Probable Cause – An alternative ending
Autora: Karen Jobim
Classificação:
PG-13/NC-17
Gênero:
AU - S5 – 5x05 Probable Cause
Advertências:
Angst,Romance
Capítulos:
1 de 1 – oneshot
Completa:
[x ] Sim [ ] Não
Resumo: Correndo
contra o tempo, Castle e Beckett lutam para encontrar o 3XK e provar a
inocência de Castle. Porém, ainda não sabiam que o pior ainda estava por vir.
Nota da Autora: Esse é um
final alternativo para Probable Cause portanto não repetirei todo o episódio,
apenas a parte final. Para vocês, leitores recomendo que esqueçam o final que
viram e também a continuidade da temporada. Também quis aproveitar um pouco mais a personagem de Gates. É hora de angst, Casketters...
enjoy!
Atenção NC-17...
Probable Cause - An Alternative Ending
Beckett estava vivendo em
seu limite. Corria contra o tempo para buscar pistas que inocentassem Castle.
Todos os policiais da cidade e os cidadãos já sabiam que ele era um foragido da
policia. Assim que Ryan confirmara o endereço para ela, Beckett avisou que iria
checar o local com Castle e esperava por ele e Esposito.
No local indicado, a propriedade parecia desativada.
Mas viram uma sombra, um movimento. Eles decidiram subir. Armados e dando
cobertura uns aos outros, eles invadiram o lugar. Tudo limpo. Era apenas um
lençol. Mas Beckett continuou procurando e achou algo.
- Gente. Vejam isto.
Várias fotos de Castle, da família e tantas outras
coisas referentes ao escritor. Chamaram a equipe do CSU e contactaram Gates.
Expondo tudo eles explicaram.
- Após pegar as digitais de Castle no apto., usou um
aglutinante e borracha de silicone para criar um modelo em látex das digitais.
- Fotos de vigilância, plantas do apto. do Castle...
- Um mapa da delegacia, a localização das câmeras. Ele
orquestrou tudo, até o mínimo detalhe.
- Ele até envolveu Kurtzman para parecer que Castle
limpou seus rastros.
- Não entendo. Por que isso tudo só para te
incriminar?
- Porque matar leva só um instante. O que ele ama é a
preparação e o show.
- Bom, sr. Castle... parece que se safou dessa. Falei
com a promotora e retirarão as queixas.
- Obrigado, senhora.
- Do assassinato. Ainda tem a questão da sua fuga. No
entanto, devido às circunstâncias, creio que possa negociar e prestar serviços
comunitários. Detetive,leve-o para a delegacia para dar início à papelada – no
fundo Gates estava satisfeita com o resultado. A sua detetive tivera razão em
apontar Tyson e agora estava provado que o bom trabalho do 12th distrito
prevalecera provando a inocência do civil. De certa forma, também era uma
vitória frente à promotoria, ela acreditava que era questão de tempo até que
Tyson fosse encontrado na cidade.
- A equipe tática vasculhou o prédio. Nenhum sinal
dele. Avisou Esposito.
- Quando os peritos terminarem, recuem e coloquem o
prédio sob vigilância.
- E se ele já nos viu e não voltar? Castle perguntou.
- Todos os policiais da cidade estão procurando por
ele. Ele não irá longe.
Beckett e Castle estavam retornando para o distrito.
Ela sentia-se melhor agora que parte desse pesadelo chegara ao fim. Provar a
inocência de Castle era o mais importante de tudo aquilo, não que ela estivesse
ignorando o suspeito perigoso e inteligente que dera inicio aquela loucura, um
homem vil e astuto que já escapara dela uma vez. Não, sabia o quanto era
crucial encontra-lo e coloca-lo atrás das grades. Depois de tudo o que ele
aprontara com eles, com Castle, isso era questão de honra para ela. Kate sabia
que mesmo conhecendo o “modus operantis” de Tyson, prende-lo seria difícil. Ela
dirigia calada com Castle a seu lado rumo ao distrito. Parou o carro esperando
a ponte se fechar. Castle que também estava calado olhava para o nada e de
repente voltou a fita-la. Ela perguntou.
- Você está bem?
- Estou. Achar aquele material todo do Tyson... foi
muita sorte.
- Às vezes, sorte é tudo de que se precisa. Ele não
pode se esconder, nós o encontraremos.
- Obrigado.
- Pelo quê?
- Por acreditar em mim. Por minha reputação, meu
histórico, quando viu os e-mails seria muito fácil não acreditar.
- As coisas nunca foram fáceis entre nós dois – ela o
olhara com uma ternura no olhar.
- Talvez seja isso que faça...
De repente, o carro fora atingido e Beckett fez um
esforço grande para evitar que caíssem na água batendo-o na lateral da ponte. O
impacto os fez inclinar para frente. Kate foi jogada sobre o volante machucando
a cabeça. Ao tentar entender o que se passara, ela percebeu o movimento, ele
estava armado então entendeu.
- É o Tyson. Castle, abaixe-se!
Assim que ela falou, Tyson começou a atirar contra o
carro, ela pegou sua arma, checou a munição e deixou o carro para atacar. Tyson
ao vê-la de pé atirando contra ele procurou se defender. Beckett por outro lado
parecia destemida. Avançava na direção dele atirando. Para ela o importante era dete-lo. Um dos
tiros o derrubou dentro do carro. Sabendo que o atingira, ela se aproximou do
carro. Mas ele a enganara, empurrou a porta contra ela pegando-a de surpresa
fazendo-a cair no chão sentindo a dor do impacto, a arma escapou-lhe das mãos
ficando a metros de distância. Ele não pararia por aí. Ergueu-a rispidamente do
chão e a prendeu com seus braços apontando a arma para a cabeça dela.
- Venha aqui, Kate, ande – ele saiu empurrando-a
forçando o cano da arma contra a têmpora dela, queria aproximar-se de Castle
para então terminar o serviço - Castle! Estou com sua garota! – Kate se debatia
procurando uma forma de se soltar mas todo o seu esforço era em vão. Tyson a
segurava fortemente e ela sentia o cano da arma deslizar da testa para o
pescoço pressionado fortemente contra ela. Tinha dificuldade de respirar. O
medo começava a domina-la. Não podia morrer, não podia. Tinha que lutar.
Precisava lutar.
- Está assistindo? Quero que veja isto. Acha que eu te
deixaria viver? Depois de tudo o que fez – ele se aproximava ainda mais do
carro onde Castle supostamente estaria.
- Castle! Vamos lá, quero que veja. Quero que você me
veja tirar a vida dela.
Kate ainda se debatia sem sucesso. Ao ver que o carro
estava vazio, o coração apertou.
- Aqui.
Quando Tyson virou, nem teve tempo de encara-lo. O
primeiro tiro assustou-o fazendo-o largar Beckett que foi ao chão caindo de mal
jeito e gritando de dor. Castle atirava mais na direção do peito. Ela percebeu
que era inútil. Ele estava com um colete à prova de balas. Então um único tiro
a fez gritar. Tyson atingira Castle no estomago. Kate apenas o vira cair. O
sangue. E um sorriso sarcástico no rosto de Tyson. A adrenalina corria em seu
corpo muito dolorido, não conseguia se erguer e constatou que torcera o pé na
queda. Isso não a impediria de parar Tyson. Ela pegou a outra arma que trazia
na perna. Arrastou-se até estar próxima a ele e pos-se de joelhos. Carregada de
adrenalina, como uma maquina destemida de atirar, ela descarregou a arma sobre
ele. Um, dois, três ela não sabia ao certo quantos tiros. Acertara a região do
colete mas também uma das coxas dele. O clip acabou e ao tentar se proteger
para troca-lo, um tiro de raspão acertou o braço esquerdo. Assim que
recarregou, ela apareceu decidida. Mirou a cabeça e atirou. Tyson caiu. Ela rastejou
até ele e atirou novamente no pescoço. A raiva ainda a dominava quando ela
deixou a arma de lado e se jogou sobre ele socando-lhe a cara por varias vezes.
Nas mãos de Kate, o sangue dele acabara misturando-se ao dela. Feriu-se ao
bater nele. Em meio ao choro ela dizia.
- Isso é pela última vez...pelas mortes...por
Tessa...seu filho da mãe... assassino...por Castle....Castle...
E a lembrança a atingiu. Castle. Meu Deus! Ele estava
ferido. A raiva a cegara de tal maneira que ela esquecera o que presenciara. Fazendo
um esforço supremo que talvez nem ela conseguiria em outras circunstancias.
Esquecendo sua própria dor, ela chegou até ele.
- Castle! Deus....Castle...fale comigo! Castle!!!! Por
favor...
Ela tocou a camisa ensanguentada. Instintivamente
começou a pressionar o local. A outra mão tocou-lhe o rosto e chamou por ele.
Beijou-lhe o rosto e viu Castle esforçando-se para manter os olhos abertos. Ela
vasculhou o bolso dele e encontrou o celular. Discou 911.
- Aqui é a Detetive Kate Beckett...distintivo
numero...31419...preciso de ambulância...agora...uma vitima...- o raciocínio
falhara ao telefone, ela tinha que salvá-lo – por favor, rápido... – ela disse
o local onde se encontravam. Desligando jogou o aparelho e voltou a pressionar
o local da bala, queria saber o que fazer para salvá-lo ali mesmo. As lágrimas
escorriam pelo rosto. Era sua culpa, ele foi baleado porque quis salvá-la.
- Kateee...
A voz saiu muito fraca mas foi suficiente para mexer
com ela. Kate debruçou-se sobre ele e tocou o rosto com carinho. Ele pode ver
as lágrimas marcando o rosto. Viu também que ela estava ferida e havia sangue
em seu corpo.
- Castle... fique comigo, preciso que você fique
acordado...por mim... – Kate se debruçou e beijou-lhe os lábios suavemente –
por favor, Castle... não vou te deixar ir... estou aqui...- ela viu que os
olhos dele se fechavam, não tinha mais forças para resistir – não, olhe pra mim,
não se entregue,por favor, você...você me salvou e vou salvar você...só peço
que fique comigo...por favor...
Mas ele fechou os olhos mesmo assim. O desespero tomou
conta de Kate que concentrou o resto das suas forças em pressionar a ferida,
sabia que corria contra o tempo. Se demorasse um pouco mais, ele poderia não
resistir, perdia muito sangue. Deus, onde está essa ambulância?
E finalmente ela identificou a sirene que berrava. Os
paramédicos correram até eles. Um deles tirou Kate de perto enquanto os outros
se concentravam em atender Castle. Reparou que ela também estava ferida e havia
muito sangue ao chão. Um deles reparou no outro corpo ao chão.
- Temos mais um ferido ali.
- Não! Ele está morto...é um assassino! Salvem
Castle!!!
Um deles foi até o corpo de Tyson e checou.
- Ela tem razão, ele está morto.
- Sim, vocês tem que se concentrar em Castle – ela
implorava.
A maca já estava com ele na ambulância. Ela correu até
o carro e fez menção de subir para acompanha-lo quando um dos rapazes a segurou.
- Espere você também está ferida. Precisamos cuidar de
você.
- Não! Ele pode morrer....Ele está em estado crítico,
vamos!
Ela subiu na ambulância e o motorista arrancou. Kate
segurou a mão de Castle, ele estava meio escondido entre tubos e fios. Fora entubado
e tinha consciência de que ele perdera muito sangue. Todo segundo fazia
diferença. Eles chegaram ao hospital em cinco minutos. A rapidez dos médicos em
atende-lo fora impressionante. Kate não saia do lado dele até o momento que ele
iria entrar na área restrita de cirurgia.
- Você precisa deixar-nos trabalhar, ele precisa ir
para a cirurgia agora. E você precisa se tratar ou não poderá ajuda-lo, ele
precisará de você.
Kate apertou a mão dele e beijou-lhe no rosto.
- Não morra, eu preciso de você. Castle, preciso do
meu escritor, parceiro e namorado, por favor...estarei aqui.
Eles entraram para a OR. Kate ficou parada apoiando-se
na parede observando a maca seguir. As mãos tremiam. Nesse momento o choque
total a atingiu e ela desabou chorando, a dor no pé e as emoções eram grandes
demais. Uma das enfermeiras a socorreu e colocou-a sentada numa cadeira. Fez
sinal para outra que trouxe um copo d’água para ela.
