Nota da Autora: Consegui escrever para postar antes de viajar. Que tal uns momentos tensos entre nossos amados? Está na hora de chacoalhar essa relação. E tem um pouco mais de Anne para vocês. E no próximo, Gigi está de volta! Mas... vai demorar! Tenham paciência, ok?
Cap.41
Como uma espécie de diversão, Nathan
sugeriu a ideia de levar a menina para um passeio no estúdio. Stana adorou
ficando encarregada de falar com Dara e claro, seu irmão. Aproveitaria um dos
dias que não iria à escola para proporcionar esse momento à sobrinha. Conversou
com Dara na segunda arranjando a visita para o dia seguinte. Não houve objeção
da produtora, Dara sabia da paixão de Stana por Anne e diante do que
acontecera, era uma forma de agradecer, afinal ela lhe contara o motivo pelo
qual acabara quebrando o braço.
Stana conversou com o irmão no
domingo ficando de confirmar tudo no dia seguinte. Realmente era uma boa ideia.
Nathan acreditava que seria muito bom para todos. Uma criança sempre alegrava a
atmosfera do estúdio. Teriam um começo de semana cheio, pois no mesmo dia, ela
ainda atenderia a um evento da revista Elle. Uma noite para as mulheres. Também
descobriu que Nathan tinha um lançamento de quadrinhos com entrevista e um
coquetel depois.
- Então, nossa semana será
agitada. Que evento é esse? Algum concurso de beleza? Porque eu adoraria
participar e torcer para você ganhar, Staninha – eles conversavam enquanto se
arrumavam para dormir.
- Nada de concurso, babe. É
apenas uma noite especial para honrar as belas mulheres que contribuíram com a
revista no ano de 2014. Momento de descontração.
- Hum, em outras palavras, uma
espécie de clube da Luluzinha. Meninos não entram, sei. Você não irá falar mal
de mim para suas amiguinhas vai?
- Deixa de ser bobo, eu bem que
podia falar da sua performance, reclamar um pouco... quem sabe elas não dão
algumas dicas para mim? Poderia perguntar da Angie ou da Kate...
- Performance? Você está
reclamando da minha excelente participação em seus joguinhos? E que Angie?
Harmon? – o olhar de pânico apareceu em seu rosto – não contaria nada, hein
Stana? Você não está falando sério sobre, sabe, nós?
- Claro que não, Nate. Temos um
segredo a zelar. Mas, sobre a performance... esses últimos dias não tivemos
muitas demonstrações...
- Amor, estávamos envolvidos
com essa história da Anne e foi você mesma que impôs a regra de nada de sexo
perto dela, se quiser podemos brincar um pouquinho agora... – ele a agarrou
pela cintura devorando o pescoço exposto pelo coque que usava. Stana ria da
sensação de cócegas que tinha, acariciando os braços dele, beijou-lhe os lábios
e se afastou.
- Por mais que quisesse, não é
o melhor momento. Estou sentindo dores, acho que estou prestes a entrar no meu
período. Sinto muito, amor.
- Ah, ótimo! Você só fez me
eriçar e cai fora? Muito bom, Staninha, muito bom.
- Eu disse que não queria, mas
não falei que não podia animar você – deitada na cama, ela desceu a mão para
dentro da calça de moleton que ele usava. Assim que agarrou o membro, ele gemeu
– preparado para a diversão? – e ouviu um novo gemido saindo da sua boca
obrigando Nathan a fechar os olhos com o movimento.
Ela acordara sentindo uma
cólica, logo estaria sendo agravada, pressentiu. Não importava, tinha que
trabalhar. Não seria apenas a dor que incomodaria Stana naquela semana. A atmosfera
ao seu redor estava prestes a mudar. Na
segunda, Stana conheceu a atriz que faria uma participação especial nesse
episodio. Era linda. Assim como a história de Beckett, ela percebeu um certo
clima de admiração e galanteios para a moça incluindo Nathan. Não gostaria de sentir-se
incomodada com isso. A atriz era muito simpática, mesmo assim, não podia deixar
de encara-la como competição. Fazia muito tempo que não se sentia assim,
expressando certo ciúme dele. Poderia ser apenas besteira da sua cabeça, Nathan
era sempre solicito com os visitantes e novos atores que se juntavam ao elenco ao
longo do show. É, não seria nada.
No dia seguinte, Stana saiu de
casa com a missão de pegar Anne. Encontraria Nathan no estúdio. A menina estava
sorrindo com as paredes, empolgada por voltar ao seu lugar preferido depois da
casa da tia, que era na verdade agora a casa de Nathan. Assim que adentraram as
portas do local, Dara estava esperando para abraçar a pequena Anne.
- Anne! É um prazer revê-la –
ela se agachou perto da menina para falar baixinho – soube do que você fez, devo
dizer que foi bastante corajoso e digno de um protetor do segredo. Toca aqui –
Dara levantou a mão para fazer um hifive – agora, você está pronta para seu
tour? Sei que não é a primeira vez, mas estou louca para assinar esse gesso,
posso?
- Claro, tia Dara! – a menina
respondeu sorridente.
- Vamos para a sala dos
escritores. Você já tomou café? Tem uns cupcakes deliciosos para o nosso lanche
e bolo de chocolate – os olhos de Anne brilharam com a notícia. Stana gostava
de ver a sobrinha feliz. A menina puxou o casaco da tia.
- Cade o tio Nathan?
