã da sua mãe, imagino que seria um prazer conhecê-la. Tão especial
quanto a filha – ele esticou a mão trazendo-a até seus lábios. Viu o olhar
sereno da bela mulher a sua frente, parecia um misto de orgulho e saudade.
Inclinou-se para beijar-lhe os lábios – tenho certeza que vou querer repetir.
Ela sorriu e
continuaram a refeição em silêncio. Depois de um tempo, começaram a conversar
sobre outros assuntos. Riam animadamente. Castle repetiu e lambeu os lábios
várias vezes, terminaram mais uma garrafa de vinho. Para sobremesa, ela separou
apenas um sorvete de pistache. Não tivera tempo para fazer um doce em especial.
Sabia que a verdadeira sobremesa que Castle queria estava voltada para o
quarto.
Recolhendo os
pratos, ela apenas guardou a comida. Não queria ficar perdendo tempo com Castle
a sua disposição sentado no seu sofá. Sentando no colo dele, Kate sorveu seus
lábios enquanto as mãos acariciavam o peito dele. Queria muito tê-lo em sua
cama naquela noite. Sorrindo, levantou-se puxando-o pela mão.
- Vamos para o
quarto, Castle... precisamos testar se meu colchão aguenta as nossas aventuras.
- Será um
prazer, detetive.
Cuidadosamente,
ele a deitou na cama percorrendo todo o corpo dela com os lábios, provando a
pele, marcando-a com pequenas mordidas livrando-se das peças de roupa sem
pressa. Kate se deixou levar pela brincadeira. Não tinham compromissos e nem pretendiam
ir a lugar algum. Entre toques, carícias e descobertas de prazer, eles se
permitiam sentir a paixão que aflorava de seus corpos durante o ato de fazer
amor.
Quando acordou
pela manhã, Kate espreguiçou-se. Reparou que o braço de Castle estava sobre sua
barriga. Fazia muito tempo que não recebia um homem na sua cama. A sensação era
bem prazerosa especialmente porque era Castle. Enroscando-se no corpo dele
empurrando-o para vira-lo de lado, ela aconchegou-se com o nariz no pescoço
dele, inalando o cheiro gostoso de suor e perfume masculino.
- Bom dia...
- Hey,
gorgeous. Que horas são?
- Quase sete.
Preciso ir trabalhar. Dormiu bem?
-
Maravilhosamente. Sua cama é quente e confortável, Kate. Deveríamos fazer isso
mais vezes.
- A porta está
sempre aberta, pode vir quando quiser – ela sentou-se no colchão já se
preparando para ir ao banheiro, mas não era isso que Castle tinha em mente.
- Onde você
pensa que vai? Ainda não recebi um bom dia apropriado – puxando-a de volta para
a cama, ele a prendeu pelos pulsos sorvendo seus lábios vagarosamente colocando
todo o peso de seu corpo sobre o dela. Vendo que entendera o recado, ele soltou
os braços deixando-a livre para envolve-los em seu pescoço aprofundando o
contato. Minutos depois de bons beijos, eles finalmente se separaram – isso que
é um bom dia, Kate.
- Concordo,
mas não posso chegar atrasada. Tenho que estar no distrito às oito da manhã. Enquanto
me arrumo, você podia preparar um café. Estou precisando da minha primeira
dose, mas não pense que isso o exime de levar outro café especial para mim no
distrito quando aparecer por lá. Temos um caso, lembra?
- Esposito tem
um caso.
- Podemos
ajuda-lo, é o mínimo para não levantar suspeitas e garantir nossa ida aos
Hamptons.
- Certo, é por
uma boa causa. Vou fazer seu café.
Meia hora
depois, Kate terminava de beber sua dose de cafeína, mordiscou uma maçã e
deixou o apartamento acompanhada de Castle. No saguão do prédio, trocaram mais
um beijo antes de se separarem na rua. Ele iria para o loft e a encontraria
mais tarde. Uma hora mais tarde, ele entregava o copo de café sentando-se na
sua cadeira cativa e interando-se do quadro já montado com as evidências
encontradas até aquele momento.
