sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

[Castle Fic] New Year's Heat




New Year’s Heat
Autora: Karen Jobim
Classificação: NC-17
Gênero: AU 
Advertências: Romance,sexo – After Secret Santa 
Capítulos: one-shot
Completa: [ x ] Sim [   ] Não

Resumo:  Depois de passarem o natal juntos, Castle vê a oportunidade perfeita para celebrar o ano novo com Kate. Será que ela estava pronta para uma festa romântica a dois?

Nota da Autora: Hiatus sucks! Depois de um episódio muito bem feito de natal, nós acabamos querendo mais. Então eu decidi, só pra nos divertir, escrever uma fic sem muito esforço. Aqui são apenas palavras para nos fazer rir e matar a saudade do nosso casal,ok? Nada de ligações, assassinatos ou dúvidas....hum talvez algumas mas nada realmente preocupante. Vamos nos divertir! Presentinho de ano novo pra vcs!

PS: A música mencionada na fic é de Joe Cocker – You can leave your hat on – escutem e vocês vão entrar no clima.  

Atenção NC-17.....



New Year’s Heat


Apartamento de Castle
29 de dezembro


Castle estava terminando de tomar seu café quando Alexis desceu já com a sua mala, ela voltaria para o campus e já avisara que não passaria o ano novo com ele. Na verdade, Castle adorou a ideia.

- Já de saída? 

- Sim combinei com uma amiga de encontra-la na esquina em cinco minutos – ela foi até ele e beijou-lhe no rosto – divirta-se com Beckett e feliz ano novo, pai.

- Certo, você também juízo!

- Eu que deveria dizer isso. E saiu rindo.

Castle já sabia que estaria sozinho, a mãe também viajara ontem e ele decidiu aproveitar o bom momento que passaram no natal para aproveitar a época do ano novo e ficar a sós com Kate. Somente precisava convencê-la a não trabalhar. Talvez fosse mais fácil agora que ela voltara a abraçar as tradições de fim de ano. Mas a grande pergunta era para onde iriam? Ele não queria passar a virada do ano no apartamento, viajar não tinha mais tempo só restava mesmo os Hamptons. Ok, o lugar não combinava tanto com o fim de ano já que era inverno. Bem, ele sabia que haveria pessoas por lá, ele mesmo recebera uns três convites para festas. Não adiantava ficar apenas cogitando, tinha que falar com ela. Assim, levantou-se e foi até o distrito.


12th Distrito


Beckett estava dando uma consulta a um caso do tribunal, Gates a designou para isso pois sabia quanto ela era boa nisso. Beckett lia os detalhes do caso e fazia suas próprias anotações quando Castle chegou com um copo de café para ela.

- Olá Detetive Beckett!

- Hey, Castle! Não esperava você por aqui hoje, não temos nenhum assassinato para investigar.

- Quer dizer que somente posso aparecer por aqui quando você me chama para usar minha inteligência para ajuda-la a pegar os assassinos?

- Hum, é isso, você disse tudo - ela sorriu – obrigada pelo café.

- Estou magoado. Você só quer me usar! Será que não aprecia em nada minha companhia? – ele a viu entortar a boca e rapidamente acrescentou – ou você pode me usar de qualquer jeito que quiser, pra qualquer coisa se é que você me entende.

- Certo, tudo bem, porque você realmente está aqui?

- Ora, vim visitar você. Sinto sua falta, será que com o nível do nosso relacionamento eu não posso sentir saudades e querer te visitar? Ele disfarçadamente acariciava a mão dela. Sorrindo, Beckett não se deixou enganar. 

- Eu te conheço muito bem Rick Castle, então porque você não me conta o que está maquinando nessa sua mente brilhante?

- Eu agradeço o elogio mas não sou tão transparente assim.

- Sério? Desembucha.

- Ok, estava pensando sobre o que vamos fazer na véspera do ano novo. Como não fiz planos para a data, queria te convidar para voltarmos aos Hamptons. Somente eu e você.

- Mas estamos no inverno...

- Eu tenho uma lareira e além do mais não pretendo sair do quarto a maioria do tempo – ele piscou para ela – aquela maratona que propus no natal ainda está de pé. O que me diz? E por favor não me diga que vai trabalhar.

