Nota da Autora: Finalmente saiu mais um capítulo, ainda estamos em 2015 por aqui. Hora de celebrar o natal e trocar presentes. Inclusive, com direito a cenas hots... faz parte do pacote. Agradeço a paciência de vocês em esperar. Tento mesmo escrever o mais rápido possível, mas... nem sempre dá! Enjoy!
Cap.62
Ao chegarem na casa da mãe, Stana e a irmã
foram recebidas com muita festa. Anne estava morrendo de saudades da tia e se
agarrou a ela de uma forma que Rada teve que brigar com a menina para poder dar
um abraço na filha. A mãe notou que Stana estava muito sorridente, parecia bem
feliz.
- Você parece bem, filha. Com a aparência um
pouco cansada, mas relaxada, feliz. Tem algo acontecendo que eu não saiba?
- Nada, mãe. Só estou feliz em ver vocês. O cansaço
é porque tive que filmar até de madrugada para pegar essa folga. Cadê o Marko e
o pai?
- Estão lá fora fazendo churrasco para o jantar.
É a refeição mais fácil enquanto estou cuidando das coisas para a noite de
natal. Vá deixar as coisas no seu antigo quarto, você e Gigi ficarão nele junto
com a pequena se ela quiser. Depois volte aqui que preparo um café e tem
bolinhos, seus preferidos.
- Oba!
- E para mim? – perguntou Gigi – tudo especial
é para Stana?
- Deixa de ser linguaruda, Gigi. Fiz para você
também. Subam logo e não demorem – rindo elas subiram as escadas com as
pequenas malas. Anne obviamente foi atrás. Assim que estavam sozinhas no
quarto, a menina perguntou.
- E o tio? Foi para casa? Anne está com muitas
saudades dele. Vou poder dizer oi quando a tia estiver por aqui?
- Sim, na verdade vou mandar uma mensagem para
ele agora e ver se pode falar comigo, não podemos demorar porque sua vó está
esperando que a gente desça.
- Acho que não é uma boa ideia falar nesse
momento – disse Gigi.
- É, tem razão. Vou apenas avisar que cheguei.
- Ele mandou presente para a Anne?
- Anne! É por isso que quer falar com ele? Para
saber do presente? Isso é feio! – a menina revirou os olhos para a tia.
- Não, eu quero conversar com ele. Só perguntei
porque é natal e ele gosta de dar presentes. Aposto que comprou um montão para
você, tia Stana.
- Não mesmo, mas se comprou eu somente irei
descobrir quando voltar para Los Angeles, portanto segure essa curiosidade. E
cuidado com o que fala, mocinha. Sua vó não é boba. Vamos descer, Gigi? Você
pode vir com a gente também docinho, aposto que quer comer as delicias da vovó.
- Quero sim! – as três desceram rindo e falando
alto até chegar na cozinha o que certamente alegrava a dona Rada. Ela já
colocara os bolinhos, eggnog e estava fazendo um café bem fresco para suas
meninas – hum, parece gostoso vovó!
- Sente-se, Anne! Gosto de ver a casa animada
assim, me lembra quando vocês eram pequenos. Gritos, risadas, as vozinhas
espalhadas pelos quatro cantos. Agora era o momento da segunda geração, mas
parece que somente o Marko e Peter pensaram nisso. E eu achava que as minhas
meninas iam me surpreender com netos, tudo o que fazem é trabalhar, carreira,
mais trabalho, viagens – Rada serviu as filhas de café. Stana que tinha um
bolinho na mão, de repente ficou séria. Gigi notou de imediato a mudança no
semblante da irmã, de relaxado e sorridente para bastante sério. Podia jurar
que vira lágrimas acumuladas naqueles olhos esverdeados. Tentando evitar que a
mãe percebesse, ela tratou de dar uma resposta rápida e mudar de assunto.
- Os tempos são outros. Falando em tempo, como
será o jantar amanhã? Ainda tem muito o que fazer? Vai querer ajuda, mãe? Quero
saber que horas vamos comer!
- Gigi oferecendo ajuda, no mínimo está com
segundas intenções. O que você pretende provar durante o preparo, mocinha? – Dona
Rada não percebeu a mudança que acontecera com Stana, deixando Gigi aliviada.
Ainda precisava consertar isso. A última coisa que queria era ver a irmã triste
ou preocupada com bebês em pleno natal.
- Nada, dona Rada! Só ajudar mesmo...
- Eu não me importaria de lamber a tigela do
bolo de chocolate... – disse Anne enfiando o quarto bolinho na boca, o que fez
as mulheres da família Katic rirem, inclusive Stana.
Mais tarde, a mãe percebeu que Stana se isolara
em um canto da sala com seu tablet e o fone de ouvido. Estava escutando as
músicas de Sara tentando trazer de volta a alegria do momento e esquecer as
preocupações que rondavam sua mente.
- Filha, está tudo bem? Você chegou tão alegre,
sorridente e agora está isolada aqui com esses brinquedos tecnológicos. Foi
alguma coisa que eu disse?
- Não, mãe está tudo bem. Só estou relaxando um
pouco para me livrar do resto do cansaço em meu corpo.
- Não acredito em você porque te conheço, você
não se sentiu bem quando eu falei de netos. Desculpe, querida, foi sem querer.
Sei o quanto você pensa sobre isso. Não estou cobrando nada de vocês somente
quero que sejam felizes, não vou ama-las menos porque escolheram outro caminho
para seguir. Mais uma vez, me perdoe, Stana.
