Nota da Autora: Sera que a briga entre nosso casal vai acabar? O que nos espera depois? Difícil ficar com o angst levando em consideração o que temos na vida real... e claro, comecei a abordar as novidades da temporada. Espero que gostem!
Atenção! NC17...
Cap.56
Nathan estava certo quando
comentou com Alan que o evento em Houston seria bem difícil. Não dormira nada
que preste, mas não podia desapontar seus fãs. A sua sessão era as duas da
tarde. Pelo menos lhe dava um tempo para recuperar a energia. Um bom banho e um
café da manhã reforçado iriam ajuda-lo.
Enquanto estava sentado a mesa
comendo, ele não pode deixar de pensar em Stana. As coisas entre eles ficaram
estremecidas nos últimos dias. Mesmo sabendo que tinha exagerado, precisava
manter o seu ponto de vista, bater o pé no chão. Não tinha como não demonstrar
seus sentimentos. Como sentia falta dela! Checou o relógio. Ainda teria três
horas antes de deixar o quarto do hotel e seguir para o evento. Melhor esticar
um pouco a coluna. Acabou adormecendo por duas horas. Acordou com o telefonema
de Michelle perguntado se já podia mandar o carro para busca-lo. O pessoal do
evento estava ligando para ele sem sucesso. Pediu meia hora.
Deixou o hotel sentindo-se um
pouco mais relaxado. Tinha ainda quarenta minutos antes de entrar em cena.
Vamos lá, Nathan. Você consegue. Ele dizia a si mesmo tentando encarar
positivamento o que estava por vir mesmo chateado com a situação que criara em
sua vida pessoal.
Não tão longe dali, um avião
pousava no aeroporto de Houston. Dentre seus passageiros, uma loira alta com
grandes óculos escuros que lembrava Marilyn esperava impaciente seu momento de
sair da aeronave. Torcia para que seu disfarce fosse convincente. Ao chegar ao
saguão, ela procurou por um taxi.
- Boa tarde, hotel Marriot na
avenida Lincoln.
- Tudo bem – assim que o carro
parou em frente ao luxuoso hotel, Stana pagou a corrida e desceu. Um dos
porteiros a cumprimentou perguntando se queria ajuda com a mala. Ela agradeceu
negando, afinal era somente uma pequena valise. Aproximando-se da recepção, ela
checou novamente o celular. Nathan deveria estar no evento. Usando seu charme,
ela falou com o recepcionista.
- Por favor, pode me informar em
que quarto o Sr. Reynolds está hospedado?
- Ah! Senhor Reynolds... você
deve ser da equipe dele. Acho tão estranho esse lance de artistas usarem o nome
de outra pessoa para manter a privacidade. Posso ver uma identificação?
- Na verdade eu só quero deixar
um recado – ela puxou a credencial da ABC sem foto no nome de sua maquiadora.
Sim, Stana aprendera alguns truques para se esconder ao longo dos anos
trabalhando na televisão. O rapaz observou o documento sem foto, sem dar muita
importância. Mal conseguia tirar os olhos da bela mulher a sua frente – tenho
algumas coisas que precisam ser entregues a ele, seria muito bom que me
deixasse entrar no quarto logo. Terei que voltar depois quando ele retornar do
evento, isso é tão ruim! Queria me livrar logo disso, pois o Sr. Reynolds é bem
exigente quanto a compromissos. Será que você não poderia me ajudar nessa – ela
leu o nome na chapa presa a camisa – Bryan?
- Temos políticas de segurança.
A senhora não é hospede do hotel. Não pode circular nos corredores.
- E quem disse que estaria sozinha?
Você vai comigo. Olha é só essa bolsa – disse mostrando o item a ele – não vai
levar nem dez minutos. Ou pode me dar uma chave...
- É melhor acompanha-la.
- Otimo! – tudo o que Stana
queria era o numero do quarto. O resto ela daria um jeito. Quando menos Nathan
esperasse, ela estaria na frente dele. Tomaram o elevador até o 16º andar.
Dobrando para o lado direito, ela seguia Bryan vendo as portas dos apartamentos
impares ao seu lado. Quando o recepcionista parou numa delas, Stana não pode
deixar de sorrir.
- Quarto 1647. Parece brincadeira
do destino – ela deixou escapar. A porta se abriu revelando o ambiente bem aconchegante,
percebera que o lugar não tinha sido arrumado. Não vira o sinal de “não
perturbe” na porta. Deve ter esquecido de colocar o aviso para limpeza. Pode
ver a mala que ele trouxera, uma camisa sobre a cadeira da escrivaninha.
Algumas anotações em um bloquinho de notas próximo ao telefone. Ela colocou a
valise sobre a cama. Dando mais uma olhada no quarto, decidiu ir embora para
não levantar suspeitas. Checou o relógio. Ainda daria tempo de atender ao
evento.
- Senhora, podemos ir?
- Claro, Bryan – ele fechou a
porta atrás deles – você foi muito eficiente e bacana comigo. Literalmente me
salvou. Não vou esquecer- sorrindo, ela andou em direção a rua.
Pegou um novo taxi na frente do
hotel indicando o local do evento. Ela não possuía credencial, mas tentaria
entrar como uma pessoa comum. Não imaginara que ia ser tão fácil. Simplesmente
comprou o ingresso. A próxima batalha seria entrar na sala onde o painel com
Nathan estava acontecendo. Tornou a usar a credencial da ABC e entrou. Ele
estava no palco acompanhado de três pessoas, uma delas Felicia Day. Eles
estavam interagindo muito bem no palco. Muitas risadas e alguns toques que não
agradaram Stana mesmo sabendo que eram somente amigos.
