sábado, 15 de setembro de 2012

[Castle Fic] Starting Over - Cap.17


Nota da Autora: Bem, o angst continua. Estou procurando uma maneira de fechar parte do mistério do assassinato da mãe de Beckett, ou pelo menos o atentado a vida de Becks. Não sou o Marlowe, seria pretensão da minha parte e como falei, a fic é apenas para diversão... Enjoy! 
PS.: Desculpe se tem erros de grafia, estou caindo de sono *.* 



Cap.17    


Passados os primeiros efeitos causados pela noticia dada a ela sobre seu algoz, Beckett decidiu não se deixar levar pela obsessão de procurar respostas. Sendo assim, ela mergulhou de cabeça no trabalho no distrito que não era pouco. Ajudada por Ryan e Esposito, ela fechara em uma semana quatro casos que estavam em aberto. Mas era durante a noite que Kate acabava por sucumbir aos pensamentos mórbidos e as constantes horas de reflexão, sozinha. 

No meio da madrugada, era comum para ela levantar-se da cama com todo o cuidado para não acordar Castle e passar pelo menos umas duas horas remoendo teorias e possíveis explicações para aquele dossiê. Quando estava em seu apartamento, a sala era seu local de refúgio. Na casa dele, por várias vezes ela sorrateiramente sentava-se no escritório dele e ficava olhando para o monitor com os dados, procurava por qualquer coisa que pudesse mostrar a ela um caminho a seguir. Ela sabia que essa era uma atitude exatamente da velha Kate Beckett, infelizmente ela não podia evitar. Aqueles dados, pensar no caso, era como uma droga para ela. Isso a dominava, roubava um pouco da sua razão. Castle não tinha conhecimento sobre isso, de certa forma isso parecia uma espécie de traição, mas ela não conseguia evitar.  

Naquela manhã ao vir para o distrito, admirou-se quando Castle no meio de uma investigação de um caso onde certamente ele adoraria sair com suas teorias malucas pediu licença e disse que precisava resolver um problema familiar. O instinto de Beckett de cara foi perguntar se estava tudo bem com Alexis e ele disse que sim mas que precisava ir. Envolvida com a investigação, ela não se incomodou até perceber que eram quase quatro da tarde e Castle não tinha dado sinal de vida. Somente então ela pensou que esse comportamento era de alguém que estava aprontando e vindo de Castle isso podia ser bom ou ruim. Um pensamento ruim lhe veio à mente. E se... ah não e se algo acontecera com ele? Ela pegou o celular e discou. Ao terceiro toque, ele atendeu. Ela nem o deixou falar.

- Castle onde você está? Porque sumiu o dia todo? Não me deu noticias!

- Hey, calma! Eu estou em casa. Desculpe não ter ligado para você. Foi errado diante das circunstâncias, é que acabei me envolvendo com o meu livro e esqueci.

- Seu livro? Você está escrevendo?

- Er... estou.

- Rick Castle por acaso você está atrasado com seu livro? Perdeu o prazo? Quero a verdade.

Não tinha como engana-la porque ela saberia de qualquer jeito – Sim, perdi meu deadline. Preciso escrever cinco capítulos até amanhã. Até agora só escrevi dois.  Não sei se vou conseguir.

- Ah, você vai. Estou indo para casa. E nem deixou ele contestar. Desligou o telefone na cara dele. Ele perdera o prazo por causa dela. Por se envolver com a investigação de Maddoxx, por estar tentando mante-la inteira diante dessa situação e por estar ajudando-a nos casos do distrito. O mínimo que ela poderia fazer era ajuda-lo também. Detestava quando ele se prejudicava por causa dela.


Apartamento de Castle


Castle estava à frente do notebook e os dedos marcavam as teclas criando palavras na tela. Escrevia uns dois parágrafos e os lia. Voltava a escrever. Ao completar a cena, ele fechava os olhos e procurava imaginar como isso se mostraria na mente do leitor, se a cena se fazia visível. Era esse um dos métodos usados por ele ao escrever. As vezes seu processo era bastante metódico somente porque se preocupava em imaginar as reações a cada virar de página.

A última cena ficara boa mas de alguma forma, ele não sabia como dar sequência a história. Não se tratava de um bloqueio, faltava um elemento crítico, aquela virada na história. Simplesmente não conseguia acha-la. Pegou o copo de whisky ao lado do seu notebook e percebeu que estava vazio.  Ao virar a cadeira para levantar-se e encher o copo, ele deu de cara com ela. Beckett estava encostada na porta de braços cruzados. 

- Então, até quando você ia esconder de mim sobre seu deadline?

- Não é bem assim, não estava escondendo nada eu só esqueci de mencionar. Além disso, você tem outras coisas com que se preocupar, tem muita coisa acontecendo na sua mente nesse momento, eu conheço você muito bem Kate.

