New Year’s Heat
Autora: Karen Jobim
Classificação:
NC-17
Gênero:
AU
Advertências:
Romance,sexo – After Secret Santa
Capítulos:
one-shot
Completa:
[ x ] Sim [ ] Não
Resumo: Depois de passarem o natal juntos, Castle vê a
oportunidade perfeita para celebrar o ano novo com Kate. Será que ela estava
pronta para uma festa romântica a dois?
Nota da Autora: Hiatus
sucks! Depois de um episódio muito bem feito de natal, nós acabamos querendo
mais. Então eu decidi, só pra nos divertir, escrever uma fic sem muito esforço.
Aqui são apenas palavras para nos fazer rir e matar a saudade do nosso
casal,ok? Nada de ligações, assassinatos ou dúvidas....hum talvez algumas mas
nada realmente preocupante. Vamos nos divertir! Presentinho de ano novo pra
vcs!
PS: A música mencionada
na fic é de Joe Cocker – You can leave your hat on – escutem e vocês vão entrar
no clima.
Atenção NC-17.....
New Year’s Heat
Apartamento de Castle
29 de dezembro
Castle estava terminando
de tomar seu café quando Alexis desceu já com a sua mala, ela voltaria para o
campus e já avisara que não passaria o ano novo com ele. Na verdade, Castle
adorou a ideia.
- Já de saída?
- Sim combinei com uma
amiga de encontra-la na esquina em cinco minutos – ela foi até ele e beijou-lhe
no rosto – divirta-se com Beckett e feliz ano novo, pai.
- Certo, você também
juízo!
- Eu que deveria dizer
isso. E saiu rindo.
Castle já sabia que
estaria sozinho, a mãe também viajara ontem e ele decidiu aproveitar o bom
momento que passaram no natal para aproveitar a época do ano novo e ficar a sós
com Kate. Somente precisava convencê-la a não trabalhar. Talvez fosse mais
fácil agora que ela voltara a abraçar as tradições de fim de ano. Mas a grande pergunta
era para onde iriam? Ele não queria passar a virada do ano no apartamento,
viajar não tinha mais tempo só restava mesmo os Hamptons. Ok, o lugar não
combinava tanto com o fim de ano já que era inverno. Bem, ele sabia que haveria
pessoas por lá, ele mesmo recebera uns três convites para festas. Não adiantava
ficar apenas cogitando, tinha que falar com ela. Assim, levantou-se e foi até o
distrito.
12th Distrito
Beckett estava dando uma
consulta a um caso do tribunal, Gates a designou para isso pois sabia quanto
ela era boa nisso. Beckett lia os detalhes do caso e fazia suas próprias
anotações quando Castle chegou com um copo de café para ela.
- Olá Detetive Beckett!
- Hey, Castle! Não
esperava você por aqui hoje, não temos nenhum assassinato para investigar.
- Quer dizer que somente
posso aparecer por aqui quando você me chama para usar minha inteligência para
ajuda-la a pegar os assassinos?
- Hum, é isso, você disse
tudo - ela sorriu – obrigada pelo café.
- Estou magoado. Você só
quer me usar! Será que não aprecia em nada minha companhia? – ele a viu
entortar a boca e rapidamente acrescentou – ou você pode me usar de qualquer
jeito que quiser, pra qualquer coisa se é que você me entende.
- Certo, tudo bem, porque
você realmente está aqui?
- Ora, vim visitar você.
Sinto sua falta, será que com o nível do nosso relacionamento eu não posso
sentir saudades e querer te visitar? Ele disfarçadamente acariciava a mão dela.
Sorrindo, Beckett não se deixou enganar.
- Eu te conheço muito bem
Rick Castle, então porque você não me conta o que está maquinando nessa sua
mente brilhante?
- Eu agradeço o elogio
mas não sou tão transparente assim.
- Sério? Desembucha.
- Ok, estava pensando
sobre o que vamos fazer na véspera do ano novo. Como não fiz planos para a
data, queria te convidar para voltarmos aos Hamptons. Somente eu e você.
- Mas estamos no
inverno...
- Eu tenho uma lareira e
além do mais não pretendo sair do quarto a maioria do tempo – ele piscou para
ela – aquela maratona que propus no natal ainda está de pé. O que me diz? E por
favor não me diga que vai trabalhar.
