quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

[Castle Fic] Untie Me



Untie Me...

Autora: Karen Jobim
Classificação: NC17 – Romance
Histórias: Parte do projeto “Guilty Pleasures”  
Quando: Em algum lugar da sexta temporada.
Disclaimer: Castle e Beckett não me pertencem...são da ABC yada yada yada... conteúdo criado para diversão, todos os direitos da autora reservados!







Nota da Autora: Segunda história do projeto “Guilty Pleasures”. A ideia veio de um gif da Marlu! Aprovei e está feita a brincadeira. Imaginação funcionando e divirtam-se! O próximo desafio que deixo para vocês: deve ser um desejo ou fantasia de Castle, ok? Lembrem-se é TOP15 a situação tem que ser boa! Deixem as ideias no post oficial do projeto.
Uns pequenos spoilers sobre Raging Heat, nada que vá estragar a leitura de quem ainda não teve a oportunidade. Vocês sabem que não sei escrever NC sem uma história de fundo. Detesto fics que são apenas sexo!

Disclaimer: Castle e Beckett estão muito bem. Eles apenas têm trabalhado demais. Por esse motivo, tudo o que Beckett deseja é escapar da cidade por um tempo. Ela sugere um fim de semana nos Hamptons, somente os dois. E quando isso acontece, a imaginação da detetive começa a funcionar provando para o escritor que o céu é o limite.



Untie Me...

Detetive Beckett está exausta. Já passava das dez da noite quando ela finalmente terminara seu último relatório naquela quinta-feira. A semana estava chegando ao fim, porém parecia que havia se passado um mês. Em um curtíssimo espaço de tempo, ela tivera trabalhando em três homicídios de uma vez. Contava com a ajuda de Esposito e Ryan além de Castle, mesmo assim, o ritmo de trabalho fora bastante frenético. A pior parte era terminar os relatórios para então arquivar toda a papelada após enviar copias para a capitã e para a promotoria.

Ela acabara de fazer isso. Não havia mais ninguém no distrito além do pessoal do turno da noite. Beckett pegou suas coisas e dirigiu-se para o elevador. Não via a hora de se jogar na cama depois de um longo banho e dormir, sem interrupções. Castle a essa hora deveria estar no videogame. Se bem que ele dissera antes de deixa-la com a papelada que precisava escrever porque seu prazo estava se esgotando, apesar de não ter prestado muita atenção ao que ele explicara.

Assim que entrou no loft, tirou os sapatos e o casaco. Seus pés agradeceram por tocar a superfície plana. Beckett amava sapato alto, porém tinha dias que não suportava o estado de seus pés. Esse era um deles. Estranhou o silêncio no lugar. A televisão estava desligada. Será que Castle já estava dormindo?

Caminhou rumo ao quarto e o viu. Estava debruçado na mesa rabiscando algo em um daqueles seus blocos amarelos. O notebook claramente ligado. Sim, ele estava escrevendo. Provavelmente seu prazo estava bem crítico.  

- Hey...

- Oi, amor... finalmente resolveu vir para casa. Terminou seu trabalho enfadonho com a papelada?

- Sim! Estou exausta. Quero banho e cama – ela se debruçou por trás dele beijando-lhe o pescoço – quão atrasado está o seu livro?

- Tenho uma semana para escrever mais cinco capítulos, pelo menos. Gina quer ler para ter certeza de que estou fazendo um bom trabalho. Na verdade, é a maneira dela de me controlar. Um dos motivos pelo qual nosso casamento não deu certo. Ela queria controlar tudo o que eu fazia.

- Por acaso você está me dizendo isso para que eu não faça o mesmo? Sinto informar que não vou fazer nada assim. Você devia saber disso já que pretende casar com uma policial. Eu gosto de mandar.

- Ah, eu sei muito bem onde estou me metendo. Esse anel no seu dedo não está aí à toa – pegou a mão dela e levou até os lábios beijando-a – quer companhia para o banho?

- Não, Castle. Estou realmente cansada. Termine o que precisa e venha para cama.

Ela demorou meia hora no banho. Não tinha pressa e sentir a água quente tocando seus músculos cansados fazia parte da tensão ser aliviada. Aos poucos, ela foi relaxando e quando isso aconteceu, sua mente começou a pensar em maneiras de descansar, espantar o stress. Foi assim que ela teve uma ideia para o seu fim de semana.

Ao sair do banheiro, encontrou Castle já na cama. Ela se deitou ao lado dele, aconchegou-se em seu peito por alguns instantes recebendo o carinho ao sentir a mão dele pressionando-a contra si e acariciando de leve a pele.

- Estava pensando... o que você acha de irmos para os Hamptons amanhã? Um fim de semana. Somente nós dois. Bom vinho, boa companhia. Realmente preciso parar e relaxar por uns dias para me energizar novamente.

- Gostei muito da sua ideia, detetive Beckett. Você, mais do que ninguém merece esse tempo. Hamptons é sempre uma boa pedida. Eu topo com uma condição.

- Se você vai dizer sem investigação de assassinatos, eu confirmo que é algo mandatório para o sucesso do fim de semana.

- Isso também é importante, mas minha condição é outra. Você já sabe que tenho um deadline. Minha condição é que me ajude a escrever ao menos um capitulo do meu livro. A verdade é que estou meio atrapalhado na concepção do assassino, não estou gostando do que escrevi. Há um buraco na minha teoria e pensei que com toda a sua experiência de detetive, você pudesse me ajudar. Solucionar um homicídio não é sua ideia de fim de semana, mas preciso de algumas dicas e estamos falando de morte apenas no papel.