- Beba querida... – Kate pegou o copo com as mãos
tremulas – tem alguém que deveríamos ligar? Diga e farei isso... como se chama?
Você não pode ficar sozinha aqui. Olhem os paramédicos ligaram para o seu
distrito para recolher o outro corpo mas precisamos saber da família.
- Kate...Vou, vou ligar para a mãe dele... – ela
procurou seu celular e não encontrou no bolso do casaco. Deve ter caído na
confusão. E o de Castle... – preciso do telefone dele...
-Espere, deve estar aqui na recepção. Kate esfregou os
olhos para limpar as lágrimas e percebeu que suas mãos e braços estavam sujos
de sangue. Imaginava que o rosto também estaria. Não importava. A enfermeira
entregou-lhe o iphone de Castle. Ela suspirou fundo e ligou. Explicara o que
acontecera com o filho a Martha e informava onde estava. Também pedira para
avisar Alexis ainda que ela estivesse na faculdade.
- Quanto tempo levará a cirurgia?
- Não posso dizer ao certo, depende do caso. Venha
comigo, você precisa se limpar e querida – ela puxou o braço de Kate – isso
pode infeccionar. Você tem que estar bem para ajudar seu amigo.
- Ele é meu parceiro...e namorado... e eu não posso
perde-lo...
- Eu sei querida, venha.
Com esforço, a enfermeira conseguiu levar Kate até a
enfermaria para fazer os curativos. O corte na testa era longo mas superficial,
ao contrário do braço, fora profundo e ela precisaria de dez pontos. Ao tirar a
blusa, percebeu arranhões e roxos nas costas por causa da queda. Tudo doía mas
Kate pouco se importava. O pé inchado. Estava cuidando disso quando Martha
chegou. Ao vê-la, ela se espantou.
- Meu Deus Kate! O que aconteceu?
- Ele...ele me salvou Martha... e agora ele pode...oh
Deus!
Martha aproximou-se dela e a abraçou. Kate voltou a
chorar como uma criança. Martha acariciava os cabelos dela e reparou como ela
estava machucava e ainda marcada da possível luta. Sabia que Kate não desistira
sem lutar.
- Onde ele está?
- Em cirurgia – disse a enfermeira – vamos querida
tome esse remédio e vamos à radiologia porque precisamos checar se não
quebramos nada nesse pé, esperamos que seja apenas uma torção. Prometo que será
rápido, você estará aqui quando o médico aparecer e devo dizer que o Dr. Ross é
muito bom. Não tem com que se preocupar.
Ela saiu arrastando a cadeira de rodas que arrumara
para Kate rumo à radiologia. Como prometera, o check fora rápido e em vinte
minutos ela estava de volta a sala de espera com Martha. O pé estava torcido e
não havia outros ossos quebrados no corpo. O ortopedista imobilizara o pé e a
enfermeira a trouxe de volta a recepção. Ela contou que avisou Alexis que
houvera um acidente e que ela deveria esperar até a manhã para vir à cidade,
porém desconfiava que ela não esperaria. A enfermeira deixou-as por um momento
e voltou com café para as duas.
- Obrigada – Kate agradeceu – você não me disse seu
nome.
- Joana, me chamo Joana – e abriu um sorriso honesto
para Kate que sentiu o coração apertar lembrando da própria mãe. Era uma forma
de consolo já que essa Joana estava sendo tão paciente e atenciosa com ela.
Duas horas depois, o médico finalmente apareceu vindo
da sala de cirurgia. Ao vê-lo a sua frente, Kate prendeu a respiração. Martha
segurava a mão dela.
- Você é a detetive certo? Acabamos de sair da
cirurgia, foi bastante complicada, ele perdeu muito sangue antes e durante o
procedimento. O coração chegou a parar mas conseguimos trazê-lo de volta.
Retiramos a bala e fizemos o melhor que pudemos. Ele está em coma. Agora
resta-nos esperar. Não o colocamos na UTI, está em um quarto muito bem
supervisionado.
- Oh, céus...
- Castle...Oh meu Deus... – ela olhou para Martha e
depois para o médico – posso vê-lo?
- Sinto muito detetive, ele precisa descansar e você
não é da família.
- Ela é sim. Ela é a namorada dele e você vai deixa-la
entrar – Martha olhava para ele com firmeza no olhar – como a mãe dele acredito
que posso dar permissão para isso. O médico pensou por um instante e concordou.
- Ok, você pode vê-lo mas cuidado, ele está sensível e
coberto por tubos. Venha comigo – ela se levantou e Martha sinalizou com a
cabeça indicando que estava tudo bem. Ela respirou fundo. Caminhava devagar ao
lado do médico. Quando chegaram à porta do quarto, ele a parou.
- Está pronta? Ela balançou a cabeça. Ao abrir a
porta, a visão a chocou. Ele estava deitado imóvel coberto de fios e tubos,
usava uma camisola de hospital. Pálido. Um aspecto de morte. O coração de Kate
disparou. Ela não sabia o que pensar. Por mais que soubesse o que poderia
encontrar o choque de vê-lo ali tão indefeso, ela ser impotente diante disso
tudo, era frustrante demais. Kate se aproximou da cama. Tocou a mão dele e
acariciou-a como já fizera anteriormente, o aperto de mão que simbolizava um
beijo entre eles. Uma lágrima teimosa escapou pelo rosto dela. Sentou-se ao
lado dele e aproximou-se do rosto dele.
- Hey, Castle... sou eu. Estou aqui esperando por
você. Precisamos celebrar, você salvou minha vida mais uma vez, acho que agora
você passou de mim – ela deixou um riso escapar – preciso que você acorde
Castle, preciso de você aqui comigo. Quero meu escritor preferido de volta.
Você ainda tem muitos livros de Nikki Heat para escrever... nem pense em
desistir agora. Tantas coisas por fazer, tantas coisas por dizer... por favor,
acorde Castle.
Ela acariciou o rosto dele e o beijou. Ainda com a mão
enroscada a dele, Kate encostou a cabeça na lateral do corpo dele e ali ficou.
Mais tarde, Martha foi ao quarto ver o filho. Acabara de receber um telefonema
de Alexis dizendo que estaria no hospital pela manhã. Encontrou Kate dormindo
próxima a ele. Ficou uns minutos observando o filho e a mulher ao seu lado,
incansável. Ainda vestia as mesmas roupas, não se importava com a aparência
apenas com o homem ali deitado. Martha suspirou e sorrindo saiu.
Assim que pisou na recepção, encontrou Gates.
- A senhora poderia me dizer se Beckett está aqui?
- Sim, ela está com o médico. Posso chama-la.
- Me leve até ela. Como está Mr.Castle ?
- Em coma, mas estável.
- Sinto muito por isso, preciso falar com Beckett.
O médico apareceu e após as devidas apresentações e
atualizações, ele guiou Gates até o quarto de Castle. Ela pode ver a silhueta de Beckett pelo vidro.
O médico entrou primeiro.
- Detetive, sua superior quer falar com você. Posso
manda-la entrar?
Kate largou da mão de Castle e tentou parecer calma e
apresentável, o que ela sabia não conseguira muito sucesso. Assentiu para
deixa-la entrar.
- Espere, você disse algo sobre Castle e eu?
- Disse apenas qual o quadro de saúde do Mr. Castle.
Não se preocupe – e sorriu para ela.
Gates entrou em seguida no quarto. A imagem a sua
frente certamente não era a melhor de se ver. Nenhum dos dois parecia bem.
Beckett estava pálida, machucada e ainda assim não deixava de estar vigilante
ao lado dele. Isso tornava um pouco mais difícil o que ela viera fazer ali.
- Detetive, sei que não é a melhor hora visto que você
ainda está se recuperando mas preciso conversar com você sobre o que aconteceu
naquela ponte. Estamos tentando fechar o caso mas a promotoria está exigindo
algumas explicações que apenas você pode nos dar já que Castle, vitima e
testemunha-chave de tudo está impossibilitado no momento.
- Não tem muito para explicar. Fomos surpreendidos e
agimos em legitima defesa. Fim da história.
- Não é tão simples assim. Após a análise do ME, várias
perguntas ficaram sem resposta. Havia 3 armas na cena, duas estavam registradas
em seu nome. A outra não tinha registro.
- Está correto. Tive que usar minha arma back-up
porque perdi a outra na luta com o Tyson quando ele me derrubou.
- Certo, porém há outro importante ponto. A quantidade
de tiros e o fato da cara de Tyson estar inchada de tanto apanhar. Qualquer
pessoa que olhe para ele se perguntaria como ele acabara daquele jeito – Gates
deu uma olhada de leve e viu as mãos de Beckett com gazes sobre as juntas, ela
já imaginara isso.
- Nós lutamos, olhe pra mim, olha pra Castle. Como
pode duvidar que foi legitima defesa?
- Eu não duvido, Beckett. Mas eu tenho explicações a
dar. Quinze tiros disparados. Um pente e meio. Nove balas estavam no corpo de
Tyson. Seis balas no colete, uma na coxa, uma no pescoço e apenas uma na cabeça,
a que bastava para mata-lo. A cena mostrava sim vários sinais de luta porém
levantou suspeitas pelo estado do corpo de Tyson.
Beckett não estava gostando de onde aquela conversa
estava indo. Será que a sua superior estava disposta a entrega-la para uma
investigação mais profunda? Não a defenderia?
- Senhora, tudo o que posso dizer é que agi no melhor
interesse da polícia e para salvar a vítima já em risco e a mim mesma.
- Não duvido disso, sei que você fez o que pode. Ainda
assim, precisamos mostrar a postura do nosso distrito frente a tudo isso, temos
que evitar uma investigação da corregedoria e até uma suspensão. Meu trabalho é
evitar que isso aconteça.
- O que? Beckett não acreditava no que ouvira – a
senhora está dizendo que mesmo tendo fechado o caso e evitado mais mortes eu
posso ser investigada? Se fossemos depender da promotoria, Castle estava morto
e o Triple X bem longe daqui – Kate sentiu a cabeça doer e respirou fundo
segurando a testa. Então, Gates se aproximou dela e tornou a falar.
- Algumas vezes na vida quando vemos o nosso parceiro
ferido, a nossa própria vida ameaçada cedemos às emoções. Posso entender
Beckett que isso aconteceu a você naquela ponte. A raiva a dominou. Acredite,
sei o que é estar em uma situação assim. Isso não é um erro, apenas aconteceu.
Seria um erro se você tivesse feito tudo aquilo a sangue frio. Como vingança.
Kate arregalou os olhos para ela mas Gates continuou.
- Mas conheço você detetive, você apenas queria dar um
fim a isso e salvar seu parceiro e a você mesma. Apenas cabe a nós escrevermos
exatamente o que aconteceu naquela cena de crime e entregar a promotoria. Posso
ajuda-la com isso. Você deve vir ao meu escritório amanhã às 9h, entendido?
Acho que você vai querer pegar seus dados no hospital para adicionar ao
relatório.
- Senhora com todo o respeito, não tenho nada a
esconder ou provar, o que preciso fazer é garantir que Castle ficará bem. A
senhora devia estar preocupada com isso também. Não vou a lugar nenhum.
- E você acha que não estou? Como posso justificar a
presença de um civil ainda mais com as digitais dele por toda a sua arma?
Detetive acredite, ambas precisamos responder isso o mais rápido possível. Meu
interesse é em ajuda-la,portanto você irá me encontrar amanhã. É uma ordem e
caso pense em me desobedecer, mando prende-la. Até amanhã e estimo melhoras ao
Mr. Castle.
Gates deixou o quarto. Beckett estava surpresa com a
atitude da Capitã. Primeiro ela diz que queria ajuda-la e logo depois a ameaça.
Sua cabeça doía, latejava. Ela não sabia o que pensar dessa declaração de
Gates, mas teria que encontra-la ou sua situação ficaria muito pior.
Especialmente por causa de seu segredo com Castle.