- Castle eu não sei se
vou trabalhar. E dessa vez não estou mentindo. Talvez precise convencer
Esposito a trabalhar no meu lugar.
- Esposito? Sei... você
pode me deixar tentar? Quer dizer, depois de você, se ele não aceitar sua
proposta.
- Combinado. Espere aqui.
Ela se levantou tomando
ainda o café que ele trouxe para ela e Castle já ficou pensando em como
chantagearia o detetive, sim porque em se tratando de Esposito, nada era de
graça. Ele via Beckett conversando com o amigo e pelos gestos já entendera que
não teria chance. Ele não cederia a Kate sem lucrar. Viu quando ela retornava
para sua mesa. Ela sentou-se e permaneceu calada.
- Deixe-me adivinhar, ele
não cedeu mas está disposto a negociar.
- Eu tentei mas acredito
que amizade não é tudo por aqui especialmente quando se namora um autor de
Best-sellers rico.
- Já entendi. Vou ter que
aceitar a chantagem. Alguma ideia do que ele quer?
- Não me disse...
- Tudo bem, vou lá. Deseje-me
sorte, afinal nosso fim de ano depende disso.
- Você vai tirar de
letra! Afinal você não é qualquer um, é Rick Castle um cara que anda com 2 mil
dólares no bolso – ela provocava.
- Quer parar de me
sacanear?
- Desculpa, não posso. E
começou a rir.
- Sem graça!
Ele caminhou até o
Esposito e cumprimentou-o. Sem rodeios, ele foi logo começando a negociação.
- Então, Esposito. O que
preciso te oferecer para poder passar o reveion com a minha musa? Um par de
ingressos para o jogo dos knicks na fila da frente, uma volta na Ferrari...
- Não, isso é muito
simples para você. Quero algo mais interessante e nada de pão durice. Um par de
ingressos? Ah você já foi bem melhor!
- Isso é chantagem!
- Não, isso é pra mostrar
a Beckett o quanto você quer ficar com ela na véspera de ano novo. Que tal um
encontro com uma supermodelo?
- Você? Com uma
supermodelo? Há!
- O que? Está duvidando
do meu charme? Tudo bem, aproveite seu fim de ano sozinho.
Esposito virou-se e já ia
deixar Castle no vácuo quando ele chamou-o novamente. Droga! Ele não podia
ficar sozinho.
- Esposito espere! Tenho
uma proposta – ele viu o rapaz virar-se – talvez não tenha como oferecer um
encontro com uma supermodelo mas que tal ter a oportunidade de andar entre várias
delas e quem sabe, com o seu charme latino você até se dê bem?
- Continue... – agora
Esposito parecia interessado.
- Haverá uma festa com as
modelos da Victoria’s Secret no dia 2. Como eu estou comprometido, ia responder
que não ia mas agora posso te dar meu convite. São dois. Haverá bebidas,
comidas e desfile... de lingerie! Que tal? Temos um acordo?
- Supermodelos, de
lingerie?
- Sim!
- Ok, aceito. E mais um
par de ingressos para os knicks.
- Mas eu já – Esposito
fechou a cara e ele logo mudou de ideia – tudo bem, mais os pares de ingresso
mas você irá trabalhar do dia 30 ao dia 01 combinado?
- Fechado. E apertaram as
mãos.
Castle voltou para a mesa
de Beckett.
- Tudo certo. Foi moleza.
- Sério? Porque de onde
eu assistia parecia que você estava bem enrolado – ela implicou.
- Nah, só estava usando
minhas habilidades de jogador de poker com ele. O mais importante é que
consegui sua folga e já podemos ir amanhã para os Hamptons. Então, arrume suas
malas e prepare-se para a diversão. Pego você às 9h da manhã.
Ele saiu e ela sorriu.
Esposito veio em sua direção.
- Seu namorado é muito
trouxa ou gosta muito de você. Dispensar um monte de modelos da Victoria’s
Secret não é para qualquer um.
Aquilo fez Beckett sorrir
ainda mais e ansiar pelos dias ao lado dele.
