Nota da Autora: Kate irá aos Hamptons? Essa é a grande pergunta desse capítulo. Qualquer que seja a resposta, vale lembrar que a fic é AU, então não vai seguir exatamente os acontecimentos da série. Já alerto que nem tudo será flores, existem sempre percalços no caminho desses dois. Enjoy!
Obs.1: Eu li todas as ideias e sugestões, pude aproveitar algo e ainda estou pensando sobre outras... e aviso, o capítulo ficou enorme, poderia até quebra-lo em dois, mas não teria o mesmo impacto.
Obs.2: As músicas citadas na fic foram eternizadas na voz do eterno Blue Eyes, Sinatra. A primeira "You Go to My Head" .A versão que deixo aqui é cantada por Diana Krall (because of reasons...) https://www.youtube.com/watch?v=9Xeg6loLL5w . A outra que utilizei parte dos versos é "All or Nothing at All" - perfeitas para o momento do casal.
Cap.11
Beckett
começara o caso frustrada. Nada que pesquisasse sobre a vítima era real. Também
não adiantava muito o fato de Castle ficar repetindo como um disco furado que
era uma fachada para a CIA. Tudo indicava um assassino profissional. Todos os
documentos eram falsos. O carro registrado para a mesma companhia que
supostamente a vítima trabalhava. Encontraram uma caneca com uma mensagem
indicando um lugar para se encontrar. Ao fim da mensagem, a caneca se
autodestruiu, concluindo que estavam falando de um espião. Apesar de não haver
confirmação nenhuma das agências, o capitão ordenou que tratassem como um caso
normal, seguindo as pistas.
Enquanto
estavam no café aguardando algum movimento suspeito, ele tornou a falar sobre o
convite dos Hamptons.
- Falando em
normal, falava sério quanto ao fim de semana.
- Você está
mesmo me convidando para a sua casa nos Hamptons?
- Prometo, sem
piadas. Apenas uma fuga amigável. Seria divertido.
- Sim... – ela
respondeu e corrigiu-se imediatamente – não. Sabe, alguns de nós precisam
trabalhar.
- No Memorial
Day? Pense bem, você precisa relaxar depois de tudo o que houve – ela não
respondeu e foram interrompidos por um possível suspeito que Beckett prendera
levando para o distrito. O interrogatório não deu em nada, mas após uma vasta
revista no quarto de hotel onde a vítima estava hospedada, Castle entendeu do
que se tratava. Um jogo, tudo era parte de um jogo. Pressionando o cara preso,
eles conseguiram os dados que queriam. Enquanto Ryan e Esposito tentavam
descobrir quem estava à frente da Spy Adventures, Castle tirou umas horas para
ir ao loft. Na verdade, ele fora meio obrigado já que Beckett recebera um
convite para almoçar de Demming.
Definitivamente
as coisas não estavam caminhando da maneira que queria. Sua mãe conseguiu um
papel numa peça de verão, portanto também não ia para os Hamptons. Ele estaria
completamente sozinho se Beckett não aceitasse o convite. Era triste. Mesmo com
o livro para terminar, não esperava ser abandonado por todos naquele feriado.
Pior, saber que sua musa estava com outro cara tornava tudo mais difícil de
aceitar.
O convite para
o almoço parecia a oportunidade perfeita para Kate conversar sobre seu
relacionamento com Tom. Principalmente, após a sugestão tentadora de Castle
sobre o feriado. Claro que ela não iria trabalhar, disse aquilo para
despista-lo. Estava balançada com a proposta. Contudo, o almoço estava tão agradável
que Kate perdera a coragem de mudar o rumo da conversa. Para completar, Tom
queria passar o feriado com ela. Disse que estava checando um lugar muito
bacana próximo a sua casa de praia. Novamente, Kate travou. Por que as coisas
pareciam estar se complicando cada vez mais para ela? De volta ao distrito,
enquanto Castle não chegava, ela ficou por ali na companhia de Demming. Então,
um daqueles momentos estranhos aconteceu. O escritor encontrou-os em um carinho
íntimo, muito à vontade. A cena era muito ruim de se ver, pelo menos para ele
que nutria sentimentos pela detetive.
Beckett ficou
sem graça por deixa-lo presenciar uma situação assim, especialmente quando sua
intenção era acabar com o tal romance. Demming passou por ele cumprimentando-o.
Beckett se recompôs.
- Não devia
ter interrompido sua festa.
- Não, sem
festas. Estava esperando por você. Finalmente encontramos alguém na Spy
Adventures, eles nos encontraram em seu escritório. Aliás, sua ex-mulher ligou.
Ela disse que você a está evitando porque está atrasado na entrega do seu
manuscrito de Naked Heat – ela o olhou séria – é um título interessante. Quando
ia me contar?
- Estava
esperando pelo momento perfeito, só não aconteceu.
- Ela está nua
na capa de novo, não? – ela perguntou.
- É, mais ou
menos, sim.
- Isso é
ótimo, ninguém vai rir de mim.
No escritório
da agência, Beckett e Castle foram informados de como tudo funcionava nas
missões dadas e quais foram os últimos passos de Roger Farraday, nome real da
vítima. Identificando pessoas que fizeram tarefas com ele, Beckett reconheceu a
mulher do café. Conversando com ela, descobriu que Roger pegara uma maleta que
a agencia não tinha ideia de onde surgira. Havia algo errado ali. Estavam na
frente do quadro branco discutindo o caso quando Demming apareceu
inesperadamente. Educadamente, os dois homens se cumprimentaram. Beckett se
afastou para conversar com ele, porém a proximidade acabou facilitando para que
Castle ouvisse sobre o que falavam.
Demming
confirmava o convite e o tal lugar já estava disponível. Beckett disse que ia
checar e respondia depois. Castle suspirou resignado. Era o fim. Ela não
aceitaria ir para os Hamptons com ele, estaria sozinho e chegara a hora de dar
um tempo. Não podia ficar ao redor dela vendo-a sorrir e beijar um cara que não
era ele. Tinha que se afastar. Ficara magoado por ela não ter sido honesta como
da primeira vez, quando dissera que ia sair com o policial.
- Casa de
praia? Achei que ia trabalhar nesse fim de semana.
- É, desculpe
Castle, eu devia ter te contado. Só não queria que as coisas ficassem estranhas
entre nós agora que eu e Tom estamos...juntos – após uma longa troca de
olhares, ele respondeu.
- Não, eu
entendo. Você quer que sua vida particular seja particular.
- Sim, mas não
quero que ninguém se sinta desconfortável – ela evitava olha-lo ao dizer isso.
- Não, claro
que não. Na verdade, torna o que vou dizer mais fácil – ele tornou a ficar de
frente para ela – bem, com as minhas obrigações com o meu livro, eu estava
pensando que seria um bom momento para uma pausa.
- Uma pausa? –
ela não esperava por isso.
- É, Deus sabe
que deve estar cansada de mim te seguindo esse tempo todo, eu preciso mesmo
conseguir trabalhar. E com todos ocupados, achei que seria uma boa oportunidade
para ficar no Hamptons, sair da cidade por um tempo.
- Por quanto
tempo?
- O verão,
pelo menos. Acho que esse será nosso último caso – as palavras a atingiram mais
do que supunha. Ele estava indo embora. Será que... será que o que Dana previra
estava acontecendo? Aquele realmente era um momento estranho. Até mesmo Ryan e
Esposito perceberam o clima desconfortável entre os dois mesmo quando deram
informações importantes do caso, eles não estavam prestando atenção. Beckett
precisava se recompor. Pedindo um minuto antes de entrar na sala de
interrogatório para falar com o próximo suspeito, ela estava quase em lágrimas.
Encostada na
parede de um dos banheiros, ela respirava profundamente tentando engolir o
choro. Fizera tudo errado. Com medo de magoar Tom, acabara fazendo exatamente
isso com Castle. Ele estava tão sério ao dizer aquelas palavras, tão arrasado.
Podia ver a falta de brilho nos olhos azuis. Tudo por culpa dela. Ele estava
indo embora, por causa dela. Nada disso estava certo, Kate se encontrava em uma
encruzilhada. Precisava tomar uma decisão. Mas primeiro, tinha que fechar esse
caso para que sua atenção estivesse toda voltada para o que faria com Tom e
Castle.
Outras pistas,
nada claro. O caso estava parado. Castle a viu analisando novamente o quadro
branco em busca de respostas. Aproximou-se e despediu-se, tinha um jogo de
pôquer em sua casa. Ao vê-la sozinha, Esposito resolveu investigar como ela
estava se sentindo após o anúncio de Castle.
- Então, esse
é o último caso de Castle. Ryan e eu estamos pensando em dar uma festa de
despedida.
- Não é como
se ele não fosse voltar – sim, ela ainda nutria a esperança de que ele voltasse.
- Tem certeza
disso? – ela finalmente desviou o olhar do quadro para encarar o amigo – por
que acha que ele está te seguindo esse tempo todo? O que, pesquisa? O cara já
fez pesquisa o suficiente para escrever 50 livros. Olha, qualquer que seja a
razão, tenho certeza que não inclui vê-la com outro cara – com essas palavras,
ele se afastou deixando Beckett pela primeira vez realmente preocupada. Se até
Esposito enxergava isso, então... mordiscou os lábios apreensiva.
Ela estava
escrevendo seu relatório parcial do caso quando se pegou olhando para a cadeira
cativa de Castle vazia ao seu lado. De agora em diante, ela ficaria assim.
