domingo, 4 de setembro de 2011

[Bones Fic] Between Love & War - Cap.24




Cap.24



Era sexta e Angela percebeu o quanto Brennan estava para baixo durante o café da manhã. O maior motivo? Nenhuma notícia de Booth. O fato dela estar trancafiada em 4 paredes apenas agravava a situação.


Depois que Brennan voltou ao quarto, Angela pegou o celular e ligou para o Dr.Bray.

- Dr. Bray.

- Olá, Dr.Bray, é a Angela amiga da Dr.Brennan.

- Oi, Angela como está minha paciente mais teimosa?

- Fisicamente ela está bem, já emocionalmente não tenho tanta certeza assim...

- Como assim?

- Ela não recebeu notícias do Booth essa semana e isso só aumenta a preocupação dela, além disso tem ficado muito dentro de casa. Acho que ela precisa espairecer.

- Concordo, o que menos queremos agora é ter a Dr.Brennan em um nível de stress alto.

- Pensei em darmos um passeio no Central Park, ou de repente no Bryant Park porque fica perto da livraria que ela gosta de visitar. Nada de exageros, apenas uma caminhada, um lanche e sentir um pouco do outono que domina a cidade.

- Isso será muito bom para ela. Faça isso mesmo. Mais tarde, vou ligar para ela e marcar uma nova consulta com ela para segunda e vou liberá-la para o trabalho. Uma médica competente e inteligente como ela não aguenta ficar longe da profissão que ama por muito tempo, acaba sendo uma forma de ocupar o pensamento.

- Muito obrigada, Dr.Bray. Vou passar suas orientações para ela.

- Se precisar, pode ligar.

Angela fez algumas ligações de trabalho, fechou um novo vernisage e aviso que estaria ausente da galeria mas conectada via celular. Em seguida, foi até o quarto de Brennan e encontrou-a ouvindo o que imaginava ser a voz de Booth no seu ipod.

- Hey....

Brennan tirou os fones.

- Boas notícias! Acabei de falar com o seu médico e expliquei a ele que você tem sido uma mocinha muito comportada e ele liberou você para dar um passeio na cidade. Que tal? Podemos almoçar em um lugar bacana, passear e curtir o outono...adoro essa estação em New York...

Brennan sorriu.

- É, vai ser bom sair de casa. Podemos almoçar na Sbarro’s ?

- A escolha é sua, agora vá se arrumar.

Sorrindo, Brennan levantou da cama e acariciou a barriga falando com a filha.

- Olha, Kathy até que enfim a malvada da sua madrinha vai levar a gente para passear... mamãe vai levar você na loja de brinquedo tá?

- Hey, eu não sou malvada! Sou a madrinha super cool! O malvado é o Wendell!

Brennan balançou a cabeça e seguiu para o banheiro.

Uma hora depois, elas saíram de casa. Como a estação do metro ficava próxima, elas não teriam que andar muito e soltariam na esquina do restaurante. Asim que conseguiram uma mesa, Brennan escolheu uma salada italiana e Angela pediu umas bruschetas enquanto escolhiam o prato principal.

- Esse restaurante me lembra o Booth...

- E eu não sei?

- Você já escolheu?

- Já...vou de lasanha.

- Vou de nhoque, Booth adora o daqui.

Elas fizeram o pedido e curtiram o almoço de maneira alegre, Angela manteve a conversa para coias divertidas. Depois, elas seguiram para a FAO Schwartz para satisfazer a vontade de Brennan para com a filha.

Logo na entrada, ao ver o eterno piano no chão, Angela incorporou seu lado criança e pos-se a pular nas teclas.

- Angela?! O que está fazendo?

- Me divertindo! É o piano que o Tom Hanks toca!

- Quem é Tom Hanks? Algum ex-namorado?

- Ahn? Você não sabe quem é Tom Hanks? Um dos melhores atores do cinema de Hollywood? Ai, Tempe precisamos mudar isso!