- É, acho que será interessante ver porque o mestre das teorias absurdas não está satisfeito com a história. Tudo bem, eu topo. Mas faremos isso amanhã. Quero curtir meu fim de semana.

- Temos um acordo. Amanhã cedo ligo para a casa e aviso que estamos chegando as...

- Três da tarde – Beckett completou.

- Espera, você vai sair antes do fim do expediente? Hum, bancando a detetive rebelde? Eu gosto!

- Não, seu bobo. Tenho algumas horas para tirar. Trabalhei mais de doze horas por dia essa semana, posso me dar esse direito.

- Ótimo! Saímos daqui logo depois do almoço. Passo para te pegar no distrito para almoçarmos e pegarmos a estrada?

- Tudo bem, amanhã antes de sair arrumo as minhas coisas e deixo na sala para você colocar na Ferrari depois.

- Ferrari?

- Só aceito ir para os Hamptons de Ferrari, Castle – ela beijou-lhe os lábios e puxou o cobertor para si – boa noite, babe – ele sorriu. A diferença entre Kate e Gina, ela poderia exigir e mandar, porém sempre sabia como agrada-lo, por esse motivo ele sabia que a união deles seria para sempre.

Na manhã seguinte, Kate levantou-se primeiro que Castle e teve tempo para selecionar o que gostaria de levar e que seria suficiente para o período. Satisfeita, fechou a valise e colocou na sala para que ele visse quando acordasse. Antes de sair, ela tomou um café e comeu um prato de frutas. Voltou ao quarto e beijou-o. Castle se espreguiçou todo, abrindo os olhos e encontrando-a pronta para trabalhar.

- Bom dia, dorminhoco. Estou de saída. Te vejo mais tarde, ok?

- Ok.

Conforme combinaram, Castle passou no distrito por volta de meio-dia. Nem pensou em subir para não levantar suspeitas, afinal se os rapazes desconfiassem da escapada de Beckett fariam um monte de perguntas e a última pessoa que precisava saber o que ela estava fazendo era Gates. Ele mandou uma mensagem para o celular dela.

“Estou aqui embaixo. Basta descer que podemos começar nossa aventura. RC”

Assim que o tom de mensagem disparou, ela olhou para o display. Já imaginava ser Castle. Na verdade, ela estava contando os minutos para sair dali. Para sua sorte, nenhum outro homicídio aparecera, o que lhe dava crédito suficiente para escapar do distrito. Avistando Esposito, ela fez sinal para que ele se aproximasse enquanto ela vestia o casaco.

- Espo, estou indo almoçar com Castle e depois vou ao tribunal. Quero ter certeza que a promotoria está com as informações dos três últimos casos que investigamos. Não sei se volto mais hoje.

- Tudo bem. Se Gates perguntar, eu digo isso. Agora, fala a verdade. O que você e Castle vão aprontar? Seu namorado não é nada discreto. Ele está lá embaixo na Ferrari. É muito raro ele dirigir esse carro por isso sei que você está me escondendo algo. Vão para algum hotel cinco estrelas?

- Não é nada disso, Espo. Como você sabe que ele está na Ferrari?

- Um dos patrulhinhas falou pelo rádio.

- Ah! Então, é melhor eu ir andando do jeito que o Castle adora aparecer, logo Gates vai ficar sabendo que ele estava se exibindo na frente do 12th com um carro caro e esporte. Até segunda, Espo – sem dar mais chances para o amigo perguntar o que quer que fosse, ela tomou o elevador. Entrou no carro e comentou – você poderia ter ficado longe, descrição é sempre bom sabe, Castle? Gates poderia ter te visto.

- Por que diz isso?

- Porque Esposito sabia e quis entender o que iriamos aprontar. O pessoal da patrulha viu você.

- Ah, tudo bem. O que importa é que estamos a caminho dos Hamptons. Comemos algo na estrada. Prepare-se Kate Beckett para um final de semana relaxante e divertido.

- Mal posso esperar – ela estava sendo sincera. Depois da primeira parada na estrada para comer, Kate aproveitou a ida de Castle ao banheiro e pegou a chave da Ferrari que estava sobre a mesa. Quando ele retornou, ela se recusou a devolver – minha vez de dirigir... você sabe como eu adorei fazer isso nas ruas de Nova York, imagina agora na autoestrada!

- Kate, por favor... você não pode querer dirigir um carro desses somente pisando no acelerador. Tem que ir com jeito, delicadeza...

- Está louco? Para que você ia querer um motor potente desses para andar devagar? Você parece uma garota dirigindo!

- Ouch!

- É verdade. Vou te mostrar o que é emoção – frustrado, Castle senta no lugar do passageiro. Observa a namorada ligar o carro, acariciar o volante e pisar fundo.

- Oh meu Deus! – foi tudo que conseguiu dizer. Chegaram na casa bem antes de três horas, graças a direção de Kate. Ao desligar o carro, ela saiu, espreguiçou-se e sorriu entregando-lhe as chaves.

- Isso foi maravilhoso...

- Juro que é a última vez que você faz isso com meu carro.

- Não tente se enganar, Castle. Sempre que eu quiser, vou dirigir essa belezinha. É meu direito – ergueu a mão apontando para o anel de noivado – sua futura esposa.

- Você disse bem, futura. Quando casarmos a Ferrari poderá ser usada se eu deixar, por enquanto... ela não pertence a você, podia ter nos matado! Acho que estou começando a repensar sobre a nossa relação.

