terça-feira, 6 de setembro de 2011

[X-Files Fic] Pequenos Prazeres

Título: Pequenos Prazeres
Autor: Karen_Ervilha
Categoria: MSR
Advertências: Depois do episódio Orison
Classificação: NC-17
Capítulos: 1 (one shot)
Completa: [X] Sim [ ] Não


Resumo: Scully fica nervosa após os acontecimentos recentes, entre seus devaneios o consolo do parceiro sempre ajuda. Será uma conversa boa o bastante para fazê-la se sentir melhor?
N/a: Agradeço de coração a Marina, por me fazer relembrar uma época maravilhosa da minha vida. Essa é a mais um achado de fics de AX que postarei graças a recuperação de uns arquivos, certo MSLP? Adoro vc!


NC-17......





PEQUENOS PRAZERES




Ela nem acreditava no pesadelo que acabara de viver, ou melhor reviver. Como isso pôde acontecer comigo? Meu Deus! Eu matei um homem! O que eu fiz? Estava tão absorta nos seus pensamentos que nem reparara que seu parceiro estava olhando-a intensamente, talvez procurando a melhor maneira de falar com ela sobre o ocorrido. Ele respirou fundo e segurou as mãos dela com o intuito de confortá-la e dar segurança.

"Scully, você precisa descansar. Acho melhor você tomar um banho, tratar esses ferimentos e tentar dormir um pouco. Você tem que procurar esquecer isso."

"Esquecer? Mulder eu matei um homem. Eu sou um monstro. Eu quebrei um dos mais importantes mandamentos. O que eu fiz é imperdoável!"

"Não diga isso Scully. Foi em legítima defesa."

"Mulder não era eu. Se fosse como você diz mas eu não sei o que deu em mim. Não sei que força foi essa que me fez despejar todas essas balas sobre aquele homem, eu..."

"Scully, me ouça. Você não será julgada por isso. Era ele ou você. Por favor, não se culpe por isso. Agora vá tomar um banho e se cuidar." Ela balançou a cabeça em acordo e levantou-se do sofá. Quando já estava saindo da sala, ela se virou. Ele permanecia sentado olhando para ela. "Você não se importa que eu durma aqui hoje, né? Estou preocupado com você."

"Mulder eu estou..."

"Não, Scully. Você não está bem e por isso eu vou ficar. Não adianta tentar o contrário. Eu durmo no sofá."

"Está bem. Obrigada, Mulder." E então seguiu para o banheiro.

Já tomada banho e vestindo um pijama de seda vinho, colocou o roupão e olhou-se no espelho checando cada hematoma deixado pela luta. O roxo na bochecha era forte provocando dores de cabeça. Ouviu um barulho na cozinha e um chiado que parecia a TV. Ao chegar na sala, teve a certeza TV ligada mas, cadê o Mulder? Seguiu para a cozinha e lá estava ele preparando chá e torradas à moda francesa. Havia algumas fatias de queijo branco e um potinho com geléia de morango.

"Já Scully? Sente-se e coma um pouco. Fiz esse lanche especialmente para você. E não adianta dizer que não está com fome pois voc6e vai comer mesmo assim."

"Mas eu estou com fome" dizendo isso sentou-se à mesa e pegou uma torrada. Ele sentou na frente dela, esticou o braço e tocou-lhe o rosto. "Como estão os hematomas? Doloridos?"

" Não muito." Daí em diante, a conversa cessou, apenas comeram e mais tarde ela despediu-se desejando boa noite a ele. Apesar de todo o sofrimento e o impacto sofrido ela estava exausta. Após uma oração, praticamente desmaiou na cama. Mulder por outro lado, não conseguia dormir e passou a maior parte da noite velando o sono da parceira. Olhando para ela ali deitada, ele pensava como acabamos assim? Sete longos anos enfrentando um inimigo bem maior que nós dois. É até estranho se eu voltar o tempo até aquele dia em 1992 quando você entrou no escritório do porão. Eu não queria uma parceira e agora eu não consigo imaginar minha vida sem você. E o que aconteceria conosco se você não tivesse aceitado o desafio de trabalhar comigo? Você provavelmente seria uma médica respeitada, já estaria casada e com filhos e eu, bem eu já estaria morto. Ah, Scully você tem idéia de quanto significa para mim? Não Mulder. Você é um idiota! Não disse a ela quando deveria. Várias oportunidades se passaram e você não disse a ela. Só mostra a importância da amiga não o seu amor. Eu direi a ela o mais rápido possível, basta ela se recuperar do que passou ontem. Deus, como ela é linda!

Scully dormiu bem mas ainda teve um pesadelo com Donnie Pfaster mas Mulder estava lá para salvá-la. Pela manhã, ela encontrou Mulder dormindo ao pé da sua cama. Aproximou-se do rosto dele e sussurrando para não assustá-lo, o acordou. Tomaram café sem comentar nada sobre o dia anterior e seguiram para o trabalho apesar dos protestos dele para que ela ficasse descansando.

Duas semanas depois...

Porão do FBI
Terça-feira 10:00 a.m.


A rotina voltara a tomar conta de suas vidas. Depois dos últimos acontecimentos, parecia que tudo estava bem, nem um caso a ser investigado e os dois passavam o dia revendo relatórios atrasados. Aquela manhã não era diferente, cada um na sua mesa examinava alguns papéis quando foram interrompidos por um telefonema.

"Mulder"

"Agente Mulder, o Sr. Skinner quer ver você e a agente Scully agora no seu gabinete."

"Tudo bem, estamos indo" e desligou o telefone. "Vamos Scully. Skinner quer falar conosco. Eu não fiz nada de errado, fiz?" ela sorriu "Acho que não".

Levantou-se e deixaram a sala.



Gabinete do A . D. Skinner
11:00 a.m.


"Agente Mulder, agente Scully"

"Bom dia senhor"

"Eu chamei vocês aqui porque recebi um chamado do nosso escritório em Boston sobre uma caçada a um serial killer e pediram nossa ajuda. Mesmo não sendo um trabalho da divisão de vocês, decidi colocá-los no caso devido a experiência do Mulder com serial killers."

"E quando será isso?" Mulder perguntou.

"Eles já possuem uma idéia para prender o suspeito em flagrante só precisam ajustar alguns detalhes a mais, e claro, agentes já acostumados com esse tipo de serviço. Vocês partem hoje à noite e devem se apresentar às 9 da manhã no quartel de Boston. Aqui estão os arquivos referentes ao caso e as passagens no balcão da companhia. Alguma pergunta?"

"Não senhor. Eu e Scully iremos cuidar de tudo."

"Me mantenham informado" viraram-se e deixaram a sala.

No corredor Scully falou "Não entendo Mulder porque o Skinner nos manda fazer trabalho fora da nossa área. Nós trabalhamos com o Arquivo X e isso não é um arquivo x."

"Nossa, Scully pensei que você gostasse de coisas novas. Que bom saber da sua devoção ao paranormal." Sua voz tinha um tom irônico. Ela o olhou bem séria e entortou os lábios.

"Vamos Scully vai ser interessante. Tome o arquivo, vou terminar de rever o relatório que estava fazendo para irmos arrumar nossas coisas e seguirmos para o aeroporto." Seguiram para o porão e às 5 da tarde deixaram o prédio do FBI indo cada um para o seu apartamento. Combinaram que Mulder passaria para apanhar Scully às 7 e de lá iriam para o aeroporto.

