Nota da Autora: Com esse capítulo encerro mais uma fanfic. Quando você escreve muito sobre determinadas personagens você já sente que são quase seus. Beckett e Castle não são meus. Apenas inspirações. A ideia dessa fic era trazer diversão, amor, momentos engraçados e angst para nossa vida durante esse longo hiatus que - amém - acaba amanhã. Não tenho a pretensão de ser Marlowe, tento pensar como ele mas não passo de uma fã. Nessa história quis mostrar uma vida um pouco "normal" sempre que possivel do nosso casal. Especialmente Kate Beckett. Quis mostra-la mais leve, apresentar um lado que ela mesma esconde para se fazer respeitada na profissão que escolheu, mas a sua essência continuou ali. Talvez não agrade a todos, mas adorei escrever essa fic. Enjoy!
PS 1.: Lieutenant Beckett - a inspiração veio de outra detetive que amo! Eve Dallas... além disso, brinquei com outra coisa - a vida imita a arte...vocês entenderão ao ler.
Hum....NC-17!!! Atenção...
Cap.20 – Epílogo
Uma semana depois, Kate e Castle voltam ao hospital para a nova consulta
com o médico. Após exames e raios x, o curativo que mais lembrava uma tipóia
fixa, foi removido e substituído por um pequeno curativo no local onde a bala
perfurara depois da retirada dos pontos. Ela também foi examinada mas as marcas
nela já haviam desaparecido e não fora constatado nenhum risco de hemorragia ou
inflamação interna. O doutor disse a eles que estavam novinhos em folha. Satisfeitos,
deixaram o hospital. Castle sugeriu que eles fizessem uma parada nnuma
Starbucks ali perto. Com todos os últimos acontecimentos, eles ainda não
tiveram tempo de conversar direito. Estavam muito preocupados em resolver a
situação de uma vez, que não dedicaram um tempo à sós, apenas para eles.
Sentaram-se numa mesa de canto próxima a vitrine de onde podiam observar
o movimento. Castle encarregou-se dos cafés enquanto ela apreciava a vida
corrida dos novaiorquinos. Era uma cidade elétrica, ligada 24h por dia no 220V.
Ele trouxe a bebida favorita de ambos e ficou de frente para ela. Tinha algo
importante para contar a ela, algo que se perdera durante esse caos que se
instalou na vida deles. Primeiro, porém, ele queria saber sobre ela. Ao ver
Beckett sorver o primeiro gole de café e sorrir, ele perguntou.
- Como você está gorgeous? Você sabe, depois disso tudo?
- Estou bem e dessa vez não são apenas palavras da boca para fora. Eu
sei que corri riscos novamente, eu quis fazer isso. No fundo não era uma questão
de querer, eu precisava colocar um ponto final nessa história. Quase quinze
anos esperando por um sinal, uma pista, uma saída para resolver o caso.
Aliviada, acredito ser essa a palavra. Aliviada por saber que minha vida não
corre perigo, que as pessoas ao meu redor estão seguras e que você está ao meu
lado sem ameaças de morte. Cada vez que eu ia para rua com você, eu entrava em
conflito por dentro querendo protege-lo e ao mesmo tempo expondo você. Ainda
bem que isso tudo já passou.
- É bom ouvir isso. Mas não se esquece toda a história de uma vida de
lutas. O caso da sua mãe a moldou. Ele a fez quem você é. A Kate Beckett que
conheci e aprendi a adimirar e amar. Por causa da sua mãe, você se tornou tão
grandiosa, tão espetacular que é impossvel para mim imaginar uma mulher
diiferente da que vejo hoje à minha frente. Extraordinária, Kate nada menos que
isso e nunca me cansarei de dizer.
- Obrigada, Castle – ela esticou a mão para tocá-lo, o polegar roçando
na pele em sinal de carinho. Ele sorriu para ela.
- Agora Lieutenant Beckett eu também tenho novidades. Voltei ao distrito
naquele dia louco para contá-las a você. Depois desse turbilhão que passamos,
quero compartilhar com você o que aconteceu naquele dia na reunião com a minha
editora. Quando eu comecei a escrever ainda na faculdade, eu sequer poderia imaginar
que seria um autor de best-seller muito menos o tamanho do meu sucesso e que um
dia teria um dos meus livros transformados em filmes. Heat Wave me provou ser
possível. Só que Nikki Heat foi além. Tive uma reunião com um casal de
escritores que fizeram uma proposta tentadora para minha editora e que eu nem
sonharia em discordar.
- Castle eu estou ficando curiosa demais! Será que dá pra tirar o
suspense dessa história e contar logo o que aconteceu?
- Sempre impaciente, aprecie o momento! Bem, como eu ia dizendo, esse
casal Andrew Marlowe e Terri Edda são os nomes deles, ofereceram-se para
produzir uma série de TV usando os livros da série Heat como pano de fundo.
Eles vão levar para a telinha as aventuras de Nikki e Rook. Não é o máximo?
Nikki Heat toda a semana na sua televisão?
- Nossa, Castle! Isso é grande. Parabéns!
- Parte disso é você. Sem minha musa, Nikki Heat não nasceria no papel e
muito menos sairia dele para se consagrar em outros meios. A ideia dele é focar
no dia a dia da detetive Nikki Heat e seus dilemas e casos como investigadora
de homicídios. A exemplo do que acontece nos livros, no piloto ela já se
depararia com Rook e ficariam trabalhando juntos desde então. Ele já tinha a
ideia do piloto pronta e redigida além do que aconteceria na primeira
temporada. Ele soube muito bem transpor Nikki do livro para o roteiro da TV.
Ele também comentou que para que a série funcione e cative o público, eles não
formariam um casal de cara a exemplo do que aconteceu nos livros, eles criariam
desejo reprimido e provocações para atrair a atenção de shippers. Eles
realmente gostam e entendem muito bem meus personagens. E diferente do que
ocorreu no cinema, ele quer minha contribuição e aprovação nos roteiros da
série. O acordo foi fechado e ele deve apresentar o roteiro final do piloto
daqui a quatro semanas e já começaremos a fazer os testes para os atores e
atrizes. Querem meu parecer.
- E qual o nome da série?
- Heat. e não podia ser outro. Eles já negociaram com o estúdio, a ABC
irá produzir o piloto.
- Hey! Espere ai, você tomou toda essa decisão sem me consultar? Ou você
acha que o meu nome como consultora oficial não quer dizer nada? É a minha
imagem que será vinculada na tela, Castle! Toda aquela publicidade, toda a
imprensa. Ah, Deus... não Castle eu não estou preparada pra isso.
- A imprensa já conhece Nikki e a
série será filmada em L.A. não vai sobrar muito tempo para se preocuparem com você.