Ela optou por sentar-se em uma
das cadeiras quase no fim do salão. Estava ali para observar, não para
participar. Diante dela, ele parecia bem a vontade com o microfone respondendo
as perguntas dos fãs e brincando com os companheiros que dividiam o palco.
Qualquer pessoa que o visse, diria que nem de longe estaria com algum problema
pessoal. Por esse motivo, Stana sentiu-se bastante incomodada.
Na sua opinião, ele deveria
aparentar pelo menos um pouco de tristeza. Ou ele espera que somente ela se
sinta péssima? Para piorar, Felicia disse algo sobre o traseiro dele fazendo um
trocadilho levando a plateia as gargalhadas e acabando em um beijo estalado no
rosto de Nathan. Stana sentiu o sangue ferver. Então ele pode ficar na boa com
os amiguinhos dele. Respirou profundamente. Não poderia sucumbir a raiva. Não era
por isso que se deslocara até ali para vê-lo. Tinham contas a acertar, queria
fazer as pazes. Se isso interessasse a ele, claro.
Levantou-se do seu lugar e deu
uma ultima olhada para o palco. Ele sorria nesse exato momento, o que fez o
coração acelerar. Mais tarde, Nate. Mais tarde, ela sussurrou.
De volta ao hotel, Stana
procurou avaliar suas chances para passar despercebida diante dos funcionários
da recepção. Bryan não estava mais no balcão, o que era ótimo. Menos uma chance
de ser reconhecida. Aguardou o momento exato em que as coisas estivessem
conturbadas entre hospedes e funcionários para escapar dos mensageiros e ir
direto para a área dos elevadores. Deu sorte por um casal estar subindo junto
com ela, desviava a atenção. Quando a porta do elevador se abriu no décimo
sexto andar, Stana respirou aliviada.
Puxou da bolsa o aviso que
pegara mais cedo. Ainda havia uma grande chance do quarto já esta arrumado, mas
ela usaria qualquer artifício que pudesse. Antes de prosseguir com o seu plano
de invadir o quarto de Nathan, ela resolveu passar uma mensagem para saber onde
andava. Estava admirada do silencio dele. Quer dizer, custava dizer que estava
bem mesmo que estivessem brigados? Suspirando, ela escreveu.
“Nate, como você está? Já no
hotel? Não tive noticias suas. Quero saber ao menos se está bem. Me avise
quando estiver sozinho para que possa ligar. XS”
Ela teve que esperar longos
quinze minutos pela resposta dele.
“Não estou no hotel. Talvez
daqui a uma hora. Aviso. N”
Sim, ele fora bem direto.
Nenhum beijo ou estou bem. Não importava. Ela tinha uma hora para conseguir
entrar naquele quarto e pelo menos duas ideias de como faria isso. Felizmente,
a sorte estava ao lado de Stana. Andando pelo corredor, ela avistou uma
camareira. Hora de colocar a atriz para trabalhar.
- Ah! Nem acredito que
encontrei você. Eu estava falando no celular e a recepção estava horrível.
Então, sai do quarto e sequer me lembrei de pegar o cartão. Quando terminei a
ligação, vi que minha porta fechou e agora estou do lado de fora. Você pode me
ajudar abrindo a porta para mim? Meu quarto é o 1647.
- Puxa que coisa chata. É claro
que a ajudo senhora. Quer um conselho? Da próxima vez que se hospedar aqui,
escolha um quarto do décimo andar para baixo. O sinal é bem ruim nos andares
mais altos. Pronto! – ela disse tirando o cartão após a luz verde se acender –
está feito.
- Obrigada. Estou louca para
tomar um banho. Trabalhei o dia inteiro, só tinha deixado minhas coisas em cima
da cama. Aqui – ela tirou dez dólares da carteira – compre um café caprichado
para você.
- Obrigada, senhora...
- Reynolds. Sophia.
- Tenha uma ótima estada –
assim que a porta se fechou, ela respirou aliviada jogando-se na cama. Checou o
relógio. Tinha pelo menos meia hora até Nathan aparecer. Tirou a peruca
colocando-a sobre a cadeira, despiu-se e encaminhou-se para o banheiro. Após um
banho refrescante, Stana ligou a televisão e deitou-se na cama. Percebeu que
estava com fome. Com essa aventura atrás de Nathan, ela nem se lembrara de
comer. Melhor pedir serviço de quarto, precisava de forças para enfrentar o
encontro com o marido.
Quando ela ouviu um barulho na
fechadura, deduziu ser ele chegando. Estava terminando de comer o pedaço do
cheesecake que escolhera como sobremesa. Sentada de pernas cruzadas na cama,
ela o fitou. Nathan estava visivelmente surpreso por encontra-la ali.
- Stana? O que faz aqui? Como
entrou? Alguém te viu?
- Não, eles viram uma sósia da
Marilyn – apontou para a peruca sobre a cadeira – não se preocupe, ninguém sabe
que eu estou aqui. Respondendo a sua pergunta. O que você acha que estou
fazendo aqui, Nathan? Você simplesmente briga comigo, me ignora, viaja sem
maiores explicações. Tudo bem, eu sabia do evento, mas custava deixar um bilhete?