Lá, não tiveram problema algum ao embarcar e o vôo até Boston foi tranqüilo. Ao chegar, alugaram um carro e se dirigiram para o hotel. Quartos conjugados como sempre. Scully estava tão cansada que despediu-se rapidamente de Mulder, tomou uma ducha e em quinze minutos estava na cama. Mulder demorou um pouco mais analisando o arquivo do caso porém o cansaço acabou vencendo e ele dormiu.



Holliday Inn , Boston
Quarta-feira 8:00 a.m.



Scully já estava de pé, pronta apenas ajeitava o cabelo quando Mulder bateu a porta de comunicação e chamou por ela "Hey, Scully você está pronta? Precisamos tomar café e correr para o prédio do FBI" abrindo a porta ela disse "Vamos Mulder". Desceram até o pequeno restaurante do hotel, tomaram café e foram para o prédio do FBI.



Sede do FBI
Boston 9:15 a.m.



Dois agentes já os esperavam junto com o chefe AD. Jhones.

Depois das referidas apresentações, os agentes guiaram Mulder e Scully até uma outra sala de reuniões e junto com mais 2 agentes explicaram toda a natureza do caso e a suposta emboscada. Durante duas horas eles discutiram e discordaram varias vezes especialmente Mulder, mas por fim conseguiram montar uma boa estratégia. O flagrante acontecerá às 3:30 p.m. no parque florestal da cidade. Após separarem todos os equipamentos necessários para cada um deles, resolveram fazer um recesso até às 2:30 p.m. quando então iriam ao local combinado.

Ao deixar a sala, Mulder telefonou para Skinner que já havia deixado 3 mensagens no seu celular, explicando a atual situação.

"Scully, é melhor irmos a algum lugar almoçar antes de voltarmos ao trabalho"

"Pode ser... tem alguma sugestão?"

"Ah, deve Ter um McDonald's aqui perto."

"Ai, Mulder pelo menos uma comida chinesa"

"Tá bom, Scully. Vamos ver o que podemos fazer."

Acabaram encontrando um restaurante a dois quarteirões do prédio. Mulder ainda tentou puxar conversa sobre o caso com Scully mas ela não deixou, queria almoçar tranqüilamente para se concentrar na tarefa que desempenharia mais tarde.



Parque Florestal de Boston
2:30 p.m.


Conforme o combinado, os agentes encontraram-se no parque.
Todos vestidos à paisana. Um dos agentes, tinha um falso carrinho de cachorro quente onde controlava a ação dos outros envolvidos. Scully estava sentada sob uma árvore lendo um livro. Outro agente fazia exercícios e Mulder passeava pelo parque sendo o único agente móvel. Ele avistou o suspeito antes do esperado e como imaginavam, já estava preparando terreno para convencer a sua próxima vítima.


"Hot dog alvo na mira preparando o bote"

"Entendido. Pontes de Madison pare a leitura e dirija-se ao lago."

"Certo" respondeu Scully enquanto levantava "Saúde, hora de fazer um jogging."

"Positivo"

Estava tudo encaminhado quando Mulder percebeu que a vítima estava resistindo e verificou que o sujeito estava armado. Como sua impulsividade fala mais alto, Mulder aproximou-se da moça e perguntou se estava sendo incomodada. A moça estava visivelmente abalada e não sabia o que responder. O cara disse que era sua namorada e estavam discutindo por isso era melhor ele se mandar. Scully viu seu parceiro de longe e sabia que ele poderia botar tudo a perder, então foi até lá.

"Puxa ainda bem que te encontrei. Vamos para casa amor."

Mulder ficou surpreso com Scully mas conseguiu disfarçar.

"Ah, ela é sua namorada? Você tem muito bom gosto. Pena que eu não posso dizer o mesmo dela. Olha, seu namorado estava me enchendo."


"Tudo bem, desculpe por ele Ter se intrometido assim."

"Mas ele não é namorado dela. Ele a está ameaçando." Mulder insistia. A moça já estava branca quando Mulder falou "Façamos assim, se a moça disser que está tudo bem nós vamos embora."

O sujeito já irritado segurou Scully por trás colocando a arma apontada para a coluna dela. "Ou você faz exatamente o que eu mandar ou sua ruivinha vai ficar paralítica." Mulder foi a loucura, isso não podia estar acontecendo. "Está bem. Eu irei me afastar e você deixa ela ir, está combinado?"

"Se você cumprir sua promessa..." Mulder começou a se afastar e ao se encontrar a uns 10 metros olhou para trás e viu o cara soltando Scully. Na mesma hora, Mulder avisou os outros agentes e quando Scully estava indo ao encontro de Mulder, os agentes que atendiam pelos codinomes hot dog e saúde encurralaram o suspeito. Mulder virara-se completamente de arma em punho.

Foi então que o suspeito vendo-se sem saída, atirou na direção de Scully. Mulder gritou:

"Scully!!!!!!!!!!!!!!!!!!!"


E atirou na perna do sujeito mas era tarde demais. Scully estava caída no chão. Mulder correu ao seu encontro, envolveu-a em seus braços, havia sangue por toda a roupa dela, o tiro pegara no peito.

"Aqui é o agente Fox Mulder. Eu preciso de uma ambulância urgente no parque florestal. Há uma agente baleada aqui." Desligou o telefone e voltou-se para Scully. Passando os dedos no rosto dela "Scully, agüente. Por favor, fale comigo." Mas ela estava desacordada.

O desespero tomava conta dele. Tudo culpa minha, eu e essa impulsividade. Cadê essa ambulância? Dois minutos depois, a ambulância chegou e eles seguram para o hospital.


Hospital Universitário de Massachussets
3:50 p.m.



"Dr. York tiro localizado na caixa torácica bem próximo ao coração. Hemorragia intensa. Paciente desacordada."

"Levem para a trauma 2"

"Senhor não pode entrar aqui"

"Agente Especial Fox Mulder" disse mostrando o distintivo "essa é a agente Scully"

"Senhor, tudo bem mas o senhor não pode entrar aqui. Ela deverá ser operada para a remoção da bala. Assim que tivermos notícias, nós avisamos o senhor."

Ainda transtornado, Mulder acabou se conformando e então soltou a mão da parceira que vinha segurando desde a ambulância.



Três horas depois....



"Agente Mulder" era o médico que o chamava. Mulder já tinha o semblante impaciente e ao olhar para o médico quase entrou em pânico. Sua cara não era das melhores. "Como está ela?" O médico suspirou e aproximou-se dele antes de falar "A remoção da bala foi muito difícil e demorada por Ter se alojado entre o pulmão e o coração. Devo dizer que por muito pouco a vida dela foi poupada. Ela perdeu muito sangue e isso dificultou ainda mais. Está muito debilitada e acredito que levará algumas horas para acordar. Ainda está sedada. Você é só colega de trabalho ou é parente também?"

"Sou parceiro dela e amigo. Posso vê-la agora?"

"Acho que antes deveria preencher alguns formulários pois ela vai precisar ficar aqui pelo menos uma semana."

"Mas nós não moramos aqui, somos de Washington. Estávamos a serviço."

"Bem, mesmo assim ela está muito fraca e não poderá ser transferida para Washington. Não nessas condições."

"Está bem. Mas, posso vê-la?"

