Nota da Autora: Atendendo a pedidos, um novo capitulo de Kiss. Agora, não vale ficar com raiva da escritora. Já aviso que o próximo vai demorar. Finalmente, chegamos em 2016 e esse ano promete na vida do nosso casal... tive que usar a imaginação para justificar alguns acontecimentos na vida de nossas personagens. E devo dar o crédito as frases usadas na fic da música de Sara Bairelles. Como prometi, chegou a NC... divirtam-se!
Atenção...NC17!
Cap.63
Dois dias depois, Nathan e Stana pegavam o
carro rumo ao estado do Colorado. Eram quase quinze horas de viagem que nosso
casal enfrentaria na estrada. Não faltou motivo para aproveitarem tantas horas
juntos. Muita música, comeram e falaram besteiras. Umas paradinhas para uns
amassos e logo a placa do estado do Colorado surgiu na frente deles. Ainda
tinham duas horas de viagem quando Stana ligou para Dara.
- Olá! Estamos quase chegando. Devemos ir
direto para a outra fazenda ou para a casa dos pais de Chad?
- Para a fazenda. Não queremos problemas para o
lado de vocês. Encontro vocês lá.
- Tudo bem.
Assim que estacionaram o carro, Stana saltou
admirada com a paisagem. A casa da fazenda era grande e ao redor havia campos
imensos verdes, alguns montes e várias árvores frutíferas. Estava boquiaberta
com o local. Apesar de ser inverno, nem toda a área verde havia sumido.
- Que lugar lindo!
- Você ainda não viu nada – disse Chad – espere
até andar de cavalo e se deparar com o rio que corta a propriedade – ele
inclinou-se para dar um beijo na amiga e se encaminhou para ajudar Nathan. Dara
foi a próxima a abraçar Stana.
- Que saudades estava de vocês. Fiquei feliz
por aceitarem nosso convite. Venha, vou mostrar a casa. Não vejo a hora de
conversarmos mais tarde. Estou louca para saber das novidades. O jantar está em
andamento e nem se preocupem com nada. Essa recepção é minha e de Chad.
Dara os levou para um pequeno tour pela casa,
mostrou o quarto onde ficariam e o imenso terreno da fazenda com árvores e
lindos gramados. Paisagens perfeitas que lembravam Stana da Croácia. Também
disse que se quisessem andar a cavalo, era só avisar James, o caseiro, que ele
providenciaria tudo. Antes de começarem a se divertir, Dara deu um tempo para
os dois se instalarem, tomarem um banho ou até tirarem um cochilo, não no
estilo de Castle e Beckett, ela lembrou.
Mais tarde, já descansados da viagem, Nathan e
Stana encontraram o casal de amigos na cozinha. Dara arrastou-os para a sala,
pois como a temperatura estava por volta dos 3 graus não podiam ficar lá fora
no pátio. Serviu-os de vinho e colocou alguns amendoins e nachos para
beliscarem. Chad estava cuidando da carne na cozinha, mas logo juntou-se a eles
avisando que poderiam jantar dali a quarenta e cinco minutos aproximadamente.
- Ótimo! Tempo suficiente para vocês nos
contarem as novidades – disse Dara – como foi o natal de vocês? Passaram
separados?
- Você sabe. Tivemos que seguir a tradição de
passar com a família. Ambos fomos para o Canadá. Quando voltamos, fizemos nosso
próprio natal, o qual considero o melhor de anos, devo acrescentar – Nathan
olhou com cara de apaixonado para a esposa, pegando sua mão levando até os lábios
para beija-la.
- O que houve de tão especial?
- O que você acha? Ele está falando de
presentes. Nathan é como a minha sobrinha, natal é totalmente sobre presentes.
- Não foi isso que eu disse a Anne – ele
retrucou – mas nesse caso você tem razão.
- Ele ficou assim porque eu o enchi de coisas
de Star Wars.
- E me deu... – de repente, ele se lembrou do
que ela pedira – posso contar para eles? – Stana fez que sim com a cabeça – ela
me deu um pedaço do script do filme assinado por JJ!
- Oh, Stana! Alimentando os sonhos desse nerd!
– exclamou Dara fazendo todos rirem.
- Era o mínimo! Ele me levou para conhecer Sara
Bareilles em Nova York e cantou uma música sua para mim, realmente romântica. A
propósito, ela sabe. E não é a única que descobriu ultimamente.
- Meu Deus! Sua mãe? – Dara parecia bem
surpresa.
- Não, mas tenho alguns pontos interessantes
para dizer em relação a esse assunto – disse Nathan fazendo Stana revirar os
olhos.
- Alguém do trabalho? Stana por que você está
fazendo aquela cara de Beckett quando está irritada com Castle?
- Porque eu fui comentar que minha mãe falou
bem dele e bastou para se achar o preferido da sogra.
- Conte a história direito. Ela me elogiou não
apenas na beleza, o que já sabemos ser meu ponto forte, mas disse também que eu
era um bom partido e que claramente tinha alguém pela maneira como aparentava
estar feliz, o que considerou uma pena porque Stana perdera sua chance. Ela
também está desconfiada achando que Stana tem um namorado secreto. Quando disse
que vinha passar o ano novo com vocês e uns amigos, perguntou se eu estava
incluído nos amigos. Não sei como iremos esconder isso dela por mais tempo, ela
está pressionando Gigi.
