Nota da Autora: As coisas vão começar a ficar um pouco mais complicadas para o lado de Beckett e será exatamente agora que ela mais precisará de Castle. Dears, estamos entrando numa fase crítica da fic, reta final com o angst prevalecendo... não que os momentos shippers sumirão mas como disse a alguns capítulos atrás, nem tudo são flores! Espero que gostem!
Cap.16
Beckett olhou fixamente para as imagens, ela e Castle por vezes trocando
carícias ou de mãos dadas, ele acariciando o rosto dela. A mais evidente era
uma deles no carro onde Kate estava com a cabeça descansando no ombro dele
enquanto ele dirigia. Hamptons. O que tornava a justificativa de um não
relacionamento quase impossível. Aos poucos ela recuperava a serenidade para
então responder a Capitã. Ela não esperava isso agora, não importava. Ela
lidaria com o problema.
- São fotos minhas e de Castle.
- Sim isso eu sei porém não são quaisquer fotos. São fotos que
demonstram intimidades. Detetive eu acredito que fui bem clara quando eu pedi
que você me reportasse tudo o que acontecia. Você já passou sobre mim uma vez,
quantas vezes mais você vai fazer isso? Não admito! Descobrir as coisas através
dos outros. Como ousa pensar que poderia fazer isso? Omitir informações e achar
que não saberia? Não fui clara da primeira vez?
- Sim, a senhora foi clara. Solicitou que a comunicasse sobre qualquer
situação estranha que viesse a ser percebida por mim. Tenho feito exatamente
isso. Seguindo suas ordens.
- Seguindo minhas ordens? E você ainda tem coragem de dizer isso? Como
explica essas fotos com Castle? Andando toda selerepe num carro importado, expondo
a todos! Você omitiu informações sim! – Gates alterara o tom de voz.
- Não, eu devo explicações sobre minha vida profissional, o pessoal não
lhe diz respeito. Não tenho qualquer obrigação de discutir minha vida pessoal
com ninguém, nem mesmo com a senhora. Até onde eu sei não existe nenhuma
política que impeça o relacionamento entre dois colegas da polícia muito menos
com um civil. Quando conversamos da última vez, falamos de respeito e
claramente isso não está existindo aqui.
- Respeito? Você quer falar de respeito? Você está expondo a polícia de
New York. Já não bastava estar usando um civil como parceiro agora divide a cama
com ele? Agora está mais do que claro porque a insistência em manter Castle
aqui.
- Com quem eu vou para a cama é meu problema. Meu,não seu, nem da NYPD.
Meu relacionamento aqui nesse distrito é estritamente profissional. Não dei
motivos nenhum para ser destratada ou mesmo acusada de ter manchado a imagem da
policia, portanto espero que passemos uma borracha nessa discussão e
mantenhamos nossa relação profissional. Como eu já falei e demonstrei antes,
meu lado profissional vem primeiro.
- Ok, sua atitude nesse momento poderia justificar uma suspensão e eu não
seria condenada por fazer isso. Mas concordo que não será assim que
resolveremos nosso impasse. Tem razão, Detetive, sua vida pessoal não me diz
respeito porém que fique claro que você tem responsabilidades para com os
cidadãos dessa cidade. Vou lhe dar o benefício da dúvida, meu distrito precisa
de pessoas competentes. Anote: se alguma coisa, qualquer coisa que seja vier a
prejudicar o meu distrito por sua má condulta ou seu suposto relacionamento com
Castle, as consequências cairão somente sobre você. Ninguém mais, entendido?
- Perfeitamente, Capitã. Se me der licença para me retirar, tenho muito
trabalho a fazer.
- Pode ir, e pense muito bem nos seus atos daqui pra frente. Não serei
apenas eu que estará observando.
Gates estava observando a detetive sair da sua sala. Não ia puni-la.
Conhecendo a impulsividade de Beckett, ela realmente acharia seu próprio
caminho para prejudicar a ela e ao escritor junto à polícia.
Beckett fechou a porta e suspirou. Foi direto a mini copa pegar um café.
Castle correu ao seu encontro e ao vê-la passar as mãos pelos cabelos percebeu
o quanto ela estava chateada. A conversa com Gates não fora nada agradável, ele
inclusive pode ver pelo vidro que elas discutiram. Não era o que ela precisava.
- Kate, está tudo bem?
Ela sentou-se na mesa com a caneca na mão. Suspirou. Por um momento
levou a mão ao rosto mantendo o silêncio. Castle sentou-se de frente para ela e
esperou. Beckett levantou o rosto e falou.
- Ela sabe... sobre nós, Gates sabe – tudo estava explicado, vendo que
ele não comentara nada, ela continuou – ela tem fotos, provavelmente da
vigilância. Nós demos bandeira, Castle... devíamos ter tido mais cuidado, nós
discutimos, ela questionou minha conduta. Ela suspirou novamente e sorveu um
pouco do café.
- Kate, nosso relacionamento é algo pessoal, que diz respeito a nós e
somente a nós. A Detetive Beckett não mistura as coisas. Porque ela ainda
duvida de você?