- Essa não é a questão. Você está atrasado porque priorizou as minhas coisas, deixou seu trabalho de lado para me apoiar, seja no distrito, seja com o Maddoxx.

- Tudo bem, eu recupero.

- Posso ajudar? Ela tomou o copo vazio da mão dele. Apoiou o corpo na mesa e fitou-o.

- Talvez... leia isso aqui e me diga o que está faltando.

Ela inclinou-se sobre o ombro dele e leu a tela. E a partir daí, eles começaram a trabalhar juntos. Da mesma forma que faziam com os homicídios, eles simplesmente trocavam ideias e completavam os pensamentos um do outro. A dinâmica era a mesma e tudo fluía mais fácil quando colocavam as duas mentes para funcionar.

Aqui o cenário era reverso. Beckett dava as ideias e Castle as rejeitava quando não encaixavam com o que ele buscava para sua história. Também sabia ceder às sugestões dela de vez em quando, afinal quem melhor que a musa inspiradora de Nikki Heat para contestar ou mesmo apontar reações e opiniões da personagem. Eles perderam-se nas horas mas valera muito a pena. Próximo das duas da manhã, Castle escrevera a última cena do quinto capítulo que precisava entregar. Kate já estava cochilando na poltrona do escritório quando ele tocou-lhe o ombro.

- Hey, acabei.

- Acabou? Ela esfregou os olhos.

- Vem, vamos para cama.

Uma semana depois...

Eram três da manhã e Kate novamente estava no escritório de Castle. Seus olhos ardiam mas ela não deixava de olhar para a tela a sua frente. Segurava um copo de whisky nas mãos. Ela relera todos os dados já existentes do caso. Tudo o que ela queria era achar um detalhe, uma informação que não tivesse reparado antes. Tomou mais um gole da bebida e afagou os cabelos. Ela não percebeu a chegada de Castle. Apenas ouviu aquela voz meio rouca chamando por ela.

- Kate, o que você está fazendo aqui? A essa hora da madrugada?

Então ele reparou que ela tinha os olhos vermelhos como sangue. O copo de bebida já estava quase vazio e os cabelos desarrumados, não que isso fosse um problema porém apenas indicava que algo estava muito errado. Ela estava sucumbindo exatamente como ela previra.

- Estava procurando um item novo...uma pista...

- Kate, olhe para você! Está entrando no poço que você me pediu para evitar. A quanto tempo você está aqui? Quantas noites você vem fazendo isso?

- Eu não sei. Muitas. Desde que você mostrou tudo isso pra mim.

- Oh, Kate. Isso é exatamente o que não poderia acontecer. Você me pediu para não deixar você se entregar desse jeito e mesmo assim se esquiva no meio da noite como uma criminosa para ficar remoendo tudo isso novamente. Isso é errado em tantos níveis. Não vou deixar você se acabar assim. Olhe pra você! Parece uma viciada em busca da droga.

- Eu não sou criminosa nem viciada. Como você pode pensar isso de mim? Me deixe em paz! Preciso entender o que está acontecendo. Sei que a resposta está aqui, bem aqui.

- Basta, Kate. Castle se aproximou dela e a ergueu da cadeira puxando-o em sua direção.

- Me solta, Castle! Você não é meu dono. Você não entende eu preciso achar o link... – ela olhava para ele com os olhos vidrados pelo efeito da bebida e ao mesmo tempo implorava para que ele a compreendesse. Ele segurava os pulsos dela.

- Não vou permitir isso. Você tem razão, não sou seu dono e não posso dizer o que você deve fazer da sua vida. Mas me importo com você. Não é se entregando desse jeito que você vai resolver esse caso. Você pediu que eu tivesse o controle da situação. É isso que estou fazendo. Porque você está escondendo isso de mim? Porque? O que realmente está acontecendo aqui?

Então ele viu Kate esmorecer com suas palavras. Ela estava confusa. Soltou aos poucos os braços dela e suspirou. Kate passou as mãos no rosto e desatou a falar. E na opinião de Castle suas ideias não faziam sentido.       

- Castle, eu não sei. Mesmo com tudo o que o meu terapeuta disse, acho que Gates não vai desistir fácil. Quer dizer, agora mais que antes ela vai procurar um motivo para apontar minhas falhas, implicar com sua presença no distrito. Isso pode ser muito ruim, as pessoas vão começar a cochichar nas nossas costas. E se Gates realmente tiver espiões? Nossa vida vai se tornar um inferno – ela passou a mão nos cabelos precisava dizer a ele, tinha que fazer isso – Castle eu... eu sugiro que nós nos separemos por um tempo.

- O que? A cara de decepção dele era visível – Não!

- Não de verdade, apenas uma separação dentro do distrito e talvez um pouco mais fora dele. Precisamos de discrição. Se isso acontecer e Gates tiver um espião, nós estaríamos em vantagem. Você deixaria de aparecer em alguns casos, reduziríamos sua ida ao 12th para dois dias ou apenas uma vez por semana. Ou podíamos fingir uma briga.