- Que isso, mãe. Não foi nada. Eu estou bem,
dona Rada. A senhora tem razão, nada de me isolar, vou me juntar aos outros e
aproveitar para implicar com o Marko. Ele detesta quando eu e Gigi nos juntamos
para chateá-lo – sorrindo, Stana se levantou, deu um beijo estalado na mãe e sumiu
em busca dos irmãos que estavam na área externa coberta da casa.
No meio do caminho, seu celular vibra. Mensagem
de Nathan. Rapidamente, ela entra no banheiro para poder ter alguma privacidade
para ler.
“Hey, Staninha...já estou na casa da mamãe.
Jeff diz olá! Saudades de você, amor. Podemos falar hoje à noite? Isso inclui a
pequena. NF” – sorrindo, ela respondeu de imediato – “Hey, Nate... saudades
enormes, babe. Vou tentar ligar por volta das oito. A pequena já me cobrou. Até
depois. XS”
Ao sair do banheiro deu de cara com Gigi.
Assustou-se.
- Estava procurando por você. Você não vai
ficar encanada com aquela conversa da mamãe, vai? Não é hora de pensar sobre
isso. Vamos aproveitar o natal, beber, rir, implicar com o Marko e estava
pensando. Sei que você sente falta do “escritor”, portanto eu vou proporcionar
um momento de privacidade para vocês. Amanhã quando todos, especialmente a
mamãe, tiverem ocupados com os preparativos do jantar, você terá a oportunidade
de conversar a sós com o seu maridinho e por conversar não estou limitando o que
podem fazer – ela piscou maliciosa para a irmã - Serei seu cão de guarda. Diz
se eu não sou a melhor irmã do mundo?
- Aí, sis... você faria mesmo isso por mim?
- Faria não, farei. Ele deu notícias?
- Sim, vamos nos falar mais tarde e isso inclui
Anne. Obrigada, Gigi – ela abraçou a irmã e beijou-a.
- Por nada, Staninha – ambas riam do jeito que
Gigi disse o nome da irmã tentando imitar Nathan. Estava feliz por ver a calma
e o sorriso sincero voltarem ao rosto de Stana.
Era por volta das oito da noite quando Stana
alegou que ia tomar um banho. Fez sinal para Gigi que rapidamente inventou algo
para fazer com Anne a fim de levar a menina consigo. Chegando no quarto que
dividiam, Gigi fechou a porta atrás delas.
- Tia, você disse que ia brincar comigo. Por que
não vamos para o meu quarto?
- Porque isso era somente um pretexto, não vou
brincar com você – a menina foi ficando triste – vamos fazer algo melhor. Não
quer falar com o seu tio? – de repente, os olhos da menina se iluminaram.
- Vamos ligar para o tio Nathan?
- Sua tia está fazendo isso nesse instante –
Gigi apontou para Stana, o barulho da ligação soava pelo quarto. Não se
passaram nem cinco segundos, ele atendeu.
- Hey, babe. Pode falar?
- Staninha... como você está?
- Melhor agora que posso te ver. E não estamos
nem dois dias separados.
- Sei que você não consegue ficar longe de mim,
sou muito especial e necessário. É quase um vício, não? – ela ria balançando a
cabeça. Sempre brincalhão.
- Você está falando que é viciado em mim,
Nathan? Eu escuto o que quero... tem alguém aqui morrendo de vontade de falar
com você – ela faz sinal para a sobrinha se aproximar. Ao ver o rostinho de
Anne na tela, Nathan abriu um sorriso.
- Olá, pequena! Sentiu minha falta?
- Muita, tio Nathan. Anne está com saudades.
Queria muito ver o tio e brincar. Não é legal passar o natal longe da tia
Stana, ela fica triste e com saudades também. Queria que estivesse aqui. Aí
você podia me dizer se vou ganhar presente porque a tia não quer dizer...
- Anne! Já disse que você não pode sair por aí
perguntando sobre presentes, é feio. Seu tio está querendo conversar e você
fica perguntando sobre coisas materiais...
- Verdade, sua tia tem razão. Estamos quase no
natal e o mais importante é estar com quem se ama, a família, celebrar. E você
não deveria perguntar sobre presentes porque sabe que eu jamais deixaria de
mandar algo para você. Anne, você é minha sobrinha preferida.
- Eu sei, tio. É que Anne é curiosa... tio, se
natal é para passar com quem se ama, por que não está aqui com a tia?
- Você sabe porque, pequena. Sua tia precisa
ficar com sua vó e eu com a minha mãe. Depois iremos comemorar nosso natal
juntos, temos tempo para isso.
- Aposto que comprou um monte de presente para
ela. Eu sei que a tia comprou um monte para você. Vi ela comentando com a tia
Gigi.
- Mesmo? Agora quem ficou curioso foi eu! Mas
nada material é tão importante. Nada é melhor que um beijo e um abraço de quem
se ama, Anne, pode acreditar.
- Beijo de língua, que nem o da policial no
escritor em Always?
- Anne! Pelo amor de Deus – Stana ralhava com a
menina e Gigi rachava de rir ao lado dela – se despeça do seu tio porque tenho
que falar com ele e depois desligar antes que notem nossa ausência por muito
tempo.
- Tá bom, tchau tio. Quero ver você em Los
Angeles. A Anne te ama. Beijo – e tascou um beijo na tela do celular de Stana
sem cerimônia.