Aquilo fez seu coração doer, tirou seu ânimo. Não tinha que terminar assim,
eles podiam continuar investigando, serem parceiros ou amigos. Sem complicação,
sem mágoas, não? O que você está dizendo, Beckett? Um monte de coisas sem
sentido. Não havia como agirem de maneira igual quando ela deixava o distrito
todas as noites e se encontrava com outro homem. Isso tinha que parar. Seus
pensamentos foram interrompidos por Demming que viera pega-la para jantar.
Resignada, levantou-se olhando uma última vez para a cadeira.
Antes de ir ao
distrito, Kate fez uma rápida parada no consultório de Dana. Ela estava
dividida entre os convites, seus significados e sua decisão que embora já
tomada ainda a deixava sensível e frustrada por estar no meio de vários
sentimentos complexos, algo difícil para alguém como ela lidar.
- Bom dia,
Kate. O que a trás tão cedo aqui? Aconteceu de novo? – ela pode ver o
sorrisinho safado da terapeuta.
- Apesar desse
seu sorrisinho de vitória, pode tira-lo do rosto. Pelo menos por enquanto,
Dana. Eu terei um dia pesado pela frente, estou em um caso complicado e as
coisas que estão acontecendo no terreno pessoal estão afetando meu julgamento,
meu trabalho e meu foco.
- Problemas
com Tom?
- Não,
problemas comigo mesma. Tenho dois homens incríveis, mesmo que diferentes,
disputando minha atenção. Um deles é meu suposto namorado, o outro é um famoso
escritor que me transformou em sua musa. Como se não fosse complicado o
bastante, agora tenho dois convites para o feriado do Memorial Day.
- Garota de
sorte! Kate Beckett, preciso desse seu mel! – a gargalhada de Dana ecoou na
sala, ela realmente considerava Kate uma mulher espirituosa e que poderia ter o
mundo a seus pés, nesse instante queria fazê-la relaxar – ok, sem brincadeiras
aqui. Obviamente, você precisa tomar uma decisão. Se já está namorando Tom, o
que é tão complicado? – ela provocou – parece uma decisão fácil para mim.
- Sério? Você
está mesmo dizendo que tudo é simples? Você?
- Por que não?
Você mesma já descartou a possibilidade de um relacionamento com Castle, se
envolveu com Tom, não precisa ser um gênio para descobrir o que fazer, a
menos... você, finalmente, está repensando sobre sua relação com Castle?
- Os últimos
dias tem sido muito estranhos. Ele parece estar se distanciando cada vez mais
de mim. Sim, continuamos investigando crimes, trabalhando em teorias, mas bem
menos que antes, ele tem passado mais tempo escrevendo. Queria dizer que é
apenas porque ele está com o prazo do seu segundo livro apertado, porém não é a
resposta. Ele está começando a me evitar. Ele costumava trazer café todas as
manhãs para mim. Isso não acontece mais com frequência. Está tudo mudando.
- E você não
gosta da mudança? Cada um seguindo sua vida?
- Eu pensei
que gostaria... isso não é inteiramente verdade. Qualquer decisão que eu tome,
vou acabar magoando um ou outro, talvez os dois. Não sei se estou preparada
para enfrentar o olhar de tristeza, especialmente de Castle. Eu sinto que se
continuar com Tom, perderei Castle. Ele desaparecerá da minha vida de vez. Ele
não precisa de mim para escrever seus livros.
- Interessante.
Não era o que você realmente queria quando tudo isso começou? Parece que o
destino está agindo a seu favor, não? Ou será que dessa vez, Kate, você está
considerando admitir, pelo menos parcialmente, seus sentimentos e sua admiração
por Castle? Você não quer que ele vá embora. E está inclinada em aceitar o
convite dele para o fim de semana, não?
- Não ainda...
– Dana entortou a boca – ok, ok, eu preciso saber se ele trataria esse final de
semana como algo entre amigos. Eu não quero complicar as coisas, estou
inclinada a passar um tempo com Castle porque eu não quero perder o que
construímos até aqui. Trabalhar com ele é divertido, interessante, apesar de
irritante a maioria das vezes.
- Mentirosa!
Você gosta desse joguinho de “eu te irrito, você me provoca”.
- Você está
esquecendo que tem uma terceira pessoa no meio disso tudo. Não é fácil partir o
coração de alguém que aparentemente não fez nada errado além de mimar, agradar
e aparecer no pior tempo possível na minha vida. Rompimentos são difíceis, especialmente
quando você não pode culpar o outro por isso. Eu não posso explicar porque
terminaria meu namoro com Tom se nem ao menos sei o motivo.
- Kate, tem
razão, não é simples. É confuso, frustrante, mas você não pode ficar enganando
duas pessoas assim. Não pode enrolar os dois, mesmo que sua decisão seja
afastar-se de ambos, você tem que fazer algo. Prepare-se para sentir-se mal,
chateada, talvez enxergar coisas que podiam não estar ali antes. É seu
subconsciente testando-a. Escolha o melhor momento e faça o que tiver de fazer.
Não importa o resultado, tem que ser feito.
- Você está
certa. Obrigada. Tenho que ir trabalhar.
- Tenha um bom
dia, Kate. Boa sorte e um ótimo feriado para você – ao fechar a porta do seu
consultório, Dana sorriu. Havia um pensamento que ela não compartilhara com sua
paciente. Ela sabia que a decisão tomada por Kate, traria alegria e alivio para
sua vida. E se ela realmente decidisse ouvir seu coração, prolongaria esse
momento maravilhoso para o resto de sua vida.
Quando Castle
a encontrou naquela manhã, a primeira coisa que Beckett notara era que ele não
trouxera café. Carregava apenas um copo já pela metade. Um pouco mexida por
essa realização, ela engoliu em seco e decidiu focar no caso. Aparentemente, os
dois tiveram a mesma ideia quanto ao ângulo que estavam investigando. Numa
sequencia de erros e acertos, além de reviravoltas capazes de deixar o escritor
e a detetive boquiabertos, finalmente resolveram o caso.
Ao dar o
relatório final para seu capitão, ouviu uma frase muito intrigante que caíra
feito uma luva para a situação que se encontrara. Como os sinais do
subconsciente descritos por Dana.
- É triste ver
que um homem bom teve que morrer porque outras pessoas não tiveram a coragem de
dizer o que realmente sentiam.
- Tem razão –
ela concordou – é triste. Notou que Castle estava desligando o telefone. De
repente, não podia evitar de sorrir. Um sorriso bobo aparecera em seu rosto e
insistia em ficar. Enquanto dizia que ia deixar o distrito por algumas horas a
fim de levar Alexis até Princeton, ele notara o jeito dela.
- O que foi? –
perguntou.
- Nada – exceto
que era uma mentira. Disse que voltaria para sua festa surpresa. Assim que ele
saiu, ela avistou Tom no salão. Era hora. Chamando-o para um local mais
reservado, ela não apenas recusou o convite do feriado como decidiu acabar a
relação. Triste, Demming queria saber o que fizera de errado. A resposta dela
foi sincera: nada. Ela era o problema.
Com a volta de
Castle ao distrito, os rapazes, Montgomery e Lanie bebiam cervejas enquanto Castle
contava da sua pequena aventura ao levar sua filha para o programa de verão.
Dramático como sempre, arrancava risadas dos policiais. Era visível que iam
sentir falta dele ali. Todos eles. O sentimento era recíproco. Nesse instante,
Beckett entra na sala pegando uma cerveja.
- Olha quem se
livrou do trabalho – Castle brincou.
- Oh,
Castle...Eu não sou somente trabalho – disse tomando um gole da cerveja e dando
um sorrisinho na direção dele.
- Não entre em
um concurso de bebidas com ela. Pode te detonar – disse Lanie.
- Oh, eu não
preciso beber para detona-lo – provocou Beckett.
- O que deu em
você? – Lanie brincou com a amiga. Beckett sem dar muita importância ao
comentário, inclinou-se na frente de Castle e falou quase sussurrando.
- Castle, você
tem um segundo?
- Claro –
ambos saíram da sala – o que foi?
- Olha, eu sei
que não sou a pessoa mais fácil de se conhecer, e nem sempre falo o que penso,
mas... esse ano, trabalhando com você, eu me diverti muito.
- É, eu
também.
- Então, eu só
vou dizer isso de uma vez... o convite, para os Hamptons, ainda está de pé? Um
momento de diversão entre amigos, sem complicações? Sem cobranças?
- Sim, o
convite permanece. Mas, e quanto a Demming? Você não ia para a casa de praia
dele?
- Não mais.
Eu... nós terminamos.
- Oh... – ele
fez um semblante sério, preocupado, porém por dentro estava vibrando, essa era
a melhor notícia que recebera desde que falara em deixar o distrito – sinto
muito. Se quiser, posso ser seu ombro amigo nesse processo de recuperação.
Rompimentos são duros. Só depende de você, Kate.
Kate. Como era
bom ouvi-lo chamando-a pelo seu primeiro nome novamente.
- Então, é um
sim. Eu passarei o feriado do Memorial Day com você.
- Garanto que
você não irá se arrepender. Saímos de Manhattan na sexta? Por volta das três?
Posso passar no seu apartamento. Prometo que terei kits preparados para curar
seu rompimento romântico. Serão quatro dias de descanso e diversão. Com o toque
especial de Rick Castle. Terá o pacote completo do Memorial, Kate – ela apenas
sorriu. Sentia-se bem melhor ao ouvir o tom leve em sua voz. Estava fazendo a
escolha certa. Naquele momento, não pretendia nada além de gozar do feriado em
boa companhia. Não havia desejo, sentimento, atração a guiando. Talvez um pouco
do toque de seu coração.
- Vamos voltar
para a sala. Todos devem estar curiosos sobre o que estamos conversando aqui. E
eu nem preciso dizer que esse final de semana deve permanecer um segredo meu e
seu. Para todos os efeitos, eu queria me despedir e agradecê-lo
apropriadamente.