Ei, babaca! Estou indo para o evento. Não me ligue? - ela passsou a mão pelos
cabelos visivelmente nervosa - Droga! Eu fiquei preocupada. Nunca brigamos tão
feio assim. Eu não sabia o que fazer. Então, eu vi a aliança e entrei em
pânico. Não podia deixar essa historia assim. Se você não me atendia, eu
resolvi vir pessoalmente.
- Certo. Você resolveu invadir
meu quarto de hotel porque eu escolhi fazer meu trabalho, porque não atendi o
celular e esqueci minha aliança em casa?
- Você esqueceu... – ele pode
ver o alivio no rosto dela – eu pensei...
- Sim, esqueci. Ah, você pensou
que eu tirei a aliança porque nosso casamento acabou? Quer saber? Eu tirei a
minha aliança porque estava com muita raiva pelo que presenciei, Stana.
- Mas Nathan eu já disse não há
nada entre mim e Alfonso. Foi um almoço casual. Não sei por que essa sua
insistência, seu exagero. Não precisa dar ataques de ciúmes.
- Ah, não? Você pode? E não
menospreze isso – ela pode ver a raiva em seus olhos, em sua voz – posso
parecer chato, piegas, exagerado? Estou no meu direito de marido. O que você
chama de exagero, eu chamo de insegurança.
- Insegurança?
- Sim, você tem alguma ideia do
que é lutar a vida toda contra esse sentimento? Claro que não! Olhe para você! Nunca
precisou. Os homens fazem fila somente para estar ao seu lado. Almejando um
beijo, flertando, paquerando. Querem você. Agora eu? Passei minha infância e
adolescência sendo o gordinho nerd. Sofria bulliyng. Sabe como consegui me
enturmar? O nerd tímido e desengonçado virou o palhaço da turma. Sempre com
boas piadas, fazendo todo mundo rir. Comecei a usar isso como mecanismo de
defesa para a minha timidez. Foi assim que consegui ser conhecido na escola
durante o ensino médio. Na faculdade não foi diferente. Foi então que percebi
que criara tantas faces, era tantas pessoas diferentes que decidir investir na
carreira de ator. Lutei todos os dias para construir uma imagem. Namoradas?
Tive que batalhar e muito para tê-las.
Ele sentou-se na cadeira em
frente a cama para recuperar o fôlego.
- Criei minha carreira. Hoje
sou Nathan Fillion, um ator bem sucedido e popular. O palhaço da turma,
infelizmente, ainda está aqui. Sabe quanto eu lutei para conquistar você? Mesmo
hoje eu não acredito que você é minha mulher. Eu não tenho um corpo atlético,
não sou bonito para os padrões atuais. Por isso, quando vejo um cara como
aquele se aproximando da minha mulher, desejando-a, tenho todo o direito de
sentir ciúmes, porque sei que qualquer um deles poderia tê-la. Você sempre foi
a rainha do baile, não sabe o que é xingamentos ou agressões. Que dirá
rejeição! Não tenho medo de admitir que sou inseguro. Especialmente quando vejo
minha esposa rindo e provando comidas com um cara bem mais bonito que eu. Lide
com isso. Aposto que não imaginou esse lado do seu marido.
- Eu não tinha ideia... – Stana
estava abalada com o desabafo que ouvira.
- Esse sou eu, Stana. O homem
que você se casou é um palhaço inseguro e ciumento.
- Não... – ela se levantou da
cama indo ao encontro dele, ajoelhou-se na frente dele tomando sua mão na dela –
o homem que eu me casei é incrível. Ele é gentil, carinhoso. Um romântico
apaixonado. Uma pessoa capaz de me fazer derreter apenas com um olhar intenso
de um azul profundo. Sabe o que dizer, me faz rir. Um homem maravilhoso e dono
de um bumbum irresistível. Esse é o meu marido, por quem me apaixonei para
sempre. Rainha do baile? Você está falando com alguém que usava aparelhos na
adolescência, tocava na banda da escola e tem nariz falso devido uma plástica
para corrigir um desvio de septo. Tudo desculpa para se livrar do nariz
horroroso. Não precisa ter ciúmes, não seja inseguro. Eu amo você, só você.
Always.
Ela pegou a aliança que
trouxera em seu cordão. Entregou a ele da mesma forma que fizera no dia de seu
casamento. Sorrindo, ele se inclinou para beija-la. Os lábios agradeciam pelo
contato. A paixão e a saudade expressas em um simples ato de amor.
- Eu sinto muito. Errei em
descontar minha raiva em você, em ignora-la.
- Não, eu também preciso pedir
desculpas. Não queria lhe magoar – ela se levantou puxando-o pela mão. Ambos de
pé bem próximos da cama – para sua informação, não gostei nada do jeito que
você parecia se divertir com Felicia hoje. Muito menos daquele beijo.
- Espera, como você sabe disso?
Você esteve no evento?
- Estive. E não gostei nada do
que vi. Meu sangue ferveu, sendo assim, entendo o que você passou. Ela estava
toda saidinha para o seu lado.
- Ela é minha amiga, Stana. Quer
parar? – ao ver a careta que fizera – espera, não acabamos de discutir sobre
ciúmes? Está querendo começar mais uma?
- Tecnicamente, nós acabamos de
nos reconciliar – ela brincava com a gola da camisa de Nathan – e pelo que me
consta, depois de uma discussão pesada de ciúmes, sempre rola uma reconciliação
bem quente. Daquelas loucas com direito a jogada na parede, sabe?
- É mesmo? Tem certeza que não
quer discutir sobre Felicia? Ela me abraçou umas cinco vezes...