- Tchau, pequena. Também te amo. Feliz Natal
para vocês. Gigi, obrigada por ajudar. Você é uma cunhada muito especial
- O que posso fazer, sou sentimental! Feliz
Natal para você também, Nathan e manda um beijo pro Jeff por mim. Diz que ainda
estou esperando o jantar de comidas mexicana que ele prometeu
- Ok, não que eu saiba do que você está
falando, mas darei o recado. Se cuida - de mãos dadas com Gigi, elas saíram do
quarto para dar uma certa privacidade aos dois - Ela está cada dia mais sagaz.
Se seu irmão não é assim, ela deve ter puxado para a Gigi. Tem a língua afiada,
um pouco que nem você. Gosto disso.
- Sei, então o que disse a ela é verdade? Só
quer um beijo e um abraço de mim? Se tivesse me dito antes podia ter poupado
tempo e dinheiro, Nate.
- Ah, não seja má, você adora comprar presentes
para mim e quanto ao que disse, um beijo é muito pouco. Tem que ser muitos
beijos.
- Assim posso reconsiderar. Quero falar com
você amanhã de novo. Conversei com Gigi e podemos ter um tempo maior para nós.
Não podemos apenas desejar feliz natal um para o outro e acabou. Quero
conversar.
- Entendo, amor. Se pudesse nem desligava essa
ligação. Acho que ambos sofremos de dependência... – ela riu – sério, que horas
amanhã?
- Um pouco mais cedo por volta das seis e meia,
sete horas.
- Tudo bem, te amo Staninha.
- Também te amo, babe – ela beijou o celular e
sorriu. Ao desligar, suspirou. Esse homem era sua perdição.
No dia seguinte as coisas estavam muito
agitadas na casa dos Katics. Todos se envolveram em alguma preparação. Seja
providenciar as bebidas, arrumar a louça para o jantar, rever se todos os
presentes estavam debaixo da arvore e ajudar no jantar, a família se divertia
trabalhando. Stana escolheu ajudar a mãe na cozinha porque sabia que chegaria
um momento que a mãe diria que não precisava mais dela, pois os detalhes finais
eram sempre de responsabilidade de dona Rada.
Gigi estava arrumando os presentes na árvore
supervisionada de perto pela sobrinha. Anne prestava atenção em cada movimento
da tia na esperança de descobrir qual era o presente que Nathan e Stana tinham
comprado para ela. Infelizmente, Gigi sabia muito bem o que a menina queria.
- Para sua informação, o tal presente que
procura não está aqui. Sua tia escondeu bem escondido de você. Pensa que
nascemos ontem?
- Ah, tia você está só implicando comigo. Tia
Stana colocou sim o meu presente aí.
- Não coloquei, não. Está bem guardado. Você só
saberá na hora – a menina olha para a tia chateada.
- Por que, tia?
- Para você deixar de ser curiosa – ela beijou
a bochecha da menina e virou-se para Gigi – está na hora, você vai me ajudar?
- Claro! O que disse para a mamãe?
- Ela me expulsou da cozinha, então disse que
ia tomar banho.
- Então, vá. Tranque a porta e deixe a
cobertura comigo. Cuidado com sua voz, você sabe do que estou falando.
Stana sobe as escadas, pega suas coisas e segue
para o banheiro. Após arrumar-se, ela liga para Nathan. Ele fica surpreso de
ver que ela está, na verdade, ligando da banheira.
- Hum, isso é alguma espécie de tentação,
Staninha? Porque é muita maldade da sua parte. Não irá fazer bem para o meu
coração.
- Você está sozinho? – a voz saiu rouca, ela
colocou o celular numa posição que pudesse facilitar para que ele a visse.
- Estou. A porta do quarto está trancada. Por
que? O que está planejando? – ela não respondeu apenas sorriu de modo sacana
erguendo-se da banheira mostrando o corpo esbelto completamente nu envolto em
espuma. Deu uma volta para que ele aproveitasse o momento, então sentou-se
novamente na banheira.
- Gostou do que viu? – ela instigou.
- Você sabe que sim, isso é tortura! – ela riu
continuando a tocar-se devagar para provoca-lo – o que pretende fazer para me
levar a loucura? Conte-me...
- Oh, Deus! Olha o que você está fazendo...
- Ah, Nate... não sou eu que faço, nós fazemos.
Nesse momento o que faria se estivesse aqui comigo? - com os olhos fixos na
tela, ele suspirou e começou a sussurrar entrando de cabeça na provocação.
- Imagine os meus lábios beijando-a
carinhosamente, sem pressa. Minha língua devorando o interior da sua boca
enquanto minhas mãos passeiam pelo seu corpo tocando a pele macia e
escorregadia devido a espuma e os sais de banho. Pode sentir, Stana? - a
resposta foi um gemido longo.
- Agora, meus lábios estão em seu pescoço
deslizando pelo seu colo rumo aos belos seios que já estão rijos ansiando pelo meu
toque. Eu os sugo, mordisco, aperto-os. Minha língua brinca com os mamilos eretos.
Adoro tocá-los porque lhe dá prazer. Está excitada, Stana? - ele podia
admira-la entregue ao momento, de olhos fechados, a expressão de prazer no
rosto - pode sentir meu toque?
- Sim, sim - ela deixou escapar o breve
sussurro pelos lábios.
- Imagine que estou nessa banheira com você.
Puxo-a em minha direção acomodando-a no meu corpo. Suas costas no meu peito.