- Kate, pare. Apenas pare. O que aconteceu com você? Esqueceu que nós não jogamos esse jogo sujo? Você está sob vigilância. Kate você enfrentou Gates. Porque essa ideia insana agora? Não vou brigar com você, não vou me manter distante. Se Gates fizer qualquer coisa para expor a mim e a você, indiretamente ela vai expor o distrito. Ela não quer isso. Sério, o que deu em você? E porque Gates agora? Não era desse assunto que falávamos.

Ela olhou para ele um pouco sem graça. A verdade era que nem ela sabia. Talvez fosse a discussão com a sua superior, ou a pressão da vaga de tenente ou o fato de que há um bom tempo Beckett não sabia o que era estar num relacionamento 24 horas por dia, sete dias na semana. Ela sempre quis encontrar alguém que a entendesse, pelo que era, pelo que fazia e a respeitasse. Agora ela tinha esse alguém e estava tentando se adaptar a essa nova vida. Talvez a paranoia viesse exatamente daí. Do simples fato de que pela primeira vez em sua vida, ela estava onde sempre quis estar e precisava se moldar a isso.

- Eu não sei... acho que essa vaga de tenente, essa pressão de Gates. A ameaça. Tudo parece estar acontecendo muito rápido. A gente sequer teve uma briga, Castle! Estamos juntos a dez meses e nem brigamos. Eu não sei o que pensar.

- Kate, você está procurando um motivo para trazer o controle para suas mãos novamente. Você é uma pessoa determinada e não é a preocupação com o lance de tenente ou Gates que está mexendo com você. Isso você tira de letra. Também não é o seu algoz. Não, Kate. Todo esse tempo que a conheço, sei dizer exatamente o que se passa com você. A Kate Beckett que eu conheço não recua. Ela não desiste. Sinto como se eu estivesse tendo um deja vu, eu já disse isso a você, Kate você está com medo novamente porque você está feliz. Isso pode ser um pouco assustador ainda. Como se fosse errado, como se você não merecesse.

- Eu não estou com medo eu....- ela suspira – isso é... um pouco demais pra mim, não é fácil com tudo isso acontecendo eu apenas...eu tenho – ela engoliu em seco, suas próximas palavras poderiam feri-lo – eu tenho medo que você se canse de mim, Castle. Eu não me abro facilmente e ainda assim você é o único em quem confio. Não quero ser apenas mais uma conquista para você Rick. E da forma que eu me entreguei a esse relacionamento...eu não sei se deveria ir mais devagar. Se ao menos eu resolvesse esse caso e pudesse...

- Pare, Kate. Como você pode sequer pensar nisso? Você não é uma conquista. Você é a mulher que eu amo. Não estamos apressando nada. Foram quatro anos conhecendo um ao outro, foram ameaças a nossas vidas, brigas e desacordos, tempo suficiente para eu me apaixonar por você. Como eu poderia me cansar de você, Kate? – ele estava pronto para leva-la ao limite, ele sabia que era exatamente o que ela procurava e ele faria - Seja honesta comigo, você está cansada de mim? Você quer que eu suma da sua vida. Porque se for isso, se dessa forma você me diz que estaria feliz então eu saio da sua vida de vez, porque tudo o que me importa é a sua felicidade.

Ela o olhou chocada – Não! Eu não quero isso. Eu... oh, Deus. Desculpe, oh Castle eu estou ficando...

- Paranoica? Não, você está buscando um jeito de lidar com isso. Um jeito de sabotar algo bom na sua vida apenas porque você está cedendo à influência dessa investigação. Você me pediu para quando isso acontecesse que eu tomasse a frente, o controle. É exatamente o que estou fazendo agora. E tenho apenas um pedido, aquele muro? Não o reconstrua, Kate.  

Ele desligou o monitor. Tirou o copo de whisky da frente dela e estendeu a mão para Kate. Ela estava um pouco envergonhada e Castle reparou que ela tremia um pouco. Era quase um ataque nervoso. Ele a abraçou carinhosamente – Você não vai se livrar de mim, Kate. Apenas lide com isso. Vamos dormir.

Ela olhou para ele, umas lágrimas ainda ficaram presas aos olhos verdes. Ela não se permitira desabar.

- Obrigada, Rick.

- Always.  

Ele a levou para o quarto. A fez lavar o rosto, arrumar os cabelos e voltaram para cama. Ele levantou o rosto dela pelo queixo ficando com seus olhares conectados. Ele parecia sério. O semblante dela estava mais tranquilo porém nem de longe aquele rosto que demonstrava felicidade. Castle compreendia. Fazia parte dela procurar algo para sabotar um bom momento da sua vida. Não podia culpa-la diante de tudo que ocorrera nessas ultimas semanas.