No dia seguinte, Castle
pontualmente passou no apartamento dela e seguiram juntos para os Hamptons. A
casa parecia bem diferente agora no inverno. Kate podia dizer que se
surpreendera com a decoração de natal mas depois de ver o quanto Castle era
ligado na data, ela já não achava estranho. Os jardins ainda que bem cuidados,
estavam sem folhas e ainda havia um resto de neve nos cantos da casa resultado
da nevasca leve de um dia atrás. Assim que entrou na casa, ela reparou que a
temperatura esquentara. Tirou o cachecol e as luvas de imediato e foi avisada
por ele para tirar o casaco também pois o aquecimento estava ligado. Porque ela
não se surpreendera?
Logo que arrumaram suas
coisas, ele a serviu com uma taça de vinho e avisou que o almoço logo estaria
pronto. Hoje ela não cozinharia. Castle parecia bem à vontade no balcão e à
beira do fogão. Picava alguns temperos para fazer um refogado e separava uma
massa. Em outra panela, ele colocara água para ferver.
- Sabe, acho que tenho
aproveitado pouco essa historia de namorado. Você leva jeito mesmo para cozinhar,
estou considerando levar a sério esse lance de escravo doméstico.
- Pena que detesto lavar
roupa mas cama e mesa é comigo mesmo.
- Sem vergonha!
- Olha quem fala? Foi
você que sugeriu. Aproveitando que estamos falando de planos e favores, estava
pensando em cearmos aqui mesmo amanhã e não se preocupe, você não irá cozinhar.
Já falei com um conhecido e posso reservar o nosso jantar. Será servido aqui
mesmo a menos que você prefira ir para um restaurante o que seria muito difícil
de conseguir nessa altura mas não para mim.
- Sei... quer parar de se
exibir?
- Não estou me exibindo,
apenas atestando fatos. O que você prefere?
- Acho que ainda prefiro
uma coisa mais íntima, não sei se estou pronta para ser vista com você por
aqui, você lembra bem o que aconteceu da outra vez. A última coisa que quero
ouvir no ano novo é que sou uma interesseira atrás do escritor rico e mais
cobiçado de New York ou pior.
- Tudo bem. Intimo será e
apenas para sua informação, você nunca seria vista como uma interesseira talvez
como uma supermodelo e além do mais, fui eu que tive que correr atrás de você,
não o contrário. Kate Beckett não é mulher de se rebaixar para conseguir o que
quer, ela apenas consegue.
- Hum... isso foi um
elogio? - ela se inclinou no balcão – porque a meu favor, isso é verdade. Eu
consigo o que quero. E ela o beijou vagarosamente e tão sensual que Castle
gemeu e deixou a colher que mexia a panela do molho cair no chão, espirrando um
pouco no braço dele. Sem se importar, ela segurou a mão dele e lambeu o lugar.
Olhou para ele e sorriu marota.
- Hum, está delicioso...
Ele não quis saber de
comida. Ergueu-a no balcão e avançou nos lábios dela com vontade. Kate foi logo
se livrando do avental que ele usava e também da camisa. Castle puxou a
camiseta branca que ela usava e jogou-a no chão. Com ambas as mãos, ele
acariciava os seios dela por sobre o soutian enquanto os lábios não se cansavam
de realizar um balé de movimentos que apenas servia para aumentar o calor e o desejo
de ambos. Ela desfez o botão da calça dele e Castle a empurrou gentilmente no
balcão a fim de livrar-se da calça jeans que ela usava juntamente com a
calcinha. Kate mordiscava os ombros dele e deixava suas unhas arranhar a pele
do peito dele, tudo porque a urgência de tê-lo dentro dela era grande demais. E
Castle não esperou. Ele a penetrou de uma vez fazendo-a gritar. E não esperou
nem mais um minuto para mover-se dentro dela. Puxou-a com força contra si e
rapidamente a dominou com movimentos rápidos e precisos. Kate sentia o coração
bater descompassado e o calor especifico e familiar que sentia ao toque de
Castle, fez seu corpo tremer reagindo a todas as sensações provocadas por ele.
Desejo de pele, de vida, de júbilo. Poucos minutos depois, ela cedeu ao orgasmo
tomando os lábios dele mais uma vez, ela sussurrou ao ouvido dele.
- Porque a sobremesa
primeiro, Rick?