Minhas mãos deslizam pela sua pele, passam pelo estomago chegando no lugar mais
desejado. Meus dedos a tocam, a princípio devagar, experimentando, explorando. Então,
aumento o ritmo, quero te dar prazer. Deixe-se levar, entregue-se a mim, o
importante é viver o momento. Sinta, amor. Nada importa, somente o prazer -
Stana começa a murmurar, gemidos inconstantes, sem sentido, sua mente e seu
corpo dominados pelo prazer. Era belo admirar a imagem bem diante dos seus
olhos. Nathan estava embriagado pela beleza dela, seu membro rijo e pronto para
a ação. Os gemidos aumentaram, ele sabia que da forma que se tocava estava próxima
do orgasmo. O colo vermelho, o rosto iluminado.
- Goze, Staninha... - um grito de prazer foi
abafado com dificuldade. Por vários segundos, o silêncio instalou-se entre
eles, apenas as respirações pesadas e ofegantes preenchiam o vazio deixado
pelas palavras. Nathan foi o primeiro a ter a coragem de falar novamente.
- Como se sente, Staninha? Feliz? Satisfeita?
- Muito, muito bem. Melhor somente se você
estivesse aqui nessa banheira comigo, de verdade.
- É, eu entendo perfeitamente. Acho que agora
posso dizer feliz natal, amor.
- Sim. Feliz natal, Nate - ela suspirou espreguiçando-se
na água - eu deveria desligar, já devem estar procurando por mim. Não quero
causar problemas para a Gigi.
- Eu sei, o mesmo vale para mim e agradeça a
ela novamente, espero que ela goste do presente.
- Claro que vai gostar. É uma Prada. Tem muita
gente na sua casa?
- Família e alguns amigos da minha mãe. Você?
- Somente família, já faz uma grande diferença.
- Amor, melhor desligarmos mesmo que eu não
queira.
- Dois dias mais e estaremos juntos.
- Eu sei, love you.
- Love you more, babe - ela respondeu com um
sorriso desligando.
Enquanto tomava uma ducha, Stana se pegou
pensando no que acabara de acontecer. Ela sempre teve mente aberta para o sexo
em relacionamentos, era aquela que seduzia e se deixava seduzir quando lhe era
conveniente. Mas em sua relação com Nathan, sempre está disposta a arriscar
mais, experimentar e sim, ela não acreditava em sexo virtual até estar com ele.
Por sentir-se confortável, feliz, entre outras coisas incríveis que ele lhe
proporcionava, Stana sabia que ele era o homem da sua vida. Ele a mudara,
mostrara que somos capazes de amar o outro por inteiro, completamente. Corpo,
mente e coração. Ela o amava e queria ter uma família com ele o mais rápido possível.
A realização a fez gargalhar como boba em frente ao espelho. Queria pegar o
telefone novamente somente para dizer que o amava.
Digitou uma mensagem simples e objetiva para um
apaixonado. Escreveu ILY com vários corações de diversas cores assinando como
sempre XS.
Contente pelo gesto, ela terminou de se arrumar
e desceu para festejar em família.
A comemoração do natal na casa dos Katics era
sempre barulhenta pareciam ter parentesco com italianos. Falavam alto, gritavam
e gargalhavam. Às vezes, um se estressava com o outro, porém no fim estava tudo
em família. O momento da distribuição
dos presentes foi bem engraçado, ao entregar o presente de Gigi, a irmã fez
muita festa.
- Meu Deus! A bolsa da Prada! Você comprou! Nem
sabia que tinha prestado atenção...
- Tive ajuda – ela piscou – você não parava de
falar nela... foi fácil – recebeu um abraço bem apertado da irmã – amei, sis!
- Fico feliz. Agora é a vez de alguém que está
realmente ansiosa por saber o que irá ganhar. Acho que essa caixa é sua, Anne –
os olhos da menina brilharam – espero que seja o que queria – a menina abriu a
caixa rapidamente sem pena para o papel. Rasgou tudo e se deparou com as
bonecas que tanto queria. Se jogou sobre a tia e madrinha enchendo-a de beijos.
- Eu amei, muito... muitão! Essa é a minha
preferida, Dana, ela lembra a tia - porém, as surpresas não paravam por ali.
Stana pegou mais uma caixa e entregou para ela.
- Ah, quase esqueci! Essa foi uma compra de
último minuto. Acho que vai gostar.
Anne sorriu para a tia já agarrada com uma das
bonecas. Colocou a parceira sentada ao seu lado e abriu o outro presente. Ao
olhar para a caixa, Anne soltou um grito.
- Jogo de detetive!!! Vou ser igual a Beckett?
Vamos brincar tia, por favor. Preciso aprender.
- Agora não, mocinha – disse sua mãe – ainda
temos presentes para dar, iremos comer a sobremesa. Amanhã você joga com sua
tia, tudo bem? – a menina se conformou voltando sua atenção para a boneca.
Stana serviu-se de um pouco mais de vinho e sentou-se no sofá. Sua mente ainda
pensava nas últimas horas com Nathan. Mal podia esperar para ver como seria sua
reação ao presente que comprara para ele. Somente mais dois dias, pensou.
Na manhã seguinte, ela levantou cedo afinal
Anne não deixara ninguém dormir na casa. Tagarelava o tempo todo falando de
seus presentes. Passara boa parte da manhã brincando com o pai o que deu a
Stana uma chance de ficar sozinha com seus pensamentos. Claro que a sua atitude
não passou despercebida para dona Rada que depois de colocar o almoço para
esquentar, foi até onde a filha estava.
- Stana? Está tudo bem?
- Sim, mãe. Por que pergunta?
- Você se isolou aí novamente. Ficou longe,
pensando em algo ou alguém?
- Não, quer dizer. É natal, ficamos um pouco
assim. Reservados.
