Nota da Autora: Desculpem a demora. mas tive uns probleminhas de saude. Estou de volta. E a nossa pequena adorada tambem! Espero que gostem do capitulo, as fics estao atrasadas, nao se preocupem, chegarei no ritmo de novo. Enjoy!
Cap.52
Quando estacionou o carro na
baía de San Diego, Stana não tinha ideia de como abordaria sobre a reserva no
restaurante, por isso decidiu ligar para Nathan. No segundo toque, ele já
atendeu.
- Oi, amor. Estamos aqui na baía.
Estacionei o carro na área privada. Como eu faço para chegar ao restaurante?
Você já está por aqui, não?
- Estou sim. Vou buscar vocês
na entrada do estacionamento. Apenas me de uma referência de onde estão.
- Ta, espere um pouquinho – ela
saiu do carro de mãos dadas com a sobrinha, assim que passou pela entrava, viu
um logo da coca-cola acima de uma placa que dizia La Taverna. Não havia melhor
lugar para encontra-las – estamos debaixo da placa do La Taverna. Tem um logo
da coca também.
- Sei onde fica. Estarei ai em
cinco minutos. Podem me esperar – Stana desligou o celular e caminhou ate a
placa.
- Seu tio já está vindo –
Nathan não demorou nem cinco minutos. Logo puderam enxerga-lo acenando na
direção delas. Beijando a menina e segurando em sua outra mão, ele as guiou até
a entrada do box que reservara para o seu jantar. Tirando um cartão magnético
do bolso, ele virou-se para as duas sorrindo.
- Bem, aqui estamos. Prontas
para comemorar o aniversário da sua tia em grande estilo?
- Pronta! – a menina gritou
sorrindo alegremente.
- Para que tanto mistério para
um simples jantar? – Stana perguntou, porém ao invés de ter uma resposta,
Nathan abriu a porta indicando o que a esperava. A cena que viu a surpreendera
de maneira positiva porque não imaginava nada daquilo. Uma das paredes do local
estava repleta de balões azuis e prata, uma faixa enorme de feliz aniversário
nas mesmas cores, imagens de unicórnios e corações por todos os lados. Uma mesa
com toalha branca continha um bolo de dois andares, docinhos comuns em festas
infantis incluindo os brigadeiros, chapéus e copinhos coloridos. Do outro lado
da sala, a mesa de jantar com quatro lugares devidamente arrumada como manda as
regras da etiqueta e um balde de gelo com uma garrafa de champagne gelando.
- Nossa! Você fez tudo isso? –
ela olhava admirada para ele.
- Bem, tive uma certa ajudinha
com as cores e o tema – ele esbarrou o corpo em Anne piscando para ela,
rapidamente trocaram um hi-five.
- Você sabia, Anne? – a menina
balançou a cabeça afirmativamente e não aguentando mais correu para abraçar a
tia.
- Feliz Aniversário, tia Stana!
– encheu-a de beijos. Sorrindo, a tia retribuía o carinho da menina. Ainda
balançada pelo trabalho que o marido tivera para arrumar tudo aquilo, ela
aproximou-se dele envolvendo seu pescoço com os braços para beija-lo. Anne
observava o jeito dos dois ansiosa. Lembrou-se de algo importante e começou a
remexer na mochila. Isso deu uma certa privacidade para Stana se demorar nas
caricias com Nathan.
- Não precisava fazer tudo
isso, babe... – ela sussurrou ao ouvido dele – era para ser apenas um jantar.
- E será, mas não podia frustar
uma garotinha. Anne queria uma festa, sendo assim você ganhou uma festa
exatamente do jeito que ela imaginava.
- Você não existe, sabia? Vai
ser muito bem recompensado por isso – de repente sentiu um puxão na jaqueta.
- Tia, tia! Está na hora do
presente! – a garota carregava um pequeno embrulho com um laço de fita cor de
rosa. Stana podia ver a excitação da sobrinha esperando para entregar a caixa.
Nathan se distanciou um pouco dela para dar espaço e vez a Anne. Gostava de ver
a interação entre tia e sobrinha porque isso despertava o lado maternal de
Stana.
- Presente para mim, docinho?
Não precisava! Apenas você estar aqui comigo já é um presente. Mas estou
curiosa para saber o que vou ganhar – ela se aganhou próximo a menina para
receber a caixa. Anne abraçou a tia de novo, beijou e por fim entregou o
presente. Stana desfez cuidadosamente a fita rosa, abriu a caixa e não pode deixar
de sorrir. Dentro, estavam quatro pulseiras coloridas, preta e prata, vermelha,
branca com azul e dourada. Todas feitas com missangas e pérolas. Um trabalho
delicado e bem ao gosto de Stana. Ela pegou as pulseiras colocando-as no braço.
Ficaram perfeitas.
- Que lindas! Adorei as cores e
como são delicadas.
- Fui eu quem fiz. Minha
professora de artes ensinou na sala e pedi para a mamãe comprar o material para
mim. Queria fazer uma surpresa bem bonita no seu aniversario, tia.
- Você fez? Nossa! Está muito
bonito. Você leva jeito, Anne. Pode até vender. Adorei – ela abraçou a menina
com força e beijou-a. carinhosamente, ajeitou os cabelos da sobrinha – amo
tanto você...docinho, você é uma menina muito especial. Se algum dia tiver uma
filha quero que ela seja igual a você – Nathan percebeu que a esposa estava
emocionada. Ele também sentiu o coração bater mais forte com a revelação de
Stana. Ambos foram surpreendidos pela colocação da menina feita a seguir.