Brennan deu de ombros. Continuou andando pela loja quando uma pequena área chamou sua atenção. Brennan viu um pequeno berçario com oito bebês diferentes e uma moça vestida de enfermeira. A princípio, pensou ser um lugar para as mães deixarem os bebês sob cuidados enquanto faziam compras. Apenas quando se aproximou do lugar é que reparou que os bebês eram na verdade, bonecos de uma perfeição incrível! E a moça não era enfermeira e sim vendedora.

- Nossa! Essas bonecas parecem bebês de verdade!

- É sim....encantam muitas pessoas.

- Posso ver uma de perto?

- É claro!

Enquanto a vendedora pegava uma das bonecas, Angela chegou e ficou a seu lado. Ao segurar o bebê fake nos braços, Brennan sorriu. A sensação era muito bacana.

- Você já se deu conta que em menos de 2 meses estará segurando a Katherine exatamente assim?

- Não vejo a hora, Angie... estou curiosa para saber se ela se parecerá comigo ou com o Booth.

- Vai ser linda de qualquer jeito.

Ela aninhou a boneca um pouco mais nos braços e acabou por devolver a vendedora. Continuou seu passeio pela loja apenas para conversar com a filha. Era um momento íntimo das duas.

- Sabe Kathy, a mamãe anda preocupada com o papai esses dias mas eu tinha que dedicar um tempo pra você não? Por isso vim aqui hoje, só pra você! Te amo tanto.... você que me dá ânimo para aguentar essa ausência do seu pai.

As mãos não paravam de acariciar a barriga. Sentiu um chute e sorriu entendendo que fora entendida. Nossa! Já estou pensando que nem Booth...

Deixaram a loja e Angela sugeriu um passeio no Bryant Park mas Brennan preferia o Central Park. Acabou concordando com a amiga. Depois de uma boa caminhada, Brennan sentou-se no banco para descansar as pernas. Um sinal de mensagem soou. Brennan checou o celular instintivamente.

- É o meu. Trabalho. Vou responder num minuto.

E os dedos ávidos de Angela deslizavam pelo teclado do celular. Brennan aproveitou para admirar a paisagem que era realmente deslumbrante essa época do ano. As cores das folhas das árvores do Central Park eram matizadas, laranja, marrom e amarela e o clima muito agradável.

- Prontinho! Onde iremos agora?

- Angie, acho que é melhor irmos para casa. Muita diversão por um dia.

- Ok, mas antes vamos fazer um lanche. Que tal um sorvete de iogurte com frutas? Tem uma loja próxima a nossa estação do metrô.

- Sei que não vai adiantar dizer não certo?

- Com certeza, perda de tempo. Vamos.

Por volta das cinco da tarde, elas voltaram para casa. Brennan decidiu tomar um banho enquanto Angela se encarregava do jantar. Ao surgir novamente na sala viu que a mesa já estava posta. Ao perceber a presença dela, Angela falou.

- Tempe, o jantar vai sair em meia hora enquanto isso aproveite e dê uma olhada nesses DVDs que deixei na mesinha. São filmes do Tom Hanks. Escolha um e comece já a assistir.

- Angie...

- Sério, ver filmes é uma ótima diversão para uma noite de sexta.

Brennan olhou cada um dos títulos e as histórias. Optou por Filadélfia. Ligou o aparelho e começou a assistir. Estava com quinze minutos de filme quando seu celular tocou. Ela levou um susto e sentiu o coração saltar. Só podia ser Booth.

Ao olhar no display, porém, ela viu que era Wendell.

- Dr.Bray...

- Olá, Dr.Brennan. como vai minha paciente? Aproveitou bem o seu passeio?

- Sim, aproveitei. E estou bem. Como estão as coisas no hospital?

- Não se preocupe, tudo sob controle. E não liguei para discutir trabalho. Quero saber de você. Sentiu mais alguma contração? Desconforto?

- Não, estou bem.

- Nenhuma queda de pressão?

- Não.

- Como está o inchaço das pernas?

- Melhor, tenho mantido-as elevadas.