- Filha, está te incomodando o fato de estar
sozinha, de não ter alguém para dividir os dias e principalmente as noites?
Estou te achando muito quieta. Você está escondendo um suposto namorado de mim?
- Não, mãe. Que ideia! Estava pensando em tudo
que aconteceu esse ano. Quase não consegui renovar meu contrato a tempo e ainda
acabei ganhando o direito de ser produtora. Gosto disso.
- Você vai ficar para o ano novo?
- Não, estou voltando dia 27 para Los Angeles.
Tenho um convite para passar o ano novo com a Dara. Vamos para a fazenda do
marido dela.
- Vamos? Você e quem? Seu namorado misterioso?
- Mãe! – mas o rosto já começava a ficar
vermelha – que mania de achar que estou namorando ou me forçar a namorar. Estou
indo com Dara, seu marido e alguns amigos.
- Esses amigos incluem o seu costar, Nathan?
- Não... como explicar essa sua fixação com ele
agora? – ela revirou os olhos. Anne chegou bem no instante e Stana agradeceu a
menina por isso. Pelo menos escaparia das investidas da mãe. Mais um pouco e
ela se irritaria de verdade o que não seria nada bom.
- Tia, podemos jogar CLUE agora? Quero que me
ensine. Anne quer saber todas as dicas.
- Claro, docinho. Mas precisamos de outra
pessoa para brincar. Vamos encher a tia Gigi – ela se levantou do sofá sem dar
tempo para a mãe falar mais nada. Rada observava a filha. Havia algo estranho
no ar, desde que falara de bebês mais cedo. Infelizmente, sua menina tinha o
péssimo habito de guardar seus problemas para si até o último minuto. Talvez
Gigi soubesse de algo. Elas andavam mais próximas do que antes. Tinha que
arrumar uma maneira de descobrir o que acontecia com a sua menina.
Sentadas na mesa, Stana, Anne e Gigi se
divertiam jogando. As duas implicavam com a garota tornando a brincadeira ainda
mais interessante. Anne as vezes se estressava, mas logo estava rindo de novo
com algum comentário das tias. Gigi aproveitou para encher uma tigela com
sorvete e calda de chocolate enquanto Stana tomava eggnog e comia nozes e
tâmaras.
Stana ensinava muitos truques e como analisar
corretamente o crime para que a menina soubesse jogar. Ao terminar suas aulas
para a garota, GIgi testava para ver a compreensão da menina. Era um trabalho
em time.
- Ah, tia Gigi! Assim não vale! Quero muito
aprender bem direitinho quero dar uma surra no tio, ele vai ficar impressionado
né, tia Stana? Quero ver ele ganhar de mim! Já basta no videogame.
- Do que você está falando, Anne? Quer derrotar
quem? – Rada perguntou curiosa.
- O tio Teodor. Vou jogar CLUE com ele e vou
ganhar.
- Engraçado, seu tio não joga videogame.
- Vó, estou falando do jogo de tabuleiro. Esse
que ganhei da tia Stana.
- Ouvi você dizer videogame. Por acaso jogou
videogame com seu tio Teodor?
- Várias vezes, no celular do papai – ela olha
pra Stana que fingia não se importar com a conversa. Gigi tratou de dar um
basta naquilo.
- Hey, que tal a senhora esquentar um pouco
daquele bacalhau para mim? Estou morrendo de vontade de comer isso – ela saiu
arrastando a mãe para a cozinha enquanto abraçava-a. Stana respirou aliviada.
Continuou brincando com Anne, mas a garota sabia que quase colocara tudo a
perder. Se a vó tivesse insistido, ela estaria em maus lençóis.
- Desculpa, tia. Anne sabe que fez besteira.
Prometo que não vai se repetir.
- Fique atenta, docinho. Lembre-se do que lhe
falei.
O resto do feriado na casa da mãe passou bem
depressa. Na manhã do dia 27, Stana acordou radiante. Nem acreditava que veria
Nathan mais tarde e teriam sua própria festa de natal. Estava curiosa para ver
a reação dele com os presentes. Ao descer com sua mala, já encontrou a mãe na
cozinha preparando o café. Milagrosamente, Gigi também já acordara e estava
comendo panquecas.
- Madrugou, sis? – brincou Stana sentado-se ao
lado dela para tomar café.
- Dormi mal. Acho que comi muito bacalhau
ontem. E você, que horas é seu voo?
- Tenho que sair daqui as onze da manhã. Vou
tomar café, depois banho e me arrumar. Anne ainda está dormindo?
- Está – disse a mãe colocando na frente dela
ovos fresquinhos – deve acordar lá para as nove. Não se preocupe, você terá a
chance de se despedir dela. Agora trate de comer. Tem frutas e cereal. Sei que
você gosta.
- Obrigada – Stana foi rápida durante a
refeição. Queria tomar banho e ver as horas voarem o mais rápido possível.
Assim que terminou, ela seguiu para o andar de cima. Gigi ainda estava sentada
na mesa comendo pão. Era a hora perfeita para confrontar sua filha.
- Gigi, o que está acontecendo com a sua irmã?
Eu notei que ela está diferente. Chegou muito alegre, depois ficou um tempo
pelos cantos e também detestou que eu falasse de bebês e agora está toda feliz
por que vai embora. Você sabe de algo que eu não sei?
- Mãe, que implicância a senhora tem com Stana.
Quando ela chegou, claro que estava feliz em ver você, a família é natural.