- Tia, ela não pode ser igual a
Anne, todos são diferentes e Anne é única. Mas prometo que se a tia tiver uma
bebezinha, eu ajudo e ensino a menina a ser educada e amar muito a tia e o tio.
- Oh, Deus! Vocês são meus dois
tesouros – Stana disse olhando para Nathan e para Anne – isso merece um abraço
coletivo – e puxou-os para perto de si. Depois de desvencilhar-se dos braços
calorosos da tia, a pequena pediu.
- Obrigada, tia. Mas será que
podemos comer? Estou com muita fome e quero esses brigadeiros – rindo Nathan
apontou a mesa para elas. Após sentarem, ele apertou um botão na lateral da
mesa especifico para chamar o atendimento do garçom. Ele adentrou o local por
uma porta aos fundos trazendo o menu. Aproveitou a pedido de Nathan serviu a
champagne para ele e Stana. As variedades de comida eram muitas, o lugar era
especializado em cozinha contemporânea, tinha um pouco de tudo. Stana escolheu
uma massa simples para Anne com molho a bolognesa.
Para ela, escolheu um risoto de
frutos do mar, uma sugestão do garçom por esse ser um dos pratos mais pedidos.
Nathan optou por um peixe ao molho de camarões acompanhado de arroz piamontese
e legumes salteados no alho. Também pediu um suco de morango para Anne e uma
porção de batatas fritas com cheddar para satisfazer a vontade da menina.
Enquanto saboreavam as batatas,
eles conversavam sobre a decoração do aniversario. Stana elogiava a forma como
Nathan utilizara os elementos. Gostava das cores e tinha uma curiosidade sobre
os desenhos de unicórnios.
- De quem foi a ideia de usar
unicórnios?
- Adivinha? Da sua sobrinha,
claro.
- Mesmo, Anne? E por que?
- Porque o unicórnio lembra
muito a tia. Na verdade, ela é como ele. Um ser único, lindo e mágico. Não tem
outro ser mais perfeito no mundo – ela olhou para a tia que já engolia em seco
tão naturalmente mordidcando uma batata frita que encheu o coração de Nathan de
orgulho – igual a tia Stana.
- Oh, Anne...eu realmente não
sei o que dizer – ela segurava as lágrimas – obrigada, mas não sou perfeita. Eu
erro também.
- Para mim você é tia. Eu amo
muito muitão a tia.
Nathan esticou a mão para tocar
a da mulher a sua frente. Sabia o quanto ela estava emocionada com a declaração
da sobrinha. Ele se inclinou beijando o rosto da criança, feliz por ter
proporcionado esse momento entre tia e sobrinha. Felizmente, foram
interrompidos pelo garçom trazendo os pratos ou provavelmente Stana se
debulharia em lágrimas.
Estavam degustando o jantar que
por sinal estava excelente quando se envolveram em outro assunto. Stana e
Nathan decidiram comentar sobre o hiatus. Ela contou que estaria viajando dali
a alguns dias para o deserto ficando um mês por lá. Anne ouvia atentamente as
informações da tia, depois foi a vez de Nathan comentar sobre seus projetos.
Após ouvir bastante sobre as novidades, a garota comentou.
- Tia, por que você vai pro
deserto? Por que não fica aqui? Anne vai entrar de férias e não vai poder
aproveitar comigo. Acabou de trabalhar com a detetive, Anne não gosta quando a
tia viaja.
- Amor, eu preciso trabalhar.
Sempre que termina uma temporada de Castle, eu e seu tio tocamos outros
projetos. As filmagens exigem que eu viaje. Estarei de volta em junho para
fazer outro trabalho aqui mesmo e em julho já temos filmagens da série.
- Pois é! A tia vai estar
trabalhando quando Anne estiver de férias. Não é justo. Quando a tia faz a
policial fica trabalhando até tarde, fica cansada e não tem tempo para ficar
com Anne. E o tio faz o mesmo.
- Não é verdade, Anne. Quantas
vezes eu te levei para sair, para a nossa casa no fim de semana? Trabalhar em
Castle nunca foi um problema para passar um tempo com você. Prometemos que
assim que eu voltar para Los Angeles em junho iremos leva-la para passar o
final de semana conosco, combinado?
- Ta bom – ela ficou calada por
um tempo como se estivesse pensando em alguma questão importante. Stana
ofereceu os brigadeiros para ela. Antes de se levantar para ir até a mesa, Anne
soltou maus uma pérola – não consigo entender os adultos. Vocês já trabalharam
como podem não aproveitar as férias? Parece burrice – voltou para a mesa com um
pratinho de doces. Stana olhava para Nathan com curiosidade.
- Anne, na nossa profissão esse
lance de férias é diferente. Você estuda um semestre e depois tem o descanso.
Como atores, precisamos aproveitar cada momento para realizar projetos. Não
podemos ter apenas um emprego. Faz parte de quem somos. Seu tio ira participar
de eventos e filmar o projeto que ele batalhou para conseguir o dinheiro para
investir e eu farei dois filmes. Só que eu tenho que viajar e ficaremos um
tempo separados, nada demais.
- Desse jeito vocês não vão ter
um bebê nunca. Não fazem sexo! – Anne revirou os olhos como se tivesse cheia de
razão. Stana cuspiu boa parte da bebida que tinha na boca. De olhos
arregalados, ela fitou Nathan e em seguida, dirigiu-se a sobrinha.