- Cala a boca, Nathan! – ela
ordenou jogando-o contra a parede do quarto. Em questão de segundos, o clima
esquentou. Um emaranhado de braços, pernas, lábios e línguas trabalhavam
incansavelmente para dar prazer. Nathan devorava o pescoço dela rapidamente
mudando a posição deles. Stana apertou seu corpo contra o dele atracando as
pernas em sua cintura. Ele tirou a blusa que ela vestia, as mãos agarraram-lhe
os seios fazendo-a gemer. Seus lábios os provavam levando Stana a beira da
loucura. A umidade invadiu seu centro e ela se viu em um principio de orgasmo.
Ele percebeu e aproveitou a
oportunidade. Criando uma pequena distancia entre eles, Nathan se livrou das
calças deixando o membro de fora. Ergueu a saia que ela usava e a penetrou de
uma vez. O contato foi sublime, capa de fazer seu corpo todo tremer. A explosão
aconteceu com Stana cravando as unhas nas costas de seu parceiro. Quando estava
prestes a gozar, ele a jogou de volta na cama recomeçando o processo de fazer
amor mais uma vez.
Na primeira pausa, eles estavam
estirados na cama recuperando o fôlego. Stana sorria espreguiçando-se na cama.
Na verdade, ela queria mais e apostava que ele também. Para testar sua teoria,
ela começou a acariciar o peito dele deslizando a mão até o membro dele
apertando-o. Ele gemeu.
- O que você está fazendo?
- Vendo se alguém está disposto
a uma nova rodada. Acredito que sim – tornou a massagea-lo – hum, parece que eu
estava certa – ela se virou para beija-lo colocando seu corpo sobre o dele.
Nathan correspondeu imediatamente agarrando sua cintura.
- Hum...acho que podemos fazer
isso mais uma vez...
- Você não adora como o sexo de
reconciliação é delicioso?
- Staninha, que tal você
colocar aquela peruca de novo?
- Hum, quer uma Marilyn na sua
vida? Você é muito besta, Nate... – ela se levantou, pegou a peruca arrumou-a
na cabeça e desfilou pelo quarto nua, na maior sensualidade mexendo com o
psicológico dele. Já estava excitado de novo, o que colocou um sorrriso no
rosto dela. Mas queria provocar mais – você quer que eu cante “Parabens pra
você”, senhor presidente?
- Oh, amor...por favor.
Stana atendeu o pedido dele
subindo no colchão e recitando os versos da canção enquanto rebolava e fazia
caras sensuais na frente dele. Se esquivava o quanto podia das mãos de Nathan.
Ao terminar, ela sentou-se sobre as pernas dele. Dali, Nathan não perdeu tempo.
Já posicionou-a para recebê-lo penetrando-a de uma vez. Novamente os lábios se
encontraram em um beijo tórrido cheio de desejo. Os corpos em sincronia recebendo
e doando prazer até o ultimo minuto do orgasmo.
Ainda deitada na cama, ela
encontrou forças para gargalhar. Agora sentia-se muito melhor. Tirara um peso
grande de suas costas. Quando ouviu a risada que adorava, ele virou-se para
fita-la. Acariciava de leve o estomago dela. Beijou-lhe o ombro.
- Por que você está
gargalhando? Foi alguma coisa que eu fiz?
- Não, quer dizer sim. Só estou
feliz porque acabamos com essa briguinha sem fundamento. Eu não gosto quando
isso acontece, mas se todas as vezes acabar nessa reconciliação não posso
reclamar – ela jogou a peruca para o lado – bem melhor. Não gosto de ser loira.
- Confesso que também prefiro o
seu visual. Mas mandou muito bem de Marilyn, Staninha. Ainda estou
impressionado com a surpresa. Não imaginei você fazendo isso. Pegando um avião
somente para vir tirar satisfações comigo por causa de uma aliança.
- Não foi somente pela aliança.
Foi por todas as outras coisas. O que posso dizer? Eu realmente amo meu palhaço
– ela puxou-o contra si beijando-o apaixonadamente.
- Você marcou sua passagem de
volta? – ele perguntou – meu voo sai duas horas da tarde de amanhã.
- Eu consegui um voo mais cedo.
As onze da manhã. Pelo menos tomaremos café juntos. Amanhã tenho uma nova
reunião com Alexi e Terence. Receberemos o roteiro final do episodio duplo.
Você já volta a filmar na semana que vem.
- Vou sentir falta de filmar ao
seu lado nesses oito primeiros dias. Espero que possamos compensar depois.
- Se não fizermos isso no
estúdio, faremos em casa – ela riu – vou tomar um banho. Está com fome?
- Sim, bastante. Acho que vou
pedir um sanduiche do serviço de quarto. Já passam da meia-noite. Quer alguma
coisa, Staninha? Uma taça de vinho talvez?
- Não. Estou amortecida o
bastante para conseguir uma boa noite de sono, se você me entende. Mas não
ficaria chateada se você me conseguisse outro pedaço daquela cheesecake –
virou-se e entrou no banheiro. Ele admirava o caminhar dela sorrinfo.
- Bela visão essa sua.... ele
pegou o telefone ouvindo a risada. Stana não tinha pressa ao entrar no
banheiro. Com as mãos arrumava os cabelos prendendo-os em um coque. Checou seu
reflexo no espelho. Havia marcas vermelhas no pescoço e entre os seios, obra
das mordidas de Nathan. Sorrindo, entrou no chuveiro. A água quente parecia ser
uma ótima pedida, mas assim que a sentiu sobre a pele, decidiu que gostaria
mesmo era de um banho frio para acalmar o calor da paixão que ainda emanava de
seu corpo.