Talvez uma reportagem ou duas, eles focarão muito mais nos artistas. Achei que
não ia ser problema. Afinal é um passo gramde para Nikki Heat. Ah, Kate você não
vai ficar chateada por isso,vai?
Ela ponderou um pouco. Sim, detestava aquele assédio da imprensa, ter
sua vida exposta. Até a irritava, podia brigar com ele, reclamar porém Kate
sabia que esse era o preço que tinha que pagar por namorar um escritor de
sucesso. Deixaria para se chatear depois. Parece que a vida realmente imita a arte.
- Não, estou chateada por você não me incluir nisso. Nikki Heat sou eu,
creio que tenho direito de participar nas escolhas também.
- E você será envolvida.
Ela ficou pensativa por um instante.
- Nikki Heat como série de TV. Quem diria! Você vai participar da
seleção dos atores? Vai ajudar a escolher a Nikki e o Rook? Porque se for, eu
exijo ir junto. Você vai escollher alguém para me representar e não quero
nenhuma loira peituda e sem graça fazendo meu papel.
- Kate, até parece que você não me conhece. Eu não escolheria um loira
para fazer o seu papel.
- Sei, é exatamente porque te conheço que quero estar junto. Ele
balançou a cabeça e um sorriso maroto se formou no canto dos lábios, ele
adorava quando ela demonstrava ciúmes de uma maneira meio torta para ele. Até
hoje, ainda ficava pensando se já vira todas as camadas de Kate Beckett.
Continuando ele falou.
- É real.E eu gostei muito da ideia deles. Vão usar a atração e a
irritação para construir o relacionamento de Nikki e Rook. E não sei porque já
vi esse filme em algum lugar... – ele sorriu pra ela e Kate balançou a cabeça.
- Acho que ambos estamos curiosos.
Eles continuaram conversando e decidiram ir para o apartamento de
Beckett. A licença médica por causa do último caso viera em boa hora. Estavam a
princípio, sentados no sofá. Kate colocara uma música para tocar que impedia
Castle de ver a TV. Devagar, ela começou a enche-lo de beijinhos. Já fazia
tempo que ela não se aproveitava de momentos sozinha com Castle. Ela sentia
falta das carícias e dos beijos apaixonados de tirar o fôlego. O que começou
como uma troca de carinhos, evoluiu rapidamente para toques e beijos ardentes.
A temperatura subia muito rapidamente quando esses dois estavam juntos. Beckett
já se livrara da camisa de Castle e acariciava o peito dele passando as unhas
de leve sobre a pele, instigando. Kate adorava quando ele a tomava em seus lábios
com vontade, puxando-a pela nuca ou pelos cabelos. Ele conseguia beija-la e
excita-la. Se duvidar, ela poderia ter um orgasmo apenas com os beijos de
Castle. Ele novamente a surpreendeu quando a colocou deitada no sofá. Ele
explorava cada parte do interior da sua boca enquanto as mãos percorriam o
corpo dela terminando por se perder nos seios. Ao longe, ela ouviu um toque de
celular. Ela estava tão envolvida no momento que mal escutara. Castle foi quem
percebera e entre beijos ele roubava a sua atenção.
- Não vai...- beijava-a – atender? – sugava-lhe os lábios – hum,
Kate...é – beijo – seu pai...- sugou-lhe a boca envolvendo-a num beijo sensual.
A ficha de Kate caiu atrasada e ela tentou escapar ofegando dos braços de
Castle para atender o celular.
- Hey, daddy! A voz saiu como um sussurro. Ela ofegava tentando
recuperar a respiração o que não parecia muito fácil já que Castle não se
deixou influenciar pelo telefonema, continuava a beijar-lhe a nuca e os ombros
e com os braços a puxava pela cintura para manter o contato das peles.
- Katie... tudo bem? Você me parece cansada. Sua voz... aconteceu alguma
coisa?
- Não, está tudo... – Castle mordiscava o lóbulo da orelha dela – bem. É
que vim correndo atender e... – ele apertava um dos seiois dela e ela segurou
um gemido – yoga...estava fazendo yoga.
Ela deu um tapa nele para tentar afasta-lo de perto do seu corpo ou não
responderia por si. Castle resolveu dar uma trégua a ela e apenas a mantinha
envolvida em seus braços pela cintura.
- Ah, sei estou ligando para avisa-la da minha chegada no próximo
sábado.
- Ah, que ótimo!
E ela anotou todas as informações sobre a chegada dele e conversou um
pouco para saber como ele estava. A conversa parecia querer se prolongar porém
Castle não ia deixar isso acontecer. Ele tornou a beija-la no pescoço e a
tocar-lhe os seios. A reação de Kate foi imediata, sentiu a umidade tomar seu
centro e mordeu os lábios para evitar de gemer. Ele continuava instigando e ela
já não aguentava mais essa tortura sem poder se entregar a brincadeira.
- Ok, pai...tenho que ir. A porta...- ele apertava um de seus mamilos
entre os dedos, ela fechou os olhos e foi impossível segurar o pequeno gemido
que escapou da sua garganta – estão batendooo, preciso a-atender...
- Katie, está mesmo tudo bem?
- Está...tudo ótimo...te vejo sábado.
- Ok, filha se cuida.
Mas Kate não respondeu deixou o celular sobre a mesa e após dar uns
tapas nele falou.
- Seu louco! Castle você é maluco só pode! Não podia esperar? Ela sabia
a resposta apenas de olhar nos olhos dele e por sua própria reação a tudo
aquilo. Nada de esperar e se jogou nos lábios dele. O beijo que trocavam era
algo tão intenso como se aquela fosse sua última chance de ter e sentir um ao
outro. Castle quebrou o beijo apenas para inclinar sua cabeça sobre os seios
dela ao sentir os lábios dele a provando, as cócegas arrancaram uma gargalhada gostosa dela que encheu o ambiente.
Minutos depois, eles subiram para o quarto de Kate onde se entregaram à paixão
e o desejo que os consumia.
À noite, ela estava arrumando as coisas para eles fazerem uma pequena
refeição quando o seu celular tocou. Ela esperava sinceramente que não fosse uma
chamada antecipada para voltar ao trabalho. Surpresa pelo número de Gates
aparecer no seu visor, ela atendeu.
- Capitã, boa noite.
- Boa noite, Beckett. Estou ligando porque acredito ter algo bastante
interessante para você na TV esse exato momento. Mude para o canal da ABC news,
você não irá se arrepender.
- Ok, farei isso. Obrigada senhora.
- Não, obrigada você por isso Tenente.
Kate correu para a TV e gritou por Castle que tinha ido tomar um banho.
Ao mudar o canal, ela entendeu porque Gates a telefonara. A repórter explicava
na frente do senado o que acontecera com o senador Brian McCarthy que aparecia
sendo levado algemado por dois policiais ao fundo.