- Ótimo! Bem, gostei de saber que você está bem. Vamos combinar o seguinte, segunda você vem ao hospital para um check-up e conforme for o resultado, libero você para fazer alguns partos o que acha?

- Acho que você está parecendo meu chefe e não o contrário.

- Longe de mim, Dr.Brennan. sou apenas seu médico e estou zelando pelo seu bem-estar e o da sua filha.

- Sei... a que horas da segunda?

- Pela manhã, as 10 horas.

- Combinado. Obrigada, Wendell.

- Por nada, sempre às ordens.

Quando desligou, Angela já estava com os pratos prontos para jantarem e continuarem vendo o filme.



XXXXXXXXXX



Cansaço.


Fome.


Calor.


Essas eram as palavras que ele escutava dos homens a sua frente. Estavam voltando de um exercício pesado de pontaria e estratégia inimiga.

Era noite.

Os dois últimos dias foram estressantes para o pelotão. Tudo que ele pensava, ao contrário dos outros era em achar um tempo em frente ao computador para ouvir notícias da namorada e da filha. Imaginara o quanto Temperance estaria preocupada. Fazia quase duas semanaa que não escutava a voz dela, quase uma semana que não escrevia uma linha para ela.

Sentia-se culpado. Precisava dizer a ela que estava bem, que estava vivo.

Ao chegar no alojamento, ele foi direto a sala de comunicações. Jogando a mochila no chão e tirando o cap, ele sentou-se a frente do computador e logou.

Não seria surpresa encontrar emails da Brennan. Dois. Sabia que nessa última semana a deixara preocupada e precisa afastar qualquer ansiedade maior dela ou pensamentos ruins. A primeira mensagem pedia notícias dele porque não ligara no domingo. O segundo, pelo título parecia ser notícias dela e de Katherine. Assim, decidiu responde-los separadamente.


“Querida Temperance,

Peço desculpas por ter causado preocupação a você. Não foi minha intenção. Ao saber que você estaria de plantão no domingo, deixei para ligar na segunda. Porém, tive um imprevisto aqui e não pude ligar devido a uma missão de última hora.

A semana toda foi muito complicada e infelizmente o exército tem uma série de regras que não podem ser burladas. Uma vez que furei a escala, não posso ter direito a usar outro dia. Minha missão essa semana me manteve distante da base desde segunda e somente hoje pude checar seus emails. Na verdade, fazem apenas quinze minutos que cheguei ao alojamento mas precisava saber notícias suas.

Espero que você não tenha pensado o pior, estou bem e louco de saudades de vocês minhas amadas.

No domingo nos falamos novamente.

Love,

Booth”


Satisfeito, ele passou para o segundo email e então seu coração sentiu-se pesado ao ver o que ela escrevera, a culpa era iminente. Felizmente, ela tinha a companhia de Angela e podia desviar seu pensamento de besteiras por alguns momentos.

Ao ver o propósito maior dessa mensagem, ele teve que sorrir. Típico de Tempe, pensou. Até em um momento de saudades, ela consegue ser convencida ao ponto de expressar isso em palavras.


Era mesmo involuntário e essa era uma “qualidade” que admirava demais nela. Viu a foto da filha e sentiu-se leve novamente.

Voltou a se concentrar na resposta para ela.


“Amor,

Gostei de saber que apesar da saudade, você está tocando a vida e contando os dias. Agradeça a Angela por estar te ajudando nesse momento. Fico mais tranquilo por você te-la ao seu lado durante a minha ausência.

Ah, Tempe... só você para me fazer sorrir depois de um dia tão pesado e estressante. Adoro quando você tenta me surpreender... e devo admitir, você não poderia ter escolhido música melhor. Realmente é a sua cara. Até na hora de fazer um agrado você é convencida!

E amoooo essa qualidade em você, a “modéstia” é realmente seu forte (por favor, lembre-se que eu te amo).

Amor, mal posso esperar para te ver de novo, para te ouvir cantar para mim e principalmente te ter em meus braços. Falta pouco amor, apenas duas semanas. Continue resistindo.

Já te disse que te amo hoje? Não? I love you...