- Vocês estão entrando em campo minado. Afinal,
se não foi sua mãe, foi o Alexi?
- Não, no trabalho o segredo continua. Foi
Jeff, o irmão de Nate numa das piores situações possíveis! – Stana contou
alguns detalhes de como tudo acontecera. Ainda ficava envergonhada ao falar
disso. Dara não perdeu a oportunidade de tirar sarro da amiga.
- Você estava nua! Wow, acho que é sorte dos
Fillions! Devem ter algum poder magnético que arrancam suas roupas.
- Não foi de propósito! Não sabíamos que ele
estava vindo para LA e em minha defesa não sabia do lance da chave da casa
entre eles.
- Daria tudo para ser uma mosquinha e ver a
cena. Vocês já pensaram que chegará um momento que não conseguirão esconder
mais? Quer dizer, não é saudável para um relacionamento ficar assim, limitado a
quatro paredes – eles se entreolharam, não tinham resposta.
- Pelo menos no trabalho tem sido divertido com
a dinâmica de Castle e Beckett – lembrou Nathan olhando para ela.
- Que tal continuarmos a conversa jantando? –
Chad os convidou para sentarem à mesa.
O resto da noite foi muito agradável. Eles
sentiam falta dessa atmosfera de ficar à vontade entre amigos. Socializar é
importante. Quando Nathan acompanhou Chad até a sala de jogos para uma partida
de sinuca, Dara achou que era uma boa hora para uma conversa mais reservada.
- Stana, quero te perguntar uma coisa. Você
realmente se sente à vontade para esconder tudo isso da sua mãe? Nós somos
mulheres, as vezes precisamos de apoio, conselhos e se ela parece gostar tanto
assim de Nathan, não acha que está na hora de contar a verdade para ela? Fico
imaginando e se você engravidar? Vai simplesmente chegar para a Dona Rada e
dizer “mãe, estou gravida. Nathan é o pai e a propósito, somos casados”. Soa
estranho, não? Mesmo para alguém reservada como você. Quer dizer, você quer
filhos com Nathan, não? – então ela viu as feições de Stana mudarem,
instintivamente fechou os olhos e soltou um longo suspiro. Diante dessa reação
da amiga, ela falou – desculpe, ultrapassei o limite?
- Não, tudo bem. É claro que quero filhos com
Nate, mas eu não sei se posso. Estamos juntos a mais de dois anos, acidentes
acontecem, esquecemos a proteção e não engravidei. Na verdade, fiz vários
exames antes de viajar porque quero ter certeza de que está tudo bem. Minha mãe
vem me cobrando netos. Então, antes de qualquer decisão eu preciso saber se não
sou estéril. Prefiro manter o segredo.
- Eu não sabia que pensava assim. Eu não
acredito que seja estéril, Stana. Você está preocupada porque quer ter a chance
de ser mãe e dar um filho a Nathan. Isso vai acontecer no tempo certo.
- Espero que esteja certa. O segredo continua
para a minha mãe, só espero que Gigi não estrague tudo.
Percebendo que a amiga ainda estava
desconfortável, elas mudaram de assunto e quando os rapazes apareceram, Dara
decidiu que era hora de ir embora.
Antes, mostrou a Stana onde estavam as comidas para a ceia de ano novo,
tudo adiantado era questão apenas de esquentar os pratos e assar o porco. Eles
agradeceram por tudo desejando boa noite aos amigos.
Finalmente sozinhos, Nathan e Stana foram para
o quarto, entregaram-se aos braços um do outro para amarem-se. Havia uma
cumplicidade enorme no ato de fazer amor naquela noite. Stana não sabia se fora
pela conversa de antes, pela carência e vulnerabilidade que se encontrava, o
fato era que aquele instante fora extremamente intenso para ela. Como se
estivesse em meio ao fogo para em seguida ser resgatada. Após isso, dormiram
feito anjos.
No dia seguinte, estavam bastante preguiçosos.
Ficaram um bom tempo na cama após acordarem. Nathan foi quem se levantou para
pegar café para ambos. Fizeram uma refeição rápida para em seguida Stana
arrasta-lo para um passeio pela fazenda. Ela tirou várias fotos em paisagens
muito bonitas. Queria postar algumas no Instagram porque definitivamente iria
enganar as pessoas que pensariam, sem dúvida, que ela estava na Croácia.
Ao retornarem para casa, ela tratou de
providenciar a ceia de ano novo. Por volta das oito horas da noite estava tudo
praticamente pronto, apenas o porco assava no forno por mais duas horas.
Mais tarde, eles namoraram, beberam,
conversaram esperando o momento de celebrar a chegada do ano novo. Faltando dez
minutos para a meia-noite, Nathan abraçado a ela faz uma pergunta que a pega de
surpresa.
- Stana, você se arrepende de alguma coisa que
aconteceu esse ano? Faria algo diferente?
- Talvez tivesse lidado um pouco diferente com
a renovação do meu contrato, mas eu realmente me arrependo de ter escondido o
motivo de você. Na verdade, eu... – ela parou de falar por um momento, as ideias
fervilhavam em sua mente, Nathan podia ver algumas lágrimas formando-se em seus
olhos – eu me arrependo de não ter ficado realmente grávida, de ter lhe privado
de ser pai, não ter lhe dado um filho – uma lagrima se perdeu descendo pelo
rosto dela. Nathan a abraçou forte.