- Castle eu não sei se vou trabalhar. E dessa vez não estou mentindo. Talvez precise convencer Esposito a trabalhar no meu lugar.

- Esposito? Sei... você pode me deixar tentar? Quer dizer, depois de você, se ele não aceitar sua proposta.

- Combinado. Espere aqui.

Ela se levantou tomando ainda o café que ele trouxe para ela e Castle já ficou pensando em como chantagearia o detetive, sim porque em se tratando de Esposito, nada era de graça. Ele via Beckett conversando com o amigo e pelos gestos já entendera que não teria chance. Ele não cederia a Kate sem lucrar. Viu quando ela retornava para sua mesa. Ela sentou-se e permaneceu calada.

- Deixe-me adivinhar, ele não cedeu mas está disposto a negociar.

- Eu tentei mas acredito que amizade não é tudo por aqui especialmente quando se namora um autor de Best-sellers rico.

- Já entendi. Vou ter que aceitar a chantagem. Alguma ideia do que ele quer?

- Não me disse...

- Tudo bem, vou lá. Deseje-me sorte, afinal nosso fim de ano depende disso.

- Você vai tirar de letra! Afinal você não é qualquer um, é Rick Castle um cara que anda com 2 mil dólares no bolso – ela provocava.

- Quer parar de me sacanear?

- Desculpa, não posso. E começou a rir.

- Sem graça!

Ele caminhou até o Esposito e cumprimentou-o. Sem rodeios, ele foi logo começando a negociação.

- Então, Esposito. O que preciso te oferecer para poder passar o reveion com a minha musa? Um par de ingressos para o jogo dos knicks na fila da frente, uma volta na Ferrari...

- Não, isso é muito simples para você. Quero algo mais interessante e nada de pão durice. Um par de ingressos? Ah você já foi bem melhor!

- Isso é chantagem!

- Não, isso é pra mostrar a Beckett o quanto você quer ficar com ela na véspera de ano novo. Que tal um encontro com uma supermodelo?

- Você? Com uma supermodelo? Há!

- O que? Está duvidando do meu charme? Tudo bem, aproveite seu fim de ano sozinho.

Esposito virou-se e já ia deixar Castle no vácuo quando ele chamou-o novamente. Droga! Ele não podia ficar sozinho.

- Esposito espere! Tenho uma proposta – ele viu o rapaz virar-se – talvez não tenha como oferecer um encontro com uma supermodelo mas que tal ter a oportunidade de andar entre várias delas e quem sabe, com o seu charme latino você até se dê bem?

- Continue... – agora Esposito parecia interessado.

- Haverá uma festa com as modelos da Victoria’s Secret no dia 2. Como eu estou comprometido, ia responder que não ia mas agora posso te dar meu convite. São dois. Haverá bebidas, comidas e desfile... de lingerie! Que tal? Temos um acordo?

- Supermodelos, de lingerie?

- Sim!

- Ok, aceito. E mais um par de ingressos para os knicks.

- Mas eu já – Esposito fechou a cara e ele logo mudou de ideia – tudo bem, mais os pares de ingresso mas você irá trabalhar do dia 30 ao dia 01 combinado?

- Fechado. E apertaram as mãos.

Castle voltou para a mesa de Beckett.

- Tudo certo. Foi moleza.

- Sério? Porque de onde eu assistia parecia que você estava bem enrolado – ela implicou.

- Nah, só estava usando minhas habilidades de jogador de poker com ele. O mais importante é que consegui sua folga e já podemos ir amanhã para os Hamptons. Então, arrume suas malas e prepare-se para a diversão. Pego você às 9h da manhã.

Ele saiu e ela sorriu. Esposito veio em sua direção.

- Seu namorado é muito trouxa ou gosta muito de você. Dispensar um monte de modelos da Victoria’s Secret não é para qualquer um.

Aquilo fez Beckett sorrir ainda mais e ansiar pelos dias ao lado dele.

