quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

[Castle Fic] Don't Give up on Chasing Rainbows - Cap.7


Nota da Autora: Sei que esse episódio não agradou a muitos, eu particularmente achei interessante mas realmente se tornou cansativo na hora de escrever. Tentei incluir elementos que compensem o lado de documentário e já preparando terreno para o próximo capítulo, esse sim, será bacana! Desculpem pela demora mas fim de ano é meio conturbado. Prometo voltar a publicar com mais frequencia. Divittam-se!



Cap.7


Kate acordou preguiçosa naquela manhã. quando isso acontecia era devido uma ótima noite não necessariamente de sono com Castle. Essa era uma daquelas manhãs. Espreguiçava-se na cama e ao procurar por ele, não encontrou ninguém ao seu lado. Sentou-se na cama e suspirou. Nesse instante, Castle surge no quarto com uma bandeja nas mãos. Café quentinho e panquecas.

- Bom dia...

- Hey, já ia reclamar pelo fato de acordar sem você ao meu lado mas com esse cheirinho de café, você está perdoado.

- Achei que não ia acordar hoje.

- Porque? Que horas são?

- 9:30h.

- Castle! Estou atrasada!

- Relaxa, está tudo bem e como seu celular não tocou, ninguém morreu portanto tome seu café direitinho e depois vamos trabalhar. Ela provou a panqueca e gemeu baixinho. Tomou um gole do café e sorrindo falou para ele.

- Acho bom você parar com esses mimos porque se eu ficar mal acostumada posso transforma-lo no meu escravo domiciliar.

- Será um prazer ser seu escravo, Kate...

- Lavar, passar, arrumar a casa e cozinhar?

- Não! Estava pensando mais em comida e sexo.

Ela riu e continuou a comer a panqueca. Fez questão de dar um pedaço na boca de Castle e quando já estava terminando de comer, o celular tocou. Ela atendeu e ouviu as coordenadas. Prometeu estar no local em meia hora.

- Temos um homicídio. Preciso correr, Lanie já está a caminho. Aqui – ela pegou o endereço que anotara no papel – me encontre lá.

- Não vamos juntos?

- Melhor não – dando um selinho nele, ela se levantou colocando o último pedaço de panqueca na boca e correu para o banheiro.  

Ao chegar ao local acompanhada de Ryan, ela já não gostou de ver tantas câmeras. Quem quer que estivesse morrido, devia ser popular ou o crime fora bem sangrento.

-Ryan, livre-se das câmeras.

-Cuidarei disso.

- Policial, precisamos nos livrar dessas câmeras. Sabe disso. Não é permitido imprensa.

- Não são da imprensa. Estão filmando algum filme.

E Ryan descobriu que estavam fazendo um documentário da banda, o que não impediria de imediato a filmagem. Quando Kate chegou à cena do crime, não acreditou ao ver a câmera.

- Está brincando? Estão aqui, também?

- Pedi para saírem, mas ele disse que o diretor mandou filmar tudo.

- Que tal filmar com uma lente quebrada? – disse Esposito já partindo pra cima do câmera mas Beckett o segurou - Tudo bem. Espo, busque o diretor. Peça-lhe para tirar a equipe daqui.

Castle entrou nesse momento com dois copos de café e quase foi atropelado por Esposito.

- Alguém não receberá café. O que é isso? – falou apontando para as câmeras.

- Estão fazendo um documentário da banda. É só ignorá-los. Mas Castle nunca deixaria de lado uma câmera, seria contra sua natureza e fixando o olhar para o câmera man, ele falou.

- Richard Castle, escritor. Meu mais recente, "Frozen Heat," já nas lojas. Já conheceram a inspiração para Nikki Heat... Detetive Beckett?

-Lanie, o que mais sabemos?

- Seu nome é James Swan. Guitarrista do Holy Shemp.Devem ser fãs d'Os Três Patetas. Baseada na palidez, diria que a hora da morte é entre meia noite e 2h.

- Vejam aquilo. "Observar." Uma apelação ignorada de vigilância.

- Então essa é a arma do crime.

- É uma Gibson Les Paul. 59 Flame Top, se não estou enganado, e raramente estou. Está quente.

Ryan interrogou um dos assistentes sobre a vitima e a guitarra. Nada de anormal com isso, apenas uma referência a uma van branca que rodava a área uma duas voltas no quarteirão mas infelizmente não reparara na placa. Aparentemente, o diretor do documentário estava com problemas para continuar o trabalho. Esposito não só mandou ele tirar as câmeras da cena do crime como também entregar todo o material de filmagem dos últimos três meses. Porém, havia algo mais acontecendo. Enquanto isso, Castle, Beckett e Lanie ainda trabalhavam na cena. O momento era de teorias e o que melhor para Castle do que uma audiência? Fitando a câmera, ele falava.    

- Este foi um crime passional. Houve uma discussão, as coisas esquentaram, o assassino pegou o objeto mais próximo, e derrubou o pobre sr. Swan na trágica idade jovem de...

-Quantos anos ele tinha?

-27.

- Nossa. Mais um para o clube.

-Que clube?

-O Clube dos 27. Os membros incluem alguns dos grandes... Jimi Hendrix, Jim Morrison, Janis Joplin. A lista é enorme.

- Castle, precisamos de outra lista, como quem pode ter vindo a este trailer ontem à noite.

Eles ouviram o som de alguém batendo numa porta do trailer.

- Acho que sei por onde começar. Beckett empunhou a arma e pedindo para Lanie se afastar foi até a porta que se presumia ser do guarda-roupa. Preparada e com Castle na sua retaguarda, ela apertou o botão e a porta abriu-se revelando uma loira apenas de calcinha e soutian fazendo Castle sorrir maliciosamente para a câmera. Beckett iria colher seu depoimento.

- O cara era completamente um gênio. Eu segui a banda por 6 meses tentando conhecê-lo. Algumas semanas atrás, James e eu ficamos juntos, desde então, toda noite, o encontrava aqui após o show.

- Então onde estava quando aconteceu?

- Eu acho... quero dizer... Não me lembro de nada. Desculpe.

- Como pode não lembrar?

- Eu desmaiei. Eu acho que... festejei um pouco pesado durante o show. Sinto muito. Queria ajudar.

-Escute, srt.ª...

-Butterfly.

- Butterfly, isso é importante. Lembra qualquer coisa sobre essa noite? Qualquer coisa?

- No trailer dele... Eu ouvi um cavalo.

- Um... Um cavalo relinchando?

- Não. Ouvi o som de cascos de cavalos batendo na neve. Tipo: pocotó, pocotó, pocotó...

- Podemos focar no que aconteceu antes de você desmaiar? Disse Beckett já meio impaciente - Ele parecia chateado? Que tinha brigado com alguém?

- Na verdade, o contrário. Recentemente, ele vinha reclamando muito sobre os outros caras da banda. As discussões e as tensões. Mas ontem à noite... ele parecia feliz, sabe? Como se tivesse encontrado algum tipo de paz.

Em um canto, Beckett e Castle trocavam suas teorias e percepções.

- Não sei se ela brandiria uma guitarra forte o bastante para matar alguém, mas tenho que procurar por sangue nas roupas.

- Estou mais interessado pelo quê os membros brigavam. Então Beckett percebeu que estavam sendo filmados e foi para cima.