- Larga de ser dramático, Castle. E se quiser o anel de volta, seria uma pena já que também perderá muitas aventuras que estou planejando para os próximos anos, a começar por esse fim de semana. Tem certeza que quer continuar essa discussão? – ela olhou séria para ele, no fundo estava apenas provocando-o para ver a reação.

- Ah, que isso, amor. O que é meu, é seu – ele se aproximou entregou a chave do carro novamente para ela e agarrou-a pela cintura para lhe dar um beijo.

- Melhor assim – eles entraram na casa, deixaram suas coisas no carro. Kate bisbilhotou a cozinha e descobriu que não estava nem um pouco a fim de cozinhar. Sua mente e sua energia queriam estar focadas em coisas mais interessantes – Castle, podemos jantar no píer hoje? Estamos aqui para relaxar e não estou a fim de ficar na cozinha.

- Claro! Nada de trabalhar exceto pelo que você me prometeu. Tem que me ajudar a fazer o capitulo, lembra?

- Sim, não esqueci. Eu sei que disse para fazermos isso hoje e nos livrarmos logo, mas... na verdade... – ela se aproximou dele, Castle estava sentado no banco da cozinha americana. Se colocou entre as pernas dele, acariciou-lhe o peito e roçou seu nariz no rosto – devíamos cuidar um do outro, por exemplo, eu estou cansada, suja da estrada. Adoraria tomar um banho e ter alguém para esfregar minhas costas. Depois uma massagem nos pés seria bem interessante. Talvez assim, eu esteja pronta para jantar.

- E-eu... posso – ela tinha a mão sobre o meio das calças dele – eu...

- Pode o que? – ela sussurrou em seu ouvido, mordiscando-lhe a orelha enquanto a mão continuava instigando-o no mesmo lugar.

- Esfregar... suas... Deus! Costas... – ela se afastou dele indo rumo ao quarto. Castle engolia em seco.

- Reserve nossa mesa. Não quero chegar no restaurante e ficar esperando. Afinal, quero comer lagosta. Não demore muito, eu realmente preciso da sua ajuda. Ele ainda ficou alguns instantes parado assimilando o que acabara de acontecer. Deus! Ele adorava esse jeito provocante e mandão de Kate. A verdade era que ela podia fazer gato e sapato dele, não se importava. Ela era a única capaz de fazer isso de uma maneira que ele gostava e acabava cedendo aos seus caprichos. Não, Kate Beckett não era uma mulher de caprichos, pedidos. Sim, essa palavra soava bem melhor.

Ele a encontrou deitada na banheira de olhos fechados. Percebeu quando ele se juntara a ela pelo barulho das roupas sendo jogadas no chão. O peso dele na água foi responsável por faze-la escorregar um pouco da lateral onde se apoiava. Não se importou, pois logo sentiu os braços fortes dele ao redor da sua cintura puxando-a para si e acomodando-a de costas para ele. Kate pode sentir o membro já excitado contra suas costas. Castle pegou a esponja e o sabonete líquido dela e começou os trabalhos.

Esfregar as costas era apenas um pretexto para passarem um tempo sozinhos mergulhados na água quente, sentindo o calor de seus corpos. Pele contra pele. Logo começaram as caricias, os beijos e o simples esfregar de costas evolui para uma nova etapa. Fazer amor.

Quando terminaram a brincadeira no banheiro, ela passou boa parte do tempo andando nua pelo quarto enquanto cobria sua pele de cremes. Castle sentou-se na cama e ficou apenas observando as ações de Kate. Acabou vestindo a lingerie e uma camiseta da NYPD para então sentar-se na cama. Ia pedir para Castle massagear seus pés e somente nesse instante percebeu que ele não estava mais a seu lado.

- Não acredito – ela falava alto, já que não sabia aonde ele fora – quer dizer que foi só eu me vestir para que você perdesse o interesse? Você ainda não completou sua tarefa. Cadê a minha massagem nos pés? Estou pensando seriamente em não calçar as minhas sandálias altas, o que seria uma pena porque ficam muito bonitas com o vestido curto que trouxe e... – ela parou de falar ao vê-lo entrar no quarto com duas canecas de café. Entregou uma a ela. O desenho do coração estava lá.

- Você estava dizendo... – ela sorriu assim que bebeu o primeiro gole de café.

- Estava dizendo que tenho o melhor namorado do mundo. Como adivinhou que eu queria café?

- Porque eu conheço você. Café te faz relaxar, Kate.

- Obrigada – beijou-lhe os lábios – agora, senta aqui do meu lado – ele obedeceu. Na mesma hora, Kate jogou as duas pernas em seu colo – faz uma massagem, quero estar bem para o nosso jantar...

- Sempre agindo com golpe baixo, não? – ele sorriu balançando a cabeça, começando a massagear os pés dela.

- O que eu posso dizer? Conheço minha audiência...

Mais tarde, eles conseguiram se arrumar e chegar no restaurante no horário da reserva. Nove da noite. Kate sentia-se segura desfilando com Castle pelos Hamptons, especialmente depois que expusera para a sociedade nova-iorquina seu relacionamento. Algumas caras eram familiares por ali, apesar que ela deixava a parte social por conta de Castle.

Sentaram-se numa mesa com vista para o mar. Apesar de ser noite e a praia não estar tão iluminada naquele ponto, a luz do luar refletia no oceano tornando a paisagem mais bonita e o clima de romance ainda melhor. Castle pediu um vinho branco, ceviche como entrada e ordenou as lagostas como Kate tinha pedido. Estavam bem à vontade aproveitando seu momento juntos, trocando caricias e beijinhos e conversando sobre assuntos normais. As armas, motivos e assassinatos foram completamente esquecidos naquela noite.