No dia seguinte, Castle pontualmente passou no apartamento dela e seguiram juntos para os Hamptons. A casa parecia bem diferente agora no inverno. Kate podia dizer que se surpreendera com a decoração de natal mas depois de ver o quanto Castle era ligado na data, ela já não achava estranho. Os jardins ainda que bem cuidados, estavam sem folhas e ainda havia um resto de neve nos cantos da casa resultado da nevasca leve de um dia atrás. Assim que entrou na casa, ela reparou que a temperatura esquentara. Tirou o cachecol e as luvas de imediato e foi avisada por ele para tirar o casaco também pois o aquecimento estava ligado. Porque ela não se surpreendera?

Logo que arrumaram suas coisas, ele a serviu com uma taça de vinho e avisou que o almoço logo estaria pronto. Hoje ela não cozinharia. Castle parecia bem à vontade no balcão e à beira do fogão. Picava alguns temperos para fazer um refogado e separava uma massa. Em outra panela, ele colocara água para ferver.

- Sabe, acho que tenho aproveitado pouco essa historia de namorado. Você leva jeito mesmo para cozinhar, estou considerando levar a sério esse lance de escravo doméstico.

- Pena que detesto lavar roupa mas cama e mesa é comigo mesmo.

- Sem vergonha!

- Olha quem fala? Foi você que sugeriu. Aproveitando que estamos falando de planos e favores, estava pensando em cearmos aqui mesmo amanhã e não se preocupe, você não irá cozinhar. Já falei com um conhecido e posso reservar o nosso jantar. Será servido aqui mesmo a menos que você prefira ir para um restaurante o que seria muito difícil de conseguir nessa altura mas não para mim.

- Sei... quer parar de se exibir?

- Não estou me exibindo, apenas atestando fatos. O que você prefere?

- Acho que ainda prefiro uma coisa mais íntima, não sei se estou pronta para ser vista com você por aqui, você lembra bem o que aconteceu da outra vez. A última coisa que quero ouvir no ano novo é que sou uma interesseira atrás do escritor rico e mais cobiçado de New York ou pior.

- Tudo bem. Intimo será e apenas para sua informação, você nunca seria vista como uma interesseira talvez como uma supermodelo e além do mais, fui eu que tive que correr atrás de você, não o contrário. Kate Beckett não é mulher de se rebaixar para conseguir o que quer, ela apenas consegue.

- Hum... isso foi um elogio? - ela se inclinou no balcão – porque a meu favor, isso é verdade. Eu consigo o que quero. E ela o beijou vagarosamente e tão sensual que Castle gemeu e deixou a colher que mexia a panela do molho cair no chão, espirrando um pouco no braço dele. Sem se importar, ela segurou a mão dele e lambeu o lugar. Olhou para ele e sorriu marota.

- Hum, está delicioso...

Ele não quis saber de comida. Ergueu-a no balcão e avançou nos lábios dela com vontade. Kate foi logo se livrando do avental que ele usava e também da camisa. Castle puxou a camiseta branca que ela usava e jogou-a no chão. Com ambas as mãos, ele acariciava os seios dela por sobre o soutian enquanto os lábios não se cansavam de realizar um balé de movimentos que apenas servia para aumentar o calor e o desejo de ambos. Ela desfez o botão da calça dele e Castle a empurrou gentilmente no balcão a fim de livrar-se da calça jeans que ela usava juntamente com a calcinha. Kate mordiscava os ombros dele e deixava suas unhas arranhar a pele do peito dele, tudo porque a urgência de tê-lo dentro dela era grande demais. E Castle não esperou. Ele a penetrou de uma vez fazendo-a gritar. E não esperou nem mais um minuto para mover-se dentro dela. Puxou-a com força contra si e rapidamente a dominou com movimentos rápidos e precisos. Kate sentia o coração bater descompassado e o calor especifico e familiar que sentia ao toque de Castle, fez seu corpo tremer reagindo a todas as sensações provocadas por ele. Desejo de pele, de vida, de júbilo. Poucos minutos depois, ela cedeu ao orgasmo tomando os lábios dele mais uma vez, ela sussurrou ao ouvido dele.

- Porque a sobremesa primeiro, Rick?