- Tudo bem,
posso viver com isso.
Eles
retornaram para a sala. Os olhares curiosos não negavam que todos estavam
aflitos para saber o teor da conversa deles. Como haviam combinado, Castle
contou de maneira bem peculiar que acabara de receber elogios e agradecimentos
da detetive. Demonstrava o quanto estava surpreso e claro, aumentava a mentira,
arrancado protestos de Beckett e gargalhadas dos demais.
Fora uma
excelente semana. Com altos e baixos, era verdade. No fim, a quinta-feira fechara
com chave de ouro para Rick Castle. O seu feriado prometia ser bem diferente de
todos os anos anteriores. Para alguém que esperava ficar entediado por três
meses, ele recebera a melhor notícia possível. Estava com um sorriso solto nos
lábios e de coração leve. Mais um passo fora dado, com seu charme e seu jeito
brincalhão, Castle sabia que podia fazer a detetive esquecer rapidinho o seu
último flerte.
Em seu
apartamento naquela noite, Kate começou a separar suas roupas e objetos para o final
de semana. Uma excitação tomara conta de si. Era interessante perceber que Dana
tinha razão. A partir do momento que se decidiu, o alivio fora seu primeiro
sentimento. Isso e o sorriso de Castle, apenas confirmava o quanto estava certa
ao aceitar aquele convite. Lembrando-se das recomendações de Dana em várias
sessões, ela se preparava para encarar aquele fim de semana de cabeça aberta. Não
perderia tempo analisando demais. O que aconteceria naqueles quatro dias, não
cabia a Kate dizer ou planejar. Deixaria os momentos a guiarem. Uma coisa era
certa: estar na companhia de Castle, próximo à praia sem ninguém por perto, era
um convite tentador ao perigo, o que significava que os desejos, as vontades,
estariam constantemente a testando.
Não importava.
Era tempo de se divertir.
Sexta-feira –
3:30 pm
A buzina da
Ferrari disparava na frente do prédio de Beckett. Castle ligou para o celular
dela avisando que podia descer. Quando Kate apareceu trajando uma simples calça
jeans, camiseta branca e uma jaqueta de couro vermelha, ele não segurou o
gemido. Da mesma forma que ela não escondeu a surpresa diante do belo carro.
- A Ferrari,
Castle? Realmente precisava?
- É verão,
feriado. Não seja tão certinha, Kate. Esse carro combina com os Hamptons.
- Exibido! –
ela falou rindo colocando a sua pequena mala na parte de trás do carro. Sentada
ao lado dele, percebeu a forma casual de Castle. Uma camisa polo cor de rosa e
calça jeans. Os óculos escuros, apesar de esconderem os belos olhos azuis,
completava o visual que o deixava ainda mais charmoso.
- Preparada
para pegar a estrada? Com sorte não pegaremos trânsito na via expressa, ainda
está cedo. A maioria somente sairá do trabalho depois das cinco.
- Vamos lá,
pise fundo, Castle ou serei obrigada a tomar a direção.
- Não, mesmo.
Esse é meu carro. Quem dirige sou eu.
O percurso da
estrada foi tranquilo. Não havia muitos carros na pista o que possibilitou chegarem
mais cedo ao local. Quando Kate se deu conta de onde realmente estava, prendeu
a respiração. Piscou várias vezes antes de acreditar no que via. A vista da
casa era simplesmente espetacular. Não havia como negar. Era impossível não se
apaixonar pelo lugar. Castle, como um bom cavalheiro, abriu a porta para ela
oferecendo-a a mão. Kate enroscou sua mão na dele, sorrindo extasiada ao ver
tanta beleza.
- Wow! Estou
impressionada. Que lugar é esse?!
- Espere até
você ver a vista de trás, com o mar. Você vai adorar. Vem –puxou-a – tem muito o que
lhe mostrar – eles entraram na casa. Enquanto caminhavam por cada cômodo, o
deslumbramento de Kate só aumentava. Tudo era incrível, a sala, os quartos, a
varanda do quarto dele com vista para o lindo mar. Porém, quando Castle abriu a
porta da sala para o quintal, aquele foi o momento de tirar o fôlego. A grama
verdinha, o azul do mar, o brilho do sol deixando seus raios alaranjados
tocarem a água fazendo refletir um brilho incomum tornando a paisagem divinamente
linda.
- Castle, isso
é deslumbrante! Lindo demais! Não sabia que seria tão surpreendente assim – ele
estava sorrindo, adorando a reação dela. Certamente aquele lugar já tivera sua
cota de festas malucas, a julgar pelo estilo dele, muitas coisas impróprias já
se passaram ali. Melhor não pensar nisso, ela disse para si mesma.
- Estou feliz
que esteja gostando do que vê. Que tal irmos até a piscina? É a última parte da
casa que falta mostrar a você.
Sim, a piscina
também não deixava nada a desejar. Outro lugar excelente para relaxar. Não
havia nada discreto quando se falava em tamanho naquele lugar, a piscina era
enorme. Ela iria se divertir ali. Satisfeito por terminar o pequeno tour, ele a
convidou para entrar e tomar uma bebida para começar o fim de semana em grande
estilo.
Castle serviu
uma pela bebida à base de vodca e frutas vermelhas. Deliciosa. Eles sentaram-se
no sofá, conversando um bom tempo sobre diversos assuntos. Ele contou que
comprara essa casa depois de seu décimo Best-seller, Alexis tinha cinco anos e
passar o verão ali, tornara-se uma tradição.
- Aposto que
já deu muitas festas aqui. Daquelas que fazem as pessoas se arrependerem do que
fizeram numa noite.
- É verdade.
Não posso negar. Meredith e eu demos várias festas do arromba aqui. Mesmo
depois que me separei dela, continuei aproveitando os verões. Claro que você
não está interessada em minhas aventuras. Algumas são impróprias para contar a
uma policial. Melhor nos preocuparmos com o nosso jantar. Algum pedido
especial, Kate?
- Você que
deve me dizer, afinal é sua tradição de verão.
- Vamos de
churrasco, então. A lua estará muito linda no céu e não podemos deixar de aprecia-la.
Por que não fazemos assim, você pode subir para o seu quarto, descansar um
pouco, tomar um banho se desejar e por volta das sete vamos para a beira da
piscina? Nesse intervalo, eu providencio o que será necessário e podemos
relaxar.
- Não lhe dará
muito trabalho? Não quer minha ajuda?
- Que nada!
Churrasco é bem simples, especialmente porque depois iremos para a fogueira
comer marshmallows de sobremesa. Você é minha convidada, nada de se preocupar
com esses detalhes.
- Tudo bem,
vou subir e descansar um pouco. Vejo você mais tarde.
Kate
decidiu-se por aproveitar a mordomia da casa de Castle. Ele comentara que tinha
vários empregados, porém decidira por dispensa-los para que se sentisse mais à
vontade. Sem grandes regalias que a deixasse desconfortável. Pelo menos, foi
isso que ele disse. Ela acreditou que ele estava sendo sincero. Nisso, Castle
era bastante transparente. A banheira com sais e água quente foi um bálsamo
para o corpo dela. Kate se deitou, fechou os olhos e permitiu-se apagar por um
tempo. Invariavelmente, diante de tanto relaxamento, ela acabou trazendo Castle
novamente para seu pensamento.
O encantamento
do lugar contribuira para isso. Essa experiência de verão seria algo diferente
do que estava acostumada em seu dia a dia. Por mais que a personalidade
brincalhona de Castle estivesse sempre presente quando estavam investigando um
caso, um momento a sós, sem armas, distintivos ou sangue era completamente
novo. Não sabia muito bem o que esperar, dependendo dela, não jogaria todas as
suas fichas naquela primeira noite.
Escolheu uma
calça legging e um blusão de alcinhas que deixava seus ombros à amostra. Nos
pés, uma sandália baixa e apenas um batom e rímel nos olhos. Ao descer as
escadas, encontrou Castle na cozinha preparando-se para levar as carnes para a
churrasqueira.
- Bem na hora,
Kate. Já estou indo para a área da piscina. Separei um vinho californiano
delicioso, está na geladeira. A menos que queira cerveja.
- Não, prefiro
o vinho. Deixa que eu pego.
- Tudo bem, te
encontro na piscina.
Quando voltou
ao local da piscina, ela gostou da imagem que viu. Castle, de bermudão,
manejava a churrasqueira como um profissional. Ao lado dele, pode ver várias
toras de madeira que provavelmente seria usado para a tal fogueira. O fogo já
estava bem intenso, por isso resolveu levar uma taça de vinho para ele.
- Aqui –
entregou o copo para Castle – esse vinho é muito bom. Leve e quando bem gelado
refresca.
- Com fome? Vou
cortar umas linguicinhas e pão de alho para você provar. Sem querer abusar,
pode pegar a salada na geladeira?
- Claro! –
quando ela voltou, os petiscos e algumas carnes já estavam à mesa. Kate
sentou-se de frente para ele, tornou a beber o vinho e provou a linguiça. O
sorriso despontou no rosto – apimentada, gostei. A carne está deliciosa também.
- Obrigado –
ele dividia sua atenção entre ela e a churrasqueira, conversando, rindo e
observando o que se passava na praia. Por ser verão, o sol apenas se poria por
volta das nove da noite, deixando o movimento nas praias agitado. Muitos jovens
em férias de verão, surfistas e alguns casais românticos faziam passeios na
extensão de areia à frente deles. Kate não via a hora de fazer o mesmo logo
pela manhã. Correr naquela areia com o vento batendo em seu rosto devia ser uma
sensação maravilhosa.