E soltou uma gargalhada
jogando a cabeça para trás. Aproveitando a deixa, ele segurou os seios com as
mãos e beijou-os um a um. Brincou com o fecho do soutian até soltá-lo e poder
provar os mamilos que já estava rijos novamente, prontos para o toque dele. Ele
os sugou um de cada vez e logo em seguida, beijou a cicatriz do tiro. Feito
isso tornou a beija-la e aumentar o ritmo do movimento fazendo Kate agarrar-lhe
os ombros para pouco depois ambos cederem a um novo orgasmo.
Saciados, eles ficaram um
tempo envoltos no abraço deles. Quando voltaram a se olhar, Castle pode ver o
brilho nos olhos verdes intensos.
- Agora que você já
experimentou a sobremesa, sinto muito mas não vou ficar sem meu almoço. Que tal
terminar o que começou?
Percebendo o que
acontecera ali, ela ponderou. Afinal, o lugar onde eles acabaram de fazer essa
loucura ficava a poucos metros de onde ele cozinhava.
- Hum, pensando bem...
pizza?
- Boa pedida!
Ele se recompôs e foi
atrás de um numero de delivery. Kate vestiu-se e tratou de ajeitar o lugar. As
vezes, ela não sabia que loucura era essa que os dominava tão fortemente que
eles mal conseguiam manter as mãos longe um do outro.
31 de dezembro
O céu do Hamptons estava
limpo apesar da temperatura local marcar cerca de 5 graus. Mais tarde, era
esperado algo em torno de zero grau ou negativo. Kate observava o céu da
varanda de Castle. Depois do quarto e da piscina, esse era seu lugar preferido
da casa. Era somente a segunda vez que estava ali e já se sentia em casa com
direito a lugares preferidos e isso não era algo comum ou típico de Kate
Beckett.
Porém, esses últimos
meses ao lado dele tinham feito muito bem a ela. Nem todos os momentos foram
lindos e apaixonados. Ela teve crise de ciúmes, dúvidas, momentos bem
interessantes como a primeira vinda aos Hamptons, além de momentos tensos como
o jantar com os pais deles. Na sua opinião, o momento mais difícil que passara
foi quando viu Castle ser acusado de algo que não cometera. Assassinato. Castle
jamais seria um assassino, talvez ele um dia matasse por ela como fizera com
Tyler, nada a sangue frio. Mesmo ali, ela não deixou de acreditar nele nem por
um segundo e havia sempre duas coisas que serviam de esteio para quando ela
queria fraquejar: o olhar de compreensão e admiração, o olhar que dizia tudo e
as palavras tão bem colocadas como apenas ele sabia fazer, a arma mais poderosa
de um escritor e que era responsável pelo encanto que sentira por ele desde a
primeira vez quando Castle era apenas seu escritor preferido e ela uma simples
fã do gênero.
Ela sentiu os braços a
envolverem por trás e um beijo na nuca que fez seus pelos se arrepiarem.
- Hey, o que você tanto
faz ai? Estou me sentindo trocado pela paisagem. Um beijo por seus pensamentos.
Ela virou-se para ele e
beijou-o.
- Não tenho nada a
esconder. Estava fazendo um balanço do ano. Do nosso ano.
- Mesmo? Isso não deveria
acontecer mais tarde?
- Não se deve ter hora para
fazer reflexões.
- E qual a sua conclusão
sobre o ano? – beijando-lhe o ombro.
- Foi um bom ano.
- Um bom ano? Apenas bom?
– ele a virou para fita-la - Ah, você está sendo muito exigente Detetive
Beckett.
- Talvez, ou essa seja a
forma de garantir que o próximo seja ainda melhor, ótimo. Qual seria a graça se
todos os anos fossem ótimos? O que teríamos a nossa frente? Aquela esperança de
melhoria e superação que ronda nossos desejos mais íntimos, aquela chama
simplesmente seria descartada ou esquecida. É por isso que digo que esse foi um
bom ano.
- Nossa! Você parece
estar usando minhas palavras, Kate. Tenho que me cuidar ou posso desaparecer
como escritor.
- Se cuide porque eu já
estou até escrevendo cenas de sexo entre Nikki e Rook – ela envolveu os braços
no pescoço dele e beijou-lhe suavemente os lábios – quem sabe não escreva o
próximo livro de Heat? Falando em cenas quentes talvez a gente pudesse... – mas
Kate não terminou a frase aprofundando os lábios e o beijo. Perderam-se por uns
instantes e Castle finalmente quebrou o contato.