E soltou uma gargalhada jogando a cabeça para trás. Aproveitando a deixa, ele segurou os seios com as mãos e beijou-os um a um. Brincou com o fecho do soutian até soltá-lo e poder provar os mamilos que já estava rijos novamente, prontos para o toque dele. Ele os sugou um de cada vez e logo em seguida, beijou a cicatriz do tiro. Feito isso tornou a beija-la e aumentar o ritmo do movimento fazendo Kate agarrar-lhe os ombros para pouco depois ambos cederem a um novo orgasmo.

Saciados, eles ficaram um tempo envoltos no abraço deles. Quando voltaram a se olhar, Castle pode ver o brilho nos olhos verdes intensos.

- Agora que você já experimentou a sobremesa, sinto muito mas não vou ficar sem meu almoço. Que tal terminar o que começou?

Percebendo o que acontecera ali, ela ponderou. Afinal, o lugar onde eles acabaram de fazer essa loucura ficava a poucos metros de onde ele cozinhava.

- Hum, pensando bem... pizza?

- Boa pedida!

Ele se recompôs e foi atrás de um numero de delivery. Kate vestiu-se e tratou de ajeitar o lugar. As vezes, ela não sabia que loucura era essa que os dominava tão fortemente que eles mal conseguiam manter as mãos longe um do outro.


31 de dezembro


O céu do Hamptons estava limpo apesar da temperatura local marcar cerca de 5 graus. Mais tarde, era esperado algo em torno de zero grau ou negativo. Kate observava o céu da varanda de Castle. Depois do quarto e da piscina, esse era seu lugar preferido da casa. Era somente a segunda vez que estava ali e já se sentia em casa com direito a lugares preferidos e isso não era algo comum ou típico de Kate Beckett.

Porém, esses últimos meses ao lado dele tinham feito muito bem a ela. Nem todos os momentos foram lindos e apaixonados. Ela teve crise de ciúmes, dúvidas, momentos bem interessantes como a primeira vinda aos Hamptons, além de momentos tensos como o jantar com os pais deles. Na sua opinião, o momento mais difícil que passara foi quando viu Castle ser acusado de algo que não cometera. Assassinato. Castle jamais seria um assassino, talvez ele um dia matasse por ela como fizera com Tyler, nada a sangue frio. Mesmo ali, ela não deixou de acreditar nele nem por um segundo e havia sempre duas coisas que serviam de esteio para quando ela queria fraquejar: o olhar de compreensão e admiração, o olhar que dizia tudo e as palavras tão bem colocadas como apenas ele sabia fazer, a arma mais poderosa de um escritor e que era responsável pelo encanto que sentira por ele desde a primeira vez quando Castle era apenas seu escritor preferido e ela uma simples fã do gênero.

Ela sentiu os braços a envolverem por trás e um beijo na nuca que fez seus pelos se arrepiarem.

- Hey, o que você tanto faz ai? Estou me sentindo trocado pela paisagem. Um beijo por seus pensamentos.

Ela virou-se para ele e beijou-o.

- Não tenho nada a esconder. Estava fazendo um balanço do ano. Do nosso ano.

- Mesmo? Isso não deveria acontecer mais tarde?

- Não se deve ter hora para fazer reflexões.

- E qual a sua conclusão sobre o ano? – beijando-lhe o ombro.

- Foi um bom ano. 

- Um bom ano? Apenas bom? – ele a virou para fita-la - Ah, você está sendo muito exigente Detetive Beckett.

- Talvez, ou essa seja a forma de garantir que o próximo seja ainda melhor, ótimo. Qual seria a graça se todos os anos fossem ótimos? O que teríamos a nossa frente? Aquela esperança de melhoria e superação que ronda nossos desejos mais íntimos, aquela chama simplesmente seria descartada ou esquecida. É por isso que digo que esse foi um bom ano.

- Nossa! Você parece estar usando minhas palavras, Kate. Tenho que me cuidar ou posso desaparecer como escritor.

- Se cuide porque eu já estou até escrevendo cenas de sexo entre Nikki e Rook – ela envolveu os braços no pescoço dele e beijou-lhe suavemente os lábios – quem sabe não escreva o próximo livro de Heat? Falando em cenas quentes talvez a gente pudesse... – mas Kate não terminou a frase aprofundando os lábios e o beijo. Perderam-se por uns instantes e Castle finalmente quebrou o contato.