Você sente falta ainda mais com o ritmo de vida que ela leva. Às vezes, precisa
de seus momentos individuais. A senhora também fala cada coisa! Já disse que se
acontecer de ter netos meus e de Stana tem mais é que ficar feliz.
- Se ela ficou tão feliz em chegar, por que
está radiante ao sair?
- Porque ela está acostumada com outra vida,
outro ritmo, Stana não para quieta em Los Angeles.
- Ela está vendo alguém? Namorando escondido da
família? Às vezes, eu sinto que ela está naquele ritmo de estar apaixonada.
Conheço minha filha. Ela está diferente, feliz. E você deve saber de algo.
Vivem grudadas. E tem mais, quando Anne falou de tio, sei que não estava
falando de Teodor – Gigi revirou os olhos. Sério? Ela tinha que dar um basta
nisso. A decisão de contar sobre sua vida era somente de Stana.
- Mãe, por que insiste nesse assunto? Se Stana
sonha que você está especulando sobre sua vida pessoal, inventando possíveis
relacionamentos, ela não só vai embora daqui chateada como vai pensar duas
vezes antes de voltar a fazer uma visita. Que bom que está achando-a feliz. Sim,
nós nos falamos bastante, contamos o que acontece na nossa vida uma para outra,
mas nem sempre a razão da nossa alegria tem que ser um homem. Somos mulheres
modernas. E se ela estiver com alguém, fique feliz por ela e espere que Stana
lhe diga algo. Fofocar pelas costas é feio, Dona Rada.
- Ah, Gigi... sei que você está me enrolando.
Tudo bem, vou deixar passar. Pelo menos, você tem razão em uma coisa. Ela deve
querer contar.
Nesse instante, Anne aparece na cozinha ainda
sonolenta esfregando os olhos.
- Vó, tem chocolate quente? – de repente, as
atenções de Rada voltaram-se para a neta e Gigi tratou de sumir das vistas da
mãe para evitar qualquer problema.
Logo Stana reapareceu totalmente pronta. Ficou
um bom tempo agarrada e conversando com Anne até o momento de chamar seu taxi
para o aeroporto. Despediu-se da mãe e da irmã. Deu um abraço apertado na
sobrinha e seguiu ansiosa por sua chegada em Los Angeles.
Nathan deixara sua cidade mais cedo. Pelas suas
contas, chegaria em casa pelo menos três horas antes de Stana, o que lhe daria
tempo suficiente para ajeitar as coisas para o jantar. Sim, mesmo estando
cansada ela iria comer e também receber seus presentes. Na verdade, o maior
deles já tinha sido conhecer Sara, porém, ele comprara um vestido que a vira
admirando em Nova York e uma bolsa na mesma loja que compraram o presente de
Gigi.
Depois do que Anne falou, ele ficara curioso
para saber o que poderia ganhar, mas teria que esperar por ela. Havia caixas
embaixo da árvore de natal. Ele até podia tentar adivinhar, mas sabia que Stana
ficaria muito chateada se ele tentasse alguma loucura e talvez nem quisesse
comemorar a noite ao seu lado.
Checando o peru no forno e as batatas para o
purê, ele resolveu tomar um banho para esperar por ela.
Quando Stana entrou em casa, sentiu o cheiro
delicioso de peru no ar. Encontrou Nathan com uma taça de vinho na mão em
frente à televisão. Havia uma tábua de frios sobre a mesa de centro.
- Parece que alguém está curtindo um momento
solitário... – ao vê-la, abriu o sorriso. Levantou-se do sofá puxando-a pela
cintura. Stana jogou os braços ao redor do pescoço dele e os lábios se
encontraram, loucos para matar parte da saudade dos últimos dias.
- É bom te ver novamente, Staninha.
- Ah, Nate... senti tanto sua falta! Feliz
natal, agora ao vivo.
- Está com fome? Imagino que sim. Que tal
sentarmos a mesa para uma refeição saborosa, depois podemos nos presentear. A
menos que queira tomar um banho rápido enquanto esquento tudo e ponho na mesa.
- Tomar banho depois de um longo voo como esse
é a visão do paraíso. Aceito sua oferta. Prometo não demorar, porque também
estou morrendo de fome.
Ela realmente não demorara, quando Nathan
estava com toda a comida na mesa, Stana desceu as escadas já com o pijama e um
robe. Ele foi até ela, beijou-a e entregou-lhe a taça de vinho. Sentou-se em
seu lugar a mesa e esperou que ele fizesse o mesmo.
- Pode se servir. Espero que goste. Sou meio
suspeito para falar, pois esse peru é de um das minhas delicatessem favoritas.
E como estão todos na sua casa? As meninas gostaram dos presentes?
- Se gostaram? Amaram! Gigi parecia uma criança
com a bolsa e Anne nem se fala. Prepare-se porque ela irá querer te derrotar em
CLUE, me fez jogar e ensinar dicas para que treinasse para ganhar de você. Por
pouco não deu uma tremenda mancada na frente da minha mãe. Por falar na mamãe,
ela está muito desconfiada. Insiste em dizer que eu tenho alguém e quando
mencionei que ia para a fazenda de Dara com uns amigos, ela quis saber se você
estava entre eles.
- Interessante... parece que sua mãe quer mesmo
nos ver juntos. Mal ela sabe...
- Está ficando difícil enganar a dona Rada.
Assim que cheguei no aeroporto, Gigi me mandou uma mensagem. Mamãe queria
empurra-la contra a parede.
- Claro que Gigi saiu da situação numa boa.
- Nem tanto. Deu uma de estressadinha e falou
umas verdades que ajudaram a mãe a se quietar, porém não tirou sua
desconfiança.
