Nota da Autora: Mais um capitulo para vocês. Esse e um bem light para rirmos bastante, afinal temos a presença da nossa mascote linda - Anne! Mas não se engane, o próximo ira trazer alguma tensão para o nosso casal. Aproveitem! So um detalhe: escrevi esse capitulo e o próximo antes da SP, ficou muito grande e tive que adaptar. Vocês irao perceber no próximo porque estou falando isso.
Cap.54
Por volta de uma hora da tarde,
ele retornara para a casa encontrando Stana a beira da piscina com apenas a
parte de baixo do biquíni. Estava deitada em uma das espreguiçadeiras, de
bruços e olhos fechados. Nathan percebeu que havia um copo com uma espécie de
suco ao seu lado. Tentou se aproximar sem levantar suspeitas, não resistiu
toca-la. Deslizando as mãos sobre o corpo dela ouviu-a ronronar como uma gata. Ela
virou-se e abriu os olhos para fita-lo.
- Você está bem a vontade, não?
- Quer aproveitar a piscina,
Nate? A água está uma delicia. Assim como eu...
- Você não ia preparar um
almoço especial para nós?
- Isso foi antes de eu perceber
quão deliciosa e convidativa essa piscina estava. Por que não entra, troca de
roupa, liga pedindo qualquer coisa para comer e se junte a mim.
- Um convite irresistível e
tenho novidades sobre o que poderemos fazer com a nossa pequena Anne. Volto num
instante – passaram-se quinze minutos ate Nathan retornar encontrando-a na
piscina nadando. Ele pulou para alcança-la. Com algumas braçadas agarrou a
cintura dela enchendo-a de beijos – já encomendei nossa comida, escolhi tacos e
guacamole, mexicana combina com piscina e coloquei algumas cervejas para gelar.
- E a tequila?
- Pensei em fazer uma margarita
– ele encostou-se na borda da piscina puxando e prendendo-a rente ao seu corpo.
As mãos não perderam a oportunidade de aperta-lhe os seios. A resposta dela foi
morder o pescoço dele.
- Então, vai me contar sobre a
sua ideia para Anne?
- Vou sim. Na verdade, eu
estava sem ideias. Nada vinha em minha mente até que, ao discutir uma parte
nova do roteiro com Alan, ele me comentou de uma locação que usaríamos para
filmar uma sequencia de três cenas. Trata-se de um campo de paintball que
alugamos em Santa Barbara. O local também tem trilhas, piscina e um ótimo restaurante.
É claro que tudo está a nossa disposição, o que significa que o restaurante não
funciona. Serão três dias de gravações, mas o aluguel é para quatro dias.
Pensei em levarmos a pequena Anne até lá. Um lugar diferente, um passeio novo e
com privacidade para nós todos. O que acha?
- Parece uma ótima ideia,
quando seria essa filmagem?
- Devemos começar na segunda,
portanto quinta estaria disponível para a nossa pequena reunião. Você consegue
conciliar a sua agenda?
- Acho que sim, mas vou ter que
conversar com a direção. Talvez se conseguir antecipar minhas cenas, posso
tirar a quinta e a sexta de folga, apesar de achar um pouco complicado. Segunda
devo ter uma resposta, então avisamos Anne.
- Ótimo.
Na segunda, Stana comentou sua
necessidade com a diretora informando que estava disposta a trabalhar a noite
para conseguir a quinta de folga a fim de curtir um tempo com sua sobrinha.
Felizmente, as pessoas naquele set eram bastante compreensivas quando o assunto
era família. Elas sabiam que Stana era solteira e louca por sua pequena. Ela já
mostrara muitas fotos e contara historias de Anne, isso sem nunca revelar a sua
relação com Nathan.
Não foi nem um pouco difícil
conseguir a folga tão desejada. Sentou-se ao lado da produtora para reorganizar
as cenas da melhor maneira possível para não afetar suas colegas de trabalho.
Felizmente, ela dera sorte não precisando ficar até muito tarde no set nos próximos
dois dias. Trabalhar até as dez horas era algo bem tranquilo se levasse em
consideração as gravações de Castle.
No fim do dia, produtora e
diretora reuniram o elenco principal para mostrar as mudanças do cronograma
para adequar a folga de Stana na quinta. Explicando os motivos, ninguém pareceu
se importar com a ideia de fazer a troca. Apenas uma das atrizes teria que
trabalhar na terça acompanhando Stana. Na quarta, ela filmaria as cenas solo
para adiantar a programação do dia seguinte.
- Nem sei como agradecer a
vocês por abrirem essa exceção a mim. Vão fazer uma garotinha muito feliz. E
lembrem-se, quando precisarem estarei mais do que pronta para ajudar.
- Não é nada demais. Você tem
que curtir sua sobrinha querida. Adoro saber o quanto a relação de vocês é
bonita.
- Bem, acabamos por hoje. Vejo
vocês as seis da manhã. E Stana? Traga sua marmita, o dia será longo para você.
Assim que saiu do set de
gravações, Stana comprou café e donuts seguindo para casa. Nathan chegara dez
minutos após Stana ter trocado de roupa e sentado no balcão da cozinha para
saborear os doces.
- O que faz ai?