- Por mais que eu adorasse partir para mais uma rodada, eu quero que você se arrume. Todo o jantar está encaminhado, a champagne no gelo, o clima perfeito para nossa primeira virada do ano juntos e não quero apressar as coisas, quero que aproveitemos cada minuto juntos para encerrar bem o que você chamou de um bom ano.

Ela sorriu e concordou.

- Tudo bem. Vou me arrumar.

Kate estava dando os últimos retoques na maquiagem. Castle pensava que apenas ele tinha algo especial para a noite. Não mesmo. Ela também preparara algo interessante e conhecendo o homem que ele era, Castle ia adorar, podia apostar.

Ela desceu as escadas trajando um vestido branco colado ao corpo. A sandália prata era super alta e de salto fino do jeito que ela gostava. Os cabelos estavam presos num coque deixando apenas duas mechas caírem sobre os ombros. No pescoço uma gargantilha bem simples. Castle a esperava com um copo de vinho branco nas mãos. Ele vestia uma calça preta, uma camisa vermelha e o blazer. Estava muito charmoso.

- Você está testando minha saúde Detetive?

- Esse vestido simples? – ela falou dando uma de inocente – não há nada de mais nele.

- Exceto o fato de estar colado no seu corpo perfeito ressaltando cada curva e – ele parou de falar quando ela deu uma volta – e essa costa totalmente...- ele engoliu em seco – nua... você é má, Kate...

Ela foi até ele e beijou-o. Depois tirou a taça da mão dele tomando o primeiro gole do vinho.

- A julgar pela cor que você veste, não se preocupa com as supertições da virada de ano, taí algo realmente novo sobre você, Castle. Achei que seguisse religiosamente as tradições.

- E sigo. Vê a camisa vermelha é por querer muita paixão no ano que está vindo. Nosso jantar? Porco, lentilhas e uvas para a meia-noite além do champagne. Então não diga que não sigo tradições.

- Mas você está vestindo preto! Não é uma cor recomendada para a virada.

- História interessante. Anos atrás quando ainda tentava publicar meu primeiro livro, depois de vários nãos recebidos, eu estava arrasado e me questionava se eu realmente chegaria a ser um escritor de sucesso. Deprimido, eu decidi passar a virada do ano usando preto, veja eu não tinha nada a comemorar e a sorte definitivamente parecia estar fugindo de mim. O ano novo entrou e com ele veio a primeira chance real com a editora. O primeiro livro finalmente chegara às livrarias e logo em seguida, minha agente me pedia o segundo. Desde lá, o preto sempre esteve presente na minha roupa de ano novo.

- Claro, não seria Rick Castle se não levasse as supertições à serio – ela o beijou e voltou sua atenção ao champagne. De mãos dadas, eles seguiram para a frente da lareira. Ali, ficaram um bom tempo namorando até que uma campainha tocou avisando que o porco estava pronto. Castle a levou para a varanda. Kate ficou surpresa ao ver o esmero dele com a preparação do jantar. A mesa elegantemente colocada com taças, pratos e guardanapos adequadamente compostos como em um restaurante chique. O arranjo de flores naturais e velas ao centro da mesa também estava muito bonito. Ele puxou a cadeira para ela e convidou-a para sentar. Em seguida, sentou-se de frente para ela e tocou com a faca de leve na taça de cristal. Em um minuto, um garçon apareceu do nada trazendo a entrada para eles. Ostras seguido de porções de queijo fino. O rapaz serviu mais vinho a eles e se retirou.

- Castle, você concordou com algo intimo. De onde veio esse garçon?

- Não é porque queremos um momento a dois que teremos que nos preocupar com comida ou bebida e como devem ser servidas.

- Oh, Castle... tinha que ser você mesmo. Está tudo tão lindo, tão perfeito.

- Calma, a noite está apenas começando Kate.

- Pode apostar que sim – ela ergueu a taça – a nós. E ele brindou e respondeu.

- A um bom ano.