- Vamos esquecer isso por hora. Curtir a noite,
nossa saudade e claro, os presentes. Ou você acha que não fiquei curioso com
aquele comentário da Anne?
- Na verdade, estou inclusive surpresa por você
não ter feito nenhum estrago debaixo da arvore bisbilhotando os embrulhos. Você
é tão criança quanto Anne, babe.
- Trata-se de curiosidade. Não fiz nada em
respeito a você. Se tivesse mexido, iria ficar chateada e acabaria não curtindo
nosso natal.
- Gostei que pensou desse jeito, mesmo assim,
seu presente mais importante não está ainda aí.
- Eu sei, ele acabou de chegar. Você – ela riu.
- Não, bobo. Não estava me referindo a minha
pessoa, apesar de concordar que isso conta. Estou falando de presente de
verdade. Vamos terminar de comer então sentaremos no sofá e trocaremos
presentes. Você por acaso não esqueceu da sobremesa, certo?
- Literal ou metaforicamente falando? – ela deu
um tapinha na mão dele – ok, ok. Não esqueci. Tem uma torta de nozes esperando
por nós ao terminarmos o jantar. E depois, a sobremesa metafórica pode vir a
calhar – rindo, ela revirou os olhos. Levaram pelo menos mais vinte minutos comendo.
Em seguida, Nathan tirou a torta da geladeira, cortou um pedaço generoso para
cada um e sentaram-se no sofá.
Stana foi quem ganhou o primeiro presente. Ela
abriu a caixa e sorriu ao ver o vestido maravilhoso que tanto admirara naquela
tarde em Nova York.
- Quando você menos espera, descobre que seu
marido realmente presta muita atenção no que você faz. Eu amei, babe –
inclinou-se para beija-lo – se não fosse tão chique usaria no ano novo, mas
estaremos numa fazenda... - Em seguida, foi a vez dela entregar uma caixa bem
grande para Nathan. Como uma verdadeira criança, ele rasgou o papel vermelho
repleto de papai noel e se deparou com uma Millenium Falcon. Olhando para ela com cara de bobo, ele falou.
- Como você faz isso?
- Ah, você estava falando tanto nos brinquedos
que realmente achei que seria algo válido para sua coleção. Castle aprovaria.
Confesso que fiquei te vigiando para que não comprasse.
- Você teve sorte. Eu cheguei a pedir online,
mas eles me retornaram um e-mail cancelando meu pedido dizendo que estavam sem
estoque.
- Culpada – ele olhou-a com uma das
sobrancelhas levantadas – eu meio que entrei no seu email e cancelei o pedido,
dei uma desculpa esfarrapada. Convenhamos, sua senha não é nada do outro mundo “nikkiheat”?
Claro que tentei “firefly” antes embora me parecesse muito óbvia. Mas ainda não
acabou, tem mais presente – ela disse.
- Eu não sei o que pensar... me sinto tão
violado... – mas ria beijando-lhe outra vez - Presentes. Sim, primeiro você.
Esse aqui também é seu – Stana pegou o embrulho. Observando a sacola já tinha
ideia do que seria. Lembrava de ter visto aquele logo também em Nova York, na
verdade, era da mesma loja onde compraram o presente de Gigi.
- Como não vi você comprar isso?
- Você estava bastante entretida olhando as
bolsas. Apenas peguei uma delas, a que vi você passar mais tempo admirando.
- Tudo bem, dizer que você é o marido perfeito seria
uma massagem tremenda ao seu ego igualmente gigante, mas você se superou.
Achava que homens não prestavam atenção as compras de suas parceiras.
- Não sou qualquer homem e você não é qualquer
parceira. É especial. E deveria agradecer por um elogio tão bom e extremamente
difícil de se conseguir vindo de você, Staninha. Sendo assim, você disse que
havia mais presentes.
- Sim, aquela caixa azul. E antes de abrir
preciso pegar algo lá no quarto. Contenha-se por alguns minutos, Nate – ela
saiu correndo subindo as escadas deixando-o com um pequeno dilema se deveria ou
não abrir a caixa antes dela voltar. Os dedos coçavam, o que quer que ela tenha
preparado devia ser muito bom, mas o que ganharia de uma Millenium Falcon
enorme? Estava bem perto de descobrir assim que a viu descer o último degrau da
escada com uma espécie de envelope nas mãos. Stana sentou-se novamente no sofá
ao lado dele. Mantinha o tal envelope abraçado rente ao seu corpo – pode abrir.
E Nathan obedeceu. Ele chegou a suspirar e
soltar um grito de alegria ao ver do que se tratava.
- Você comprou todos os POP! de “Star Wars: The
force awakens” para mim?
- Sei que não devia alimentar sua nerdice, mas
não consigo. Você me contagia falando disso!
- Eu não sei o que dizer... eu... – ela o interrompeu.
- Ainda não, deixei o melhor para o fim – ela
entregou o envelope para Nate – isso foi difícil de conseguir e você não poderá
se gabar para ninguém, caso contrário estaremos colocando em risco nossa
relação.
- Nossa! Fiquei com medo do que possa ter aqui
dentro. Serão fotos suas totalmente nua, Staninha?