A semana teve um
caso interessante. Numa guerra de pizzas em pleno Village, alguém estava
traficando heroína. Uma lenda urbana de acordo com Beckett chamada Cavallo. Eles
enveredaram pelas pizzarias italianas com muita competição e brigas entre os
donos. Um deles estava fazendo do seu negocio uma porta de entrada para a venda
de narcóticos. O jornalista que fora morto, fazia uma matéria de fachada sobre
pizzas, no fundo, ele estava atrás do assassino da sua filha. A pessoa por trás
de Cavallo e certamente descobrira por isso foi cremado no forno. A
investigação tomou algumas reviravoltas, mas Castle e Beckett acabaram por
desvendar quem estava por trás da identidade mitológica.
Ao fim do
caso, quando Beckett recolhia as fotos do quadro, Castle recebera uma mensagem
da filha dizendo que estava com fome pedindo para trazer comida. Vendo que Kate
já vestia o casaco, viu a oportunidade de perguntar.
- Estou com
fome. Que tal uma pizza?
- Jura que
depois de todo esse caso, é isso que você quer comer?
- Ah, sempre é
hora de comer pizza. Vamos, Alexis está com fome também.
- E qual vai
ser? Autêntico, fantástico ou autêntico fantástico? – ela brincou.
- Nenhuma
delas. Stefano. A melhor pizza que já comi. De New Jersey.
- Nunca ouvi
falar. Foi de lá que comemos naquele dia?
- Não. Foi de
outra pizzaria excelente de Manhattan. Mas, hoje pede Stefano. Eles tem uma
pizza de manjericão e calabresa picadinha que é divina. Vamos, Kate. Um jantar
rápido, umas taças de vinho e depois você pode ir para casa e sonhar comigo.
Claro que preferia que dormisse no loft, só que isso está provavelmente fora de
seus planos. Topa? Eles tem um ótimo cheesecake com frutas vermelhas...
- Tudo bem,
você já me ganhou no manjericão... está de carro ou eu dirijo?
- Vamos numa
missão especial da NYPD – ele brincou – vou ligar para adiantarem o serviço.
Ao chegarem no
loft com duas pizzas grandes, Castle e Beckett encontraram Alexis e Ashley
namorando no sofá.
- Oh, oi Kate
– ela se levantou puxando o namorado consigo – esse é Ashley, meu namorado.
- É um prazer
conhecê-lo, já ouvi falar muito de você.
- É, eu
também. Espero que só coisas boas, as suas foram.
- Com certeza.
Trouxemos pizza, espero que estejam com fome o bastante para devora-las – ao
passar pelo balcão para ajudar Castle com a comida, Kate comentou – parece que
está tudo bem entre eles, não? – sorriu e beijou o rosto dele.
- Do Stefano,
pai? Poxa, estavam com vontade mesmo.
- É que
estávamos trabalhando em um caso que envolvia guerra de pizzarias, fachada para
venda de drogas. Acho que seu pai ficou um pouco traumatizado com os fornos de
Nova York – elas riram – o cara foi achado tostado dentro de um deles.
- Nossa!
Parece muito interessante – disse Ashley – por que ele morreu? – sentados à
mesa para saborear a pizza, os quatro começaram uma conversa animada com Kate
explicando o que acontecera e Castle trazendo dramaticidade a toda a história.
Ashley parecia envolvido na conversa e pelo que Kate pode perceber, era o tipo
de rapaz que encantaria a filha de Castle. Quando deram conta já passava da
meia-noite, fato que notaram somente porque Martha apareceu na sala depois de
uma noitada com os amigos.
- Meu Deus!
Tenho que trabalhar amanhã. Preciso ir embora.
- Por que,
querida? – perguntou Martha – você pode muito bem dormir aqui, você é a
namorada do meu filho e saiba que é um prazer para mim e Alexis. Pode ficar o
quanto quiser.
- Obrigada,
Martha, mas preciso ir. Não tenho roupas. Ashley, você quer uma carona? Posso
leva-lo. Vou me lembrar disso da próxima vez – Kate sorriu para a mãe de
Castle. Aproximando-se dele, Kate beliscou sorrateiramente o bumbum, trocando
um olhar convidativo com ele – Castle, você não tinha um arquivo para me
mostrar? – o olhar dele a princípio foi de estranheza, mas ao entender o que o
semblante de Kate sugeria, captou a mensagem.