Nos falamos no domingo.

Beijos,

Booth.


PS: Temos uma filha linda não? A cada dia fico mais apaixonado pela nossa princesinha... “


Ao terminar, ele apertou o send e suspirou. Duas semanas, Temperance mais duas semanas. Cansado, desligou o computador e foi dormir.


XXXXXX


Brennan terminara de ver o filme com Angela e estava cansada. Ela se entretera com a amiga e deixara o celular no quarto. Ao se recolher para dormir, instintivamente ela apertou o botão do celuar e viu a indicação de novos emails. Ela respirou fundo e segurou o ar por um momento. Clicou no email e o sorriso e um suspiro de alívio se formou no rosto dela.


Sem esperar nem mais um minuto, ela abriu o primeiro email. Leu e releu pelo menos umas cinco vezes. Ele estava bem, tudo bem. Em seguida, ela viu a outra resposta. Clicou na mensagem.

Dessa vez ela riu. Ele entendera o recado direitinho. Duas semanas e o domingo estava próximo, queria demais ouvir sua voz. Ela acariciou a barriga e falou com a pequena Kathy.

- Oh, filha...papai está bem, morrendo de saudades de você.

A criança mexeu dentro dela. Aliviada, Brennan cedeu ao cansaço e dormiu.


Domingo


Brennan estava comendo uma salada de frutas vendo o jogo dos knicks. Angela tinha saído para comprar algumas coisas no supermercado. Ela estava xingando o jogador que errara a cesta quando o celular tocou.

Privado.

Brennan nunca ficou tão feliz ao ver essa palavra na sua frente.

- Booth...que saudades!

- Oi, amor! É tão bom ouvir sua voz.

- Estou morrendo de vontade de te ver, de te abraçar... ah, Tempe! Essa última semana foi bem difícil, estou cansado dessa missão mas minha maior preocupação era com você. Sabia que ia ficar apreensiva por não ter notícias. Me desculpe, amor.

- Tudo bem, o importante é que você está vivo e falando comigo. Confesso que tive muito medo,amor. Não ter notícias suas me afetou bastante.

- Está acabando,Tempe.

Ela suspirou.

- Fiquei feliz em saber que a Angela está te ajudando. Ela está aí? Preciso agradecer.

- Ela deu uma saída.

- A Katherine está cada dia maior. Adorei a ultima foto.

- Essa semana talvez eu mande mais uma.

- Deixa eu falar com ela...

Brennan tirou o telefone do ouvido e acionou o vivavoz. Booth começou a conversar com a filha e poder sentir a reação da menina a voz dele, emocionou a Brennan.

- Agora deixa eu dar atenção para sua mãe se não é capaz dela negar comida a você.

- Booth!

- Amor, adorei a música que mandou para mim. Realmente a sua cara, tem sua marca. E vou cobrar! Quero ve-la cantando para mim!

- A música apenas expressa a verdade sobre mim, ou você não está aí no Afeganistão sentindo falta do meu amor?

- Tem razão. Amor preciso desligar, manda um beijo para a Angela tá? E sonha comigo... falta bem pouco, Tempe. Mais longe já esteve, quatorze dias.

- Você volta a ligar no domingo?

- Sim e vou te passar as informações sobre a minha volta. Devo acertar essa semana com o Comandante.

Brennan queria mas tinha receio em perguntar. Ponderou mas o fato era que não podia ficar sem saber.

- Booth, sua volta está mesmo certa não? Você não corre risco de adiar sua volta? Diga que não, por favor!

- Até onde sei, não. Meu comandante foi específico quando me designou para cá.

- Acredito em você.

- Preciso ir, fica bem e cuida da minha princesa.

- Te amo.

- Eu também, Tempe. Um beijo.

Ela desligou o celular. Pela primeira vez durante a separação deles, Brennan chorou de alegria. A espera estava chegando ao fim.