- Não tema... e não estrague o momento, por
favor! – ela torceu a boca, ao retirar o que tinha no envelope, o queixo de
Nathan caiu. O conteúdo era algo que jamais imaginara receber. Ele estava estático
diante das folhas do script com a assinatura de JJ Abrams. Certamente, ela
conseguira cala-lo por um bom tempo. Timidamente, ele virou o rosto para
fita-la. Voltava a olhar para o papel. Nathan colocou o conteúdo cuidadosamente
sobre a mesa e olhou para Stana de uma forma que ela sentiu seu corpo todo
arrepiar. Era puro amor. Ele a puxou contra si beijando-a apaixonadamente. Ao
se afastar, ele segurava suas mãos na dele. Engolia em seco.
- Esse talvez seja o melhor presente que eu
recebi até hoje. Eu não sei como conseguiu, mas Stana eu não tenho palavras
para expressar o que isso significou. Isso é uma prova de amor. Olhando agora,
eu não mereço nem um terço dos elogios que me fez. Maravilhosa e perfeita são
palavras pequenas para tamanha sensibilidade em um único ser humano. Eu te amo,
Stana. Por ter feito isso e por tudo.
- Nossa! – as lagrimas começavam a formar-se.
- Isso apenas mostra o quanto me conhece e me
aceita. Exatamente como eu sou. Nunca mulher alguma fez isso, me aceitar com
minhas nerdices e manias.
- Bem, não estou dizendo que aceito... – ela
riu – mas sua cara de felicidade não tem preço.
- Eu quero ler e reler, examinar cada detalhe
desse script, porém minha prioridade agora é outra. Quero você, amor. Nada é
mais importante nesse momento – ele a puxou consigo para deitar no sofá. Não
teriam tempo de chegar ao quarto, a vontade de ama-la era grande demais para se
perder tempo. Amor era amor, não importava aonde. Nathan deliciava-se
vagarosamente explorando-lhe a boca. A explosão de sensações que o encontro de
suas línguas podia causar era algo difícil de descrever. As mãos se deleitavam
sentindo a pele macia por baixo da camisa do pijama. Ela gemeu ao sentir
apertar-lhe o seio. Queria mais. Muito mais.
Nathan ergueu-se do sofá apenas para coloca-la
deitada de maneira que pudesse explorar seu corpo com as mãos, a língua, os
lábios. A regra do dia era proporcionar o máximo de prazer que conseguisse a
essa mulher incrível que chamava de esposa. A calça do pijama se perdeu junto
com a calcinha. Afastando as pernas, Stana praticamente implorava para
recebe-lo. Nathan não tinha pressa. Como um astuto sommelier, dedicou-se a
provar cada centímetro de seu corpo, degustando-o como um vinho raro.
Mordiscava, puxava e sugava os mamilos dela fazendo com que arqueasse o corpo,
gemendo e pedindo por mais. A espera apesar de deliciosa parecia angustiante
para Stana que instintivamente levou uma das mãos ao seu centro para tocar-se,
sendo impedida por Nathan. Ele segurou ambas as mãos sobre a cabeça dela e
finalmente a provou com os lábios.
O primeiro toque foi tão intenso que quase a
fez gozar. Sua vista escureceu. Estava úmida e pronta para ele. Ciente disso,
ele se dedicou a prova-la e estimula-la até a ouvir gritar seu nome em meio a
múltiplos orgasmos. Língua, dedos, lábios eram apenas instrumentos na
descoberta do prazer. Era um prazer, além de totalmente excitante vê-la se
entregar. Quando o corpo começara a parar de tremer, ele não esperou um pedido
penetrando-a em seguida. Sentiu as unhas de Stana em suas costas, a cada nova
estocada, um gemido de prazer. Em questão de minutos, eles atingiram o orgasmo
juntos.
Permaneceram jogados no sofá. O peso do corpo
de Nathan praticamente sufocando-a, mas não importava. Sua cabeça ainda estava
aérea face ao que acabara de experimentar com ele. Valera a pena a dificuldade,
o sacrifício e a espera.
- Hey... acho que estou te esmagando... – ele
tentou mover-se para o lado e acabou caindo do sofá direto para o chão. Ele só
ouviu a gargalhada dela – viu o que dá ser um cavalheiro? Ainda ri da minha
cara – ela virou-se de lado no sofá para observar a cena.
- Hum, daqui de cima seu lugar parece bem
convidativo. Acho que terei que testar – dizendo isso, ela rolou o corpo para
encontrar o dele. Sentando-se na altura da cintura estrategicamente, começou a
mover-se para excita-lo novamente. As mãos subiam e desciam pelo peito nu dando
pequenos beliscões e os lábios roçavam no rosto de Nathan usando os dentes para
instiga-lo - hum... acho que tem potencial... – e beijou-o com paixão.
Definitivamente, era bem melhor fazer ao vivo. Isso sim era uma excelente
celebração natalina.
Tão simples como dois e dois são quatro, eles
se perderam entre sons e gemidos outra vez.
Continua....
5 comentários:
Nooossa Stana quase foi descoberta dessa vez einh!! ahhaahh momentos fofos stanathan (own) Ainn queria mais fic :( quero Stana grávida logoo hehe espero muito que o próxima cap não demore!!!
Seria hilário se a D. Rada descobrisse. Imaginem ........O telefone da Stana toca na madrugada, o Nathan sonolento, pega o aparelho que toca insistentemente com a chamada de "mãe" e atende, .....
Não resisto a isso! hehe
Não vejo a hora de ver a Stana grávida tendo que lidar com o segredo, a curiosidade e insistência da mãe, a euforia do Nathan e da Gigi e o ciúmes da Anne kkkkk Séria muito engraçado. Sem contar a Dona Rada descobrir tudo ou pegar os dois no flagra de algum modo kkkkk
So posso dizer que aaaaaaamei!
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