domingo, 4 de julho de 2010

[Bones Fic] As Time Goes By - Cap.16

Cap.16


Dia 206

Temperance não apareceu para trabalhar antes do meio-dia. Acordaram tarde e fizeram amor mais uma vez logo que despertaram. Tomaram café e ainda entre beijos deixaram o chalé.

Trabalhar não era bem o que Brennan tinha em mente, ela apenas queria passar umas orientações para a sua equipe especialmente Daisy que deveria substituí-la nas análises. Booth a acompanhou. Chegando no laboratório, Daisy abriu logo o sorriso para ele e cumprimentou-o.

- Agent Booth! Tudo bem?

- Sim, tudo ótimo Daisy. E piscou pra ela.

- Daisy não vou ficar no laboratório hoje, portanto você precisa terminar o trabalho que comecei. Preciso que termine até umas seis da tarde porque a noite vamos ao karaokê.

- Sério?

Ela olhou pra Booth surpresa. Ele deu de ombros. Nesse momento, Laura entra na sala.

- Sim, e chame Laura e Max também.

- O que tem eu?

- Vamos ao karaokê hoje. Ah, Laura esse é o agente Seeley Booth, Booth Laura é futura PhD em paleontologia.

Ela estendeu a mão e sorriu.

- Prazer em conhece-lo e ainda sou doutoranda preciso me apresentar a banca pra virar doutora.

- Mas você é muito inteligente e aplicada vai conseguir facilmente o título.

- É bondade da Dr. Brennan.

- Ah não é não. Quando a Bones fala é porque ela sabe que é verdade. Se achasse que você não era capaz diria na sua cara.

- É verdade, o Booth sabe.

- Que namorado! Ela não mentiu mesmo. Tava na cara que aquele idiota do Daniel não tinha a minima chance.

Booth ergueu a sobrancelha e um pequeno sorriso se formou no canto dos lábios. Ele se aproximou dela e sussurrou baixinho.

- Namorado é? Sou seu namorado?

Ela olhou-o com repreensão. Depois de instruir a todos saiu de mão dadas com ele.

Tiveram um dia comum. Passearam pela cidade, almoçaram juntos. Voltaram ao chalé dela e novamente fizeram amor. Booth adormeceu e ela aproveitou o tempo para escrever.

Dia 206

Nem sei como expressar o que estou sentindo. Acho que é felicidade, só pode ser isso. Nunca poderia imaginar que meus pensamentos e desejos se materializaram dessa forma. Booth é parte de mim, dependo dele, a falta dele me angustia, me acostumei a te-lo ao meu lado sempre e agora mais que nunca. Dividir a cama com ele somente a tornou mais ciente e dependente disso.

Me sinto diferente, meu corpo está diferente. Estou leve, plena. Estou completa ao lado dele.

Sim, estou me apaixonando... e isso é a melhor sensação do mundo... felicidade!


Ela ficou observando-o dormir. Voltou a escrever.


Tão tranquilo, Booth é um homem muito lindo mesmo. E não vou falar de maneira antropológica, falo como mulher. Os traços fortes, bem definidos e másculos. Os olhos pequenos mas intensos. Os ombros largos e o tórax definido. Como não admirar um homem assim? E o mais importante é que ele é carinhoso, cavalheiro, engraçado e amigo. Acrescento agora mais uma qualidade para ele: excelente amante.


Ela deixou o notebook de lado e foi sentar-se na cama ao lado dele. Os dedos acariciavam de leve o rosto deslizando calmamente pelos bíceps. Ela inclinou-se e depositou um beijinho no rosto dele e depois não aguentando, começou a depositar vários beijinhos na linha do rosto, pescoço , voltando ao queixo e arrancando um sorriso dele que se espreguiça e mexe-se ficando de barriga pra cima. Ela continuou agora beijando o peito e acariciando o mamilo dele com a língua subindo em seguida para o pescoço e aproveitando para deitar seu corpo sobre o dele. Já de olhos abertos, ele acariciou os braços dela e puxou-a para si de modo a ficarem com os olhos e as bocas emparelhadas.

- Que jeito gostoso de acordar...

Ela sorriu.

- Chega de dormir, preguiçoso. Vamos acordar e tomar um banho. Logo a Daisy vai bater aí.

- Só se você me der um beijo.

- Ah, tá fácil.

Ela sentou-se na barriga dele e primeiro acariciou mais uma vez o tórax dele para só depois inclinar-se e beija-lo. Os lábios se encaixavam com precisão. Não havia erros ou desconforto, pareciam ser feitos um para o outro tão fácil era a dança das bocas e das línguas. Ele rapidamente a suspendeu e colocou-a na cama trocando de posição e ficando agora sobre ela. Imediatamente a mão tocou o seio e ela gemeu na boca dele. Os dedos dele deslizavam pelas costelas dela em movimento que lembravam o toque em um piano fazendo-a se contorcer e rir. Fazia cócegas.

- Ai,Booth para....