- Por mais que eu
adorasse partir para mais uma rodada, eu quero que você se arrume. Todo o
jantar está encaminhado, a champagne no gelo, o clima perfeito para nossa
primeira virada do ano juntos e não quero apressar as coisas, quero que
aproveitemos cada minuto juntos para encerrar bem o que você chamou de um bom
ano.
Ela sorriu e concordou.
- Tudo bem. Vou me
arrumar.
Kate estava dando os
últimos retoques na maquiagem. Castle pensava que apenas ele tinha algo especial
para a noite. Não mesmo. Ela também preparara algo interessante e conhecendo o
homem que ele era, Castle ia adorar, podia apostar.
Ela desceu as escadas
trajando um vestido branco colado ao corpo. A sandália prata era super alta e
de salto fino do jeito que ela gostava. Os cabelos estavam presos num coque
deixando apenas duas mechas caírem sobre os ombros. No pescoço uma gargantilha
bem simples. Castle a esperava com um copo de vinho branco nas mãos. Ele vestia
uma calça preta, uma camisa vermelha e o blazer. Estava muito charmoso.
- Você está testando
minha saúde Detetive?
- Esse vestido simples? –
ela falou dando uma de inocente – não há nada de mais nele.
- Exceto o fato de estar
colado no seu corpo perfeito ressaltando cada curva e – ele parou de falar
quando ela deu uma volta – e essa costa totalmente...- ele engoliu em seco –
nua... você é má, Kate...
Ela foi até ele e
beijou-o. Depois tirou a taça da mão dele tomando o primeiro gole do vinho.
- A julgar pela cor que
você veste, não se preocupa com as supertições da virada de ano, taí algo
realmente novo sobre você, Castle. Achei que seguisse religiosamente as
tradições.
- E sigo. Vê a camisa
vermelha é por querer muita paixão no ano que está vindo. Nosso jantar? Porco,
lentilhas e uvas para a meia-noite além do champagne. Então não diga que não
sigo tradições.
- Mas você está vestindo
preto! Não é uma cor recomendada para a virada.
- História interessante.
Anos atrás quando ainda tentava publicar meu primeiro livro, depois de vários
nãos recebidos, eu estava arrasado e me questionava se eu realmente chegaria a
ser um escritor de sucesso. Deprimido, eu decidi passar a virada do ano usando
preto, veja eu não tinha nada a comemorar e a sorte definitivamente parecia
estar fugindo de mim. O ano novo entrou e com ele veio a primeira chance real
com a editora. O primeiro livro finalmente chegara às livrarias e logo em
seguida, minha agente me pedia o segundo. Desde lá, o preto sempre esteve
presente na minha roupa de ano novo.
- Claro, não seria Rick
Castle se não levasse as supertições à serio – ela o beijou e voltou sua
atenção ao champagne. De mãos dadas, eles seguiram para a frente da lareira.
Ali, ficaram um bom tempo namorando até que uma campainha tocou avisando que o
porco estava pronto. Castle a levou para a varanda. Kate ficou surpresa ao ver
o esmero dele com a preparação do jantar. A mesa elegantemente colocada com
taças, pratos e guardanapos adequadamente compostos como em um restaurante
chique. O arranjo de flores naturais e velas ao centro da mesa também estava
muito bonito. Ele puxou a cadeira para ela e convidou-a para sentar. Em
seguida, sentou-se de frente para ela e tocou com a faca de leve na taça de
cristal. Em um minuto, um garçon apareceu do nada trazendo a entrada para eles.
Ostras seguido de porções de queijo fino. O rapaz serviu mais vinho a eles e se
retirou.
- Castle, você concordou
com algo intimo. De onde veio esse garçon?
- Não é porque queremos
um momento a dois que teremos que nos preocupar com comida ou bebida e como
devem ser servidas.
- Oh, Castle... tinha que
ser você mesmo. Está tudo tão lindo, tão perfeito.
- Calma, a noite está
apenas começando Kate.
- Pode apostar que sim –
ela ergueu a taça – a nós. E ele brindou e respondeu.
- A um bom ano.