- Não pense assim, não é sua culpa e não era o
momento. Você terá essa chance novamente – e o mais improvável aconteceu. Ela
precisava saber.
- Nate, você irá me amar menos se eu não puder
te dar um filho?
- Nunca, nunca – ele beijou-lhe a testa –
Stana, eu amo você. Tudo sobre você. Por que essa conversa agora? É hora de
celebrar! Esqueça esse tipo de pensamento. E se deveria ter sido, não importa.
Não estou com você por uma agenda. Casar, ter filhos, constituir família. Estou
com você por amor e quando estiver pronta, daremos o próximo passo – aquelas
palavras encheram o coração dela de esperança, amor. Sentimentos poderosos.
- Eu te amo, Nate. Eu nunca imaginei ou sonhei
ter alguém como você na minha vida. Eu me apaixono todos os dias por você.
- Está vendo? E ainda assim, aqui estou eu.
Agora podemos dizer feliz ano novo – ele sorriu e beijou-a carinhosamente.
Depois pegou a champagne e serviu a ambos.
- Feliz ano novo, babe – ela bebeu a champagne
e tornou a beija-lo, então pediu – faça amor comigo, Nate.
- Será um prazer, porém não temos pressa
Staninha. Primeiro, quero dançar com você – ele pegou um controle remoto e
acionou o som. Os acordes de uma das canções de Sara começou a tocar. Ela
reconheceu a batida da música chamada “I just want you”. Ela olhou
profundamente naqueles olhos azuis, sem saber o que dizer. Encostou sua cabeça
em seu ombro e fechou os olhos. Sentiu os braços de Nathan envolvendo-a. Era
tão bom ficar assim, embalada no abraço dele. Sentiu necessidade de brinda-lo
com os versos da canção que expressava tudo que queria “So take it all away, If
it isn't meant for me. I don't want the easy way. I just want you. They
can give me everything but at the end of the day, the only words I’ll say is I
just want you”.
Ela encarou-o com um olhar apaixonado
inclinando-se para beija-lo. Todo o amor que podia sentir demonstrado através
daquele gesto. As mãos de Nathan passeavam pelas costas dela, acariciando a
procura do zíper do vestido. Encontrou-o e deslizou pelo tecido abrindo a parte
de trás da roupa. Em um simples movimento, a peça estava no chão. Ele a
carregou no colo levando-a até o quarto de casal. Deitou-a cuidadosamente na
cama. Tirou sua camisa, livrou-se das calças e inclinando-se na cama com Stana
começou sua viagem pelo corpo dela.
O toque era preciso e gentil, a boca deslizava
sobre a pele macia experimentando o sabor, a temperatura, o cheiro. Ela se
esparramava na cama contorcendo seu o próprio corpo no colchão a cada vez que
ele testava uma nova carícia. Colocando todo o seu peso sobre Stana, ele
ajeitou o cabelo dela sorrindo. Acariciou o rosto e sorveu seus lábios num
beijo intenso, expressando toda a paixão que sentia naquele momento. Ela
deslizava suas mãos sobre as costas largas do marido envolvendo as pernas
abraçando sua cintura querendo diminuir a distância entre eles. Nathan devorava
seu pescoço e voltava aos lábios. Stana mordiscava seu queixo, a boca e deixava
marcas de dentes no rosto dele.
Ele se afastou querendo voltar sua atenção para
os seios. Desabotoou o fecho frontal do sutiã expondo os seios pequenos e
perfeitos de mamilos rijos pela excitação do momento. Abocanhou um deles
sugando com vontade. Ela arqueou o corpo e gemeu. O desejo e a paixão que
sentia pelo homem deitado sobre seu corpo era imensa. Já excitada e pronta para
recebe-lo, ela deixou-se levar pelo momento. Queria que ele a conduzisse ao êxtase.
Para Stana, tudo o que importava era sentir.
Sussurrou no ouvido dele o nome da canção “I
just want you”. A dança do prazer acontecera como Nathan prometera, sem pressa,
sem cobrança, a cada beijo, cada toque, o sentimento que importava era o amor.
Vagarosamente, ele a provocava, intensificando todos os sentidos. Tato,
paladar, audição, olfato. Era um momento sensual e mágico. Quando finalmente
atingiram o ápice do prazer, ela se agarrou ao corpo dele gritando seu nome
enquanto a explosão tomava conta do seu ser.
Precisaram de uns bons minutos de descanso
antes de pensar em se mover. Nathan tomou a iniciativa desaparecendo pelo
corredor da casa. Dez minutos depois, ele voltava com uma bandeja repleta de
comida para ambos além de um balde com a champagne e as taças. Stana sentou-se
na cama, abriu um sorriso e jogou-se na direção dele segurando seu rosto com as
duas mãos sorvendo seus lábios em um beijo sensual e carinhoso. Depois, ela
depositava vários beijinhos nos lábios até encontrar novamente a língua dele
deixando-a aprofundar-se em sua boca. Quando finalmente se distanciou, ela
mordeu os lábios um tanto tímida.