- Trouxe café e donuts, você
quer um pouco? Acabei de chegar do trabalho. E tenho novidades!
- Mesmo? – ele sentou-se ao
lado dela já pegando um dos donuts de chocolate – o que seria?
- Nosso dia de diversão com
Anne está confirmado. Eu conversei com a produtora de Sister Cities e vou
trabalhar amanhã e quarta até as dez da noite, mas tudo bem. Pela Anne, eu faço
sem problemas. Acho que podemos fazer aquela ligação que deixara uma garotinha
muito feliz.
- Tenho certeza que ela adorará
o convite. Ligue do seu celular, vai ser menos suspeito caso a mãe dela veja –
Stana colocou o ultimo pedaço do donut que comia na boca e pegou o telefone
discando o numero da sobrinha na sua lista de favoritos. Dois toques depois,
ela atendeu.
- Tia! Tia Stana! oi... que
saudades!
- Oi, docinho! É bom falar com
você. Como você esta?
- Muito bem, estou de férias. E
a tia? Trabalhando muito? O tio?
- Sim, estamos trabalhando
bastante. E seu tio esta morrendo de saudades. Foi por isso que ligamos. Vou
colocar no viva-voz. Pronto. Pode falar com seu tio.
- Oi, tio Nathan! Você está
treinando seu videogame para a tia não ganhar de você?
- Bem que gostaria, Anne. O
problema é que estamos trabalhando tanto que não tenho tempo para treinar. Fora
que a minha parceira preferida não é sua tia, é você.
- Eu sei. Desculpe, tia Stana.
Eu sou a melhor do vídeogame. E não entendo porque vocês trabalham tanto. Anne
já disse para descansarem um pouco. A gente bem que poderia ir a praia, voltar
naquele píer não tia? Foi tão legal.
- Sim, foi ótimo. Bem, não
podemos ir a praia, docinho. Mas eu e seu tio temos uma novidade para você.
Trabalhamos muito e mexemos em nossas agendas para curtir um dia com a nossa
gatinha! Que tal um passeio diferente com seus tios na quinta-feira?
- Jura? Vamos sair? Oba! Para
onde?
- Para onde será surpresa. Irei
busca-la bem cedo na quinta para não perdermos tempo. Cadê sua mãe? Preciso
avisa-la da nossa saída. Iremos passar o dia todo fora, mas você dormirá em
casa porque a tia precisa trabalhar no outro dia, combinado?
- Ta bom. Vou chamar a mamãe.
Ela está na cozinha lavando as louças do jantar. Perai – Anne saiu correndo com
o celular nas mãos aos berros chamando a mãe – manhe!!! Mãe!!! O telefone!
- Jesus, menina! Você me deu um
susto. Para que essa gritaria toda?
- Telefone pra você. É
importante! – a mãe pegou o celular das mãos de Anne, suspirou sorrindo para a
menina obviamente importante para ela.
- Alo? Ah, oi Stana! Bem que eu
imaginava, o que mais poderia ser importante para Anne? Tudo bem com você? –
Stana engajou-se em uma conversa com a cunhada contando um pouco da viagem e da
vida corrida que estava levando. Em seguida, mencionou o que queria
proporcionar a Anne nessas férias já que tinha tão pouco tempo para curtir a
menina, precisava aproveitar esses raros momentos. Como todas as vezes, a
cunhada não reclamou, pelo contrario agradeceu a oportunidade de sua filha sair
de casa e dela poder ter um tempo para ao menos fazer as unhas.
- Bem, então acredito que o
passeio fará bem para todos. Prometo que se der te dou um dia para o cabelo.
Devo passar ai por volta das oito da manhã. Deixe-me falar com Anne novamente.
Quero lembra-la que terá que levantar cedo – a mãe entregou o celular de volta
para a filha.
- Então, tia?
- Tudo certo. Escute bem minhas
instruções. Você irá preparar uma mochila com uma muda de roupa, uma toalha e
nada de trazer brinquedos porque você não terá tempo para eles. Pode trazer um
livro para ler no carro se quiser. Entendeu?
- Tudinho, tia. Pode deixar e
Anne já está curiosa. A tia não vai dar nenhuma pista de onde vamos?
- Não.
- Hum... ta bom. Te vejo na
quinta, tia! Um beijo grandão da Anne.
- Outro para você, docinho.
Duplo, sabe por que não?
- Sei, tia. Boa noite e dessa vez
sonhe comigo e não com o moço bonito.... – rindo eles desligaram o celular.
Apesar de chegar dois dias mais
tarde em casa, Stana estava satisfeita por saber que passara rápido e amanhã
estaria com a sua sobrinha. Conforme combinado, ela pegaria a menina por volta
das oito da manhã dirigiria até a casa de Nathan para pega-lo e seguiriam pela
estrada até Santa Barbara. Provavelmente parariam no caminho para tomar café em
algum lugar deserto. Naquela noite de quarta-feira, ela tomou um banho quente,
enxugou o corpo para lambuza-lo de hidratante e apareceu no quarto vestindo uma
camisola rosa claro bem curtinha com uma calcinha do mesmo tom também mínima.
Nathan que lia concentrado o
roteiro de filmagens da sexta, ao sentir o perfume de baunilha no ar ergueu os
olhos do papel dando de cara com a imagem maravilhosa da esposa. Tirou os
óculos lentamente, saboreando cada instante que podia.