Hospital Presbiteriano de NY


Conforme combinara, Brennan chegou ao hospital para se consultar com Wendell. Ela queria voltar a sua rotina de trabalho pois ficar fechada em casa era muito ruim e tediante na situação atual dela. Porém, ela tinha quase certeza que Wendell tinha um plano para fazer exatamente o contrário e colocá-la logo de licença-maternidade.

Ao andar lentamente pelo corredor do hospital, foi cumprimentada por algumas pessoas. Mas quando chegou ao quinto andar, Patricia veio correndo lhe dar um abraço.

- Ah, doutora! É tão bom ver você... como está se sentindo?

- Pronta para outra!

- Tá louca? Não aguento outro susto daqueles não! Desculpe, não devo falar assim com você, escapou. E a nossa pequena? Tá se comportando?

- Está sim. Tudo bem com ela. Cadê o Dr. Bray?

- Está terminando a ronda mas já deixou avisado para que eu a levasse para o seu consultório e prepará-la para o exame.

Brennan seguiu a enfermeira até seu consultório. Trocou de roupa e ficou aguardando Wendell.

- Ele anda muito mandão não?

- Quem?

- Dr.Bray.

Patricia riu.

- Não, doutora. Tenho que confessar uma coisa, essa semana que ele a cobriu fiquei realmente impressionada com ele. Além de ser atencioso e focado, ele é organizado e inteligente. Me lembra muito a senhora.

- Bom saber.

- Olá, minha paciente preferida!

Ele estendeu a mão para ela. Brennan o cumprimentou.

- Oi, Dr.Bray. Tudo bem?

- Acredito que essa pergunta é minha mas sim, está tudo bem. E você? Mais descansada?

- Sim, estou mais relaxada agora.

- Isso é bom mas vamos aos exames para termos certeza. Me acompanhe.

Depois de tirar as medidas preliminares, ele a ajudou a subir na maca de exames. Realizou um primeiro exame de toque e visual e pode constatar que todo a área do sangramento estava cicatrizada e bem limpa. Em seguida, ele trocou de luvas e puxou o aparelho de ultrasom para mais perto deles. Enquanto preparava o equipamento e distribuia o gel pela barriga dela, ele fazia perguntas.

- A pequena Katherine deu mais algum trabalho?

- Não, minha filha é bem comportada.

- E como está o inchaço das pernas?

- Tenho mantido-as sempre elevadas mas confesso que meu corpo está cedendo a pressão do peso da minha barriga. Não caminho mais como antes.

- O bom é que você vem mantendo seu peso estável nesses dois últimos meses, talvez pela sua própria teimosia de não se alimentar. Eu fiquei um pouco preocupado com a sua tendência no sexto mês.

Ele esfregou o sensor na barriga dela e logo o coraçãozinho de Kathy começou a bater.

- Como está o Capitão?

- Está bem.

- Ele retorna quando? Esticaram a missão dele?

- Não, tem 14 dias para a volta dele.

- Que bom, imagino que ele deve estar contando os dias mesmo. As missões do exército são boas mas quando se tem pessoas que dependem de você, existe um outro pensamento, outra perspectiva.

Wendell voltou a se concentrar na tela do monitor. Após uma pequena análise ele franziu a testa. Fez uma nota mental e terminou o exame.

- Tudo tranquilo por aqui. Vamos para a sala?

Brennan se sentou na frente dele, Wendell pegou a ficha dela e checou a informação que o incomodara. Cometera um erro.

- Primeiro, suas medidas de maneira geral estão boas, apenas a pressão está um pouco baixa para o que gostaria. Você se alimentou que horas?

- Tomei café da manhã as 8 horas. Não tomei café, apenas estou expressando a refeição.

- Eu entendi, Dr.Brennan. deve ser a falta de açucar no corpo. Assim que sair daqui vou pedir a Patricia para acompanhá-la até a cafeteria do hospital para um lanche. A pequena Katherine vai muito bem. Mesmo com a situação da semana passada, ela está bem, cresceu e engordou.

- Ótimas novidades.

- Sim, Dr.Brennan eu tenho que confessar que estou muito chateado comigo mesmo. Cometi um erro.

- Como assim?