- Esse foi o meu argumento com ela. E depois de uma troca de farpas, ela
me deu razão ou como ela mesma colocou, o benefício da dúvida. Às vezes acho
que ela faz tudo isso para me testar. A única coisa que não me deixa esquecer
isso é o fato de que alguém teve que mostrar nossas fotos a ela. Gates não se
daria ao trabalho de olhar pessoalmente o material da vigília se não tivesse
sido informada de algo anormal.
- Você acha que ela tem espiões? Alguns policiais que a seguem para
relatar o que acontece com você?
- Não sei, Castle.
- Nem eu, por isso vamos simplesmente esquecer o ocorrido e trabalhar.
Não vale a pena comprar uma briga com ela. Ainda mais depois qie você decidiu
ir adiante com sua carreira de tenente.
- Ah, não! Eu não tinha pensado nisso. Ainda preciso contar a Gates.
Será que ela pode usar isso contra mim? Para impedir minha promoção? Preciso
checar uma coisa, Castle – ela pegou o celular e discou um número – olá, é Kate
Beckett é possível me receber hoje? Certo, no final da tarde, tudo bem
obrigada.
Ele estava esperando ela falar. – Prometo que depois te conto. Vamos
trabalhar.
Passava das seis da tarde quando a secretária lhe deu a permissão para
entrar. Cautelosamente, ela entrou no consultório e sentou-se.
-Olá, Kate. Que bons ventos a trazem?
- Eu pretendia vir aqui essa semana, conversar sobre algumas coisas que
estão acontecendo na minha vida. Tive que antecipar porque algo importante
aconteceu e tenho medo que isso possa afetar meu futuro. Preciso de respostas
concretas.
- Kate, meu papel aqui é lhe orientar, guiar. Não dar a você a solução. Estou
pronto para ouvi-la.
- Dessa vez você vai entender o por que de respostas. Vou começar pelo
dia dos namorados. Castle e eu concordamos em desfrutar de um momento a dois. Fomos
para os Hamptons. Tudo muito bem, fez bem a nós dois. O problema é que quando
voltamos Gates me chamou e nós discutimos. Ela descobriu que eu e Castle somos
um casal. Novamente questionou a minha integridade como policial, falou que eu
omiti informações, enfim, sempre que discordamos as farpas acontecem. Por fim,
ela nos deu uma trégua mas ameaçou do jeito dela que qualquer deslize era de
minha responsabilidade.
- Se vocês conseguiram entrar num acordo, qual o problema então?
- A algumas semanas atrás, eu decidi que ia me inscrever para uma das
vagas de tenente. Acredito que estou apta e pronta para isso. Só que agora, com
essa situação, eu fiquei intrigada. Sei que a promoção avalia aptidões físicas,
mentais e a prova propriamente dita. Foi então que eu me dei conta. Com o meu
histórico psicológico, a terapia, o caso da minha mãe, o tiroteio, o
diagnóstico de PTSD. Isso tudo pode pesar negativamente contra mim. E tem o meu
relacionamento com Castle. Minha pergunta é simples: o quanto Gates pode usar
essas informações para impedir minha promoção? Posso ser reprovada?
- Kate qualquer atividade que tenha como fim uma promoção dentro da NYPD
tem suas regras. Não é a toa que faz-se uma bateria de testes para nos
certificarmos de que o candidato tem o que precisa para assumir uma
responsabilidade maior. Sua avaliação seja técnica ou psicológica será feita
por profissionais tarimbados. Referente ao fato que você tem traumas e faz
terapia em nada pode pesar contra você, especialmente porque dada as
circunstâncias, tudo que você passou, se não tivesse me desculpe a palavra,
colhões e determinação, você já teria largado a NYPD a muito tempo. Fazer
terapia considerando a profissão que você exerce é natural. Recomendado até.
Gates também não pode usar o relacionamento pessoal contra você. Se a pólícia
sequer tem uma regra contra relacionamento entre colegas porque recriminaria o
seu? Não se preocupe, Kate. As regras a suportam. Meu conselho para você é
simples: concentre-se e prepare-se para o teste. Você tem todas as qualidades e
condições de ganhar essa promoção.
- Então você acha que devo ir adiante? Com o lance de tenente?
- Não acho, você deve seguir com isso. Foque na sua carreira. Lembre-se
que quem coassina sua avaliação psicológica sou eu. E precisando, estou aqui.
- Obrigada.
Assim que saiu do consultório, Kate ligou para Castle avisando que já
estava indo para casa e o encontrava no apartamento dela. Castle levou uma
pizza para o apartamento dela e Beckett contou o que foi fazer no terapeuta. Falou
que temia um boicote contra sua chance para promoção de tenente. Ele entendeu a
preocupação dela e teve que concordar com o terapeuta, se tinha alguém pronta
para essa promoção, esse alguém era Kate Beckett.
XXXXXXX
Uma semana depois, o dia do exame chegara. Seu teste estava marcado para
às 8h da manhã na Central e Beckett já avisara a Ryan que poderia chegar
atrasada no distrito. Pediu para cobrir por ela. Com meia hora de antecedência,
ela estava esperando na porta da sala de exames. Segundo o edital eram apenas
duas vagas e Kate já contara pelo menos doze pessoas naquele corredor.