- Deve estar lá dentro. Vamos encontra-lo
– segurando a mão da garota seguiu até a sala dos escritores. Infelizmente, não
teve uma grata surpresa. Nathan estava às gargalhadas com a atriz convidada do
episódio. Aquilo fez o sangue de Stana ferver, porém não poderia fazer nada
para evitar tal cena nem mesmo argumentar algo por estar no trabalho e com Anne
a tiracolo. Engolindo seu orgulho e raiva, ela suspirou profundamente antes de
dirigir-se aos dois com a menina.
Felizmente, assim que avistou a
pequena, Nathan pediu licença e veio ao seu encontro. Sorrindo, agachou-se para
falar com a menina.
- Que visita especial! Andou
aprontando, não? – apontando para o gesso – está tudo bem com você?
- Tudo bem. Anne quer muito
andar pelo loft do moço bonito, o Castle. Quero deitar na cama dele, pode tio?
- Que fixação é essa das
mulheres Katics com a cama de Castle? – olhou para Stana sorrindo recebendo em
troca apenas um mero balançar de ombros – vou leva-la até lá, mas primeiro, que
tal fazer um lanchinho? Dara está louca para te encher de guloseimas – Dara fez
sinal para a menina se aproximar dando um tempo para os dois ficarem a sós –
hey... tudo bem com você?
- Por que não estaria? –
retrucou Stana.
- Exatamente pelo tipo de expressão
que vejo em seu rosto agora. Algum problema? Posso ajudar? – Nathan insistia
desconfiado.
- Não tem problemas, Nathan.
Estou cuidando da minha sobrinha – ele teve sua confirmação justamente pela
forma que o chamara. Seja o que for, não era hora nem lugar de conversar sobre
isso. Mais tarde entenderia.
Stana afastou-se dele e tratou
de se juntar a Dara que comia e assinava o gesso de Anne. Provou o doce, riu e
tagarelava muito com as duas. Sua mente, porém não se desligara totalmente do
que vira a pouco. Estaria exagerando? Terri e Chad se aproximaram brincando com
a menina, ela resolveu dar uma escapada ao banheiro para se acalmar. Após lavar
o rosto, sentia-se melhor. Fez uma analise individual e acabou se convencendo
que estava vendo demais, levada por um outro motivo, a TPM.
Voltando à sala, foi pega de
surpresa com os gritos alegres da menina.
- Tia,tia! Olha só o meu
“coiso”. Tia Dara, tia Terri e tio Seamus assinaram – puxando a tia pela mão, ela
a levou até o encontro com Nathan – o tio estava esperando para irmos ao quarto
do Castle. Podemos ir agora?
- Claro que sim, docinho. Peça
para o seu tio lhe mostrar o caminho – a menina pegou a mão dele. Trocaram um
olhar no qual Nathan pode ver um sorriso da esposa, parece que estava tudo bem.
Ao chegarem no set do loft, a menina foi correndo para o local onde estava o
quarto de Castle. Pediu ajuda do tio para ergue-la. Sentada na cama, acariciava
o lençol para então deitar-se no colchão.
- Essa cama é muito gostosa. É
por isso que a tia e o tio gostam de deitar nela. A policial também. Ela faz
sexo com o Castle aqui, não tia? – Stana mordeu os lábios.
- Anne, o que eu lhe falei
sobre usar essa palavra?
- Mas tia, a policial pode. Ela
é casada com Castle.
- Ela está certa – concordou Nathan
sorrindo – o que mais você quer ver, princesa?
- Anne pode ver aquele lugar do
velho oeste, da história que a tia contou?
- Infelizmente não, docinho – a
tia explicou – esse cenário não foi daqui. Era um outro lugar. Uma fazenda um
pouco longe.
- Poxa... Anne ia gostar muito.
- Tem um outro negócio muito
bacana que você vai gostar. Uma espécie de foguete, quer ver? O pessoal ainda
não desmontou – Nathan saiu de mãos dadas com a menina com Stana a seu encalço.
A pequena distância deu a ela a oportunidade de observar novamente a maneira
como ele tratava sua sobrinha, ou como ele próprio declarara, nossa sobrinha. Imediatamente,
os pensamentos errados sumiram de sua cabeça.
Anne se esbaldou na nave da
ficção. Ela e Nathan se divertiam simulando uma cena de ataque. Eles gritavam,
faziam barulhos estranhos e riam. Novamente, Stana sorriu e a sensação de amor
invadiu seu corpo esquentando seu coração. Pensou na possibilidade de um bebê
entre eles, não era algo difícil de acontecer ao ver seu marido amando cuidar
de uma criança.
Quando retornaram para a
minicopa porque Anne estava com sede, encontraram Dara e a atriz sentadas à
mesa.
- Intervalo de gravações? –
Nathan perguntou enquanto Stana seguia até a geladeira para servir a sobrinha.
- Sim, resolvi vir tomar um
café, mas não consigo mexer nessa cafeteira – queixou-se a atriz. Muito
solicito, Nathan prontamente dirigiu-se à maquina para preparar a bebida. Stana
mesmo tomando conta da sobrinha ficou observando de longe aquela interação. Ele
serviu uma xícara para ela e para si mesmo, esquecendo-se completamente dela. Não
podia acreditar no que presenciara. Não, fora só um lapso. Nada importante.
Porém, seus hormônios pareciam não concordar com as justificativas de sua
mente.
Sem criar qualquer clima, ela
se aproximou da máquina e preparou sua própria bebida indo sentar-se bem à
frente dele. Anne surpreendeu novamente a tia quando escolheu sentar-se bem no
meio entre Nathan e a atriz, como quem quisesse marcar território.
- Tia Dara, ainda tem cupcake?
Anne queria um...