- Durante o exame de hoje, estava checando o desenvolvimento do bebê e percebi meu erro. No último ultrasom, falei que você estava com 28 semanas. Não é verdade, acredito que com o susto da hemorragia acabei me atrapalhando, na verdade você está na 31ª semana da gravidez. Me desculpe.

- Tudo bem, Wendell. Pensei que fosse me dar uma má notícia, diante do que você fez para salvar a Katherine o que são 3 semanas? Acontece.

- É muita gentileza sua responder assim mas sei que não poderia ter cometido esse erro bobo. Me desesperei e aprendi com você que devemos manter sempre a racionalidade em situações de risco e fiz exatamente o contrário quando me vi numa situação assim.

Brennan sorriu. Ele era um médico bastante promissor.

- Ok, agora que você me examinou e viu que está tudo bem, posso voltar ao trabalho?

- Ah... o trabalho. Muito bem, Dr.Brennan. Eu avaliei seu período gestacional e sua carga horária de trabalho, com essas informações montei sua escala. Não se preocupe, já discuti com o Chefe da Cirurgia e verifiquei no RH. Aqui está.

Ele puxou um papel timbrado do hospital devidamente assinado. Apontando com a caneta, passou a explicar para ela.

- A partir de agora, esse é o seu horário. Três plantões de 12 horas na semana. Sem escala no fim de semana e este – ele puxou um outro papel timbrado – é o seu processo de licença-maternidade. Já dei entrada e falta apenas a sua assinatura. Você trabalhará até a semana que vem apenas. Passará seu oitavo e nono mês já afastada.

- Você não pode fazer isso, Dr.Bray.

- Posso sim, é minha obrigação como seu médico. Não tente discutir, todos já concordaram e assinaram. Não tem volta.

- Porque você é tão teimoso?

- Não sou teimoso, sou cauteloso e procuro lidar antecipadamente para o bem das minhas pacientes, especialmente as médicas teimosas.

Ele piscou para ela. Brennan sorriu. Tinha que admitir que ele se superara. Pegou a caneta e assinou o processo.

- Ok, amanhã cedo estarei aqui.

- Será um prazer te-la de volta à equipe, Dr. Brennan.

Ela se despediu de Wendell e deixou o hospital.

Brennan voltou ao trabalho na terça. Wendell a acompanhava de perto para evitar qualquer exagero da parte dela. No final do expediente, ela recebeu um aviso de email. Booth.


“Querida Temperance,

Ainda não possuo as informações sobre a minha volta contudo isso não é motivo para você ficar apreensiva. Já falei com o Comandante e ele está checando a rota e as programações de vôo para definir a data da minha volta. Acredito ter a resposta antes do final da semana e informarei a você no domingo.

Dê um beijo na Katherine por mim. Nos falamos no domingo. Saudades.

Love,

Booth”


Com essa notícia, ela foi feliz para casa.

A semana passou relativamente tranquila. Nada de atividades pesadas no hospital e a marcação de Wendell era cerrada. Ele deixava Brennan realizar apenas duas cirurgias por plantão e segurava as barras pesadas das emergências.

Como faltava apenas uma semana para a volta de Booth, Brennan se preocupou em fazer uma faxina no apartamento que deveria estar bastante sujo. Falou com Angela e a amiga enviou a diarista da galeria para limpar.



XXXXXXXXXXX




Era sábado pela manhã e Brennan estava lendo uma revista científica sentada no sofá com um copo de suco nas mãos. A campainha tocou. Devagar, ela se dirigiu a porta.

Ao abrir, deparou-se com um jovem fardado.

- Bom dia. A Dr.Brennan mora aqui?

- Sim, sou eu...

Brennan sentiu o coração começar a bater mais rápido. Percebeu que o jovem tinha um envelope nas mãos. Viu o símbolo do exército no canto dele e mordeu o lábio inferior.

- Devo entregar essa correspondência à senhora.

Estendeu a carta a Brennan. Ela percebeu que era pesada. Os dedos tremeram ao segurar o envelope.