Não, ela não deveria se preocupar com a matemática ou probabilidade. A
única coisa que deveria estar na cabeça de Beckett era concentrar-se e dar tudo
de si. Ela era capaz. Quando a sugestão lhe fora feita, ela não levou tão à
sério. Agora, transformara isso em meta, objetivo. E se tinha algo que Beckett
sabia fazer de melhor era perseguir seus objetivos. Foi com esse pensamento que
ela entrou na sala para prestar o exame.
À noite durante o jantar, Castle morrendo de curiosidade perguntou sobre
o teste para ela.
- Você não vai me contar como foi o seu teste?
- Ah, Castle...não tem muito o que contar. Não sei se devo criar uma
expectativa quanto a isso ainda. É cedo para dizer. Foram mais de vinte
candidatos para duas vagas apenas. Essa é uma das etapas, o exame físico e o
piscologico também serão importantes.
- Mas você deve ter uma opinião sobre essa fase, foi difícil? Gabaritou?
- Acredito que fui bem, novamente não quero contar com minha opinião.
Duas vagas e certamente muitos bons candidatos.
- Aposto que nenhum páreo para você.
Nesse instante, Martha chega em casa. Sua cara não era das melhores.
- Olá, mãe! Quer juntar-se a nós e comer um pouco de carne assada?
- Estou sem fome, aceito um pouco de vinho – Martha olhou para os dois
logo após Castle lhe servir da bebida e aproveitar para encher a taça de
Beckett, eles estavam felizes, era visível – pelo menos alguém está feliz por
aqui.
- Qual o problema, mãe?
- Estou entediada! Preciso fazer algum evento. Algo pra movimentar minha
vida... Alexis além de estar morando na universidade somente se importa com os
estudos e o namorado italiano, vocês continuam caçando assassinos e nas horas
vagas fazendo “pesquisa” – ela fez questão de mostrar as aspas com os dedos - para
os livros de Nikki Heat.
Beckett que olhava diretaamente para Martha, nessa hora baixou a cabeça
não conseguindo encara-la. Castle repreendeu a mãe.
- Mãe, por favor!
- O que você quer que eu diga? Minta? Não é como se isso fosse um
segredo ou vocês fizessem questão de esconder. Para sua informação, vocês não
são nem um pouco discretos.
Castle abriu a boca para falar algo e desistiu ao ver o olhar acusador e
ao mesmo tempo brincalhão da mãe. Martha também se manteve calada por uns
instantes, pensativa. Beckett sequer tirava os olhos do seu prato. De repente,
um sorriso se formou no rosto de Martha.
- Ah, eu simplesmente tive a melhor ideia possível nesse exato momento.
Eu preciso de algo para me ocupar, festas em família são sempre um ótimo motivo
para reunir todos e celebrar então porque não fazermos um jantar para o pai da
Kate? Convenhamos Richard você está praticamente morando com a filha dele e nós
mal trocamos dez palavras com ele, ou melhor eu nem sequer isso, o vi de
relance e em uma ocasião nada boa para nenhum de nós. O que acha querida?
- Eu... eu acho que podemos pensar – Castle fazia sinais discretos para
ela tentando evitar o que já sabia que viria - Ele gostaria sim. Seria um ótimo
momento e podíamos combinar com Alexis...
- Eu sabia que você iria gostar, Kate. Então, Richard precisamos definir
apenas uma data.
- Mãe, vamos devagar. Estamos num período critico, Alexis deve estar
atolada de trabalhos e....
- Richard Castle, estou entendendo direito? Você está procurando
desculpas para eu não realizar esse jantar? Está com medo de enfrentar seu
futuro sogro? E com o comentário Kate engasgou. Começou a tossir e agarrou a
taça com água para tentar sair da agonia. Castle ficou todo errado, olhava para
Beckett aflito pedindo ajuda o que ela por motivos óbvios não conseguia nem
olhar pra ele. Martha ajudou-a e quando ela já se acalmara, Martha sorriu.
- O que foi? Disse alguma coisa errada? Ah, faça-me o favor! Conheço meu
filho, Kate e por muito menos ele já colocou um bambolê no dedo de outras mulheres.
E tenho certeza que o pai de Kate será de longe o melhor sogro que você já
teve.
- Eu... desculpe por isso, Martha fui pega de surpresa.
- Ah tudo bem querida. Não é sua culpa. Então, Richard quando faremos o
jantar?
E então ele teve uma ideia.
- Como eu estava dizendo, estamos em um momento complicado, Kate está –
ela olha pra Castle intrigada e fala sem emitir som “Estou?” – ela está em um
processo de seleção.
- Ah. Verdade. Muito puxado.
- Que seleção?
- Estou concorrendo a uma vaga de tenente.
- Lientenant.... é mais provocante.
- Isso é maravilhoso! Mais um motivo para celebrarmos.
- Exatamente! Por isso a melhor data para isso é após o resultado.
Aposto que o pai de Beckett vai adorar ver a filha e poder cumprimenta-la pelo
feito Lientenant Beckett....
- E quando será isso?