- Nossa, Staninha! Isso tudo é
para dormir? Com quem você pretende se encontrar nos sonhos para estar vestida
assim tão sensual?
- Hum... tem um cara ai... –
ela deu de ombros fazendo pouco caso - Ele é alto, tem um porte atlético,
provavelmente fez natação durante muito tempo. Ombros largos, bíceps generosos
e um bumbum de morrer... daqueles que a gente não resiste e morde com vontade?
E o melhor? Os olhos azuis profundos e calorosos. Daqueles que envolve quem os
fita – ela já estava de joelhos na cama com as mãos sobre os ombros de Nathan.
- Acho que conheço esse cara,
bonitão charmoso, tem um toque mágico e ouvi a boca pequena que beija muito
bem... – ele já provocava com seus lábios roçando de leve no queixo e na boca
de Stana – não seria ele o mesmo cara que te deu essa aliança? – não esperando
resposta tomou-lhe os lábios com um desejo súbito. Apenas de admira-la, sentia
a excitação despontar no boxer que usava. A partir dali, não houve mais jogo de
sedução, somente a entrega ao puro prazer levando-os a momentos deliciosos
culminando em orgasmos múltiplos e dois corpos exaustos esparramados na cama,
No dia seguinte, Stana seguiu o
cronograma voltando em casa para apanhar Nathan antes das oito e meia. Seguiram
com ele dirigindo pela estrada. A viagem até o campo de paintball era de uma
hora e vinte minutos. Com cerca da metade do percuso cumprido, Nathan decidiu a
pedido de Anne parar em uma área de descanso para usarem o banheiro e tomarem
café. Dependendo do movimento, eles sentariam nas mesas e fariam a refeição. Se
houvesse qualquer chance de serem reconhecidos, ele compraria as coisas e
comeriam no carro mesmo.
Stana soltou com a sobrinha
primeiro. Dando uma rápida olhada no ambiente, elas seguiram direto para o
banheiro. A principio, o local estava vazio exceto por uma única mesa com dois
rapazes que tomavam café. Cinco minutos depois, foi a vez de Nathan adentrar a
área. Realmente não havia nada que os impedissem de comer por ali mesmo.
Logicamente, ele estava de boné
e óculos escuros. Stana também usava um chapéu mantendo o cabelo no coque. Ele
foi direto a Starbucks pedir seus cafés, pegou um suco de frutas vermelhas para
Anne e muffins diversos doces e salgados além de um cookie de chocolate para a
menina. Ficou por ali mesmo esperando seu pedido quando as duas se aproximaram.
Ao vê-lo próximo a cafeteria, ela escolheu uma mesa para sentarem bem perto.
Anne sentou-se ao lado da tia
esperando para comer. A garçonete chamou por Rick e Nathan prontamente se
apresentou pegando tudo o que comprara. De frente para Stana, ele distribuiu as
bebidas colocando o saco com os muffins sobre a mesa para escolha delas.
Bebendo um longo gole do café, a tia observava a menina provar o suco e remexer
no saco em busca de um muffin de blueberry. Deu a primeira mordida com gosto.
Sorrindo, Stana escolheu um para si e estendeu outro para o marido.
Comiam em silencio por alguns
minutos até Anne resolver fazer algum dos seus comentários que acabavam
deixando um certo desconforto para seus tios. Dessa vez a menina optou por um
assunto diferente de bebes ou sexo, porem não menos importante para o quesito
relacionamento.
- Sabe o que eu reparei, tio?
Quando a Beckett está com Castle ele nunca dirige. Até achei que ele não sabia,
mas aposto que é a policial que não deixa – Nathan trocou um olhar com a esposa,
a observação não parou ai – é engraçado porque quando é você e a tia, ela só
dirige quando vai lá em casa, depois passa logo o carro para o tio. Você deixa
o tio dirigir porque ele é homem?
- Não, docinho. Não se trata
disso. Eu dirijo muito pouco, prefiro muitas vezes pegar o metro, a minha
bicicleta. O carro é minha ultima opção. Não me importo de ter o Nathan
dirigindo para mim.
- Sei, o lance do ATP. Mas a
policial ditige porque ela é quem manda, não?
- Acho que você está certa. Na
serie, Beckett tem o poder por ser a detetive e sim, ela manda no Castle –
disse Stana olhando para o marido com um olhar de vitoria. Para não ficar por
baixo, ele comentou.
- Da mesma forma, na vida real
quem manda sou eu. O controle é meu inclusive do volante – Anne olhou bem séria
para o seu tio para em seguida soltar uma gargalhada.
- Por favor, tio. É claro que
quem manda é a tia. Ela manda você dirigir para ficar numa boa. Você não tem
controle de nada... talvez – a menina pensou um segundo – talvez só o controle
do videogame, mas a tia Stana ainda pode obrigar o tio a desligar o jogo se
quiser – quem não aguentou olhar para a cara frustrada de Nathan foi Stana que
simplesmente tascou um beijo na sobrinha após uma daquelas gargalhadas que
somente ela sabia dar.
- Ouch! Me sinto nocauteado por
duas mulheres de uma só vez.