O vinho
acabou, em vez de mudarem para a cerveja, Castle sugeriu um chocolate bem
gelado. Uma de suas especialidades, ele dissera. Dessa forma, ela observou-o
montar a fogueira a sua frente logo após descerem alguns degraus para chegar à
praia. Foi rápido o processo de fazer fogo, sentada em uma tora de madeira
próxima às escadas, via Castle se esmerando em fazer o chocolate. Entregando
uma caneca bem cheia e gelada a Kate, também colocou um graveto com alguns
marshmallows na ponta para que ela os assasse na fogueira. Tinha o mesmo em
mãos ao sentar ao lado dela.
- Para quem
nunca foi escoteiro, até que você se vira bem com uma fogueira.
- São anos de
experiência. Como está o chocolate?
- Delicioso. A
área fica bem movimentada nessa época do ano, não? A praia está bem
frequentada, não vejo a hora de aproveitar um pouco desse mar. Pretendo acordar
muito cedo amanhã para curtir essa maravilha. Não se preocupe, Castle. Eu
trouxe biquíni. Além disso, você não precisa me acompanhar, pode dormir à
vontade. Principalmente se tiver a intenção de passar sua madrugada escrevendo,
não foi para isso que você veio para cá?
- É, foi por
isso. Mas posso tirar um tempo para acompanhar minha convidada.
- Castle, não
quero problemas com sua editora... você está com o prazo estourado.
- Não estou.
Você não conhece a Gina. Ela adora colocar pressão antes do tempo. Prometi um
manuscrito a ela no fim do verão, ela terá.
- Não foi o
que ela me disse ao telefone. Quer um manuscrito que você deveria ter entregue
a duas semanas. Não quero me tornar a desculpa por você não escrever. O que me
leva a outra pergunta. Naked Heat. Qual a história? Por que esse título?
- Você quer
que eu te dê spoilers do meu livro? Ah, Kate... não posso.
- Como não? Sou
sua inspiração, sua musa. Por direito deveria ler seu manuscrito.
- Isso não vai
acontecer, Kate. Ainda estou nas preliminares da história.
- Não acho
isso justo – ela torceu a boca, arrancando um sorriso de Castle. Ao olhar para
o céu, ela reparou na lua despontando bela, era interessante como o tempo passa
quando se está curtindo um momento – nossa! Olha essa lua, que brilho –
naturalmente, ela deixou encostar a cabeça no ombro dele. Sem cerimônia, ela
relaxou comendo um dos marshmallows que assara na fogueira. Sentiu a mão dele
acariciando sua perna de leve, talvez uma retribuição ao instante que passavam
juntos.
Era assim que
as coisas aconteciam entre eles. De forma sutil, sem cobranças, sem maiores
imposições. Às vezes, essa química e cumplicidade assustava Kate, não nesse
momento. Ali, sob a luz da lua, ela se deixava levar por gestos simples. A mão
acabou esbarrando na dele, mantendo-se comodamente colada, sentindo a pele
quente. Castle virou o rosto atraído pelo cheiro delicioso do perfume dela,
estava presente nos cabelos. Por impulso, beijou-lhe a testa. Kate ergueu a
cabeça deixando seus lábios muito próximos aos dele. A vontade de beija-la era
imensa, porém lembrou-se do comentário que fizera quando ela aceitou seu
convite. Ele a ajudaria a recuperar-se de um rompimento. Não seria forçando-a a
dormir com ele que conseguiria convencê-la do seu real propósito.
A não
conclusão do gesto surpreendeu Kate. Ela esperava um beijo, queria isso. Ele
sorria. Estava testando seu limite? Castle virou a caneca sorvendo o resto de
chocolate enquanto ela comeu o último marshmallow do graveto, um pouco sem
graça. Consultou o relógio e espantou-se por saber que já passava das onze da
noite. Não estava tão cansada como imaginara depois do dia com muitas notícias
de cunho emocional, contudo se queria acordar cedo para aproveitar bem sua
estadia ali, o melhor seria se recolher depois desse balde de água fria.
- Acho que vou
dormir. Esticar o corpo. Quero levantar cedo amanhã – Castle percebeu que seu
gesto a confundira. Ela esperava que ele a beijasse. Isso era um ótimo sinal. Para
não deixa-la com o pensamento de que desistira dela, ele acabou tocando no
assunto teoricamente esquecido por Kate.
- Talvez seja
bom para você relaxar mesmo. Afinal, sei que ainda não deu tempo para absorver
tudo o que aconteceu desde o fim do seu relacionamento. Eu vou tentar escrever
um pouco. Fique à vontade – assim que ouvira o que ele falara, o sorriso
despontou no rosto. Então era isso. Castle estava dando um tempo para que ela
se “curasse” do rompimento com Tom. Era incrível. Ele realmente estava
cumprindo o que prometera.
- Tem certeza
que não quer ajuda para limpar e organizar tudo?
- Não, para
isso tenho as minhas fadas. Pode ir dormir, Kate. Para provar que ele não iria
cuidar de nada, Castle a acompanhou de volta a casa. No início da escada, ele
despediu-se dela – boa noite, precisando de qualquer coisa estarei no
escritório ou no meu quarto, você já sabe onde fica.
- Boa noite,
Castle – e antes de subir os degraus, ela se inclinou para beijar-lhe o rosto –
obrigada pela consideração, você sabe.
- Tudo bem, Kate.
Em seu quarto,
ao trocar a roupa de dormir e cair na cama, Kate estava satisfeita. Qualquer
acontecimento naquele fim de semana seria exclusivamente decisão dela. O gesto
dele foi muito compreensivo e fofo. Talvez não passasse de uma jogada inteligente
do escritor, Kate preferiu não considerar o passo como algo estratégico.
Às seis da
manhã do outro dia, Kate descia as escadas pronta para fazer sua corrida
matinal à beira da praia. Antes, preparou um suco saudável e encarou a vista da
varanda da casa. Ao respirar profundamente, pode sentir o iodo invadir seus
pulmões. Ela adorava o cheiro do mar. Após um alongamento, ela começou sua corrida
bem próxima ao mar.
Por uma hora e
meia Kate correu e caminhou sentindo a brisa gelada bater em seu rosto, mexer
com seus cabelos. Sentia-se renovada após esse tempo na praia. Retirou os tênis
deixando seus pés entrarem em contato com o mar. Não via o momento de nadar
naquela água. Mantendo-se com os pés fincados na areia, Kate sentia as ondas
geladas quebrando em sua pele, a maré sugando parte da superfície imperfeita
onde estava apoiada fazendo-a afundar com uma sensação deliciosa. De volta ao
quintal de Castle, viu as últimas brasas da fogueira da noite anterior se
desintegrando. A área da piscina estava devidamente arrumada. As fadas,
lembrou-se sorrindo.
Kate planejara
várias atividades para aquele sábado. Queria curtir a piscina, a praia,
bronzear-se, esquecer das ruas barulhentas e perigosas de Nova York por algumas
horas. Antes, tinha uma missão. Preparar um ótimo café da manhã para Castle.
Após se ambientar na cozinha dele, Kate separou todos os ingredientes que
precisaria para fazer ovos com bacon, panquecas, suco de laranja, frutas e iogurte,
especialmente para ela. Com uma certa agilidade, ela manuseava os utensílios de
cozinha muito bem, exceto a cafeteria. Tinha que concordar com Castle, essas
máquinas a odiavam.
Passava das
oito da manhã quando Castle apareceu na cozinha ainda esfregando os olhos,
sonolento. Sentiu o cheiro do bacon tostando na frigideira.
- Bom dia,
Kate.
- Bom dia! Você
está com cara de quem precisa de uma dose gigante de café. Infelizmente, vai
ter que fazer porque sabe da minha relação com essa máquina – ele sorriu
aproximando-se do balcão para preparar a bebida para os dois.
- O que você
está fazendo?
- Nosso café
da manhã, tem tudo que você gosta. Estou terminando de fritar os ovos e o bacon
para sentarmos à mesa e comer. Pode levar essas panquecas? – Castle obedeceu
enquanto ela tirava os ovos do fogão. A mesa estava muito bonita, simples,
arrumada e com um pequeno vaso de flores que ela colhera quando voltara da
praia – estou morrendo de fome – ele entregou uma caneca cheia de café a ela e
sentou-se de frente para Kate.
- Você está
bem disposta. Como estava a praia?
- Maravilhosa.
É tão bom poder sentir a brisa no rosto, o cheiro do mar, aquele matizado de
cores. Muito diferente da atmosfera de Manhattan. Revigorante. E você escreveu
ontem à noite?
- Sim, fui até
umas três da manhã, o que me rendeu mais um capítulo.
- E quantos
capítulos terá esse livro?
- Eu planejei
22, escrevi com o de ontem, seis. Ainda tenho longas noites pela frente, nada
preocupante, tudo dentro do prazo. Terei todo o verão para isso, as palavras
estão fluindo melhor.
- Não era à
toa que Gina estava irritada com você. Estava com bloqueio? Talvez se deixasse
eu ver o plot, podia ajuda-lo. Dar umas sugestões...- ela fazia uma cara
manhosa enquanto comia as frutas.
- Boa
tentativa, mas ainda é não.
- Castle, coma
um pouco de fruta com iogurte. Você só comeu as frituras, quase acabou as
fatias de bacon – ele olhou para a mulher a sua frente sorrindo, ela estava
cuidando dele, um gesto muito carinhoso – olha o tanto de calda que colocou na
sua panqueca. Precisa se alimentar melhor.
- Tudo bem… acho
que Alexis deixou uma substituta – ele obedeceu o que ela dissera colocando um
punhado de frutas dentro de um potinho com iogurte para comer – qual a sua
programação para hoje?