- Promete para mim, Kate. Promete que você não vai se entregar, nem fazer mais loucuras. Quando quiser se dedicar a sua investigação, me fale, me chame. Quero minha detetive de volta, a mulher forte e sensata que não teme nada nem ninguém. Não importa o que vá acontecer. Não me deixe de fora. Por favor...

- Tudo bem, Castle. Eu já pedi desculpas, eu errei e falei muita besteira. Desculpe se te magoei... não quero estragar o que está acontecendo. Eu prometo.

- Bom, isso é bom. Ele beijou a testa dela. Sorriu.


Três dias depois


Beckett saboreava o café enquanto folheava o relatório de um caso que ia arquivar. Castle conversava com Ryan e Esposito. Hoje as coisas estavam calmas no 12th. Até quando? Não se podia prever. Infelizmente, a vida começaria a pregar peças em Kate. O seu desejo pela verdade estava prestes a se realizar, do modo menos agradável possível. O que ela enfrentaria a seguir, novamente a colocaria em perigo, a levaria ao limite, afetaria a todos que ela amava. E tudo começaria com um simples telefonema.

O celular tocava insistente sobre a mesa dela. Beckett digitava as ultimas linhas de um relatório e somente após concluir seu pensamento, ela se voltou para atende-lo. No visor o nome de Lanie.

- Oi, Lanie! Hum...estava escrevendo. Certo. – ela ouvia atentamente a explicação da amiga e anoto umas direções no papel sobre sua mesa – Entendi. Já estamos a caminho. Obrigada.

- Hey, Castle... que tal uma volta no píer? – ela pegou sua jaqueta e as chaves do carro – Vocês dois também. Temos um caso. East Hudson. Píer 17.

- Vamos lá.


Pier 17


Beckett e Castle saltaram do carro e conversavam pelo caminho até onde viram os técnicos do CSU trabalhando  – Acha que temos um afogamento? Só pode ser não? Talvez um crime da máfia? Píer chama crime de queima de arquivo tipicamente mafioso.

- Porque toda essa fixação por máfia, Castle?

- Ora, porque não? Vingança, dinheiro sujo, honra. São elementos de crimes mafiosos e muitas vezes suas mortes são as melhores – ele pensou “nosso maior cold case é sobre a máfia” mas não falou.

Ela balançou a cabeça – Hey, Lanie. Por favor me diga que é um simples afogamento e não um crime da máfia.

- Máfia? Beckett fez sinal com a cabeça para indicar que era ideia de Castle – Não posso dizer nada ainda quanto à máfia, tudo que tenho é um corpo bastante inchado que foi resgatado pela guarda costeira. Marcas de três balas em seu peito, uma no coração, costelas e abdômen. Uma delas varou o corpo, vê a marca do furo nas costas?

- Vejo. Quem é ele?

- Sem carteira, identidade, nenhum celular ou endereço. Nos bolsos apenas um lenço e um papel com um código borrado aparentemente – Lanie estendeu o papel a ela – B227, o que isso significa? - Ela passou o papel já no envelope plástico para Castle – será que podemos tirar alguma digital daqui? 

- Acredito que seja alguma caixa de banco, ou armário... 

- Quanto a digital saberei ao levar para o laboratório mas com o tempo de degradação na água, eu não sei – Lanie virou o corpo da vítima para ficar de frente para eles e continuar seu exame – Estimo idade entre 45 e 60 anos, possível hora da morte entre 2 e 3 dias pelo estágio de decomposição do corpo. A causa da morte foram os tiros, o afogamento foi a forma de se livrar do corpo. Aqui está nosso John doe, vou leva-lo para o laboratório.

- Oh meu Deus! E então Castle arregalou os olhos e levou a mão à boca. Não podia ser e ainda assim.

- Você o conhece, Castle? Beckett olhava intrigada para ele. Pelo semblante, percebeu que aquilo era importante. Ele estava sério – Castle?

- Eu...eu conheço sim – ele olhava fixamente para o corpo e então voltou seu olhar assustado para ela – Kate, é o Smith.

- Você tem certeza, Castle? O tom da voz dela já demonstrava ansiedade.

- Quem é Smith? Lanie perguntava.

- Está um pouco inchado mas não tem como me enganar. É ele, Kate. Sinto muito.

E ela compreendeu a urgência e a preocupação no olhar dele. Isso não era nada bom. Ela se afastou um pouco dele e procurava olhar pra cima, precisava manter-se calma. A tempestade voltara a aterrorizar sua vida porém, dessa vez ela não a deixaria vencer. Ela estava pronta. Tinha que estar. Castle se aproximou dela e tocou-lhe o ombro, buscou pela mão dela e afagou-a. Beckett olhou para ela que balançou a cabeça para ela num gesto que perguntava silenciosamente – você está pronta? – ela fechou os olhos por um momento e tornou a fitá-lo. Apertou a mão dele em sinal de resposta.