- Como você é inteligente,
docinho. A tia ama você. E Nathan? Preste muita atenção a Anne, ela sabe o que
diz.
- Hahaha... estou com dor no
estomago de tanto rir da sua piada...
- Não é piada, tio. É a verdade
– a garota entortava a boca de um jeito tão meigo que a única reação dele fora
sorrir.
- Tudo bem, antes que essa
conversa se alonge, vamos andando? Ainda temos quase uma hora de viagem até o nosso
destino.
O restante do percurso foi
tranquilo, eles escutavam musica, brincavam de jogos com palavras e riam
bastante. Ao estacionar o carro na propriedade alugada, Nathan abriu a porta
para que Anne saísse. Ela podia enxergar um longo campo a perder de vista a sua
frente, do lado esquerdo havia um lago com uma pista de corrida ao redor e mais
abaixo um murro alto que a menina deduziu ser uma casa ou um lugar para comer.
Na verdade, era o espaço onde a brincadeira acontecia.
- Onde estamos tio? O que é
esse lugar?
- Tem de tudo um pouco por
aqui. Podemos correr, jogar bola, tomar um banho no lago enquanto sua tia
pratica jogging, mas o principal encontra-se atrás daquele murro. Quer
descobrir o que é?
- Quero!
- Beleza! – Nathan saiu
correndo e gritando – quem chegar por ultimo é mulher do padre! – a menina
rapidamente entendeu que se tratava de uma competição topando o desafio de
correr atrás dele. Stana somente poderia rir diante da maluquice. Viu quando
Nathan tropeçou possibillitando para Anne passar-lhe a frente. Ofegante, ele
levantou retomando a corrida. Ao finalmente alcança-los próximo ao muro de uma
grande quadra cheia de obstáculos, ela o encontrou de cabeça baixa com as mãos
apoiadas nos joelhos tentando recuperar parte de seu fôlego.
- Eu ganhei, eu ganhei! – a menina
cantava eufórica – o tio é mulherzinha! Lalalala!
- Não perdi... não... sua tia
chegou por ultimo, tecnicamente ela é a mulher do padre.
- Não mesmo, a tia não estava
competindo. Você perdeu, bobão! – gargalhou para depois perguntar – que lugar é
esse, tio?
- Anne, já ouviu falar de
paintball? – ela balançou a cabeça em negação – ah! Otimo! Será sua primeira
vez. Sabe aquele jogo que Castle brinca com a filha dele na série, o lasertag?
O objetivo do jogo é acertar as luzes coloridas na roupa de seu adversário com
a pistola de laser.
- E Alexis ganha quase todas as
vezes do Castle.
- Não ganha, não! – ele
percebeu o olhar de recriminação de Stana – essa não é a discussão aqui. Então,
como eu estava explicando o paintball é bem parecido só que ao invés de
acertarmos luzinhas, usamos uma pistola com bolas de tinta para atingir um
macacão branco, quem for atingido perde. Que tal?
- Parece bem legal. Vamos
brincar disso hoje?
- Por isso estamos aqui. Que tal
conhecer o equipamento e as regras do jogo. Você também Stana. Todos vamos
brincar hoje, por estarmos em numero impar, serei eu contra vocês duas.
- Há! Vai perder tio! – e fez
um sinal de hi-5 com a tia, provocando o aparecimento de uma careta nada agradável
no rosto de Nathan.
Ele separou o equipamento,
mostrou como usa-lo. Entregou os macacões para elas indicando onde podiam se
trocar. Também foi se preparar para a brincadeira. Devidamente arrumados,
Nathan as levou a um armário onde ficavam as pistolas. Um conjunto de regras
estava preso a um quadro explicando as jogadas, tipos de tiros e a contagem de
pontos. Valiam apenas marcas no tronco incluindo bumbum. Nada de cabeça,
rostos. Serão contadas as marcas no macacão e cada jogador tem uma cor.
- Eu escolho vermelha! – Anne
gritou.
- Tudo bem, eu fico com a azul
e sua tia com a amarela. Mesmo que sejam vocês duas contra mim, vamos querer
saber quem deu o maior numero de tiros. Depois podemos jogar individualmente,
cada um por si. Serão quinze minutos ou até que um dos times esteja “morto”
antes desse tempo, claro. Não se preocupe que essa tinta caso espirre no cabelo
ou pele não é toxica. Prontas para perder?
- Olha só, Anne... seu tio acha
que vamos perder...
- A tia é a melhor atirando,
até parece!
- Veremos! Em seus lugares –
Nathan deixou-as correr escolhendo um lugar para se esconder. O relógio
disparava por um pequeno controle remoto que ele colocara preso ao cós. Stana
prendeu os cabelos num coque apenas por precaução – atenção... valendo!
E a brincadeira começou. Entre
obstáculos e esconderijos, eles se movimentavam no campo esperando pelo melhor
momento de disparar os tiros contra os alvos. A primeira tentativa de todos
fora frustradas, os tiros desperdiçados coloriram parte dos obstáculos, também
não conseguiram nada na segunda tentativa. As risadas ao escaparem dos tiros se
faziam ouvir longe. Anne foi a primeira a ficar marcada. Um belo tiro azul em
suas costas.