- O que? Como assim?
- Se você estiver longe do tio
Nathan ou ficarem trabalhando direto, não fazem sexo e portanto não tem bebê.
- Quem lhe disse isso?
- A mãe da Julie. Ela disse que
a vizinha delas viaja muito, todo o mês e ficando separado do marido não tem
filhos porque não fazem sexo. Estão a dez anos juntos e nada. Se vocês demorarem
dez anos para ter um beê, Anne vai ficar grande e não poderá cuidar dele por
causa da faculdade – Stana e Nathan se entreolharam, estavam um pouco tontos com
os comentários de Anne, claro que a menina sempre saia com alguns deles e já
deviam estar acostumados com essas situações, mas a pequena sempre arranjava
uma forma de choca-los.
- Sua mãe não sabe dessas
conversas com Julie, sabe? – a tia perguntou como quem queria dar uma bronca.
Nathan a repreendeu com o olhar.
- Julie é minha amiga e todo
mundo sabe disso.
- Tudo bem, Anne. Deixe-me
dizer uma coisa: eu e seu tio não vamos deixar de ter um bebê porque
trabalhamos na nossa folga. E nem iremos demorar dez anos para isso. Apenas
precisamos de um tempo para nos organizarmos na nossa carreira, nas nossas
vidas.
- Espero que sim ou vou ficar
muito velha para cuidar dela.
- Quem quer bolo? – Nathan
mudou o tom da conversa antes que Stana pudesse insistir naquele assunto.
- Temos que cantar os parabéns!
– disse a menina já se levantando animada para perto da mesa e puxou a tia
consigo. Juntos, eles acenderam a vela, cantaram e encheram Stana de beijos. Ao
apagar a vela, Anne gritou – não se esqueça do pedido, tia!
- Ah, não vou esquecer – assim
que apagou as velas, Stana cortou o bolo servindo a primeira fatia para a
sobrinha querida. Depois, entregou um pedaço a Nathan e tirou um para si.
Trocou um beijo com o marido e provou a torta. Deliciosa – isso está uma
delicia. Boa escolha, amor.
- Que bom que gostou. E o que
você pediu?
- Tio! Você não pode perguntar
isso para a tia. Se ela disser, o desejo não se realiza.
- Viu? Anne tem razão.
Eles continuaram a comer os
doces, conversar e fazer planos para quando Stana voltasse a Los Angeles.
Beberam o resto da champagne e Nathan pediu dois cafés expressos para eles. Ao
fim da noite, ele pagou a conta e seguiram pela estrada de volta a cidade. Anne
já chegara dormindo. Stana a carregou até a sala, mas foi Nathan quem subiu as
escadas com a menina para coloca-la no quarto de hospedes que ocupava quando ia
para lá.
Stana retirou seus sapatos, a
saia e a cobriu. Ainda ficou um tempo velando o sono da sobrinha, admirando
aquela pequena criatura capaz de fazer seu coração sorrir. Anne era a razão
pela qual ela pensava em ter filhos agora. Claro que esses pensamentos somente
foram possíveis porque Nathan lhe mostrou que ela podia se aventurar, que tinha
tudo o que precisava para ser mãe. De certa forma, Anne tinha razão em se
preocupar com o quando, porém ela não mentira para a menina ao dizer que não
demoraria tanto. Se ao menos pudesse saber o seu destino na série e com a ABC,
talvez essa decisão não fosse tão difícil.
Nathan a observava. Chegando ao
seu lado, ele a abraçou beijando-lhe a testa.
- Foi um dia e tanto, não?
Gostou da sua comemoração a la Anne de aniversário?
- Muito. Você sabe como
preparar uma festa. Obrigada novamente por esse momento em família. Espero que
não demoremos tanto para que seja um aniversario com a nossa própria família.
- Eu também, apenas lembre-se que
a decisão quanto ao momento é inteiramente sua. Claro que nada nos impede de
praticarmos um pouquinho. Ainda estou esperando alguém me recompensar... pelo
menos me prometeram – ela riu quase esquecendo de onde estavam. A menina se
mexeu na cama, mas não acordou. Deixaram o quarto na ponta dos pés. No quarto
do casal, Stana tirou as pulseiras que ganhara colocando-as na cabeceira.
Aproximando-se de Nathan, desfez os botões da camisa deixando-o com o peito a
amostra. Depois, foi a vez da calça. Somente de boxer, ela o jogou na cama.
- Anne tem razão. Vamos passar
um mês longe um do outro. Quem sabe isso não afete nossa relação. Melhor
sairmos no saldo. Que tal uma maratona de sexo?
- Temos uns quatro dias,
Staninha. Acha que consegue aguentar a pressão? – ele provocou.
- Você duvida? Vou provar agora
– ela respondeu.
A jaqueta, a camisa e a saia
foram para o chão. De lingerie, ela subiu no corpo dele usando os lábios para
provoca-lo, a língua brincava com os mamilos dele, os dentes deixavam pequenas
mordidinhas na pele. Os dedos dela brincavam com as costelas até encontrar o
elástico da cueca. Ela o queria completamente nu. Assim que isso aconteceu, ela
pode ver a excitação de Nathan despontar com o membro. Sentada sobre o colo
dele, inclinou-se para beija-lo quando foi surpreendida pela mão dele
adentrando sua calcinha em busca do toque mais ansiado. Ela relaxou ao sentir
os dedos penetrando-a e acabou jogando o corpo para trás. Essa foi a chance que
ele encontrou de surpreende-la.