- Smith era o amigo de Montgomery. O responsável por manter Kate segura dos prováveis assassinos de sua mãe. Por isso ele não retornou minha ligação, Kate.

- Como você sabe disso? Vocês dois? A preocupação no rosto de Lanie era visível – esse homicídio está relacionado com o da sua mãe de alguma forma, é isso que vocês estão dizendo?

- Sim, Lanie. Castle você o contactou a mais de um mês. Não tem como ele ter deixado de contactar você por que estava morto a menos que... Lanie, é possivel que a vitima tenha sido morta a algum tempo mas apenas despejada no Hudson a três dias atrás?

- Pode ser, preciso fazer uns exames para verificar mas é possível sim. Porque?

Beckett virou-se para Castle. – Está pensando o mesmo que eu?

- Maddoxx... ele está te mandando uma mensagem, uma forma de dizer estou aqui.

- Sim, um cartão de visita mórbido. Lanie nem preciso dizer que...

- Não, prioridade zero. Entendido.

- Ryan, Esposito! Coletem todos os depoimentos e sigam todas as ações do CSU. Preciso do máximo de informação possível nesse caso. Vamos, Castle. Precisamos fazer uma parada antes de voltarmos ao 12th.

- Onde vamos?

- Para o seu apartamento. Preciso de uma cópia do arquivo, pelo menos na parte que fala sobre Smith. Fará parte da investigação de homicídio.

- Você não precisa dessas informações. Você as tem gravada na sua mente. Ainda não vamos misturar os casos. Nosso foco é desvendar esse homicídio. Não sabemos se ele é quem pensamos que seja.

- Como não? Você disse que era ele.

- Eu disse. Acontece que uma detetive muito sábia me ensinou certa vez que não podemos trabalhar com especulações. Seguimos as pistas, coletamos as evidências. Não existem coincidências em um assassinato, apenas fatos. Nada de conclusões precipitadas. E Kate, estou fazendo o que você me pediu, assumindo o controle.

- Ok, Sherlock já entendi. Vamos para o distrito.

- Pensei que íamos a Central. Lembra do que o seu superior pediu a você? Qualquer coisa deveríamos comunicar a ele.     

- Ainda não, como você disse precisamos de algo concreto.

No distrito, eles se dedicaram a colocar as informações disponíveis no quadro. Por enquanto a única foto que tinham da vitima era as tiradas na cena do crime. Ela escreveu John Doe abaixo da foto e ao lado Smith com uma interrogação. Também informou a possível causa da morte e o tempo.

- Não temos muito para acrescentar aqui antes de ter os resultados da autópsia de Lanie. Castle,quer tentar alguma teoria? Eu bem que estou precisando de uma.

- Sinto muito Kate mas a única teoria que me vem à mente foi aquela que falamos na cena do crime. Por isso, precisamos desvendar essa morte porque ela será muito importante para resolvermos o nosso quebra-cabeça particular. Algo me diz que Maddoxx está observando. Ele deve ter matado Smith como uma espécie de aviso para você. Precisamos descobrir mais. Se Lanie confirmar nossa teoria, nosso jogo de gato e rato está só começando.

O celular de Beckett tocou. Lanie – Hey, descobriu algo interessante? – ela ficou calada por uns segundos ouvindo a médica – Ok, estamos indo. Desligou – Castle, hora da verdade.


Necrotério


Beckett e Castle chegaram o mais rápido que podiam ao necrotério. Lanie ainda estava debruçada sobre a vitima. Ao vê-los ali, ela suspirou.

- Entao, tenho várias informações para vocês. Primeiro, o nome dele é aparentemente John Smith. Consegui uma digital naquele papel que estava no bolso. Vejam – ela mostrou a foto do homem no computador, definitivamente era ele – confere com a pessoa que você pensou, Castle?

Ele apenas balançou a cabeça.

- Aqui diz que ele é advogado. Beckett e Castle se entreolharam.

Lanie sabia que agora estavam entrando em terreno delicado para todos eles, em especial para sua amiga e exatamente por isso tudo que conseguisse descobrir tornava-se fundamental para ela. Moveu-se ate o microscópio e pegou uma amostra de pele. Indicou o aparelho a detetive.

- Retirei uma amostra de tecido para avaliar a data da morte e o tempo de decomposição. Estava certa sobre uma coisa, o corpo estava na água a três dias.

- O que significa que ele deve ter sido morto por Maddoxx logo depois que voltou a New York.

- Não, na verdade ele só foi jogado na água a três dias. Encontrei traços de degenaração por exposição a baixas temperaturas antes de ser jogado no rio. É como se alguém preservasse o corpo para usá-lo mais tarde. Pela minha análise, o Sr. Smith está morto a dez meses.

- Dez meses?

- Kate é exatamente o tempo...

- Que estamos juntos, é percebi. Então nossa teoria estava certa, isso é um aviso. Para mim. Temos que desenterrar tudo o que pudermos sobre Smith. Esse caso pode nos ajudar a entender algumas coisas e principalmente achar Maddoxx.