- Claro, querida. Você quer de
chocolate ou de morango. Guardei dos dois para você.
- Tia Stana, pode os dois?
- Não agora, Anne. Por que não
fazemos assim, você come um e depois do almoço pega o outro de sobremesa. Que tal?
Se não sua mãe vai dizer que só lhe dou besteira para comer. O que não é
verdade, em partes. Tudo bem?
- Tá, tia. Quero o de morango
agora – quando Dara fez menção de levantar-se para buscar o doce, a menina a
interrompeu – não, tia Dara. Deixa que o tio pega para mim. Por favor, tio
Nathan – ela fez uma carinha doce que ninguém resistiria e ele levantou-se. No
mesmo instante, Anne virou-se para a atriz e começou um pequeno interrogatório.
- Você vai trabalhar com a tia
Stana em Castle? O que vai fazer?
- Sou uma detetive muito boa de
Hong Kong que vem trabalhar com o Castle. Ela é fera em investigação.
- Por que o Castle ia querer
trabalhar com você se tem a policial mais linda e esperta da NYPD? isso é tão
chato. E você diz que é boa, mas a tia Stana é muito melhor. Ela prende você
rapidinho. E se você quiser o Castle ai que vai morrer mesmo. Ele é da Kate. A
tia mata você pelo moço bonito, melhor nem chegar perto.
- Mesmo? Mas, eu acho que posso
lutar com ela e ganhar – Dara estava segurando a risada, Anne defendia a tia
com unhas e dentes.
- Pode nada! A Kate é fera. Vai
te deixar toda quebrada e o tio nunca vai gostar de você, nem o moço bonito
porque eles amam a policial, não tia Dara?
- É sim, Anne nesse jogo só há
um vencedor. Kate Beckett. E se Castle sonhar em pensar outra coisa, vai dormir
no sofá depois de uma boa surra – Dara olhou de solaslio para Nathan e manteve
o olhar fixo na atriz como quem diz, se toca!
Nathan voltou com o doce da
menina e Anne após a primeira mordida, virou-se para o homem e perguntou.
- Tio, o que acontece se o moço
bonito olhar para outra menina sem ser a detetive?
- Acho que nada – ele brincou
olhando primeiro para Stana e depois para a sobrinha – por que aconteceria?
- Tio! Você vai apanhar! Kate
chuta a bunda do Castle e nada de beijo. Ah, e tia Dara falou que você dorme no
sofá. Acho certo. Castle só pode gostar da policial porque ela é linda e a
melhor para prender bandidos. E também é casado.
- É, Anne, não tenho como
argumentar. Está certa.
- Sei que estou – e virou-se
para encarar a atriz. Stana virou-se de costas para evitar de rir na frente
dele, sua admiração por sua sobrinha não podia ser maior. Controlando-se para
não perder a seriedade na frente de Nathan e não demonstrar que adorara a lição
de moral dada, ela acalmou-se antes de virar para a menina e dar a má noticia.
- Amor, está na hora de ir. Eu
tenho que voltar a trabalhar, combinei com sua mãe que almoçaria em casa. São
quase meio-dia. Vamos? Despeça-se de todos, pegue seu cupcake porque vou te
deixar.
- Ah, tia! Eu queria ficar
mais... queria ver a tia trabalhando.
- Você sabe que não pode. Já
passeou, ganhou autógrafos no seu gesso, comeu, conversou. Chega por hoje – nesse
minuto Chad surge na porta à procura de Dara, contudo ao ver a menina finge
ficar impressionado com sua presença.
- Wow! Você veio trabalhar para
ajudar sua tia a vencer a nova detetive? Ou já deu uma surra nela e por isso
seu braço está no gesso? Você é bem valente, não?
- Não, tio. Anne não pode
trabalhar porque não é atriz como a tia. Mas a policial não precisa de mim para
acabar com essa aí. Ela faz isso sozinha. Quebrei o braço na escola, estava
brincando de superherói.
- Mesmo? Quero assinar esse
gesso! – Chad já pegou dois pinceis do quadro, um preto e um vermelho – você
sabe das coisas, é claro que Beckett é melhor que qualquer detetive. Vou fazer
um negócio especial aqui.
- Tá vendo? Todo mundo sabe que
Kate é melhor, até o tio Chad – quando terminou, Chad sorriu e assinou seu
nome.
- Que tal? Gostou? – Anne viu
que ele tinha escrito Castle e desenhado o símbolo da caneta além de um par de
algemas no gesso com gotas de sangue.
- Que lindo! Obrigada, tio
Chad! – sapecou um beijo no rosto dele – viu que legal ficou, tia? A Alice vai
morrer de inveja quando ver.
- Nossa! Caprichou, hein? Agora
precisamos mesmo ir – Nathan foi o primeiro a receber um beijo estalado, depois
Dara. Pegou seu saquinho com o cupcake, com a ajuda do tio, ela ficou de pé
dando a mão para Stana – eu volto logo - Quando passou pela atriz, Anne
virou-se para Nathan e falou.
- Comporte-se, tio Nathan! –
ninguém aguentou caindo na gargalhada.
- Você não vai deixar eu
assinar seu gesso? – perguntou a atriz. Na mesma hora recebeu uma resposta nada
agradável, típica de uma criança.
- Não, você não é especial.
Stana colocou a mão no rosto, envergonhada sim, porém satisfeita.
- Anne! Desculpe, crianças.
Saiu com a menina.
- Espirituosa e decidida, não?
Ela gosta mesmo de você, Nathan e da série pelo que vi.
- Esperta, muito esperta. Adora
a Stana, você quer dizer. Bem, e o Castle também.