Com a boca, ele sugou os seios
dela sobre o tecido do sutiã fazendo-a gemer. Roçando os dentes na pele, Nathan
foi tirando a peça com a mão livre para tê-los a sua disposição adequadamente.
O corpo de Stana respondia aos estímulos dos dedos em seu centro, uma onda de
prazer começava a se formar fazendo sua pele arrepiar. De repente, um vazio se
formou. Ele tinha deixado o lugar quente para reunir ambas as mãos nos seios
dele. Isso, primeiramente, causou um gemido frustrado por parte dela que logo
foi substituído por um grito delicioso ao senti-lo sugar o mamilo e as pequenas
mordidinhas.
A brincadeira continuou até o
momento que o prazer dominou a ambos trazendo gemidos e gritinhos quando
sucumbiram a explosão do orgasmo. Depois daquele instante a dois, eles
adormeceram prontamente.
Por volta das nove da manhã,
Stana espreguiçou-se na cama. Ao abrir os olhos, deparou-se com um Nathan ainda
desacordado. Aproximou-se dele usando o nariz para fazer caricias em seu rosto.
Ele parecia não querer levantar. Ela havia ligado da estrada para evitar que o
irmão e a cunhada ficassem preocupados. Prometera que a deixara em casa após o
café. Decidiu se levantar para checar a menina, viu que Anne continuava
dormindo. Com pena, desceu as escadas e foi providenciar o café.
Estava terminando de fazer as
panquecas quando uma Anne sonolenta apareceu perto do balcão coçando os olhos.
- Bom dia, docinho. Com fome?
- Sim, tem chocolate gelado?
- Tenho certeza que o seu tio
tem algum na geladeira. Vou já checar para você, me deixe tirar essa ultima
panqueca da frigideira.
- Oba, panqueca! Tem calda de
framboesa?
- Claro que sim. Sente-se e já
levo para você – Stana foi até a geladeira, encontrou o chocolate e carregou
consigo o prato de panqueca. Sentou-se na cadeira ao lado dela servindo a
sobrinha com tudo que tinha direito para saborear aquele café da manhã. Anne
provou o chocolate dizendo que estava delicioso – seu tio decidiu hibernar
hoje. Tentei acorda-lo, mas ele sequer se mexeu. Tomara que não demore muito a
acordar porque preciso leva-la para casa, assim vou ser obrigada a deixar um
bilhete.
- Bilhete para quem? – Nathan
apareceu na cozinha inclinando-se para beijar a menina no topo da cabeça e em
seguida a esposa.
- Acordou, belo adormecido! Que
bom. Café?
- Por favor... – ele sentou ao
lado da menina com o garfo já espetando uma panqueca. A caneca de café já ficou
na sua frente exalando o cheiro maravilhoso da bebida, mas Nathan estava
saboreando uma panqueca com tudo que podia sobre ela. Stana sorveu um pouco do
café e roubou um pedaço da mistura que ele preparava. Anne observava o jeito
dos dois, eles eram as pessoas mais legais que conhecia depois de seus pais.
- Essa mistura ficou...interessante.
Quer provar, Anne? Aposto que vai gostar tem todo o tipo de doce num mesmo
lugar – encheu uma colher oferecendo a menina. Assim que sentiu a mistura das
caldas, ela sorriu.
- Está bom mesmo, tio. Gostei.
Faz uma para mim?
- Você vai comer outra
panqueca? – admirou-se a tia.
- Vou, está muito gostosa. Faz,
tio! – Nathan sorriu pegando o prato dela e com cuidado preparou a miscelânea
de coisas. Entregou a menina que enfiou a colher com vontade na panqueca. Stana
sorria ao observar o jeito dela devorar o prato. De repente, ele se espreguiçou
ainda resultado da longa noite passada após um dia igualmente cheio. Observando
o jeito do tio, Anne comentou – está cansado mesmo, tio. Você não conseguiu
dormir? Será que foram aqueles gritos de noite?
- Gritos? – Nathan trocou um
olhar rápido com Stana.
- Sim, vocês não ouviram? Foram
muitos. Alguns baixinhos, outros mais fortes. Tipo assim – e Anne começou a
imitar o que supostamente eram os próprios sons feitos pela tia na madrugada.
Stana virou-se rapidamente para evitar que a sobrinha percebesse a vermelhidão
que aparecera em seu rosto.
- Acho que era a televisão.
Fiquei assistindo um filme de terror até tarde – disse ele disfarçando. A
menina olhou séria para o rosto dele.
- Os gritos não eram de terror.
Era outro tipo – agoniada com a conversa, Stana tratou de corta-la logo.
- Anne você já acabou? Vai
querer mais fruta ou chocolate?
- Estou terminando a panqueca.
Pode me dar um copo com água?
- Claro, depois do café precisa
ir se arrumar para que eu possa leva-la para casa.
- Mas já? Não posso nem brincar
um pouco de videogame com o tio? – a carinha da menina era daquelas que dobrava
qualquer adulto bobo, especialmente a tia coruja.
- Tudo bem. Uma partida. Não
quero confusão com a sua mãe. Temos que ser responsáveis. Deixem que eu limpo
tudo aqui. Os dois para fora da cozinha – rindo, ele beijou-lhe os lábios e
carregou a menina consigo nos braços acima da cabeça com os gritos de alegria
da pequena.