A enfermeira entrara no quarto para checar as dosagens
de soro e remédio de Castle. Ela reparou o quanto Kate estava exausta.
- Querida, você devia descansar. Parece exausta. Você
se alimentou?
- Não... queria apenas um analgésico para a dor de
cabeça. Até meus olhos doem.
- Oh, não vou dar nada a você sem comer. Vou buscar
algo para você.
Algum tempo depois, a enfermeira voltara com uma sopa
quente, algumas torradas e suco de laranja. Ela colocou a bandeja na mesa de
apoio do quarto e ajudou Kate empurrando a cadeira de rodas. Pegou o comprimido
de analgésico e colocou sobre a bandeja enquanto observava Kate comer. O
cansaço começava a pesar mas ela sequer cogitava em deixar de estar ao lado
dele. E assim dormira em uma cadeira desconfortável por teimosia mesmo com a
insistência de Joana.
Dia seguinte...
Kate assustou-se e acordou sobressaltada. Estava meio
perdida e demorou para reconhecer onde estava. Então as memórias do dia
anterior formaram-se em sua mente. Ao virar-se para ver Castle, encontrou
Alexis sentada ao lado do pai. A menina sorriu para ela.
- Hey, que horas são?
- Sete da manhã. Como você está?
Antes de responder, ela tentou mexer-se para descobrir
que o corpo estava mais dolorido que no dia anterior. Sentia-se fraca. Podia
perceber a visão ficando turva e antes que pudesse responder a Alexis,
empalideceu e desmaiou.
Alarmada com o que vira, Alexis saiu correndo procurando
ajuda. Voltou com a enfermeira e um residente. Eles constataram que a pressão
dela caíra. Estava fraca e não tivera o descanso adequado. Deu um pano com
álcool para ela cheirar e aos poucos ela foi voltando. O médico checou o
curativo e percebeu que apresentava sinais de infecção.
- Está melhor? – Alexis perguntou preocupada.
- O que aconteceu?
- Você desmaiou, Kate – disse o médico – acredito que
devemos fazer um exame de sangue e também coloca-la melhor instalada em um
quarto. Você está precisando tomar soro para ganhar energia e algumas drogas
que ajudarão no corte em seu braço.
- Não posso. Devo ir ao distrito hoje dar meu
depoimento, fazer o relatório para a promotoria e fechar o caso. Minha superior
me aguarda.
- Kate, não estou brincando. Tudo isso pode esperar.
Sua saúde é mais importante. Ordens médicas.
- Se eu não aparecer, ela irá pensar que é
desobediência, vai me prender. E tudo terá sido em vão. Não posso arriscar.
- Não se preocupe, eu comunicarei a ela o que
aconteceu a você. Se ela realmente quiser falar com você terá que esperar até
amanhã. Você está em observação. Joana, tire sangue dela e leve ao laboratório.
Vou providenciar um quarto para você.
- Quero ficar aqui.
- Mas não pode. Precisa descansar.
Um enjoo a tomou de repente. Sentiu-se tonta e ao
vê-la fazer menção de provocar, o rapaz pegou no reflexo o cesto de lixo. Ela
sentiu o estomago embrulhar mas apenas bile foi posta para fora.
- E ainda precisa se alimentar. Não seja teimosa,
Kate. Você precisa se cuidar.
Ela finalmente concordou balançando a cabeça
lentamente, quase sem forças. O residente levou-a para um quarto próximo de
Castle e a ajudou a se instalar. Colocou-a no soro e aplicou também um sedativo
para força-la a descansar. Kate apagou. Cumprindo sua promessa, ele ligou para
o distrito e alertou Gates que a principio não ficou nem um pouco satisfeita
mas depois lembrou do estado quase fantasmagórico que Beckett tinha no dia
anterior e acabou acatando a recomendação do médico. Disse que a visitaria no dia
seguinte.
Alexis voltou ao quarto de Kate pela parte da tarde.
Encontrou o médico mexendo no curativo do braço dela. A inflamação estava no
inicio.
- É grave?
- Ficaria se não tivéssemos visto cedo. Ela levou um
tiro à queima roupa mas demorou para trata-lo. Foi uma luta para trazê-la para
a enfermaria. Não queria saber de nada mais do que do parceiro. O que ele é
para você?
- Meu pai. O pé dela está muito inchado não?
- Sim, vou coloca-lo para cima. A teimosia dela não
ajudou em nada.
- Ela é bem teimosa quando quer ou quando tem um
objetivo especifico. Os dois são.
- Ao que tudo indica, ela fez de tudo para salvar seu
pai, parece que matou o tal suspeito.
- Ela é durona. Doutor, ela e meu pai vão se recuperar
bem?
- Espero que sim, você tem que ter esperanças. O que
ela fez, bem merece ser recompensado. Quanto tempo seu pai está na polícia?
- Cinco anos. Não é policial. E essa é a primeira vez
que ele é ferido gravemente. Quer dizer já passou por situações difíceis mas
não fora ferido.
- Então, tenho duas explicações para ele. Ou ele é um
cara muito sortudo ou tem uma parceira excelente que sempre o salva do perigo.
Acho que as duas coisas não?
- Está certo.
- Você gosta dela não? Que outra razão teria para
fazer todas essas perguntas e não estar ao lado da cama do seu pai?
- O outro médico estava checando os sinais vitais
dele. E também, sim estou preocupada com ela. Sei que vai se recuperar.
- Entendo. Bem, se quiser ficar por aqui. Eu tenho
trabalho a fazer.
Mais tarde quando Kate acordou passava das 8 da noite,
quis logo se levantar para ir ao quarto de Castle. Porém, ainda não estava tão
forte quanto gostaria. Joana vendo que ela já despertara, tratou de preparar
uma refeição e avisar o médico para vir falar com ela. Kate estava tomando a
sopa quando o doutor entrou.
- Ah, Srta. Beckett! Bom vê-la acordada, sente-se
melhor?
- Um pouco. E Castle?
- Não acordou ainda. Quero apenas dar algumas
informações a você quanto ao seu exame e estado. Com exceção da sua glicose que
estava baixa no momento que você passou mal, o resto está sob controle. O seu
soro já contem alguns nutrientes e também antibióticos para seu braço e seu pé.
Detectamos uma infecção que provavelmente agravou o seu estado fazendo-a
desmaiar. Tudo por causa de sua teimosia. Portanto, vou deixa-la ir ao quarto
de Castle mas você terá que me prometer que voltará pra cá a fim de manter seu
pé suspenso para que seja curado o mais rápido possível. Temos um acordo?
- Temos.
- Bom. Vou ajuda-la a sentar-se na cadeira de rodas.
- Doutor, falou com a minha superior?
- Sim, ela falou que virá te visitar amanhã.
- E Castle? Porque ele não acordou ainda? Já devia ter
acontecido isso não?
- É difícil dizer... algumas recuperações levam um
dia, outras levam semanas, as vezes meses ou anos. Não posso dizer qual é o
caso dele. Precisamos monitorar e esperar o melhor. Você principalmente não
pode desistir dele.
Ela chegou ao quarto dele. Continuava imóvel na cama.
Ela respirou fundo. Não gostava de vê-lo ali, tão indefeso, tão vulnerável.
Alguém com tanta energia como Castle não podia enfrentar algo assim. Queria ver
o sorriso dele, a voz rouca implicando com ela, queria sentir o toque tão
apaixonante que causava arrepios a sua pele. Precisava dele, mais do que muitas
vezes gostava de admitir. Porém, Kate fez uma promessa a si mesma, se ele
acordasse, ela não iria esconder mais nada dele.
Kate acariciava a mão dele. Beijou-lhe a testa, o
rosto e passou um bom tempo conversando com ele sobre vários assuntos. Ela
queria apenas deixar-se ouvir, para que ele soubesse que ela estava ali e não
iria sumir, estava ao lado dele e ali permaneceria o tempo que fosse preciso.
No dia seguinte, ela já estava cedo no quarto dele.
Sentindo-se bem melhor, Kate concentrou-se em vigia-lo e dar toda a atenção a
ele. Ela estava segurando a mão dele quando Joana entrou no quarto anunciando
que a sua superior estava lá para visita-la. Kate conhecia muito bem Gates para
saber que aquela não era uma visita realmente agradável. A Capitã deveria estar
ali para saber quando elas poderiam sentar e finalmente fechar o caso. Ela
pediu à enfermeira para leva-la até o seu quarto não queria problemas para o
seu lado. Acomodada na cama, ela percebeu a entrada discreta da sua superior.
- Bom dia, Detetive Beckett. Está melhor?
- Sim, obrigada mas ainda tomando remédios.
- E quanto a Castle? Alguma melhora?
- Não, tudo igual.
- Essas coisas levam tempo mas acredito que ele sairá
dessa – Gates sentou-se numa poltrona ao lado da cama de Beckett, puxou um
tablet da bolsa e tornou a falar – bem como você não poderá ir até o distrito,
decidi vir aqui para montarmos o seu depoimento e o relatório. Preciso enviar
isso à promotoria o quanto antes. Então você pode começar falando sobre o
momento que deixou-nos naquele endereço para levar o Mr.Castle para o distrito.
- Eu estava no caminho para o distrito quando fomos
interceptados na ponte pelo Tyson, ele bateu no meu carro e por sorte não
caímos no rio. Quando percebi que era ele, alertei Castle para manter-se
abaixado pois Tyson já chegou atirando. Peguei minha arma e tentei para-lo, cheguei
a achar que o atingira mas ele me surpreendeu e me derrubou. Depois ele me
manteve presa e lutamos, ameaçou me matar, foi quando Castle pegou a minha arma
e atirou, por fim após o tiro que ele deu em Castle, eu mesmo machucada revidei
e dei o tiro na cabeça.
- Não, está péssimo. Como você espera que as pessoas
acreditem em você com esse depoimento? Você tem que ser detalhista! Estamos
falando de 15 tiros disparados, um civil em pleno tiroteio e que agora está em
coma e da sua carreira. Vocês sequer usavam qualquer proteção para enfrentar o
3XK. Você tem que ser precisa já que não vamos colher o depoimento da vítima.
Você deve explicar suas digitais nas armas, as de Castle e o número de balas.
Sem falar dos hematomas no rosto do suspeito. Detalhes, Detetive Beckett fazem
toda a diferença. Comecemos novamente.
E Beckett passou a reviver a cena mais uma vez,
elaborando cada passo e cada detalhe. Seguindo o conselho de Gates, ela
explicou a troca de armas, os tiros e como mesmo ferida, ela ainda conseguiu
deter o suspeito. Elas também revisaram as consequências das lutas elencando
cada um dos ferimentos dela além de mencionar os danos causados a vítima. Gates
releu tudo o que transcrevera e parecia satisfeita. Sabia que tinha uma missão
árdua pela frente em convencer a promotoria mas acreditava ter informações
suficientes para defender sua detetive e seu distrito. Ainda assim, tinha
preocupações genuínas. A última parte do depoimento de Beckett definitivamente
mostrava que ela deixara-se dominar pela raiva e esse sentimento certamente a
cegara.
- Beckett acho que já é o bastante. O resto é comigo.
Mas tenho que dizer a você que não será uma tarefa fácil especialmente porque
mesmo alegando legitima defesa e ainda resolvendo o caso, você foi ao extremo.
Você passou por cima de todas as barreiras possíveis, ferida e movida pela
adrenalina você fez o seu trabalho e foi além. E isso é a parte que me
preocupa.
- Senhora, nós estamos falando de legitima defesa!
- Não somente isso. O que você fez com o rosto daquele
homem não foi por legitima defesa. Foi por raiva, por um tipo de vingança, para
defender Castle sim, mas também para puni-lo pelo mal que ele causou.
- Eu não...
- Não me interrompa. Se você acha que o que fez é
certo, você não seria a policial que é. No fundo está com uma pulga atrás da
orelha, há uma espécie de culpa pairando no ar. Você matou um homem, um
assassino porém isso não torna o ato de matar menos doloroso, não é verdade? –
ela podia ver no semblante de Kate que estava certa - Fez isso pelo seu
parceiro, fez isso movida não apenas por raiva ou por justiça, Detetive foi
outro sentimento que a guiou naquele momento. Você fez isso tudo por amor.