Ele sorriu também mas não cedeu e continuou a fazer cosquinhas enquanto ela suplicava para que ele parasse.

- Booth... não...ah! Booth... por favor...

Ele resolveu ceder beijando-a mais uma vez. Ela quebrou o beijo e deu um tapinha nele.

- Implicante!

- Você provoca e não quer levar?

- Eu?

- Mas é cínica!

Ele se afasta sentando na cama e dando um tapinha no bumbum dela que já virava de bruços para evitar que ele a atacasse novamente.

- Vamos, Booth... vai se arrumar.

- Tá bom, tá bom...

Ele se levanta e vai pro banheiro.

Quinze minutos depois ele sai ainda com o corpo parcialmente molhado enrolado na toalha. O cabelo respinga no tórax deixando-o ainda mais maravilhoso. Brennan olha a visão a sua frente. Como ele é perfeito!

Ela passou por ele e não deixou de passar a mão no peito dele além de mordiscar o lóbulo da orelha dele e sussurrar um “gostoso” antes de correr para o banheiro.

Mais tarde, eles deixam o chalé junto com Daisy rumo ao karaokê.


Karaokê


Eles estavam sentados numa mesa bebendo e conversando animadamente. Eram ao todo 5, Laura e Mark se juntaram a farra também. Todos já tinham dado uma palhinha no karaokê, Brennan cantou Cindy Lauper mais uma vez, Daisy deu seu show com Coldplay, Laura e Mark fizeram um dueto e Booth era o único que ainda não fizera seu show particular.

- Agent Booth, você já está olhando para esse livro a pelo menos meia-hora e ainda não escolheu uma música? É tão difícil assim? Se quiser a Dr. Brennan pode escolher pra você.

- É aposto que ela faria isso rapidinho.

Mark provocou.

- Daisy estou escolhendo sim e não preciso que Brennan faça isso. Se bem que ela é capaz de me mandar cantar Cindy Lauper.

- Se você está dizendo isso porque não tenho conhecimentos musicais, você está muito enganado. Mesmo porque seu tom de voz não serve pra cantar esse tipo de canção, talvez um Seal?

Ela piscou pra ele.

- Não concordo. Calma vou achar a melhor canção me deem alguns minutos. Além do mais, as outras pessoas também tem o direito de cantar. Vocês não podem dominar o microfone.

- Tá, enquanto o astro decide o que ele vai cantar vou ao banheiro e depois passo pelo bar, alguém quer alguma coisa?

- Uma dose de tequila pra mim Laura.

- Bem pedido, quero uma também.

- Beleza, que tal uma rodada de tequila pra todos?

Todos concordaram e Booth olhou pra ela perguntando.

- Bones, você tem certeza que quer tomar tequila? Fique no vinho, é mais seguro.

- Ah,Booth para com isso tequila é ótimo!

- É eu sei... me lembro da sua ressaca.

- Não se preocupe não vou entrar em nenhum táxi.

Os outros se olharam sem entender. Laura deu de ombros e foi ao banheiro.

Booth concentrou-se em escolher a música que cantaria. Laura voltou com o garçon trazendo cinco doses de tequila e limão e sal para todos. O garçon distribuiu os copos na mesa e retirou-se.


Laura comandou a rodada.

- Vamos lá, todos se preparem para virar. Limão e sal a mão e vamos no três ok?

Eles riam e seguiam as instruções dela.

- Um,dois... três! Virando!

Em um único gole, Brennan virou e sentiu o líquido queimar a garganta. Balançou a cabeça em resposta. Tinha que admitir, uma dose de tequila era muito bom!

- Ae! Muito bem! Querem mais uma?

- Melhor não caso contrário não vou conseguir cantar.

Booth se levantou da mesa e seguiu para o palco ao som dos gritos e palmas dos companheiros de Bones e dela própria. A subir no palco, murmurou algo para o cara no piano.

- E mais um candidato, o que você vai cantar?

- Essa música vai pra alguém muito especial e mesmo que ela ainda não consiga compreender ainda o que significa ser sentimental, ela está no caminho certo. Pra você, Bones!


O som da melodia agradável invadiu o salão através do piano e Booth olhando apenas para ela começou a cantar.

I love you for sentimental reasons
I hope you do believe me
I've given you my heart
I love you and you alone were meant for me
Please give your loving heart to me
And say we'll never ever part
I think of you every morning
Dream of you every night
Darling, I'm never lonely
Whenever you are in sight
All because I love you for sentimental reasons
I hope you do believe me, baby
I've given you my heart

[Instrumental interlude]

Assim que a melodia do piano assumiu a frente, Brennan subiu ao palco e o abraçou embalando-se no ritmo da música. Ele a apertou contra o próprio corpo e sorriu voltando a cantar.

I think of you every morning
Dream of you every night
Darling, I'm never lonely
Whenever, whenever, whenever you are in sight
All because I love you for sentimental reasons
I hope you do believe me
I've given you my heart
I've given you my heart
For sentimental reasons
I've given you my heart


Ao terminar, ele a olhou e Brennan sem cerimônia, beijou-o nos lábios carinhosamente. Os gritos dos presentes ecoaram no salão diante da cena. Ele fez menção de descer do palco mas ela o segurou.