-O que estão fazendo aqui? Saiam agora. É uma investigação policial. Não têm o direito de estar aqui.

- Na verdade, temos sim – e mostrou um documento. 

De volta ao 12th, Beckett tentava argumentar com Gates.

- Sinto muito, detetive, mas está além do meu controle. A prefeitura acha que é boa publicidade.

- Espere. E o caso? Vão comprometer a investig...

- Sinto-me da mesma maneira, mas a decisão foi tomada e espero que a cumpra.

- Tudo bem. Só precisam ficar fora do meu caminho – isso era o Beckett dizia mas por dentro ela estava odiando aquilo tudo.

- Olá... Bem-vindos. Sou a Capitã Gates, chefe da 12ª Delegacia de Polícia. Em cooperação com a Divisão de Casos Públicos da Polícia de Nova Iorque, Estou feliz em conceder acesso total ao departamento. Acho que todos estarão aqui mais que confortáveis.

Enquanto Gates fazia as honras da casa, Beckett maquinava o significado daquilo. Para ela era uma espécie de invasão de privacidade. Considerava seu trabalho muito importante e íntimo. Era pessoal. Não gostava de sensacionalismo e estar em frente das câmeras também poderia trazer problemas para ela e Castle. Ele percebendo o desconforto dela, tentou amenizar.

- Vamos. Qual é o problema? Será divertido.

- Castle, o que eu faço aqui, isso é... pessoal. E só porque querem invadir minha privacidade, não significa que tenho que ajudá-los.

- Certo. Pode ser isso. Mas essas câmeras não irão a lugar algum. Eles verão alguma coisa. Só quero que vejam o que eu vejo.

Com os integrantes da banda no distrito, Beckett e Castle começaram a interroga-los. Descobriram que James andava meio paranoico desde Ithaca, até queria contratar segurança extra. Mas então parou até ontem quando ele faltou a reunião da banda, coisa que ele nunca fazia. Eles não sabia sobre a van. Ele inclusive dispensou o câmera man que o seguia propositadamente, não queria ser seguido. Esposito os chamou para ver algo interessante que ele achara nas filmagens. Comparando um vídeo de um mês atrás e várias fotos recentes, ele encontrou o mesmo cara barbado espreitando a banda, como um perseguidor. Enquanto mostrava as fotos, Esposito fazia o possível para manter-se na linha da câmera, chegando a empurrar Castle. Parecia que alguém além de Castle estava se divertindo com tudo aquilo. Na foto tirada ontem, não só o cara aparecia como estava escorado numa van branca e a placa. 

Com a ordem de Beckett, Esposito seguiu com Ryan e a câmera, claro, para prender o suspeito e traze-lo para o distrito para interrogatório. No caminho, Espo explicava como conseguiram a informação e cada um do seu jeito procurava exibir suas qualidades para as câmeras. Ao chegarem ao local, eles saltaram do carro e pediram para as câmeras acompanharem de longe. Ao visualizar o suspeito, Esposito deu uma demonstração bem exagerada de perseguição e captura do suspeito. Na van, Ryan encontrou fita, corda e um suposto colete manchado de vermelho que ele suspeitou ser sangue.

De volta ao distrito, ao avistar o suspeito Beckett já entendera que tinha trabalho a fazer mas Esposito se antecipou dizendo que ele ia tomar a frente disso. Ele parecia enfeitiçado pela câmera e pela fama. 

- Deviam assistir enquanto eu acabo com esse cara.

- Ele pode ser o nosso cara?

- Achamos manchas de sangue em um macacão. Mandamos para testar e ver se combina com a vitima.

- Elas combinam. Acredite em mim, mano. Não nos preocuparemos com ele matando de novo. Esse é meu presente para vocês. De nada, EUA.

Enquanto Esposito dava inicio ao interrogatório, Castle chegou a salinha com duas canecas de café. Entregou a dela.

-Eu perdi algo?

-Não. Começaram agora.

- O tempo acabou. Esse é um clássico – Castle falava para a câmera - Interrogação é uma verdadeira arte. A detetive Beckett aqui, ela é mestre. Eu a assisti resolver inúmeros casos nessa mesma sala. Lembra do cara que matou seu jardineiro por ele ter cortado as rosas muito curtas?

Mas ela não interagira com ele muito menos com a câmera. Vendo o interrogatório tomar corpo, Castle pediu a atenção para a sala. Ao fazer as perguntas, Esposito se empolgava com a câmera e gritava com o suspeito, acusava-o. estava sentindo-se um verdadeiro showman. Ao pressionar o suspeito e afirmar que ele matara James, após segui-lo por um tempo, eles descobriram outra coisa.

- Eu não matei ninguém. Eu só... Eu só... Eu só queria minha garotinha.

- Sua garotinha?

- Minha filha. Ela largou o emprego para se tornar uma groupie. Jogou toda a vida dela fora. Eu tinha medo que ela engravidasse. Ou pior. Tudo o que eu queria fazer era segurá-lo. Queria assustá-lo um pouco, que ele ficasse longe dela.

-Sua filha?

-É.

- Não a vejo há semanas. Não sei se ela está viva.

-Ela se chama Butterfly?

-É.

- Podemos ajudar a achá-la, se meu parceiro concordar.

Meio contrariado, Esposito ficou calado. Com o perseguidor fora da jogada, eles tinham que procurar o motivo para a morte de James em outro lugar. Mas Espo conseguiu uma informação importante. James tinha ido a um banco no SoHo e depois a um prédio na esquina da Lafayette com Broome. Ainda não sabiam o motivo mas suspeitavam de drogas. Nesse meio tempo, Lanie mandou uma mensagem para que Castle e Beckett fossem ao necrotério.  Castle achou um bom momento para brincar com a câmera.

- Laine. Quem é Laine? Castle olhou para Beckett pedindo com o olhar para ela explicar. Beckett respondeu o mais seca possível.

- Laine é a médica legista. Trabalha no necrotério. E tem informações que quer que vejamos e estamos fazendo-a esperar.


No necrotério...


-O exame da vítima voltou.

- Vou adivinhar. Drogas.

- Não. Esta estrela do rock estava limpa. Não é o que tinha no corpo e, sim, o que não tinha. James não tinha anticorpos para pólio.

- Ele nunca tomou essa vacina?

Espere. Todos que nascem tomam a vacina desde 1960.

Era o que eu pensava. Também não tinha para tétano, sarampo, coqueluche, todas as imunizações comuns.

- O que mais? Perguntou Beckett.

- Isso não é suficiente?

Laine, quando é algo assim, normalmente avisa pelo telefone.

- Achei que valesse a viagem. Lanie olhava para câmera e entendeu que a amiga também estava gostando de toda aquela atenção da mídia. 

Ela era a única incomodada.

De volta ao distrito, ela pediu a Ryan para procurar o registro médico da vitima e entender porque ele nunca foi vacinado. Esposito os procurou para atualiza-los.  

-Certo, acho que descobri por que James foi até aquele prédio. Ele conhecia um cara lá, Sam Spear. O cara tem um processo contra a vítima.

- Que tipo de processo?

- Alega que James roubou dele uma das músicas da banda e James achou que ia perder, pois quando passou no banco, antes de encontrar esse cara, pegou US$ 25 mil em dinheiro.