- Kate não sabemos se foi esse cara que matou o tal Smith...

- Lanie, confio nos meus instintos sei que foi ele. E eu sou seu próximo target. Algo a mais?

- Sim, recuperei as balas. 9mm. Essa é a arma que você deve procurar.

- E que não vamos encontrar. Continue pesquisando Lanie e qualquer novidade me ligue.

Beckett já saíra pela porta quando Lanie fitava Castle. Ele balançou a cabeça compreendendo.

- Eu cuidarei dela.

Eles seguiram para o distrito e adicionaram as informações da Lanie ao quadro. Beckett estava checando pessoalmente a ficha de Smith. Quando Lanie mencionara advogado, isso trouxe borboletas ao seu estomago. Será que ele conhecia minha mãe? Tinha alguma ligação com ela? Ao investigar os poucos dados da sua ficha, ela acabou por descobrir que ele trabalhava no tribunal do estado e julgara algum dos casos de Montgomery. Fora assim que eles se conheceram ainda muito jovens. Castle permanecia calado ao lado dela observando a ficha. Não havia um endereço disponível e tudo indicava que a vítima não tinha família. Ela encostou o corpo na cadeira e suspirou.

- Essa investigação não está nos levando a nada! O cara é praticamente um fantasma. Tem que haver algo que conecte Smith a Maddoxx, qualquer coisa... e o que será B227? Se ao menos tivéssemos um endereço. Se ao menos eu tivesse o álbum de fotos do Montgomery...

- Sei que é frustrante, mas esse caso não viria parar nas suas mãos se não fosse para resolvermos. Nós iremos achar algo. 

- Espera! Será que Evelyn reconhece esse homem?

- Difícil dizer, Kate. Ate onde eu sei policiais como Montgomery não misturam família e trabalho. O fato dele estar presente no casamento deles não quer dizer que Evelyn realmente o conhecesse. Aqui tem algo interessante, Smith trabalhou no caso de Armen, ele atuou como advogado da promotoria, talvez venha daí o maior envolvimento com Montgomery e sua amizade, ele contribuiu para a prisão de Pulgatti mesmo sabendo que a arma disparada era do capitão. Deve ser isso!

- Talvez. Castle precisamos de algo sólido. Precisamos descobrir onde esse cara se escondia. Você me disse que o Capitão enviou para ele um dossiê com informações importantes sobre toda essa sujeira e com todos eles mortos, aquele arquivo é a nossa única chance.

- Você está certa. Mas já são quase oito da noite, Kate. Nossos cérebros não funcionam mais direito. Precisamos dar uma parada. Nós dois. Vamos para casa, tomamos um banho, comemos e então podemos continuar. Ok?

Ele olhava sério para ela. Beckett não queria parar. Ela precisava de mais – Castle eu já conheço aquele arquivo de cor. De nada vai adiantar olhar para ele novamente. Prefiro continuar aqui.

- Não, temos novas evidências agora. Fatos que podem ser adicionados e analisados junto com os demais que já possuímos. Beckett não adianta. Você vai para casa comigo.

Ela sabia que quando ele a chamava de Beckett era porque não tinha mais volta. Ele estava fazendo o que devia fazer como parceiro e como alguém que gostava dela. Castle estava exercendo o papel que ela pedira a ele.

- Tudo bem. Quero apenas pegar umas informações.

- Já peguei – e ele mostra o telefone. Ela sorri, pega o casaco e eles deixam o distrito.

No apartamento de Castle, eles encontraram Martha ensaiando cenas de Much Ado about Nothing com alguns alunos. Castle pediu para Kate subir e tomar um banho . Ele chamou a mãe e explicou que aquele não era um bom dia para ela fazer ensaios. Pediu para Martha dispensar os alunos e evitar comentar alguma coisa com Beckett. Ela estava precisando de uma certa paz nesse momento. Entendendo o pedido do filho, ela dispensou o pessoal e perguntou se podia fazer algo por eles. Castle agradeceu e declinou a ajuda da mãe porém seria bom que ela jantasse com eles, gostaria pelo menos de tentar distrair Kate por uma meia hora. Ele preparou uma refeição leve e teria que fazer café porque sabia que não ia convence-la a não trabalhar no caso. A teimosia de Kate Beckett era simplesmente imbatível. Ela desceu e encontrou a mesa posta apenas para três.

- Castle, cadê sua mãe? Ela não vai comer conosco? 

- Estou aqui querida. Estou cansada de ensinar esses jovens. Eles não são dedicados como no meu tempo! Richard, você já terminou? Podemos sentar para comer?

- Mais uns dez minutos, é o tempo dos quiches esquentarem.

- Você fez quiches? Kate franziu a testa surpresa.

- Não, a Betty Crocker fez, eu só os coloquei no forno.