- Hey, agora que já estamos aqui, você não vai escapar de cantar nossa música comigo, vai?

Ele gargalhou.

- Você não existe!

Ela já familiarizada com a banda pediu a guitarra e avisou o que tocariam. Mal os primeiros acordes saíram, a platéia gritou em aprovação. Brennan fazia os solos de guitarra de Hot Blooded enquanto Booth iniciava a cantoria com o vocalista da banda. E assim eles interagiram no palco, Brennan soltou-se como sempre e dava show cantando e tocando. Ele era só sorrisos, estava muito feliz e foi surpreendido por um beijo roubado por ela quando ela se inclinou para um último solo. Terminada a música, agradeceram e desceram rindo do palco. Na mesa foram saudados pelos amigos impressionados. Ao sentarem, Brennan acariciou a coxa dele e sussurrou.

- Obrigada pela canção Booth e pelo seu coração.

- Ele é seu junto com meu amor.

Ele deu um selinho nela e ela aninhou a cabeça no ombro dele.


Dia 210


Booth já arrumara todas as suas coisas. Brennan tentava disfarçar o que sentia. Era duro ter que se despedir e se separar dele mais uma vez. Foram dias memoráveis, de plenitude. E mesmo sabendo que não poderia pedir para que ele ficasse, parte dela insistia em faze-lo.

- Booth, você vai ter que ir mesmo embora?

- Você sabe que sim. Não queria mas tenho um dever a cumprir.

- Eu queria tanto que ficasse, não quero passar por isso de novo, ficar sozinha sem você.

- Hey, cadê a cientista racional que eu amo? Ela ainda está dentro desse coração? Bones agora será diferente, sobrevivemos aos seis meses e temos lembranças verdadeiras para nos manter firmes, o tempo vai passar rápido, você vai ver.

- Promete que continuará escrevendo?

- Sempre! E aproveite seus companheiros, eles são pessoas ótimas. Façam o que você faz de melhor : desvende os ossos, pratique a ciência.

Ele se aproximou bem dela e sussurrou ao seu ouvido com uma voz sensual.

- Apesar que agora estou na dúvida se você não faz melhor amor do que a ciência... vou sentir falta desse corpo quente junto ao meu.

- Oh, Booth...

Ela colou os lábios nos deles por mais uma vez. Procurava o encontro com a língua dele enquanto as mãos deslizavam pelo tórax dele trazendo a memória os momentos de êxtase vividos cedo naquela manhã. Ele intensificou mais o beijo até deixa-la sem ar. Ofegantes, eles se olharam mais uma vez. Ele trouxe a mão dela até os lábios e beijou-a.

- I love you, Tempe... te vejo em Washington.

Ficaram de mãos dadas por alguns segundos até que ele tomou a iniciativa de largar para entrar no helicópitero que o levaria até o aeroporto de Jacarta e depois de volta ao Afeganistão. Ela ficou observando-o partir e mesmo após o veículo ter desaparecido da sua visão, Temperance Brennan continuava ali parada, a mão na boca tentava manter o calor dos lábios que antes estiveram colados ali.


Dia 210

Foram cinco dias inesquecíveis. Descreve-los é algo muito difícil para mim. Pela primeira vez na vida, começo a entender certas expressões e sensações que as pessoas costumam me dizer que sentem. Agora consigo entender a tal felicidade que Angela comenta, o frio na barriga de Daisy, o sentimento de plenitude, me senti completa por todo esse período que Booth esteve aqui comigo.

A Temperance Brennan que a maioria conheceu está mudando, está diferente.


Por ele, com ele. Para ele.


Ouvir Booth dizer que me ama, me dá vontade de chorar mas um choro bom, alegre. Se eu soubesse que fazer amor era algo tão bom, já teria me deixado ser levada por ele a muito tempo.

Adoro a sensação de estar apaixonada! Só espero que consiga suportar sua ausência por mais seis longos meses. Ele nem bem partiu e tudo o que queria era que ele estivesse aqui comigo.

Preciso voltar a realidade, ao objetivo de estar aqui. Preciso incorporar a cientista racional novamente, exatamente da forma que Booth me pediu.


Presente

Ela fechou os olhos por um momento e sorriu.

Ao abrir os olhos, Temperance sorveu o último gole do seu café e rumou para o portão de embarque que a levaria de volta pra casa. De volta em uma semana, aos braços dele.



Continua...

2 comentários:

Rubine disse...

Lindo, Bones sem ser a cientista racional de sempre é demais...

Bá (# disse...

Estou extasiada com esse reencontro dos dois! Esqueci completamente do tempo lendo essa fic! Estou lendo-a, seguramente, a umas 6 ou 7 horas! Não consigo parar! Acho que ficarei um pouquinho desapontada quando assistir os episódios da sexta temporada de novo...
HAHAHA'