- Não temos ainda data acredito que o processo deve durar cerca de dois
meses.
- Tudo isso? Ah... – Martha ficou frustrada. Castle ficou com pena da
mãe e acabou por sugerir algo pra deixa-la um pouco mais feliz.
- Que tal uma viagem? Faça uma excursão, Canadá talvez? E prometo, assim
que tivermos o resultado faremos o jantar.
- Ok, vou pensar na sua sugestão. Vou para o meu quarto ouvir um pouco
de música, deixar os pombinhos em paz.
Assim que Martha subiu, Beckett olhou para ele ainda confusa – Castle, o
que foi tudo aquilo? É impressão minha ou você não quer mesmo que Martha
convide meu pai para um jantar?
- Não, Kate. Não é nada disso. Eu apenas queria ganhar tempo. Você não
sabe como minha mãe pode ficar obcecada com um evento. É claro que adoraria
receber seu pai, minha oferta está de pé.
- Eu acho bem bonitinho o jeito dela sempre procurar reunir a família.
Acho que meu pai vai gostar de conhece-la.
E sorriu para ele. Ela procurou esquecer o comentário de Martha sobre
casamento. Não queria mesmo falar desse assunto com ele.
XXXXX
Beckett enrolou até o final da semana para encarar a Capitã e contar
sobre sua decisão. Não podia adiar mais essa conversa. Como prometera a ela,
toda mudança deveria ser comunicada e antes que ela soubesse por outros, o
melhor era contar e enfrentar a enxurrada que se seguiria. Ela bateu à porta da
Capitã.
- Com licença, senhora. Tem um minuto?
- Entre detetive.
Beckett fechou a porta e permaneceu de pé. Não pretendia se demorar ali.
- Capitã, eu gostaria de comunicar que me inscrevi para concorrer a uma
das vagas para tenente que a NYPD está oferecendo. Ponderei muito essa decisão
e resolvi investir na minha carreira. Na verdade, mesmo como tenente eu posso
continuar a fazer o que gosto e o que sei fazer, resolver homicídios.
- Entendo, Detetive. Você está ciente de que a sua reputação e conduta
na policia serão avaliadas. Seu passado, seu presente e sua postura.
- Sim senhora. Estou preparada.
- Tudo bem, era só isso?
- Sim,capitã.
Kate saiu da sala de Gates de certa forma aliviada. O fato da Capitã não
ter estendido a conversa ou mesmo a criticado pela decisão era bom mas não
deixava de ser suspeita. Será que finalmente ela aprovara a atitude de Beckett
e essa era a sua forma de demonstrar aceitação?
Na sua sala, Gates estava sentada ainda digerindo a novidade que sua
detetive a comunicara. Beckett não só voltara para a NYPD como decidira
investir na carreira, fazer dali seu lugar. Ela certamente tinha uma grande
chance para receber essa promoção e isso apenas demonstrava a determinação
daquela mulher. Isso também a irritava. Pegou o celular e discou um numero.
Resolveu que precisava manter-se atenta. Precisava cercar-se de opções.
XXXXXXXXXXXX
Kate já estava acordada cedo esta manhã. Era o dia do teste físico para
a vaga de tenente. Ela ligou pessoalmente para a Capitã a fim de informa-la
sobre sua ausência no distrito pela manhã visto que a avaliação duraria cerca
de quatro horas. O teste não era nenhum
picnic, Kate ralou para completa-lo, sua sorte era que estava em forma mesmo
após seu período ausente da NYPD. Ela sempre procurava manter-se em forma. Viu
homens fortes tombarem ou desistirem de alguns desafios, isso era bom para ela.
Terminou o teste, foi em casa tomar um banho e trocar de roupa para somente
então voltar ao distrito e trabalhar.
Eles estavam trabalhando com afinco num caso com múltiplos suspeitos,
nada parecia encaixar com nada. As pistas não estavam ajudando mesmo e quando
ela escutava uma possível teoria de Castle seu telefone começou a tocar. Ela
não deu muito ibope para isso até que ele parou apenas para recomeçar a tocar
insistentemente. Enfim, ela resolveu atender.
- Beckett. Sim. – ela calou-se escutando atentamente o que se falava
terminando de ouvir ela tornou a falar – correto, estarei aí amanhã cedo.
Obrigada.
- Problemas?
- Não, Castle....pelo menos eu acredito que não. Era do gabinete do
Chefe dos detetives. Quer falar comigo amanhã.
- Será o resultado do teste?
- Talvez. Mas vamos voltar pro caso.
Na manhã seguinte, Beckett aproveitou o fato de que tinha uma pista a
ser seguida e junto com Castle ela encaminhou-se para a Central. Assim que
chegou ao gabinete, a secretária alertou o seu superior e pediu para eles
entrarem. O Chefe dos detetives estava virado para a janela, parecia pensativo.
Ao ouvir os passos deles, ele virou-se para encara-los.
- Detetive, Mr.Castle. Por favor, sentem.
Eles obedeceram. Logo em seguida, ele continuou.
- Como tem passado Detetive? Os testes para tenente foram bons?
- Sim, eu acredito que fui bem. Não foi por isso que o senhor me chamou
aqui?