- Pronta para perder, Anne? Vai
ter sangue hoje – dando uma risada maléfica atacou a garota com cócegas. Stana
se ateve aos afazeres domésticos. Duas horas depois, ela descia as escadas em
uma roupa casual com a mochila da sobrinha em uma das mãos e a chave do carro
em outra. Anne curtia os últimos minutos com o tio na frente da TV pulando com
o controle do Playstation 4 nas mãos. Ela não pode evitar de sorrir ao
lembrar-se do dia que dera aquele presente a Nathan. Parecia um menino com o
melhor presente de aniversario exceto que era um quarentão.
- Vamos, docinho. É quase
meio-dia e prometi que você almoçaria com seus pais. Despeça-se do seu tio –
deixando o controle sobre a mesinha de centro, a garota suspirou. Naquele
instante, acabara de lembrar que não veria os tios adorados por mais de um mês.
Jogando-se no peito de Nathan com um super abraço, ela sentiiu o carinho
devolvido em beijos e caricias ao ajeitar seus cabelos.
- Vou sentir muita saudade do
tio... promete ligar ou mandar uma mensagem para Anne?
- Prometo, também vou sentir
falta de você, princesa – deu um beijo na bochecha dela e Anne retribuiu o
gesto.
- Tia, vou ficar sem ver vocês
por um mês, não pode me deixar jogar so mais uma partida? Queria jogar com
você, por favor... – Stana olhou para a menina pensando se deveria ceder. Nesse
ponto, era mesmo coração mole. Não poderia deixar de atender aquele pedido.
Sentando-se ao lado de Nathan no sofá, ela abraçou a sobrinha.
- Tudo bem, uma partida eu e
você. Mas, eu escolho o jogo – vendo o sorriso da menina, ela entrou na
brincadeira. Durante meia hora, eles torceram, gritaram e vibraram quando Stana
ganhou de Anne. Satisfeita pela chance de jogar com a tia, ela comentou.
- A tia é rápida com o
revolver. Joga melhor que você, tio.
- Não mesmo, ela teve sorte –
balançava a cabeça rindo diante da atitude boba de Nathan em não aceitar que
ela fosse melhor. Dando um beijo na bochecha da menina e repetindo o gesto com
o marido, Stana se levantou para finalmente encerrar o momento de descontração
entre os três.
- Vamos, docinho? - Dando a mão
para a tia, ela seguiu para a garagem com Nathan atrás das duas. Stana a
colocou no banco traseiro, mandou-a apertar o cinto e deixou a mochila a seu
lado. Entrou no lugar do motorista, deu uma ultima olhada para o marido e ligou
a ignição. Ao chegar na frente da casa do irmão, Stana desceu do carro e ajudou
a sobrinha. Agachada a sua frente, Stana lhe deu um longo abraço.
- Vou sentir muita saudade,
docinho. Mas prometo que sempre que tiver um tempo darei noticias a você. Quando
voltar, marcaremos uma nova saída. Eu, você e o seu tio.
- Ta bom, tia. Vou esperar e
também sentirei muitas saudades, assim – esticou os braços – bem grande – como
quem pensa por um segundo, ela perguntou – tia, você estava fazendo bebê ontem
com o tio Nathan? – a espontaneidade foi tamanha que Stana perdeu o equilíbrio
e quase se estatalou no chão. Por sorte, segurou-se na calçada com uma das mãos
a tempo de um desastre. Nem precisava de espelho para saber que estava
vermelha.
- Anne! Não fale assim!
- Pela cara da tia, já sei a
resposta. Você ta parecendo um pimentão, tia Stana.
- Anne, eu já disse que esse
tipo de assunto não pode ser falado assim, abertamente. Tenha cuidado, já
pensou se sua mãe escuta? O que vai pensar que eu ando dizendo a você? E não
estávamos fazendo bebês.
- Ah, ta bom, então era só sexo
mesmo. Entendi. O tio Nathan mentiu sobre o filme de terror, vai brigar com
ele?
- Vou porque não se deve
mentir, mas se você insistir nesse assunto serei obrigada a brigar com você também.
Não quero mais ouvir esse tipo de comentário com a palavra que começa com S,
estamos entendidas?
- Sim, tia – Stana se levantou
e abraçou a sobrinha mais uma vez. Apertou a campainha e logo foi recebida pelo
irmão. Após uma conversa sobre as próximas viagens de Stana, ela se despediu
com um beijo estalado da sobrinha entrando no carro para retornar a casa. O
restante do dia fora tranquilo e como prometera a Nathan, a maratona continuou
antes e depois do jantar.
No dia seguinte, ela começou a
arrumar suas malas. Preciava ter ideia do que levaria para o deserto. Ficou
entretida boa parte da manhã com a tarefa para terminar com uma pequena lista
de coisas a comprar. Nathan estava fora em uma reunião com sua agencia e
Michelle. Tinha alguns pontos a acertar sobre o projeto ConMan. Após meia hora
de cozinha para preparar um almoço rápido para ambos, subiu para tomar um banho
e esperar por ele.
Quando Nathan voltou, eles
sentaram a mesa para comer enquanto ele comentava sobre os últimos detalhes que
discutira na reunião. Ela comentou que sairia a tarde para comprar algumas
coisas que faltava para sua viagem. Ele disse que ia dormir um pouco porque Stana
já anunciara que a noite continuariam a maratona.
- Você está adorando essa história
de maratona, não?
- Por que não estaria se fui eu
que propus? Admita que está sendo muito bom.
Stana saiu de casa depois das
três horas da tarde. Ela estava saindo de uma farmácia quando o celular tocou.