Ao sair do banho, ela vestiu
uma calcinha que havia trazido, cobriu a pele com hidratante e vestiu uma blusa
grande que usava para dormir Ela encontrou-o deitado a vontade na cama
brincando com o controle remoto da TV. Aparentemente não havia um programa
satisfatório para assistir. Percebeu também que a mala dele já estava
praticamente pronta com uma roupa separada sobre a cadeira. Deveria ser a que
ele usaria para viajar.
- Nada interessante?
- Sim, estou esperando o
serviço de quarto somente então posso tomar banho. Você não ira abrir a porta
de Marilyn vai?
- Nem pensar! – se jogou na
cama – já está de malas prontas?
- Já. Se bem que não há muito o
que arrumar. Iremos apenas tomar café juntos e depois você já vai embora... –
ele fez cara de menino manhoso, ela revirou os olhos a exemplo de como fazia
com a sua personagem.
- Sei, tadinho... são apenas
algumas horas separados. Logo estaremos juntos novamente. Iremos dormir juntos
na nossa cama – ela se virou para acariciar o peito dele,de mansinho foi se chegando,
subindo nele - Chega de dormir no quarto de hospedes. Não vejo a hora de sentir
seu calor do meu lado, seus braços. Então poderemos até, quem sabe, brincar
mais um pouquinho.
- Hum, isso é um convite ou uma
promessa? – ele perguntou e beijou-a. Já ia começar uma nova brincadeira por
conta própria quando a campainha tocou – não sai daí – Nathan se levantou,
vestiu o robe e abriu a porta. Stana ficou longe da visão do mensageiro.
Agradecendo os serviços do rapaz, assinou a nota e o acompanhou até a saída.
Nem bem a porta fechou-se atrás dele, Stana já estava na mesa mexendo na
bandeja em busca do seu cheesecake – ei! Para de mexer ai, formiguinha. Quem
está faminto aqui sou eu – ele a agarrou pela cintura atacando o pescoço dela
com uma chuva de beijos. O toque dos lábios causava cócegas e ela quase
derrubou o prato com o doce.
- Para, Nate! Faz cócegas! –
ele continuava – por favor, vou derrubar tudo e se isso acontecer, juro que
você vai buscar outra para mim onde for!
- Hum, a formiguinha ficou
brava ao sonhar em perder o doce – mas ele se afastou dela pegando seu
sanduiche. Abriu a garrafa de cerveja tomando um longo gole. Stana sentou-se no
colchão de frente para ele. Dava a primeira garfada na sua torta observando-o
comer. Quando acabaram a refeição, Nathan foi direto para o banheiro e ela
dedicou-se a escovar os dentes. Em questão de minutos, estavam deitados na
cama, agarradinhos, cedendo ao sono muito rápido.
Pela manhã, eles acordaram por
volta das oito, arrumaram-se e seguiram para o restaurante tomar o café. Stana
voltara a colocar a peruca loira. Nathan escolheu uma mesa escondida para que
não chamassem muita atenção. Tudo naquele Buffet era maravilhoso, muitas opções
para se deliciarem. Ela tinha medo do quanto ele poderia comer porque Nate era
de se esbaldar. Logo que voltara para a mesa, ela percebeu o quanto ele estava
a fim de comer. Panquecas, ovos, bacon, brioches.
- Tem certeza que não exagerou?
Você vai pegar um voo mais tarde. Não tem nada saudável nesse prato, nem uma
fruta! – ele riu e despejou a calda doce sobre as panquecas que já tinha sapecado
de manteiga.
- Ah, Staninha! Viva um
pouquinho. Fruta, iogurte, grãos, natureba cansa. Gordura faz bem. Prova!
Delicioso você vai ver, vamos amor... – ele ofereceu o garfo para que ela
provasse. Ele tinha razão, era uma mistura muito gostosa – então?
- Tem razão. Reconheço que é
gostoso, mas preciso de algo mais leve – ela se levantou voltando minutos
depois com um prato de frutas e cereal. Depois de tomar um copo de suco de
amora, ela se deliciou do seu jeito. De volta ao quarto, ela apenas trocara de
roupa para seguir para o aeroporto. Pronta e de mala em punho, Stana enroscou o
braço livre no pescoço dele. Começou beijando a orelha, a bochecha, o queixo e
finalmente os lábios.
- Vai sentir falta de mim?
- O que você acha? – ele
retornou o beijo com muita paixão – demonstrei bem?
- Muito. Guarde um pouco disso
para mais tarde. Na nossa casa.
- Até mais, Staninha.
A noite...
Ela estava na cozinha preparando
uma refeição saborosa e saudável. Não via a hora dele chegar. Ouviu as chaves
na porta. Ao entrar em casa e se deparar com o sorriso dela escorada contra o
balcão, sorriu.
- Bem-vindo, meu marido.
- Olá, esposa. Acho que o
avental caiu bem para você. O que está fazendo na cozinha?
- Um jantarzinho para você. Está
com fome? Sugiro você subir, tomar um banho e me encontrar aqui, é o tempo que
preciso para aprontar o filé – quando ele voltou, havia uma bela travessa de um
risoto, algo muito saboroso e gratinado e o filé.
- Espero que goste. O vinho
tinto está no ponto.
- Vai me apresentar o cardápio?
- Claro. Filé mal passado,
risoto de limão siciliano e abobrinha gratinada. Bom apetite!