Ao ouvir as palavras da capitã, Kate prendeu a
respiração. Isso significa que, oh meu deus, ela sabe! Kate mostrava claramente
a agonia ao perceber o quanto ela e Castle tinham sido ingênuos. É claro que a
Capitã saberia, ela é uma detetive e como sua superior tem como dever saber o
que se passa com seus empregados. Ela tentara por várias vezes abrir a boca e
falar alguma coisa sem sucesso. Gates esperou por um momento para deixar a sua
subordinada digerir o que acabara de dizer. Com muito esforço, ela balbuciou.
- Senhora, eu acho que se enganou eu...bem...
- Detetive Beckett, não precisa se explicar. Apenas
aceite o fato. Por Castle ser um civil e apesar de não ser muito fã dele ainda
assim tenho responsabilidade sobre a vida dele se está acompanhando um dos meus
detetives prestando serviços à cidade. Também reconheço que às vezes ele nos
ajuda em alguns aspectos do nosso trabalho mas tenho que trata-lo como um
cidadão de New York, não como um funcionário. Exatamente por isso esse relatório
é tão importante. Reconheço o que fez por isso vou ajuda-lo e a você também.
- Desculpe, senhora...eu , eu não compreendo...não vai
expulsar Castle do 12th?
- Como eu disse, Mr. Castle é um civil, não um
funcionário na minha folha de pagamento portanto algumas políticas do meu
distrito não se aplicam a ele. Vou deixa-la descansar agora e quando receber
alta, espero vê-la no trabalho para agilizarmos esse processo.
Gates deixou o quarto com um risinho no rosto. Deixara
Beckett completamente sem ação ao revelar que sabia de seu envolvimento pessoal
com Castle. Do lado de dentro do quarto, ela ainda estava em choque. Não
esperava ouvir metade das coisas que a sua superior dissera mas ainda descobrir
que não só ela sabia de seu relacionamento como não iria fazer nada a respeito,
pelo menos por esse momento. Nada daquilo fazia sentido para Beckett e
justamente por causa disso, ela decidiu que precisava se preparar para encarar
a Capitã na sua volta ao distrito.
Naquela noite, Kate sentou-se ao lado da cama de
Castle e segurando a mão dele começou um monólogo consciente que falar em voz
alta talvez a ajudasse a entender aquilo que ouvira de Gates mais cedo e quem sabe ele também não ouvisse e
reagisse?
- Castle, certamente essa não seria a melhor hora para
contar-lhe sobre isso mas eu preciso falar com alguém e por mais que confie em
outras pessoas, isso é algo que apenas quero compartilhar com você. A Capitã
Gates veio me visitar hoje, colher meu depoimento para levar o caso à
promotoria. Ela fez questão de montar uma defesa para mim e consequentemente
para você. Eu não entendo ainda o porque mas ela nos defendeu em nossos atos.
Castle... ela sabe! Do nosso segredo, ela sabe. E o mais intrigante? Ela não
parece incomodada ou com raiva em relação a isso. Disse inclusive que não o
expulsaria do distrito quando perguntei. Eu estou tão confusa com isso. Queria
poder conversar, analisar tudo isso. Será que não há mais nada por trás de tudo
isso? Não sei o que pensar ao certo.
Ela parou de falar por um tempo. Passou a mão sobre os
cabelos. Elevou a mão dele até os lábios, esfregando-os suavemente na pele,
fechara os olhos e suspirou.
- Eu sinto tanto a sua falta, Castle... por favor
acorde.
E ficou lá até tarde da noite velando o sono dele que
para ela parecia interminável.
Dois dias depois, Kate recebera alta do hospital e fora
orientada pelo médico que deveria retornar em sete dias para a retirada dos
pontos. O pé já estava quase todo desinchado mas ela ainda se locomovia
devagar. Castle continuava no mesmo quadro estável mas sem indicação de que
acordaria nos próximos dias. É claro que para ela isso não dizia nada, todos os
dias ela estaria ali ao lado dele. Beckett foi trabalhar no dia seguinte a sua
alta. Chegando ao distrito, logo após atualizar os rapazes sobre seu estado e
de Castle, ela percebeu que Gates estava sozinha na sala e foi até lá.
- Capitã, com licença.
- Detetive Beckett, por favor entre – ela percebeu a
forma como Beckett se locomovia devagar – vejo que ainda não está totalmente
reabilitada. Não posso deixar você trabalhar em campo desse jeito. O que é bom
pois temos alguns pontos do último caso para fechar. Sente-se.
Beckett obedeceu. Ainda sentia dor ao forçar o pé.
- Vou atualiza-la sobre o caso de Tyson e até onde eu
fui com a defesa. Usei todas as informações que discutimos e montei um relatório
apropriado. Tenho uma cópia aqui em algum lugar – Gates começou a procurar nas
pastas da sua mesa – ah! Aqui está. Claro que prefiro que leia depois mas posso
resumir. Apesar de ainda termos alguns pontos de desacordo, a justificativa de
legitima defesa foi aceita pela promotoria. Todos os crimes cometidos por 3XK
foram anexados ao meu relatório assim como seus exames médicos e de Castle.
Suas armas ainda estão em posse do laboratório de criminalista e deverão ser
devolvidas na próxima semana. Não haverá
suspensão porém, como já é de praxe na NYPD, você deverá fazer um
acompanhamento psicológico para que receba um atestado para estar apta a
exercer sua profissão como detetive. É a regra que aplica-se a qualquer um de
nós que atirem fatalmente em alguém.
- Eu já tenho um psicólogo que me acompanha desde o
meu tiroteio. Posso indica-lo?
- Claro, vai tornar as coisas mais simples pois já
conhece seu histórico.
- Ok, eu vou marcar a sessão. Senhora e sobre a minha
outra situação, digo meu relacionamento com Castle? Desculpe perguntar
novamente sobre isso mas ainda não consegui entender o porque daquela sua
declaração de que não expulsaria Castle daqui e também depois de afirmar que eu
fiz o que fiz por... não por raiva e...
- Eu disse pra você que fez tudo por amor. E reafirmo.
Você também sabe. Eu compreendo. Talvez seja difícil para você perceber que a
admiro não? Admiro seu comprometimento com a profissão, sua lealdade para com
seu antigo capitão, para com seus amigos e companheiros de trabalho e principalmente
sua devoção ao seu parceiro. Sua confiança em saber que mesmo sendo um civil,
ele a protegerá, terá sua retaguarda. Eu
a admiro Kate por ter conseguido fazer o que não consegui. Vingar e salvar seu
parceiro. Já estive em seu lugar e com a mesma chance de revidar e acabar com
uma luta de anos. Faltou-me decisão, coragem. Meu parceiro morreu e eu não
consegui punir quem fez isso com ele. Essa é uma culpa que vou carregar até o
fim da minha vida. Você fez tudo o que eu deveria ter feito quando tive a chance.
E seu parceiro continua vivo e ele é mais que um parceiro de polícia assim como
o meu também era.
- E-eu não sabia, sinto muito... – Kate estava muito
surpresa com toda a revelação que Gates fazia a ela – não foi minha intenção
contestar ou questionar seu julgamento senhora.
- Você não fez isso, Detetive. É uma historia antiga
que apesar de estar registrada nos documentos da policia, eu nunca a dividi com
nenhum colega, nem mesmo com um subordinado. Não é algo que as pessoas entendam
facilmente, tem que se passar pela situação para ser capaz de compreender as
atitudes do outro. Espero que honre minha confiança não contando nada disso
para ninguém. E antes que você me pergunte, se possível nem para Castle, apesar
de achar que você vai ter dificuldades em fazer isso já que são cúmplices em
tudo.
Um pequeno sorriso se formou no canto dos lábios de
Gates e Beckett retribuiu o gesto sorrindo também.
- É tão óbvio?
- Nem tanto, a menos que a pessoa a observar já tenha
estado em seu lugar um dia. Leia o relatório, Detetive Beckett e evite de ir
para as ruas, você está sem armas e não totalmente reabilitada.
- Obrigada, senhora.
Beckett se levantou e seguiu em direção a porta quando
Gates a chamou novamente.
- Detetive... como ele está?
- Na mesma – Gates viu a ruga de preocupação despontar
na testa da sua subordinada e falou.
- Não se preocupe, ele vai sair dessa. É uma questão
de tempo – Kate meneou a cabeça em acordo para a Capitã.
Ao fechar a porta atrás de si, ela suspirou. Naquele
momento, Kate passara a ter mais respeito pela mulher no comando. Iron Gates
era apenas uma faceta daquela profissional que tinha mais a oferecer do que
disciplina aos seus subordinados. Retornou para sua mesa pos-se a ler o
relatório. Fez uma nota mental para marcar a consulta com o seu terapeuta.
Todos os dias, Kate saia do distrito e ia ao hospital.
Algumas vezes encontrava Alexis estudando ao lado da cama do pai, ou Martha
lendo algo para ele, um jornal, uma revista. Ela dizia que era uma forma de
mante-lo atualizado. Porém, na maioria
das vezes, ela ficava sozinha com ele. Sempre tinha algo para conversar com
ele. Não comentou nada sobre Gates. Com o passar do tempo, ela foi ficando sem
assunto para falar e decidiu reler os livros da série Heat para ele. Todas as
noites, ela lia de 3 a 5 capítulos fazendo seus próprios comentários. Assim se
passaram quase 3 meses.
Três meses depois...
O trabalho no 12th continuava, pessoas eram
assassinadas, criminosos presos e sentenças pronunciadas em tribunais. Beckett
continuava dominando os interrogatórios mas algo parecia mais sombrio naquele
lugar. Depois de um mês, as pessoas pararam de perguntar sobre Castle e se ele
voltaria para a NYPD. Ela dava sempre a mesma resposta: eu não sei quando mas
espero que volte. E isso passou, virou noticia velha e a única que ainda vivia
cada dia igual durante esse período era ela.
Suas idas ao hospital eram rotina, como ritual. Ás
cinco saia do distrito, passava numa cafeteria e fazia o mesmo pedido sempre,
seu café e o de Castle. Com seu exemplar de Nikki Heat na bolsa, ela chegava no
quarto dele. Falava do café, sorria, beijava-lhe a testa, o rosto, os lábios e
mão. Sentava-se ao lado da cama e segurando uma mão na sua passava a ler as
aventuras de Rook e Nikki. Ao se despedir, ela dizia a frase preferida de
Castle: até amanhã e nunca boa noite. Algumas vezes ao chegar em seu
apartamento ela sentia o impacto do vazio, de não ter ninguém ali com ela. A
cama vazia era outro choque que a tomava sempre que ela lembrava de momentos
íntimos entre eles. Quando isso acontecia, ela chorava copiosamente por um bom
tempo.
Quando estava no hospital, as vezes encontrava Joana,
elas conversavam e a enfermeira sempre tinha algumas palavras doces e
reconfortantes para dizer. Um dia, ela entrou no quarto e de repente, Kate
sentiu uma vontade louca de falar sobre ela e Castle para Joana. Segurando a
mão dele,ela falava.
- Minha vida não foi a mesma desde que conheci Castle.
Tudo começou por um caso que investigava, as vítimas eram assassinadas como nos
livros dele. Eu sabia disso porque ele era, é um dos meus escritores
preferidos. Mas ele era tão irritante! Não seguia regras, não respeitava
hierarquia achava que por ser amigo do prefeito podia fazer e acontecer. E foi
exatamente isso que o fez ficar no meu distrito. Depois do caso ele inventou
que precisava fazer pesquisas para seu novo livro no qual eu seria a sua
inspiração para a personagem principal.
- Nikki Heat... e Joana apontou para o livro nas mãos
dela – sou fã dela. Sorriu.
- É, e o tempo foi passando, o perigo nos
surpreendendo e de repente eu me acostumei tanto a te-lo do meu lado me
ajudando que nunca pensei em procurar outro parceiro na polícia. Eu fui me
deixando seduzir pelos encantos dele, acredite, ele é um galanteador. Apesar de
saber que estava me apaixonando por ele não queria dar o braço a torcer. E foi
assim que quase perdi a vida. Tive que me reerguer novamente e quase morri mais
uma vez só que naquele momento eu percebi o quanto perdera tempo, o quanto
queria estar com ele. Eu precisei ter minha vida por um fio para entender o que
realmente era importante. E agora... aqui estou eu, pedindo para que ele não me
deixe... não posso fazer isso sozinha... simplesmente não posso.