- Castle!!!! Ela não conseguira disfarçar a urgência na voz.
- Ele foi destituído do cargo de senador e presidente do senado por
estar envolvido em um grande esquema de corrupção que já se estabelecia antes
mesmo dele fazer parte do senado. McCarthy tinha envolvimento com a máfia e
alguns policiais corruptos, sua operação secreta durava anos e fora descoberta
após uma árdua investigação que quase custara a vida de excelentes detetives da
NYPD. Estou ao lado do Chefe dos
Detetives da policia de New York que ordenou a cassação do senador. O que o
senhor pode nos adiantar sobre esse caso?
Castle chegara nesse momento à sala ainda enrolado na toalha e com os
cabelos molhados.
- O que foi? Ela apenas apontou para a TV. O Chefe dos Detetives falava.
- Esta é na verdade uma operação grande da NYPD que está relacionado a
crimes de quinze anos atrás. Com o fechamento desta investigação, fomos capazes
de concluir pelo menos cinco antigos casos que estavam sem resposta a anos.
Infelizmente, o principal bandido dessa cadeia de corrupção é alguém público
que muitos cidadãos de New York elegeram como seu representante. Não nos agrada
nem um pouco ter que fazer essa prisão porém é nossa obrigação para com a
população da nossa cidade e com o país.
- O Senador será julgado como um cidadão comum?
- Sim, uma vez que ele perdeu a imunidade como parlamentar, ele será
tratado pela lei americana com direito a advogado e provavelmente um júri
popular. Ainda estamos esperando a decisão do tribunal de New York. Gostaria de
ressaltar o trabalho árduo de nossos policiais e detetives que arriscam sua
vida todos os dias para fazer dessa cidade um lugar melhor. Em especial, eu
preciso agradecer a uma pessoa que por sua inteligência e perseverança
arriscou-se para solucionar esses casos e muitas vezes esteve a ponto de perder
a vida. Sua dedicação ao distintivo é motivo de orgulho para todos nós na força
policial – ele olhou diretamente para a câmera que o manteve em close -
Detetive Kate Beckett, a justiça encontrou o seu meio graças ao seu excelente
trabalho. Obrigada mais uma vez. Oh,
desculpe! É Lieutenant Beckett agora.
Kate olhava para a TV sem palavras. Aquelas imagens eram tão intensas,
tão surreais. Estava finalmente acontecendo. Apenas naquele momento, a ficha
parecia ter caído realmente para ela. Sentiu a mão de Castle acariciando a sua.
Os olhos cheios de lágrimas que ela lutava para não deixa-las cair. Os braços
dele a envolveram e trouxeram-na para junto do corpo dele. Ele beijou sua testa
e com os lábios encostados na altura do ouvido ele falou quase sussurrando.
- Acabou, Kate...simplesmente deixe tudo isso ir, se liberte...
E com as palavras dele, ela finalmente se deixou chorar.
XXXXXXX
No sábado, Kate avisara a Castle que ia pegar o pai na Grand Central
Station e o levaria para passear por New York. Como ele ficaria no apartamento
de Beckett, ela também já dissera que não ia dormir na casa de Castle enquanto
o pai estivesse ali. Ele não gostou muito e disse que ela iria mudar de ideia.
Martha estava às voltas com os preparativos do jantar de logo mais e quando
Kate já estava de saída, ele veio até ela.
- Por favor, me deixe ir com você. Vou enlouquecer com a dona Martha Rodgers
e os preparativos desse jantar. Você não tem ideia de como ela fica louca
diante desses eventos. Por favor, Kate... – a cara dele era de pânico. Kate
achou engraçado a forma como ele viera ate ela quase implorando.
- Sinto muito, Castle. Hoje você fica. Quero um tempo com meu pai...
- Richard... poderia me ajudar com essas verduras? Martha o chamava.
A carinha de desolado misturado ao olhar de cachorrinho perdido quase a
fizeram ceder mas apenas beijou-o e saiu.
- Não demoro...
XXXXX
O encontro de Kate com o seu pai foi algo reconfortante. A saudade de
estar junto dele era grande demais e o velho Jim pode perceber pelo abraço e o
festival de beijos que ela lhe dera. Ele também estava com saudades se sentia
muito só desde que ela se aventurara nessa vida de policial. Jim também
percebeu a mudança sutil mas efetiva na filha. Desde o semblante mais leve que
a deixava ainda mais bonita até o jeito mais despojado de se vestir. Percebeu
que ela parecia mais dedicada a pequenas coisas que as mulheres se preocupam
como moda e maquiagem. Não que ela fosse alheia a isso, embora ele julgasse que
ela nem precisasse disso pois sua beleza era natural, Kate sempre gostou de
vestir-se bem e não abria mai dos saltos mas ele pode notar um jeito mais leve,
roupas coloridas. Isso era muito bom, o amor fazia bem as pessoas. Ele também
não pode deixar de notar a semelhança dela com a mãe.
- Filha, você está cada dia mais linda. E mais parecida com sua mãe
quando a conheci. É como olhar um reflexo no espelho... com exceção dos saltos,
sua mãe nunca foi muito fã deles.
Ela sorriu.
- Pai, obrigada pelo elogio porém você sabe que os pais sempre acharão
seus filhos e filhas lindos aos seus olhos.
- Katie, não é da boca pra fora. Aposto que Castle concordaria comigo.
Ao ouvir seu pai mencionar Castle, ela corou um pouco. Sabia que era
verdade. Ela ainda achava estranho ver o pai falando de Castle, era algo que precisava
se acostumar.
- Tudo bem. Vamos em casa deixar suas coisas e depois iremos dar uma
volta por Manhattan, conversar, matar as saudades mesmo. À noite, iremos para o
apartamento de Castle jantar. Quero muito que conheça a família dele pai.
Apesar de ele estar na minha vida a quatro anos, você não o conhece realmente.
Acho que vai gostar de todos eles.
- Sim, aposto que sim. E se não gostasse, não importaria, basta que ele
a faça feliz Katie. Apenas isso.
Ela sorriu e abraçou o pai novamente dizendo – Ele faz, daddy, ele faz.
Conforme Kate planejara, eles passaram a tarde juntos, visitando lugares
especiais da cidade que traziam algumas boas memórias aos dois. Lembraram-se de
épocas com Johanna e a visitaram no cemitério. A saudade era grande e sempre
trazia lágrimas aos olhos de ambos porém para Kate agora doía menos por saber
que haveria alguma justiça para todos que sofreram nas mãos daqueles homens
inescrupulosos.