Ela sorriu.

- Ah, um sorriso... isso é bom. Vou tomar um banho rápido fiquem atentas ao timer.

- Vá, querido. Por enquanto eu e Kate saboreamos um vinho.

Quinze minutos depois, eles estavam sentados à mesa saboreando a refeição. Castle percebeu que Martha conseguira desviar a conversa para algo bem diferente e até manteve a atenção dela voltada para si. Já no final da refeição, ele percebeu que ela quase não conversava. Estava pensativa. Hora de voltar à realidade, pensou.

- Querem um café?

- Sim, por favor. Vamos precisar, Castle.

Eles terminaram de tomar o café e Martha ciente que era do filho a responsabilidade de estar com Kate agora, ela despediu-se deles pedindo que não ficassem acordados até tarde. Ela ainda tomava o resto do café enquanto ele estava sentado ao lado dela acariciando-lhe a coxa. Queria tanto poder faze-la desistir de remexer no caso apenas por essa noite, infelizmente esta era uma missão considerada impossível. Por mais que o descanso a ajudasse a pensar melhor pela manhã, estava totalmente fora de cogitação e por causa disso, Castle nem gastaria seus argumentos com ela.

Kate deixou a caneca sobre a mesa e encostou a cabeça no ombro dele, fechou os olhos por um momento.  Castle podia ouvir apenas o som da respiração dela, pausada, como uma preparação para encarar a próxima etapa. Ela deixou a sua mão deslizar pela coxa dele, fazendo pequenos círculos. Inalou o cheiro dele como se fosse um combustível para lhe dar a coragem que precisava e finalmente abriu os olhos. Encarou-o. Castle não precisava de palavras para entender o que ela queria. Kate levantou-se e esperou-o fazer o mesmo. 

Com a mão nas costas dela, ele a guiou até o escritório. Ainda na porta ele resolveu perguntar apenas para se certificar já sabendo a resposta – Você tem certeza que quer ver isso agora? Não está cansada?

- Não, você prometeu Castle.

- Tudo bem.

Ele sentou na frente do computador e descarregou a foto do quadro que tirara no distrito. Salvou-a como parte do dossiê que tinha. Expandiu as imagens para a tela de 55”. Kate pegou o arquivo em papel e abriu a sua frente. Ainda não sabia exatamente o que estava procurando. Na sua mente, a pista ia aparecer. Sem dizer uma palavra, ela folheava o arquivo e lia tudo de novo. Castle também estava calado olhando para a tela. Maquinava alguma coisa. Ele olhou para seu telefone e começou a brincar com alguns aplicativos. Ao perceber o que ele estava fazendo, Kate não gostou. Franziu o cenho e entortou a boca. Será que ele não está interessado?

- O que você está fazendo? Olha Castle se tiver entediado, com sono, pode ir sei me virar sozinha e a última coisa que preciso é ...

- Shh, quer ficar quieta? Estou pesquisando uma coisa... – ele se levantou e abriu uma gaveta de canto. Tinha certeza que guardara essa informação. Precisava checar se o que tinha no celular estava certo.

- Castle, o que você está fazendo?

- Procurando uma pista. Enquanto isso, só por desencargo de consciência, você já verificou o número que eu tenho do Smith em seu sistema, o celular?

- Mas o número deve ser de um celular descartável, irrastreável.

- Também acho mas melhor ter certeza. Está no arquivo – ele continuava mexendo na gaveta até encontrar um post-it, sorriu. Viu que ela estava acessando o sistema da NYPD através da internet. Checou a informação com a que tinha disponível no celular. Era a mesma então isso pode significar...

- Nada, Castle. Descartável. Ainda não me conformo de não saber o que significa B227... parece que estamos andando em círculos!

- Talvez não... – ele puxou o notebook para si e digitou no google maps a mesma coisa que fizera em seu celular. Um endereço. Surgiu então, uma garagem subterrânea de New York, ela olhava curiosa para o que ele fazia – a única vez que eu me encontrei com o Smith foi nesse endereço. Uma garagem. Ele sumiu tão rápido quanto aparecera.

- No que está pensando?

- Pode ser um tiro no escuro mas e se o endereço de Smith fosse próximo a essa garagem? E o fato dele desaparecer de carro fosse apenas um disfarce?

- Hum, não sei parece algo muito remoto de acontecer, Castle.

- Concordo que sim mas e se eu dizer que tenho um sentimento diferente a respeito disso. Meus instintos me dizem para seguir essa linha?

- Vamos em frente, precisamos de alguma coisa. Qual a ideia? Cruzar quantos Smiths morram nessa região e tentar eliminar os poucos prováveis? – ele assentiu com a cabeça – vamos levar algum tempo, nessas horas aqueles brinquedinhos da CIA vinham bem a calhar... – ela entrou no sistema da policia para cruzar as informações de nome e endereço, mesmo sabendo que ia demorar estava ansiosa, essa podia ser a pista que eles precisavam. Ao ver que Castle pegara o ipad e começava a mexer freneticamente nele perguntou - o que você está fazendo?