Após o delicioso jantar, eles dividiram a sobremesa porque Kate não conseguia mais comer nada. Também por esse motivo, ela convenceu Castle a fazer uma caminhada na praia antes de entrarem em casa. Tirando a sandália, ela fez questão de pisar na areia. Claro que o passeio também fora um pretexto para passar mais um tempo abraçada ao corpo dele principalmente quando o vento frio das marés a atingia e podia pedir para que ele a protegesse envolvendo-a com seu corpo. Castle já tinha dado seu paletó para tentar diminuir o frio, mas estava adorando ficar agarradinho com Kate.

Ao entrarem em casa, Castle sugeriu tomarem um café com conhaque para esquentar. Ela não recusou. Sentados no sofá, ele tratou de ligar a lareira para que ela ficasse mais à vontade. Assim que o café acabou, ela inclinou seu corpo sobre o dele buscando seus lábios. Perderam-se por minutos em um pequeno jogo de sedução até o momento que Kate pediu.

- Acho que estou com calor, mas ainda sinto frio... que tal irmos para a cama nos esquentar?

- Pensei que nunca ia pedir... mas, calor e frio ao mesmo tempo? – não havia resposta para a leve provocação de Castle. Os dois saíram correndo para o quarto, loucos para se jogarem nos braços um do outro.

Na manhã seguinte, Kate acordou com um beijo suave de Castle em seu ombro, seu colo, seu rosto. Sentiu o aroma do café adentrar por suas narinas e abriu os olhos apenas para se deparar com ele a admirando e uma bandeja de café da manhã.

- Hey... vejo que você está bem relaxada. São quase dez da manhã.

- Dormi maravilhosamente bem. Bom dia, babe! – ela lhe deu um beijo sentando-se na cama em seguida – hum, estou sendo muito mimada esses dias. Se soubesse que seria assim, teria sugerido virmos aos Hamptons bem antes.

- Diga, Kate. Quando foi que eu não mimei você?

- Touché!

Após o belo café da manhã, Kate levanta-se para tomar um banho rápido e sentindo-se energizada, ela decide ajuda-lo com a escrita.

- Tudo bem, escritor. Qual é o problema com Nikki que você não consegue resolver?

- O problema não é com a Nikki, é com o caso que ela está investigando. Eu tive uma ideia para destacar o motivo, escolher a arma do crime e o culpado. Quando coloco tudo isso junto, parece tão sem graça, tão comum. Acho que o meu motivo está bom, mas precisa de mais detalhes. Deixa eu abrir o arquivo para você entender do que estou falando. Vamos para o meu escritório.

Castle a puxou pela mão carregando o notebook na outra. Acomodou tudo que precisava e ligou a televisão enchendo a tela de informações sobre o seu livro. Kate se colocou bem na frente analisando a exemplo do que fazia com seus quadros de evidência. Permaneceu calada por alguns minutos.

- Certo. Eu entendi a ideia. Mortes bem loucas, não? E o comissário de polícia envolvido, isso é pesado.

- Apenas um desvio na história.

- Sei, pra Rook ter o prazer de dizer a Nikki que ela prendeu o homem errado. Sinto cheiro de “a arte imita a vida” bem nesse pedaço. Então, o motivo é interessante. Mas você está se demorando muito para conectar as pistas e ainda tem o furacão. De onde tirou essa ideia? Nem vou falar da relação de Nikki e Rook, eles estavam tão bem aí você faz Nikki esconder dele sobre... – ela parou de falar. Segurou a respiração por um breve espaço de tempo. Ele estava claramente abordando o que aconteceu com eles de uma forma diferente.

- Então, detetive, a arte imita a vida novamente?

- Pensei que isso tivesse ficado para trás – Kate estava sentindo-se insegura diante dele. Era passado superado, ou pelo menos ela achava que sim.

- E ficou. Mas como Nikki é inspirada em você, por que não usar um pouco de intriga para apimentar a relação antes de leva-la para outro nível? É inspirada na nossa história, não igual – ele notou que ela ficara bolada com a situação, aproximou-se dela beijando-lhe a testa que formava pequenas rugas de preocupação, abraçou-a pela cintura – está tudo bem conosco. Nikki e Rook são um casal da ficção com seus próprios problemas. Castle e Beckett são diferentes. Eles se amam, estão bem e curtindo um ótimo fim de semana a dois nos Hamptons. Agora, que tal colocar aquela pose de detetive e me ajudar a solucionar de forma convincente esse caso? – sorrindo timidamente, ela balançou a cabeça concordando e retribuiu o beijo.

- Eu não gosto de lembrar disso. Porque as poucas vezes que fiz, me peguei pensando em como teria sido a minha vida se não tivesse escondido o que sabia de você. Talvez tivesse morta nesse momento. Eu achei que era meu fim naquele telhado. E depois o FBI, e...

- Hey... chega de remexer em assuntos tristes do passado, amor.

- Tudo bem. Vamos focar no caso – ela passou a mão no rosto seguindo pelos cabelos. Olhando fixamente para a tela a sua frente, falou – para começo de conversa, esse motivo está muito amplo para a linha do tempo que você propõe. Precisa ser mais objetivo. Ache um novo motivo.

- Não! O motivo está bom! – ela enrugou a testa olhando para ela quase chorando.

- Castle, você quer minha ajuda ou não?