Eles voltaram para o apartamento de Kate a fim de se arrumarem para o
tal jantar na casa de Castle. Ela ligou para ele dizendo que chegariam por
volta das sete. Ele pediu para ela ir o quanto antes, precisava dela e falava
sério, o que fez Kate sorrir. Tentando não aumentar a angústia de Castle, ela
se arrumou relativamente rápido. Ela devia estar nervosa, afinal sempre que
surgia uma situação desse estilo, jantar em família, conhecer os pais do seu
namorado, era algo que mexia com os nervos de qualquer casal. Ela estava
extremamente calma. Talvez por já estar acostumada em conviver com a família
dele, isso não era motivo de preocupação para ela ou talvez era o simples fato
de saber que Castle seria um excelente anfitrião como sempre.
Deixaram o apartamento e tomaram um taxi.
Apartamento de Castle
7:15 pm
Martha estava supervisionando as coisas, vendo se não esquecera nada.
Alexis estava sentada no sofá com Nick a seu lado. Observava o pai que andava
de um lado a outro. Ela percebia que ele estava ansioso.
- Pai, você vai fazer um buraco no chão. Está tão nervoso assim para ver
o pai da Kate? Pensei que você já o conhecesse e fosse tirar isso de letra.
- Eu o conheço, filha. E não estou nervoso. Apenas quero que ela chegue
logo. Sua vó me deixou meio pertubado hoje com tanta coisa. Só quero relaxar um
pouco.
- Sei...que tal servir-se de uma dose de whisky? Pode acalmar...
- Posso preparar para o senhor. Nick se ofereceu.
- Não obrigado. Ela deve estar chegando – e a campainha tocou – ah! É
ela.
- Deixa que eu atendo! E Alexis correu na frente para abrir a porta.
Eram eles, Alexis sorriu.
- Boa noite! Sou Alexis, filha de Castle. Oi, Kate!
- É um prazer. Você é muito linda.
- Obrigada – e ficando ao lado de Kate ela sussurrou – ele está uma
pilha mas não diga que te contei. Kate piscou pra ela.
- Boa noite, Sr. Beckett. Castle estendeu a mão para ele.
- Castle, é Jim por favor. Esqueça as formalidades. E isso fez Castle
sorrir. Ele indicou o sofá para ele sentar.
- Você já conheceu Alexis e esse é Nick, seu namorado italiano.
- Piacere, signore.
- Richard eu ouvi a campainha e... oh! Olá querida! Achei que era você
mesmo.
- Jim essa é minha mãe...
O pai de Beckett se levantou prontamente e estendeu a mão para ela.
- Martha Rodgers...encantado.
Castle e Beckett se entreolharam.
- Vocês se conhecem?
- Sou um grande fã. Não sabia que ela era sua mãe, Castle. Porque não me
falou Katie?
Kate de olhos arregalados respondeu. – Como eu ia saber que o senhor era
fã da Martha?
- Hum...esse jantar vai ser melhor do que eu esperava – disse Martha
abrindo um sorriso – Richard, seja um bom anfitrião e abra uma garrafa de vinho
para servir os convidados.
- Nada de álcool para mim, aceito um refrigerante. E Alexis se ofereceu
para servi-lo.
Sentaram-se todos na sala para degustar alguns petiscos que Martha
preparara e conversavam sobre muitas coisas como a faculdade de Alexis, os
últimos acontecimentos da vida em Manhattan e chegaram a promoção de Kate.
- Então, como eu disse a ela, nunca duvidei que ela seria promovida. Ela
parecia não acreditar.
- Esse é o jeito de Kate, sempre desconfiada e se subestimando. Tudo
para ela deve ser analisado umas duas ou três vezes, cada decisão uma
eternidade. Veja o caso de vocês por exemplo. São, o que quatro anos não? E
tenho certeza que não foi ela quem deu o primeiro passo.
- Não mesmo! E ainda tive que esperar um ano por isso...
- Ok, essa conversa não está muito boa...Martha que tal servirmos o
jantar?
- Ela detesta ser contrariada também. Jim falou e piscou para Castle.
- E eu não sei? Principalmente quando tem que admitir que está errada.
Kate balançava a cabeça ficando vermelha. Legal, fora pega pra Cristo.
Para onde foi o tal nervoso que Alexis falou?
- Vamos, Kate. Venha me ajudar com a mesa. O que você não ouve, não a
atinge. E comportem-se vocês dois.
- Nervoso, uma ova! Ela disse baixinho pra Alexis.
Após colocar tudo a mesa, Martha chamou-os para sentarem-se. Não tinha
sido proposital mas ela colocara Jim sentado a seu lado numa das cabeceiras,
também ao lado da filha que por sua vez ficava ao lado de Castle. Depois de
todos estarem em seus devidos lugares, Martha pegou seu copo e pediu a atenção
de todos para um breve discurso.
- Eu não sou tão eloquente com as palavras como meu filho e minha neta
que fez um dos discursos mais lindos que já ouvi, apenas quero dizer que é
sempre um prazer reunir a família. E apesar da minha vida errante de atriz, eu
queria poder ver pessoas reunidas ao redor de uma mesa celebrando a vida. Meu
filho tenho certeza que pensa do mesmo jeito não foi fácil crescer sem uma
figura paterna e mesmo assim ele tornou-se o homem maravilhoso que é, me deu
uma neta linda e agora poder ver que a cada dia que passa, o que era para um
sonho, vem se tornando realidade me deixa muito feliz. Ter Kate junto de nós e
agora você, Jim. Sinta-se em casa. Vamos celebrar a vida!
Kate sorria para ela. Castle pegou seu copo e levantou-se para completar
as palavras da mãe.
- Obrigada, mãe por essas belas palavras. Eu só tenho duas coisas a
acrescentar. Primeiro, gostaria de brindar a Kate pela sua promoção. Você
merece mesmo, Lieutenant Beckett.
Todos ergueram os copos e mencionaram parabéns.
- E a segunda, é sobre os obstáculos da vida, eles são responsáveis por
quem nos tornamos e pelo que conquistamos. Depois de tantos momentos difíceis
compreendemos o quanto eles nos fizeram fortes e nos uniram ao ponto de
estarmos todos aqui ao redor dessa mesa, superamos as etapas através da
confiança, da amizade e do amor. Devemos celebrar a isso, sempre. Obrigada por
entrar na minha vida.
- Always... Kate disse a ele e sorriu.
- Vamos comer!
O jantar seguiu de maneira descontraída com muita conversa, risos e
pequenos segredos da vida de Kate e Richard sendo despejados na frente deles
pelos pais fazendo principalmente Alexis e Nick se divertirem enquanto Kate e
Castle morriam de vergonha. O mesmo tom de conversa seguiu-se após o jantar.
Castle encarregou-se do café e eles permaneceram sentados entretidos.
- Castle como vão os livros? Você está escrevendo mais algum ou a série
de Nikki Heat já acabou?
- Ainda estou escrevendo. Há muita história para contar não, Kate?
- Sim, muitos casos para servir de base e o que posso fazer, pai, Nikki
Heat é um sucesso!