E ao começar a chorar, Joana a envolveu carinhosamente
pelos ombros e apertou a mão dela confortando-a.
- Ele vai sair dessa. Isso é amor verdadeiro, querida.
Resiste a tudo.
- Joana, eu nunca disse que o amava.
- Tenho certeza que ele sabe, Kate. Está no seu olhar.
XXXXXX
Ela estava concluindo um relatório para entregar a
promotoria de mais um caso fechado. Nesse dia, Kate estava mais apática e irritada
com tudo. Hoje era dia de aniversário de namoro com Castle. Mais uma data que
ela não poderia comemorar como queria. Isso a deixava irritada com ela mesma,
sabia que não deveria fazer isso, não era sua culpa porém, na mente de Kate
Beckett assumir esse fardo era inevitável. Concluiu o relatório e pegou sua
bolsa. Precisava conversar com a única pessoa capaz de ouvi-la por horas sem
critica-la ou mesmo ao fazê-lo dava a ela uma opção a seguir. Seu terapeuta.
Consultório do terapeuta
- Boa tarde.
- Boa tarde, Srta.Beckett. Você tinha consulta marcada
hoje?
- Não mas esperava que ele tivesse um horário para
falar comigo.
- Depois desse paciente, ele só tem consulta às seis
da tarde. Acho que consigo convencê-lo a recebê-la. Pode sentar e esperar.
- Obrigada – Beckett sentou-se no sofá da recepção mas
estava claramente ansiosa. A perna não parava quieta. Ela se levantou e
serviu-se de um copo d’água tentado manter-se calma. Meia hora depois, a
consulta finalmente acabara e a secretária entrou na sala do terapeuta. Kate
esperava que voltasse o quanto antes e a mandasse entrar. Quando a moça voltou,
ela se levantou na expectativa.
- Ele pediu dez minutos para poder atender você –
Beckett balançou a cabeça em concordância.
Ao entrar na sala, Kate se dirigiu ao divã tal como
fizera tantas vezes. Sentou-se e respirou fundo. Sua ansiedade era visível pela
forma que mexia as mãos. Desde sua última consulta onde obtivera a autorização
para voltar a portar sua arma, ela não voltara ali. Carregava consigo as
frustrações e dúvidas sobre a sua vida e a de Castle. Hoje não podia fazer
isso, precisava desabafar, se expressar.
- Bom te ver Kate. Porém pela sua cara e ansiedade, acredito
que essa visita tem um propósito bem especifico não? Vamos lá, porque está
aqui?
- Preciso conversar com alguém ou vou explodir.
- E porque eu? Porque não uma amiga?
- Porque o motivo disso é algo que se for dito a uma
amiga pode não ter o mesmo resultado que espero, posso perder a paciência e não
gostaria de acrescentar mais um problema a tantos outros que já tenho, ou
sentir-me culpada por outra coisa.
- Diga o que a aflige.
- O dia de hoje. Seu significado. Hoje, eu e Castle
deveríamos estar comemorando mais um mês de namoro, em vez disso, ele está
ainda em coma, alheio ao tempo e ao mundo a sua volta, por minha causa. Três
meses sem um sinal e eu chego a me perguntar se ele ainda vai acordar e ao fazê-lo,
ele se lembrará de mim? Tenho medo que não se lembre. Já houveram vários casos
assim. Ao recordar aquele dia eu sinto raiva de mim. Como pude ser tão burra?
Sou eu a culpada por ele estar naquele estado. Se eu tivesse continuado a
atirar em vez de avançar achando que tinha atingido Tyson, se eu tivesse
apertado o gatilho e mirado a cabeça dele, nada disso teria acontecido. Eu sou uma policial experiente! Como pude
cometer um erro tão básico. Se acertasse um tiro apenas na cabeça dele, não
teria sido derrubada e Castle não estaria....- ela engasgou – não estaria
naquela cama. Deveria ser eu!
- Kate, pare de racionalizar. Você não deve analisar
tudo, perder tempo procurando os “E ses” para o seu problema. A vida não é
comandada pelo número de “E se” que remoemos, no mundo real existem apenas o
fazer ou não fazer, ação e reação. Seus atos naquele dia, tiveram um propósito
e com eles vieram consequências. Sejam elas boas ou ruins.
- Ah, que ótimo! Agora você vai me dizer que a vida é
cheia de surpresas ruins e que estavam pré-destinadas a acontecer? Que isso é
um teste? Eu estou cansada de ser testada.
- Não disse isso. Pedi para você não se perder
buscando entender porque assim você vai minar o principal sentimento que deve
permanecer vivo em você, a esperança. Você deve se concentrar em coisas
positivas para ajudar Castle.
Kate que estava em pé devido à discussão calorosa,
tornou a se sentar no sofá. Suspirou e encostou-se ficando quieta por uns
segundos. Fechou os olhos e mordeu o lábio inferior, gestos característicos de
quando estava pronta a se expor. Ao abrir os olhos, as palavras começaram a
sair naturalmente.
- Você acha que perdi a esperança? Todas as noites
antes de adormecer eu me questiono o porquê de tudo isso. Peço a Deus para
acabar com esse sofrimento para com ele, a família, comigo. Vê-lo deitado
naquela cama é tão sufocante às vezes, não poder fazer nada é frustrante. Mas
continuo a acreditar que um dia eu chegarei lá naquele quarto e ele brigará
comigo por não estar ali quando acordou, ou por não ter trazido café para ele.
Já me perguntei o que há de errado comigo, porque essa culpa, esse sofrimento
me persegue. Quando consegui seguir em frente, a vida veio e me deu outra
rasteira. Tive que estar à beira da morte novamente para entender que estava
fazendo tudo errado, fui posta ao meu limite e quase perdi tudo mas me reergui
– as lágrimas silenciosas desciam pelo rosto enquanto ela continuava com a voz
embargada – eu estava bem, nós estávamos bem. Felizes. Eu finalmente estava
vivendo uma época tão maravilhosa e de repente tudo mudou, virou de ponta
cabeça. Será que não mereço ser feliz, não era suficiente toda a dor que já
passei? Não mereço um momento de paz? O que está errado comigo?
- Nada está errado, Kate. Você precisa parar de se
culpar, de achar que não é merecedora das coisas boas que acontecem na sua
vida. Você e Castle estão passando por um momento crítico e você precisa focar
toda a sua atenção, toda a sua fé nele. Não pode desistir de tudo agora.
- Como? Eu não posso fazer nada por ele. Não sou
médica. Ás vezes eu tento me convencer que ele está melhor, parece mais
saudável, adquiriu mais peso ou está com o rosto mais corado. Tudo ilusão da
minha mente. Ele está exatamente do mesmo jeito a três meses.
- Continue fazendo a mesma coisa de todos os dias.
Visite-o, converse com ele, esteja presente demonstrando que espera por ele e
que ainda faz parte da vida dele. E o principal, pense positivo e continue
acreditando. Ele voltará para você. Agora em vez de estar aqui, você deveria
estar no hospital especialmente hoje não concorda? Ele está esperando por você.
Kate limpou as lágrimas do rosto e se levantou. O
terapeuta sorriu para ela. Kate balançou a cabeça. Ela deixou o consultório um
pouco mais aliviada por ter colocado seus sentimentos para fora mas sabia que
não era suficiente. Apenas seria quando ele acordasse. Ela comprou o café, um
cupcake e sorvete de chocolate.
No quarto do hospital, após o seu primeiro ritual, ela
colocou a sacola da cafeteria sobre a mesinha de apoio. Retirou o café, o
bolinho e o sorvete. Enquanto arrumava tudo, ela comentava para ele o que
trouxera.
- Sabe porque eu trouxe algo além do café hoje?
Fazemos mais um mês de namoro, Castle. Achei que um bolinho seria bom pra
comemorar. E sorvete, sei o quanto você ama sorvete. Estava lembrando da nossa
ida aos Hamptons quando vinha para cá – ela mordiscou o cupcake – apesar do
caso ter atrapalhado boa parte do nosso fim de semana, ele foi muito bom.
Especialmente a última noite não? Você ainda tem que escrever aquele livro,
Castle. Hamptons Heat, principalmente aquela cena final – ela mordeu novamente
o bolinho e sentiu a garganta fechar, as palavras transformaram-se em visões e
ela engasgou, estava tudo errado.
Ela se aproximou da cama e segurou a mão dele.
- A quem eu estou enganando? Não posso continuar com
esse teatrinho sem noção. Não quando tudo o que quero é beija-lo, sentir seus
braços ao redor da minha cintura, ouvir sua voz, vê-lo falar um monte de
bobagens somente para me irritar. Quero sentir seu toque, sua pele, fazer amor
com você. Oh, Castle como eu pude ser tão estúpida? Porque eu fico me
guardando, ouvindo essa vozinha irritante e medrosa que insiste em azucrinar
minha mente? – a voz já falhava por conta da emoção – Eu preciso que você
acorde, preciso de você. Não quero ficar sozinha, não gosto disso mais. Quero
meu parceiro, meu amigo, meu amor. Como eu queria voltar no tempo e te dizer o
quanto eu te amo! Sim, eu te amo tanto que tenho medo desse sentimento ser
maior que eu. Queria voltar aquela noite nos Hamptons, fazer tudo de novo. E te
dizer o que realmente sinto... pelo menos ter uma chance de dizer o que você queria
tanto escutar...acorde por mim, Castle.
Ela estava com a cabeça apoiada ao estomago dele sem
soltar da mão que entrelaçara na sua. Tinha o rosto vermelho de chorar. Pensara
sobre a ideia de que todos mereciam uma segunda chance. Tinha os olhos fechados
quando ouviu ao longe alguém chamando-a. Castle estava chamando por ela porque
queria que ela comprasse a teoria dele, ela podia ouvi-lo em seu subconsciente,
Kate...você está me ouvindo? Um pequeno tremor nos músculos da face,
demonstravam um esboço de sorriso pela lembrança. Ela suspirou.
- Kate... pode ouvir? Kate...
Ela ergueu a cabeça já pensando em se levantar para
pegar um pouco d’água e voltar a falar de coisas boas como seu terapeuta a
aconselhara. Ao fazer isso sentiu um aperto na mão. Virou o rosto e sentiu o
coração parar. Ele continuava imóvel, dormindo. Ela estava imaginando coisas.
- Hey, querida...
Kate virou a cabeça para encontrar a enfermeira Joana
olhando para ela.
- Você deveria ir para casa. Não pode passar a noite
toda nessa posição. Precisa descansar – ela reparou nas coisas sobre a mesa, o
sorvete derretera e o cupcake estava pela metade – alguma comemoração especial?
Oh, Kate é o aniversário dele? – olhou com carinho para Kate.
- Não, completamos mais um mês de namoro.
- Então, parabéns a vocês. Esqueci que apesar de
parecer o contrário, vocês estão juntos a pouco tempo.
- Muitos pensam da mesma forma. Até meus amigos já
disseram que parecemos casados devido ao jeito que nos tratamos.
- E você pensa em se casar?
- Não sei, Castle já foi casado duas vezes e sempre
imaginei que quando me casasse seria algo muito sério, pra sempre. Uma única
vez. Por mais estranho que pareça com todos os meus outros namorados eu sequer
pensava nisso, já com Castle... talvez seja porque conhecemos muito bem um ao
outro, ele não pode esconder seus defeitos, seus vícios. É mais fácil.
- Bem, você sabe o que dizem a terceira vez... – ambas
sorriram – vá pra casa descansar e volte amanhã. Você ainda terá um longo dia
pela frente antes vir até aqui vê-lo. Deixe que eu cuido disso aqui.
Kate se levantou e por impulso deu um beijo na
bochecha da enfermeira – Obrigada, Joana.