Um numero desconhecido. Ela estranhou, mas atendeu o telefonema. Era sua
agente, estava ligando do celular do marido.
- Oi, Stana. Desculpe estar
ligando para você de outro telefone. Fiquei sem bateria e estou indo para casa.
Acabei de falar com os executivos da
ABC. Tem um minuto para falar comigo?
- Claro, eu estou dirigindo.
Pode me dar um segundo para encostar o carro? – ela manobrou ate uma vaga
próxima a esquina. Ciente de que ali não teria problemas tornou a falar –
pronto. Pode continuar. Tem novidades para mim?
- Sim, algumas noticias imagino
que a seu favor. Então, sobre seu contrato. Eles conseguiram conversar com
Terence e Alexi sobre a sua proposta, Stana. Sendo assim, estão intimando para
que você compareça na sede da emissora para uma conversa com eles. Querem
entender o que você pretendia ao se oferecer para ser produtora. Sua chance de
convencer quem realmente entende do show sobre suas intenções e ideias. Amanhã
as oito. Tudo bem para você, Stana?
- Claro que sim! Estarei lá. Posso
fazer uma pergunta a você? E espero a sua sinceridade.
- Diga.
- Com a sua experiência, você
pode nomear as minhas chances de um a cem por cento? Estou realmente nervosa
para encarar essa reunião.
- Acredito que suas chances são
ótimas. Eles conhecem seu trabalho, convivem com você, diferente de qualquer um
dos executivos daquela emissora. Eu daria mais de 95% porque quero evitar de
dizer que o numero real é 100%.
- Obrigada pela confiança.
Espero que esteja certa.
- Stana, não é confiança. É
resultado de trabalho duro, dedicação e amor pelo que faz. Boa sorte e aguardo
as noticias – ao desligar o celular, sentiu que seu coração batia apressado.
Será que esse era o sinal de que tudo ficaria bem? Era sua chance de corrigir a
burrada que fizera? E se não os convencesse? As pessoas pensam sempre o melhor,
mantém a mente positiva. Não que ela também fosse assim, mas deixava a
realidade garantir sua saúde mental.
Ela desceu do carro, caminhou
até a cafeteria da esquina. Um bom copo de café quentinho ia ser providencial
para clarear as ideias. Após pedir a bebida, ela sentou-se numa das mesas de
fora para apreciar o movimento. Sua cabeça fervilhava com os mais diversos
sentimentos. Precisava ser positiva, otimista, porém não podia esquecer que não
era uma reunião entre amigos ou colegas de trabalho. Era um encontro de
negócios, sua carreira e seu futuro em Castle e na emissora dependia disso.
Bebericou um pouco mais da
bebida. E se falasse besteira e Terence não gostasse da intervenção em seu
trabalho? De repente, ela estava nervosa e ansiosa. Eles poderiam interpretar
de forma diferente, errônea. E se achassem que ela estaria querendo ensina-los
sobre o que fazer, como trabalhar? A mente começava a dar um nó. Não
conseguiria fazer mais nada, precisava voltat para casa. Somente Nathan podia
ajuda-la a acalmar-se e colocar a cabeça no lugar.
Ao chegar em casa, ela o
encontrou na cozinha preparando um sundae enorme.
- Hey, babe! Já de volta?
Pensei que ia demorar um pouco mais. Estou aqui preparando um super sundae
daqueles com tudo dentro que você geralmente detesta que eu coma, mas como
estava fora eu pensei... por que não? – ele espirrou um pouco de calda de
chocolate na mão que acabou sujando o pulso dele. Quando estava prestes a
lamber o local, sentiu um puxão seguido do contato da língua de Stana na sua
pele. Surpreso pelo gesto, a viu pegar o copo do doce e enfiar a colher cheia
com vontade na boca.
- Oh, Deus! Isso era tudo que
eu precisava. Obrigada, babe – ela saiu andando com a taça dele até o sofá.
Nathan a seguiu intrigado, sentou-se ao lado dela e perguntou.
- O que aconteceu, Stana? – ela
permaneceu comendo sem responder – vamos! Alguma coisa se passou a ponto de
querer meu sundae, você está devorando um monte de calorias. Fale comigo – ela
colocou a taça sobre a mesa limpando o canto da boca sujo de sorvete. Suspirou
e encarou-o.
- Eu recebi uma ligação da
minha agencia. Aparentemente, os executivos da ABC falaram com Terence e Alexi.
Eles querem conversar comigo amanhã, saber minhas reais intenções – Nathan
abriu o sorriso e pegou a mão dela na sua.
- Amor, isso é excelente! Não
podíamos ter melhor oportunidade. Eles conhecem seu trabalho, o que pensa e
sente pela série. Sua paixão pela personagem, tudo a seu favor.
- Eu pensei assim também, mas e
se eu disser algo que não deva? E se eles interpretarem minhas ideias como uma
forma de me meter no trabalho deles, querer ensinar como fazer seu trabalho?
Eles podem ter a impressão errada, Nate.
- Não terão. Vamos lá, Stana.
Eles conhecem você. Aposto que ficaram curiosos após saberem da sua oferta. Se
tem alguém capaz de convencer os manda-chuvas da ABC de que você e a pessoa
certa para ter o cargo de produtora, e Terence. Anime-se, amor. Isso e uma
noticia boa. A que horas será a reunião?