- Aproveitar
ao máximo a praia. Quero utilizar o ambiente de praia, o som do mar para
meditar. Adoro fazer reflexões olhando para o mar. Também pretendo me bronzear,
curtir o lugar.
- Sim,
reflexões são boas. Você deve estar querendo pensar em sua vida depois dos
últimos acontecimentos.
- Você está se
referindo ao meu rompimento com Demming – ela disse lembrando-se do comentário
feito ontem à noite.
- Também, seu
relacionamento, o caso do serial killer, as mudanças. Foram muitas emoções em
um curto espaço de tempo. Quando a convidei para vir comigo, queria que você
tivesse um momento de descanso, espairecer. O que planeja fazer hoje vai
ajudar.
- Castle,
sobre o relacionamento com Demming, não é algo que deva se preocupar. Eu estou
bem. Tom é um cara ótimo, fácil de gostar, mas simplesmente não era para ser. Não
foi culpa dele. Eu nem deveria estar falando disso com você, isso é passado.
- Kate, eu não
me importo que queira conversar sobre esse assunto comigo. Eu disse que seria
seu ombro amigo se precisasse, portanto não se acanhe. Quero que se sinta bem –
Castle sabia que esse jeito de lidar com a situação iria ajuda-la em sua
reflexão, muito provavelmente pensar sobre a vida incluía algo com o escritor –
enquanto você curte sua praia e sua reflexão, vou escrever um pouco mais e
depois vou acompanha-la. Umas braçadas na piscina serão boas para relaxar e me
dar energia para escrever. E quanto à noite? Pensei em sairmos para comer uma
bela lagosta. Tem um restaurante maravilhoso no píer.
- Eu não sei,
Castle….
- Vamos, Kate.
Você está aqui para curtir. Um jantar delicioso, um bom vinho branco ou quem
sabe uma champagne, uma boa companhia para dar as boas vindas ao verão. É um
lugar transado, nada chique. Combina com a estação. Posso fazer a reserva pela
manhã.
- Tudo bem,
vou jantar com você. Vou trocar de roupa. O sol e o mar me esperam – Castle
acompanhou-a com o olhar. A calça legging realçava as curvas do corpo esbelto
da bela detetive. O top curto deixava os seios em evidência, além da barriga de
fora. Como ele gostaria de toca-la. Sorrindo, falou para si mesmo, tudo a seu
tempo. Pelo menos a certeza de que Demming era passado, o deixou bastante
animado.
Ele se dirigiu
ao seu escritório. Sua imaginação estava bem disposta depois desse café na
companhia de sua Nikki Heat. Não viu quando ela deixou a casa trajando um biquíni
azul, sacola e canga. Kate fez exatamente o que dissera a Castle. Uma nova
caminhada a beira-mar antes de mergulhar nas águas geladas. Ficou um bom tempo
apenas se refrescando. Esticou a toalha na areia para observar o mar.
Até ali, seu
final de semana estava sendo muito bom. Não iria racionalizar sobre o que
poderia ou não acontecer. Não escondera seu receio quando conversara com Dana. Ela
não estava preparada para se entregar em um relacionamento, mesmo que fosse com
Castle. O seu emocional não funcionava como antes. Tinha muito medo de se
machucar, de sentir a dor terrível que a tomou após a morte da mãe. Suspirando
profundamente, ela decidiu esquecer os assuntos que a deixavam tristes, era um
momento para relaxar.
Quando Castle
chegou à área de piscina com duas cervejas bem geladas nas mãos, encontrou Kate
deitada em uma das espreguiçadeiras. A visão dela em um biquíni era de tirar o
fôlego. Não percebera sua aproximação porque estava de olhos fechados mesmo com
os óculos escuros. Os raios do sol cintilavam sobre a pele alva fazendo da
imagem algo mais sedutor. Castle engoliu em seco antes de andar até ela. Kate
percebeu a sombra, abrindo os olhos e tirando os óculos, apenas para
encontra-lo de bermuda, camiseta e óculos escuros. Um pedaço de mau caminho.
- Resolveu se
juntar ao meu momento relax? – ela disse pegando uma das garrafas de cerveja
que ele segurava. Castle ainda não conseguia falar, além de não tirar os olhos
do corpo de Kate. Percebendo, ela tratou de colocar ordem. Pelo menos para
implicar um pouco com ele – Castle…Castle! Quer parar de me olhar assim?
- E-eu…não
estava…eu... – ele olhava feito bobo para Kate que estava com cara de poucos
amigos, da mesma forma que fazia quando ele tinha alguma ideia idiota, tudo
encenação. Ela virou a cerveja na boca e o empurrou contra a outra
espreguiçadeira. Bateu a sua garrafa na dele simbolizando um brinde e tomou
mais um pouco.
- Vou dar um
mergulho. Tinha pensado em pedir para passar bronzeador nas minhas costas, mas não
sei se você terá condições de conversar ou fazer algo, quem sabe até a minha
volta, você não saia desse estágio catatônico? – para piorar a provocação, ela
saiu desfilando com o bumbum empinado na frente dele até mergulhar na piscina.
Ainda hipnotizado por tanta beleza e sensualidade, ele virou a garrafa de
cerveja de uma vez.
Procurando se
recompor, Castle tirou a camisa, passou as mãos nos cabelos e buscou por um
instante de concentração para não deixar sua excitação atrapalhar o momento.
Sim, a imagem mandara pontadas insistentes à região da sua virilha. Ele debatia
consigo mesmo se deveria se juntar a ela na piscina ou simplesmente aguarda-la
com a loção bronzeadora nas mãos para ter um momento tão sonhado com Kate
Beckett.
Ela acabou
respondendo por ele. Após umas três voltas na piscina, Kate saiu vindo ao
encontro dele.
- Então,
Castle, acha que consegue cumprir a simples tarefa de passar loção nas minhas
costas?
- Claro que
sim. Deite-se, Kate – ela agradeceu a presteza dele. Mais alguns segundos de
frente para Castle sem camisa ia deixa-la em maus lençóis já que se vira a um
passo de agarra-lo. Com destreza, ele espalhava o creme pelo corpo dela
combinando movimentos que lembravam carícias e toques de massagem. Aquilo fez
Kate relaxar a ponto de gemer baixinho, o que arrancou um sorriso faceiro de
Castle. Ele continuou sua tarefa adorando poder desfrutar novamente daquele
corpo em suas mãos. Lambuzou cada uma das longas pernas e espalhou um pouco da
loção no bumbum deixando sorrateiramente seus dedos passearem vagarosamente
rente a curva do biquíni. Ela se arrepiou diante do toque arrebitando o bumbum.
Deus! Era muita tentação, especialmente porque ela não deixava barato. Enquanto
apreciava o toque delicioso das mãos de Castle no seu corpo, gemia baixinho
para provoca-lo. Ainda não sabia, porém estava funcionando brilhantemente. Ele
estava excitado diante de tudo, precisava se recompor, resolveu provocar
também. Inclinando-se sobre o corpo dela, aproximou seus lábios da orelha de
Kate, não sem antes roça-los em seu pescoço sussurrando – pronto, Kate. Está
feito.
Afastou-se
caindo diretamente na piscina o mais rápido que pode para que ela não
percebesse o que acontecera. Kate deitou-se estrategicamente sobre a
espreguiçadeira com a cabeça virada para a piscina a fim de observa-lo. Castle
dava grandes braçadas esperando que o esforço e o contato com a água gelada
retirassem aqueles pensamentos impuros de sua mente e fizesse seu corpo voltar
à condição normal.
Deitada e
relaxada após uma quase sessão de massagem de Castle, Kate se deixava apreciar
a bela vista da piscina. Cenário perfeito para um feriado. O céu azul, sol, água
cristalina e um homem como Rick Castle e seus braços perfeitos nadando bem à
sua frente. Os movimentos dos músculos, bíceps, torso, costas, um show à parte.
Não podia ficar melhor que isso. Na verdade, poderia sim. Como será que ele se
sentiria caso ela decidisse acompanha-lo? Certamente não iria perguntar.
Castle estava
em meio a um mergulho quando ela pulou na água e foi ao seu encontro. Ao
encara-lo, Kate fazia questão de manter a proximidade de seus corpos. Balançava
as pernas com o intuito de tocar as dele. Estar com ela tão próximo de si, já
provocava sensações conhecidas o bastante por ele para ser consideradas
perigosas.
- Pensei que
quisesse se bronzear ao sol...
- Sabe, eu não
sou uma daquelas mulheres que adoram espreguiçar-se ao sol por horas a fim de
conseguir a cor de pele perfeita. A piscina, a água refrescante está bem mais
interessante.
- Novas
descobertas sobre Kate Beckett. E eu achando que você era uma rata de praia.
- Não, eu
adoro a praia, curtir o mar especialmente se estamos acompanhados, mas não
significa que precise morar lá. Agora se me dá licença, eu vou nadar mais um
pouco – ela deslizou sua mão do ombro ao peito de Castle, afastou-se dele em
seguida mergulhando na água. Ele sabia que estaria morto até o final daquele
dia se Kate continuasse provocando-o dessa maneira. Escorado na borda, ele se
deu ao luxo de observa-la nadando em sua piscina. Confessava que adorava esse
joguinho de indiretas e sensualidade, era prazeroso realizar essa dança com
ela.
Para comprovar
o que estava pensando, sentiu novamente o corpo de Kate passando rente as suas
pernas, propositalmente tocando suas coxas com as mãos. O movimento se repetia
a cada volta que dava. Até o instante que surpreendeu o próprio Castle
emergindo bem a sua frente, seu corpo molhado praticamente grudado ao dele.