- Tudo bem, novo motivo – disse ele suspirando e já apagando o que havia escrito. As próximas três horas foram dedicadas a rever cada um dos pontos da história que Castle criara. Juntos, eles discutiram os pontos fortes e fracos do enredo, as cenas dos crimes, o culpado e o caminho para chegar até ele. Kate inclusive deu uma sugestão de como tornar a caçada ao criminoso mais eletrizante e como não poderia faltar, falou de Nikki, Rook e sexo.

- Acho que terminamos, agora é com o gênio da escrita. Trate de colocar tudo no papel. Enquanto faz isso, vou aproveitar e fazer algo para comermos. Estou com fome.

- Tudo bem. Chame quando estiver pronto.

- Sim, patrão! – ela olhou para Castle com uma cara safada e mostrou a língua. Obviamente, Kate não perdeu muito tempo na cozinha. Preparou uma salada, fez um empanado de frango e o purê de batata que ele tanto gostava. Também cuidou da bebida fazendo um suco misturando couve, maçã, gengibre e chá verde. Alguma coisa saudável esse homem precisava comer. Quando terminou colocou tudo na mesa e chamou-o.

Sentaram-se a mesa e saborearam a refeição. Ele já ia na geladeira pegar uma coca-cola quando ela o impediu.

- Nada disso. Vai tomar o suco que fiz.

- Verde? Por acaso sou o Popeye? Você colocou espinafre aqui?

- Não é espinafre. É couve. Prove garanto que vai gostar – ele fez uma careta antes mesmo de provar – vamos, Castle. Você não pode comer apenas besteiras. Se não tomar o suco, não vou brincar com você mais tarde.

- Ok, isso foi uma ameaça. Eu não gosto quando usa o sexo para me ameaçar ou conseguir as coisas. Pensei que as mulheres não queriam ser lembradas por usar seu poder de sedução com os homens. Não é esse o grito das feministas?

- Cala a boca e bebe o suco, Castle. Você já sabe as consequências de não fazê-lo.

- Você é terrível, Kate Beckett – tapando o nariz, ele virou o copo de uma vez. Kate apenas o olhava como uma mãe observar o filho pequeno comer os brócolis – isso é muito ruim. Pelo menos terminei. Você não pode me negar diversão nenhuma.

- Veremos. Você ainda vai escrever?

- Sim, da forma que trabalhamos preciso fazer alterações em capítulos anteriores. Por que pergunta?

- Estou com preguiça de sair. Acho que vou me deitar no sofá, ver se tem algum filme interessante na tv, se importa?

- Claro que não, se quiser companhia, posso me juntar a você.

- Adoraria, mas aí você vai se distrair.

- Não vou, confie em mim – eles sentaram-se no sofá. Ou melhor, Castle estava sentado com o computador apoiado numa mesinha portátil, Beckett estava deitada com as pernas sobre o colo dele, zapeando os canais da televisão. Achou um programa de culinária que a entreteve por uma hora enquanto ouvia o som das batidas das teclas que Castle fazia completamente concentrado na tela do notebook a sua frente. Às vezes, ele batia tão rápido que ela tinha a impressão de que as teclas iam voar a qualquer momento.

Ao cansar da televisão, ela se levantou desaparecendo por um tempo. Ele estava vidrado na história que nem percebeu. Na verdade, Kate já estava matutando algo empolgante para a noite e sua sumida foi, de certa forma, estratégica. Retornou com um dos livros dele nas mãos. Tornou a deitar-se no sofá na mesma posição e abriu o exemplar de Naked Heat. Ele notou a presença dela apenas acariciando seus pés. Depois, o barulho do teclado recomeçou.

Kate estava tão absorta na leitura que nem reparara que já anoitecera. Ela sequer lembrava a última vez que tirara uma tarde para si, para curtir o ócio. Ler um livro. Tudo bem, essa parte do livro era um pouco de exagero, sempre conseguia ler ao menos um capitulo de alguma obra que tinha em sua cabeceira. A exceção ficava por conta dos livros de Castle que lia de uma vez, virava madrugada se fosse preciso. E não contava isso a ele, justamente pelo problema de ego que ele já tinha.

Checou o relógio. Sete da noite. Resolveu levantar-se e começar a agitar as coisas. Se pretendia fazer a noite ser diferente teria que agir já. Espreguiçou-se, mantendo seu disfarce de puro fingimento, queria um pretexto para não saírem de casa.

- Castle, não estou com ânimo – percebeu que ele não a ouvia – Castle... hey, babe...Castle – nada, então apelou – Rick Castle!

- O que? Você está gritando?

- Eu tentei chamar, mas parece que está no mundo da lua.

- Desculpe, a concentração... e, diga amor? O que você quer?

- Estava falando que estou sem ânimo de sair, também quero uma refeição leve para o jantar então que tal você encomendar algo? Estava pensando em camarão. Assim, podemos ficar aqui, juntinhos, sem notebook entre nós – ela se inclinou para beijar-lhe o pescoço – sem prazos, homicídios de mentira... hum, Rick, gosta da ideia?

- Muito. Se o problema é sair de casa, posso resolver em cinco minutos. Ligo para um restaurante excelente aqui perto. Encomendo seus camarões, talvez umas ostras, eles têm coisas ótimas e podemos curtir nossa noite.

- Sem escrever.

- Sim, sem escrever. Quer dizer, falta pouco para eu terminar mais um capítulo. Pode valer a partir daí?

- Tudo bem. Você pede nosso jantar, termina de escrever enquanto isso, tomo meu banho. Quando eu voltar aqui para a sala, não quero ver suas mãos esse notebook. Elas podem estar segurando duas taças de vinho ou se preferir, estarão livres para me abraçar... entendeu o recado, Castle?