-Queria resolver sem tribunal.

-É, e acho que não conseguiu.

- Sam Spear comprou um ingresso para o show de ontem. Ele estava no teatro antes do Swan morrer.

Esposito tomou a frente e pegou as chaves do carro. 

- Fique aqui e trabalhe na sua pesquisa, você é o centro nervoso de tudo. Castle – Esposito queria a companhia do escritor e Castle checou com ela.

- Você vem?

- Não, estou bem.

Enquanto caminhava com Esposito, Castle aproveitava a câmera para falar de Beckett.

- A detetive Beckett é amigável. Ela só tem bloqueios. Vamos chamar de camadas. Camada após camada, paredes. Mas uma vez que você passa dessa parede, o esforço é válido.

- Castle – já irritado por ter sua atenção das câmeras roubada pelo escritor, Esposito chamou atenção dele - Fale baixo, por favor.

De repente, gritos e tiros foram ouvidos. Alguém gritava ordens e o barulho vinha do apartamento de Sam Spear. Esposito sacou sua arma e arrombou a porta gritando ser da NYPD e ordenando para alguém, que ele não sabia quem era, soltar a arma e manter as mãos para cima. Acabou que era apenas o som da TV em um filme muito ruim de ação. Meio assustado, Sam Spear informou que aquilo era apenas um trabalho.

Sam confirmou que estava processando James Swan mas que eles entraram num acordo e ele iria retirar a queixa, na verdade Swan propôs a Sam que escrevesse algumas músicas para ele, que Sam mostrou para Esposito. Ao ser questionado sobre os 25 mil, Sam disse que não sabia nada sobre isso.     

- Gosto desta linha vocal.

- Você lê música?

- Só porque sou policial não posso cantar?

- Não. Porque já te vi cantando.

- Aquele karaokê estava quebrado. Cantarei mais tarde.

- Se tudo foi por compor músicas, por que todo esse segredo?

- Ele nunca disse, mas tenho minhas teorias, até por esse novo material ser como uma despedida musical. Tenho certeza que notou.

- Levando a música em uma nova direção, mas não queria que a banda soubesse. Claro. Faria carreira solo.

-Faz sentido. O diretor disse que Swan era a força criativa. Que, se ele saísse da banda, ficariam boiando.

- E se algum deles descobriu e o confrontou?

- Discutiram e a coisa ficou preta.

- Ele não queria ficar. E não queriam que fosse o George Michael para Andrew Ridgeley.

-Andrew quem?

- Exatamente. Então pegaram a guitarra... e "wham"!

Castle voltou com Esposito para o distrito e eles atualizaram Ryan e Beckett sobre suas teorias e o que descobriram. Beckett decidiu encerrar o dia. Desejando boa noite começou a recolher suas coisas.

Kate saiu do distrito depois das 7h da noite. Castle decidiu acompanha-la já que percebera que ela precisava de companhia. Estava cansada. Assim que bateu a porta de seu apartamento, ela jogou o casaco sobre a mesa de centro e desabou no sofá, fechando os olhos. Castle sentou-se ao lado dela e permaneceu calado. Sabia que ela estava digerindo os acontecimentos do dia.

 - Estou tão cansada...esgotada na verdade. Não bastasse a tensão por estar resolvendo um assassinato, interrogar suspeitos ainda tenho que ficar me desviando de câmeras e escolhendo minhas palavras? O que deu em Gates para aceitar esse documentário?

- Gates precisa aproveitar algumas oportunidades. Ela viu nisso uma forma de gerar publicidade do distrito, melhorar a imagem da polícia frente aos cidadãos de NY. Ela não está errada.

- Agora você concorda com ela? Também, porque não concordaria? Você adora estar à frente das câmeras. E pelo que vi, você não é o único. Você viu o jeito do Espo? Até Lanie!

- Sim, eu vi – Castle sorriu e puxou as pernas dela para seu colo. Devagar, ele tirou os sapatos dela e começou a massagear os pés de Kate – na verdade, o ser humano é assim. Todos gostam de ter seus 15 minutos de fama. Seu momento de brilhar, é algo natural. Diferente de mim que já estou acostumado a publicidade, as pessoas agem de maneira diferente dependendo da sua personalidade.

- Menos eu, hummm, nunca gostei disso. Sou muito reservada – ela estava adorando a massagem nos pés que ele fazia – o que leva as pessoas a procurar exposição? Ter suas vidas invadidas assim?

- Depende, cada pessoa tem seu modo de agir. Mas você deve esquecer isso... não se abale com essas coisas. Você está tensa – ele largou as pernas e virou-a delicadamente para poder massagear os ombros dela – gosto que você seja assim, se ambos gostássemos dos holofotes certamente teríamos problemas. E você não precisa disso, você brilha naturalmente. Nossa! Como você está tensa! Seus ombros estão cheios de nós. Relaxe, Kate. Você precisa relaxar – ele virou o rosto dela para si e beijou-a vagarosamente por um longo tempo.

- Hum, isso é uma boa forma de relaxar, Castle... – e tomou os lábios dele novamente. Quando quebrou o beijo, ele voltou a massagear os ombros e ouviu Kate reclamar sobre o lance das câmeras por mais uns minutos. Parou com a massagem e levantou-se.

- Tenho uma ótima ideia para fazer você melhorar e relaxar, espere aqui...

- Castle, se você vai trazer vinho já aviso para não fazer isso, não estou com vontade. Álcool não é a resposta para hoje. Mas ela não ouviu resposta, apenas o abrir e fechar de armários e colheres na pia. O que será que Castle estava aprontando? Não conseguia imaginar e às vezes, ela gostava de ser surpreendida por ele. Como ficara tão cansada? – ela mexia o pescoço estalando-o – tudo culpa daquele diretor. Não poder caminhar normalmente, falar espontaneamente, até mesmo brincar com Castle ou os rapazes, tudo aquilo era grande demais para o seu gosto, ali era seu habitat e detestava ter que se ajustar na sua zona de conforto. Suspirou.

Castle voltou da cozinha com duas canecas fumegando. Colocou-as sobre a mesinha de centro ao perceber que ela voltara a fechar os olhos e pelo tom da respiração parecia ter cochilado. E ele tinha razão. O cansaço parecera finalmente vencê-la. Sorrindo, ele sentou-se ao lado dela e acariciou o rosto belo. Beijou-lhe a testa e depois sussurrou seu nome ao pé do ouvido. Esfregou os lábios nos dela e a viu sorrir para em seguida abrir os olhos.

- Eu adormeci?

- Sim, só não fiquei com pena de acorda-la porque tenho algo especial para você – ele debruçou-se na mesa para pegar as canecas – sempre que Alexis estava chateada com alguma coisa, ou teve um péssimo dia na escola, nós recorríamos a isso: Hot Cocoa - ele entregou a caneca a ela, Kate percebeu que ele enfeitara com chantilly e raspas de chocolate.

- Parece saído de uma Starbucks... sabe Alexis já tinha me falado do famoso Hot Cocoa, acredito que agora é a minha vez de experimentar não?

- Por favor, delicie-se...