Não se deixou abater e
continuou na perseguição ao tio. Nathan já empolgado com a brincadeira, acabou
desperdiçando uns bons tiros tentando acertar Stana. Ela também errava, chegou
a acertar a perna dele. Quando tentava se esquivar por um pequeno arco, sentiu
a bola de tinta passar rente ao rosto. Não pensou duas vezes, virou atirando querendo
atingir o peito de Nathan, ele desviou e acertou em cheio o ombro direito dele
espalhando tinta pelo peito.
- Peguei você! – a frase foi
dita por duas vozes. Por trás dele, Anne ria da situação. A menina tinha
atirado nas costas, deixando-o marcado de amarelo na frente e vermelho atrás.
- E ganhamos a primeira,
docinho! – Stana ergueu a mão fazendo sinal de high Five para a sobrinha.
- Hey! Não valeu!
- Como não? Atingi você na área
permitida. Tronco engloba ombros, Nathan.
- Não estou falando de você,
Anne não podia ter atirado. Eu já matei sua aliada.
- E daí? O tiro dela não vale,
o meu sim. Não adianta, nós ganhamos.
- É tio, você não disse nada
sobre não poder atirar depois que alguém te acerta. Onde esta escrito essa
regra? – Stana beijou a sobrinha sentindo-se muito bem representada. Resolveu
colocar mais lenha na fogueira.
- Isso mesmo. Não vi essa regra
– o olhar provocador de Stana o fez revirar os olhos e suspirar derrotado.
- Tudo bem, posso ter esquecido
de estabelecer essa regra. Meu Deus! Você é muito parecida com a sua tia! Até
no ato de mandar! Estou perdido com essas Katics, se um dia tivermos um filho é
bom que puxe para mim ou estarei em desvantagem – ele suspirou - Vamos dizer
que me venceram por sorte de principiante. Vamos jogar novamente, agora
seguindo as regras. Quem for atingido sai do jogo.
- Mas isso torna o jogo muito
rápido. Por que não estabelecemos o mínimo de três tiros para alguém sair da
brincadeira durante os primeiros quinze minutos? Se depois do tempo ainda tiver
adversários jogamos mais quinze minutos e por ai vai... o que acha, Anne?
- Gostei da ideia, tia. Fica
mais emocionante.
- Tudo bem, vamos fazer do seu
jeito Stana e depois jogamos cada um por si – ela se aproximou dele, provocando.
- Apenas para sua informação:
quando tivermos um filho, você estará em desvantagem de qualquer jeito – elas
riram.
Eles reiniciaram o jogo. Em
meio a correria era possível ouvir os gritos de susto, as risadas, algumas
quedas e toda a alegria de um momento em família. Anne estava adorando ajudar a
tia a vencer Nathan. Ela avisava a cada tentativa de emboscada que ele tentava
fazer contra ela. Ouviu o tio xingando algumas vezes e sento repreendido pela
sua tia por falar palavrão. Dessa vez, os primeiros quinze minutos acabaram com
os três ainda no jogo. Ele tinha um tiro, Anne tinha dois e Stana nenhum. Quem
o acertara fora Stana daí o palavrão.
- Nate controle essa boca! Tem
uma criança aqui e deixe-me lembra-lo que isso é uma brincadeira não um lance
de vida ou morte.
- Facil para você falar. Não
vejo uma marca de tinta no seu macacão.
- Isso é porque sou a melhor!
Anne avisou para você, ou acha que aqueles treinamentos como Beckett eram
apenas um passatempo? Tenho boa mira.
- Blablabla....fique se gabando
porque eu vou pintar esse macacão de azul em dois tempos – de repente os dois
foram pegos de surpresa com a cena de Anne. Ela estava sentada no campo, a arma
de tinta sobre o colo e um cookie nas mãos que comia tranquilamente – Anne?
- Quando as duas crianças terminarem
de brigar sobre quem é melhor, me avisem para a gente voltar a jogar – ela deu
um sorriso genuíno que fez os dois adultos olharem-se e cair na risada. Estavam
fazendo papel de bobos na frente de uma menina de oito anos. Que coisa mais
deprimente.
- Nós somos muito ridículos –
disse Stana – e idiotas. Viemos aqui para nos divertir com a nossa sobrinha e
olha para a gente? Brigando por querer ser melhor que o outro. Vamos, Anne. A
pausa acabou! Vamos detonar o macacão de seu tio de vermelho e amarelo.
Eles retomaram o jogo e nos
quinze minutos, Anne acertou o próximo tiro em Nathan. Ele por sua vez manchou
o macacão de Stana e acertou a pequena novamente. Agora estava entre os dois.
Ela tinha a vantagem de poder tomar um tiro a mais que ele. Nathan não ia
perder para ela outra vez. Isso era o que desejava, não o que aconteceu. Ela o
acertou bem no traseiro.
- E ganhamos de novo! Vem me
dar um abraço, docinho! Somos as melhores! – ela observou o jeito dele enquanto
abraçava a menina. Estava apoiando as mãos nos joelhos tentando esticar a
coluna. Cansado da correria provavelmente – que tal fazermos uma pausa,
bebermos água e uns isotônicos, comomos alguma coisa e voltamos para o desafio
individual? Vou pegar as coisas que compramos no carro. Anne sente-se com seu
tio naquela mesa de piquenique. Eu já venho – ela passou por Nate, acariciou
seu braço e beijou-lhe o rosto sussurrando – sente-se, babe. Você não tem mais
vinte anos.