- Alto e claro, detetive – ela sorriu desaparecendo rumo ao quarto. Antes dela retornar à sala, Castle já preparara a mesa do jantar. Tinha recebido as comidas, escolhido o vinho e deixado seu notebook no escritório. Achou estranho um dos seus exemplares de Naked Heat estar sobre a mesa. Guardou-o também, isso só podia ser obra de Kate. Subiu as escadas para encontrá-la ajeitando o cabelo já pronta para jantar. Vestia uma calça jeans e uma camiseta de alcinha. Estava prendendo o cabelo em um coque quando ele a impediu.

- Não, deixe-o soltou. É tão bonito... – sorrindo, ela acatou o pedido – bem melhor. Vou tomar um banho rápido. Estou a sua disposição para quando quiser jantar – ele não se demorou no chuveiro. Ao descer as escadas, a encontrou sentada no sofá com uma taça de vinho na mão. Ao vê-lo, pegou outra taça e entregou na mão dele.

- Os papéis se inverteram?

- Um pouco. Pelo menos não há um sinal sequer de notebook por aqui – ela triscou seu copo no dele, simulando um brinde – tim, tim?

- A nós, Kate. E aos momentos a dois – eles beberam o vinho e Castle a enlaçou pela cintura aproximando seus corpos. O toque dos lábios foi gentil, o beijo repleto de carinho e sedução – hum... estamos entrando em clima de romance?

- Talvez... romance é bom, beber, jantar a dois e quem sabe a noite não evolui para algo mais interessante?

- Gosto muito da ideia. Vamos jantar?

Eles jantaram na mesa caprichada que Castle arrumara para eles. Os talheres, a toalha, o arranjo de flores e a comida. Ele acertara em tudo. O camarão estava delicioso, havia caranguejo e ostras. De sobremesa, uma torta de abacaxi, segundo ele para ajudar na digestão. Ao final, Castle a arrastou para a sala servindo nova taça de vinho para ambos. Sentados no sofá, as coisas começaram a ficar mais intensas. O beijo calmo e sedutor de antes, transformou-se em algo urgente, passional. Castle já metia a mão por baixo da blusinha de alças que ela usava, o que era um claro sinal de que se não o parasse, ela não teria mais controle da situação e não conseguiria realizar seu plano.

Empurrou-o para longe, tentando manter distância. Ajeitou sua roupa. Ele olhou-a intrigado.

- Porque parou? Achei que o próximo passo da noite era esse, algum problema, Kate?

- Não, problema nenhum. É que eu sabia que se não o parasse agora, não responderia por mim.

- Esse é o ponto não? Estamos nas preliminares. Perdi alguma coisa? – ela viu que ele ficara preocupado, tratou de corrigir o mal entendido.

- Não, babe. Você está certo. O ponto é que...- ela mordisca os lábios e olha com uma cara bem safada para Castle – eu tenho uma ideia em mente para testar hoje. Venho pensando nela desde que começamos a discutir o livro pela manhã. Acho que podemos aproveitar que estamos sozinhos e tentar.

- Hum, estou entendendo. E do que se trata essa sua ideia?   

- Ah, se eu contar não vai ter graça. Mas estou pronta para realiza-la, passo a passo. Quer vir comigo?

- Nem precisa falar duas vezes – de mãos dadas, eles subiram para o quarto. Kate já deixara a lareira acessa e várias velas espalhadas pelo quarto. Ao lado da cama, havia uma cadeira que não fazia parte da decoração do quarto. Kate fechou a porta.

- O que quero que faça é tirar todas as suas roupas enquanto eu também troco as minhas – ela já vira a camisa voar para o chão, rindo ela continuou – isso foi rápido. Volto já. Vou até o banheiro – e Kate também não se demorou, porém, ao retornar, vestia uma bela camisola transparente preta. Trazia consigo, algo escondido nas mãos.  Encontrou Castle totalmente nu sentado na cama.

- Pensei que você ia aparecer sem roupa – ele completou – nada contra a sua camisola. Bem sedutora.

- Castle, vamos começar a brincadeira. Você pode se sentar nessa cadeira? – ele obedeceu. Em seguida, ela pegou a fita adesiva que escondia nas mãos e mostrou para ele numa boa, já levando a boca para cortar o primeiro pedaço com os dentes, então lembrou-se, não começaria por ali. Pegando uma tesoura que deixara estrategicamente na gaveta de cabeceira, ela passava a fita entre uma das pernas dele e a perna da cadeira. Ao sentir que estava presa o suficiente, ela cortou a ponta e repetiu o processo com a outra perna.

- Kate, tem mesmo necessidade de amarrar minhas pernas? Eu já estou sentado na cadeira.

- Não conteste as regras.

- Você não falou nada sobre regras – ela juntou os dois braços dele e passou a fita por eles e uma das partes das costas de madeira da cadeira, de maneira a não deixá-lo mover o braço sobre a cabeça e estragar a diversão.

- As regras são as seguintes. Você não terá direito de me tocar, ficará sentado nessa cadeira enquanto eu irei brincar com seu corpo. Ah, o mais interessante, também não poderá falar.

- Mas e os beijos?

- Se eu quiser e quando eu quiser, posso retirar a fita que colocarei sobre sua boca. Minha escolha.

- Isso não é justo! Isso é tortura, não poder tocar em você.