Kate tomou o primeiro gole do líquido quente. Sentiu o aroma de chocolate amargo misturado ao chantilly, também tinha um toque de canela. Voltou a tomar mais um pouco e inalou profundamente o cheiro da bebida. Era revigorante. Inconscientemente, soltou um pequeno gemido. Castle sorriu ao ver que o semblante dela estava mais sereno.

- É, realmente devo dar meus cumprimentos ao, sei que não é café mas posso chama-lo de barista? E não esperou resposta inclinando-se para sorver os lábios dele com vontade. Castle pode sentir o sabor do chocolate misturado ao chantilly. Ela afastou-se dele e voltou à caneca.

- Eu não queria te acordar mas não poderia deixar você sem essa maravilha...

- Ainda bem que você fez isso. Preciso tomar um banho e descansar. Você vai ficar aqui hoje?

- Se você quiser…

 - Com uma condição: nada de “brincadeiras” ok? Não estou a fim depois do dia de hoje.

 - Tudo bem, podemos apenas dormir agarradinho – e a cara de Castle não podia ser mais maliciosa, Kate não estava muito preocupada com qualquer pensamento que passava na cabeça dele, estava mais interessada em ficar de molho na banheira.

Ela subiu com ele para o quarto indo direto para a banheira. Preparou os sais e tirou a roupa ficando apenas de calcinha e soutian. Vestiu o roupão e retornou ao quarto para pegar a sua roupa de dormir. Castle estava deitado já confortavelmente na cama dela zapeando o controle remoto da tv. Era incrível como ele já se sentia íntimo na sua casa, como se morasse ali a anos. Até certo ponto, ela não se importava, gostava de ter a companhia masculina na sua cama. Especialmente essa companhia. Contanto que ele mantivesse distância de suas coisas pessoais, o que ele vinha fazendo até ali.

Terminado o banho, ela voltou para o quarto já escovando os cabelos. Ele permanecia na cama porém agora estava com um pote de cookies no colo e uma caneca de café. Não tirava os olhos da tv, vidrados. Ao olhar a tela, Kate entendeu o porque. Estava passando um episódio de uma série antiga de Joss Whedon, Firefly. Ótimo, isso era algo que certamente o manteria ocupado. Mas era isso que ela queria?

 - Castle, você está comendo doce na minha cama! Vai atrair formigas!

- Isso é mito, relaxe...lembre-se sua palavra do dia é relaxar.

Ela sentou ao lado dele na cama. Manteve-se calada por um tempo assistindo o episódio. Mas ela queria descansar com ele, queria sua atenção completamente. Então, ela mudou a estratégia. Deitou-se e procurou aconchegar-se próximo a ele. A proximidade fez Castle sentir o cheiro do tal hidratante que ela sempre usava. Aquilo o hipnotizava. Kate passou a mão suavemente sobre o peito dele.

- Esse é aquele episódio da suposta Mrs. Reynolds?

- Você assistiu Firefly?

- Assisti até cancelarem. Tenho que confessar, tenho uma queda pelo Malcom. Na verdade – ela olhou para ele – Castle ele me lembra você, fisicamente, um pouco. Aposto que você já viu esse episódio milhares de vezes, que tal desligar essa tv e cuidar do meu momento de relaxamento?

- Não podemos esperar o fim do episódio? Falta só quinze minutos. Por favor... e como você disse, ele se parece comigo então é como se você estivesse me vendo – ela rolou os olhos – por favor?! É Joss Whedon! O jeito dele parecia de um menino na expectativa de ouvir que podia ficar vendo tv por mais um pouco antes de dormir. Isso a vez sorrir e lembrar que gestos como esses foram o que a fizeram gostar tanto do homem a sua frente.

- Tudo bem... mas nada de comer cookies na minha cama.

- Sem graça.

O episódio terminou e Castle se ofereceu para buscar um café para ela e em seguida foi tomar banho. Ao voltar para o quarto a encontrou adormecida. Sorrindo, aconchegou-se ao lado dela colando seu corpo ao dela. Com o movimento, ela gemeu e virou-se procurando os lábios dele. Trocaram um beijo carinhoso e Kate tornou a se aconchegar no corpo dele.

- Pensei que você estivesse dormindo...

- Não, apenas descansando, estava esperando você. Eu ainda não entendo o porque dessas pessoas gostarem tanto de se expor. Eu valorizo demais minha privacidade. Meus momentos íntimos. Essas cameras estão me deixando nervosa não apenas pela minha exposição como detetive, mas e quanto a nós? Se essas cameras nos flagarem juntos? Nossa relação pode estar comprometida se isso cair nas mãos de Gates. Não quero que isso aconteça.

- E não vai, as pessoas reagem de maneiras diferentes a essas situações, não tente entender, esquece isso Kate... durma um pouco. Ainda temos um assassino para colocar atrás das grades amanhã.

Ele beijou-lhe o rosto, o pescoço e a puxou para mais perto do próprio corpo. Adormeceram.

Na manhã seguinte, eles foram fazer uma visita ao outros membros da banda. No caminho, Castle comprou café para eles. Após o primeiro gole, ela sorriu olhando para ele.

- Obrigada pelo apoio ontem e por ter passado a noite comigo.

- Sempre um prazer...

Os rapazes da banda estavam ensaiando com um novo baterista quando Castle e Beckett chegaram ao local. Ambos confrontaram os membros para arrancar deles qualquer confissão usando a ideia de Castle de que Swan ia tentar carreira solo. Quando Keith se irritou pela acusação e desceu do palco, eles repararam que as solas do seu sapato lembravam barulhos de cavalos. Eles o detiveram e levaram para o distrito. Beckett discutia a estratégia com Castle para o interrogatório. Mas Castle tinha sua própria estratégia.  

- Sabemos que tem temperamento difícil, se conseguirmos que fique com raiva...

- Por que não fala com ele sozinha?

- Por quê?

- Porque quero te dar espaço para operar e mostrar seu trabalho – vendo o receio nos olhos dela, ele reafirmou - Você consegue.

- Ela consegue. Ele reafirmou para as câmeras. Beckett respirou fundo antes de entrar na sala para o interrogatório, lembrou de Swan e que precisava esquecer as câmeras para trazer justiça a ele. Assim que ela entrou na sala, Keith já foi gritando.  

- Sério? Tem que filmar isso também?

- Podem filmar o que quiserem, Keith. Você assinou a permissão – pela voz de Beckett percebia-se o tom de irritação, era novamente a detetive afiada e defensora das vitimas quem estava ali - Tem sorte que as câmeras não filmaram quando matou James Swan.

-Já disse que não o matei.

- E também disse que não sabia que ele estava indo para solo e que não o viu depois do show, mas uma testemunha te coloca no trailer na hora da morte.

- Tudo bem, fui ao trailer, certo? Mas foi como disse. Escutei rumores da saída e fui ver se era verdade.

- Depois, perdeu o controle.

- Não, só conversamos. E James negou. Disse que não estava saindo. Disse que fazia algo que seria bom para todos.

- E o que exatamente era esse algo?

- Costumava achar que conhecia o cara, mas já não era o mesmo desde Ithaca. Algo aconteceu...

- Não estou falando sobre Ithaca. Estou falando sobre o que houve no trailer – sim, a tigresa estava de volta.

- Conversamos e saí. Voltei para meu trailer pelo resto da noite. Estava com uma garota. Pode perguntar a ela.

- Qual o nome dela?