- Não é o que você geralmente
me diz quando estamos na cama.
- Tem razão, mas trata-se de
uma situação bem diferente – ela sorriu.
Estavam sentados na bela mesa
de madeira saboreando um cha gelado e biscoitos doces e salgados, um galão de
água bem gelada também estava sobre a mesa. Nate ao lado de sua esposa comia um
cookie de chocolate enquanto a pequena se refrescava com a bebida, Stana
beijava o pescoço dele descobrindo que havia resíduo de tinta amarela na pele.
- Foi um belo tiro... marcou
sua pele.
- Isso, pode se gabar. Vou
detonar você no individual – Anne sorria colocando o ultimo pedaço do biscoito
na boca para comentar ainda mastigando um pouquinho.
- Tia? Isso aqui está muito
bom... mesmo, mas será que a gente vai comer outra coisa? Talvez uma carninha,
ou um frango frito com purê, um almoço sabe? Que acha? Depois da individual?
- Bem, aqui não tem restaurante
porque hoje está fechado somente para nós, podemos sair nas ruas de Santa
Barbara atrás de um KFC se a sua tia permitir você de comer fast food. Posso
olhar no GPS. Não vai levar nem um minuto para descobrir.
- Claro que a tia vai deixar. Estou de férias
e hoje vocês me trouxeram aqui para me divertir, não? Anne quer comer frango
frito.
- Tudo bem, seu tio pode
procurar um KFC e comprar um balde para comermos aqui mesmo. Contanto que traga
uma salada para mim e alguns biscuits que vão muito bem com essa comida. Sugiro
que se encontrar um café pelo meio do caminho não vou reclamar de tomar uma boa
dose. E pra você, Anne? Um milkshake caprichado?
- De morango!
- Não nega que e parente da tia
mesmo. Para mim, Anne parece sua filha! De qualquer forma, antes que as
mocinhas me questionem já encontrei um KFC, fica a sete minutos daqui. E tem
uma Starbucks no caminho. Acredito que satisfaremos os desejos de todos. Então,
agora que o almoço já está devidamente arranjado, podemos jogar?
Eles seguiram para o campo. A
partida individual acabou com cinco minutos. Stana detonou os dois. Não
satisfeito em perder, ele sugeriu outra coisa. Mano a mano. Primeiro, Anne e
ele, depois Stana e ele. Elas não se intimidaram. Novamente ele foi derrotado
por Anne que vibrou muito ao atingir o terceiro tiro. Felizmente, Nathan ganhou
de Stana no ultimo momento o que serviria para não deixa-lo emburrado. Assim
que a partida terminou, Anne saiu atirando nos dois como uma desesperada e a
brincadeira ficou bem melhor.
Dez minutos depois, os três
estavam jogados no campo completamente sujos de tiinta vermelha, amarela e
azul. Cansados e sorrindo, estavam embolados uns nos outros. Stana foi a
primeira a se levantar. Precisava se livrar daquele macacão. Viu que Anne
apontava para seu cabelo cochichando algo para Nathan.
- O que foi? – ela perguntou.
- Alguém acertou tinta vermelha
no seu cabelo... – disse Nathan apontando para a pequena.
- Sério? Você fez isso Anne?
Oh, Deus!
- Relaxa, Staninha. Isso sai
com facilidade. Na verdade, por que vocês não vão tomar um banho, trocar essa roupa
psra nos prepararmos para almoçar? Agora deu fome.
- Tudo bem, vamos docinho?
Elas saíram apostando corrida
até os banheiros. Nathan sorria ao ver o jeito de moleca da sua esposa. Ela
realmente adorava essas farras. Ele se sentia feliz em poder proporcionar esses
momentos para aliviar o stress da vida deles. Também precisava se cuidar.
Dez minutos depois, ele se
despedia delas prometendo voltar com o almoço em breve. Stana e Anne
sentaram-se na mesma mesa após uma pequena limpeza para tirar o excesso de
tinta do lugar. Elas conversavam um pouco sobre o que Anne vinha fazendo em suas
férias. Isso surpreendeu a tia. Pensava que a sobrinha estava aproveitando
muito o período longe da escola, mas seus dias estavam resumidos a tardes em
casa, um ou outro dia dormindo na casa de uma amiguinha, brincar de videogame,
uma ida ao cinema. Ficou triste por não poder proporcionar mais programas
interessantes para a menina. Infelizmente precisava trabalhar.
Nathan voltou com o balde de
frango, todos os acompanhamentos a que tinham direito e logicamente os cafés.
Anne pegou logo seu milkshake tomando um grande gole. Em seguida, foi a vez de
atacar o frango. Stana agradeceu o trabalho do marido com um beijo caloroso nos
lábios. Eles almoçaram bem, em clima descontraído a base de muitos sorrisos e
palavras de alegria.