- Não. Sinto que não tenho a melhor das notícias para lhe dar Detetive.
Anteontem à noite, alguns policiais que estavam trabalhando no aeroporto
avistaram uma pessoa que lembrava o Maddoxx no terminal internacional. Não quis
chama-la aqui antes de ter certeza. Então ordenei uma busca pelas câmeras de
segurança para certificarmos e também mandei checar os registros da imigração e
polícia federal. Não há dúvida, Detetive Beckett é ele mesmo. Maddoxx está de
volta.
O semblante de Beckett endureceu. Ela mordiscou os lábios e fechou os
olhos baixando a cabeça para não deixar que seu superior a visse desse jeito.
Castle afagou a perna dela. A notícia não era das melhores mesmo. Ela olhou
para ele, um olhar tão significativo que ele sabia exatamente o que ela queria
dizer sem qualquer som “Vai começar tudo de novo”.
- Desculpe, Beckett gostaria de poder evitar tudo isso mas não seria
justo. Prometi a você que a informaria sobre tudo. Agora mais do que nunca eu
irei reforçar sua segurança. Tenho que garantir que ele não chegará nem perto
de você. Isso é TOP PRIORITY para a NYPD.
- Eu entendo, não era a notícia que estava esperando porém eu estaria me
enganando se acreditasse que esse dia não chegaria. Só me resta ser ainda mais
cuidadosa do que estava sendo, manter meus olhos e ouvidos atentos e estar
preparada para um possível confronto porque não se enganem – ela olhou para o
Chefe e depois para Castle – ele irá existir. Maddoxx não aceitou o fato de eu
ter sobrevivido, isso não era para acontecer.
- É exatamente por isso que estou reforçando sua segurança e espero que
se esse cara quiser chegar o mínimo perto de você, que seja derrubado bem
antes. Não quero que você precise encará-lo.
- Isso é algo que não podemos prever senhor.
- Tem razão. Ainda tenho mais um assunto. As investigações sobre os dois
caras que a seguiram não deram muito resultado, meu palpite é que assim como
Maddoxx eles podem desaparecer no ar quando querem porém, eu reuni várias
informações interessantes sobre o caso. Existe um esquema de corrupção muito
grande na polícia porém, isso não para aí. Envolve pessoas do governo. Até
agora, descobrir um senador e um congressista. Aqui está a pasta do caso atualizada.
Creio que você vai querer realizar sua própria análise. Conhecendo você como eu
imagino, a detetive vai querer fazer perguntas é aí que peço sua compreensão.
Você não poderá interrogar ninguém. Essa investigação é perigosa e se você
encontrar qualquer coisa suspeita, venha falar comigo.
Ele estendeu a pasta pesada para Beckett. Ela a colocou sobre suas
pernas e passou a mão sobre a capa. Tudo o que havia sobre o caso estava
naquelas paginas. Beckett sabia que se ela não tomasse cuidado ela entraria
numa paranóia muito grande e a única pessoa capaz de ajuda-la nesse momento era
Castle. Ele precisava ajuda-la a manter a sanidade.
- Detetive eu recomendo que você não faça longos passeios pela cidade,
não posso proibi-la de trabalhar e nem quero fazer isso pois sei que continuar
no distrito vai ser bom para manter sua mente ocupada. Evite locais desertos e
saia sempre acompanhada. Quanto mais tempo você ficar entre o trabalho e a casa
melhor.
- Vou me lembrar disso, senhor. Obrigada pela preocupação.
- É o mínimo que posso fazer por uma das melhores que possuo.
Beckett se levantou e fez sinal para Castle segui-la. Ele a conhecia bem
e nesse momento podia vislumbrar que uma guerra particular acabara de começar
entre a mente e o coração da mulher a seu lado. Apenas tinha uma certeza, o que
quer que acontecesse, ele não sairia do seu lado. Estaria ali. Era tudo ou
nada.
Na saída da Central, Beckett permaneceu calada. Ela estava remoendo como
lidaria com tudo isso. Castle manteve-se calado porque qualquer decisão deveria
partir dela. Ele a apoiaria e a guiaria caso ela precisasse de seus conselhos.
Eles já estavam no meio do caminho para o distrito quando ela finalmente falou.
- Castle, você se importa de irmos para casa? Pro seu apartamento?
- Claro que não.
Beckett virou o volante e seguiu na direção contrária. Ela não tornou a
falar. Estava perdida em seus próprios pensamentos. Quando chegaram ao
apartamento, Castle já havia reparado no jeito como ela segurava a pasta do
caso. Envolta no peito como se todos fossem uma ameaça a lhe tirar aquele
objeto. Isso o preocupava. Sabia como Beckett era determinada e possessiva
quando se tratava desse caso, ela arriscava tudo pela busca dessa verdade, sua
vida, seus amigos e até seus sentimentos por ele. A última coisa que ele
desejava era vê-la fazer isso novamente.