- A vida não é justa. Muito menos as regras desse jogo, mas algo me diz que você vai gostar muito – ela pegou um pedaço da fita cortando-a em seus dentes - pronto? Ah, lembrei que você não tem escolha – Kate tapou-lhe a boca com a fita usando seus dedos para se certificar de que estava bem presa – ótimo, podemos começar – propositalmente, ela se afastou para observa-lo. Castle parecia um pouco chateado com a situação, mas ela conseguia ver a ansiedade pelo próximo passo em seu olhar. Ela segurou o membro dele com a mão.

- Tsc, tsc, tsc... está mole... preciso dar um jeito nisso – ela se afastou ligando a pequena caixa de som que havia na cabeceira, começou a dançar tranquilamente pelo quarto indo na direção das velas – o segredo dessa experiência é proporcionar o máximo de estímulo possível para o seu parceiro. Seja visual, por áudio, toque ou sensações. Visualmente, tenho certeza que gosta do que vê. A música no ambiente é sedutora, assim como podem ser as palavras que direi a você – ela pegou uma vela, acendeu-a e trouxe consigo até onde Castle estava.

Ela deixou-a sobre a cabeceira. Podia ver o pomo de adão subindo e descendo, ansiando pelo próximo passo. Kate tirou a camisola jogando-a no chão ficando apenas de calcinha. Tomou seu membro novamente em suas mãos, dessa vez acariciando-o.

- O segredo do toque é ser breve, delicado e igualmente preciso. Pode sentir como minhas mãos te tocam, Castle? – os olhos azuis estavam vidrados nela. Começavam a ficar mais claros, as pupilas se abriam, dilatando-se. Ele gemeu – o poder do toque é precioso – sentia o membro começar a ficar excitado em suas mãos, por isso ela o largou. Sentou-se com as pernas abertas sobre o colo dele.

- O contato da pele é mágico – ela encostou seu corpo no dele, colocou as mãos envolta do pescoço. Seus lábios e língua se apossaram do rosto e da orelha, lambendo, mordiscando, beijando. Esfregava o corpo no dele, criando uma fricção que o deixava ainda mais excitado. Castle se contorcia na cadeira o que somente aumentava o prazer que sentia.

- Pode sentir, Castle? – ela agora acariciava o peito dele com as mãos, apertava seus mamilos fazendo-o gemer. O membro dele já estava mais que pronto para recebe-la, mas ainda não era o momento. Kate também já estava úmida e extremamente excitada, louca para tê-lo. Pegou a vela e olhando-o fixamente como se pudesse penetrar aqueles olhos azuis, ela virou derramando cera quente em seu peito. Ouviu o grito suprimido pela fita em sua boca. Sorriu.

- Sensações. Dor de prazer – repetiu o gesto para ouvi-lo arquear o corpo e gemer novamente. Kate debruçou-se para beijar e lamber o local onde a cera quente caíra. Ergueu-se da cadeira e tirou a calcinha. Sua última peça de roupa. Ela já não aguentava ficar brincando, queria-o dentro dela. Outra vez, derrubou a cera sobre o seu ombro queimando-lhe a pele. Ela beijou o local para logo em seguida, morde-lo.

A vela ainda não terminara sua função. Foi com o olhar de desespero que ele viu Kate virar a vela sobre sua coxa, por um instante acho que ela ia fazer algo com seu membro. Ao sentir o calor da cera no interior da sua coxa, ele gritou e sacudiu-se na cadeira. Ela debruçou-se se colocando de joelhos e beijou o local. Sua boca foi subindo deixando uma trilha de beijinhos até alcançar o membro. Então, ela o provou. Por alguns segundos, Castle foi incapaz de se mexer. Ela trabalhava sentindo o quanto ele estava perto de se render a ela. Ao fita-lo via como seu peito estava vermelho, ela estava levando-o ao limite. Ciente de que ela mesma não podia mais esperar, Kate levantou-se e sentou-se acomodando o membro rijo dentro de si.

Segurando-se nos ombros de Castle, ela começou a mexer-se. Subindo e descendo de maneira calma e ritmada. Ela não tirava os olhos dele. Podia ver o desejo, a luxúria ali. O passo mudou, o ritmo se intensificou. A frustração de não poder toca-la misturava-se com o desejo de possui-la. Kate via tudo através dos olhos azuis. Ela já não podia se conter, o corpo começava a tremer, sentia seu interior latejar com o movimento do membro dentro de si. Não podia mais esperar, não queria. Porém, não gostaria de sentir prazer sozinha.

- Vem, Castle... quero ver você se render... – ela mordiscou o queixo dele, os ombros. A onda chegara e a atingiu fazendo suas mãos fincarem na pele dele. Kate jogou a cabeça para trás, seu pescoço e colo estavam vermelhos. Continuava movendo-se, sentia o ritmo dos quadris de Castle aprofundando-se dentro dela. Era uma explosão de sensações. Ela gozou, ela gritou e ele fez o mesmo, embora suprimido pela fita em sua boca.

Kate jogou seu corpo sobre o dele por alguns segundos. Dane-se a brincadeira, pensou. Arrancou a fita dos lábios dele devagar para não o machucar e sequer deixou-o falar ou respirar. Seus lábios colidiram com os dele em um beijo intenso, quase selvagem, cheio de desejo. Ao se afastar para fita-lo, percebeu que os olhos de Castle quase imploravam para ela. O som rouco que escapou de sua boca quase se perdeu.

- Por favor, me desamarre...