"Pode, mas ela ainda está sedada. Me acompanhe." Dizendo isso o médico entrou por um corredor extenso e Mulder o seguiu até a Unidade de Tratamento Intensivo. Ao atravessar uma ala, o médico puxou uma cortina cor-de-rosa e lá estava ela.

O impacto causado fora terrível. Scully estava deitada na cama. Seu aspecto era horrível, estava pálida demais, tinha os olhos fundos, os cabelos desarrumados nem parecia aquela linda mulher que era sua parceira. Sem perceber, Mulder havia prendido a respiração. O médico resolveu deixá-los à sós. Mulder aproximou-se e sentou na cama, segurou a mão dela na sua, beijou, cheirou. Tinha os olhos cheios d'água. Enquanto acariciava os cabelos ruivos suspirava


"Ah, Scully. Porque isso aconteceu? Por que esse tiro não foi para mim? Você irá se recuperar e eu vou recompensá-la." E ali ficou, velando o sono dela.


Hospital Universitário de Massachussets
Quinta-feira 7:10 a.m..



Mulder acordara assustado. Havia dormido numa cadeira desconfortável que colocou ao lado da cama de Scully ainda segurava a mão dela. Com cuidado, colocou a sua mão de volta e levantou-se da cadeira se espreguiçando. Estava exausto e faminto mas não podia se afastar por muito tempo, sabia que ela acordaria a qualquer momento.

Quinze minutos depois, já estava de novo ao lado dela. Scully começou a se mover como quem estava despertando. Sua visão ainda estava turva, não sabia onde estava e então viu um rosto familiar, ou melhor, o rosto do seu parceiro, seu amigo. O homem que amava e abriu um sorriso.

"Oi Scully. Como se sente?"

"Meio zonza. O que aconteceu comigo?"

"Você não se lembra? Foi baleada."

"Eu sei. Quero dizer, por que estou tão fraca e cansada?"

"Você levou um tiro bem próximo do coração, perdeu muito sangue, está debilitada."

"Mulder eu nem acredito. Tenho corrido riscos demais ultimamente."

"É, se você não quisesse defender seu parceiro biruta talvez isso não tivesse acontecido."

"Talvez."

"Scully, eu quero que você descanse e mais tarde eu volto com o médico. Não falei nada pro Skinner ainda e não sei como terminou a emboscada, preciso saber o que houve. Descanse, tá?" Ele inclinou-se e beijou-lhe a testa e saiu.



Hospital Universitário de Massachussets
9:00 a.m..



Mulder voltou ao hospital após uma rápida ida ao Bureau. O suspeito já estava preso e iria responder por 4 homicídios e uma tentativa de assassinato. Os agentes de Boston agradeceram a ele e a Scully e perguntaram sobre o estado dela, estimando melhoras. Com um telefonema, Mulder explicou tudo a Skinner que disse a ele que demorasse o quanto fosse necessário para que Scully se restabelecesse. Ao conversar com o médico, suas recomendações foram rígidas: em uma semana ela estaria tendo alta, porém deveria passar um mês de licença do serviço, não poderia fazer esforço algum e o ideal era que tivesse uma pessoa sempre ao seu lado para ajudá-la no que fosse necessário. Mulder transmitiu as recomendações do médico a ela que as recebeu meia contrariada mas acabou achando que seria bom um repouso de um mês.


A semana correu bem, algumas crises de falta de ar e devido ao estado dela, Scully passou a grande maioria do tempo dormindo por causa dos medicamentos.



Quinta-feira
9:10 a.m..



Apesar de fraca e ainda pálida, Scully já se encontrava pronta para receber alta. Mulder surgiu na porta do quarto vindo da recepção onde assinara toda a papelada necessária para a saída dela do hospital.

"Então, Scully. Como você se sente? Que tal caçar uns serial killers?" Scully nada respondeu, apenas olhou-o com os olhos azuis inquisidores. Ele riu "Scully você
acha que pode ir de avião até Washington?"
"Mulder eu estou bem. Podemos voltar pra Washington assim que possível."

"Mulder eu estou bem" ele disse remendando-a "Sabe Scully, você talvez seja a única pessoa a teimar que está bem mesmo que um caminhão passasse sobre você. Tenho passagens para ainda hoje no vôo das 4." Ela já de pé convidou-o inclinando a cabeça "Vamos"

Ela foi na frente e ele a guiava com a mão na parte inferior das costas dela.

Durante o caminho, pouco conversaram. Ele não tirava os olhos dela. Scully por sua vez, tentava ao máximo disfarçar o cansaço que sentia sempre tentando parecer forte o bastante. Mulder que conhecia muito bem a parceira, resolveu não comentar nada. Sabia que ela não gostava de mostrar o seu lado frágil.

Ao chegarem ao hotel, apenas iriam descansar pois Mulder já havia arrumado todas as bagagens. Estavam no mesmo quarto assistindo um programa na TV.

"Scully, eu nem avisei sua mãe. Deveria falar com ela."

"Não, Mulder. É melhor ela não saber porque sempre fica preocupada e me diz que devo abandonar essa profissão, que ela não agüentaria perder outra filha e assim vai... Eu posso me virar sozinha."

"Nah, ouviu o que o médico disse: você não pode ficar sozinha. Tem que estar com alguém para ajudá-la. Está debilitada."

"Mulder, eu sou médica e sei me cuidar. Não se preocupe."

"Tarde demais. Eu sei que médicos são os piores pacientes, não levam nada a sério e por isso nem que você não queira, eu vou cuidar de você a menos que me expulse do seu apartamento a pontapés."

"Vou deixar para discutir isso quando chegarmos a Washington e minhas forças estiverem melhores."

Ela deu um cochilo após um almoço leve porém forçado e às 3 p.m. chegaram ao aeroporto, onde fizeram o check in e embarcaram. O vôo fora tranqüilo até a aterrissagem. Com o aumento da pressão na cabine, Scully começou a sentir-se mal e tinha falta de ar.

Mulder pediu ajuda de uma aeromoça que logo arranjou uma máscara de oxigênio para ela. Sentia fortes dores no peito, especialmente na área onde a bala foi retirada e ficava o curativo. Mulder estava preocupado e se mal dizia por tê-la colocado num avião nesse estado. O avião pousou e eles foram os últimos a saírem da aeronave. Ele insistiu em carregá-la, mas ela não quis. Deixaram o aeroporto direto para o apartamento dela.




Apartamento de Dana Scully
7:30 p.m.



Mulder carregava as bagagens e deixou-as no chão da sala. Scully dirigiu-se para o seu quarto pois estava exausta. Mulder foi até a cozinha e preparou um chá de camomila para ela. Ao chegar no quarto, encontrou-a deitada com a mesma roupa, apenas tirara o sapato.

"Scully, você está bem? Estou preocupado com você. Fiz uma caneca de chá, sei que está precisando."

"Obrigada, Mulder. Não precisa se preocupar, só preciso descansar. Pode me dar um comprimido para dor de cabeça? Está na gaveta do criado mudo. "

"Você só está com dor de cabeça? Não tem dificuldade de respirar? Você..."