- Não me lembro de nomes.

- Então um número de telefone? Qualquer coisa para eu falar com ela.

- Elas vêm até mim.

- Keith, tem que fazer muito melhor que isso.

- Certo. Tudo bem. Posso não lembrar o nome... mas posso provar que estivemos juntos naquela noite.

E provou mesmo, Keith gravou sua transa com a garota o que lhe dava o álibi que precisava. Gates resolveu aparecer um pouco no salão para fazer uma propaganda quando eles estavam vendo o vídeo.

- Gosto de me informar sobre o caso de vez em quando. Não faz sentido ficar presa na mesa se toda ação está aqui.

- Quer ação, olhe isto.

- Este é um comportamento inapropriado no trabalho – disse Gates.

- É evidência, senhora. O álibi do nosso suspeito se apoia nisso.

- Então a história dele confere?

- Sim, parece que está coberto por todo o tempo do crime.

- Não julgue pela hora impressa nesse vídeo. Pode ser falsa, sabia?

- Não é única coisa que pode ser falsa nesse vídeo.

- TV no plano de fundo, senhora – Esposito retrucou - Está passando o jornal, posso confirmar o horário.

- Tudo bem. Bom trabalho, pessoal. Continuem assim.

- Então, voltamos à estaca zero? Beckett perguntou.

- Bom, eu não diria isso – era Ryan - Estava vendo os registros médicos da vítima. Meu pequeno projeto de pesquisa. Acontece que ele não tem registros. Nascimento, receitas, transcrições escolares, nada. A primeira vez que James Swan surge foi quando ele tinha 17 anos e foi hospitalizado por um acidente de carro em Ithaca, Nova Iorque.

- Por que Ithaca continua aparecendo?

- Porque é de onde ele veio. Eu verifiquei o endereço nos registros do PS. E chegamos a uma fazenda com 8 hectares pertencente à Igreja do Iluminismo Mundano.

- Pessoal, esperem um momento. Eu já ouvi sobre este lugar. É um culto.

- É por isso que ele não foi vacinado nem tem família. Ele cresceu em um culto.

- E a única maneira de sair era escapar. O lugar é cercado e exige estritas práticas de obediência. Todos tem a palavra "Servir" tatuada no antebraço.

- "Servir". Lembra-se da tatuagem do James? "Observe"? Ele deve tê-la modificado algum tempo após escapar.

- Quando a banda tocou em Ithaca, talvez alguém o reconheceu.

- Por isso ele temia estar sendo seguido.

- James tinha razão para ter medo – disse Ryan - John Campbell, o líder culto. O cara é um psicopata total com um passado violento. Cumpriu 10 anos por assassinato antes de iniciar seu esquema religioso.

-Sabemos onde Campbell está?

-Posso dizer onde ele estava.

-Verifiquei os registros...- mas Esposito tomou o papel das mãos de Ryan demandando ver - de todos os aeroportos próximos. Ele partiu do JFK há dois dias.

- Esperem um pouco. Foi o dia em que Swan morreu – disse Castle e começou a divagar - Então John Campbell estava na cidade... com alguns dias para matar – de repente a atenção de Castle voltou para as câmeras - Viram o que eu fiz aqui? Isso foi bom. Use isso. Não esta última frase – ao ver o que ele fazia, todos dispersaram - Corte esta parte. Transite para uma tela preta. Fundo musical.

Eles divulgaram a foto de Campbell por toda a cidade, porém como Ryan e Esposito explicavam a Gates, a Igreja do Iluminismo Mundano não é apenas um culto amigável do bairro. Tinham 8 hectares de maconha, cultivados por mais de 300 membros para o lucro pessoal de Campbell.quando Gates perguntou sobre os federais, Ryan explicou que não agiam devido a liberdade de expressão religiosa. Informaram que Beckett estava a procura de algo do culto que os levasse a Campbell.

Nesse momento, Beckett estava com Castle na mini copa do distrito. Ela acabara de desligar o telefone e Castle, instintivamente acariciou-lhe o rosto. Beckett cedeu ao carinho e tocou a mão dele sorrindo sob a sua e então ela reparou na câmera que flagrara o gesto. Agora ela estava irritada. Ainda sentindo-se embaraçada ela contou a Esposito que falara com uma pessoa do culto e eles tentarão achar alguém que também escapou do culto. E tiveram sorte. A moça apareceu no distrito e Beckett ainda bastante chateada com as câmeras foi entrevistá-la com Castle.   

- Eu era uma criança,perdida. Campbell me prometeu um sentido para a vida, um foco espiritual. Mas, em troca, ele me tirou tudo.

- Caroline, você está incomodada com estas câmeras? Se quiser, mando-os embora – a incomodada, claro era Beckett.

-Não. Quero que o mundo saiba que monstro é esse homem.

- Como Campbell reagiu quando James Swan escapou?

- Ele ficou furioso. Ele adorava James. Por isso se sentiu traído quando ele partiu. Ouvi Campbell jurar que se vingaria, não importasse o tempo que levasse.

Ryan entrou na sala com dando informações interessantes sobre a hospedagem de Campbell e que Swan fora o visitar no hotel na mesma noite que fora morto, infelizmente, ele já havia feito o check-out.

- Ele matou James. Eu sabia.

- James estava fugindo de Campbell. Por que ele se encontraria com ele?

- Para comprar sua liberdade.

- Deixe-me adivinhar. Por US$ 25 mil? Disse Castle.

- Isso mesmo – disse a garota. Beckett insistiu.

- Tem ideia onde podemos achar Campbell?

- Se ele está na cidade, ele pode estar nessa pousada da juventude. Ele recruta lá. Foi assim que o conheci.

- Tudo bem. Vamos pegá-lo.

E a garota tinha razão. Campbell estava recrutando no local indicado. Beckett decidiu interroga-lo ali mesmo.

- Sr. Campbell. Temos algumas perguntas sobre James Swan. Sr. Campbell, onde estava entre 00he 2h na noite em que James Swan foi morto?

- Eu estava em meu quarto de hotel.

- Alguém pode confirmar isso?

- Eu estava meditando. Solidão é uma parte importante do meu ritual noturno.

- Então isso seria um não.

- O que está fazendo na cidade?

- Trabalhando para minha igreja. Arrecadando fundos, principalmente recrutando.

- "Arrecadando fundos"? Termo interessante para "fazer Swan pagar por sua liberdade".

- Não é segredo que James e eu nos encontramos. Mas ele não precisava comprar sua liberdade. Somos todos livres.

-Sabemos que James tinha US$ 25 mil em dinheiro quando foi te ver e ele não tinha mais o dinheiro quando saiu.

- James pode ter feito uma doação para a igreja, mas eu não falo sobre essas questões.

- Certo, então por que não falamos sobre Ithaca? Há cerca de um mês, James e a banda fizeram um show lá. E ele disse que ficou preocupado que alguém fosse atrás dele. E acho que esse alguém era você.

- Lamento, mas nem sabia que James esteve lá mês passado.

- Não acredito. Acho que você ficou chateado por ele ter rompido com a igreja e passou a segui-lo.

-Isso não é verdade.

-Ele fez uma doação para que o deixasse em paz.

-Não é verdade.

- Mas não foi o suficiente. Você queria vingança.

-Não.