- Gostei dos livros mesmo sabendo que tinham algumas coisas que nenhum
pai gostaria de ler sobre sua filha, Nikki tem muito dela. você capturou a essência
principal. – Kate baixou a cabeça, tinha o rosto corado e olhou com o canto de
olho pra Castle que também se sentia desconfortável, mas Jim continuou - Eu
lembro quando a Katie me ligava para reclamar de você. O jeito como ela o
descrevia quem não o conhecesse pensava que ela estava falando de uma criança
ou um adolescente implicante. Eu mesmo me divertia com os ataques de raiva
dela. E no fundo, sempre percebi que se ela não se fechasse como já fizera
tantas vezes, ia acabar gostando de você. Eu estava certo. Quando o vi antes da
morte de Montgomery e pedi sua ajuda, eu já sabia. Ela se afeiçoara a você
somente estava com medo de assumir.
- Como é? Você sabia que eu estava apaixonada por Castle?
- E ele por você. Era tão óbvio, Katie.
- Esses jovens pensam que nos enganam Jim.
- Eu só posso agradecer a você, não foi da maneira que queríamos mas felizmente
você conseguiu.
- Estou perdida. Vocês andaram conversando pelas minhas costas?
- Não, filha foi uma vez que disse a ele para cuidar de você.
- Kate nem pense em começar a questionar da última vez você sabe bem o
que aconteceu. Vamos mudar de assunto.
- Isso vamos falar de arte. Martha o que você anda fazendo ? Jim
perguntou e entraram novamente em uma conversa de certa forma menos perigosa.
Mais tarde, Alexis e Nick despediram-se de todos pois tinham uma festa
na casa de uma amiga dela. Martha e Jim engataram uma conversa de quem parecia
melhores amigos a anos, deixando Kate e Castle livres para finalmente ter um
momento a sós.
- Acho que tudo correu muito bem não?
- Sim, especialmente com essa tal ligação desses dois. Eu nunca
imaginaria que meu pai era fã de sua mãe – ela bebeu um pouco do vinho e
encostou-se no corpo dele – pena que terei que dormir em casa hoje. Queria
muito celebrar a vida, se é que você me entende – ela mexia na gola da camisa
dele e olhou de um jeito maroto para ele que somente ela sabia para faze-lo
derreter-se por ela e deseja-la ainda mais.
- Oh,Kate...porque você faz isso comigo?
- Fazer o que? Ela disse com ar inocente mas fingida, claro - Você sabe
que não poderei ficar aqui... eu tinha em mente algo muito interessante pra
fazer com você.
- É, eu sei que não pode ficar mas não quer dizer que esteja feliz com
isso. E definitivamente você não está ajudando.
- Vou facilitar as coisas para você um pouquinho...
E tomou os lábios dele com carinho. Deixou sua língua sorver e
misturar-se com a dele. Ela também gostava de estar perto dele. Senti-lo pele
contra pele. Eles se perdiam todas as vezes que suas bocas se encontravam. Era
o encaixe perfeito. Ela saiu deslizando as mãos pelo peito dele. E exatamente
ai foram interrompidos.
- Hram, hram... Richard...
Nada.
- Katie... filha? Ele olhou para Martha e ela fez um sinal de “deixa comigo”
- Richard Castle!
Os doois se assustaram e separaram-se meio sem jeito.
- Vocês não nos ouviram chamar vocês? Nossa!
- Não. Desculpa. Você já quer ir pai?
- Sim, já está tarde. Mas não se preocupe, eu tenho a chave e sei chegar
ao seu apartamento. Pode ficar Katie.
- Não pai, não vou deixá-lo sozinho. Você veio me visitar.
- Sim, e hoje você já foi uma excelente anfitriã. Katie... a quem você
quer enganar? Sei que você tem ficado mais tempo aqui do que no seu
apartamento. Não precisa se preocupar. Além disso, preciso de uma boa noite de
sono porque amanhã Martha vai me levar para conhecer sua escola de artes.
- Se você não se importar, Kate. – Martha falou.
- É claro que não!
- Ótimo! Vou acompanhar Jim até a porta.
Katie beijou o pai e desejou boa noite a ele. Jim estendeu a mão para
Castle e cumprimentou-o novamente.
- Obrigado mais uma vez pela ótima noite.
- Foi um prazer.
- E Castle? Espero que sua filha tenha a mesma sorte que a minha teve
para encontrar alguém.
Ele sorriu e Castle prendeu a respiração com as palavras de Jim. Assim
que ele saiu, Castle olhou para Kate e perguntou.
- O que foi aquilo? Seu pai me elogiou, ouvi direito?
- Sim, foi exatamente isso que ele fez. E não está errado. Espero que a
Alexis encontre alguém como você. E já que estamos sozinhos, de certa forma,
pelo menos estou aqui com você, o que você acha de aproveitarmos um pouco? Tem
algo que gostaria de tentar com você.
- Hum...adoro experimentos....
- Não se trata de algo novo, eu já testei antes mas não com você.
- Por favor Kate me diga o que é porque já estou morrendo aqui...
- E estragar a surpresa? Nah... por que você não sobe para o quarto e me
espera lá. Prometo que não demoro.
Ele deu um beijo rápido nela e
correu subindo a escada. Martha viu o jeito dele ao subir e achou bem estranho.
- O que deu nele?
- Eu prometi algo diferente a ele.
- Você sabe como domina-lo direitinho garota. Nem quero saber o que você
prometeu. Boa noite, kiddo.
- Boa noite, Martha.
Ela foi até a cozinha e após pegar o que ela precisava, subiu as
escadas. Castle estava deitado na cama, apenas de camisa e boxer, zapeando
pelos canais já impaciente ela podia dizer pela linguagem corporal dele. Kate
disfarçou e escondeu seus acessórios próximo a cabeceira da cama mas longe da
vista dele. Devagar, ela foi até a cama e inclinou-se sobre ele já buscando os
lábios. O beijo mal começou e ele a puxou para cima de si estreitando o contato
entre eles. As mãos de Castle foram logo puxando a blusa dela e jogando-a no
chão. Livrou-se do soutian com agilidade e direcionou suas mãos para os seios
dela. Kate gemeu de imediato ao toque. Só que não ia sucumbir ainda, queria ver
a reação de Castle ao que ela faria. Ela ergueu-se da cama e pegou algo no
chão, parecia uma vasilha pelo que Castle podia perceber. Ela desabotoou a
camisa dele e jogou-a de lado. Voltou a beija-lo e deslizou suas mãos brincando
com os dedos no peito dele. Tudo para distrai-lo. Puxou-o pela nuca e
intensificou o beijo.