O jantar continuou de
maneira impecável. O prato principal, pernil ao molho de ervas e hortelã estava
divino assim como o arroz com lentilhas. Uma garrafa de vinho já se fora e por
vários momentos durante o jantar, Kate buscava por ele, seja um carinho nas
mãos, um roçar de pernas de leve por baixo da mesa, um beijo rápido. A cada
minuto que passava, ela não conseguia perceber nada de errado naquela noite.
Seria uma noite para guardar com carinho entre suas lembranças independente do
que acontecesse dali para frente. Para a sobremesa, ele sugeriu que eles fossem
até a lareira saborear o doce e um bom café com licor enquanto esperavam a
meia-noite. Kate estava curiosa para ver os fogos da varanda de Castle.
Terminado o café, Castle deu ordem ao garçon para preparar o champagne e as
taças no local previamente informado e o dispensou. Faltavam dez minutos para a
meia-noite quando ele a puxou pelas mãos para irem à varanda.
A noite estava linda,
várias estrelas cobriam o céu límpido. A temperatura caira bastante e o vento vindo
do mar causava arrepios no corpo de Kate. Ciente disso, Castle tinha deixado um
casaco branco dela próximo à varanda. Cobriu-lhe os ombros.
- Obrigada - Ele a
abraçava pela cintura – adorei a noite, Castle.
- Hey, ela não terminou
ainda. Faltam apenas cinco minutos para a meia-noite. Cinco minutos nos separam
de mais um ano, de expectativas, mistérios, dificuldades e incertezas. O
momento é para repassar tudo o que vivemos nesse ano que termina, fazer um
balanço das nossas conquistas, perdas e aprendizados.
- E como você, Rick
Castle, definiria o ano?
- Para mim, foi um ano
excelente. Não costumo me ater apenas às coisas boas que acontecem, penso nas
ruins e o mais engraçado é que são elas, as ruins ou os momentos difíceis que
trazem o melhor do ano. Por exemplo, se você não fosse teimosa o bastante para
não aceitar meu conselho e deixar de perseguir o algoz da sua mãe e o seu
também, talvez nós não estivéssemos aqui hoje. Juntos. Se você não tivesse
enfrentado a morte não apareceria no meu apartamento dizendo que apenas me
queria. Nós construímos uma amizade e foi através da confiança que criamos um
no outro que estamos aqui. Outras situações nos testaram mas todas apenas
serviram para nos tornar mais fortes. O nosso caso mais complicado, o do 3XK
nos fez demonstrar o quanto confiamos e lutamos um pelo outro. Não tenho
arrependimentos, não tenho dificuldades. Estou aqui nos braços da mulher que
amo e admiro, olhando para um céu que de tão lindo parece ter sido encomendado
para nós. Não foi um bom ano, Kate, foi um ano mágico.
Ele percebeu que ela
tinha lágrimas nos olhos mas o sorriso continuava iluminando o rosto tão
bonito. Ela acariciava a gola da camisa dele com os dedos como já fizera tantas
vezes e deixou-os deslizar sobre o peito dele. Castle deu uma olhada rápida no
relógio. Quinze segundos. Ela aproximou o corpo e os lábios dele e o beijo foi
um misto de tudo o que as palavras de Castle podiam representar em sentimento.
Nada poderia tornar aquele momento ainda mais perfeito. Ou quase nada. Os foguetes
começaram a inundar o céu dos Hamptons e finalmente eles quebraram o beijo. Os
olhares fixos como sempre acontecia entre eles e Castle apenas sorriu ao falar.
- Happy New Year, Kate.
- I love you, Castle. Happy
New Year.
Diante da revelação, ele
fez o que podia fazer. Beijou-a profundamente.
- I Love you too. Always
- E deixou a mão acariciar o rosto dela – agora está perfeito.
Ele pegou a champagne e
estourou derramando a bebida pelo chão da varanda. Serviu as taças e eles
fizeram o brinde oficial.
- A um ótimo ano, Castle.