No caminho de casa, ela se pegou pensando em como era
estranho o fato dela conseguir se abrir tão facilmente para alguém que era de
certa forma uma estranha para ela. Não sabia se era o jeito dela ou a ligação
por causa do nome mas sentia-se a vontade para falar com aquela enfermeira.
Chegou em casa e após um banho desabou na cama. Kate foi levada a lembranças
boas de momentos com Castle. O primeiro caso deles, a irritação que ele a
causava, o jeito moleque. A primeira vez que levara café para ela, a declaração
de amor. Com esses pensamentos ela adormeceu.
O som do despertador parecia tão distante. Kate sabia
que precisava levantar para trabalhar mas estava tão cansada. Aquele dia a
esgotara física e emocionalmente. Já fazia algum tempo que ela não se rendia
tão facilmente ao sono. Desde que tudo acontecera, ela dormia cerca de três a
quatro horas apenas. O som continuava, insistente. De repente, ela percebeu que
não era o despertador. Levantou-se sobressaltada. Ainda estava escuro e o
celular continuava a gritar. O coração acelerou pelo susto e ao ver que a
ligação vinha de um numero bloqueado apenas serviu para deixa-la mais
preocupada. Atendeu a ligação com um sussurro.
- Alô?
- Srta. Beckett, aqui é o Dr. Ross do Memorial
Hospital.
- Oh meu Deus! Diga que ele acordou.
- Eu acho que você vai querer vê-lo antes de amanhecer
não? Venha, estarei por aqui.
Ela desligou o telefone ainda tremendo. Deu-se dez
segundos para digerir a notícia e saiu da cama.
Meia hora depois, ela chegara ao hospital. Encontrou o
médico no corredor da ala onde ficava o quarto de Castle. Ele a cumprimentou e
falou brevemente sobre o estado dele.
- Ele acordou a cerca de uma hora. No início estava
um pouco cansado o que é natural devido ao tempo que dormiu mas logo em seguida
perguntou por você. Não contei nenhum detalhe sobre o que aconteceu ou sobre o
tempo que ele permaneceu em coma. Achei que era melhor você fazer isso. Também
não contatei a mãe dele, apenas você.
- Obrigada. Eu faço isso.
- Não vou prender você por mais tempo, sei o quanto
está ansiosa para vê-lo – e se distanciou para dar passagem a ela. Quando Kate
estava na frente do quarto com apenas a porta separando seu encontro com
Castle, ela respirou fundo tentado conter a ansiedade e a emoção, o que era uma
tarefa bem difícil nesse momento. Abriu a porta.
Ele estava sentado na cama e ao vê-la abriu o sorriso
e com isso toda a suposta concentração de Kate foi pro espaço.
- Hey...
- Castle... Deus!
Ela caminhou até ele em marcha lenta. Sentia os olhos
começarem a arder, um certo tremor nas mãos. Ela se aproximou - Oh, Castle... -
ela já se tocava o rosto dele. As lágrimas voltaram a encher seus olhos. Ela
depositava beijinhos ao longo do rosto dele até beijar-lhe os lábios.
- Alguém sentiu mesmo minha falta...
Kate o abraçou forte a exemplo de como fizera na
biblioteca, ele retribuiu o gesto e percebeu o coração dela acelerado. Como ela
sentira falta daqueles braços. Ficou um bom tempo assim. Ao soltar do abraço,
ela acariciou o rosto dele novamente e buscou os lábios dele mais uma vez.
Fitava-o e a conexão dos olhares estava de novo reestabelecida. Ele percebeu os
olhos mareados.
- Realmente sentiu minha falta.
- Não fale assim! Eu quase morri de preocupação,
cheguei a pensar que não ouviria mais sua voz... você tem ideia do que me fez
passar?
- Não realmente mas você vai me dizer. Kate, Tyson
escapou?
- Está morto, eu o matei. Ele atirou em você.
- E você? Está machucada?
- Já passou... – Kate percebeu que talvez ele
estivesse sem noção de tempo.
- Quanto tempo dormi? Dois dias?
- Castle você esteve em coma por três meses.
- Três meses? Oh, Kate... que dia é hoje?
- 8 de novembro.
- Isso quer dizer que ontem... desculpe.
Ela sentou na cama se aninhando ao peito dele.
Sentindo o cheiro da pele – Não, você não tem que pedir desculpas. O importante
é que você acordou. Eu tive tanto medo, Castle. Medo de que você não acordasse
mais, ou que você não se lembrasse de mim, de nós. Estou tão feliz por ver que
você está bem... eu pedi tanto por isso, por essa segunda chance.
Ele tocou o queixo dela, forçando-a a olhar para ele.
- Estou aqui e não pretendo ir a lugar algum. Você
está mais magra, com um ar de cansaço mas ainda assim continua linda. Você não
está trabalhando feito louca no distrito por minha causa, certo Kate?
- Não. Passei noites conversando com você aqui mesmo
nesse quarto. Eu, Martha e Alexis. Oh, preciso ligar para elas. Você deixa eu
sair um pouquinho, prometo que volto logo.
Ele sorriu e Kate desceu da cama porém estava difícil
largar a mão dele nesse mesmo momento, a enfermeira entrava.
- Olha quem acordou... não é à toa que posso finalmente
ver um sorriso nesse rosto hein Kate?
- Ela pode fingir o quanto quiser mas é louca por
mim... – Kate olhou para ele revirando os olhos mas sorrindo.
- Com todo esse charme, certamente é difícil resistir,
pode culpa-la?
- De modo algum. E você deve ser uma fã...
- Não Castle, ela é a enfermeira da ala, Joana. Acho
que ela está mais feliz que eu por você ter acordado, não aguentava mais me
ouvir.
- É claro que isso é mentira! Adorei cuidar de você. E
ainda continuo. Sinto ter que separar os pombinhos novamente, sei que tem muito
o que conversar e se duvidar não conseguirão tirar as mãos um do outro – Castle
riu ao ver Kate ficar vermelha – mas preciso levar você para uma bateria de
exames. O Dr.Ross quer ter certeza que está tudo bem e aproveitou que está de
plantão até o meio-dia para checar pessoalmente os resultados.
- Tudo bem, tenho que avisar a mãe dele e a filha que
ele acordou.
- Diga só por curiosidade, quanto exatamente a Kate
falou sobre nós pra você?
- Castle... – ela o repreendeu mesmo já estando de
saída na porta.
- Não muito, apenas o suficiente para saber que você é
especial. Ela é uma mulher adorável, tão centrada, sabe o que quer, uma
lutadora posso reconhecer isso em uma pessoa quando a vejo. Ela já passou por
maus bocados não?
- Sim, passou. Escapou da morte várias vezes, teve uma
perda muito complicada na sua vida. Ela é extraordinária.
- E por pouco não teve outra perda. Sei que não
deveria dizer isso a você mas se você não acordasse, acho que ela não
suportaria.
- Como você pode saber tanto sobre alguém que conhece
a tão pouco tempo?
- Talvez pela profissão, já vi muitos passarem por
esses corredores, sofrerem, chorarem. Isso me deu um certo conhecimento sobre o
ser
humano. Mas essa moça, não sei, há algo diferente nela que me fez
simpatizar com ela de cara e consegui percebê-la facilmente. As coisas não são
fáceis para ela, Kate não é uma pessoa de se entregar de cabeça na vida. Acho
que você despertou essa vontade de viver nela e por isso, sei que se você se
fosse ela não suportaria.
- Não diga a ela que contei mas o nome da mãe dela, já
falecida é Johanna.
- Oh! Uma dessas coincidências da vida.
- Exceto que ela nem eu acreditamos totalmente em
coincidências – ele piscou para ela.
Quando Martha e Alexis chegaram ao hospital,
encontraram o quarto de Castle vazio. Kate as esperava e explicou que estavam
fazendo
vários exames. Martha estava tão feliz que não conseguia parar de
sorrir e abraçar Kate. Alexis, mais reservada, queria detalhes.
- Kate, ele está mesmo bem? Ele vai nos reconhecer?
- Alexis – ela pegou as mãos da menina nas suas e
olhou-a nos olhos – ele está bem. Se me reconheceu porque não a você? Seu pai
te ama e deve estar louco para te ver de novo.
- Mas ele vai ficar com alguma sequela? Quer dizer, pode
ter acontecido algo com o cérebro dele? Perdeu algo da personalidade, eu sou
estudante de medicina, sei que essas coisas podem acontecer.
- Ele está bem, tenho certeza. E continua sendo o
Castle. Nada modesto, carinhoso e charmoso. E Kate foi surpreendida por um
abraço da menina.
Castle surgiu no corredor na cadeira de rodas
empurrada pela enfermeira. Ao vê-lo, Alexis saiu correndo ao seu encontro. Kate
resolveu deixar elas curtirem um tempo com ele. Ela faria isso depois. Decidiu
ir direto para o distrito assim que o médico desse as informações sobre o
estado dele.
Quinze minutos depois, o Dr. Ross aparecera na porta
do quarto e Kate que estava do lado de fora acompanhou-o para escutar as notícias.
- Bom dia, Sr.Castle. Você realmente é um homem de
sorte, acordar e ter três belas mulheres ao seu redor. Eu o invejo.
- Elas não conseguem resistir a mim...
- Tem razão Kate, ele continua o mesmo – disse Alexis
piscando para Kate.
- Então doutor, já posso ir para casa?
- Então, seus exames estão ótimos. O ferimento à bala
já estava recuperado mesmo antes de você acordar, testei os reflexos e a
atividade cerebral está perfeita. Para liberá-lo eu preciso saber se você está
se sentindo bem, você passou muito tempo deitado por isso quero entender como
está sua mobilidade.
- Eu estou ótimo!
- Veremos. Fique em pé.
Castle obedeceu e sentiu as pernas e as costas doerem,
fez uma careta – Talvez um pouco entrevado.
- Sugiro que você fique mais um dia. Vou pedir para
meu fisioterapeuta de plantão vir aqui para fazer uma série de exercícios com
você e amanhã você poderá ter alta.
- Então sendo assim, eu preciso ir trabalhar,
convencer a Gates a me dar uns dias de folga a partir de amanhã.
- Você já vai me deixar? E pela Gates?
- Sem chantagem, Castle. Você está muito bem
acompanhado e às cinco estarei de volta – ela foi até ele e beijou-lhe
levemente os lábios – te vejo depois – segurou a mão dele apertando com força
vendo-o sorrir. Ele resolveu provocá-la uma vez mais e se preparou para ver a
reação dela.
- Doutor, eu já estou liberado para fazer sexo certo?
- Castle! Ela virou-se para fita-lo com aquele olhar
maravilhoso e perigoso que somente ela sabia fazer.
- Ah, esse era o olhar que eu procurava... vá fazer
esse olhar para a Gates, Detetive Beckett. E jogou um beijo no ar para ela que
riu balançando a cabeça – Thank you.
- Always.
Kate esperou até o fim da tarde para falar com a
Capitã.
- Com licença senhora. Posso entrar?
- Sim, detetive e feche a porta. Diga o que você quer.
- Eu preciso de uns dias de folga. Tenho férias
adquiridas. Preciso sair nem que seja uma semana.
- Castle acordou?
- Sim, hoje de madrugada.
- E como ele está?
- Está bem, um pouco enferrujado mas está recuperado.
- Isso é muito bom. Já saiu do hospital?
- Amanhã.
- Você tem uma semana. Ryan e Esposito podem segurar
as coisas por aqui.
- Obrigada, senhora. Sinceramente, por tudo.
- Não me agradeça ainda, quando voltar terá muito o
que fazer. Agora vá de uma vez.
No dia seguinte, Kate recebeu todas as orientações do
médico e prometeu segui-las à risca. Castle deveria voltar ao hospital em dois
dias para refazer uns exames e mais uma série de exercícios de fisioterapia.
Quando ia saindo, Beckett procurou por Joana mas informaram que ela estava
assistindo uma cirurgia. Ela levou-o para o apartamento dele já que Martha
insistira em cuidar do filho. Depois de estar bem instalado, Kate deixou-o com
Martha e Alexis enquanto foi comprar comida. Sentaram-se todos juntos à mesa e
ela disse que estava de folga por uma semana e podia cuidar dele. Alexis achou
isso muito bom pois ela tinha muitos trabalhos e exames na faculdade e não
poderia ficar ali, precisava voltar para o campus. Martha no fundo ficou
aliviada, não que o filho fosse lhe dar qualquer trabalho mas sabia que era
muito melhor Kate ficar com ele. Vira quanto essa moça sofrera nesses meses.