Então, ela encostou uma pedra de gelo na nuca dele e começou a esfregar
devagar. Não quebrou o beijo mas o contato de algo gelado o assustou a
principio porém ele achou interessante. Quando ela trouxe a pedra na mão para
os ombros deles uma em cada mão, ele começou a imaginar o que ela pretendia com
isso. Ela deslizou o gelo até o peito dele e circulou o mesmo no mamilo. Castle
sentiu a pele ficar meio dormente e em seguida veio o toque dos lábios dela
sugando no mesmo local. Não parou por ai. Kate deixou as pedras de gelo
deslizarem pela pele dele molhando por onde passavam. Novamente, ela pegou duas
outras pedras. Dessa vez, ela esfregou o gelo em seu próprio seio e não pode
deixar de sentir um arrepio na pele. O mamilo despontou rijo com o contato e a
mudança de temperatura.
- Prove...
Ele abocanhou o seio com vontade a fazendo gemer. Era tão prazeroso
fazer amor com ela. Kate era incrível. O contraste da pele quente com o gelo
frio o excitava. Queria devora-la. Kate entrelaçava os dedos nos cabelos dele
incentivando-o a toma-la. De repente, ela puxou-o pelos cabelos e o empurrou de
volta a cama. Posicionando do jeito que queria ela colocou uma pedra de gelo
nos lábios prendendo-a e começou a descer pelo peito dele esfregando-a criando
um contraste entre a pele já suada e a temperatura fria do gelo que se
dissipava e deixava a água escorrer pela pele.
- Oh, boy...
Castle não conseguia pensar em como ela conseguia ficar com essa pedra
de gelo na boca e fazer tudo isso. Não ele não conseguia sequer pensar. Era
louco demais, eletrizante demais. As sensações que vibravam no corpo dele
naquele momento eram indescritíveis. Não sabia o quanto mais aguentaria. A
ereção dele estava tão forte...
Mas Castle não esperava pela última parte. Kate livrou-se do boxer dele
e com um novo cubo de gelo, ela seguiu em direção ao penis dele. O gelo tocou
toda a extensão dele ajudando com as mãos. Castle gemeu e chamou por ela.
- Kate....oh...God!
Ela pegou mais um cubo de gelo e passou pelo umbigo dele e abdômen
largando-a apenas para deixar seus lábios continuarem o trabalho de sentir e
beijar cada pedaço de pele que ela poderia encontrar até chegar novamente a
boca tão desejada. Os lábios dela estavam molhados e gelados o que fazia o
beijo ficar ainda mais sensual. Com mais uma pedra de gelo, Kate saiu de cima
dele e deitou-se na cama. Castle observava o que ela ia fazer. Ela deslizava o
cubo na própria pele, sentindo os efeitos que isso provocava nela. Contorcia o
corpo e de repente, sentiu os dedos dele a tomando. Gemeu alto pelo contato.
Puxou-o pela nuca para mais um beijo sensual e esfregou a pedra de gelo nos
lábios dele antes de voltar a beija-lo com urgência. Castle não poderia mais
esperar, penetrou-a de uma vez. Kate arqueou o corpo e deixou-se levar pelo
movimento do corpo dele junto ao seu. O contraste quente e frio dava uma
sensação gostosa a eles. Kate agarrou as costas dele com força cravando as
unhas na pele devido à força que ele a tomou. Deixou a pedra de gelo escorrer
pela costa dele. Numa sucessão de gemidos, ela tremeu e a explosão do orgasmo
aconteceu. Ele não parava de mover-se dentro dela. Rápido e forte, tudo era
intenso e novamente ele a levou ao céu com uma nova onda de prazer. E ele
também não resistiu e seguiu junto com ela.
Simplesmente extasiado, ele deixou-se ficar uns instantes sobre ela até
virar-se para o lado da cama. Kate ainda ofegava. Ela inclinou-se na lateral da
cama e pegou mais um cubo de gelo. Moveu-se até ele e começou a esfregar o gelo
no peito dele alternando com seus lábios. Ela deitou-se novamente sobre ele e
pegou a pedra e molhou os lábios dele deixando o gelo derreter um pouco na boca
entreaberta. Depois tornou a beija-lo lenta e suavemente, como uma dose
adormecida de carinho. Ele sinceramente nem havia se recuperado de minutos
atrás e ela estava ali, levando-o ao limite da loucura.
Quando quebrou o beijo, ela o olhou e sorriu deixando escapar algo que
sempre fazia o coração de Castle bater mais forte.
- Damn...I Love
you so much...
-Oh gorgeous, I
love you too…
Ela finalmente deixou-se aconchegar no peito dele, momentos depois eles
adormeciam.
Na manhã seguinte, Castle foi quem acordou primeiro. Ele virou-se para
encontra-la ainda dormindo ao seu lado. Aconchegou-se ao corpo dela e
beijou-lhe o ombro. A mão foi abraça-la e procurou um de seus seios para
acaricia-los. Ouviu-a gemer baixinho e vagarosamente mexer-se contra o corpo
dele. Abriu os olhos e virou-se para ele.
- Bom dia...
E o sorriso foi tomado pelos lábios de Castle. Após algum tempo, eles
quebraram o beijo e Castle não pode deixar de falar.
- Que noite Lieutenant Beckett...
- Você gostou?
- Se gostei? Você ainda pergunta? Então esse era o truque dos cubos de
gelo?
- Hum hum...
- Incrível, nem vou perguntar onde você aprendeu isso. Posso pedir algo?
- Você quer repetir a dose?
- Isso também. Porém, estava pensando em escrever em um dos Nikki Heat,
posso?
- É, acredito que sim. Podemos escrever juntos.
- Ah, Kate...
Quando levantaram para tomar café, encontraram Martha toda pronta e já
de saída para encontrar Jim.
- Ah, vocês acordaram. Que bom, espero que vocês cuidem do almoço vou
levar Jim para conhecer a escola e depois vamos a alguns lugares na cidade,
devemos almoçar juntos. Portanto, vocês estão sozinhos. Tchauzinho.
E Martha saiu pela porta. Eles se entreolharam, meio chocados.
- Caramba! Você acha que devemos nos preocupar com essa amizade
relâmpago?
- Eu não sei, Castle. Me diga você. Se sua mãe for metade do que você é,
acho que meu pai estará em apuros.
- Como assim? Não entendi...
- Relaxe, Castle. Se tiver que ser será.
XXXXXX
Uma semana se passou e o pai de Kate se despediu dela prometendo que
voltaria mais cedo do que imaginaria para visita-la. A vida no distrito
continuava muito agitada. Beckett tinha muitos casos para investigar e devido à
promoção, ela pode montar sua própria equipe e claro que Ryan e Esposito
estavam nela. Kate convidou-os para ir ao The Old Haunt para comemorar sua
promoção. Seu relacionamento com a Capitã melhorou em 100% não que ela deixara
de ser exigente porém agora havia entre elas uma cumplicidade maior. Até com
Castle ela parara de implicar tanto, bem pelo menos por um tempo. Realmente, as
coisas entravam nos eixos para todos eles.