-Então o seguiu até seu trailer.

- E então o matou em um acesso de raiva!

-Chega! Se tiver um caso sólido, prenda-me. Senão, terminamos aqui. Procure-me novamente e te processo por perseguição religiosa.

De volta ao distrito enquanto Beckett e Castle atualizavam a Capitã sobre Campbell, Gates recebeu uma ligação do diretor da filmagem e Beckett escutou algo sobre DVD.

- O diretor do filme. Como sabem, é importante que este projeto retrate bem o distrito. E tenho certeza de que irá. Mas tivemos vários policiais vendo uma fita de sexo. Então, para garantir que a conduta do meu pessoal esteja no padrão mais elevado, o sr. Mitas está enviando toda a filmagem para minha revisão.

-Toda a filmagem, senhora?

-Algum problema, detetive?

-Não, não. Claro que não.

-Certo.

E Beckett olhou para Castle que parecia dessa vez mais surpreso que ela.
Eles se trancaram numa sala sozinhos com o diretor e Beckett visivelmente nervosa mantinha a cabeça baixa enquanto Castle tentava argumentar o quanto era importante editar a cena onde ela e Castle trocavam caricias.

- Estou falando de algo sério para esse distrito. Olha, eu acompanho o trabalho deles a cinco anos, você não pode colocar a carreira deles em risco. A capitã não pode saber disso.

Kate percebeu a câmera capturando a imagem deles enquanto conversavam, sob um intenso stress, ela baixou a persiana e começou a falar.

- Aparentemente, você não entendeu a gravidade disso. É a minha carreira que está em jogo, tudo que eu trabalhei durante anos e por questão de segundos suas câmeras estão perto de destruir. Não posso ficar sentada esperando isso acontecer! Você vai tirar a cena do DVD!

Castle vendo a raiva dela emergir, tocou-lhe o braço e a fez olhar para ele. A forma como ele olhava para ela, serviu para acalmar aos poucos o que ela sentia. Suspirou. O coração estava acelerado. Isso não podia estar acontecendo. Castle tentaria novamente.

- Desculpe pela explosão da Detetive Beckett mas ela tem razão. A nossa intimidade nada tem a ver com a dinâmica do distrito. Há uma política sobre relacionamentos no ambiente de trabalho. Agregar isso a sua filmagem só irá trazer problemas aos funcionários desse lugar. Pessoas com carreiras sólidas e brilhantes que já enfrentaram a morte para salvar essa cidade. Você realmente quer destruir essa imagem? Não são nem vinte segundos!

- O nosso acordo com sobre a filmagem foi para retratar a investigação do assassinato sem cortes. Registrar tudo. Um contrato foi assinado. Não há nada que eu possa fazer, cumpro ordens. 

- Então você pode possivelmente editar a parte em que os detetives assistem uma fita de sexo e tiram sarro dela mas um gesto intimo não? Qual a lógica nisso? – Beckett passou as mãos pelos cabelos e escorou-se na mesa com a cabeça baixa e as mãos nas coxas – eu não acredito que isso está acontecendo...

- O que você precisa de nós para sumir com a cena? Posso ligar para o prefeito.

- Senhor, não funciona assim.

- É inútil Castle. Depois que a capitã ver a filmagem vai me expulsar do distrito e da NYPD. Vou ter que procurar emprego em outro lugar.

Com isso, ela abriu a porta e saiu apressada e pisando forte. Precisava de um tempo pra si antes que explodisse em cima de alguém. Castle olhou novamente para o diretor e balançou a cabeça demonstrando que estava realmente decepcionado. Ele saiu atrás dela. foi encontra-la no banheiro. Ele não se importava por entrar ali, sabia que ela estava sozinha. E tinha razão. Kate estava chorando de raiva fitando o espelho.

- Kate... – ela virou para olha-lo e Castle percebeu que ela estava com raiva, suas mãos estavam fechadas com tanta força como se precisasse daquilo para se manter em pé. Podia acertar um soco em qualquer um e não seria nada agradável – hey, não fique assim... – e vendo ela caminhar em sua direção sabia que ela estava cedendo. Colocou as mãos sobre o peito dele e manteve a testa colada a de Castle.

- Eu tinha certeza que essa historia de filmagem ia nos comprometer em algum momento. Porque tudo tem que ser difícil pra gente? Minha carreira, minha vida dependendo de alguns segundos apenas porque fui expressar um sentimento. Não é justo. Gates não irá aceitar nada disso.

- Shhh calma... – ele ergueu o queixo dela e fitou-a – vamos dar um jeito. E se Gates descobrir sobre nós, iremos lidar com isso, eu saio daqui ou outra coisa, de qualquer forma, nós vamos passar por isso juntos e você continuará a ser a detetive mais durona e extraordinária do 12th. Eu prometo – ele limpou as lágrimas dela – agora lave o rosto, vamos pegar esse assassino e confie em mim, os rapazes não conseguirão sem você. Vou esperar lá fora.

Ele beijou-lhe os lábios e ela o abraçou. Um pequeno sorriso formou-se no canto dos lábios dela. Já era um começo pensou Castle. 

Enquanto isso, Esposito recebeu informações cruciais para solucionar o caso. Eles começaram a tecer elogios um para o outro em frente as câmeras quando Beckett e Castle chegaram. No dia seguinte ao show em Ithaca, Campbell deu entrada num relatório de pessoa desaparecida. Caroline confirmou o caso e disse que era um amigo do Swan no culto, seu melhor amigo Buck Cooper. Os 25k eram para comprar a liberdade dele. O testemunho desse cara poderia ajudar a pegar Campbell. Receberam uma foto e descobriram que o cara estava por perto desde o início, era um dos assistentes que Ryan conversara na cena do crime. Foram busca-lo.

- Sei que deveria ter dito algo antes... mas James me disse para ficar quieto e, do nada, ele estava morto, não sabia o que fazer.

- Tudo bem, Buck. Você está seguro agora.

- Devo minha vida a ele e jamais poderei retribuir.

- Na verdade, talvez você possa. Pode nos ajudar a prender Campbell pela morte dele.

- Queria poder, moça. Deus sabe que aquele homem fez coisas horríveis. O problema é que matar James não foi uma delas. Quando Campbell pegou o dinheiro do James, ele prometeu não nos incomodar mais. Precisava ouvir isso eu mesmo. Precisava olhar em seus olhos.

- Você estava com Campbell quando James foi morto.

- Então Campbell não matou James.

-Então quem foi?

-Quisera eu saber.

- Ele te disse algo quando esteve em seu trailer?

- Ele disse que estava pronto para acertar as coisas para mim.

- Acertar as coisas? Ele já não havia feito isso?

- Eu achava que sim. James me livrou da seita. Ele me livrou de Campbell. Até me arranjou um emprego em sua banda. Tudo que fiz por ele foi ensiná-lo a tocar guitarra.

- Você quem o ensinou?

Castle e Beckett assistiram novamente o vídeo da entrevista de Swan. Tudo o que eles precisavam para solucionar o caso estava ali. Castle fez as honras na teoria.

- Buck Cooper era o mentor de James Swan, certo? Por isso que quando perguntaram a James sobre o passado, ele logo pensou no seu bom amigo Buck Cooper e o quanto devia a ele.