E tudo aconteceu como Martha já previra. Kate tomou a
frente da situação. Cuidava da alimentação, dos remédios, do repouso. Passava
horas conversando com ele, claro namorando um pouquinho. Levou-o ao hospital e
fez tudo para que ele se sentisse bem.
Era o quinto dia após a alta dele. Eles estavam
sentado na sala logo após o jantar. Kate contava para ele tudo que acontecera
naqueles dias que se seguiram a morte de 3XK. Falou do seu desespero, do medo e
também de como Joana ajudou-a durante o tempo que estivera no hospital. E de
Gates.
- Ela sabe sobre nós, eu não contei. Ela simplesmente
sabia. Acho que a subestimamos Castle.
- Isso significa que não voltarei a pisar no 12th? Era
isso que a afligia tanto por ela descobrir não?
- Sim, era. Porém, o fim da história não foi esse. Da
mesma forma como você dissera para mim que ela não podia expulsá-lo por estar
envolvido comigo romanticamente. Você não faz parte da folha de pagamento da
NYPD. Ela praticamente encerrou a discussão do nosso envolvimento. Depois
concentrou-se em montar o caso para a promotoria, a nossa defesa. Eu diria que
ela salvou o meu emprego e de certa forma nossa parceria.
- Então, a Capitã realmente tem um lado sensível... o
que a levou a tudo isso?
- Eu contarei se você prometer que essa história morre
aqui. Ninguém mais pode saber – Castle concordou com ela meneando a cabeça –
ela já esteve no meu lugar. Com a vida do parceiro ameaçada e tendo que lutar
para salvar a sua própria. A diferença é que eu fiz tudo ao meu alcance para
salvá-lo e ela não. E tem mais, assim como você, ele não era somente um
parceiro profissional.
- WOW... então Gates tem um segredo também?
Interessante...
- Castle, ela me elogiou. E isso não é brincadeira. Eu
sei muito bem o que ela passou. Você não sabe o que é estar numa situação
assim.
- Na verdade, eu meio que sei. Como você acha que eu
fiquei ao vê-la desfalecer em meus braços após seu tiro? Você não ficou em coma
mas me deixou de lado por três meses, três longos meses.
- Desculpe, você tem razão.
Ela bebeu um pouco do vinho e pousou a taça na mesa.
Levantou-se e ofereceu a mão para ele – Vamos para o quarto. Eles subiram as
escadas devagar, Kate enrolada nos braços dele. Já no quarto, ela ficou de
frente para ele antes de abraça-lo mais uma vez. Ela encostou a cabeça no peito
dele e inalou o cheiro característico masculino. Sentira tanta saudade de ter
aqueles braços a envolvendo. Devagar, ela desfez cada um dos botões da camisa
dele, jogando-a pelo chão. Retirou sua própria camiseta e desfez-se da calça de
moletom que usava ficando apenas de calcinha e soutian. Em seguida, voltou a
beija-lo apaixonadamente. Os dedos deslizavam vagarosamente pelo peito dele
sentindo a pele quente novamente. Quebrando o beijo deixando-o já sem fôlego,
ela falou acariciando os ombros dele.
- Eu senti tanto a sua falta, tanto. Tinha medo de
você não acordar. De eu não poder abraça-lo, beija-lo. sentir seu corpo contra
o meu. Quem iria falar aquelas coisas doidas de geek? Ou me convencer com as
teorias malucas? Eu não podia perder você.
- Você não me perdeu, estou aqui. E ficaremos juntos.
Não tenho pretensão de ir a lugar algum. Você está presa a mim, Kate Beckett.
- Eu gosto de estar presa a você. E voltou a beija-lo.
Castle a tomou nos braços e a colocou na cama. Debruçou-se sobre ela e sorriu
antes de voltar a beija-la. Suas mãos percorriam o corpo dela tocando cada
pedacinho de pele que podia. Quando apertou seus seios, ela gemeu nos lábios
dele. A boca deslizava pelo pescoço até a altura dos seios. Sugou-os
vagarosamente como se o tempo houvesse parado para eles. Nada importava alem
dela, saborea-la, toca-la, ama-la. Ele abriu o fecho frontal do soutian para
tocar realmente os seios dela, passando o polegar sobre os mamilos via Kate
arquear o corpo de olhos fechados. Ela o puxou novamente pelo pescoço e
envolveu-o num beijo urgente. Ela estava muito excitada, podia sentir seu corpo
reagir a cada toque por mínimo que fosse. Precisava tanto dele.
- Castle, quero muito você...preciso... não demore,
por favor...
Ele sorriu. Os lábios deslizavam sem pressa pelo
estomago dela, coxas e o interior das pernas muito próximo à região tão desejada
pelo toque dela. Com destreza, ele tirou a calcinha dela deslizando-a pelas
pernas longas. Jogou a peça no chão, livrou-se das próprias calças. Ela
percebeu que ele estava já rígido. Sorriu. Mas Castle parecia não ter pressa.
Ele ergueu uma das pernas dela e beijou toda a sua extensão. Depois, ele se
colocou sobre ela e mantendo os olhos conectados ao dela, a penetrou. Ao
senti-lo dentro de si ela abriu o sorriso e gemeu baixinho. Beijou-o
rapidamente nos lábios e entregou ao comando dele. Castle movia-se dentro dela
ritmadamente. Kate acompanhava o movimento dele e passando as mãos pelas costas
dele. Sentia que seu corpo ia ceder a qualquer momento. Castle mordiscava-lhe o
ombro e aprofundava-se dentro dela. Kate começou a tremer e em arrepios,
deixou-se fechar os olhos e se entregar aquela sensação tão ansiada de prazer.
Ele continuava a instiga-la. O movimento de corpos não cessava e pode senti-la
experimentar mais um orgasmo. De repente, ela o fez virar de posição e ficou
por cima. Pressionando suas mãos no peito dele ela continuava o movimento em
busca de mais um instante de prazer, Castle também já estava no limite e quando
percebeu que ela se entregara mais uma vez, ele foi com ela. Kate gritou e
deixou o corpo cair sobre o dele que a abraçou com vontade.
Suados, de respiração difícil e ainda sentindo o
efeito do prazer, eles permaneceram quietos por um tempo. Kate começou a
mexer-se sobre ele. Ainda sentia-o dentro de si. Era uma sensação tão gostosa,
era como voltar para casa. Beijou o peito dele e apoiou o queixo no peito dele.
Ficou observando-o e um sorriso se formou no seu rosto.
- Hey...
- Hey... – ele percebeu que ela estava um pouco mais
emotiva que o normal, viu que os olhos brilhavam – tudo bem?
- Sim, na verdade está próximo de ficar melhor – ela
ergueu-se um pouco e manteve seus lábios a altura dos deles. Inclinou-se na
direção dele e o beijo que se seguiu foi cálido no início e totalmente
carregado de sentimento em seguida. Ela não queria ficar longe daqueles lábios
nunca mais, como prometera ela não deixaria a sua nova chance passar para dizer
o que sentia – Castle, todas as noites quando estava ao seu lado, eu tentava me
convencer que você iria ficar bem, que ia acordar. Antes de dormir, eu pedia
para que tivéssemos uma segunda chance e prometi a mim mesmo que se isso
acontecesse, eu não deixaria passar o momento e não esconderia mais nada de
você. Meu maior medo era que você morresse sem saber o significava para mim.
- Mas eu sei, Kate...
- Como você sabe não é suficiente, não para mim. Você
tem realmente ideia do quanto eu te amo? Do que você significa para mim? Do
quanto é importante na minha vida? Eu te amo, Rick Castle. Muito mais do que
você pensa e não estou preparada para viver minha vida sem você.
As lágrimas escorriam pelo rosto dela molhando o
sorriso sincero e perfeito. Castle acariciou o rosto de Kate e limpou as lágrimas
com a ponta do polegar. O coração se enchia de orgulho pelas palavras dela. Não
que ele já não soubesse que ela o amava, mas ouvi-la dizer isso assim e ainda
emocionar, seria certamente um daqueles momentos raros de Kate Beckett. Ele a
puxou contra si e beijou-a apaixonadamente, girando-a na cama. Ele ficou
deitado de lado, observando a beleza dela e suas reações.
- Eu também te amo. Mas da próxima vez, não pare de
atirar ok?
Ela riu entre lagrimas. A mão divagou pelo peito até o
estomago na altura da cicatriz. Ela passou os dedos levemente sobre a marca.
Levantou e ficou sentada, empurrou-o de leve na cama. Ela inclinou-se e beijou
a cicatriz. Ao fazer isso, sentiu a pele arrepiar e borboletas em seu estomago.
Ele estava vivo, para ela. Estava ali com ela. Castle a puxou de lado e
sentou-se na cama. Acariciou os cabelos e sorriu.
- Obrigado por ter me protegido mais uma vez.
- Você fez isso primeiro por mim. Mas eu faria quantas
vezes fosse preciso. Não quero nem pensar em perder você de novo.
- Promete, Kate?
- Always.
- Ah, Kate...assim vou achar que não mereço você. I Love
you, Kate. E aconchegou-a em seus braços.
Memorial Hospital
9h da manhã
Castle e Beckett caminhavam de mãos dadas pelos
corredores do hospital. Na recepção avisaram da consulta. Eles estavam seguindo
até a ala da fisioterapia quando encontraram Joana.
- Ora se não é o casal mais fofo do Memorial Hospital.
O que fazem aqui?
- Castle veio para sua suposta última consulta com o
fisioterapeuta. Daqui a dois dias eu volto a trabalhar e ele também, não posso
ficar sem o meu parceiro não acha?
- Fisioterapia? Com que propósito? Pelo sorriso no seu
rosto e pelo seu semblante eu diria que ele está muito bem. Aposto que já tiraram
o atraso.
Kate ficou vermelha.
- Exatamente meu ponto! Mas a Kate insiste em cumprir
todos os procedimentos se você me entende.
- Ela está certa, Castle. Errado é o médico que pensa
que você precisa de fisioterapia depois de ter uma mulher dessas como
responsabilidade.
Eles riram do comentário.
- Aproveitando que nos encontramos, você poderia ir a
cantina do hospital daqui a uma hora? Queríamos falar com você depois da sessão
de Castle.
- Acho que posso dar um jeito. E piscou pra ela.
Mais tarde, eles encontraram Joana sentada numa das
mesas da cantina com o copo de café nas mãos. Kate se aproximou com uma sacola
grande. Castle foi direto ao balcão pegar café para eles e logo sentou ao lado
dela. Kate ficou a sua frente.
- E então? O rapaz está liberado?
- Está. Prontinho pra outra, como se eu já não soubesse.
Acredite, eu sei quando ele está em forma.
- Imagino querida.
- Hey! Eu estou aqui!
Elas riram e então Kate tirou da sacola uma caixa
vermelha.
- Queríamos de agradecer tudo que você fez por nós
durante esses meses. Especialmente por mim. Eu estava sozinha, preocupada, com medo
não a palavra é aterrorizada e você estava ali, me ouvindo reclamar, me
consolando ao chorar e ouvindo as historias de Castle. Não foi fácil para mim,
posso imaginar o quanto a aborreci.
- Você não me aborreceu, em nenhum momento.
- Acho difícil de acreditar... mesmo assim quero poder
dizer muito obrigada e gostaria que aceitasse essa pequena lembrança por me
fazer passar por toda aquela fase difícil de forma mais branda.
- Oh, querida, não precisava... – ela abriu a caixa
para encontrar um kit muito bonito de cremes, perfume, espuma de banho e
esponja para a pele, tudo muito delicado – é lindo. Obrigada, Kate – ela sentiu
o aroma do creme – e delicioso.
- Cerejas, o preferido dela. Mas isso não é tudo – ele
tirou da sacola outra caixa – tem isso aqui.
- Castle insistiu em lhe dar, abra.