Dias viraram semanas e semanas viraram meses. Castle escreveu para ela a
cena dos cubos de gelo e Kate aprovou com algumas pequenas mudanças. Também as
negociações da série Heat andavam de vento em polpa. O roteio do piloto ficou
simplesmente incrível e até mesmo Kate ficou empolgada com o talento dos
escritores. Eles foram participar da escolha dos atores principais e coincidentemente
eles gostaram dos mesmos atores. Dois canadenses. Nathan Fillion e Stana Katic
e ambos muito parecidos com eles. A química era perfeita.
O mês de maio começou trazendo a primavera para New York. As flores
invadiam as calçadas e o Central Park estava todo florido. Primavera era sinal
de renovação. Kate saiu do distrito ainda cedo por volta das quatro horas,
decidiu cruzar o Central Park para observar a chegada da nova estação na sua
cidade. Castle tinha uma reunião com a editora e saira mais cedo. Tinha um
outro motivo para ela admirar a primavera. Daqui a dois dias ela completava um
ano de relacionamento com Castle. Um ano. Como pode passar tão depressa? A vida
corria muito depressa e por esse motivo ela sempre lembrara-se de uma frase que
ouvira na época da faculdade: “Carpe Diem. Seize the Day. Aproveite o dia.”
Viver intensamente. Ela realmente aprendera a curtir um pouco disso nesse último
ano.
Na sua mente, ela já pensara em como celebrar esse um ano com Castle.
Podiam voltar aos Hamptons onde passaram muitos momentos maravilhosos ou de
repente viajar, fazer uma loucura. Mas ela não encontrara a ideia perfeita.
Presente então? Nem conseguia imaginar o que dar a ele. O que poderia comprar
para um homem que tinha tudo?
Caminhando pelo parque, ela se deu ao luxo de saborear um hot dog.
Sentou-se em um dos bancos e ficou admirando a paisagem. Jovens em bicicletas,
skates. Crianças correndo atrás de uma bola. Uma tarde simples em Manhattan,
longe do barulho dos carros, das buzinas e da pressa constante que tomava conta
de todo o morador dessa cidade de ritmo frenético. Kate aproveitou o momento
para fazer uma reflexão. Estava feliz. Realizada profissionalmente e
pessoalmente. Após a promoção de tenente, ela tornara a estudar e prestara o
exame para a ordem. Passara. Fez questão de mostrar o certificado da ordem
simbolicamente para a mãe. O pai a visitava mais constantemente e começava a
ajudar Martha com a escola, Kate desconfiava que havia outra razão para tudo
aquilo.
Quanto a ela, estava no lugar certo. Cinco anos que certamente valeram
cada momento, os bons, os ruins. Todos tinham sua parcela de contribuição para
traze-la até ali. Uma jornada que estava apenas começando. Ainda tinha muito a
aprender, a amadurecer. Com Castle a seu lado, aprendera a se deixar levar, a
se entregar. O muro que construira e lutara tantos anos para mante-lo intacto
fora destruído com persistência e muito amor. Um sentimento incondicional,
louco e inexplicável. Não havia lógica no amor, essa era a maior lição que ela
aprendera nesse tempo. Uma frase de Castle veio a sua mente: A writer and his
muse... tão poético e real. O que ela sempre desejou aconteceu. Ela encontrou
alguém que a entendia, que estava presente sempre que precisasse e a
acompanhasse em todos os momentos independente do que eles encontrariam à
frente.
Ela ergueu-se do banco e voltou a caminhar rumo ao apartamento de
Castle. Um sorriso lindo nos lábios. A vida era simplesmente um mistério
profundo esperando por cada um nós para desvenda-la dia após dia. Era exatamente
isso que Kate Beckett estava fazendo.
Dois dias depois...
Ela acordara bem cedo. Queria surpreende-lo com um café da manhã
especial. Ela não esquecera da declaração que ele deu a ela sobre levar café
apenas para ver um sorriso no seu rosto. Queria fazer o mesmo por ele. Ficou
satisfeita em ver que ele ainda dormia. Desceu a escada e começou a preparar a
bandeja. Ovos, bacon, morangos, brioches e café. Tudo para dois.
Ao chegar no quarto, deixou a bandeja sobre a mesa de apoio e tirou da
bolsa uma caixinha de presente para colocar na bandeja. Depois, chegou à beira
da cama e beijou-o. Ele espreguiçou-se sobre o colchão, gostando dos carinhos
que ela fazia nele. Vagarosamente, ele mexeu-se na cama e virou-se para
fita-la.
- Bom dia...
- Hey... bom dia. Trouxe café para nós.
Ela virou-se para pegar a bandeja. Colocou-a em cima da cama e sentou-se
ao lado dele. Castle gostou do que via e percebeu a caixa. Então, Kate era uma
romântica afinal. Levara a sério o aniversário de namoro deles. Sorriu. Pegou
um bacon e provou, queria parecer casual para mexer com ela.
- Está gostoso.
Ela pegou um morango e mordeu a ponta – Delicioso... – e ela mordeu
novamente a fruta e buscou os lábios dele. Perderam-se por uns momentos num
beijo apaixonado. Ao quebrar o beijo, ele acariciou o rosto dela.
- Feliz aniversário de namoro, Castle. Você acredita que já faz um ano?
- Incrível... Feliz aniversário, Kate.
Ela deu um selinho nele. Pegou a xícara de café. Já curioso, ele não
resistiu e perguntou.
- Essa caixa é pra mim?
- É sim, apenas uma lembrança simbólica. Não é nada caro ou chique.
Somente algo que me fez lembrar de você.
Ele pegou o pacote e desfez o laço. Ao abrir a caixa, não pode disfarçar
o sorriso. Dentro dela estava um distintivo da NYPD, falso era verdade, escrito
na sua superfície: Writer. O número era a data que ele se juntou a ela no 12th
distrito. Ela se lembrava. Era tão importante. Ele suspirou. Era um gesto tão
perfeito. Mais uma vez, Kate o surpreendia.
- Kate... eu não sei o que dizer...
- Não diga ainda. Leia o cartão – e ela estendeu o envelope para ele, na
capa do cartão havia um desenho em miniatura de uma policial. Dentro escrito
com a sua própria letra, a mensagem de Kate.
“Thank you for
understand and wait for me to pull down the wall. Most of all thank you for
loving the most remarkable, maddening, challegimg and frustrating person you’ve
ever met. And I remember everything from the very beginning Castle.
With all my love.
Yours.
Kate Beckett. One-writer girl.