- Ah, sim. Está
no escritório. Vem comigo – deixaram a sala de mãos dadas. Ao estarem enfim
sozinhos, um de frente para o outro, Kate mordiscou os lábios passando
vagarosamente a língua sobre eles, convidativamente – então, arquivo é codinome
para amasso, detetive? Você pode me beijar na frente da minha família.
- Não do jeito
que estou pretendendo – ela puxou o pescoço dele trazendo-o contra seus lábios
com um beijo intenso. A outra mão deslizou para o bumbum apertando-o enquanto
colava seu corpo no dele. Sedutoramente, ela o beijava usando a língua para
provoca-lo. Castle a envolveu pela cintura colocando-a sobre a mesa.
Automaticamente, ela abriu as pernas para da-lo melhor acesso. O clima entre os
dois esquentou, mas Kate sabia que precisava parar antes que atingisse o ponto onde
não daria para voltar. Empurrando Castle com jeito, ela encostou sua testa na
dele – agora podemos dormir.
- Você pode.
Eu certamente precisarei de um banho gelado.
- Quer ir
dormir no meu apartamento? Pelo jeito sua mãe não se importa.
- O convite é
tentador, mas você ofereceu carona para Ashley e não sei se me seguro o
suficiente ao seu lado para não fazer uma cena complicada. Meu controle não é
bom como o seu – dando-lhe mais um beijo, Kate pediu para ele se afastar.
Desceu da mesa e seguiram para a sala. Deu mais um beijo em Castle e chamou o
namorado de Alexis.
- Vamos,
Ashley? Boa noite, Martha, Alexis.
- Boa noite,
Kate.
O resto da
semana teve dias de casos simples. Na quinta-feira à tarde, Castle deixou o
distrito avisando que tinha uma reunião sobre o livro com Gina dali a meia
hora. Prometeu ligar para ela mais tarde. Beckett continuou redigindo o
relatório do último caso.
Kate estava na
cama lendo um livro quando o celular tocou. Sorriu ao ver a foto de Castle no
visor.
- Oi, Castle.
Como foi sua reunião?
- Ótima! Gina
e a equipe adoraram o livro. Heat Rises será um sucesso. Eles farão a
diagramação e os ajustes para manda-lo para impressão. O próximo passo é
definir a capa.
- Boas
notícias, então. Pelo menos ganhei um spoiler. Descobri o nome do livro.
- E será
somente isso, por enquanto. Estou ligando para saber se iremos aos Hamptons amanhã,
está tudo certo, não? Por favor, não diga que irá furar mais uma vez.
- Hey! Da
outra vez foi você que cancelou. Eu estou louca para ir, Castle. Não vejo a
hora de tomar um banho de mar e aproveitar aquele lugar ao seu lado. Se surgir
um caso, fugimos.
- Está falando
sério? Independente do caso?
- Estou.
Prometo.
- Ah, Kate
Beckett... estou contando as horas para continuarmos aquela nossa aventura que
iniciamos no meu escritório naquele dia...
- Aquela e
quem sabe outras...
- Oh! Não
provoque, Kate.
- Espere e
verá, Castle. Sonha comigo hoje?
- Depois
disso, não tenho dúvidas. Vejo você amanhã.
A sexta-feira fora tranquila, nada mais que relatórios para fechar os casos e arquiva-los. Por volta de quatro horas, Castle se despediu dos rapazes e deixou o distrito. Meia hora depois, Kate aparecia no loft com sua valise e pegavam a estrada para o fim de semana tão esperado.
Continua....
3 comentários:
Ri muito da conversa com a Dana, principalmente do facetime. Castle sendo Castle e implicando com a Kate hahaha
Eles agindo como um verdadeiro casal, amei!
Humm, final de semana nos hamptons são sempre bons.
Beijo, até o próximo.
Dana, melhor cupido. Aguardando esse final de semana, que pelo visto vai ser quente....... muito quente.
"Perando" o próximo.
Nem preciso comentar o quanto eu amei o capítulo! Amei a conversa da Kate e da Dana 😂😂 Dana melhor ser humano 😂😂👌🏽o melhor foi a colocação da Kate" Castle,mais um elogio para Dana e eu juro que te deixo sem sexo por uma semana" 😂😂😂😂 assim já é demais miga 😏!
Foi tão bom que tenho até medo,vai que você joga uma bomba né no próximo capítulo!
Postar um comentário