O jantar continuou de maneira impecável. O prato principal, pernil ao molho de ervas e hortelã estava divino assim como o arroz com lentilhas. Uma garrafa de vinho já se fora e por vários momentos durante o jantar, Kate buscava por ele, seja um carinho nas mãos, um roçar de pernas de leve por baixo da mesa, um beijo rápido. A cada minuto que passava, ela não conseguia perceber nada de errado naquela noite. Seria uma noite para guardar com carinho entre suas lembranças independente do que acontecesse dali para frente. Para a sobremesa, ele sugeriu que eles fossem até a lareira saborear o doce e um bom café com licor enquanto esperavam a meia-noite. Kate estava curiosa para ver os fogos da varanda de Castle. Terminado o café, Castle deu ordem ao garçon para preparar o champagne e as taças no local previamente informado e o dispensou. Faltavam dez minutos para a meia-noite quando ele a puxou pelas mãos para irem à varanda.

A noite estava linda, várias estrelas cobriam o céu límpido. A temperatura caira bastante e o vento vindo do mar causava arrepios no corpo de Kate. Ciente disso, Castle tinha deixado um casaco branco dela próximo à varanda. Cobriu-lhe os ombros.

- Obrigada - Ele a abraçava pela cintura – adorei a noite, Castle.

- Hey, ela não terminou ainda. Faltam apenas cinco minutos para a meia-noite. Cinco minutos nos separam de mais um ano, de expectativas, mistérios, dificuldades e incertezas. O momento é para repassar tudo o que vivemos nesse ano que termina, fazer um balanço das nossas conquistas, perdas e aprendizados.

- E como você, Rick Castle, definiria o ano?

- Para mim, foi um ano excelente. Não costumo me ater apenas às coisas boas que acontecem, penso nas ruins e o mais engraçado é que são elas, as ruins ou os momentos difíceis que trazem o melhor do ano. Por exemplo, se você não fosse teimosa o bastante para não aceitar meu conselho e deixar de perseguir o algoz da sua mãe e o seu também, talvez nós não estivéssemos aqui hoje. Juntos. Se você não tivesse enfrentado a morte não apareceria no meu apartamento dizendo que apenas me queria. Nós construímos uma amizade e foi através da confiança que criamos um no outro que estamos aqui. Outras situações nos testaram mas todas apenas serviram para nos tornar mais fortes. O nosso caso mais complicado, o do 3XK nos fez demonstrar o quanto confiamos e lutamos um pelo outro. Não tenho arrependimentos, não tenho dificuldades. Estou aqui nos braços da mulher que amo e admiro, olhando para um céu que de tão lindo parece ter sido encomendado para nós. Não foi um bom ano, Kate, foi um ano mágico.

Ele percebeu que ela tinha lágrimas nos olhos mas o sorriso continuava iluminando o rosto tão bonito. Ela acariciava a gola da camisa dele com os dedos como já fizera tantas vezes e deixou-os deslizar sobre o peito dele. Castle deu uma olhada rápida no relógio. Quinze segundos. Ela aproximou o corpo e os lábios dele e o beijo foi um misto de tudo o que as palavras de Castle podiam representar em sentimento. Nada poderia tornar aquele momento ainda mais perfeito. Ou quase nada. Os foguetes começaram a inundar o céu dos Hamptons e finalmente eles quebraram o beijo. Os olhares fixos como sempre acontecia entre eles e Castle apenas sorriu ao falar.

- Happy New Year, Kate.

- I love you, Castle. Happy New Year. 

Diante da revelação, ele fez o que podia fazer. Beijou-a profundamente.

- I Love you too. Always - E deixou a mão acariciar o rosto dela – agora está perfeito.

Ele pegou a champagne e estourou derramando a bebida pelo chão da varanda. Serviu as taças e eles fizeram o brinde oficial.

- A um ótimo ano, Castle.

- A outro ano mágico, minha musa. Eles beberam o champagne e ficaram observando o céu cheio de fogos abraçados. Quando os fogos cessaram, Kate bebeu o último gole da sua taça de champagne e pediu licença para ir ao banheiro. Castle decidiu entrar e sentar no sofá pois sabia que ela estava sofrendo com o frio da noite. Ele bebericava a taça de champagne quando ouviu os acordes de uma música. Estranhando, ele olhou para trás apenas para encontrar Kate com o mesmo casaco fechado sobre o vestido, o batom vermelho nos lábios e uma cartola branca na cabeça. Sorria e remexia o corpo no ritmo da musica que agora Castle reconhecera pelo sax como a famosa “You can leave your hat on” de Joe Cocker. Ela brincava com a cartola se aproximando dele dançando. Ela rebolava a frente dele e obedecia certas frases da musica.