- Por isso resolveu resgatar Buck da seita e levá-lo na turnê.

- Mas ter Buck como assistente não parecia adequado. James mesmo o achava um melhor músico que ele.

- Foi o que quis dizer ao falar que queria acertar as coisas. Ele queria colocar Buck na banda.

- Exatamente. Essa era a "mudança na direção" de que ele falava. Por isso falou a Keith que seria bom para todos, porque Buck é um grande músico.

- Mas Swan não quis dizer "todos" mesmo, pois, se Buck estava dentro, alguém teria que sair. Quem? Era a pergunta de Ryan. Então, Castle lembrou-se da partitura e ao examina-la ele soube que ali estava o teste para a escolha do guitarrista que deixaria a banda. E eles chamaram o atual guitarrista da banda, Zeke que afirmou saber tocar a música. Castle apresentou um baixo para ele demonstrar e foi aí que tudo desmoronou.

- Está bem, não consigo tocar. Isso não prova nada.

-Não. Mas isto aqui, sim. É um recibo de lavanderia que achamos em seu trailer, de roupas que deixou lá ontem. Ainda há manchas de sangue de James Swan nelas.

- Não tem ideia o que é tocar naquelas porcarias de feiras, viver a base de miojo, dormir em uma van por 14 meses. E me chama depois do show e diz que estou fora? Admito, não sou o melhor baixista que há, mas...

- Mas, com certeza, sabe usar uma guitarra.

- Por favor, cara! Não pretendi matá-lo. Finalmente, faríamos sucesso, e quis me tornar um "Pete Best"? E por causa de um assistente? Eu só... perdi a cabeça.

Eles explicaram o fechamento do caso a Buck e Castle entregou a partitura da música para ele, certamente James gostaria que ele ficasse com ela. agradeceu em seu nome e em de James. Alem disso, Keith o chamou para um teste para a vaga de guitarrista. Nesse momento, Gates interrompe a todos para fazer um pouco de marketing.

- Ouçam, todos. Queria parabenizá-los pelo trabalho bem feito, como faço ao final de cada caso.

- É o que faz pegar o assassino valer a pena – Castle acrescentou para a câmera - Achariam que seria pegar o assassino, mas não, é isto.

Mas algo ainda incomodava Beckett e ela não pode se segurar e perguntou.

- Senhora. Desculpe, as gravações que estava revisando, ainda está trabalhando nelas?

- Não, eu terminei. Falando nisso, det. Beckett, sr. Castle, venham à minha sala, por favor – eles trocaram um olhar preocupado. A portas fechadas, Gates falava com eles.

- Acho que sabem por que estão aqui.

- Senhora, se nos deixar explicar... – disse Beckett já se antecipando.

- É melhor explicarem mesmo. Não acho isso engraçado – e Gates apertou o play. Enquanto ela falava na filmagem, Castle passava por trás dela fazendo gestos e brincadeiras sem graça arrancando risos de Beckett. Claramente, os dois estavam desmoralizando a autoridade de Gates logo quando ela defendia e elogiava seus detetives. 

- Acham que esse comportamento é apropriado em uma delegacia?

- Não.

- Tem toda a razão.

- O que está querendo infligir à minha imagem?

- Desculpe, senhora, é disso que estava falando? – Beckett ainda estava um pouco surpresa por não estar assistindo sua cena intima com Castle.

-Só isso? E não é o bastante? Eu deveria procurar mais alguma coisa? Algo naquela gravação que disseram que sumiu?

-Não. Mesmo. Nada. – ainda apreensiva com tudo aquilo. Castle reafirmou.

-Não, não. De repente, barulhos de acordes e risadas povoavam o salão. Isso chamou a atenção de Gates - Pelo amor de... O que é essa bagunça aí fora? Preciso ver toda a gravação. Entendeu? Tudo – E saiu para o salão. Beckett olhou pra Castle e riu. Fizeram um high five. Enquanto isso, Esposito cantava junto com Buck a música da partitura. Castle achou aquilo muito bacana. O detetive estava mesmo empolgado e sim, levava jeito para a coisa.

- Eu disse que sabia cantar – Espo falou para Castle.

- Eu que ensinei a ele.

Cansada e aliviada que tudo aquilo terminara, Beckett sentiu uma vontade enorme de se vingar daqueles enchiridos da mídia. Então, ela teve uma ideia e chamou o câmera que a seguira durante toda a investigação.

- Venha aqui. Venha. Veja... sei que não a sou a pessoa mais fácil de se lidar, mas vocês têm sido pacientes, então tenho algo para mostrar – ela seguia andando e sendo bem amigável com eles - É um segredo. Nem Castle sabe sobre isso. É um lugar aonde adoro ir. Quando o virem, acho que me entenderão muito melhor – ela chegou até o que parecia uma sala - Entrem. Até o final – mas no fundo era um armário de suprimentos do distrito e Beckett trancou a porta com eles lá dentro. Ria sozinha do que fizera e calmamente voltou ao salão, pegou suas coisas e saiu.


Apartamento de Beckett


Ela estava sentada no sofá lendo uma revista quando a campainha tocou. Ela se levantou para abrir a porta, já sabia que era ele. Castle estava sorrindo e inclinou-se para beija-la. Tinha um ramalhete de flores nas mãos. Kate franziu o cenho.

- Flores, Castle?

- Acho que você merece depois do que aprontou hoje. Sua sorte foi que Gates já havia saído do distrito e o Esposito e eu acalmamos os ânimos do pessoal depois de passarem mais de duas horas presos no armario de suprimentos. Você se superou, Kate. Adorei!

- Ah, bem eles mereceram... quer uma taça de vinho?

- Aceito.

- Castle eu fiquei pensando – ela seguiu para a cozinha – você acha que aquela cena nossa foi removida da gravação. Gates realmente não a viu? - ela estendeu o copo para ele – quer dizer, se visse ela falaria para nós não? A Capitã não deixaria algo assim passar, deixaria?

- Provavelmente não, ela bem que gostaria de ter um pretexto para me expulsar do distrito.

- Bem percebi a puxação de saco que você fez hoje ao final da filmagem do caso. Mas até que ponto conhecemos a capitã?  Será que ela viu e decidiu não comentar agora para esperar pelo momento certo? Por uma chance de nos separar e me expulsar da polícia?

- Kate, acredito que Gates já demonstrou que gosta de seu trabalho e até mesmo de você. Ela a aceitou de volta, a ajudou no caso do 3XK para tentar provar a minha inocência. Esconder informações para um possivel chantagem ou dispensa em outro momento não me parece ser a forma de trabalhar da capitã. No momento, o melhor que fazemos é esquecer isso tudo.

Ele tomou um gole de vinho.    

- Sabe, Esposito me pareceu bem à vontade cantando. Achei bem interessante. Um cara como ele, durão mostrando um lado sutil. Me fez lembrar daquele caso quando comprei o Old Haunt, lembra? Fomos juntos beber aquele whisky maravilhoso... bons tempos o do Capitão Montgomery.

- Piano Man – ela sentou-se ao lado dele no sofá – será sempre lembrado como um momento especial.

- Falando em momentos especiais.... – mas Castle não pode completar seu pensamento safado pois o celular dela tocou e pelo sorriso era uma ligação importante.