Joana obedeceu e se deparou com a coleção de Nikki
Heat completa. Todos autografados. Ela sorriu – Ah, nem sei o que dizer. Muito obrigada
mesmo.
- Ele insiste que você é uma fã bem fiel.
- E sou, de Nikki Heat. O que seria o mesmo que ser
sua fã já que você é a musa do escritor. Olha, eu não sei o que dizer. Se falasse
que fiz tudo por vocês que faria por qualquer um porque esse é meu dever,
estaria mentindo. Eu adoro meu trabalho, gosto de ajudar as pessoas que
precisam de mim, elas vem aqui precisando de consolo, de um ombro amigo mas
poucas dão abertura para que eu as ajude. Eu respeito isso. Com você foi
diferente, Kate. Eu não sei explicar mas eu não pedi sua permissão, não esperei
que você me deixasse entrar, apenas soube que você precisava de mim.
- E precisava mesmo, você me ajudou. Eu falei coisas
que normalmente não conto a ninguém, mas era tão fácil conversar com você. Não sei
explicar o porque. Espere, na verdade acho que teve a ver com o jeito carinhoso
que me tratou, a forma como queria me deixar melhor para que eu conseguisse
aguentar e enfrentar a ausência de Castle. E quando você me disse seu nome, por
mais estranho que pareça, aquilo tudo parecia fazer sentido. Johanna era o nome
da minha mãe e ela era a pessoa que mais gostaria de ter ao meu lado nesse
momento. E você estava lá.
- É certamente uma coincidência muito afortunada.
- Pode ser, mas Castle e eu não acreditamos tanto
assim em coincidências. Há sempre um motivo, uma história.
Joana olhou para Castle e sorriu. Ela levantou-se e abraçou
Kate. Sussurrou ao ouvido dela.
- Sua mãe estava aqui, seja por meu intermédio ou de
outra forma. Sua mãe estava presente na sua fé, Kate.
Depois, ela abraçou Castle e agradeceu aos dois
novamente. De mãos dadas, eles deixaram o hospital.
XXXXXXXX
Dois dias depois, Castle voltava com Beckett para o
distrito. A cadeira ao lado da mesa dele estava cheia de balões, o quadro de
evidências tinha uma faixa que dizia “Welcome, Writer!” preparada especialmente
por Esposito e Ryan. Todos vieram cumprimenta-lo e fazer várias perguntas.
Beckett se distanciou dele, era seu momento de gloria. Depois de passarem quase
uma hora conversando com a turma, finalmente eles decidiram dispersar quando
Gates apareceu no salão para ver o motivo do falatório. Devia imaginar.
- Detetive Beckett, Sr. Castle, quando terminarem os
fuxicos da manhã, venham até minha sala.
Kate que tinha ido pegar café para eles, fez sinal
para a Capitã e voltou para sua mesa. Entregou a caneca para Castle. Tomou um
pouco do liquido quente e sorriu para ele.
- Agora que seu momento de fama acabou, poderia me
acompanhar a sala da Capitã?
- Será um prazer, Detetive Beckett – ele pegou uma
sacola e indicou a passagem para ela.
Assim que os viu na porta fez sinal para entrarem. Ela
estava ao telefone e indicou as cadeiras. Eles sentaram. Desligando, ela olhou
para os dois separadamente para então se dirigir a Castle.
- Seja bem-vindo, Sr. Castle. Vejo que está melhor.
- Obrigado, Capitã.
- Acredito que a Detetive Beckett já o colocou a par
do fechamento do caso de Tyson e que todas as acusações contra você foram
retiradas, exceto alguns serviços comunitários que terá que cumprir por aquela
fuga inexplicável.
- Sim, já estou sabendo. E gostaria de aproveitar a
oportunidade para agradecer à senhora. Beckett me contou que cuidou
pessoalmente do caso enquanto estávamos hospitalizados.
- Estava cumprindo meu dever de Capitã para com o meu distrito
e meus funcionários. Você pulou uma fogueira e tanto Sr. Castle.
- Eu sei, sorte minha ter a melhor detetive do 12th ao
meu lado. E como não sou seu funcionário, esse é mais um motivo para agradecer
a sua preocupação e lealdade a mim e a sua detetive – ele estendeu a ela uma
caixa branca – desde o ocorrido, me senti muito mal e achei que depois de tudo
o que fez, eu lhe devia isso.
Gates olhou para ele e para a caixa em suas mãos.
Relutante, ela abriu a embalagem.
- Gemini dolls! Castle você não...
- Deveria sim, eu quebrei as suas. Não era justo. Me
desculpe.
- Desculpas aceitas. Mas não pense que por causa disso
você irá fazer e acontecer no meu distrito. Aqui você obedece as minhas regras.
Portanto, se eu pegar vocês fazendo qualquer coisa suspeita por aqui, você não
pisa mais aqui e ela será suspensa, fui clara?
- Claríssima, como cristal!
- Ótimo! Nada de beijos, abraços calorosos e quaisquer
outras insinuações. Aqui exijo respeito. Você pode não ser meu funcionário mas
tenho responsabilidades para com você, principalmente depois do que ocorreu.
Não quero ter que responder porque meus detetives andam com um civil sem
qualquer equipamento apropriado.
Beckett tentava segurar o riso. Ela sabia que a Capitã
estava se divertindo às custas de Castle. O jeito sério e medroso dele fazia
toda a cena valer a pena.
- Bem, agora que já me fiz entender, vocês podem
procurar algum assassinato para investigar, tenho certeza que Manhattan está
cheio deles.
- Então estamos bem, Capitã? – Castle perguntou ainda exitante.
- Comporte-se e ficaremos. Por enquanto.
Eles se levantaram e Beckett viu uma nesga de sorriso
no rosto de Gates. Castle saiu da sala primeiro e Beckett virou-se para ela e
sorriu. Murmurou um quase inaudível “thank you” e Gates balançou a cabeça
concordando com ela.
Já na mesa dela, Castle estava pensativo. Virou-se
para Beckett e perguntou.
- Você tem certeza que ela não fará nada contra nós?
Não me passou tanta confiança.
- Ela não fará nada, mas você não esperava que ela
virasse sua melhor amiga a partir de agora...você esperava!
- É claro que esperava! Depois daquela historia toda e
das bonecas, você sabe quanto foi difícil achar aquelas coisas horrorosas? Se
eu soubesse não tinha comprado.
- Não seja rabugento, Castle. E respeite a Capitã. Não
quero problemas com ela.
- Isso é uma ordem, Detetive Beckett?
- Oh, é sim Mr.Castle. Quero que obedeça – ela tirou
os sapatos e deslizou um dos pés pela perna dele. A primeira reação dele foi
pular com o toque.
- Beckett não devíamos estar fazendo isso, você ouviu
Gates.
- O que não se vê... relaxe Castle – ela continuou
subindo seu pé por baixo da calça dele – além do mais, ela não falou nada sobre
o que falar então se eu quiser dizer para você que nesse momento adoraria tirar
sua roupa e fazer amor com você sobre a mesa dela, você mandaria eu me calar?
Se disser que quero passar minhas mãos por todo o seu corpo e arranhar suas
costas com a minhas unhas... hum – ela
viu Castle engolir em seco e soltar um gemido baixinho – foi o que pensei.
- Você é muito má, Kate... muito má.
- Yo, Beckett! Um assassinato na 57th east e nona.
Ela se levantou e pegou o casaco. Passou por ele e
perguntou.
- Você vem Castle?
- Eu... eu preciso de...um minuto...
- Oh, ok. Te espero lá embaixo – ela se inclinou e
sussurrou ao ouvido dele – essa foi clássica Nikki Heat não?
E saiu rindo. Ele respirou fundo. Como ele amava
aquela mulher mesmo quando ela o deixava em apuros, especialmente nesses
momentos.
The End
8 comentários:
Adorei tudo!!! Entrou para a lista das minhas fics favoritas!!! Você é uma ótima escritora!! Parabéns e obrigada por nos dar além do que passa na serie!!!
Adorei. Amei de paixão. Esse texto deveria realmente ter acontecido na TV, seria o apogeu da série.
Karen querida vc quer realmente me matar né? Já não basta a Kamila e a Just for Stana me torturando???
Nó sofri mto, chorei rios quase não sobrevivo. Aff que tortura.
Amei essas pates:
"
- Não morra, eu preciso de você. Castle, preciso do meu escritor, parceiro e namorado, por favor...estarei aqui.
...................
- Ele é meu parceiro...e namorado... e eu não posso perde-lo..."
Estarei esperando por mais um capitulo.
Bjos de Sua Fã
Chorei horrores Ká.As vezes me pergunto"acho que ela já me surpeendeu o bastante",então vc vem e com tudo e caramba!Não é qualquer uma que consegui só a melhor"VC".Vamos ao a fic...
...Castle baleado e Kate sofrendo é de parti o coração,ela é durona a ponte de nem ligar para suas dores mas sim com o estado de saúde dele,que super mãe e sogra a Martha é quero ela para mim, Beckett passando mal e Castle em
coma vc quase perdeu uma leitora Karen Jobim.E o passado de Gates foi perfeito numca imaginaria isto da parte dela,por que afinal ela é a Gates,e a Alexis muito fofa e preocupada com o casal não tem preço.A Enfermeira Joana é um super anjo da guarda,preciso de um terapeuta igual ao da Beckett please,imagine eles casados é bom demais,acho que o melhor telefonema da vida da Kate ao saber que ele havia acordado(chorei litros novamente),bom sabe que o Castle ainda era o Castle convencido(risos),amei o"De modo algum. E você deve ser uma fã..." classico!Ou " Elas não conseguem resistir a mim..." ai eu cai me dobrei de rir com "Doutor, eu já estou liberado para fazer sexo certo?" PQP hahaha'
E a parte hot,ai,ai,ai nem entro em detalhes por que a história vai longe...
...Enfem,Gates metendo medo no Castle é muito louco e Beckett provocando ele só jesus na causa realmente seria interessante,na mesa da tia Gates hummmm,um bombeiro para o Castle tadinho!Mas Kate é a melhor :)
Chegade escrever,sorry pelo comentario longo,mas a fic pediu por que me tocou muito,toda vez que leio por mais que saiba o final ainda choro :')
Parabéns Ká,vc sempre me emocionando.Bjss até a proxima!
Uau Karen, não esperava tanta angust. Isso porque quero ver Caskett sempre feliz. Mas como sempre você fez uma ótima fic.
Castle levando um tiro e ficando 3 meses em coma foi muito triste. Mas acho que essa parte valeu a pena porque aquela conversa dos dois com ele dizendo que ela não ficou em coma, mas ela o afastou por três meses dele e que ele sabia o que ela tinha passado foi linda.
Kate se conectando com a enfermeira com o mesmo nome da mãe dela e se abrido com ela foi realmente emocionante.
Ainda bem que você não escreveu que Alexis culpava Kate pelo que aconteceu. Kate já estava muito abalada imagina com a menina a culpando.
Kate dizendo finalmente "Eu te amo, Rick Castle" nem que seja no final alternativo da sua fic foi demais. Não vejo a hora de Kate dizer o 'I love you' para Rick na série.
Agora que já comentei os dois capítulos que tinha lido antes do Natal, vou ler os outros.
Abraços.
Porra.
Karen, isso é sacanagem, oh fic angustiante, por Deus. Me segurei até onde pude, mas você me sacaneaou com aquela fala da Joana sobre a tia Jo no final, porra me fez chorar, de verdade (ainda tem lágrimas caindo no travesseiro)
Está perfeita, nao tem mais o que dizer a não ser: Parabéns.
Beijos
C.
Excelente!!! Parabéns e um feliz 2015!! Abraços.
Karen, amei sua fic. Amei toda a angústia e a paixão que tem nela e amei ver a Kate se descobrir arrependida e preocupada por não ter declarando seu amor ao seu escritor. Amei o monento do "reencontro" deles, após três longos meses de tristeza ansiedae. Adorei que o Castle voltou "ele mesmo" , cheio de piadinhas. Amei quando os dois, finalmente fizeram amor, um sexo excitante! Nossinhora!!!! Parabéns pela fic!!!!
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