"Ok, Mulder. Eu estou morrendo de dor de cabeça parece que vou explodir, meus olhos ardem, tenho muitas dores no peito e sinto que estou com dificuldades para respirar. Satisfeito?" Os olhos dela estavam cheios de lágrimas e ela não podia mais segurar a dor era enorme. As lágrimas escorriam pelo rosto. Mulder sentia-se arrasado por vê-la sofrer assim. Ao colocar a mão no rosto dela, sentiu que a temperatura estava elevada. Na verdade, estava muito elevada. Ele foi ao banheiro e voltou com o termômetro na mão. Colocou sob a axila dela e após 3 minutos, constatou que ela estava com 39 graus de febre.

"Oh meu Deus, Scully preciso fazer umas compressas em você. Está com quase 40 graus de febre."

Ela mal balançava a cabeça, seu corpo todo doía. Mulder correu ao banheiro e voltou com um bacia plástica cheia de água e várias toalhas. Cuidadosamente, ele desabotoava a roupa dela e retirava o mais rápido que podia, deixando-a apenas de calcinha e sutiã. Colocou a bacia em cima da cama junto com as toalhas e sentou-se ao lado dela.

O corpo dela tremia descontroladamente devido ao frio que sentia. Ele molhou as toalhas e distribuiu-as pelo corpo dela, enquanto fazia tentava mantê-la consciente.

"Scully, fale comigo. O que você está sentindo? Fale comigo!" Ela abriu os olhos e murmurou algo. Sem conseguir entender, encostou o ouvido aos lábios dela.

"Repita o que disse" e ela murmurou "Muito... frio". O corpo continuava a tremer, porém de maneira mais forte agora, ela estava entrando em princípio de convulsão.
Sem pensar duas vezes, Mulder tirou a camisa e agarrou-a em seus braços tentando passar a ela todo o calor do seu corpo. Ela continuava a tremer, o desespero presente no rosto dele. Aos poucos, a convulsão que queria se instalar desapareceu. Porém, a febre continuava. Mulder deitou-a novamente na cama e continuou a fazer as compressas.

Uma hora depois do seu esforço, Mulder finalmente viu seus esforços fazerem efeito. Ao medir a temperatura de Scully mais uma vez, tinha 37 graus. Ela acabara adormecendo enquanto ele cuidava dela.

Aliviado, cobriu-a com o cobertor e deitou-se ao seu lado para descansar.


3:15 a.m.


Scully acordou assustada. Parecia que não tinha ar suficiente, porém era apenas uma sensação. Respirou profundamente e sentou-se na cama. Foi então que percebeu a presença de Mulder ao seu lado na cama. Estava dormindo tão tranqüilo, havia tirado a camisa. Ela olhava para ele na penumbra do quarto admirando o corpo esbelto do seu parceiro. Tão lindo! Gostava de ver o quanto ele se preocupava com ela.

Será que ele não sabe o quanto significa para mim? De repente, sentiu-se tonta. Assim, decidiu voltar a deitar na cama, receosa se não podia piorar. Não queria acordar Mulder por isso agüentou a dor o quanto pode mas, para tanto movia-se muito na cama e sua respiração voltou a faltar. Angustiada, tentou se levantar porém não tinha forças nas pernas. Seu esforço despertou Mulder.

"Scully, você está bem? Scully...você consegue respirar?" quando olhou para o rosto de Scully viu que ela estava pálida, os lábios roxos, estava tendo uma
parada respiratória. Se desesperou. Manteve ela deitada e começou a massagear o coração. "Vamos, Scully... respire...não faça isso comigo...respire" toda a
sua concentração estava no movimento das mãos. Vendo o quadro, começou a fazer respiração boca a boca na parceira. Depois de um minuto, ela voltou a respirar. Ao abrir os olhos pôde ver o pavor contido nos olhos dele. Gotículas de suor escorriam pela face dele. Ele colocou as mãos no rosto e suspirou fundo, aliviado.

"Meu Deus, Scully. Você quase me matou. Me deu um susto e tanto. Cheguei a pensar que você morreria nas minhas mãos! Você está bem agora? Acho que devíamos ir a um hospital.

"Não Mulder. Agora já estou melhor apenas quero que você me dê um remédio para as dores no peito que estou sentindo."

Ele levantou-se e dirigiu-se a cozinha. Voltou com um frasco de comprimidos e um copo d'água. Ela abriu o frasco, retirou duas pílulas e colocou na boca bebendo um pouco da água. Olhando fixamente para Mulder falou:

"Obrigada, Mulder. Desculpe pelo susto não queria que acontecesse."

"Te desculpar? Isso não precisa de desculpas Scully. Fiz o que podia. Deite-se. Você precisa descansar. Eu ficarei de olho em você."

Scully nem discutiu. Virou-se na cama e procurou dormir.

Depois de ver Scully adormecer, encostou-se no sofá. Estava esgotado física e psicologicamente. Já havia experimentado muitas situações de perigo, até mesmo com Scully mas sempre tinha medo de ver a vida dela se esvaindo pelas sua mãos. O cansaço por fim o derrotou e ele adormeceu.



8:45 a.m.


Ao acordar, estranhou por não encontrar Mulder ao seu lado. Resolveu levantar. Apesar de ainda fraca, conseguiu se por de pé. Quando chegava na sala, o viu saindo da cozinha com uma bandeja.

"Bom Dia. O que você está fazendo de pé? Você deve repousar."

"Sim, papai. O que tem nessa bandeja?"

"Seu café da manhã afinal você precisa se alimentar muito bem. Vamos voltar para o quarto."

"Poxa Mulder podemos comer aqui na cozinha mesmo."

"Ah Scully você é uma estraga prazer." Ela riu e eles foram para a cozinha.

"Chá de pêssego, torradas francesas, queijo branco e melão."

"E pra você?"

"Eu já preparei meu café que, aliás, é diferente do seu. Ovos mexidos, bacon, pão."

"Mulder isso vai acabar te matando. Pega a geléia de damasco na geladeira."

"É pra já."

Continuaram a refeição alegremente, depois Mulder lavou a louça e seguiu com ela até a sala. Sentaram-se no sofá e Mulder apanhou o controle remoto e começou a brincar com os canais da TV.

"Quer assistir alguma coisa em especial?"

"Não Mulder, pode assistir o que quiser. Acho que vou ler um livro ou descansar." Dizendo isso, ela levantou do sofá e já ia se dirigir ao quarto quando ele desligou a televisão, levantou e segurou a mão dela.

"Scully, o que foi?"

"Nada, Mulder. Só vou ler um livro."

"Scully eu te conheço e sei que você não está bem. Quer conversar? Eu estou aqui pra te ouvir. Não tente me deixar de fora."

Ela suspirou.

"Está bem, Mulder. Podemos conversar." E voltou a se sentar no sofá. Ele a acompanhou. Olhou para ela como se quisesse encorajá-la a falar.

"Ai, Mulder. Eu sei que não costumo me abrir tanto com você pois sempre tive uma reputação a zelar. Para mim não é nada fácil dizer como estou me sentindo agora. Eu estou cansada, Mulder. Cansada de Ter que arriscar minha vida, encarar a morte de perto! Fico pensando qual será a próxima vez que irei passar por isso de novo. Será que não posso Ter uma vida normal pelo menos por 3 meses?" as lágrimas começaram a rolar pelo seu rosto.

Mulder senti-se penalizado por ver aquela mulher tão forte que ele sempre admirava mostrando a ele toda a sua fragilidade. Ele segurou as mãos dela nas suas procurando confortá-la.

"Sabe a quanto tempo eu não saiu e tenho uma vida normal? Que eu não vou ao shopping fazer compras, a um cinema? Eu nem sei dizer qual foi o último filme que vi."