- Parece delicioso. Deu água na
boca. Aproveite também – eles comeram conversando sobre o voo, o evento, o que
viram na cidade e logicamente trocaram vários beijinhos. Ao terminarem, ela não
se incomodou com a presença das louças na pia. Entrelaçando os dedos dele aos
seus, Stana o guiou até o quarto do casal. E como prometera, eles se despiram e
perderam-se nas horas fazendo amor.
Já descansando nos braços dele,
Nathan acariciava os cabelos dela.
- Está dormindo? – ele
perguntou.
- Não ainda. Estava pensando
por que não vem comigo amanhã para a reunião com Terence e Alexi. Você é produtor
também e pode me dar um tempo e ver se estou satifeita com o andamento das
coisas. Ou até me ajudar para convence-los de algo se for necessário. Você não
recebeu o comunicado deles?
- Só um email com os scripts. Eu
dei plenos poderes para discutirem sem mim. Confio neles para guiarem o show.
- Eu também confio, mas as
vezes é preciso levar um pouco da visão de fãs. Eu me sentiria mais confortável
em discutir com os dois se você estivesse ali para me apoiar também. Quer
dizer, eu tenho direito de fazer sugestões, opiniões porque sou produtora, porém
não gostaria de ser muito exigente ou taxada de chata por insistir em algunas
coisas. Então, posso contar com sua ajuda? Não precisamos necessariamente ir juntos
ao estúdio. Pode chegar meia hora depois, de surpresa mesmo, eles não sabem que
estamos juntos. Seria uma coincidência.
- Tudo bem, eu vou até lá. Você
vai ter meu apoio. Que horas vai encontra-los?
- Quero ir ao estúdio na hora
do almoço o que significa dizer em torno de duas da tarde.
- Vou adiantar tudo que puder e
encontro você no estúdio no máximo as três da tarde. Agora, que tal dormirmos?
- Tudo bem, boa noite amor –
ela beijou-lhe rapidamente os lábios e voltou a aconchegar-se no corpo dele.
Raleigh Studios
Stana chegou aos estúdios
depois das duas da tarde. Terence e Alexi estavam na sala dos escritores
discutindo o cronograma de cenas do segundo episodio da temporada. Ela
conseguira ler uma boa parte do roteiro. Estava bastante empolgada com as possibilidades
a sua frente. Porém, não conseguira terminar a leitura. Pretendia faze-lo na
companhia deles.
- Olá, rapazes!
- Stana! Seja bem-vinda!
Sente-se. Quer um café?
- Vou aceitar – ela sentou-se
ao lado de Alexi com uma pasta onde colocara os roteiros que deveriam discutir.
Os dois primeiros episódios. Terence colocou a caneca de café na frente dela e um
prato de biscoitos com gotas de chocolate. Os preferidos de Nathan, pensou –
tratamento vip?
- Não, só um agradinho mesmo.
Como quer começar a reunião? Quer repassar o roteiro, já tem observações?
- Na verdade eu li um pouco
mais da metade do XX, estou adorando até agora. Muito dinâmico e intrigante.
Acredito que quem assistir, vai perceber o mesmo. O que vocês estavam fazendo
antes de eu aparecer? Podiam continuar, a ideia aqui não é atrapalhar.
- O que fazíamos não é uma
tarefa que envolvesse você, discutíamos sequencia de gravações. Pode ser
deixado de lado para tratarmos de outras coisas. Em relação ao XY, você tem
algum comentário adicional ou uma possível mudança?
- Não, acho que XY está
excelente. Especialmente após ler as primeiras cenas do ponto de vista de Kate
no XX. So tenho uma preocupação, quanto a cena da tortura com aranhas. Eu
lembro na segunda temporada quando descobrimos a fobia de Nathan por aranhas.
Fiquei pensando se ele estaria realmente de acordo com tudo isso. Vocês já
conversaram com ele a respeito disso? Consideraram a possibilidade de usar o
dublê?
- Sim, eu lembro bem da fobia
do Nathan. Escrevi a cena, confesso, um pouco inspirado nisso – disse Alexi –
quando penso em tortura, usar gelo, arrancar unhas, cortar dedos, são bem
repetitvos, inclusive já usamos alguns deles. Falei para Terence que
precisávamos de algo simples de executar e ainda assim impactante e angustiante
para quem estivesse assistindo. Mencionei que poderíamos usar algo relacionado
a uma fobia. Dali foi fácil lembrar das aranhas e considerar a cena com elas.
- E ele está de acordo com
isso?
- Nathan é profissional. Não
questionou até agora o andamento da cena. Imagino que ele já esteja
considerando o uso do dublê. Para nós isso não será problema, faremos takes
extras e trabalharemos na edição.
- Certo, vocês me dão um tempo
para terminar a leitura do roteiro? Falta apenas dez paginas.
- Fique a vontade, vou
aproveitar para checar um novo pedaço do próximo roteiro – Terence e Alexi
deixaram a sala rumo a outro lugar no estúdio. Stana se concentrou na leitura.
Percebeu que as coisas entre Castle e Beckett oscilaram bastante nesse
episodio. Estavam bem, depois ruim, e novamente bem. Onde isso ia parar? Então,
ao ler o dialogo com a tal madrasta de Castle e o texto da cena final, ela
chegou a prender a respiração. Que episodio tenso do inicio ao fim. Ela
realmente adorara, porém essa ultima cena a deixou preocupada. Pode sentir o
peso da emoção e da dor que ela representaria para os fãs. Droga! Ela sentira a
dor.