- Simplesmente
refrescante, não acha Castle?
- Sim...
muito.
- Todo esse
exercício, o sol, a água gelada pelo corpo...- ela mordiscou os lábios, falava
sensualmente – me deixou morrendo de fome... – o dedo indicador deslizava pelo
peito molhado de Castle e seus narizes quase se encontraram quando ele baixou o
rosto com o intuito de buscar seus lábios, Kate sorriu afastando-se no mesmo
momento, agora pressionando o indicador no peito dele com seu jeito mandão – o
que vamos comer?
Ele jogou a
cabeça para trás. Droga, Kate! Era tudo o que pensava. Ela era terrível quando
o quesito era provocar.
- Algo rápido?
– ela não entrou no jogo dele.
- Sim, quero
voltar à praia para mais uma caminhada. Você poderia me acompanhar, somente se
não for atrapalhar sua escrita, claro!
- Não vou
escrever mais hoje. Estou pensando em massa ou salsichas, ainda tem um pedaço
de carne.
- Podemos usar
tudo. Quer ajuda?
- Para fazer
massa? Não!
- Vamos,
Castle. Não seja orgulhoso – puxando-o pela mão, eles saíram da piscina, rapidamente
dominando a cozinha. Quinze minutos depois, eles sentavam-se na varanda
saboreando o almoço.
Após um
pequeno descanso numa das espreguiçadeiras e mais uma garrafa de cerveja, os
dois saíram para caminhar na praia. Kate tinha sua canga presa à cintura,
Castle não voltara a colocar a camisa, levava-a pendurada no ombro. Durante o
passeio, quando as ondas banhavam seus pés, Kate acabou enroscando seus dedos
nos dele. Um gesto simples, mas que dizia muito sobre a relação deles. Ao
voltarem da praia, Castle lembrou-a da reserva para o jantar. Precisavam estar
no restaurante às oito horas o que dava a eles apenas duas horas para se
arrumarem.
Quando Kate
desceu as escadas, usava um belo vestido floral em tons de amarelo e laranja. A
saia era leve indo um pouco acima do joelho. Os saltos altos davam vida ao
modelito com uma maquiagem leve realçando os olhos. A boca tinha um batom no
tom pêssego que combinou com a pele levemente bronzeada.
- Pronta para
uma noite de verão – disse Castle – está linda, Kate.
- Obrigada. Você
está charmoso também, Castle. Vamos?
O jantar no
restaurante do píer foi além das expectativas de Kate. O lugar era bonito e
casual, de modo a se sentir bem sem grandes regras de etiqueta ou ostentação.
Castle pediu champagne para comemorarem a chegada do verão, sim era a desculpa
mais esfarrapada que ela já ouvira para alguém querer beber uma garrafa de Don
Perignon. Uma entrada de siri, seguida de uma deliciosa lagosta na manteiga
acompanhada de um risoto de limão siciliano e amêndoas, simplesmente divino.
Para a sobremesa, um refrescante sorvete de abacaxi com toque de pimenta e
hortelã. Uma mistura perfeita. Tanto que Kate perguntou se eles não podiam
levar um pouco para casa. Lógico que Castle fez a vontade dela.
De volta à
casa, Castle pegou uma nova garrafa de Don Perignon em sua adega. Kate guardou
o sorvete para mais tarde. Enquanto ele os servia da bebida, ela perambulava
pela sala desvendando cada espaço dali. Ele veio ao seu encontro com a taça.
Depois do primeiro gole, ela continuou andando prestando atenção em cada
detalhe. Na noite anterior, Kate já havia reparado no belo piano ao canto. Aproximando-se
do instrumento, tocou-o com gentileza. Abriu a tampa para olhar as teclas
brancas e negras.
- Um belo
piano. Steinway. Você toca?
- Um pouco.
Quando se tem uma diva do teatro como mãe, o piano é mandatório – sorrindo,
Kate tomou um pouco mais da bebida, colocou cuidadosamente a taça sobre o piano
sentando-se no banco analisando as teclas minuciosamente. Castle escorou-se na
lateral do piano a fim de entender o que ela pretendia. Então, seus dedos
tocaram algumas teclas do piano, testando a afinação. Olhando novamente para
Castle, sorriu e deslizou as mãos sobre o teclado deixando o som encher a sala
e a voz suave começava a cantar um clássico de Sinatra que não podia ter sido
melhor escolhido, pois retratava tudo o que ela sentia nesse momento.
You go to my head
And you linger like a hauntin' refrain
And I find you spinning round in my brain
Like the bubbles in a glass of champagne
Sorrindo, ela
mantinha os dedos trabalhando e os olhos fixos nos de Castle.
You go to my head
Like a sip of sparkling burgundy brew
And I find the very mention of you
Like the kicker in a julep or two
The thrill of the thought that you might give a thought
To my plea, casts a spell over me
So, I say to myself get a hold of yourself
Can't you see that it never can be?
You go to my head
With smile that makes my temperature rise
Like a summer with a thousand Julys
You intoxicate my soul with your eyes
Though I'm certain that this heart of mine
Hasn't a ghost of a chance with this crazy romance
You go to my
head
Castle percebeu
que havia algo especial na maneira como ela cantava a letra daquela canção, era
especialmente para ele. Pode notar pelo jeito que o corpo e seus olhares se
dirigiam a ele. Sentou-se ao lado dela no piano, seus braços esbarrando um no
outro. Ao invés de tocar
junto, ele passou a cantar.
The thrill of the thought that you might give a thought
To my plea, casts a spell over me
So, I say to myself get a hold of yourself
Can't you see that it never can be?
Novamente ela
tomou os próximos versos para si, sorrindo e olhando intensamente para Castle.
You go to my head
With smile that makes my temperature rise
Like a summer with a thousand Julys
You intoxicate my soul with your eyes
Though I'm certain that this heart of mine
Hasn't a ghost of a chance in this crazy romance
You go to my
head
Quando
terminou, o sorriso no rosto de ambos era deslumbrante. Kate o olhava tão
intensamente que o seu corpo reagia apenas aos olhos brilhantes amendoados
sentindo um aperto grande nas calças. Ela retirou a mão do teclado, uma
repousava sobre o seu colo e a outra foi aos cabelos. Em um gesto simples, mas
extremamente sensual.
- Sinatra...
wow! Estou impressionado, Kate.
- Não há
ninguém como ele, sou apaixonada pelo Blue Eyes – Castle entendeu a mensagem
subliminar nessa colocação – você não o adora?
- Mais do que
a mim mesmo – com essas palavras, ele despertou todo o desejo que ela nutria
por ele. Kate encarou aqueles olhos azuis inclinando sua cabeça até seus lábios
tocarem os de Castle. Beijou-o intensamente sentindo as mãos dele passearem
pelo seu corpo. Ela ansiara demais para sentir os lábios dele novamente, da
mesma forma que ansiava pelo toque dos dedos em sua pele, em seu centro. Já
sentia o desejo aflorando pelos poros e a umidade formar-se apenas com o calor
das mãos e as línguas se provocando.
Castle quebrou
o beijo e surpreendeu Kate ao erguê-la colocando-a sentada sobre o piano. Ele
abriu o zíper do vestido dela para facilitar despi-la. Logo a peça de roupa
estava ao chão e Kate apenas de calcinha sentada no instrumento com os pés
sobre o teclado. Inspirada pelo que ele sugerira tão depressa, ela retirou a
camisa dele e quando queria continuar a tirar sua roupa, porém Castle a impediu
segurando suas mãos.
Ele sorveu
seus lábios em um novo beijo apenas para atiçar. Em seguida, seus lábios
deslizaram pelo pescoço, colo e entre os seios. Os polegares tocaram os mamilos
enquanto as mãos seguravam os seios apertando-os. Cabia perfeitamente nas mãos
de Castle. Kate gemia e arqueava o corpo na direção dele, ansiando por mais do
toque quente e maravilhoso. Castle beijou-lhe o estomago, deixando marcas de
dentes na pele. Gentilmente a deitou sobre a superfície fria e lisa. Livrou-se
da calcinha, em resposta ela afastou as pernas deixando claro que estava pronta
para ele. Castle tirou as calças ficando nu. O membro despontava duro, ela
podia ver nos olhos o desejo destacado nas pupilas escondendo grande parte do
azul dos olhos.
Apoiado no
banco, Castle inclinou-se sobre ela provando-a, exatamente como ele sabia
fazer. O corpo arqueava, os gemidos escapavam de sua boca e com exímio talento,
ele a levava rumo à bela loucura de um orgasmo. Assim que obteve o que queria,
ele parou para observa-la. Ficava extremamente linda sob o efeito do prazer.
Puxando-a pela cintura, ele a colocou novamente sentada. Um beijo intenso
tornou a acontecer e dessa vez, sentado no banco, Castle a trouxe para perto de
si, acomodando-a perfeitamente deslizando seu membro dentro dela. Com os braços
ao redor do pescoço dele, ela gemeu ao senti-lo inundar seu interior vagarosa e
deliciosamente.
Juntos, eles
trocaram beijos, mordidas, abraços, amassos. Tudo entre os dois era intenso
demais, louco demais, prazeroso demais. E mais cedo do que se previra, ela
tremia nos braços de Castle levando ambos a uma explosão de prazer. Assim que
se recuperaram da onda que os dominou, ele a carregou diretamente para seu
quarto onde novamente buscaram o carinho, o toque, a constante necessidade dos
beijos. Emaranhados, os lençóis enroscavam-se nas pernas de ambos adormecidos
após o terceiro round da noite.