Terminada a refeição, eles
ainda se arriscaram em algumas maquinas de fliperama que havia na casa
principal. A empolgação durou cerca de duas horas quando Nathan decidiu que era
hora de pegar a estrada novamente com a promessa de uma parada para tomar um
belo sorvete no caminho. Isso aconteceu em uma das áreas de convivência após
uma hora de estrada. Stana optou por um café gelado dessa vez enquanto ele e
Anne se dedicavam de cabeça a devorar seus sundaes de chocolate e toda a
tranqueira que pudesse imaginar dentro daquela taca.
Ela gostava de observa-los
juntos. Nathan parecia uma criança ao lado da pequena Anne. Era através de
momentos como esse que Stana se pegava pensando em constituir família. De uma
coisa ela tinha certeza, após a renovação da oitava temporada de Castle, esse
plano podia estar mais próximo. Tudo dependeria de como iriam tratar essa
temporada. Não voltara a comentar desse assunto com Nate porque já percebera
que cada vez que o fazia, sentia uma ponta de frustração da parte dele. Quer
dizer, não estavam tão jovens como antes, a vontade de ser pai era grande
demais para ele por isso mesmo, ela optara por não tocar no assunto se não
tinha certeza do quando ele aconteceria.
- Hey, no que está pensando
tia?
- Nada demais. Só observando a
sujeira que vocês dois lindinhos estão fazendo comendo esse sorvete.
- Está tão gostoso! Tem certeza
que não quer um pouquinho, Staninha?
- Não, obrigada – mas Nathan
não se convenceu. Ele encheu a colher generosamente e ofereceu a ela. Para
provocar, ela aceitou tomando-o de uma forma bem sensual. Não satisfeita,
enfiou o dedo na taca dela e provou o chocolate do próprio dedo sem tirar os olhos
dele.
- Isso era porque ela não
queria né, tio? – mas Nathan não ouviu, estava em transe olhando para Stana. a
menina chamou por ele de novo. Nada – pelo amor de Deus! Parem de fazer esses
olhares melosos um para o outro, daqui a pouco vão se beijar e esquecer que eu
existo. Ai será apenas rude! – esse ultimo comentário de Anne despertou a
atenção finalmente dos dois.
- Desculpe, nos empolgamos...
- Acho bom que não se repita –
ela fazia pose de quem estava ralhando com os dois, sim ela naquele momento era
a adulta da historia.
- Tudo bem, vamos voltar para a
estrada – disse Nathan – você quer mais alguma coisa, Anne? Uma água? Um
chocolate, ir ao banheiro?
- Não, está tudo ótimo tio.
Assim eles seguiram para casa.
Fizeram uma rápida parada em um posto para Anne ir ao banheiro, mas com meia
hora estavam em casa. Conforme Stana prometera, ela somente deu um tempo para
que a menina curtisse um pouco mais o tio enquanto ela tomava um banho e trocava
de roupa para leva-la até a sua casa.
Antes de entrar no carro, Stana
num impulso virou-se para sobrinha após dar-lhe um abraço ajoelhada na frente
dela.
- Sabado você pode vir para cá
se quiser... tem algum problema, Nate?
- De jeito nenhum...
- Oba! Vou adorar, tia Stana!
- Precisa trazer seu biquíni
para tomar banho de piscina, combinado? – a menina deu outro abraço e encheu a
tia de beijos – tudo bem, isso foi um sim. Agora vamos para que não tenha
problemas com sua mãe.
Felizmente tudo deu certo para
Anne. Stana conseguiu trabalhar e preparar um dia ótimo para curtir com a
sobrinha e o marido. O sol também ajudou fazendo das horas ao lado dos tios
outro momento gostoso e perfeito para a menina. Os três se divertiram com suas
guerrinhas particulares dentro d’água e fora dela. Entre tombos e caldos, eles
passaram boa parte da manhã e da tarde no quintal. Quando estavam fazendo um
lanche em frente a TV antes de Anne ir embora, a garota saiu com mais uma
daquelas tiradas clássicas.
- Sabe tio, eu estava
assistindo um filme onde você era médico. Aquele da garçonete, que ela levava
tortas quando ia no seu consultório. Ai, eu fiquei curiosa e descobri que você
já fez outro papel de médico de bebes. Na série das donas de casa. Por que
gosta tanto de ser médico de bebes?
- Não que eu goste, foram
oportunidades que surgiram antes de Castle. Coincidência eu ser médico nas duas
vezes.
- Você era médico em Desperate
Housewives? Ginecologista?
- Sim, você não me assistiu? Eu
me lembro de ter comentado logo nas primeiras semanas de trabalho. Foi quando
eu trabalhei com Dana Delany, logo em seguida fiz o teste para Castle e meu
papel foi adaptado. Adorei trabalhar com aquele elenco, eram bem divertidos e
Dana uma super atriz e parceira.
- É bem engraçado, tia. Quando
aquela mulher vai lá fazer a consulta...
- Deve estar falando de Terri,
a personagem dela era a Susan.
- Devia ver tia! Ele faz um
bebe nascer!
- Hum, acho que vou procurar
para ver... me admira sua mãe deixar você assistir essas coisas.
- Ela não sabe que eu vi,
estava pesquisando coisas do tio e achei.
- Você não pode ver certos
trabalhos que nós fizemos, Anne. Não são para sua idade. Promete que não vai
fazer mais isso sem perguntar da gente antes? – era Nathan quem pedia lembrando
dos filmes de Stana e também de cenas de nudez que ele mesmo fizera.