- Usando um aplicativo especial... até agora encontrei 3 diferentes Smiths.

- Três? Meu sistema simplesmente achou apenas um.

- Deixe rodar, vamos usar o meu apenas para comparação. Café?

Ele saiu do escritório para buscar café para eles. Kate olhava oras para o ipad, oras para notebook aparentemente eram 4 contra dois do sistema dela. Assim que recebeu o café das mãos de Castle, ela tomou um gole e suspirou. O ipad indicava busca terminada. Quatro possíveis escolhas. O sistema dela estava ainda pesquisando.

- Castle, pesquise o que foi achado. Precisamos limitar as escolhas.

- Calma Kate, vamos esperar o seu resultado – ela revirou os olhos e batia o pé no chão, agitada. Castle apesar do que dissera já estava enviando o resultado da pesquisa para o seu email para abri-lo no notebook. Quando ele expos na tela os quatro nomes e os supostos endereços, a janela da pesquisa dela piscou. Estava encerrada. Quatro endereços ligados ao nome Smith.

- Ótimo! Vamos comparar.

Eles sentaram lado a lado. Castle organizou os resultados para vê-los simultaneamente na tela. Quatro chances de encontrar a próxima pista. Tudo que ele gostaria era que alguma delas realmente fosse quente. Ela precisava disso, ambos precisavam.

- O primeiro é de uma mulher. Esse é J.Smith – ele olhou para ela – continuando, hum outra mulher e aparentemente é o nome de casada dela. Nossas opções estão acabando. Vamos ao ultimo – ele notou que ela esfregava as mãos em sinal de nervoso – ops! J. Smith, parece que temos duas opções. Ambos são os endereços mais distantes da garagem.

- Vamos logo Castle, veja se ambos são homens! Arreda ai – ela tomou conta do computador e clicou em ambos os dados. Para a ansiedade de Kate piorar, ela sentia os dedos tremerem. Na tela, a resposta que ambos procuravam.

- Pode ser isso, Castle. Realmemte pode ser esse o endereço dele. John Smith. Preciso escrever.

Mas Castle foi mais rápido e apertou o botão de imprimir. Pegou as cópias do endereço e da visualização da área. Entregou a ela e percebeu que as mãos dela estavam trêmulas. Agora eles tinham uma chance, ela pensava. Graças a Castle. Uma faísca de esperança estava ali. Impulsivamente, ela jogou-se nos braços dele apertando-o em um abraço carinhoso e verdadeiro.

- Parece que já temos duas visitas para fazer amanhã cedo, Detetive.


Continua....... 

3 comentários:

larynhapaulista disse...

Karen, o capítulo me deixou sem palavras.

Smith sendo encontrado 10 meses depois, Kate se afundando novamente, Castle resgatando-a e não deixando construir novamente o muro.

Marta como sempre um amor de pessoa, por mais que ela fale demais as vezes ela sabe quando o clima fica pesado e consegue acalmar o mesmo, nem que seja em poucos minutos em um jantar.

Castle e sua teoria sobre a máfia. Ri muito nessa hora.

E não tenho nem o que falar do trabalho do casal Casckett, seja no livro ou no caso. Eles se completam.

Beijos e até o próximo capítulo (pena que essa fic está chegando ao final)

Castle Brazil disse...

Karen, cada vez melhor! Acompanho sua fic desde a primeira e é incrivel como cada vez fica melhor!! Ta de parabens....
Quero logo o proximo cap. *---*

Marlene Brandão disse...

foi exatamente neste capitulo que brotou em mim um vontade de te matar.Como assim separa o casal mais que demais?Eu pensei a Karen ficou louca? só pode ser por que não existe vida para um leitora quendo tudo com que ela sonhou se tornou real e derrepente"plim!" em um passe de magica abcabou.tive de para de ler respirar fundo e tentar não imaginar o que li(sou do tipo que imagina cada detalhe),depois de um certo tempo voltei e a cada palavra me senti miseravélmente pelo fato de que em algum momento quis matar vc.
Por que afinal vc não é qualquer escritora vc é a Karen Jobim,a pessoa a qual eu aprendi e aprendo a respeitar a cada dia,pelo simples fato de ter este talento e devidi-lo com as pessoas.
A cada fic que vc escreve consegue tocar apenas com uma simples palavra.Ler virou meu refugio e vc sempre esta lá po mim me ensinando,me criticando e acima de tudo me ajudando.Obrigada po me fazer acreditar que na vida apesar das difilculdade tem sempre um motivo a mas para seguie enfrente,hoje sou outra pessoa devo metade dela a vc.
Que me apresentou a Castle e Kate Roarke e Eve.
um grande beijo...
Desculpe a demora e por escrever demais.