"Scully, não seja por isso, agora você pode aproveitar esse mês de licença para fazer tudo o que vem adiando por causa do trabalho."

"Mulder essa não é a questão....eu ..."

"Espere, eu não acabei, ou então pode pedir umas férias ou se você ainda achar que isso não fará diferença, pode pedir transferência para outra área do Bureau."

"Mas eu não quero. Eu adoro o meu trabalho. Eu apenas queria poder viver um pouco e não acordar pensando que talvez esse seja meu último dia de vida. Quero poder apreciar as coisas boas da vida, não quero me privar de pequenas sensações, tão simples e comuns para as pessoas normais."

"Ai Scully você é um alien?! Brincadeira, sabe nós podemos mudar isso. Que tal começarmos agora? Diga o que você gostaria de fazer, seus medos, suas ansiedades e assim saberemos por onde começar."

"Promete que não vai rir das minhas vontades?"

"Prometo, sem gracinhas."

"Bem, por onde começar...eu gostaria de comer algodão doce e passear de montanha russa, plantar um pequeno jardim e vê-lo crescer, quero segurar um bebê em meus braços e ouvir as pessoas mais velhas contarem suas histórias, eu queria vestir algo lindo e provocante e dançar até me cansar. Eu queria poder dizer aqueles que amam o quanto significam para mim antes que seja tarde demais. Eu quero fazer sexo selvagem e louco durante uma noite inteira, eu quero tantas outras coisas tão simples mas tão difíceis de conseguir realizar..."

As lágrimas escorriam pelo rosto, não tinha vergonha por estar chorando na frente de Mulder. Ele ajeitou o cabelo que cobria o rosto dela e sorriu.

"Tudo bem, Scully. Chore, desabafe. Não se condene por isso. Estou aqui para ajudá-la." Ele se aproximou e a abraçou. Seu rosto encostado no peito dele, sentia o calor vindo dele, agora soluçava e pensava Mulder quando vou criar coragem para dizer que você é a pessoa mais importante da minha vida? Que quero seus braços me envolvendo, que quero fazer amor com você.

"Podemos resolver alguns desses desejos, outros quando chegar o momento, você mesma resolverá."

Ainda chorando, ela abriu um sorriso entre as lágrimas. Um lindo e radiante sorriso que tirou o fôlego do seu parceiro. Está na hora de dar a ela o que ela merece.

"Sente-se melhor?" ele perguntou.

"Sim, obrigada. Apesar das dores e ainda estar um pouco cansada. Sabe Mulder, acho que minha vida irá mudar daqui pra frente. Eu vou fazer acontecer."

"Isso! Agora vejo que você está melhor. Bem, eu tenho que passar no Bureau e falar com Skinner. Depois, preciso ir ao meu apartamento ver se meu senhorio já não me expulsou de lá. Sei que você está bem, mas qualquer coisa me liga, tá? Tem algumas frutas e verduras na geladeira, se alimente direito"

"tá.. eu sei me cuidar Mulder. Está pior que a minha mãe!" ele riu e balançou a cabeça. "Aproveite e ligue para ela. Tchau." Virou-se e saiu. Ela ainda ficou olhando para a porta por alguns instantes.

"Eu vou fazer acontecer." Foram suas palavras.

O dia passou rápido enquanto ela se divertia no computador conversando com pessoas na internet. Nunca tinha experimentado fazer isso. E era divertido! Todo o tipo de pessoa que se imagine estão nessas salas, umas a procura de seu grande amor, outras por diversão, outras para fazer amizades e até para arranjar uma boa transa mesmo que virtual. E assim se ocupou. Ao consultar o relógio ela se espantou, eram 7 da noite. Desligou o computador e foi tomar uma ducha. Sabia que Mulder ligaria e iria convida-lo para um programinha interessante.



8:20 p.m.


Scully estava morrendo de fome mas não queria comer pois pretendia sair. Mas porque Mulder não ligou? Acho que ligarei para ele. Nem bem terminou de pensar, o telefone tocou.

"Alô!"

"Oi Scully. Sou eu. Como foi o seu dia? O Skinner perguntou sobre você. "

"Meu dia foi ótimo. Já estava estranhando você não Ter ligado."

"trabalhei muito. O Skinner pediu para eu fazer vários trabalhos burocráticos. Um tédio. Pensei em ligar mas queria que você descansasse."

"Mulder eu estou faminta. Vamos sair para comer algo?"

"alguma sugestão?"

"Não."

"estou indo para aí. Tchau."

Ela desligou o telefone e foi se arrumar. Nada chique, na verdade estava bem esportiva vestia uma calça jeans, uma blusa branca e um blazer preto. Às 9, a campainha tocou e ela apenas pegou a bolsa e dirigiu-se à porta. Ao abrir, encontrou-o escorado na parede.

Vestia também uma calça jeans e uma blusa de gola alta azul royal e segurava em uma das mãos a jaqueta de couro preta.

"Vamos?" ela disse já fechando a porta. "Para onde vamos, Scully?"

"Não sei, você escolhe mas rápido estou morrendo de fome."

Depois de uns 15 minutos de carro, Mulder estacionou enfim. Ao soltarem do carro, Scully não tinha a mínima idéia de onde estavam até ver um letreiro imenso. Ela não acreditava.

"Mulder, onde você arrumou esse parque de diversões?"

"Eu vi o anúncio no jornal de hoje. Pronta para se divertir?"

"Pronta."

Era um parque de diversões completo. Roda gigante, montanha russa, trem fantasma, mágicos e todos os tipos de guloseimas que enchem os olhos de uma criança e nesse exato momento, Scully estava se sentindo uma criança. Seus olhos brilhavam e sentia-se tão bem! A companhia então era um ingrediente a parte.

"O que você quer comer, Scully?"

"Um cachorro quente, churros e pipoca."

"Nossa! Você está com fome hein?"

Após comerem, foram aproveitar um pouco o que o parque tinha de melhor. Andaram na roda gigante, brincaram no tiro ao alvo, pescaria. Quem os visse tão relaxados pensariam que eram namorados ou até marido e mulher. Enfim, comportavam-se como pessoas normais, nada de serial killers, aliens, monstros. Apenas dois amigos divertindo-se numa noite de Sexta feira.

Numa das barracas de jogos, Scully acertou os barris e ganhou. Sua reação fora tão expontânea que Mulder caíra na gargalhada e ela o acompanhou. Parecia uma moleca. Ao escolher o prêmio, não hesitou um chapéu de cowboy para ele.

"Vamos Cowboy! Quero andar de montanha russa." Puxou-o pela mão até o guichê de ingressos.

"Scully, você tem certeza que pode andar nessa montanha russa? Você está fraca."

"Mulder! Não seja estraga prazer. Eu quero ir. Ou será que você está com medo???!!!" a cara dele o denunciara. "Ow! O homem que persegue criaturas bizarras tem medo de andar numa montanha russa. Inacreditável!"

"Ótimo. Agora você vai ficar gozando da minha cara. É verdade, sinto desapontá-la tenho medo sim desde pequeno. Satisfeita?"

"Ah, Mulder. Eu quero ir. Vem comigo...faz isso? Por mim?"