Ela sentou-se no sofá ainda segurando a pasta como um alcoólatra segura
uma garrafa de whisky. Como ele lidaria com isso? Ele estava envolvido muito
mais do que estava da última vez. Antes era o seu amor apenas, era o seu desejo
de expor seus sentimentos por ela. Hoje, tudo era diferente, ela é real, seu
relacionamento, seu amor, tudo era real. Ele estava tão absorto em seus
próprios pensamentos que não percebeu que ela o chamava, muito menos que ela
estava de pé.
- Castle... está me ouvindo? Castle?
- Desculpe... diga Kate.
- Castle... esse caso...esse arquivo – ela mostrava a pasta para ele –
aqui pode conter informações que me farão querer mais, perseguir pistas,
enxergar o impossível. Eu ainda busco a justiça para a minha mãe, esse caso
promete trazer de volta outra chance de fecha-lo mas também pode me fazer cair
pela terceira vez. Não se trata somente do assassinato da minha mãe, isso é
sobre mim. A minha vida está em jogo.
Ela colocou a pasta sobre a mesa de centro. Suspirou e olhou fixamente
nos olhos azuis intensos a sua frente antes de continuar.
- O que estou prestes a pedir a você, pode afetar a minha vida e a sua.
Saiba que eu não pediria se não soubesse o quanto isso é importante para nós
dois. Por duas vezes, eu tive minha vida ameaçada antes por causa das
informações contidas nesse arquivo. Na primeira vez, quase destrui minha vida e
minha carreira. Foram os três anos mais difíceis que já vivi. Na segunda vez,
eu quase morri e fiquei prestes a destruir tudo o que eu amava. Nessas duas
vezes, houve algo que capaz de me trazer de volta do fundo do poço. Você,
Castle.
- Eu não... – ela colocou o dedo nos lábios dele impedindo-o de falar.
- Não fale, deixe-me terminar. Na primeira vez, foram seus livros, eles
me ajudaram a superar a perda da minha mãe e também a terapia. Na segunda vez,
foi o seu amor. Eu sei que preciso enfrentar novamente uma tempestade. Talvez a
Kate que você conhece não chegaria a esse ponto, não lhe pediria isso porque ela
não se permite dar um passo atrás, não se permite demonstrar que está acuada.
Essa Kate ainda existe mas tudo mudou. Tenho minha vida exposta. Eu preciso de
você mais uma vez, Castle. Eu preciso que continue ao meu lado, me ajudando.
Não quero sucumbir a essa loucura dessa vez, tenho muito mais a perder do que
antes. Você deve ter o controle, você e somente você pode me ajudar a manter
minha sanidade. Se parecer neurótica ou cega, você tem que me impedir. Eu só
tenho você, só confio em você. Pode fazer isso por mim, Rick?
O silêncio pairou entre eles. Castle já passara por muitas situações de
perigo com ela, a salvara e fora salvo. Mas nada o preparou para esse pedido.
Ver Kate Beckett pedindo para ele guia-la, ver a preocupação em não se entregar
de cabeça. Ela confiava nele, essa era a maior prova de amor que Kate já
poderia ter dado a ele.
- Kate, nós estamos nisso juntos. Eu não quero vê-la arriscar sua vida,
não quero perde-la. Eu farei o que for preciso para mante-la bem aqui, ao meu
lado. Você não vai escapar de mim tão facilmente, Kate. Não depois de tudo o
que passamos para chegar até aqui.
Ela pegou o arquivo e entregou a ele. – Fique com você. Qualquer análise
ou investigação que fizermos será sob seu comando. Não posso passar muito tempo
perto dessa pasta porque eu me conheço. Vou ler e reler cada linha, cada
vírgula até achar algo que faça sentido na minha mente.
- Eis o que iremos fazer. Vou levar esse arquivo para o meu escritório.
Irei deixa-lo por hoje lá. Assim como você, não acho que estamos prontos para
isso hoje. Já absorvemos demais por um dia. Amanhã, eu começarei a trabalhar
nos dados. Vou resgatar tudo o que já havia montado anteriormente,
acrescentarei as novas evidências. Somente então, começaremos a investigar.
Juntos. Tudo bem?
- Tudo bem. Obrigada.
Ela se aproximou dele e Castle a envolveu num abraço. Trocaram um rápido
mas carinhoso beijo e subiram para o quarto após Castle levar o tal arquivo
para longe da vista dela.
Três dias depois...
Castle passara algum tempo para arrumar todas as informações do arquivo
no computador, também recuperou o proprio dossiê que montara sobre ela e o
sniper. Na verdade, ele vinha enrolando um pouco para poupa-la de cair de
cabeça no conteúdo disponível. Infelizmente, ele prometera a ela que fariam
isso juntos e não havia como escapar. Por mais desconforto e dor que tudo
aquilo trouxesse, era preciso remexer no passado e em antigas feridas.
Naquela manhã de sábado, ele estava sentado no escritório observando o
que já conseguira reunir no monitor de 55 polegadas. Ela ainda estava dormindo
quando ele deixou o quarto. Castle levantou-se para preparar um café. Na
cozinha, ele encontrou a mãe mexendo na geladeira.
- Olá querido. Você acordou cedo. Cadê a Kate?
- Dormindo. Vou preparar um café para nós. Panqueca?
- Parece uma boa pedida. E como ela está? Castle havia mencionado a mãe
sobre volta do algoz dela a New York.