- Hey, Daddy! Que surpresa boa... – e assim Kate passou um bom tempo ao telefone com o pai falando sobre assuntos dele, das coisas no trabalho e de como ela estava. Castle continuava ali, aproveitara que Kate sentara-se no sofá e deitou a cabeça no colo dela. Enquanto ela falava ao telefone inclusive sobre ele, Castle fechava os olhos e aceitava os carinhos que ela o oferecia seja no rosto, peito ou o cafuné nos cabelos. Então, Castle teve uma ideia. Quando ela finalmente desligou o celular, ele pode ver o quanto ela ficava relaxada e feliz após falar com o pai.

- Desculpe por isso, Castle mas não é sempre que meu pai liga.

- Valeu pelo cafuné. Estive pensando, o que você acha de nós oferecermos um jantar para eles, nossos pais, quer dizer eu ofereceria e seria uma forma deles se conhecerem pra valer. O que acha?

- Será o momento adequado? Quero dizer, não é cedo ainda? Estamos namorando a pouco tempo e...

- Kate, nos conhecemos a cinco anos. Isso é bastante tempo. E você já tem uma certa intimidade com a minha mãe, com Alexis mas eu apenas encontrei seu pai em circunstâncias desagradáveis. Acho que seria bom até mesmo para eles, você não?

Kate ficou pensativa por uns segundos se perguntando: ela estava pronta para isso? Era de certa forma um passo grande para ela, jantar com os pais. Ah, para com isso você tem o que? 15 anos?

- Hey, você está bem? Olha se você não quiser, tudo bem...

- Não, acho que podemos sim. Mas você vai ter que falar com a sua mãe primeiro, se ela concordar convido o meu pai.

- Combinado.

Na manhã seguinte, essa foi a primeira notícia que Beckett recebera. Castle chegou ao distrito bastante animado.

- Bom dia, Detetive Beckett...

- Essa animação é porque?

- Pode convidar seu pai, minha mãe não apenas aprovou a ideia do jantar como também insistiu em cozinhar ela mesma. Seremos apenas nós quatro. Não é ótimo?

- Sim, é ótimo.  Ela sorriu mas sentiu as borboletas se formando no estomago. Agora era real e ela teria que lidar com isso. Como prometera ligara para o pai e fizera o convite. O próximo passo era ela se preparar para tudo aquilo. Claro que não seria seu primeiro jantar com esse propósito mas era Castle, era importante e queria que tudo saísse perfeito.  Esperava sinceramente que seu pai gostasse de Martha, quer dizer, como alguém poderia não gostar de Martha? Ela é divertida, atenciosa... certo um pouco excêntrica mas ainda assim, tem muito de Castle nela. Oh, Deus! E se ele não aprovar? E se ele não gostar realmente de Castle? Não devia ter concordado com isso.

Kate sabia que poderia estar exagerando e por isso mesmo procurou a pessoa que geralmente a colocava no foco quando isso acontecia, seu terapeuta.

Consultório do terapeuta

- Olá, Kate. É bom te ver. Como vão as coisas? Soube que tiveram um caso e tanto nessa semana. Foi um bom marketing para seu distrito.

- Nem me fale nisso! Foi muito difícil trabalhar com todas aquelas câmeras nos seguindo. Não quero falar sobre isso. Vim aqui por outro motivo. Castle sugeriu um jantar para nossos pais, para que eles se conheçam e eu concordei. Só que agora, estou achando que não foi uma boa ideia. Como eu digo para ele que precisamos desmarcar?

- Desmarcar? Mas porque não seria uma boa ideia?

- Porque... porque isso é demais. Jantar com os pais é algo sério num relacionamento, o torma quase um compromisso. E se algo der errado? Se eles não aprovarem? Não sei se estou pronta para isso.

- O que pode dar errado? E mais vocês já estão juntos não é como se Castle fosse pedir permissão para estar com você. Além do mais, esse receio existe apenas na sua cabeça, Kate. É mais uma clássica forma de sabotar uma coisa muito boa. Aceite, seu relacionamento com Castle é muito sério. Vocês já enfrentaram a morte juntos e não faz muito tempo.

- Eu sei que me preocupo demais com essas coisas mas você deveria ser o primeiro a entender porque eu faço isso, devia saber o quanto isso mexe comigo.

- Eu sei e entendo por isso estou dizendo que você não precisa se preocupar.

- E se meu pai não gostar dele? Quer dizer, ele conhece Castle através de mim, da imagem que passo dele mas e se meu pai não gostar do jeito de playboy egocentrico dele?

- Kate, você é adulta. Seu pai pode não gostar de Castle mas não poderá obriga-la a ficar longe dele. Não importa. Se você estiver feliz, tenho certeza que ele compreenderá. Agora, vá se preparar para o jantar e pare de ficar procurando desculpas para tudo de bom que acontece no seu relacionamento com Castle.

- Você é irritante sabia?

- É parte do trabalho. Ele sorriu. Ela retribuiu o sorriso.  

- Como me deixo levar por todos os seus argumentos, por tudo que você diz?

- Simples, você sabe que eu estou certo. Na verdade, acho que você até já sabia o que eu ia dizer mas quis vir aqui para ouvir da minha boca, em alto e bom tom o que você pensou.

Ela suspirou.

- Você venceu – e foi saindo da sala.

- Bom jantar.

Caminhando de volta ao distrito, Kate começava a aceitar as palavras do terapeuta, ela realmente precisava ouvir isso. Encararia o jantar, afinal o que poderia dar errado? Infelizmente, Kate não tinha ideia do que estava por acontecer naquela noite no apartamento de Castle.       



Continua......

3 comentários:

Gabi Pavani disse...

Hey...
Sou nova por aqui e já AMO suas fics!
Gosto muito do jeito que você escreve, acho que você transcreve muito bem os episódios e isso é muito legal! Mas o que mais gostei de tudo o que tenho lido é a forma como você complementa o episódio! Você coloca no "papel" tudo aquilo que, pelo menos eu, queria ver! Adorei!!!
Quanto a este capítulo da fic... super legal!!! eu tb gostei desse epi, embora muitas pessoas não tenham gostado e eu simplesmente AMEI o lance da bebida que ele prepara pra ela, só pra ela relaxar! Só que pra mim o ponto auge da fic, foi ela reclamando sempre que possível sobre a invasão da SUA privacidade! Adorei! O diálgo dos dois com o diretor tb... ah eu sou suspeita para falar, pq eu gostei muito! Hehehe!
Parabéns! Continue assim, você é muito talentosa!!! Bjão...

Marlene Brandão disse...

O epi foi um teste de paciência para todos no distrito,até para bruxa da Gates particulamente gostei,não deve ser nada fácil ter uma camera atras de você,Beckett tirou de letra. Não sei se EU,consiguiria.
Confesso que em momentos pensei"caramba! ela vai explodir a qualquer momento",me enganei.Amei o epi e a fic!

larynhapaulista disse...

Karen vou fazer um comentário rápido porque estou atrasadíssima com seus episódios da fic.

Como sempre um ótimo capítulo, conseguiu acrescentar ótimas sequências nas cenas. Sem dizer que adorei o final,com Kate falando com o seu pai enquanto Castle estava com ela no apartamento e depois sua dúvida quanto ao jantar e sua conversa com o terapeuta.

Abraços