- Por favor, assine aqui.

Ela pegou a caneta da mão dele e rubricou. A caneta balançava quando ela devolveu-a ao soldado.

- Você pode ir agora.

- Recebi ordens para esperar a senhora abrir o envelope para saber se entendeu a mensagem.

Brennan suspirou. Rasgou o envelope ao lado. Ao dar uma olhada no conteúdo, viu que havia dentro dele uma medalha e um cartão. Virou o conteúdo em uma das mãos. Teve que fazer força para evitar que a medalha escapasse devido ao nervosismo. O cartão parecia um postal. Era uma águia, símbolo dos Estados Unidos. A medalha era de honra ao mérito.

- Por favor, leia a mensagem senhora.

Brennan mantinha o cartão virado para si entre os dedos trêmulos.

- Não posso. Por favor, acredito que o senhor terá que ler para mim. Não sei se estou preparada para o que tem escrito nesse cartão.

Os olhos dela já estavam ardendo pela lágrimas que começavam a se formar. Um voz falou com ela.

- Se quiser, posso repetir a mensagem, cada palavra , ao vivo. Sei de cor.

O coração disparou e os olhares se encontraram. Um pequeno sussurro escapou dos lábios dela.

- Booth...




Continua........

4 comentários:

Julia Blaustein disse...

Minha reação: -WHAAAAAAAAAAAAAAAAAAT?
Karen Ann Jobim! What is with you?
Primeiro veio a Nostalgia quando você mencionou a FAO, esse foi o primeiro lugar que eu fui durante a minha primeira viagem aos US, já me emocionei, aí o Wendell sendo o médico perfeito, super fofo! E o Booth VOLTANDO ANTECIPADAMENTE? O que é? Como se não bastasse a abstinência de Bones que já nos deixa ansiosos, você ainda vem com essa? De mais Excelente mais uma vez! Parabéns! Amei! Na espera pro próximo, ansiosa pra saber o que acontecerá com a Bren!
Julia Blaustein

Marlene Brandão disse...

Jesuuuuuuuuuuuus vou dar um treco agora!!!!!!!!!!!!!! ai flor tu vai me matar...

I'm your fan and I love you too consider you my friend even though our conversations are limited so thanks for putting up with me but once I love you dear s2

sorry se estiver algo errado bjones s2

Estefane disse...

Nossa que sofrimento. Mulher estou com tanta pena da Brennan que cheguei a sofrer junto com ela. Booth não podia levar tanto tempo pra entrar e contato com a pobre Brennan, a mulher tá grávida meu filho. kkkkkkkkkkkk Ainda bem amiga que vc salvou as coisas no final. Graças a deus o Booth soldado bonitão resolveu dar sinal de vida.
Amei o Wendell(ah se ele não fosse loiro.. rs) todo poderoso mandando na Brennan, mais engraçado ainda Brennan seguindo as ordens dele.
KAREN VC QUASE ME MATA no final com essa visita pra Brennan,ainda pedi pra mulher ler a carta. Quase que infarta de olhar pro homem. Não faz a coitada sofrer tanto assim.kkkkkkkkkkk Já fiquei imaginando a surpresa(NC) que ela vai fazer pro Booth quando ele
voltar. Ainda bem que o baby está bem, Booth ficaria louco se algo acontecesse.
Amei o cap e fiquei muito feliz com a noticia do Booth.´

Eliane Lucélia disse...

O M G, primeiro quero dizer que amei o Wendell, ele se mostrando mais teimoso que a chefe foi ótemooooo, aliás Brennan está muito bem servida tem uma amiga durona e arranjou um médico a altura, gostei de ver. Agora, coitadinha da Brenn, que sufoco ela recendo o soldado com a mensagem, Booth queria o que, matar a namorada e a filha? já estou imaginando o que vem pela frente #ADOROOOOOOOOOOOOOO espero que ele esteja de uniforme uhuuuu, a coisa vai fever kkkkkkkkkkkk, enfim, loucamente ansiosa pelo capítulo seguinte, inté, bjosssssss