- Bem, aparentemente. Mas ela é Kate Beckett, uma especialista em
esconder suas verdadeiras emoções.
- Richard, talvez ela fosse assim a alguns anos atrás, até a alguns
meses. Não mais agora.
Como guiada pelo cheiro do café, Kate apareceu na cozinha usando apenas
uma camisa de Castle. Esfregava os olhos ainda sonolenta e inalou o cheiro do café.
- Bom dia... ela inclinou-se no balcão e deu um selinho nele e então viu
Martha. Sua primeira reação foi puxar a camisa para baixo meio envergonhada de
seus trajes – oh, oi Martha...bom dia.
- Bom dia querida. Dormiu bem?
- Sim, obrigada.
Castle estendeu o café a ela que inalou o cheiro profundamente e abriu
um sorriso. Ela também o viu colocando uma panqueca no prato a frente dela. Ela
sentou-se e sorveu um primeiro gole do café. Antes de provar a panqueca, ela
tirou um pedaço do brioche na cesta de pão.
- Então, alguma notícia sobre a promoção para tenente? Eu não esqueci o
que vocês me prometeram sobre o jantar.
- Nada ainda Martha. Essas avaliações levam tempo ainda mais com apenas
duas vagas a preencher. Não se preocupe, assim que sair eu aviso você porque eu
também estou querendo que meu pai conheça vocês de verdade, não apenas de um
simples olá. Quero que ele se sinta parte da família, da mesma forma que vocês
me fizeram sentir.
- Ah, você é muito linda. E Martha beijou-lhe o rosto – Mas finalmente
tenho um novo projeto para trabalhar na minha companhia de artes, Muito barulho
por nada! Oh, Shakespeare! – e saiu cantarolando pela casa. Kate ria do jeito
dela e Castle apenas balançava a cabeça – Não se engane, quando ela começar a
recitar todas as falas possíveis dentro dessa casa, você vai me implorar para
sair.
Kate e Castle terminaram o café e ele a levou até o escritório. Acionou
o monitor com o controle remoto e Kate se deparou com varias informações do
caso. Castle arrumava da melhor maneira as ligações das peças. Também deixara
sobre a mesa os papeis mais importantes para consulta. Ao ver tudo aquilo, o
coração disparou.
- Se pudesse, eu não remexeria nisso. Não a colocaria de frente para
toda essa informação novamente. Mas eu prometi a você. Faremos essa jornada
juntos. Sente-se Kate.
Ela obedeceu e eles começaram a decifrar o que tinham nas mãos. Releram
o caso, os relatórios, procuram por qualquer novo elemento que existisse
naquelas páginas. Depois de quatro horas e muito avaliar, eles conseguiram
encontrar apenas as seguintes correlações : Maddoxx e Paul Young serviram
juntos no exército e daí sua ligação. O congressista era um advogado que
trabalhava com um dos conhecidos da mãe de Kate, um dos responsáveis pela criação
do esquema de corrupção entre políticos e policiais. O tal senador era um
ex-militar que serviu também no golfo e esteve baseado por um tempo em Fort
Knox onde muito provavelmente reforçou sua ligação com novos e bem treinados
soldados que possuíam ambição suficiente para serem persuadidos e entrarem no
esquema. O tal senador sabia que precisava de gente para fazer seu trabalho
sujo quando algumas pessoas tentassem provar sua ligação com o esquema. Esse
era basicamente o papel de alguns, incluindo o próprio Maddoxx e até mesmo Dick
Coonan. A lista de pessoas mortas pela suposta corrupção instalada tinha mais
de vinte nomes.
Cansada, Kate esfregou os olhos. Castle também não via mais utilidade em
ficar batendo cabeça sobre essas informações. Ela se levantou e esticou as
costas. Castle desligou o monitor. Eram quase duas da tarde.
- Chega por hoje. Vamos nos arrumar que tenho uma ótima ideia. Vamos almoçar
e depois pegar um cineminha que tal?
- É uma boa ideia mas não devíamos evitar de sair de casa? Não foram
essas as recomendações do Chefe? Nossa! Olha no que me tornei... não posso
virar uma prisioneira! Você tem razão, Castle. Vamos sair. Que filme você tem
em mente para gente assistir?
- Pensei em algo mais antigo, de ação mas se você tiver alguma sugestão...
- Ainda não vi Avengers ...
- Hum, mas não vai ser fácil encontrar um cinema passando esse filme mas
como um bom fã eu tenho uma cópia aqui então vamos assistir um no cinema e
vemos Avengers em casa. Pode ser?
- Claro.
Eles saíram para almoçar e depois emendaram para o cinema. Kate já não
lembrava quando tinha sido a última vez que desfrutara de um programa tão
simples e agradável, digno de namorados. Ficar abraçada a Castle no escurinho
do cinema era algo tão romântico e adolescente que simplesmente a fazia sorrir.