Kate, sem sair de cima dele, pegou a tesoura e cortou parte da fita dos pés para que ele pudesse se soltar, depois foi a vez das mãos. No instante que isso aconteceu, ela sentiu o aperto de uma delas em sua cintura e outra em seus cabelos puxando-os para trás expondo sua boca a mercê de Castle. Ele a beijou com luxúria, devorou seu pescoço e quando menos ela esperava, a atirou na cama jogando todo o seu peso sobre ela.

Castle explorou cada pedacinho de pele que conseguia encontrar em seu caminho até chegar ao local mais ansiado. Afastou as pernas dela e a devorou. A intensidade do orgasmo que se seguiu foi tão grande que Kate sentiu a cabeça zonza, quase desmaiou. Mas Castle estava longe de terminar, ele a penetrou de uma vez, rápido e profundamente fazendo Kate gritar. O ritmo frenético no qual se movia dentro dela, levara a experiência de ambos a outro patamar.

Sentiu os lábios de Castle provando, mordendo quase que torturando seus mamilos. Desejo aflorava-lhe pela pele, tomando-lhe o corpo e resultando em um novo orgasmo. Novamente, ele usou da pressa imbuída no desejo de possui-la para estocar com força e rapidez dentro dela. Ela se entregou primeiro dessa vez. Castle ainda quis explorar mais o corpo diante de si. O coração batia descompassado até o minuto que resolveu ceder.

O quarto estava silencioso novamente. Apenas a música que ela colocara embalava a respiração dos dois amantes. Completamente exauridos pela doce loucura de fazer amor. Castle virou-se para o seu lado da cama e puxou-a consigo aninhando-a em seu peito. Kate sentia-se dolorida. Suspirou. Dor de amor não dói, pensou. Castle afagava seus cabelos. Parecia menos cansado que ela, talvez porque todo o esforço havia sido seu.

- Kate?

- Hum... não consigo me mover.

- Está tudo bem?

- Sim – ela deixou os dedos tocarem nas marcas da cera pelo peito dele – tudo bem, só cansaço.

- Que experiência. Não sabia que estar de mãos atadas poderia ser ao mesmo tempo tão excitante e frustrante. Eu amei, mas tenho que agradecer todos os dias por poder te tocar. A ideia de ser privado disso me apavora. Foi intenso, tão diferente!

- A pior parte foi não poder beija-lo. Eu adoro seus lábios, seus beijos, o toque de nossas bocas juntas.

- Como você teve essa ideia?  

- Durante a discussão do capitulo, lembrei da história que você queria criar anos atrás. Prendendo Nikki numa cadeira. Você me contou que queria fazer isso no Naked Heat. Eu queria tentar algo novo e funcionou.

- Eu não mencionei nada de velas.

- As velas foram um toque a mais – ela virou a cabeça para fita-lo – a ideia de usar o fogo é excitante – beijou o peito dele.

- Definitivamente, vai para a lista de melhores. Quem diria, eu desperto esse lado em você. Foi por causa da minha imaginação, por discutir o meu livro que você fez isso acontecer. Eu não poderia ter pensado em algo assim. Se foi o clima dos Hamptons também a inspirou acho que devemos vir para cá todo o fim de semana.

- Bobo, não funciona assim e pare de inflar esse seu ego – ela voltou a se esfregar no corpo dele, dessa vez escalando-o para ficar com o rosto na mesma altura. Acariciou o nariz dele, passou os dedos sobre os lábios e o beijou apaixonadamente – quem sabe da próxima vez você não usa sua criatividade para mistérios e me surpreende com algo? – ela começou a erguer-se da cama.

- Aonde pensa que vai?

- Preciso ir ao banheiro – ele viu a forma que ela caminhava. Sim, estava dolorida – e nem pense em outra rodada, mal consigo andar. Ele riu do jeito dela. Sua mandona preferida. Como ele amava essa mulher! Kate retornou deitando-se novamente em seu peito puxando a coberta ajeitando-a sobre eles – estou cansada, preciso dormir...

- Viu no que dá sua mente poluída? Está cansada e dolorida. Tem certeza que não precisa de algo? Desculpe por ter te machucado, amor.

- Tudo bem, não é nada. Faz parte do momento. Só preciso de uma boa noite de sono.

- Madrugada você quer dizer. Já são três da manhã. Sua sorte é que amanhã é domingo e não precisamos acordar cedo. Boa noite, Kate.

- Boa noite, Cas... eu te amo.

- Always – sorrindo no escuro ele pensava sobre sua sorte. Tinha uma mulher maravilhosa, uma boa vida e o melhor sexo que um homem poderia querer. A próxima vez será por minha conta, Kate... ah! Você não perde por esperar, detetive, ele pensou. Satisfeito, fechou os olhos e aconchegou-se ainda mais ao corpo quente e esbelto ao seu lado.

Amor e sexo. Combinação perfeita para Castle e Beckett.


The End


6 comentários:

Unknown disse...

Uaaaaaaaaaal. muito bom!!!

Unknown disse...

Uuau! Até eu fiquei inspirada com essa fic maravilhosa (aquela carinha) hahaha acho que nem preciso dizer o quanto eu amei essa fic né? Você já sabe muito bem o quanto nos amamos TODAS as fics que você escreve, não esperava menos vindo de você. 😙💙

CYBERBULLYING NÃO disse...

Concordo plenamente com a Ana, todas as suas fics são ótimas, adoro!

Karen Jobim _ Escritora e seriadora!!! disse...

Muito obrigada!!! Vcs me deixam sem jeito....#vergonha

E vou escrever mais!

rita disse...

Excelente como tudo que você escreve!! Já reli várias vezes Beijos.

rita disse...
Este comentário foi removido pelo autor.