- Você queria o que, Nathan?
Ela é uma Katic. Ninguém mexe com elas – disse Dara alfinetando olhando
diretamente para a atriz a sua frente.
Depois que Stana voltara não
houve tempo para qualquer conversa. Tinha muito para filmar, pois a visita de
Anne atrapalhara um pouco o cronograma. Trabalharam até umas sete da noite. Ambos
tinham que estar no evento às oito horas. Deixaram o estúdio as carreiras
conseguindo cada um se arrumar e chegar nos seus respectivos compromissos ainda
no tempo necessário. A noite de Stana fora bem divertida. Apesar de uns
momentos bem estranhos e irritantes durante o dia, o evento com mulheres era o
programa ideal para relaxar e rir bastante. Esperava que Nathan estivesse se
divertindo também. Ele estava, só não esperava que isso fosse ser um estopim
para a primeira briga do casal.
Stana voltou para casa por
volta de uma da manhã, Nathan acabara de chegar, estava tirando a roupa.
- Hey, como foi sua noite?
- Muito boa. Estava precisando
de diversão. Nada como umas horas em contato com o universo feminino. Vou tomar
um banho e cama. Temos que estar às seis no estúdio, lembra? – ela foi para o
banheiro. Nathan estava se contendo para perguntar o que ela tinha. Sabia que o
humor dela estava alterado. Pensou se deveria. Talvez apenas a chateasse com
coisas sem sentido ou pior, estragasse uma noite de sono. Melhor ficar quieto.
Quando ela voltou, parou de frente para a sua cabeceira procurando por um comprimido
com um copo na mão. A cólica a pegara de jeito. Deitou-se imediatamente na cama
cobrindo-se com o lençol, Nathan aconchegou-se ao lado dela envolvendo-a em
seus braços. Sentiu-a esquivar-se um pouco ao toque.
- O que foi, amor?
- Está quente e estou com dor.
- Posso fazer alguma coisa?
Diminuo a temperatura do aquecedor se quiser.
- Sim, por favor – virou-se
para fita-lo vendo a preocupação dele – desculpe, eu só quero descansar.
- Tudo bem, amor. Descanse –
sua suspeita estava certa, ela não estava com o melhor humor, entendeu que o
comportamento estranho devia-se ao período do mês que ela mesma o alertara,
apesar de não se recordar de um outro tempo em que isso acontecera afetando sua
convivência. Sem maiores preocupações na cabeça, adormeceu.
Os trabalhos começaram cedo no
set essa manhã. Cena após cena, Stana entregou-se a sua atuação mesmo sentindo
muitas dores. A primeira parada que fizeram era por volta de dez e meia. Ao
escapar para a minicopa, ela lembrou-se da cena do dia anterior quando ela
ficara sem café e Nathan servira alegremente a visitante. Esses hormônios
estavam acabando com seu juízo, pensou ao sentir a raiva começar a aparecer
novamente.
Nesse momento, Terri apareceu
acompanhada de Dara. Ao verem a atriz, foram logo brincando.
- Stana, tenho que dizer que a
nossa sala não é a mesma sem a presença de uma criança. Quer dizer, Nathan é o
nosso menino, mas Anne é simplesmente apaixonante. Fico com saudades desses
momentos genuínos de criança – disse Terri – ela me inspira a pensar em bebês,
sinto falta mesmo. Pelo menos Dara ainda está passando por isso.
- Anne é uma menina adorável e
inteligente. Não nega que é uma Katic. Causou um certo frisson ontem por aqui –
disse Dara – autêntica e possui a inocência e a sinceridade de qualquer criança
na sua idade. Ela não gostou de saber que haveria uma detetive se dizendo
melhor que Beckett, aliás ela não gostou mesmo da atriz.
- Foi mesmo? – interessou-se
Terri – Por que?
- Ora Terri, para defender sua
tia ou Kate Beckett, sabe como é a cabeça de menina, acredita que Stana é
realmente a policial e Castle seu par. Ela deu uma lição de moral em “Castle”
dizendo que se gostasse da outra detetive a tia o mataria e à outra detetive
que não se achasse melhor que a tia. Foi muito engraçado, menos para a pobre da
atriz. Pessoalmente, adorei vê-la constrangida.
- Dara! Pare com isso. Eu morri
de vergonha – disse Stana – foi falta de educação de Anne.
- Não, foi sinceridade. Aposto
que você não chamou a atenção dela, chamou? – Stana ficou vermelha – é claro!
Anne apenas falou o que você gostaria ou pensa que não percebi sua reação a
tudo que acontecia?
- Dara! – o que ela estava
fazendo? Esquecera que Terri estava ali? – não sei do que você está falando.
- Stana, você não gostou da
atriz? – perguntou Terri já quase rindo da forma que Stana ficara embaraçada na
frente dela.
- Não é nada disso, Dara está
vendo coisas demais.
- Eu também não gostaria se ela
começasse a puxar muita conversa ou ficasse de sorrisinhos para o Andrew... –
sem conseguir disfarçar, Stana sentou-se boquiaberta na frente de Terri que
entregou uma caneca de café para ela – querida, não negue os ciúmes que sente
de Nathan. Qualquer uma que demonstre qualquer interesse nele, irá provocar
isso em você. Não é motivo para vergonha, estamos somente nós, as garotas.
Stana suspirou. Era tão
transparente assim? Resolveu colocar a culpa nos hormônios para acabar com a
conversa antes que Dara acabasse comprometendo a relação dos dois.