- Cedo pela manhã. Oito horas
na sede da emissora – ele se aproximou dela puxando-a para ficar de rosto
colado. Beijou-lhe o rosto deslizando seus lábios até encontrar o lóbulo de sua
orelha. Acariciando seu corpo com as mãos, ele continuou a cuidar dela
sussurando.
- Você está a um passo do seu
contrato ser assinado, Staninha. Eu sinto isso e acho que diante desse fato,
devemos comemorar. Que tal um pouco mais de sorvete? – ele pegou a colher cheia
molhando os lábios dela novamente para em seguida sorve-los com paixão. Ao se
afastar com o gosto do chocolate na boca, ela acariciou o rosto dele.
- Como você pode ser tão
positivo?
- Porque eu conheço bem você,
suas intenções e seu coração. Terence e Alexi vão perceber o mesmo que eu ao
conversar com você, Staninha. Você vai ver. Quero que esqueça esse encontro por
algumas horas. Tenha uma boa noite, descanse e relaxe. Sei exatamente o que
fazer para conseguir afastar sua mente disso por um tempo. Quero que você suba
as escadas, tome um banho e me espere na nossa cama somente de lingerie. Vou
fazer uma massagem especial e cuidar de cada pedacinho do seu corpo. Já subo.
Ela levantou do sofá, enfiou o
indicador na taça sobre a mesa levando-o a boca. Repetiu o gesto agora oferecendo
o dedo a Nathan. Ele chupou-o lentamente, provocando-a.
- Não me importo de ter um
pouco desse sorvete para degustar também. Espero você lá em cima.
Quando Nathan chegou ao quarto,
carregava uma bandeja com uma garrafa de vinho, as taças, uma travesa de frios
e belo pote com sorvete, cobertura, morangos e chantilly. Stana já deitada para
a sua massagem, sorriu ao vê-lo entrar com todo aquele material.
E conforme ele prometera, Stana
experimentou todas as sensações possíveis para relaxar através do toque das
mãos habilidosas que a massageavam. Além de descansar, logicamente ele atiçou
um outro sentimento diretamente em seu corpo. O desejo de permanecer o máximo
de tempo sob aquelas mãos a faziam gemer de satisfação. É claro que ele adiou a
maior necessidade de sua esposa para curtirem a outra parte das preliminares.
Beberam, saborearam queijos deliciosos e dividiram o sorvete preparado por
Nathan.
Por fim, eles deitaram na cama
e cumpriram a maratona de fazer amor naquela noite, ao terminar após um
satisfatório orgasmo, Stana sentiu uma imensa vontade de tomar mais um pouco do
sorvete que ele trouxera antes para degustarem. Manhosamente, ela o convenceu a
descer para buscar o doce. Sentados na cama, lado a lado dividindo a colher,
ela tornou a falar sobre o encontro do dia seguinte.
- Acho que você tem razão.
Terence compreenderá muito bem o que eu gostaria de fazer como produtora.
Analisando com mais calma, creio ser essa a forma como convencerei a ABC a
assinar logo meu contrato.
- Não tenho duvida nenhuma
quanto a isso. Você verá. Agora, esse sorvete está me dando uma outra ideia...
sabe como poderíamos prova-lo?
- Posso imaginar, mas é melhor
descansar por hoje. Quem sabe amanhã não colocamos sua ideia em prática?
- Já está arregando, Staninha? –
ele a olhou provocando – sabia que não seria pareo para mim.
- Não cante vitoria antes do
tempo, Nathan - dizendo isso, ela beijou-o mais uma vez levantando-se da cama
para escovar os dentes. Minutos depois, ela se aconchegava no edredom para
dormir. Nathan juntou-se a ela logo em seguida, adormecendo com as pernas dela
enroscadas nas dele.
No dia seguinte, Nathan acordou
cedo para preparar um café reforçado para Stana. Acompanhou-a durante a refeição
e fez questão de ir até o carro dar-lhe um beijo de boa sorte para garantir que
sua manhã começasse com o pé direito. Antes de entrar no carro, recebeu o
carinho do marido.
- Brilhe, Staninha. Sei que
você é capaz disso. Estarei aqui esperando para comemorarmos nossa vitoria.
Temos mais dois dias, amor – rindo, ela entrou no carro e deu a partida.
Sede da ABC
Stana andava lentamente pelos
corredores do sétimo andar. Ela estava quinze minutos adiantada do compromisso.
O tempo extra serviria para acalmar os nervos e diminuir a ansiedade. De frente
para a sala de reunião, ela optou por sentar numa das cadeiras disponíveis do
lado de fora. As mãos ansiosas, não paravam de tamborilar em seus joelhos. Os
lábios eram vagarosamente mordidos pelos dentes. Fechou os olhos e soltou um
longo suspiro. A calma seria fundamental naquele momento.
Depois de diversas respirações
profundas, ela se sentia bem melhor. Foi quando Terence e Alexi surgiram a sua
frente com um largo sorriso nos lábios. Ela se levantou para cumprimenta-los
estendendo a mão, porém foi surpreendida pelo abraço de Alexi.
- Bom te ver, Stana. Faz poucos
dias que não nos vimos, acredita que já estou sentindo falta?
- O ritmo e as brincadeiras nos
deixa meio viciados, não?
- Sim, deixa sim – Terence
completou dando um beijo nela – vamos entrar para conversar? – diante do clima
mais ameno, Stana relaxou um pouco mais. Talvez a reunião não fosse formal ou
difícil como imaginara. Pelo menos, estava confiante.