Alexi retornara com uma série
de papéis nas mãos, Terence veio logo atrás. Ela checou o relógio. Três e
quinze. Cadê o Nathan? Ele deveria estar aqui para iniciar a discussão com ela.
Alexi notou uma certa apreensão em Stana assim que entraram na sala.
Provavelmente sua reação diante do que lera.
- Está tudo bem, Stana? Você me
parece um pouco angustiada. Espera, seus olhos estão vermelhos?
- O que você queria? Como pode
querer que eu me sinta depois de ler essa ultima cena? – Terence e Alexi se
entreolharam, já esperavam por uma reação assim – é intensa, devastadora e
muito triste. E já digo que pode nos trazer problemas.
- Bem, a sua reação inicial é
um pouco do que esperamos ver dos nossos telespectadores. Sei que é uma virada
difícil de se aceitar logo de cara, haverá o período de raiva, tristeza, vão
nos xingar, mas com a cabeça mais calma nossos seguidores e fãs fieis irão
entender o propósito de tudo isso.
- Boa sorte em lidar com eles
pelo twitter – disse Stana passando as mãos sobre os cabelos – certo, passado o
primeiro impacto, vamos discutir um pouco o propósito do que pretendem com essa
nova dinâmica. Entendi que Bracken deu um recado a Castle sobre a essência da
vida de Beckett. Sobre obsessão, justiça e dela ser uma daquelas pessoas
incapazes de descansar e aceitar uma vida normal. Acredito nisso. A vida de
Kate sempre foi, desde a morte da mãe, perseguindo assassinos. Mesmo após a
prisão de seu arquiinimigo, ela buscava por mais, no FBI ela queria punir os
culpados não importava o seu cargo. Ela é assim, preto no branco, como a
falecida McCord disse uma vez. Adoro que vocês tenham criado esse novo
mistério, algo que se destaque dos casos ordinários que eles trabalham, mas
separa-los não foi um pouco extremo?
- Não quando você vê o real
propósito dela ao fazer isso – a voz fez seu coração pular. Nathan – estamos
discutindo episódios? Que surpresa encontrar vocês aqui.
- Nathan! Está perdido no
tempo? Você só volta a filmar na semana que vem – disse Terence dando-lhe um
abraço. Ele cumprimentou Alexi também.
- Sei que o trabalho somente
começa na próxima semana, eu vm aqui atrás dos rapazes das câmeras e do Rob.
Estou precisando de um suporte com um material de ConMan – ele se aproximou de
Stana e ela prontamente se levantou para lhe dar um beijo no rosto – bom te
ver, Stana. Você parece estar muito bem.
- Não tenho o que reclamar da
minha vida.
- Otimo! Vocês se incomodam se
eu me sentar aqui para comversar sobre os episódios?
- Claro que não, você também é
produtor. Pode continuar o raciocínio – disse Terence.
- Como estava dizendo, a
decisão de Kate, mesmo que dolorosa foi para protegê-lo, eu acredito nisso. Claro
que Castle vai ficar magoado, ela estava fugindo em vez de enfrentar o problema
como um casal. As circunstancias foram difíceis, péssimas, ele não sabe o real
motivo dela ter abandonado a vida a dois deles. Por outro lado, ela também está
sofrendo ao fazer isso, nem todos tem coragem de abdicar de sua felicidade. E
concordo que essa é a essência de Beckett. Precisa da luta, da dificuldade, do
mistério. Ela não sabe ser diferente disso.
- Eu entendo. Apenas por ser
policial, sua vida não pode ser rotineira. E mudar após desseseis anos é muito
difícil. Demanda tempo – disse Stana – conseguirá um dia, mas tudo ainda está
recente. Essa não é a minha preocupação maior. Eu entendo, Nathan entende e
vocês também, e quanto ao publico? Passamos sete anos trabalhando para juntar
os dois, personalidades, relacionamentos, brigas, situações de perigo e agora
que estão bem, casados, simplesmente os separamos? Dependendo de como você
venda isso, não convencerá todo o fandom.
- Admito que a Stana tem uma
certa razão. Os nossos fãs são muito passionais. A situação é basicamente uma
faca de dois gumes. Podemos acertar em cheio e mesmo ouvindo criticas de que
separar Castle e Beckett foi errado surpreende-los ou levar a historia para
algo completamente fora dos padrões criados há sete anos. Não me entenda mal.
Aposto que uma boa parte dos telespectadores irá curtir o momento. Muitos
querem angst, sofrimento e tenho certeza que gerarão boas risadas. Só que não
vamos agradar a todos e temos que estar preparados para isso.
- Nem pense em entrar no
twitter para se justificar. Aposto que recebera varias respostas malcriadas –
lembrou Stana.
- Vocês conhecem bem a reação
do fandom, não? – eles se olharam e riram.
- Você não tem noção do quanto.
Alexi, eu sei que você tem boas intenções e muitas ideias para fazer isso,
somente considero importante discutirmos porque os questionamentos vão surgir,
os xingamentos e você terá que estar preparado.
- A preocupação é valida, acho
que temos um caminho muito bom para seguir. Lembram da magia e das situações da
segunda e terceira temporadas? Queremos trazer aquele flerte de volta, aquele
momento tenso onde eles lutavam para se pegar? E agora sabendo que podem por
ser marido e mulher? Vai ficar bem interessante. E pretendemos deixar claro que
ela quer resolver o tal mistério rápido para voltar a estar do lado dele.