- Eu não estou com ciúmes. Meu
humor está alterado. Hormônios. Estou naqueles dias, entendem? Não tenho nada
contra a atriz. É só estado de espírito. Nada demais.
- Certo. Bem, espero que
melhore – Terri disse dando um tapinha no ombro da sua protegida saindo da
minicopa em seguida. Sozinha com Dara, ela quase fuzilou a amiga com o olhar.
- O que deu em você? Como pode
ficar comentando sobre Nathan na frente de Terri? Quer botar tudo a perder?
- Hey! Antes de me acusar de
algo saiba que foi a própria Terri quem abordou o assunto comigo sobre a sua
sobrinha e sobre a sua companheira de elenco. Eu apenas escutei e concordei com
alguns pontos. Tenho a impressão que ela também não gostou da moça. Devo
acrescentar que o comportamento dela é meio audacioso demais. Não esquente com
isso. A participação dela termina amanhã. Espero que tudo volte ao normal
porque eu não acreditei nessa sua história de hormônios. Está chateada e
evitando Nathan, não finja que não é verdade. Eu sei.
- Fiquei com raiva, sim. Ele
esqueceu de fazer o meu café! Mas estava todo sorridente para a outra. Quer
saber? Adorei o que a Anne fez. É horrível porque como tia e madrinha eu devia
repreendê-la, mas não consegui. Desde o primeiro momento que a vi, não gostei
dela. Acho que esse episódio está me afetando. Parece que estou me sentindo
como Beckett. Isso é loucura. Mas, eu nunca tive uma crise de ciúmes realmente
em todo esse tempo com Nathan. Ok, isso não é de todo verdade, já tive e tinha
minhas razões. Isso não acontecia a um bom tempo, especialmente depois que
casamos.
- Não há nada de errado em
sentir ciúmes. Se aceita minha opinião, não vi nada demais nos gestos dele.
Estava sendo Nathan, sempre encantador e brincalhão como é com cada convidado
que frequenta esse estúdio. Se ele der motivos, serei a primeira a lhe apoiar.
Pode deixar que fico de olho nela – piscou para a amiga.
- Obrigada, Nathan parece ter
um radar que atrai piriguetes só que ele não se dá conta... – tomando o resto
do café, Stana se entreteu olhando as redes sociais. Tudo relacionado ao marido
vinha para ela como feeds. Foi assim que ela se deparou com fotos do evento do
dia anterior e um nome que acendeu o radar dela. Krista. Onde ela tinha ouvido
aquele nome? Usando o Google, ela descobriu o porque da familiaridade. Ex-atriz
pornô - Que droga! - Na mesma hora, colocou um aviso de respostas para qualquer
menção dela nas redes sociais. Não falaria nada para Nathan, apenas observaria.
Esquecera que Dara ainda estava por ali.
- O que foi, Stana?
- Nada, por hora. Espero que
fique por isso mesmo. Preciso voltar ao trabalho – quando se levantou para
sair, Dara segurou-a pela mão.
- O que quer que seja, estou
aqui se precisar conversar. Lembre-se disso – Stana anuiu com a cabeça.
O resto do dia se deu calmo
exceto pela quantidade de cenas que eles tiveram para gravar. Stana estava
determinada a não se deixar abater pelas fotos que vira essa manhã. Nem pelo
twitter, esse assunto teria hora para ser discutido, somente entre os dois. Deixaram
o estúdio depois das nove horas da noite, David já sinalizara que precisariam
estar de volta às seis da manhã no outro dia.
Stana queria mesmo um bom banho
quente. As cenas de ação deixaram seus músculos ainda mais doloridos aliados à
situação em que se encontrava, especialmente as batatas das pernas. Nathan
sugeriu comprarem algo leve para comer, uma sopa chinesa podia ser uma boa
pedida. Ela aceitou, esquentar o estomago antes de dormir era uma boa ideia.
Não pretendia conversar sobre o tal fato que descobrira hoje. Queria mais
informações. O problema era que seu temperamento estava alterado e sua
ansiedade acabara por fazê-la se antecipar nas perguntas e descobertas.
Depois do banho já em seus
pijamas, Stana tomava a sopa calmamente. Nathan estava ao seu lado comendo
calado até o momento que deixou escapar um gemido de dor.
- Hoje quem precisa de um
analgésico sou eu. Minhas costas estão muito doidas. Acho que exagerei ontem e
somente se agravou com o trabalho.
- Entao se divertiu bastante na
festa? Dançou muito? Geralmente sente as costas quando exagera na dança. Foi
isso ou teve outro motivo?
- Não dancei. Acho que foi a
posição do videogame. Um dos caras me desafiou para uma partida e não pude
resistir.
- Você está acontumado em jogar
sem ter dores. Por que isso agora? – perguntou ela já imaginando um monte de
coisas.
- Estava de pé e me curvei
muito, devo ter ficado de mal jeito em alguma posição.
- Quer dizer que foi somente
isso?
- Foi, um bando de fanáticos,
seus videogames e as revistas em quadrinhos. Isso que dá ter um marido geek,
Staninha. Na verdade, encontrei algumas pessoas que não via há algum tempo –
aquilo chamou a atenção dela – me fez perceber que estou ficando velho.
Encontrei Tom, um cara que estudou no ensino médio comigo. É engenheiro de
games, acredita? E outra pessoa que não via há, pelo menos, dez anos. Talvez
você a conheça. Krista Allen.
- Foi sua ex-namorada? – ele
percebeu o tom da voz indicando irritação – uma das suas paixões?
- Não, a conheci através de um
amigo. Ele trabalhou com ela. Frequentamos algumas festas juntos na época, Ela
era, estava enrolada com meu amigo.