Baby take off your coat real slow, baby take off your shoes I’ll take off your shoes… baby take off dress, yes, yes, yes…
But you can leave your hat on, you can leave your hat on… you can leave your hat on!


Ela tirou os sapatos elevando uma das pernas para tocar com o pé no meio das pernas dele provocando-o. Castle a olhava intensamente e deixou sua mão tocar a pele macia da perna dela. Visando tortura-lo, ela tirou a perna e continuou dançando. Ela ameaçou tirar o vestido puxando uma das alças mas em vez disso, ela o surpreendeu sentando no colo dele e remexendo-se para atiça-lo. Castle sentiu um calor formar-se por baixo da pele e o membro já despontava excitado. Ela passava as mãos pelo corpo ainda rebolando no colo dele aquilo tudo o levava a loucura. Ele passou as mãos pela lateral do corpo dela chegando até os seios. Percebendo que ele já estava se animando para pular algumas etapas, ela se levantou sob protestos dele. De frente para ele, Kate abriu o zíper do vestido e deixou-o deslizar vagarosamente pelo corpo. Ficara apenas de calcinha e com a cartola na cabeça. Ela debruçou-se sobre ele e roubou-lhe um beijo enquanto as mãos abriam os botões da camisa. Com o peito nu a sua frente, Kate passou a deslizar os lábios deixando uma trilha de beijinhos no peito dele, ele tentou toca-la mas Kate escapou. Ela rebolava na frente dele agachando conforme a musica tocava.


You give me reason to leave, you give me reason to live , you give …ah!


Ela abriu a calça dele com destreza e Castle encarregou-se de descê-la rapidamente até o chão levando com ela a cueca. O membro exibia sua forma mais rígida. Sem querer mais atrasar o momento, Kate baixou a calcinha e sentou-se novamente no colo, de frente para ele usando apenas a cartola. Ele roubou um beijo dela, o toque era urgente, Kate mordiscou os lábios dele e sorriu ao vê-lo tentar pegar a cartola da cabeça dela. Kate tirou a peça por um instante e colocou na cabeça dele apenas para soltar o coque e balançar os cabelos provocando-o na frente dele, tornou a colocar a cartola na cabeça quando sentiu as mãos dele passeando por seu corpo, sentindo o calor da pele sedosa numa dança verdadeiramente prazerosa. Ela mesma ajeitou o corpo para recebê-lo e molda-lo da melhor maneira, estava pronta para o prazer.

Castle pode perceber o quanto ela estava pronta para ele. Úmida o suficiente para gemer ao senti-lo totalmente dentro de si. Ele tocava-lhe os seios acariciando-os da maneira que somente ele sabia fazer para excita-la. Kate beijou-o intensamente explorando cada centímetro da boca tão desejada. Castle começara a se mover dentro dela provocando todas as reações desejadas. A entrega era completa, intensa e em poucos minutos ambos renderam-se ao prazer. Quando o orgasmo a tomou fazendo-a tremer e jogar o corpo para trás, ele estava lá para segurá-la e mantê-la segura mais uma vez. Ele aproveitou para instiga-la um pouco mais tomando um dos seios em sua boca e sugando o mamilo, tudo aquilo aumentava a libido dela e a fazia clamar por mais. Chamar por ele.

Castle a ergueu e recomeçaram novamente a dança do prazer. Dessa vez, o ritmo era acelerado. Não mais a cadencia do balé e sim a fúria de amantes que se buscam, se completam, se amam. A explosão fora ainda mais intensa prova do desejo, do sentimento e da cumplicidade dos dois. Ela se deixou cair sobre o corpo dele, seus lábios perdidos no pescoço dele ainda murmuravam palavras inaudíveis e roçavam a pele com gosto masculino.