Kate foi a
primeira a acordar naquela manhã de domingo. Ainda preguiçosa pelo cansaço das
aventuras da madrugada, ela dedicou aquele momento para pensar na noite
maravilhosa que tivera. Talvez fosse o tempo de racionalizar, ponderar e
inclusive considerar ir embora dali. Não, esse não era nem de longe o
pensamento que vagava na mente de Kate. Ela viera aos Hamptons com a mente
aberta, depois de ouvir tudo que Dana lhe dissera sem esquecer sua própria
opinião quanto ao assunto, desde que colocara os pés ali, ela se sentia tão
leve, tão bem. Não iria deixar ideias e julgamentos estragar o belo momento que
estava vivendo. Não significava que havia mudado de opinião quanto a
relacionamentos, ainda estava insegura. Mas a exemplo da primeira vez que
estivera com Castle, ela experimentara sem reservas. Era exatamente isso que
queria fazer naquele feriado.
Castle
espreguiçou-se na cama, um dos braços buscavam por ela, para trazê-la para
perto. Kate se deixou levar aconchegando-se ao corpo quente e macio dele. Ele
acariciava os braços dela até puxa-la completamente para si prendendo-a. Os lábios
brincavam em seu pescoço.
- Bom dia...
- Bom dia... –
ela virou o rosto para beijar-lhe os lábios – está com fome?
- Sim, de você
– então começou a devorar-lhe o pescoço fazendo Kate virar-se na cama para
ficar de frente para ele. Castle não perdeu tempo e a prendeu entre ele e o
colchão começando a manhã com uma bela rodada de sexo matinal. Quase uma hora
depois, os dois caminhavam de mãos dadas até a cozinha. Dessa vez, foi Castle
quem preparou o desjejum para ambos. O domingo tinha tudo para ser preguiçoso.
Passaram algumas horas na praia, caminharam, jogaram-se no mar e trocaram
caricias. Voltaram para casa e após um mergulho na piscina, eles tomaram banho
para tirarem um belo cochilo durante a tarde.
Acordaram
famintos. Ele não queria deixa-la cozinhar novamente, portanto um delivery foi
a solução encontrada. Após a refeição, novos amassos se seguiram no sofá
festejados à base de café. Os fogos do feriado deveriam ser disparados naquela
noite. Castle sugeriu que assistissem da praia. Podiam jantar antes de ir para
a área externa. Novamente, Kate concordou desde que ela pudesse fazer o jantar.
Contrariado, ele aceitou quando ela prometeu que não tomaria muito tempo nem
daria trabalho. Faria uma lasanha.
Enquanto Kate
estava na cozinha, Castle retornou ao escritório para escrever. Ele estava
extremamente feliz com o desenrolar do fim de semana. Além das pequenas
descobertas sobre Kate Beckett, a inspiração para sua história voltara a todo
vapor. Não pretendia forçar nenhuma situação com ela, queria que aproveitassem
o momento, ao tempo dela, pensou. Os dedos voavam no teclado já no seu segundo
capítulo da tarde, quando foi brindado pela presença de Kate.
- Trouxe um
pouco daquele sorvete maravilhoso para você. Pode dar uma parada na escrita
para comer – ele continuou digitando por um tempo até concluir a ideia – vejo
que está animado.
- Pronto.
Agora posso parar – provou o sorvete enquanto ela massageava seus ombros
querendo ver o que ele tanto escrevia para o próximo livro de Nikki Heat. Entendendo
o propósito dela, ele travou o notebook.
- A
curiosidade matou o gato, detetive Beckett. Como vai o nosso jantar?
- Está quase
pronto. Vou montar e mais tarde é só colocar no forno. Você pode me dizer a que
horas vamos jantar?
- Os foguetes
não são disparados antes da meia-noite, então podemos começar com uma bebida às
nove, jantar sem pressa por volta das dez e depois seguimos para a praia. O que
você acha?
- Parece
ótimo. Coma seu sorvete, vou voltar para a cozinha – antes, ela roubou uma
colher do doce gelado, o que fez Castle puxa-la para si beijando-lhe a boca.
- Hum... esse
sorvete é muito bom mesmo.
- Bobo! – e
saiu rindo da brincadeira.
Dez minutos
depois, Castle decidiu ir à cozinha pegar um café além de ser uma ótima
desculpa para ver o que ela estava fazendo. Ao aproximar-se a viu escorada no
balcão montado a lasanha. Ela cantarolava baixinho a mesma canção de ontem de
Frank Sinatra. Era incrível como essa letra se parecia com a relação dos dois. Ainda
não se recuperara da bela surpresa de saber que Kate tocava piano e tinha uma
bela voz para cantar. Ele ligou a cafeteira e abraçando-a por trás, deu um
beijo no rosto e perguntou.
- Quer um
café?
- Aceito.
Terminou de escrever?
- Quase. Vou
fazer mais uma cena e encerro por hoje. Daí, apenas volto a escrever quando o
feriado acabar e você voltar para a cidade. Quero muito dedicar minha atenção
apenas para você.
- Gostei dessa
parte – ela virou o rosto e beijou-o. Castle se aproveitou do contato para
puxa-la para si, de corpos colados, eles se perderam por alguns minutos nos
lábios um do outro até que o cheiro delicioso de café indicara que estava
pronto para ser degustado. Ele serviu uma caneca a ela, pegou a sua e simulou
um brinde. Sorveram a bebida enquanto Kate terminava a lasanha. Satisfeita,
colocou-a no congelador.
- Já que você
irá escrever mais um pouco. Eu vou tomar um longo banho.
- Ah... isso
não se faz. É tentador.
- Concentre-se
no seu trabalho, Castle – subiu as escadas rebolando para atiça-lo.
Castle voltou
até o seu escritório. Fez algumas anotações em seu bloco de apoio, pequenas
ideias para outros capítulos. Inclusive, o sorvete. Escreveu a palavra
“pineapple” sublinhando a mesma seguida de uma seta onde escrevera outras
palavras “sexo/safeword”. Salvou o seu trabalho e subiu as escadas correndo
direto para o quarto de Kate. Reconhecendo o barulho do chuveiro, ele sorriu
livrando-se das roupas que usava. Kate estava de costas lavando os cabelos. Ele
entrou sorrateiramente no blindex abraçando-a por trás.
- Surpresa...
– em menos de um minuto, ele a empurrava contra a parede de azulejos para uma
nova viagem ao mundo do prazer.
À noite, após
bebericarem um excelente vinho tinto, comer um delicioso antepasto preparado
por Kate, era a vez da lasanha. Extremamente gratinada, o queijo se derretia e
dissolvia na boca.
- Nossa! Está
simplesmente fantástica, Kate. E eu achando que iria impressiona-la com meus
dotes culinários. Mandou super bem, detetive.
- Obrigada.
Terminado o
jantar, eles seguiram para a praia. O show dos fogos foi fantástico. O céu
ficara extremamente iluminado e belo. Depois, eles ficaram namorando até Kate
sugerir que entrassem. Tinha outra ideia em mente. Quando passaram pela
piscina, ela desfez os nós do vestido longo que veio inteiramente ao chão.
Castle descobriu que ela não usava mais nada por baixo. Sorrindo maliciosa para
ele, a luz do luar refletindo em seu corpo. A satisfação de vê-lo boquiaberto
diante de si, despertou o desejo arrepiando a pele da ponta dos pés à espinha.
- O que foi,
Castle? Pelo que me recordo, foi você mesmo que me disse para nadar nua em sua
piscina. Algum problema? – ele suspirou e ainda com a cara de abobado pela audácia
da detetive, respondeu.
- Nenhum... problema...
fique bem co-confortável – ela gargalhou mergulhando na piscina. Maravilhado
com a ideia, ele despiu-se rapidamente e pulou atrás dela.
Os corpos se
encontraram, se enroscaram e um beijo intenso aconteceu. A única coisa que não
fizeram naquela piscina foi nadar. No dia seguinte, foram brindados por uma
forte chuva de verão que os impediu de sair de casa. Bolaram na cama por quase
toda a manhã. Entre canecas de café, restos de lasanhas e algumas frutas, eles
faziam amor. Sim, Kate já passara do estágio no qual considerava o ato apenas
sexual. Desejo, atração sim. Contudo, fatores como carinho, cumplicidade e
entrega transformavam o encontro de seus corpos em algo mais íntimo. Somente deles.
Castle tanto
insistiu que Kate acabou cedendo ao pedido dele para vê-la tocar novamente para
ele. Não fugindo de sua preferência, ela escolheu canções do grande Blue Eyes
dentre elas, cantou outra letra com linda interpretação. Pareciam escolhidas a dedo quando a
ouvira cantar “all or nothing at all, half a love, never appeal to me… please
don’t put your lips so close to my cheek. Don’t smile or I’ll be lost beyond
recall. The kiss in your eyes the touch of your hand makes me weak and my heart
may go dizzy and fall”. As palavras aplicavam-se aos dois.
Tarde da
noite, eles estavam deitados lembrando que ela ia voltar para Manhattan na manhã
seguinte. O fim de semana perfeito estava acabando. Qual seria o próximo passo?
Talvez nenhum dos dois soubesse realmente. Castle intimamente gostaria que Kate
se rendesse a possibilidade de experimentar um relacionamento. Estava disposto
a fazer funcionar. Não tinha qualquer dúvida que a mulher deitada ao seu lado o
tinha fisgado por completo. Também sabia das reservas dela, Kate tinha um
problema sério quando o assunto era expressar emoções. Era reclusa. Parte
devido ao que acontecera com sua mãe, a dor, o medo. Essas certamente eram
perguntas que Castle gostaria de saber a resposta, porém dependia
exclusivamente dela para explica-las.