PS: FYI, All the
songs make sense now. “
- Oh, isso é tão.... – ele não conseguiu completar a frase. Puxou-a
contra si e beijou-a intensamente. Ao quebrar o beijo, ele tentou dizer alguma
coisa. Mas nada parecia fazer sentido, nada além das palavras que deram inicio
a tudo isso.
- I Love you,
Kate. Ela percebeu que os olhos dele estavam mareados de lágrimas.
Ela acertara em cheio e fora algo tão inesperado. Naquele dia ao voltar
para casa, ela viu na vitrine de uma confeitaria vários chocolates em formato
de símbolos de profissões e lembrou-se da história que ele contara sobre o
distintivo de chocolate.
- Eu ia esperar até à noite para te mostrar uma coisa mas diante
disso.... você pode se aprontar? Quero levar você a um lugar. Pode vestir-se
casualmente.
- Surpresas, Castle?
- É minha vez.
Ela levantou-se rapidamente da cama. Correndo para se arrumar, parecia
uma criança no dia do aniversário e reconhecia, essas loucuras a faziam se
sentir como uma adolescente apaixonada. Quinze minutos depois, ela estava
prontíssima para sair com ele. Vestia calça Jeans e uma blusa branca de manga
três quartos. Os cabelos soltos na altura do ombro e o colar que ele dera a ela
com o símbolo do infinito ao pescoço.
- Estou pronta.
Castle saiu com ela e disse que iam pegar o metrô até a 72nd street.
Apesar de curiosa, ela não questionou, era a vez dele surpreende-la. Não
passava das dez da manhã de primavera com um céu azul e um sol quente disposto
a esquentar a todos. Ao saltarem do metrô, Castle a conduziu pela 72nd que
cortava o Central Park de uma extremidade a outra. Já bem perto da saída do
East side, ele a guiou por uma outra trilha do parque. Depois de andar cerca de
três quilômetros, ela reconheceu onde estavam indo.
- O que estamos fazendo aqui no Strawberry Fields, Castle?
- Imagine...
- Você quer que eu imagine algo ou está falando da música de Lennon?
- Imagine o que teria acontecido se você não fosse me interrogar naquele
lançamento do meu livro, imagine se eu não fosse amigo do prefeito de New York
para conseguir trabalhar com você, imagine se eu não fosse um sonhador a ponto
de convidá-la para sair após nosso primeiro caso juntos, agora imagine que tudo
isso não foi um devaneio de um escritor famoso. Isso não foi um sonho, Kate
Beckett.
Ele tomou a mão dela na sua e sorriu. Do bolso, tirou uma caixinha
branca pequena. Kate sentiu o coração parar. Suspirou.
- Kate, você tinha razão. Eu não tinha ideia do quanto você era
especial. Aprendi a admira-la e as coisas que eu não sabia sobre você não
encheriam apenas um livro, estou escrevendo o quinto e ainda tenho mistérios
que preciso desvendar sobre você. O que peço aqui não é por uma historia de
amor sem rachaduras ou defeitos. Quero uma história real, a história de nós
dois. Quero escreve-la junto com você.
- Castle...eu....você vai...
- Shh ainda não terminei.
Ele pegou a caixinha e abriu de frente para ela. No seu interior, haviam
duas cerejas. Era algo totalmente inesperado.
- Cerejas...
- Retire-as. Vá em frente.
Quando ela puxou o galhinho com duas cerejas, percebeu que havia algo
pendurado no ramo verde. Ela puxou e viu a corrente que ela usara com o
solitário da mãe.
- Reconhece?
- Como você ...
- Seu pai. Ele me deu.
Castle tomou o colar das mãos dela. Abriu-o e deixou o anel correr até a
palma da sua mão. Pegando-o entre os dedos de uma mão ele ergueu a mão direita
dela. Com o olhar intensamente fixo a ela, ele falou.
- Katherine Beckett, eu não quero a vida perfeita, uma festa, pompas. Eu
apenas quero você. E tudo o que posso prometer é o meu amor e a certeza de que
estarei sempre a seu lado. Quer ser minha musa para sempre? O que me diz,
parceiros para toda a vida?
Ela olhava para o anel e para ele. O coração descompasso parecia querer
pular do seu peito a qualquer instante.
- Rick Castle... always - e Kate
o beijou carinhosamente voltou a falar - desde que você continue me trazendo café todas
as manhãs para que eu o troque por um sorriso.
- Isso é um sim?
- É mais do que um sim. É um compromisso.
- Ah, Lieutenant Kate Beckett agora não há mais volta, você está presa
ao escritor de best-seller mais charmoso que existe.
- E convencido, e egocêntrico...
- Que você ama...
- Sim, que eu amo. O sorriso dela, ah o sorriso de Kate era capaz de
acelerar o coração de Rick.
- Vamos, não podemos nos atrasar. Temos horário.
- Horário para que?
- Não falei para você? Temos reservas no L’Ambroisie...
- Mas esse restaurante é...
- Em Paris.
Ela ficou boquiaberta. Olhava para ele sem qualquer reação. Aos poucos,
a boca foi tomando a forma de um sorriso e ela gargalhou balançando a cabeça.
- Você é louco!
- Sim, por você Kate, apenas por você.
E ela beijou-o apaixonadanente.
XXXXXXX
Paris – 3 am
Ela estava escorada na janela. À sua frente ela podia admirar a vista da
Torre Eifel imponente e totalmente iluminada. Fazia alguns minutos que
acordara. Ela cochilou logo após fazer amor com ele. Não conseguia tirar o
sorriso dos lábios. Via pelo reflexo da janela, o brilho em seu olhar. A chuva batia preguiçosa contra o vidro. Sim, chovia. Isso era um
sinal de bom presságio. Ela esticou a mão para admirar novamente o solitário em
seu dedo. Suspirou levando a mão ao rosto cobrindo a boca. Era real. Tudo.
Sentiu os braços fortes envolverem a sua cintura e um beijo na nuca a
fez arrepiar.
- O que faz aqui, gorgeous?
- Apenas apreciando a vista. Cidade luz.
Ele apoiou o queixo no ombro dela. – Sim, é linda. Iluminada. Só não brilha mais que você – ela virou
o rosto para ele – vem, vamos voltar para a cama.
- Vamos dormir?
-Nah, estava pensando será que eles tem chantilly no serviço de quarto?
- Chantilly eu não sei já cubos de gelo...
- Ah, Lieutenant Beckett… é por isso que eu te amo tanto...
- Sei, sei… - ela revirou os olhos para ele - então obedeça a sua
tenente e prove!
- Será um prazer.
Com um movimento ele a ergueu do chão fazendo Kate gritar, aos beijos
eles chegaram ao quarto e na madrugada de Paris, um escritor e sua musa
começavam um novo capítulo da sua historia.
THE END
Acabou...........mas não se preocupem! Vem aí....
Bjks!