Claro que ele não recusaria um pedido dela por mais difícil que fosse. "Está bem, eu vou com você." O passeio foi bom porém deixou Scully tonta e enjoada. Mulder estava pálido de medo. Scully ainda arrumou forças para rir dele. Meio embaraçado, ele a guiou até um banco para que ela pudesse melhorar.

"Eu disse pra você que isso não daria certo. Como você está? Respire fundo."

"Estou melhorando. E você?"

"Tudo bem. Vou comprar uma água pra você. Teimosa!" tirou o chapéu e colocou na cabeça dela.

Dez minutos se passaram até que ele aparecesse. Veio por trás dela e lhe entregou a garrafa de água.

"Puxa, Mulder. Onde você foi buscar essa água? Na Flórida?" começou a tomar o líquido avidamente enquanto ele falava. "Na verdade, fui fazer outra coisa. Sabia que não encerraria essa noite sem conseguir o que queria. Tenho que fechar com chave de ouro."

Scully não estava entendendo o que ele dizia e sentia que poderia se surpreender.

"Aqui está. Como prometi. Pelo menos para mim mesmo." À sua frente, estava Mulder segurando um lindo algodão doce azul. Ela o olhou e seus olhos denotavam toda a ternura daquele gesto. As lágrimas foram sufocadas na garganta. Ela estendeu a mão e pegou o doce. Ele sentou-se ao seu lado para observá-la enquanto fascinada melava os dedos no doce. Ela lembrou-se de um tempo maravilhoso da sua infância quando costumava ir ao parque com seus pais e ela e Melissa devoravam dois algodões doces em meio a gargalhadas. Só então percebeu que Mulder não tirava os olhos dela e não lhe oferecera nem um pedaço.

"Ai, Mulder. Desculpe! Quer um pouco?"

"Não Scully pode comer."

"Mulder coma um pedaço. Vem dizer que você também não gosta de algodão doce?" dizendo isso ela pegou um pedaço do doce na mão e ofereceu com uma carinha bem pidona. Ele, claro, não podia resistir e aproveitou. Em vez de pegar com a mão ele lambeu o doce da mão dela fazendo uma cara bem safada. O toque dos lábios e da língua dele nos seus dedos a fez arrepiar.

"Está muito gostoso." E pegou mais um pedaço na própria mão.

Scully adorara a noite mas já estava cansada, afinal fora um passeio e tanto para alguém que precisava estar em repouso. Ao terminar o doce resolveu pedir a ele para ir para casa.

"Mulder, eu estou cansada. Podemos ir?"

"Claro."

E assim ele a levou para casa e a acompanhou até a porta do seu apartamento. Ela abriu a porta e virou-se para ele "Mulder, muito obrigada por hoje. Eu estava precisando me divertir assim. Obrigada mesmo, por tudo especialmente pelo algodão doce." Ela inclinou-se e deu um beijo no rosto dele. "Boa noite".

"Boa noite, Scully. Me ligue qualquer coisa." Então, ele seguiu pelo corredor, feliz pela alegria que viu renascer na sua amiga, na mulher da sua vida.


Duas semanas depois...


Os dias passavam agradáveis para Scully. Mulder trabalhava sozinho e depois ia para o apartamento dela ou quando não ligava para ela e passavam horas conversando no telefone sobre todos os tipos de assuntos. Saiam para ir ao cinema, caminhar, assistir vídeos.

Ela estava simplesmente adorando essa vida.

Era Sábado e até agora 4 da tarde, Mulder não dera sinal de vida. Aliás, ele apenas telefonara ontem para perguntar como ela estava e disse que precisava descansar pois a semana tinha sido dura. Começava a estranhar, ultimamente eles estavam tão juntos que se passasse um dia sem vê-lo já sentia falta dele mas mesmo assim, não criara coragem para dizer a ele que o amava.

Já que não tinha o que fazer em casa, resolveu sair para dar uma caminhada. Pegou o celular e saiu pelas ruas. Parou para olhar as vitrines, foi a um parquinho onde sentou-se num banco e ficou observando as pessoas ao seu redor, a natureza, as crianças que brincavam em pequenos tanques de areia. Uma jovem com uma criança de uns nove meses sentou ao lado dela. Pegou uma mamadeira e deu ao filho. Ela começou a puxar conversa com Dana. Tinha 25 anos, era solteira e era jornalista. Scully brincava com o bebê pensando que esse era um dos seus sonhos que jamais se realizariam. A moça perguntou o que Scully fazia, meio receosa, Dana respondeu e disse que também era solteira. A
moça disse que a única coisa que faltava na sua vida era uma pessoa para dividir suas alegrias e sonhos.

"Acho que todos nós procuramos isso não é? Eu pensei que o meu último namorado fosse o certo mas...bem, pelo menos ele me deu essa coisinha linda. E você, já encontrou o seu par?"

Scully sorriu, já há sete anos. "Se eu te dissesse que já encontrei e ainda não tive a coragem de dizer a ele o que sinto? Que nem namoro com ele e o único toque de intimidade além de abraços foi um beijo singelo trocado no reveion, você me acharia louca?"

"Há quanto tempo você o conhece?"

"7 anos"

"Meu Deus, você é louca!" e caiu na risada. "Sério, se ele é a pessoa certa você deve dizer isso a ele. Não deixe a oportunidade lhe escapar, o destino poderá não agir a seu favor mais uma vez."

Scully agradeceu a conversa e despediu-se dela. Ela tinha razão, estava perdendo tempo.

Ao chegar em casa, Scully foi direto para o quarto. Ficou surpresa por ver uma caixa grande em cima da sua cama. Abriu e viu algo embrulhado em papel vegetal e um envelope com seu nome. Dentro, uma passagem com destino à Nashville e um bilhete

"Srta. Dana Scully,

encontre-me no aeroporto às 8 p.m. em ponto junto ao balcão de informações com a passagem, leve a rosa vermelha ou nada feito e vista o vestido da caixa. Lá, você terá mais instruções a seguir.

Fox Mulder.

Ela ria diante da charada. Retirou o vestido da caixa e ficou encantada, era lindo. Um longo vermelho com um lindo decote estilo frente única e um par de sapatos finos. É Mulder, você tem muito bom gosto. Aprontou-se sem esquecer um único detalhe e saiu para o aeroporto. Estava linda.


No balcão de informações
8 p.m.

Ela já estava lá a cinco minutos e nem sinal de Mulder. Às 8 em ponto uma moça dirigiu-se a ela.

"Srta. Dana Scully?"

"Sim."

"A senhorita trouxe a rosa e a passagem?" Scully mostrou a ela. "Siga-me por favor." Scully obedeceu, estava adorando a brincadeira e queria descobrir o que iria fazer em Nashville. Entraram por uma porta que dava para a pista de aeronaves e ela pode ver um jatinho estacionado logo à sua frente. A moça a levou até a escada e pediu-lhe a passagem. Scully entregou a ela.

"Divirta-se. Você é uma mulher de sorte."

Scully sorriu e agradeceu à moça. Em seguida, subiu a escada do avião. Ao entrar no mesmo, finalmente encontrou quem procurava. Diante dela, o homem dos seus sonhos, seu objeto de desejo, vestindo um smoking com uma gravata borboleta vermelha. Lindo como sempre. Ele abriu um sorriso capaz de derreter o coração dela e ela retribuiu.

"Eu sabia que tinha bom gosto mas eu estou surpreso. Você está maravilhosa Dana Scully. Perfeita."