Beijou-lhe a
testa decidindo não forçar absolutamente nada. Ela daria o tom do que eles
fariam em seguida. Kate estava pensativa deitada sobre o peito dele. Os dias
nos Hamptons representaram muito mais para ela que todos os últimos anos de
relações frustradas, mais até que o mês inteiro que passara com Demming. Ela
admitia que há muito tempo não se sentia tão envolvida por alguém. As coisas
com Castle, embora meio tortas, pareciam despertar uma parte de Kate que estava
adormecida. Não era uma relação fácil, a palavra “complicada” ainda parecia a
melhor definição para ambos. Porém, o clima dos últimos dias passados com ele,
sem compromisso, gerou uma resposta positiva para ela. Não a ponto de fazê-la
iniciar um relacionamento, mas suficiente para não deixar aquela ligação intensa
entre os dois desaparecer.
Um dia quem
sabe, ela possa dar um passo mais largo, arriscar-se, por hora o jogo de sedução
e as trocas de carinhos funcionavam muito bem. Aos poucos, Kate Beckett parecia
aberta a deixar as sensações de estar apaixonada começarem a dominar algum dos
seus atos.
- O que você pretende
fazer depois que eu for embora?
- Escrever. O que
mais me restaria? Tenho um prazo a cumprir. Apesar que, diante dos novos
acontecimentos, talvez eu termine antes do planejado.
- Como assim? Que
acontecimentos?
- Um final de
semana especial com a minha musa parece ter despertado completamente a minha
criatividade. Estou com muitas ideias e consigo ver várias cenas se formando em
minha mente. Você fez isso.
- Nossa! Um fim
de semana? Interessante. Estou com sono – e cansada, pensou. O corpo
ligeiramente dolorido pelos momentos íntimos tão intensos - Amanhã quero dar um
último passeio na praia antes de pegar a estrada.
- Podemos
fazer isso. Aconchegaram-se e dormiram em seguida.
Na manhã
seguinte, ele a despertou com uma bandeja caprichada de café da manhã na cama. À
refeição, seguiu-se uma nova troca de caricias que culminaram em um poderoso
orgasmo. Desceram para a praia. O sol forte iluminava toda a extensão do mar, céu
limpo, vento forte. Kate e Castle caminhavam de mãos dadas na praia, rindo,
chutando a água, apostando corrida. Qualquer um que os visse de longe os
tomariam como um casal de apaixonados. O que não deixava de ser verdade. Embora
não admitindo, ambos estavam envolvidos completamente nesse estado de espírito.
Os toques, os sorrisos, a cumplicidade mostrava isso.
Kate decidiu-se
por um último banho de mar antes de deixar os Hamptons. Jogando a canga sobre a
toalha que trouxera, ela saiu correndo para um mergulho na água gelada. Castle a
observou por um instante antes de juntar-se a farra. Ali, com a água por volta
da cintura, eles trocaram beijos, levaram caldos, foram empurrados pelas ondas
e se divertiram como duas crianças.
De volta à
casa, Castle já tinha um olhar meio saudosista. Embora a separação deles fosse
algo planejado e iminente, ele não imaginava que ia sentir tanta falta dela. Na
verdade, o fim de semana acabou sendo bem melhor do que esperava. Ele estava
preparado para apenas desfrutar da companhia de Kate sem maiores contatos. A noite
de sexta quando ele recusou um possível beijo deixara essa ideia em sua mente. Felizmente,
tudo caminhara ao seu favor. Agora, isso tornava o adeus um pouco mais
complicado.
Ele estava
pensativo na varanda de seu quarto quando ela surgiu de cabelos molhados
trajando uma calça jeans e uma camisa branca de botões. Abraçou-o por trás beijando-lhe
as costas.
- O que faz
ai?
- Estava
pensando sobre o ótimo feriado que tivemos. Queria que não acabasse, queria que
ficasse um pouco mais do verão comigo – sabendo que essa conversa surgiria em
algum momento, Kate optou por dar a ele sua visão dos fatos. Ela o fez virar-se
para fita-la.
- Eu também adorei
o nosso feriado. Castle, eu não sei o que você espera disso tudo. Foram
momentos ótimos, nos divertimos, relaxamos. Tudo tão bom. Não quero criar
expectativas. Para que complicar as coisas? Já temos tanto a considerar em
nossas vidas. Você tem seu livro, eu estarei me readaptando em um novo
apartamento tentando esquecer os danos causados nesses meses passados.
- Eu poderia
argumentar e vencer todas as suas dúvidas com justificativas mais que plausíveis.
Você sabe que é verdade. Mas não irei fazer isso, Kate. Respeito seu modo de
pensar e encarar o que aconteceu. Não estamos no meio de uma guerra onde o tudo
ou nada é nossa única opção. Eu apenas preciso saber, depois de tudo, estamos
bem?
- Sim, estamos
bem – ela acariciou o rosto dele levemente com a palma da mão – me leva até a estação?
- Farei
melhor. Não deixarei você voltar de trem e metro para casa. Vou chamar o James.
- Não, Castle não
precisa – ele não deu ouvidos aos protestos dela. Discou um número no celular,
agendou o que queria e desligou. De mãos dadas, desceram as escadas com Castle
segurando a pequena mala de Kate. Colocou-a sobre o sofá e continuou puxando-a
para a varanda da sala, seu lugar favorito. Mais uma vez, ela contemplou o mar.
- Vou sentir
falta dessa vista – Kate deixou escapar. Fitando-a, percebeu que havia uma
oportunidade ali.
- Só da vista?
– sorriu maroto – diga-me detetive Beckett, como você irá se virar sem o seu
parceiro extremamente inteligente capaz de desvendar os mais intrigantes mistérios
de um caso?
- Você está se
referindo a um escritor irritante com teorias nada convencionais que não conhece
regras e não ouve ninguém mesmo que sua vida dependa disso? – ela sorriu – sou policial
há dez anos, acho que consigo me virar.
- Ouch! Você fala
isso da boca para fora, mas tenho certeza que durante os três meses do verão haverá
momentos que se pegará pensando: o que Castle faria? Qual a historia por trás disso?
- Ah,
Castle... quem sou eu para contrariar um instante tão ilusório seu? Continue sonhando...
- Mr. Castle! –
ouviram alguém chamando na frente da casa, provavelmente o motorista.
- Estou indo –
Castle gritou. Virando-se para Kate, ele resolveu, como se diz no pôquer,
mostrar sua mão – olha, Kate, se por acaso você quiser voltar para um fim de
semana aqui. Matar as saudades do mar – ele piscou para ela – será sempre
bem-vinda. Adoraria ter você perambulando pela casa, tocando piano e quem sabe
nadando nua outra vez na minha piscina. É apenas um convite. Se não tiver um
caso, poderia vir aos Hamptons, eu tiro folga de escrever, alugamos um barco ou
posso te levar a alguns lugares realmente interessantes da vizinhança. O que me
diz? Promete que vai pensar no assunto?
- Castle, o
que falei sobre não criar expectativas?
- Não é disso
que estou falando. É apenas uma sugestão, sei o quanto gostou de ficar aqui.
Sem pressão.
- Tudo bem,
sem pressão. E o que aconteceu aqui, diz respeito apenas a nós dois, Castle.
- Eu sei. Nem precisava
falar. Então, vai pensar no meu convite?
- Vou. Melhor eu
ir, o rapaz está esperando.
- Uma última
coisa – ele a puxou para seus braços e beijou-a carinhosamente. Kate inclinou o
corpo aproximando-se ao máximo do calor do corpo dele – pronto, algo para
lembrar-se de mim em Nova York. Foram abraçados até o encontro com James. Castle
os apresentou e deu as orientações para que ele a levasse diretamente ao seu
apartamento na cidade. Antes de entrar no carro, eles trocaram outro olhar. A despedida
foi com direito a sorriso e piscadela.
Na estrada a
caminho de Nova York, Kate apreciava a paisagem relembrando os momentos do fim
de semana. Três meses. Em outros tempos, nada significariam para ela. Agora, se
perguntava se não era muito tempo para sentir falta dele ou mesmo ficar longe
de Castle. A lição aprendida pela detetive após esse Memorial Day era de que,inexplicavelmente,
Castle derrubara a primeira camada de um muro construído tão habilmente pela
dor e o medo nesses últimos anos.
Sorrindo, ela
murmurava os versos da canção “Though I'm certain that this heart of mine hasn't
a ghost of a chance in this crazy romance, you go to my head”… sim,
definitivamente estava se perdendo aos poucos com Castle. Por mais louco que
parecesse, seu coração queria mais daquela loucura, apesar de tudo.
Continua....
5 comentários:
Tava acompanhando essa fic no NYAH, de repente entro nesse blog e me deparo c vários cap que haviam saído e eu nem imaginava!!! N vai postar mais por lá?
Mudando de assunto... tô amandooooo o rumo dessa fic, ainda mais vendo a Kate lutar p n se entregar ao amor q tá sentindo por castle!
Ansiosa pelo próximo.. imagino como será p ela voltar p NY sozinha depois de tudo que viveram nos Hamptons!!!!Kate in love..
Capítulo perfeito, feriado perfeito, Caskett perfeito, socorro!!
Que sonho esses dois juntos <3
Foi tão lindo que parece isso mesmo, um sonho!
Se eu já tô sentindo saudade deles, imagina a Kate?! Três meses é muito tempo :'(
Até o próximo! Bjsss
Esse feriado foi lindo,agora vamos ver o que rola já que não tem mais Tom e o Cas vai ficar longe por um tempo, ela terá tempo para por as coisas em ordem... Amei o piano e a música meu a cara deles mesmo os momentos hot's muito digno :)
Oh! Tão lindos juntinhos. E agora, o que esses 03 meses tem pra nós?
Que capítulo maravilhosO!!! 😍
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