- Hey...
- Hey, lover... – ele pode perceber que os
olhos dela estavam extremamente verdes naquele minuto. Felicidade. Ela estava
relaxada e feliz – isso é para mim?
- Para nós – ele cortou um pedaço do porco,
pegou o acompanhamento e ofereceu o garfo a ela levando a comida até a sua
boca. E foi assim que fizeram a primeira refeição do novo ano.
Nos dias que se seguiram, eles aproveitaram a
fazenda. Andaram de cavalo, curtiram o inverno tomando vinhos abraçados no
pátio. Fizeram passeios a pé e com o carro pelos arredores da cidade e
convidaram Dara e Chad para um belo café ao fim da tarde. O tempo passara
rápido, era assim que acontecia quando estavam se divertindo. Precisavam voltar
para Los Angeles, pois Nathan retornava as gravações dois dias antes dela.
Havia eventos para atender e Stana tinha uma sessão de fotos agendada antes de
volta ao estúdio na pele de Beckett. Ambos decidiram não comparecer ao PCA
independente de ganharem ou não. Essa premiação nem sempre era justa e não
fazia parte da emissora deles. Além do mais, havia uma grande especulação
sempre que um deles comparecia. Sempre insinuavam que não iam no mesmo evento e
no fundo eles queriam escapar de qualquer entrevista capciosa.
De volta ao trabalho, Nathan gravou suas
primeiras cenas com Molly enquanto Stana fazia um ensaio fotográfico para uma
revista de moda. Ela passaria o dia trocando de roupas, retocando maquiagem,
sorrindo e fazendo poses. Não esperava ter uma surpresa durante seu trabalho,
mas aparentemente, graças a Gigi, Anne não sossegou até que o pai a levasse
para ver a tia no pequeno estúdio. Ver o irmão e a sobrinha foi uma grata
alegria. A menina invadiu a parte onde Stana fotografava quase derrubando a tia.
- Tia Stana! Muita saudade! – encheu a tia de
beijos que caiu na gargalhada com a menina em seu colo. Pediu um tempo para o
fotógrafo e dedicou sua atenção a sobrinha.
- Ah, docinho! Que surpresa boa. Como soube que
estava aqui?
- Tia Gigi me contou. Sempre que quero saber
algo pergunto dela, sempre me conta tudo.
- Ela não sossegou enquanto não prometi que a
traria até aqui para vê-la. Às vezes, me pergunto para quem essa menina puxou.
Parece que é filha da Gigi e não minha – ele se aproximou da irmã dando-lhe um
beijo estalado na bochecha. Stana abraçou-o como uma moleca. Não sabia, mas o
fotografo estava prestando atenção a interação deles e tirando algumas fotos.
- Fez bem. Só que não posso me demorar, tudo
bem, Anne? Essas pessoas aqui têm hora e agendas não podem ficar esperando por
mim. São cobrados depois.
- Tá tia, Anne entende. Pode mostrar como tira
foto? – pegando a menina pela mão, ela ficou na área designada para fotos e fez
pose. A garota imitou, sorrindo. Fizeram várias poses até o momento que ela
chamou pelo irmão.
- Marko, vem até aqui – assim que o irmão
chegou perto dela, Stana pulou em suas costas rindo. A menina aplaudia o jeito
dos irmãos – me segura, não quero cair! – e gargalhava. Claro que o momento foi
capturado pelo homem por trás das lentes. Ele fez questão de mostrar para Stana
que pediu a cópia para guardar, também pediu das outras com a sobrinha.
Agradeceu pela paciência dele e disse que eles já iam embora. Chamou o irmão em
um canto e despediu-se. Ao falar com Anne, recebeu um beijo estalado, um abraço
apertado e, claro, um questionamento. Não seria Anne se não fizesse.
- Tia, quando vou para sua casa de novo? Quero
muito jogar CLUE! – obviamente a menina estava se referindo a jogar com Nathan.
Para não frustrar a pequena, ela procurou ser o mais justa possível.
- Docinho, não vou prometer nada ainda. Eu
volto para trabalhar amanhã. Nem sei como está meu horário de gravações ainda.
Prometo que quando souber, aviso você de quando posso pega-la para um fim de
semana, tudo bem?
- Tá, promete mesmo?
- Quando não cumpri minhas promessas?
- A tia sempre cumpre.
- Isso mesmo. Agora saiam já daqui e me deixem
trabalhar – ela os observou indo embora. A menina sentada nos ombros do irmão,
não tinha como não abrir um largo sorriso. Mais tarde, ao terminar a sessão de
fotos, ela postou a foto com o irmão na sua conta do Instagram falando de
família. Ela não gostava de usar a imagem da sobrinha, como proteção à criança,
mas guardou todas as imagens que recebera do fotógrafo. Também ao final daquele
dia, sua agencia ligou comunicando que ela ganhara novamente o PCA. Isso a
deixara extremamente feliz. Seus fãs sempre a surpreendendo. Estava curiosa
para saber se Nathan tivera a mesma sorte, conhecendo o fandom de Castle, não
duvidava.
A noite confirmou sua suspeita. Nathan comentou
que também ganhara. Stana contou sobre a visita de Anne e que teriam que
encontrar um tempo para encaixar um fim de semana com a menina. Para ele, seria
um prazer ainda mais quando ela contou que o principal motivo de querer estar
com eles era para derrotar o tio no jogo.