- Eu sei quem é Krista. Você
tem certeza que ela não estava interessada em você?
- Stana, por que isso agora?
Foi há dez anos atrás, eu não via nada demais e também não vi no nosso reencontro.
Estou com você, não? – ela ficou calada. Isso era verdade. A foto apesar de
Nathan estar abraçando-a, não significava um interesse da parte dele, o mesmo
já não podia dizer da mulher. Conhecia aquele jeito de aproveitadora, aquele
olhar de quem quer tirar proveito. Resolveu não dizer mais nada sobre esse
assunto. Podia ser aqueles encontros de uma vez e nunca mais a veria. Por que
não?
- Vamos deitar, Nate. Estamos
os dois cansados – ele entrelaçou a mão na dela subindo juntos para o quarto. Deitar
na cama era um prazer surreal diante dos dias difíceis e cansativos que estavam
tendo. Ela gostaria de pensar que uma vez esse episódio tivesse terminado,
poderiam se dar um descanso ou pelo menos tentar. Ele parecia ler seus
pensamentos.
- Talvez depois desses dias
cansativos, nós pudéssemos nos dedicar a um pouco de diversão. Seria muito bom
para nós. Acredito que ambos estejamos merecendo. Ainda nos faltam seis
episódios para filmar, muito trabalho pela frente e – ele soltou a mão dela
para que se aconchegassem debaixo do edredon – algumas decisões para tomar,
portanto um tempo de descanso nos fará muito bem, mesmo que seja apenas um
final de semana.
- Nate... não precisamos pensar
nisso agora. Depois resolvemos – ele acariciou o rosto dela sorvendo seus
lábios em um beijo simples e carinhoso – boa noite.
- Boa noite, amor.
Antes de dormir realmente,
Stana passou um tempo pensando no que Nathan falara sobre a festa e Krista.
Talvez estivesse mesmo fazendo tempestade em um copo d’agua devido aos seus
excesos de hormônios ou havia algo incomodando seu sexto sentido. Dois dias
depois, ela descobriria que suas suspeitas não eram infundadas.
No dia seguinte, eles filmaram
juntos da manhã até a noite. No meio da tarde, os atores encerraram suas participações
especiais. Despediram-se de todos. O cumprimento a Stana foi seco, sem maiores
elogios, já com Nathan houve toques, risos e ela percebeu que estendeu um papel
colocando-o nas mãos dele, o que ele recebeu de maneira intrigada apesar de
manter o sorriso no rosto. Viu quando a mulher falou silenciosamente “me
ligue”. O que provava que Stana tinha toda a razão em desconfiar da atriz como
o fez desde o inicio.
No próximo dia, outra surpresa
aguardava Stana. Eles acabavam de gravar uma cena no distrito quando David se
aproxima deles dizendo que havia uma visita procurando por Nathan na entrada do
estúdio.
- Visita? A pessoa se
identificou? – perguntou ele intrigado, não esperava ninguém.
- Não, apenas disse que era sua
amiga – ele e Stana se entreolharam – melhor você checar. Nathan seguiu o
conselho de David ainda incerto sobre o que deveria encontrar. Ela, também
curiosa, acabou indo atrás. Na porta do estúdio, ambos deram de cara com alguém
inesperado. Stana engoliu em seco ao ver a mulher.
- Krista? O que faz aqui? –
Nathan perguntou.
- Resolvi aproveitar que estou
em Los Angeles para conhecer o local onde trabalha, o que você faz e quem
encanta com todo esse charme – ela se aproximou dele já passando a mão em seu
peito sem qualquer cerimônia. Não interessava se estava em ambiente
profissional ou se ele era comprometido. Falta de senso total – pode me mostrar
o estúdio? – já se enroscando no braço dele, como se fosse sua dona.
Stana escondeu-se numa das
salas ali perto para não ser vista. O sangue fervilhava diante do abuso daquela
mulher. Uma aproveitadora, mais uma piriguete na vida do Nathan. Claro que
reparara no constrangimento dele ao se deparar com a biscate, mas conhecia o
marido muito bem para saber que ele iria trata-la bem, fazer as honras da casa
e certamente daria uma impressão errada para a mulher que buscava apenas
ascensão social em plena Hollywood.
Não podia tolerar isso,
contudo, não podia também mostrar-se incomodada. Para todos os efeitos, ela não
tinha nada com Nathan, ele era solteiro e livre para fazer o que quisesse. Precisava
se acalmar. Dara. A amiga iria ajuda-la. Antes de seguir para a sala dos
escritores em busca da única pessoa capaz de lhe entender nesse instante, viu
quando Nathan passou pelo corredor conversando e rindo animadamente com a tal
zinha.
- Dara? – Stana chamou pela
amiga com uma certa urgência na voz – Dara? Você está aí?
- Não, ela foi até o set do
loft atrás de Chad – falou Terri que percebeu o semblante de Stana – algum
problema?
- Não, nada. Eu só... preciso
de uma ajuda, numa cena... vou atrás dela – sem dar maiores explicações, ela
saiu apressada. Conforme Terri dissera, Dara estava por lá conversando com o
marido. Também percebeu que Nathan e a tal Krista estavam por lá. Ele mostrava
o loft de Castle para a mulher irritante que ria exageradamente e não perdia a
chance de esfregar-se nele ou toca-lo de uma maneira inconveniente. Ao
avista-la chegando, Dara veio ao seu encontro com um semblante preocupado.