"Obrigada. Tenho que admitir, você acertou em cheio mas, qual é a ocasião?"

"Prepare-se pois você terá a melhor noite da sua vida. Vamos até Nashville, jantamos e depois você terá uma surpresa."

"Outra? O que você está aprontando Mulder?"

"Relaxe. Sente-se e aproveite o vôo. Você verá. Serão apenas 45 minutos."


Nashville – Country City Arena
9:10 p.m.

O carro estacionou bem em frente ao local. Mulder desceu primeiro e estendeu a mão para ajudá-la a descer. Várias pessoas chegavam junto com eles porém Scully ainda não descobrira o que iria acontecer ali.

"Mulder, você não me trouxe para ver um rodeio né?"

"Não, Scully. Pare de ser curiosa! Espere um pouco mais."

Na entrada Mulder tirou do bolso 2 tickets e entregou ao rapaz. "Tenham uma boa noite." Mulder agradeceu e eles entraram no local. Seguiram até um imenso salão com mesas muito bem arrumadas e ao fundo um palco para shows. Escolheram uma mesa e sentaram-se.

O garçon dirigiu-se a eles e perguntou o que iriam beber. Mulder escolheu um vinho branco suave. Em um minuto o garçon voltou com a garrafa, deu a prova para Mulder que aprovou o vinho na mesma hora. Depois que o rapaz se distanciou, ficaram enfim sós.

"Mulder, você não vai me dizer nada?"

"Scully, eu a trouxe aqui porque você pediu. Lembra quando você confessou que tinha algumas coisas que gostaria de fazer? Pois é, estou tentando realizar uma delas. Nós iremos jantar agora e depois dançar até os nossos pés incharem, certo?"

Ela abriu um sorriso "Certo."

O garçon aproximou-se novamente e perguntou se eles gostariam de pedir o jantar. Eles escolheram seus pratos e enquanto esperavam e durante o jantar conversavam animadamente. Quando estavam comendo a sobremesa, um creme burlee delicioso, um rapaz subiu ao palco e pediu a atenção de todos pois chegara a hora de receber a atração da noite.

"Senhoras e senhores, é com grande prazer que convido-os a dançar e se divertirem ao som dela que é uma das estrelas americanas mais fabulosas do momento. Com vocês: Shania Twain!!!!"

"Mulder, como você sabia..."

"Eu fiz minha pesquisa Scully e claro, olhei os seus CDs. Agora quero ver você dançar, quero ver se era apenas falta de oportunidade ou você estava apenas inventando." Ele levantou-se e estendeu a mão para ela "Você quer dançar, Dana Scully?"

"Eu adoraria."

De canções agitadas no estilo country a baladas eles dançavam animadamente. Músicas pouco conhecidas e grandes sucessos como "You've got a way", "That don't impress me much", "Don't be stupid", "You're still the one", "From this moment on" e especialmente o hit "Man! I feel like a woman!" que deixou Mulder boquiaberto ao ver Scully dançar.

Em seguida, a cantora agradeceu a todos presentes e anunciou que cantaria as músicas que tornaram tudo o que ela vive hoje possível, primeiro "Any man of mine" e depois uma canção muito especial que ela oferecia a todos os apaixonados "The woman in me".

Quando os primeiros versos da Segunda canção começavam a surgir Scully pensou em sentar-se mas Mulder a segurou pelo braço "Aonde você pensa que vai? Já cansou? Essa eu faço questão de dançar com você."

E juntinhos eles dançavam enquanto os versos da canção na voz incrível de Shania enchiam o salão:


"I'm not always strong,
and sometimes I'm even wrong
but i win when I choose
and I can't stand to lose
but I can't always be the rock that you see
when the nights get too long
and I just can't go on

The woman in me needs you to be
The man in my arms to hold tenderly
Çause I'm a woman in love
And it's you I run to
Yeah, the woman in me needs
The man in you

When the world wants too much
And it's cold and out of touch
It's a beautiful place when you kiss my face..."

De repente, Scully sentiu que esse era o momento certo para seguir adiante. Ela afastou-se um pouco para poder ver o rosto de Mulder. Apenas com o olhar ele sabia o que estava por vir. Inclinou-se para beijá-la e ela afastou o rosto e olhou para os lados depois falou "Não quero nada para atrapalhar esse momento" e então seus lábios se encontraram num longo e terno beijo. Ao contrário do beijo anterior, as bocas se exploravam, procurando preencher todos os espaços. As línguas se massageavam numa dança deliciosa. Ele a apertou mais próximo ao seu corpo. Finalmente, eles quebraram o beijo. Ele a abraçava o mais forte que podia e começou a beijar-lhe o pescoço. As mãos dela estavam ao redor do pescoço dele. Ela então sussurrou no ouvido dele

"Mulder...vamos sair daqui."

Rapidamente ele obedeceu. Puxando-a pela mão eles deixaram o salão e dirigiram-se ao estacionamento. A vontade os consumia, Mulder dirigia a quase 100 km/h e por fim chegaram a um hotel. Na recepção, Mulder solicitou um quarto e entregou o cartão de crédito. Enquanto falava com a recepcionista, não largava Scully nem por um segundo estava abraçado nela. Em cinco minutos estavam na porta do quarto e bastou a porta se fechar para que a tensão existente entre eles explodisse de vez.

Retomaram o beijo que fora quebrado durante a dança. O exercício dos lábios era acompanhado pelos exercícios das mãos que vagavam pelo corpo, pescoço, cabelos num ritmo alucinado ressaltando todo o desejo reprimido durante 7 anos.

De repente, ele rompeu o beijo e falou :

"Scully, eu...se você...eu não te obrigarei a fazer nada que você não queira..."

"Mulder, eu quero. Apenas faça desse momento algo muito especial"

"Seu desejo é uma ordem"

Ele a carregou nos braços e a sentou na cama. Ajoelhou-se no chão e retirou os sapatos dela um de cada vez. Depois, começou a beijar delicadamente os pés dela e foi deslizando sua boca por todo o comprimento das pernas dela. Ele tirou o paletó e o colete.

Sentou-se na cama ao lado dela e tornou a beijá-la. Suas mãos acariciavam as costas nuas dela enquanto procurava pelo zíper do vestido e pelo fecho no pescoço.

Ao mesmo tempo, as mãos trêmulas dela desabotoavam a camisa dele. Ao conseguir desfazer o fecho, ele deixou que caísse a frente única do vestido deixando expostos os seios dela. Ele afastou-se para contemplá-la.

Já tinha visto Scully nua antes mas nunca realmente observara a beleza dela por estar em situações de risco. Agora, era diferente. Esse era o momento deles. Como ela é linda pensava. As mãos impacientes começaram a tocar os pequenos seios rijos, os mamilos estava duros somente devido ao toque. Lentamente ele os acariciava. Apertava os bicos deles provocando. Ela tinha a cabeça inclinada para trás procurando sentir tudo soltava pequenos gemidos de satisfação ao toque.

As mãos dela seguiam pelo tórax dele, tinha a pele quente e macia. Fazia tempo que ela não sentia a pele de outra pessoa, o toque de um homem. Acostumara-se a tocar a si mesma para Ter prazer. Se tocar e imaginar que era outra pessoa que o fazia. Nesses momentos, o seu parceiro imaginário era sempre ele e agora, o sonho tornara-se real. Ela estava sentindo o toque verdadeiro e íntimo dele pela primeira vez. Havia se esquecido como isso era bom. Sentia-se viva, sexy, desejada.