Stana voltou a filmar Castle. Todos notaram o
quanto ela estava feliz. A rotina voltou a fazer parte dos dias do casal e a
convivência com os amigos e companheiros de trabalho ficava mais divertido a
cada episódio. Depois que Alexi consertou a besteira que fora separar Castle e
Beckett, eles estavam bem mais satisfeitos com o rumo da série.
Checando seu calendário, numa noite de segunda-feira,
ela percebeu que estava na época de retornar a consulta com sua ginecologista
para saber o resultado dos exames. Apenas por pensar sobre o assunto, ela sentiu
o estomago embrulhar. Porém, logo se recuperou lembrando-se das palavras de
Nathan e do quanto queria atravessar essa nova estrada e poder realizar o sonho
do homem que amava. Criando coragem, ela fez uma pequena anotação em seu
celular para ligar e agendar a consulta no dia seguinte. Por questão de agenda,
a médica somente poderia lhe atender na sexta-feira. Precisava avisar Gigi.
Na quinta, ela ligou para a irmã. Eram nove da
manhã e Stana já tinha gravado três cenas. Ao quinto toque, uma voz sonolenta
finalmente atende o telefone.
- O que?
- Nossa! Que jeito de atender ao telefone. Ainda
está dormindo, sis?
- Não, você me acordou.
- Ouch! Grossa! O que deu em você?
- Além de uma dor de cabeça dos infernos e
ressaca? Por favor, se algum dia eu disser para você que vou beber tequila, me
segure, me amarre, faça o que for preciso, mas não me deixe beber essa coisa.
Meu Deus! Nunca me senti tão mal, Stana.
- Onde você foi para ter se embebedado com
tequila em plena quarta-feira?
- Não vem ao caso. O que você quer, sis?
- Amanhã é a minha consulta com a ginecologista
para saber o resultado dos exames. Não posso ir sem você, Gigi. Quero que
esteja lá comigo.
- Tudo bem. Acho que até lá já vomitei até
minha vida e espero que esteja melhor para estar lá. Não deixarei fazer isso
sozinha, mas eu sei que não terá nada de errado com você.
- Obrigada, Gigi. Eu passo para te pegar as
nove horas, a consulta é as dez.
- Tá. Até amanhã... oh, Deus! Preciso ir, o
banheiro me chama – Stana desligou um pouco intrigada com a atitude da irmã.
Sabia que Gigi costumava fazer loucuras de vez em quando, mas beber e ficar
desse jeito? Nem queria saber o que aprontara.
No dia seguinte, conforme o horário combinado,
Stana estava estacionada na frente de sua antiga casa esperando pela irmã. Gigi
saiu com os óculos escuros no rosto. Usava jeans e uma blusa simples, bem pouca
maquiagem. Entrou no carro e foi logo dizendo.
- Será que podemos passar numa Starbucks antes
de ir ao consultório?
- Bom dia para você também. Ainda de ressaca? O
que você anda fazendo, sis?
- Não estou de ressaca hoje, somente com sono.
Sai ontem novamente. Não bebi, juro. Só quero cafeína no meu sangue.
- Tudo bem, paramos numa Starbucks no caminho.
Temos tempo, a consulta é as dez horas.
- Falando nisso, como conseguiu escapar das
suas gravações e não levantar suspeitas com Nathan?
- Falei com Alexi antes, ele arrumou meu
cronograma de gravações para a tarde. Nate não achou estranho, sabe que as
vezes trabalhamos em horários diferentes dependendo dos episódios.
Consultório médico
- Vamos entrando, Stana. Como foram suas
festas? Descansou bastante antes de voltar ao batente?
- Ah, sim. Mas já voltei ao ritmo normal. Na
minha profissão não tem esse lance de voltar devagar, aos poucos, tudo é
intenso. Dez, doze horas de gravações, as vezes bem mais. Não reclamo. Gosto do
agito.
- Isso é bom. Recebi seus resultados do
laboratório e analisei focando na história que me contou na última consulta
para verificar se havia alguma razão clínica para os episódios que ocorreram
com você em diferentes meses e estágios.
- E qual o resultado? Pode dizer, doutora.
Qualquer que seja a notícia estou pronta para ouvir – ela esticou a mão
procurando a da irmã. O gesto fez a médica sorrir. Era óbvio que não queria
ouvir nada ruim.
- Stana, não há nada de errado fisicamente com
você. Seu aparelho reprodutor, seu útero e ovários estão em perfeito
funcionamento. Os problemas que você enfrentou antes, a perda do bebê, supostos
alarmes de gravidez, tudo está relacionado com duas causas principais. Uma é
completamente tratável com uma mudança de anticoncepcional e uma dose de
hormônios, a outra só depende de você.
- Como assim depende de mim?
- Falemos primeiramente da parte fisiológica.