- Mas você acha que se deixar
Castle no escuro, isso não vai parecer que ele está correndo atrás de Kate
quando deveria ser o contrario? – questionou Nathan.
- Castle tem uma teoria. Ele
sabe que Kate não consegue mais trabalhar sem a ajuda dele. Isso ficou claro
quando estava trabalhando como PI. Então, ele vai se infiltrar nos casos da
NYPD apenas para provar que ela precisa dele, que funcionam no seu melhor, juntos.
A parceria deles é o segredo do sucesso de tantos casos.
- Olha, Alexi. Você nos
convenceu por hora. Mas gostaríamos da sua palavra de que se as coisas
desandarem, iremos interceder. Eu e Nathan. Mudaremos todo o plot da temporada
por causa disso. Temos um acordo?
- Tudo bem, Stana. Faremos como
você quer. Contudo, tenho certeza que assim que vocês virem o que estamos
preparando para os próximos, irão ficar mais tranquilos. De fato, já temos o
esboço dele. Vou envia-lo para darem uma olhada. Ah! Quase esqueci!
Aproveitando que está aqui, Nathan, você tem alguma observação quanto a cena
das aranhas? Vai fazer ou quer que Paul faça?
- Tenho que dizer, vocês devem
gostar muito de mim. Escolher justamente aranhas para instrumento de tortura?
Incrível! Apesar de todo o meu medo, vou fazê-la.
- Wow! E eu achando que você
não ia gostar nada dessa historia! – disse Stana impressionada.
- Medos precisam ser enfrentados,
não? Cedo ou tarde, é preciso encara-los, Stana.
- Bom saber – ela sorriu e
virou-se para Terrence – tem algum outro ponto que devíamos discutir?
- A sua cena, aquela na qual se
costura? Será você ou a dublê?
- Eu, claro.
- Otimo, então eu gostaria de
mostrar aos dois algumas partes importantes dessas filmagens. Podem me
acompanhar a sala ao lado para falarmos de locações? – Stana e Nathan levantaram-se
seguindo o produtor. Na outra sala, eles conheceram a programação dos escritores,
conversaram com Rob e acabaram saindo duas horas depois. Nathan ainda teve que
manter seu disfarce procurando os meninos da técnica. Stana ainda voltara ao
set de Sisters Cities para filmar mais duas sequencias, no estacionamento
avisou a ele que deveria estar em casa por volta das oito da noite.
Quando ela chegou em casa,
encontrou Nathan esperando-a para pedir uma pizza. Tinha passado na confeitaria
e comprado uma bela torta de maça para eles comerem de sobremesa. Ela foi para
o banho enquanto ele se encarregava de pedir a refeição. Ao descer para a sala,
encontrou a mesa posta e um vinho já servido para degustar.
- A pizza deve chegar em, no
máximo, vinte minutos mais. Gostou do vinho?
- É aquele do vinhedo, não?
- É sim. Belo paladar,
Staninha. Agora que estamos finalmente sozinhos, o que você achou da reunião?
- Complicada. Quer dizer, não
menti ao dizer que acredito na ideia deles. Porém, meu medo de que tudo vá por
água abaixo está bem grande. Podemos estar dando um tiro no pé. Aprovo a
separação momentânea, espero que eles descrevam essa trajetória de uma maneira
coerente. Pelo menos teremos carta branca para consertar se der errado.
- Sim, concordo com você, mas
eu sou otimista. E quer saber? Quem entende e aprecia o nosso trabalho irá
aprovar a ideia. Nosso fandom é inteligente, assim espero. Torço para darmos
boas risadas com Castle e Beckett.
- E eu torço para que você
esteja certo. De qualquer forma, foi muito bom você estar ao meu lado,
ajudando.
- Você me pediu, eu concordei e
acredito ter gostado de opinar. Talvez me ausentar totalmente seja um erro. De
agora em diante, vou querer participar das reuniões – a campainha tocou – opa!
Chegou a nossa pizza. Está com fome?
- Bastante! – eles comeram
muito bem. Conversando, trocando caricias, rindo. Terminada a pizza, Nathan
serviu a torta para os dois. Estava deliciosa. Stana foi obrigada a repetir
mais um pedaço. Finalmente satisfeita, ela levou os pratos para a pia, lavou-os
rapidamente observando Nathan terminar o copo de vinho. Depois, ela sentou-se
ao colo dele, envolvendo o pescoço com os braços.
- Sabe, eu fiquei impressionada
com a sua atitude hoje. Com relação as aranhas. Vai mesmo fazer a cena?
- Vou sim, duvida de mim?
- Claro que não. Você está sendo
muito corajoso. Admiro isso em um homem. Na verdade, isso o transforma em meu
herói. E sabe o que os heróis merecem diante de atos nobres e corajosos? – ela
perguntou já mordiscando o lóbulo da orelha dele. Nathan gemeu e seu menbro
logo reagiu ao gesto. Se recompondo, ele perguntou.
- Diga, o que eu mereço?
- Prefiro demonstrar... – ela o
beijou sensualmente enquanto deslizava uma das mãos até o membro dele
apertando-o sobre o tecido e fazendo-o gemer em sua boca. Ela rebolava no colo
dele intensificando os movimentos dos lábios, querendo mais. Sentiu as mãos dele
apertarem-lhe os seios – hum, isso é muito bom... que tal irmos para o quarto?
– ela se levantou puxando-o pela mão. Subiram as escadas rindo quase tropeçando
enquanto mantinham os carinhos. Seria outra noite memorável.
Continua....