Sentados de frente para Stana,
eles engajaram-se numa conversa bastante informal. Queriam saber como ela
estava curtindo o hiatus.
- Na verdade, descansei um
pouco esses dias, coloquei o sono em ordem, resolvi algumas pendências. Mas
daqui a dois dias estarei viajando para o deserto para filmar meu novo projeto.
Então, como podem ver o hiatus será bem agitado.
- Você e Nathan não se importam
de assumir projetos no seu descanso. Gosto disso. De qualquer forma, vamos ao
que nos trouxe aqui – disse Terence – confesso que ficamos muito surpresos com
o contato da ABC sobre você. Ao que nos consta, você e Nathan já deviam ter
assinado seus contratos. Quando nos contaram que você fez uma proposta
diferente para assumir além do seu papel, a produção da série, claro que
ficamos curiosos. O que a levou a considerar essa possibilidade?
- Na verdade, são sete anos de
trabalho intenso. Conheço a série e respeito a sua historia. O ultimo episódio
escrito por Terri foi bastante emocional para mim não apenas pelo fato que ela
estava indo embora, como pelo que representou a minha personagem. Eu vi no
papel de produtora, uma oportunidade de fazer essa nova fase de Castle ser tão
maravilhosa como as demais, a vontade de ajudar a contar esse caso de amor, a
luta a favor da justiça, e uma maneira de retribuir todo o sucesso e o carinho
que ganhei em todos esses anos. Gostaria de ajudar Beckett a enfrentar a nova
etapa da vida sem perder a majestade que conquistou. Criar novas aventuras para
ela e Castle. Eu tenho algumas ideias, esta encruzilhada me interessa porque
precisamos dar algo crível ao publico, nossos fãs tão leais. Foi por isso que
sugeri o cargo.
Terence e Alexi se
entreolharam. Era fácil perceber o amor e a dedicação de Stana em tudo o que
ela fazia. Se queria assumir o cargo de produtora, não agiria de maneira
diferente. Apenas de ouvir as palavras dela, podiam perceber o quanto adorava a
série. Estava preocupada com o rumo de sua personagem, o que era natural.
Precisavam entender um pouco mais sobre o que ela imaginara, ouvir suas ideias.
- Tudo bem, Stana. Sabemos que
você tem um interesse particular para compartilhar conosco. Estou falando de
suas ideias para a história – disse Alexi – pode falar, fique a vontade.
E com o aval dos dois
escritores, ela começou a contar aquelas situações que desenvolvera na
companhia de Nathan. Foram muitas sugestões, justificativas para Castle e
Beckett com algumas aventuras, o lado romântico da série e com certeza, o ponto
mais importante na visão de Stana. Manter Kate Beckett na NYPD. Transforma-la
em capitã e cuidando de seu próprio distrito onde poderia influenciar em
assassinatos e na justiça.
- Claro que Beckett seria uma
excelente senadora para o estado de Nova York, mas não agora. Ela desenvolveu
uma vocação, caçar assassinos é seu maior trunfo. Fizera carreira na policia,
lutou para virar capitã. Não seria justo com a ela abandonar seu progresso para
seguir carreira política. Ela poderá ser representante do povo daqui a alguns
anos. Ainda tem muito o que conquistar na NYPD.
- Tenho que dizer seu
conhecimento e sua coerência quanto ao show é impressionante. As ideias são bem
interessantes, podemos desenvolver várias delas. O cargo de produtora ira
exigir horas extras além das que normalmente trabalha gravando, algumas
reuniões pré-episódios, algum tempo na sala dos escritores. Se está disposta a
isso, não vejo porque não aprovarmos o seu nome, Stana. Será muito bom ter você
ao nosso lado nessa temporada. Não concorda, Terence?
- Absolutamente. Será uma ótima
adição a equipe. E sobre o destino de Beckett, acredito que estamos todos na
mesma pagina. Comunicaremos nossa decisão ao pessoal da ABC, claro que a
palavra final será deles. Afinal, não sabemos ao certo o que eles ainda tem
para discutir com você ou entre eles.
- Obrigada aos dois. Significa
muito para mim. Eu gostaria de salientar um único ponto de preocupação. Caso a
emissora de sinal verde para a minha proposta, eu queria sua compreensão para
começar a filmar Castle com uma semana de atraso na data marcada. Estarei
concluindo as filmagens do meu segundo filme desse hiatus na mesma semana de
volta da serie. Sendo assim, qualquer discussão sobre roteiros ou episódios
poderemos fazer no estúdio ou via conferencia, somente não poderei filmar.
- Isso pode ser arranjado. Não
se preocupe.
- Muito obrigada novamente –
Terence se levantou para cumprimenta-la. Alexi fez o mesmo, ambos sorrindo.
- Foi um prazer revê-la, Stana
e seja bem-vinda ao nosso pequeno time – disse Terence – que a ABC nos permita!
– abraçando-os ela se despediu seguindo pelos corredores da emissora com uma
expressão bem mais relaxada do que aquela que a trouxera ali logo cedo naquela
manhã. Não havia decisão final ainda, mas dessa vez, Stana saiu sorridente com
a confiança restaurada. Dera um grande passo hoje. Restava esperar pela decisão
dos executivos.
Dando partida no carro, ela
decidiu cuidar dos últimos acertos para sua viagem. Não iria telefonar para
Nathan, queria dar a noticia pessoalmente. Checando o relógio, percebeu que
eram dez da manhã. Precisaria de apenas meia hora para comprar o que estava
faltando e iria para casa.
Continua....