Você toma esse anticoncepcional há mais de cinco anos. O que está acontecendo é
que seu corpo se acostumou a droga e quando você esquece de toma-lo, tudo se
desregula. Por isso você experimentou falsa gravidez. Seus hormônios ficam uma
bagunça sem o remédio. O que iremos fazer é suspender o anticoncepcional por
três meses, vou substitui-lo por dosagem de hormônios que serão responsáveis
por equilibrar seu sistema hormonal. Uma vez que isso ocorra, aumentarei seus
níveis de fertilidade com uma dose única e depois disso você irá usar um novo
anticoncepcional para que seu corpo fique limpo, sem dependência. Tudo isso
ajudará uma possível gravidez se assim quiser.
- Isso parece que pode funcionar.
- Vai funcionar, Stana. Porém, existe a outra
parte. Seu psicológico. Enquanto estiver preocupada ou pensando demais se
engravidará ou não, você influenciará seu organismo a ir de encontro com o que
você quer. Deixe a natureza tomar seu curso. Não deve existir pressão em
engravidar. Se conseguir fazer isso, garanto que em seis meses você irá voltar
aqui e me contar que está grávida de verdade.
- Está vendo, sis? Eu disse que não tinha nada
errado com você. As mulheres Katics são predestinadas para serem mães se assim
quiserem.
- Sua irmã tem razão. Se controlar a ansiedade
e a própria cobrança que deposita em você, a natureza agirá a seu favor.
- Confesso que estou aliviada. Tenho uma outra
pergunta. É possível congelar algum dos meus óvulos?
- Claro que sim, mas por que você iria querer
fazer isso?
- É sis, também não entendi. Não é como se você
não tivesse opção de um pai para seu bebê...
- Por segurança.
- Ah, então existe o potencial pai.
Interessante... – Stana olhou para Gigi querendo fuzila-la com o olhar – você
realmente quer fazer isso, Stana? Não vejo necessidade, mas como sua médica se
essa for sua vontade, eu farei o procedimento. Sugiro pensar um pouco mais
sobre isso.
- Ela vai pensar, doutora.
- Vou prescrever as injeções que terá que
tomar. Precisa ter alguém para aplica-las regularmente em você. Isso é um
problema?
- Não, moramos juntas. Posso fazer isso para
ela – respondeu Gigi tentando se redimir do que dissera antes.
- Ótimo! – a médica prescreveu os remédios,
explicou as aplicações e horários e liberou-as. Deixou claro que se Stana
tivesse qualquer reação estranha podia lhe ligar a qualquer hora. Organismos
são diferentes. Elas deixaram o consultório uma hora e meia depois que
chegaram. Sabendo que deveria estar no estúdio a uma hora da tarde, ela
convidou a irmã para fazer um lanche rápido. Pararam em um pequeno bistrô que
Stana costumava frequentar na região de Hollywood. Pediram suco verde e salada.
Devidamente acomodadas na mesa, Gigi iniciou a conversa.
- Eu sabia que não havia nada errado com você,
tudo coisa da sua cabeça. Desculpe pela quase mancada no lance do pai, mas eu
estava falando sério quando disse ser besteira você congelar seus óvulos. Um
pouco de fé em si mesma não faz mal a ninguém, sis. Por falar nisso, como vai
contar para o Nathan sobre as injeções?
- Vou dizer a verdade, que meus hormônios estão
bagunçados. É claro que ele vai desconfiar que possivelmente estava testando se
posso engravidar. Durante as festas eu pensei muito nisso. Cheguei a perguntar
dele se ele me amaria ainda se não pudesse dar um filho para ele.
- Que pergunta idiota! É claro que sim, o homem
é louco por você!
- Foi mais ou menos essa a resposta dele só que
com palavras bem mais bonitas – as duas riram – agora, vai me contar o que foi
essa experiência com a tequila?
- Achei que não era tão forte, sou acostumada a
beber. Tomei a primeira, a segunda e fui virando, não sei quantos shots eu
tomei, mas já passou não repetirei a dose – Stana percebeu que a irmã não
queria entrar em detalhes – foi uma experiência que, no fundo, apesar da
ressaca valeu muito a pena – antes que Stana pudesse perguntar algo mais, Gigi
a lembrou – hey, você não tem que trabalhar? – Stana checou o relógio.
- Tem razão, vamos eu te deixo em casa.
- Não precisa. Você está perto do estúdio.
Apenas me deixe na estação de Hollywood, eu me viro.
Stana fez exatamente o que a irmã pediu
seguindo depois para o estúdio. Um dia normal de trabalho. Ela pediu para uma
de suas assistentes ficar de olho em uma entrega em seu nome e leva-la para seu
camarim. Ordenara as injeções conforme as prescrições da médica. Queria começar
logo já que ficaria sem usar o anticoncepcional. À noite, conversaria com
Nathan.
Ao chegar em casa, encontrou-o na cozinha.
Milagrosamente, era cedo. Nove da noite.
- Hey, o que você está fazendo?
- Cheguei a pouco do supermercado. Resolvi
fazer uma refeição rápida. Espaguete ao sugo. Simples e prático. Está com fome?
Quer vinho?
- Aceito – ele a serviu da bebida imediatamente
– você saiu cedo do estúdio hoje.
- Estava filmando desde as seis da manhã. Não
sei porque adiaram nossas cenas.
- Eu pedi para Alexi. Tinha que voltar na minha
ginecologista – ao ouvir a palavra, Nathan franziu o cenho – não há com que se
preocupar. É apenas o exame de rotina. Está tudo bem, quer dizer, exceto por
meus hormônios estarem uma bagunça. Preciso parar meu anticoncepcional e tomar
injeções para regulá-los por três meses.