- Stana, eu preciso falar com você
– saiu puxando a amiga até uma sala vazia. A escritora não sabia que Stana
tinha visto o que a tal mulher estava aprontando por isso tratou de tira-la do
caminho antes que a atrix acabasse fazendo uma besteira. O rosto de Stana
revelava que não apenas tinha visto como estava bufando de raiva. Percebendo
que estavam seguras para conversar, Dara tornou a perguntar – quem é essa
mulher com o Nathan?
- Você quer dizer essa
aproveitadora. O nome dela é Krista. Eu vi uma foto que dela no twitter dele.
Encontrou-a num evento. Agora ela deve achar que são melhores amigos. Típico do
Nathan, não sei como ele consegue atrair tanta piriguete! Acho que tem o radar
estragado, só pode! – ela estava irritada, nervosa e se roendo de ciúmes por
ver uma outra mulher roçar seu corpo no do seu marido e não poder fazer nada.
- Calma, Stana. De nada vai
adiantar você ficar com raiva. Nathan não tem escolha se não entrete-la um
pouco. Do jeito que essas mulheres são, mesmo se colocássemos vocês para fazer
uma cena agora, aposto que ela não arredaria o pé daqui.
- Esse não é o problema. Você
sabe como Nathan é. Quer ser solicito com todos, bancar o melhor anfitrião e
acaba enviando todos os sinais errados. Dara acha que essa mulher veio aqui por
curiosidade sobre o trabalho dele? Nada! Ela veio sonda-lo, tentar ganhar um
jantar e você sabe mais o que... – ela andava de um lado para outro – droga!
Droga! Por que você tem que ser assim, Nate? Tenho vontade de socar a cara
dela.
- Hey! Se continuar assim, vai
acabar deixando transparecer sua raiva. Ai, além de explicar o ataque de
possível ciúmes, ainda vai atrair a desconfiança dos demais. Não confia no
Nathan?
- É claro que confio nele. Não
confio é nessas mulheres. Você mesma viu o jeito daquela atriz com ele ontem.
Agora isso! Dara, ele a conhecia de anos, ela era atriz pornô!
- Quem? Krista? – então era
essa a preocupação de Stana, que Nathan e a atriz tivessem um passado, na cama
– faz mais sentido agora.
- O que? – ela olhou para amiga
com um olhar digno de Kate Beckett.
- Já entendi seus ciúmes, não a
culpo. Mas, Stana você precisa esquecer sua crise de ciúmes, se concentrar para
atuar porque caso contrario será você quem vai colocar o segredo de vocês a
perder.
- Eu sei, eu sei. Só que não
tenho sangue de barata! Eu juro, se essa mulher tentar qualquer coisa mais
ousada com ele, eu não respondo por mim – vendo o nervosismo de Stana sair do
controle, Dara a segurou pelos braços chacoalhando-a.
- Escute! Nada de loucuras,
está entendendo? Controle-se! – viu as lágrimas se formarem nos olhos dela – me
escute, Stana, você não fará nada do que poderá se arrepender. Está com a
cabeça quente, imaginando mil coisas que nem aconteceram. Nós iremos até o
banheiro, você irá lavar o rosto, respirar fundo e refazer a maquiagem. Eu vou
dar um jeito de encurtar esse encontro colocando-os de volta no set. Vamos
trabalhar, é o melhor que fazemos.
As suas saíram da sala apenas
para dar de cara com Nathan e Krista no corredor. A cena, Dara reconheceu,
deixaria qualquer pessoa louca de raiva. A mulher se projetava no corpo dele
pressionando-o contra a parede. Então, as duas pressenciaram algo de cair o
queixo. A tal Krista avançou sobre ele beijando-o, ou melhor dizendo,
devorando-o enquanto suas mãos deslizavam pelo corpo de Nathan até apertar o
meio de suas calças. Sem saída, por conta da arapuca em que se metera, ele se
viu envolvido por uma mulher persistente que sabia exatamente o que queria.
O queixo de Stana caiu ao ver
aquilo. Cerrou os punhos e impulsionou o corpo para avançar na piriguete, mas
Dara com muita força conseguiu dete-la evitando o pior. Involuntariamente, ela
deixou escapar um gemido angustiado seguido de uma palavra sussurrada em meio a dor.
- Não...
Stana saiu quase correndo dali.
As lágrimas começavam a escapar. Entrou no banheiro trancando-se em um dos
cubículos dexando as lágrimas escaparem. Dara certificando-se que ela estava
segura, apenas precisando de um momento para se recompor do choque, voltou ao
corredor onde Nathan estava. Surpresa ao ver que a mulher ainda o atacava,
apesar de vê-lo afastando-a de si.
- Pare, Krista! Quem lhe deu o
direito?
- Ah, qual é, Nathan. Você
estava querendo isso desde aquele evento. Agora mesmo ficou todo galanteador,
sorrindo, se autopromovendo, estava na cara que queria um beijo e muito mais
que isso. Podemos sair daqui agora direto para um festival de sexo que você nem
conseguiria imaginar, meu amor. Posso te levar a loucura de tantas formas... e
sabe o que é melhor? Você pode colocar onde quiser...tome tudo! Tudinho...
Dara não estava acreditando
naquela cena. Que safada! Vulgar! Nathan não podia....simplesmente não podia
fazer isso com Stana.
- Krista, eu.... – reunindo
forças diante do choque, falou – é melhor você ir andando.
- Está me dispensando, Nathan?
Não quer uma tarde de prazer intenso ou você não dá conta? – ela provocou.
- Não posso, tenho que
trabalhar. Vá embora.