Suados, cansados e satisfeitos eles permaneceram naquela posição por um bom tempo. Era tão surreal e ao mesmo tempo tão certo. Foram necessários cinco anos, muitos assassinatos e várias quase-mortes para uni-los. O resultado era tão perfeito que os levava a pensar porque evitaram de render-se por tanto tempo.

Kate finalmente ergueu a cabeça e fitando pela primeira vez após fazerem amor, ela sorriu. Acariciou o rosto dele e beijou-lhe a testa, as bochechas, o queixo, o nariz e por fim os lábios.

- Agora sim, a noite está perfeita.

- Ás vezes me pego acreditando que vivo entre realidade e ficção. A bela mulher que antes jantava comigo era Kate Beckett, minha musa. De repente, me vejo sendo engolido por um furacão conhecido como Nikki Heat. Fica difícil definir onde uma começa e onde a outra termina.

- Talvez você esteja olhando a imagem a sua frente pela perspectiva errada. Há uma linha tênue entre realidade e ficção, o único problema nesse caso é que não existe a linha entre Beckett e Heat, eu sou as duas no exato momento que me for apropriado. Foi exatamente por isso que você me escolheu como musa, por eu ser verdadeira quando preciso, corajosa quando é necessário e dominadora sempre que eu precisar mostrar quem manda.

- Wow! E eu não tenho como não me apaixonar novamente. Ah, Kate... devo concordar com você. Isso é perfeição.

Ele a beijou carinhosamente e ela se levantou. Pegando o casaco, ela vestiu-o e sugeriu.

- Então Castle, o que me diz de levar essa festa para o andar de cima?

- Seiu pedido é uma ordem, Kate....

De mãos dadas, eles subiam a escada trocando pequenas caricias. Ao chegar à porta do quarto, ele a beijou novamente e falou:

- Eu disse que minhas supertições sempre davam certo, a camisa vermelha... e esse momento de paixão intensa. Me faz pensar se no primeiro dia do ano já estamos nesse fogo todo, talvez eu escreva não apenas um Hamptons Heat esse ano. O que você acha de pelo menos três?

- Calma, Castle. A vida não é feita dos Hamptons, ainda teremos muitos assassinos para colocar atrás das grades e além disso não sei se você aguenta ação suficiente para três livros de Nikki Heat.... – ela disse provocando e olhando em direção ao membro dele como quem faz pouco. Castle não se deixou abater. Puxando-a com força contra seu corpo, ele a deixou sem fôlego com um beijo arrebatador.

- Quer apostar, Detetive?

E ela gargalhou caindo com ele sobre a cama.


The End                            


5 comentários:

Gabi Pavani disse...

Adoreeei eles terem ido para os Hamptons e curtido a virada do ano juntos!!!
Fazendo o que eles fazem de melhor "be perfect together"!
A nc ficou na medida certa!! Adorei!!!

Marlene Brandão disse...

Bem,que fim de ano dos deuses.Inveja branca da Beckett,o Esposito não deixa barato grande amigo hein!.Mas Castle faz tudo para ter sua musa em uma data tão especial até abrir mão de super modelos.amei a fic.
Parabéns!

MarluLeles disse...

Nossa como o Cas é fofo...

- Castle, você concordou com algo intimo. De onde veio esse garçon?

- Não é porque queremos um momento a dois que teremos que nos preocupar com comida ou bebida e como devem ser servidas.

Uau!!! Tive que tomar um litro de água gelada que NC hem?

larynhapaulista disse...

Esposito se diz "irmão" da Beckett, mas nessas horas só quer lucrar com o romance dos dois. Só queria saber se ele se deu bem com as modelos.

Rick e Kate passando Ano Novo nos Hamptons não poderia ser melhor. Várias ótimas cenas íntimas entre eles e Kate nessas horas não poderia deixar de ser menos Nikki Heat do que foi.

Ótimo capítulo de Ano Novo Karen.

Beijos

Unknown disse...

Ameeeeeei. E foi um ótimo ano pra eles mesmo.
E nossa, esse fogo todo nos primeiros minutos do ano, imagina no resto do ano kkkkk
Ficou demais, parabéns.
Beijos
C.