- Ah... – de repente, ele captou um sinal de
alerta – Stana isso tem algo a ver com o seu comportamento no ano novo? Você
estava com medo?
- Não! Eu só... – mas ela prometera que não
mentiria mais para ele – o exame é de rotina, mas eu realmente estava com medo,
já foram muitos alarmes falsos, Nate.
- Pelo menos agora você entende que havia uma
razão para isso. Como são essas injeções? E por que você não me chamou para
acompanha-la na consulta?
- Nathan, o segredo?
- Ah, verdade! – ele sorriu fazendo uma careta,
ela balançou a cabeça e acariciou o braço dele para beijar-lhe o ombro em
seguida.
- Basta aplicar no bumbum, no músculo. Uma vez
ao dia. Gigi foi comigo na consulta, ela sabe da minha paranoia, o que a médica
confirmou também. Meu psicológico influencia meu corpo.
- Isso é verdade. É daí que surge o termo
gravidez psicológica. Você sabe que eu estudei sobre isso, sou quase um
ginecologista – falou gabando-se.
- Nate, um papel em um filme não o torna
médico. Você se sente à vontade para fazer isso?
- Claro, amor. Quando começamos?
- Amanhã. E acho melhor você começar a usar
camisinha quando... você sabe, não quero surpresas – ele fez careta – sério,
babe. Não quero arriscar um novo desapontamento para nós. Lembre-se hormônios
bagunçados.
- Por isso mesmo, agora que já sabemos com o
que estamos lidando, não haverá decepção – ela revirou os olhos, claro que
também não queria usar preservativo, já estava acostumada sem ele. Talvez
devesse aplicar um DIU. Não deveria prejudicar o tratamento, certo? Manteve o
pensamento para si, checaria com a médica.
- E tem possíveis efeitos colaterais? Tipo
mudanças de humor, dores...
- Ela disse que é possível, mas varia de pessoa
para pessoa. Isso é um problema?
- Não, apenas quero estar preparado. Para saber
agir e entender o que está acontecendo – ele se aproximou dela, beijou-a no
rosto e colocou o prato de massa sobre a mesa – vamos comer?
Eles sentaram-se a mesa e engajaram uma
conversa sobre o trabalho, algo que Jon e Seamus fizeram. Após a comida, ele
serviu mais uma taça de vinho para ela. Ao beber um pouco, Stana lembrou-se da
irmã. Sabia que ela escondia algo, mas o que?
- Aconteceu uma coisa estranha ontem e hoje com
Gigi. Quando liguei para ela, estava irritada, na verdade de ressaca. Bebeu
muita tequila aparentemente e hoje estava cansada, bocejando. Quando perguntei
qual era o problema com a tequila, disse que saíra novamente sem beber, porém,
me fez jurar que iria impedi-la de beber tequila outra vez. Ela desconversou o
que estava havendo, só que conheço minha irmã, ela está escondendo alguma
coisa...
- Você disse tequila? Hum...
- Sim, por que?
- Lembra aquele comentário no natal sobre o
restaurante mexicano? Será possível que ela tenha saído com Jeff?
- Não! Quer dizer, ele não está em Toronto? Ou
ele está aqui e você não me contou?
- Não sei, antes ele ficava na minha casa,
agora não mais. Deve ser apenas coincidência, quer dizer, se estivesse em LA
ligaria para mim.
- É, se você diz... – ambos, porém, ficaram
pensativos – seria estranho, não? Acho que estamos viajando.
- Eles são da mesma família, estranho é um
termo que não se encaixa aqui... – de repente, ele entendeu onde ela queria
chegar – oh, você está pensando... não! Provavelmente estamos viajando. Vamos
deitar, amanhã teremos que estar no estúdio as seis da manhã... – de mãos dadas,
eles subiram as escadas.
- Por que você foi tão enfático no seu “não”?
Minha irmã não é suficientemente boa para o seu irmão?
- Muito pelo contrário, Gigi seria demais para
ele. Seria como ganhar na loteria.
- Foi o que aconteceu com você, não? – ela
provocou.
- Ah, Staninha no nosso caso, ambos foram
premiados – ela sorriu puxando-o pela gola da camisa e tascando um beijo rápido
nos lábios.
Mesmo sendo sexta-feira, eles trabalharam até
uma da manhã. Estavam exaustos. Por esse motivo, Stana achou melhor deixar para
chamar Anne apenas no próximo fim de semana. Acordaram tarde no sábado e
pularam o café da manhã indo direto para o almoço. Claro que a primeira dose de
cafeína da manhã era mandatória, estava fora de discussão. Stana decidiu nadar
um pouco para relaxar e se exercitar, não estava animada para pedalar ou
correr. Nathan resolveu colocar uns hambúrgueres na churrasqueira e se juntar a
ela.
Após algumas braçadas, ele se escorou em um dos
cantos da piscina, o que a atraiu logo para perto dele. Trocaram algumas carícias,
beijos e ela acabou se enroscando no corpo dele.
- Acho que vou ligar para o Marko. Sei o quanto
a Anne fica ansiosa esperando notícias nossas. No próximo sábado ela pode
dormir aqui e provavelmente arrasar com você em CLUE.