- Ta bom, tio.
- Ok, vamos andando. Hora de ir
para casa.
Na semana seguinte, Stana teve
que trabalhar bastante. As filmagens de Sisters Cities ficavam pesadas a cada
dia e com a proximidade de julho e das novas gravações de Castle, a palavra de
ordem era acelerar. Chegava em casa sempre depois das dez durante aqueles cinco
dias, Nathan também estava bem atarefado. Viajara no meio da semana e ficara de
retornar no domingo. Isso ajudou, pois a diretora de Stana pediu horas extras
de filmagem no sábado que ela atendeu numa boa já que ele estaria fora da
cidade a trabalho.
A volta de Nathan não
desacelerou as coisas entre os dois. Claro que ele reclamara um pouquinho, pois
deveria viajar novamente para mais um evento no sábado e queria ao menos um
tempo com ela. Milagrosamente na quarta, ela chegara cedo em casa, por volta
das seis da tarde. Havia ligado para ele dizendo que ia jantar em casa. Na
verdade, ela faria o jantar.
Meia hora depois ao chegar em
casa, encontrou a esposa na cozinha terminando de bater um purê de batatas.
- Hum, está cheirando. Qual o
menu da noite?
- Deve ser o bolo de carne que
está no forno para acompanhar – ela mostrou o purê – e salada.
- Excelente. Dá tempo de tomar
um banho?
- Claro que sim, mas antes você
não se esqueceu de nada? – ela perguntou. Nathan aproximou-se dela e beijou-lhe
os lábios. Ela largou a colher que segurava envolvendo seus braços no pescoço
dele aprofundando o contato. Ao afastar-se um pouco sorria.
- Que recepção excelente...
- Tem muito mais de onde esse
veio. Quem sabe você não se dá bem hoje a noite? – beliscou o bumbum dele – vai
logo se trocar. Tenho um jantar para terminar e preciso do meu garçom oficial
para continuar me servindo o vinho.
Ele beijou as juntas das mãos
dela subindo as escadas em seguida. Quinze minutos depois estava de volta
servindo vinho a ambos enquanto ela colocava a comida na mesa. Sentaram-se um
ao lado do outro para saborear um jantar a dois bem caseiro. Era bom fazer um
mimo a eles mesmo bem no meio da semana. O jantar simples preparado com carinho
recebeu ótimos elogios dele. Após terem terminado de beber o resto da garrafa,
eles subiram para o quarto. Stana não o enganara, eles tiveram um excelente fim
de noite fazendo amor.
Na quinta, Stana recebe uma
ligação de Terence logo pela manhã pedindo para que ela passe no Raleigh para
uma reunião sobre os primeiros episódios da temporada. Eles já tinham as
storylines traçadas e fechadas para a abertura, algumas ideias definidas para
pelo menos seis episódios depois e precisavam conversar com ela sobre isso. A
hora ficava a critério dela, pois sabiam que ela estava enrolada com as
filmagens de seu filme.
- O dia promete hoje – foi seu
primeiro comentário ao sentar-se a mesa para tomar café as sete e meia da manhã
– tenho varias cenas para filmar e acabei de receber uma convocação para
reunião de Castle.
- Seu dever como produtora.
Afinal, os escritores já estão trabalhando desde o inicio do mês. Terence e
Alexi foram bem generosos com você deixando-a fora dessas primeiras semanas.
- Sim, não posso reclamar. Eles
já tem os primeiros episódios prontos e varias outras ideias para discutir da
temporada.
- E como eu sou sortudo! Além
de ser o ator principal da série, sou casado com a produtora e posso saber das
novidades em primeira mão.
- Quem disse?! – ela riu
beijando-o – eu estou nervosa com isso. Quer dizer, eu tenho muitas ideias, sei
o que quero para nossas personagens, como imagino algumas aventuras e estou
atrasada! Vejo você não sei que horas da noite – ela já estava na porta quando
voltou para perguntar – quando você viaja mesmo?
- Sabado de madrugada, ou
melhor, domingo. O evento é no domingo. Volto na segunda.
- Ok, outro final de semana
separados e trabalhando, já vi que terei gravações no sábado. Tchau, Nate!
Ela tinha toda a razão quando declarou
que o dia seria difícil. A programação das cenas que ela precisava filmar
estava bem apertada. Stana não sabia como faria para escapar pelo menos umas
horas e ir ao estúdio. Para a sorte dela, uma das atrizes teve um contratempo e
precisou sair mais cedo. Isso fez com que ela tivesse suas cenas antecipadas
terminando o dia mais cedo do que esperava. Por volta das cinco, ela se dirigia
para o estúdio ligando no caminho para Terence avisando que já estava chegando.
Continua....
2 comentários:
Que farra boa, a Anne sempre alegrando os capítulos.
Quando tem Anne,sempre espero por pérolas que só ela é capaz de soltar HAHAHAHHA
Nate perde até pra ela,olha não tá fácil pra ninguém não parça!
Ela pesquisou sobre ele é viu uns filmes meio coisados... Essa é danada!
Stana como produtora vamos ver o que nos aguarda.
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