- A outro ano mágico,
minha musa. Eles beberam o champagne e ficaram observando o céu cheio de fogos
abraçados. Quando os fogos cessaram, Kate bebeu o último gole da sua taça de
champagne e pediu licença para ir ao banheiro. Castle decidiu entrar e sentar no
sofá pois sabia que ela estava sofrendo com o frio da noite. Ele bebericava a
taça de champagne quando ouviu os acordes de uma música. Estranhando, ele olhou
para trás apenas para encontrar Kate com o mesmo casaco fechado sobre o
vestido, o batom vermelho nos lábios e uma cartola branca na cabeça. Sorria e
remexia o corpo no ritmo da musica que agora Castle reconhecera pelo sax como a
famosa “You can leave your hat on” de Joe Cocker. Ela brincava com a cartola se
aproximando dele dançando. Ela rebolava a frente dele e obedecia certas frases
da musica.
Baby take off your coat real slow, baby take off your shoes I’ll take
off your shoes… baby take off dress, yes, yes, yes…
But you can leave your hat on, you can leave your hat on… you can
leave your hat on!
Ela tirou os sapatos elevando
uma das pernas para tocar com o pé no meio das pernas dele provocando-o. Castle
a olhava intensamente e deixou sua mão tocar a pele macia da perna dela. Visando
tortura-lo, ela tirou a perna e continuou dançando. Ela ameaçou tirar o vestido
puxando uma das alças mas em vez disso, ela o surpreendeu sentando no colo dele
e remexendo-se para atiça-lo. Castle sentiu um calor formar-se por baixo da
pele e o membro já despontava excitado. Ela passava as mãos pelo corpo ainda
rebolando no colo dele aquilo tudo o levava a loucura. Ele passou as mãos pela
lateral do corpo dela chegando até os seios. Percebendo que ele já estava se
animando para pular algumas etapas, ela se levantou sob protestos dele. De
frente para ele, Kate abriu o zíper do vestido e deixou-o deslizar
vagarosamente pelo corpo. Ficara apenas de calcinha e com a cartola na cabeça.
Ela debruçou-se sobre ele e roubou-lhe um beijo enquanto as mãos abriam os
botões da camisa. Com o peito nu a sua frente, Kate passou a deslizar os lábios
deixando uma trilha de beijinhos no peito dele, ele tentou toca-la mas Kate
escapou. Ela rebolava na frente dele agachando conforme a musica tocava.
You give me reason to leave, you give me reason to live , you give …ah!
Ela abriu a calça dele
com destreza e Castle encarregou-se de descê-la rapidamente até o chão levando
com ela a cueca. O membro exibia sua forma mais rígida. Sem querer mais atrasar
o momento, Kate baixou a calcinha e sentou-se novamente no colo, de frente para
ele usando apenas a cartola. Ele roubou um beijo dela, o toque era urgente,
Kate mordiscou os lábios dele e sorriu ao vê-lo tentar pegar a cartola da
cabeça dela. Kate tirou a peça por um instante e colocou na cabeça dele apenas
para soltar o coque e balançar os cabelos provocando-o na frente dele, tornou a
colocar a cartola na cabeça quando sentiu as mãos dele passeando por seu corpo,
sentindo o calor da pele sedosa numa dança verdadeiramente prazerosa. Ela mesma
ajeitou o corpo para recebê-lo e molda-lo da melhor maneira, estava pronta para
o prazer.
Castle pode perceber o
quanto ela estava pronta para ele. Úmida o suficiente para gemer ao senti-lo totalmente
dentro de si. Ele tocava-lhe os seios acariciando-os da maneira que somente ele
sabia fazer para excita-la. Kate beijou-o intensamente explorando cada centímetro
da boca tão desejada. Castle começara a se mover dentro dela provocando todas
as reações desejadas. A entrega era completa, intensa e em poucos minutos ambos
renderam-se ao prazer. Quando o orgasmo a tomou fazendo-a tremer e jogar o
corpo para trás, ele estava lá para segurá-la e mantê-la segura mais uma vez. Ele
aproveitou para instiga-la um pouco mais tomando um dos seios em sua boca e
sugando o mamilo, tudo aquilo aumentava a libido dela e a fazia clamar por
mais. Chamar por ele.
Castle a ergueu e recomeçaram
novamente a dança do prazer. Dessa vez, o ritmo era acelerado. Não mais a
cadencia do balé e sim a fúria de amantes que se buscam, se completam, se amam.
A explosão fora ainda mais intensa prova do desejo, do sentimento e da
cumplicidade dos dois. Ela se deixou cair sobre o corpo dele, seus lábios perdidos
no pescoço dele ainda murmuravam palavras inaudíveis e roçavam a pele com gosto
masculino.