- Isso veremos... – Stana sorriu mudando de
posição e escorando-se no peito dele, ligando para o irmão.
- Oi, Marko! Tudo bem? – o irmão respondeu – e
Anne? Estou ligando porque prometi que arranjaria um tempo para ela, só que
acho que não irá gostar de saber que será no próximo sábado. Estou sem
condições de ficar com ela. A semana foi pesada, trabalhei até uma da manhã de
hoje.
- Que isso, Stana. Ela entende. Hey, a mamãe
falou com você?
- Não, por que?
- Ela me ligou ontem. Disse que está querendo vir
passar umas duas semanas em Los Angeles. Aproveitar para ver os seus três
filhos “americanos” foram suas palavras. Imagino que vai querer ficar na sua
casa por isso perguntei. Não sei se falou com a Gigi.
- Também não sei. Talvez ainda ligue. Ela sabe que
trabalho até tarde durante a semana.
- Pode ser, deixa eu chamar a Anne para falar
com você. Qualquer coisa sobre a mãe, avisa.
- Pode deixar – Stana aguardou na linha para
falar com a sobrinha. Ficou uns dez minutos de papo furado com a menina. A princípio,
Anne ficou triste pois não via a hora de brincar com o tio, mas Stana tinha um
jeito todo especial de fazer a menina rir muito rápido. Também pode falar com
Nathan por um tempo. Então, eles desligaram após uma sessão de beijos saudosos.
Stana virou-se para fitar o marido. Ele notou uma pequena ruga de preocupação
na testa dela.
- O que foi, amor?
- Acredito que estamos em apuros. Marko me
contou que a mamãe ligou para ele ontem. Disse que quer passar duas semanas com
os filhos aqui em LA. Você sabe o que isso significa, não? Além de estar
desconfiada e certamente continuar pressionando Gigi, eu vou ser obrigada a
voltar para a minha antiga casa, senão já era o nosso disfarce.
- Oh, a trama se complica... será que ela
consegue arrancar algo da Gigi?
- Duvido muito, mas como já está desconfiada,
qualquer deslize meu será um problema. Isso não é justo.
- Não mesmo! Vou ficar duas semanas sem ver
você? Sem dormir ao seu lado? Acho que você vai ter que trabalhar 24 horas pelo
menos três dias na semana.
- Ah, claro e ela não vai desconfiar da
mentira... sua tentativa não funcionou, Nate. Preciso falar com a Gigi. A mamãe
deve ter ligado para ela.
- Já parou para pensar que talvez essa seja a
oportunidade que estamos precisando para contar a verdade a ela? Podemos
planejar algo. Tornar o conhecimento e a realização mais fácil...
- Eu não sei, Nate – ela lembrou-se das
palavras de Dara. Será que a amiga tinha razão? – não vamos nos precipitar...
depois eu falo com Gigi. Na verdade, vou ter que conversar sério com a minha
irmã porque ela é o alvo da dona Rada. Melhor fazer isso pessoalmente. Mas não
agora... quer nadar comigo, amor?
- Hum... qual a modalidade? – olhando para ela
com uma cara safada – nado peito? – ao ver Stana tirar a parte superior do biquíni
– meu preferido! – e saiu nadando na direção dela enquanto Stana tentava ficar
o mais longe possível dele. A brincadeira estava apenas começando.
Mais tarde, ela vestiu-se pensando em conversar
com Gigi. Essa novidade que o Marko lhe contara não saia de seus pensamentos.
Era melhor ouvir a opinião da irmã antes de tomar qualquer decisão precipitada.
Chegando em sua antiga casa, ela não se deu ao trabalho de bater. Viu o carro
da irmã estacionado na garagem e simplesmente pegou a chave reserva debaixo do
capacho, escondida em um ladrilho quebrado.
A casa parecia silenciosa. A luz da cozinha
estava acesa, apesar da sala estar na penumbra. Viu uma garrafa de vinho e
taças sobre a mesa. Será que ela estava acompanhada ou simplesmente aquilo
estava ali desde sexta? Sem fazer barulho, ela foi entrando pelo corredor. Viu
a luz do quarto acesa e a porta escorada, então resolveu entrar. Ao empurrar a
porta, Stana não resistiu ao que viu derrubando a sua bolsa no chão acordando a
irmã com o barulho.
Deitado, nu de bumbum para cima, estava um
homem. Não qualquer desconhecido. Gigi olhou para a irmã com o semblante
assustado.
- Sis? O que faz aqui? – Stana levou a mão a
boca, uma sensação de deja vu reverso acabara de passar pela sua mente.
- Gigi... é o Jeff.
Continua....
3 comentários:
Kkkk amei Karen!
Aiii gente ! NÃO AGUENTO UNS FINAIS DESSE KKK AMEI KARENN ! Já dói sor de pensar que vai demorar .
Karen , eu tava reparando , a idade da Anne já suficiente para ela não falar de si na terceira pessoa. Acho que já ta na hora sabe ?! Mesmo que isso deixa a fofura completa na fic.
Hahaha! Ri alto com esse final. E o jogo está empatado.
Amo como a Karen pega as publicações da Stana e transforma em um ambiente favorável a fic.
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