Diante de todo o caos que parecia querer se instalar na sua vida, ela ainda
conseguia desfrutar de momentos especiais. Ao voltarem pra casa, ele fez o que
prometera. Sentaram-se na sala e assistiram a Avengers. Castle não parecia
curtir muito o programa já que Kate não parava de elogiar Tony Stark. É claro
que seus últimos comentários já eram mesmo para provoca-lo o que pareceu ter caído
como uma luva. Ela já reparava no bico que ele fazia. Então ao final do filme,
ela virou-se para ele e perguntou.
- Qual o seu vingador favorito?
- Hulk e o seu é óbvio, Homem de ferro.
- Mentiroso. Você é 100% fã de Stark. Ele é a sua cara. O jeito geek,
milionário, adora brinquedinhos tecnológicos. Stark é o meu preferido sim,
ainda mais na pele de Robert. Ele é tão charmoso...
- Ah, não. Agora vou ser obrigado a ficar escutando que o Robert é isso,
o Robert é aquilo... – Castle estava visivelmemte irritado.
- Castle você está com ciúmes de um astro de Hollywood! Hey, relaxe. Eu
prefiro mil vezes meu escritor de Best-sellers.
E dizendo isso, ela o beijou apaixonadamente. Depois olhou para ele e
riu. – Você é muito fácil, Rick Castle. Além de pegar uma corda ainda se rende
num estalar de dedos.
- Não me provoque, Kate Beckett....não me provoque...
- Ou o que?
Num rápido movimento, ele a deitou no sofá e mordiscou o pescoço dela. Tomou-a
num beijo intenso e após separar-se dela manteve os olhos fixos aos dela. Kate
podia enxergar o desejo se formando ali.
- Adoro esse tipo de provocação. O que você acha de levar essa discussão
filosófica para o quarto, Castle?
- Seria exatamente minha sugestão.
Mais tarde já satisfeitos por fazerem amor duas vezes, Kate dormia de
costas para ele. Castle que ainda ficara lendo decidiu também fechar os olhos
depois de um sábado bastante proveitoso para eles. Infelizmente, apesar do
momento de descontração entre eles, algo que não acontecia a muito tempo voltou
a aparecer naquela madrugada. Kate revirava-se na cama agitada. Os músculos do
seu corpo flexionavam-se tensos. O semblante revelava preocupação.
- Não... está enganado....não! Castle! Castle! Por favor...
Com um grito ela despertou ofegante. Castle se sentou na cama e procurou
a mão dela para conforta-la. Ela o encarou ainda respirando pesadamente.
Pesadelo. Ela voltara a sonhar com o perigo. Ele afastou uma mecha de cabelo
dos olhos dela e sorriu.
- Está tudo bem. Estou aqui, foi um pesadelo não?
Ela confirmou com a cabeça. Passou a mão no rosto – Sim, ele o levava de
mim. Maddoxx. Ele ia matá-lo.
- Esquece isso – ele a abraçou – esse era um dos motivos que você temia
ao remexer nas velhas feridas não? Sei o quanto é difícil, gorgeous. Sinto
muito por você ter que passar por isso novamente – ele beijou a testa dela e
tornou a deitar com ela enroscada a ele – vamos tentar dormir e esquecer. Um
dia de cada vez, Kate.
Ela se aconchegou a ele e aos poucos ela cedeu e relaxou. Isso era
apenas um pedaço da batalha que ainda poderiam enfrentar.
Continua......
4 comentários:
Nossa, angst total. Morrendo aqui!
Ahhhh Castle, sempre tão cute. Amo!
Wow, Gates achando que a Kate deveria expor a vida pessoal dela para a Capitã? Essa mulher é uma sem noção. E os policiais da vigília não relaxaram para Caskett, tiveram que mostrar a foto para a Gates.
Kate e o psicólogo. Se eu precisasse de um queria um como esse cara. Sou fã dele.
Beckett toda determinada a passar na prova de Tenente, preocupada com o boicote de Gates, mas se ela pensasse bem se o Chefe dos Detetives foi quem sugeriu e não viu problema algum. Também Gates é uma ‘rocha’ (pedra é muito pequena) num sapato da Beckett, como não se preocupar.
Amo a Martha, ela é tão sincera, adoro pessoas assim, pelo menos não ficam falando por trás, se tem que falar fala na cara. E consegue deixar Kate sem graça principalmente com a palavra casamento vindo a tona kkkkkkk
Maddoxx retornou, Nãããããooooo
Essa conversa com Castle sobre o arquivo, quase cai no choro aqui. E o ciúmes de Castle de um astro de Hollywood, ela engana ele direitinho com essas brincadeiras.
E esse final com o pesadelo não quero nem pensar ninsso.
Sua fic está ótima Karen, ficarei aguardando ansiosa o próximo capitulo.
Abraços
Mas essa Gates é muito cara de pau mesmo...não acho que ela tenha o que ver com quem Beckett dorme ou não, aff sinceramente tô preocupada como se dará essa relação na T5 e como a Gates agirá.
O restante tenso demais.
Martha entendiada Jeez...arrume logo um bofe pra ela, a coitada tá precisando.
Eu sempre desconfiei que o Castle era ciumento,kkkkk mais de um astro de Hollywood acho que é ciumento por demais.
Bjus e esperando a próxima...do jeito q vc tá rápida deve logo,logo.
Quando sairá o próximo cap. ?
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