- Tão certinho... podemos fazer
isso hoje à noite, eu te dou meu número , no meu hotel. Que tal? – novamente
ela apertou as partes dele.
- Não! – ele tentou ser mais
enfático sem ser grosseiro – eu disse que não posso. Krista, vá embora. Eu não
quero me envolver em relacionamentos agora.
- E quem falou em
relacionamentos? Estamos falando de sexo, excelente sexo. Quero transar até
seus neurônios explodirem. Eu posso fazer isso... – quando ela tentou agarra-lo
novamente, ele se desvensilhou dela com determinação.
- Já disse não. E por favor,
não me procure – ao virar-se deu de cara com Dara – a quanto tempo você está
aí?
- Tempo suficiente para saber
que você está em apuros...
- Cadê ela? – Dara o calou por
um momento, apontando com a cabeça na direção de Krista que ainda estava ali,
aparentemente possessa.
- Com licença, você quer que eu
lhe mostre a saída? – Dara olhava para ela com desdém.
- O que foi? É você que ele
está comendo? Que desperdício! Você é um frouxo, Nathan. Covarde e frouxo.
Negando fogo! Quer saber? Tenho mais o que fazer. Eu sempre achei que você era
gay, talvez não tivesse tão errada.
- Saia daqui antes que eu chame
a segurança para escolta-la.
- Quanta gentileza! – ironizou
e saiu pisando duro pelo corredor. Dara pode ver o pavor no rosto de Nathan.
- Cadê a Stana? Dara, eu não...
oh, Deus! Ela viu?
- Uma parte. Ela está louca de
ciúmes e esse amasso foi a gota d’agua. Você terá que ser paciente. Não vai
dobra-la tão facilmente.
- Mas eu não fiz nada! Ela não
pode...
- Sei que não fez, mas o
simples fato dessa mulher estar aqui, não torna nada mais fácil. Você precisa
consertar isso. Eu poderia te ajudar, mas nesse momento, ela não ouviria. Está
no banheiro feminino, vem comigo.
Dara o levou até o banheiro
onde Stana ficara se acabando de chorar. Pedindo para ele esperar do lado de
fora, ela entrou para ver como a amiga estava e se ainda era a única pessoa no
banheiro. Stana olhava-se no espelho. O rosto estava seco apesar dos olhos não
esconderem o quanto chorara.
- Como você está?
- Como você acha? Confusa,
chateada, irritada... o que você está fazendo aqui? Disse que ia cuidar de livrar-se
daquela, daquela zinha!
- Ela já foi... Stana, olhe,
Nathan está aí fora. Ele quer falar com você... ele insiste.
- Não quero falar com ele –
resoluta. A porta do banheiro se abriu, Nathan entrou. Aproximou-se dela
procurando toca-la, porém ela se esquivou. Não conseguia olhar para ele. Não
queria. Estava demais irritada para encara-lo agora. A imagem do beijo, o jeito
como a pirirguete o agarrara. Era demais, um soco no estomago. Sentia-se
enjoada.
- Stana... eu não fiz nada...
por favor, fale comigo. Por favor, amor! – os olhos dele suplicavam por uma
palavra. Dara sentiu pena da maneira como os dois escolhiam lidar com isso. Saber
que essa briga era por nada, somente a tornava mais irracional. Porém, em
relacionamentos, nada se resolvia de cabeça quente. Ela ergueu os olhos para
fita-lo pela primeira vez. Ele estava triste, preocupado, estava ali nos belos
olhos azuis. O aperto no peito voltou a incomoda-la.
- Não posso falar com você
agora, Nathan. Simplesmente não posso! – fugindo do seu contato, ela caminhou
até a porta – Dara, eu não posso ficar, não tenho condições. Você inventa uma
desculpa? Eu não vou para casa hoje. Vou ficar no meu apartamento com Gigi.
- Stana, espera! – quando ele
fez menção de sair atrás dela, Dara o segurou.
- Não, deixe-a. É melhor que
passe um tempo sozinha. Precisa esfriar a cabeça.
- Mas eu não fiz nada, Dara!
- Eu sei. Só que não é apenas o
fazer que está corroendo seus pensamentos. É a possibilidade de isso acontecer,
o domínio do ciúme a envolver e ela não puder colocar seus medos e sentimentos
para fora como qualquer pessoa em um relacionamento normal. Apenas espere, ela
mesma cairá em si.
Stana passou feito um furacão
pelos corredores do estúdio. Chegando em seu carro, pegou seu celular e discou.
- Gigi?
- Hey, sis. Tudo bem?
- Não, não está nada bem. Estou
indo para o apartamento – alarmada, Gigi fez o que podia.
- Eu te encontro lá.
Continua....
3 comentários:
Gente, que confusão. E eu que achei que essa Krista não apareceria na fic. Mas, gostei, quero vê na reconciliação as "coisas" esquentarem, kkkk.
Fic do meu "core".
MARGENTE!!!!!!
Não sei quem foi mais Bitch,mas creio que a Krista ganha sem dúvida. Anne sendo Anne não tem coisa mais linda,colocou a atriz no seu devido lugar U. U
Mal posso esperar pelo próximo ainda mais por que teremos Gigi... Não sei o que sinto com relação ao Nate =\ e a Dara sempre rainha ♡
gente o clima ficou pesado como bem disse anne ele vai dormir no sofa anne muito fofa mas agora o nathan esta encrencado e agora como ele resolvera isso primeiro foi o lance do cafe com a outra atriz agora com essa tal krista sabendo que sua esposa nao esta nos melhores dias parece que agora vai tomar bronc da gigi tbm com as katic nao se brinca que venha o proximo capitulo
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