Mulder afastara-se um pouco para contemplar a imagem do rosto dela. Mantinha os olhos fechados mas ele podia afirmar com certeza que ela estava diferente, feliz, ele sabia que iria descobrir um lado da sua parceira que apenas supunha existir. O lado sentimental, feminino, o lado mulher. Ele deitou-a na cama e desabotoou a calça ficando somente de boxer. Ela então, levantou as pernas e agarrou os dedos no boxer puxando-o para baixo deixando Mulder totalmente nu à sua frente.

Ao perceber o homem diante dela abriu o sorriso mais lindo que Mulder já vira. Ele sentiu as bochechas enrubescerem ela apontou o dedo indicador para ele e depois fazendo sinal para que ele se aproximasse disse

"Vem cá."

Ele se fez de desentendido apontando para si como quem diz eu? Ela balançou a cabeça em afirmação. Então, ele foi ao encontro dela e finalmente puxou o vestido deixando-a apenas com a calcinha.

Ela sentou-se na cama mais uma vez, queria explorar o corpo dele por completo. As mãos deslizavam pelo peito dele e ele fez menção de fazer o mesmo com ela, porém, Scully não permitiu "Mulder é minha vez, fique quieto." E assim, ela continuou o que fazia.

Suas mãos apalpavam o bumbum dele enquanto sua boca trabalhava dando pequenos beijinhos no abdômen dele. O ritmo das mãos aumentara. Ela cravava as unhas no bumbum dele fazendo-o soltar sussurros. Ela pos –se de pé e suas bocas se encontraram de novo só que dessa vez de modo selvagem, forte. Scully quebrou o beijo e saiu beijando o pescoço dele, o peito dele lambendo os mamilos, colocando-os entre os seus dentes, mordiscando e assim foi descendo até chegar ao lugar ansiado. O pênis dele que estava duro, rijo e ao sentir que ela o segurava nas mãos soltou um gritinho de prazer. Como uma aluna devotada, ela percorria o comprimento do membro com as mãos. Ele, de olhos fechados, murmurava palavras indecifráveis. Scully estava ajoelhada na frente dele e então beijou a ponta do pênis dele e foi utilizando a boca e a língua na exploração daquele pedaço de paraíso. Ele gemia e gritou o nome dela quando ela introduziu o membro dele na boca. Depois de alguns minutos, ela olhou para ele, estava simplesmente no auge de um colapso, mesmo assim, ele a levantou e a colocou sobre a cama e se debruçando sobre ela, murmurou no ouvido dela "Scully, você me deixou louco de desejo, agora é a minha vez".

Ela apenas fechou os olhos e aceitou cada beijo, cada toque, cada carícia que ele depositava pelo corpo dela. Scully suspirava. Ele passou pelo seios, abdômen chegando até a calcinha dela e usou os dentes para tirá-la. Scully abriu as pernas para facilitar a entrada dele e ele explorava o local com a boca enquanto ela gemia e agarrava o lençol. Ele brincava com os dedos no clitóris dela e ela já não se aguentando, começavam a chamar por ele "Hum...Mulder....ahhh....por favor...AAAAhhh...." ele estava concentrado na tarefa que desempenhava e ela falou por fim


"Eu quero você dentro de mim Mulder por favor, agora".

Percebendo a excitação e o desejo dela naquelas palavras e também o seu próprio limite se aproximar, obedeceu ao pedido dela.

Ela gritou quando sentiu que ele a completara, tanto tempo que ela não experimentava isso. Ele começou a mover-se lentamente, depois o ritmo aumentava e ela pedia para ele mais rápido, rápido até atingirem o clímax e gozarem quase ao mesmo tempo. Uma explosão de sentimento, sensações, emoções.

Scully sentia-se no céu, parecia que via estrelas a sua volta. Na verdade, naquela noite ela viu estrelas não uma mas quatro vezes. Por fim, o cansaço tomou conta deles que adormeceram agarradinhos.


Quarto de hotel, Nashville
Domingo 9: 30am

Mulder acordou e viu que Scully continuava a dormir ao seu lado. Ele levantou e pediu o serviço de quarto para dois. Quando a refeição chegou levou-a para bem próximo da cama. Debruçando-se sobre um braço, começou a beijar o rosto dela e sussurrar no ouvido dela

"Ei, dorminhoca, acorda..."

Ela espreguiçou-se e continuou de olhos fechados. "Hum, será que vou Ter que acordá-la com um beijo?" e assim o fez. Ela, claro, respondeu ao gesto rapidinho como se estivesse bem desperta. Então, abriu os olhos e um largo sorriso.

"Bom dia, Mulder."

"Bom dia, está com fome?"

"Estou faminta"

Sentaram-se na cama e saborearam o café da manhã alegremente com direito a beijinhos e comida na boca. Ao terminarem, Scully olhou bem nos olhos dele e falou

" Lembra Mulder quando eu falei para você logo depois da nossa volta a Washington? Sobre as pequenas coisas que eu gostaria de Ter na vida, simples?"

"Lembro, por que?"

"Você realizou quase todas elas, o algodão doce, o passeio de montanha russa, o vestido e a noite dançante. Mas nada disso seria importante se eu não conseguisse realizar o meu desejo principal: ser amada, fazer amor com o homem que eu amo. Você entende?"

"Scully eu entendo mas eu tenho que te confessar algo que vai mudar tudo daqui pra frente."

"Mulder, nada que você me confesse irá mudar o que eu sinto por você. É tão difícil de perceber o quanto preciso e gosto de você?"

"Não é difícil, você apenas ainda não disse o que eu quero ouvir de você."

"Ah...já entendi. Você está pronto?" ele balançou a cabeça

"Fox Mulder, eu te amo, não hoje, nem ontem mas a muito tempo. Agora você está feliz? Eu estou transbordando de felicidade."

"Essa foi a melhor coisa que já ouvi Dana, eu também te amo"

No mesmo dia voltaram para Washington e deram início a uma nova fase da vidas deles.



THE END

3 comentários:

Rosa Maria Lancellotti disse...

Amiga,
Que delícia ler mais uma fic sua. Gostei muito. Primeiro quer nos matar de susuto e depois compensa com momentos mágicos e apaixonantes. Parabéns!

Eliane Lucélia disse...

OMG, Jesus Cristo, essa não é das melhores?! é muitoooo boa, gêmea querida, vc arrasou, primeiro a coisa ficou tensa, desesperador, mas depois a coisa esquentou de vez o mais engraçado é que nas fics de AX parece que eu ouço a voz dos personagens de verdade, isso não acontece em outras fics, eu ouço a voz de M&S, incrível e garanto que a sensação é maravilhosa, aqule "VEM CÁ" da Scully Uiiiiiii, kkkkkkkk depois da tempestade definitivamente veio a bonança ADOROOOO, tem mais algumas aí escondida nos arquivos não? dê mais uma procuradinha kkkkkkkkk, AMEI MUIIIITOOOOOO.BJOSSSSSSSS

val disse...

OMG SO FUCK!!!
sem falar que é minha paixão desde os 13 anos... eu amo X Files!
adorei Shania Twain, menina acho que vc conhece meu gosto musical que loucura!!
tudo que Chris Carter esqueceu de por na série vc acrescentou thanks!!!

é maravilhosooooooooooooo!

bjins.