Suados, cansados e
satisfeitos eles permaneceram naquela posição por um bom tempo. Era tão surreal
e ao mesmo tempo tão certo. Foram necessários cinco anos, muitos assassinatos e
várias quase-mortes para uni-los. O resultado era tão perfeito que os levava a
pensar porque evitaram de render-se por tanto tempo.
Kate finalmente ergueu a cabeça
e fitando pela primeira vez após fazerem amor, ela sorriu. Acariciou o rosto
dele e beijou-lhe a testa, as bochechas, o queixo, o nariz e por fim os lábios.
- Agora sim, a noite está
perfeita.
- Ás vezes me pego
acreditando que vivo entre realidade e ficção. A bela mulher que antes jantava
comigo era Kate Beckett, minha musa. De repente, me vejo sendo engolido por um
furacão conhecido como Nikki Heat. Fica difícil definir onde uma começa e onde
a outra termina.
- Talvez você esteja
olhando a imagem a sua frente pela perspectiva errada. Há uma linha tênue entre
realidade e ficção, o único problema nesse caso é que não existe a linha entre
Beckett e Heat, eu sou as duas no exato momento que me for apropriado. Foi exatamente
por isso que você me escolheu como musa, por eu ser verdadeira quando preciso,
corajosa quando é necessário e dominadora sempre que eu precisar mostrar quem
manda.
- Wow! E eu não tenho
como não me apaixonar novamente. Ah, Kate... devo concordar com você. Isso é perfeição.
Ele a beijou
carinhosamente e ela se levantou. Pegando o casaco, ela vestiu-o e sugeriu.
- Então Castle, o que me
diz de levar essa festa para o andar de cima?
- Seiu pedido é uma
ordem, Kate....
De mãos dadas, eles
subiam a escada trocando pequenas caricias. Ao chegar à porta do quarto, ele a
beijou novamente e falou:
- Eu disse que minhas
supertições sempre davam certo, a camisa vermelha... e esse momento de paixão intensa.
Me faz pensar se no primeiro dia do ano já estamos nesse fogo todo, talvez eu
escreva não apenas um Hamptons Heat esse ano. O que você acha de pelo menos três?
- Calma, Castle. A vida não
é feita dos Hamptons, ainda teremos muitos assassinos para colocar atrás das
grades e além disso não sei se você aguenta ação suficiente para três livros de
Nikki Heat.... – ela disse provocando e olhando em direção ao membro dele como
quem faz pouco. Castle não se deixou abater. Puxando-a com força contra seu
corpo, ele a deixou sem fôlego com um beijo arrebatador.
- Quer apostar, Detetive?
E ela gargalhou caindo
com ele sobre a cama.
The End
5 comentários:
Adoreeei eles terem ido para os Hamptons e curtido a virada do ano juntos!!!
Fazendo o que eles fazem de melhor "be perfect together"!
A nc ficou na medida certa!! Adorei!!!
Bem,que fim de ano dos deuses.Inveja branca da Beckett,o Esposito não deixa barato grande amigo hein!.Mas Castle faz tudo para ter sua musa em uma data tão especial até abrir mão de super modelos.amei a fic.
Parabéns!
Nossa como o Cas é fofo...
- Castle, você concordou com algo intimo. De onde veio esse garçon?
- Não é porque queremos um momento a dois que teremos que nos preocupar com comida ou bebida e como devem ser servidas.
Uau!!! Tive que tomar um litro de água gelada que NC hem?
Esposito se diz "irmão" da Beckett, mas nessas horas só quer lucrar com o romance dos dois. Só queria saber se ele se deu bem com as modelos.
Rick e Kate passando Ano Novo nos Hamptons não poderia ser melhor. Várias ótimas cenas íntimas entre eles e Kate nessas horas não poderia deixar de ser menos Nikki Heat do que foi.
Ótimo capítulo de Ano Novo Karen.
Beijos
Ameeeeeei. E foi um ótimo ano pra eles mesmo.
E nossa, esse fogo todo nos primeiros minutos do ano, imagina no resto do ano kkkkk
Ficou demais, parabéns.
Beijos
C.
Postar um comentário