Nota da Autora: Novo capítulo, hora de comemorar o niver do meu bundudo em NYC. Além de outros dois pontos bem importantes para os proximos capitulos da história. Ainda tem muita coisa para acontecer... um pouco de angst, de tristeza, mas nada que as deixe muito na bad, afinal com Anne por perto será dificil, não?
Importante: quero deixar claro que a menção de Waitress, Sara Bareilles e Jessie Muiller é para puro divertimento, a musica tambem. Afinal nenhuma delas me pertence... Fiquem a vontade se quiserem escutar a canção.
Obrigada por todos os comentários!
Yes, be aware...NC17
Cap.75
Na tarde seguinte, Stana voltou a sua antiga
casa para levar a mãe até o aeroporto. Gigi também acompanharia as duas. A
viagem até o LAX fora tranquila. Assim que despacharam as bagagens, Stana, Anne
e Gigi levaram a mãe para tomar um café enquanto esperavam o momento dela
embarcar. Sentadas a mesa com algumas guloseimas, elas conversavam
animadamente.
- Sabe, vou sentir falta dessa confusão toda...
– disse Gigi.
- Sério? – Stana olhou intrigada para a irmã –
eu achei que de todos nós você era a mais chateada e afetada com tudo isso, eu
particularmente não vou sentir falta alguma, chega de me esconder da mamãe e de
interrogatórios a la Beckett. Mas, claro que a senhora fará falta, dona Rada.
- Ah, sis, foi até divertido. Teve momentos bem
complicados especialmente para mim e Jeff, no fim deu tudo certo.
- E a Gigi continua me surpreendendo – disse a
mãe – filha, não sei de quem você herdou esse seu jeito...
- De quem...da senhora mesmo! Tem alguém mais
alcoviteira e família que a dona Rada? – disse Gigi gargalhando.
- Não mesmo, DNA não mente, mãe – concordou
Stana. Anne que estava calada até o momento, resolveu se pronunciar.
- Eu também vou sentir falta da vovó. Queria
fazer mais bolo – a menina abraçou a vó – promete que volta logo para nos
visitar?
- Vou tentar. Mas você também pode passar suas
férias escolares lá comigo. Fale com seu pai. Um mês com a vovó, que tal?
- É muito bom. Só que lá na sua casa não tem
ninguém para a Anne brincar e jogar videogame. Anne está muito feliz porque
agora tem dois tios para jogar.
- Está vendo, Gigi? Mais alguém vai perder para
o videogame – disse Stana.
- Ah, tia Stana. Agora podemos derrotar o tio
Nathan porque ele é muito “compepitivo”.
- Acho que são vocês que vão sobrar nessa
história. Perderam seus namorados para uma menina de oito anos – elas riram.
- Não se preocupe com isso, dona Rada. Temos
outros métodos de convencimento, não Stana?
- Ah, se temos.
- Fala logo, tia Gigi. Todo mundo sabe que é beijo
e sexo.
- Anne! – ralhou a avó – onde você aprende
essas coisas?
- Na escola, com a tia, com Castle. Eles se
amam, vó. E como você acha que vai ter netos? – Stana gargalhava.
- Vencida por uma garota de oito anos, dona
Rada – a mãe estava muito feliz de ver a alegria de suas meninas. Infelizmente,
também chegara a hora de dizer adeus. Tirando da bolsa três pequenos saquinhos,
Rada entregou um para cada uma das mulheres a sua frente. Anne foi a primeira a
abrir. A cara de felicidade da menina era muito fofa.
- Oh, um anel de sereia! Olha tia parece a
Ariel.
- É um anel do humor. Ele revela pela cor como
você está se sentindo. Está vendo esse papelzinho? Ele diz a relação das cores
e o que significam.
- Está azul. Diz que é relaxada, feliz. Está
certo, Anne está muito feliz com o presente. Obrigada, vó – e tascou um beijo
gostoso na bochecha da vó. Gigi foi a segunda a falar.
- Mãe, que anel lindo. Que pedra é essa?
- É ágata. Eu escolhi essa pedra porque ela
simboliza proteção, estimula a autoestima, atrai o sexo oposto e ajuda na
concentração, a voltar ao eixo e alguém precisa disso ultimamente – ela riu –
contra a inveja, o mau olhado. Minhas meninas estão precisando disso.
- Obrigada, mãe. Prometo que não vou ficar tão
avoada assim.
- Tudo bem, filha. É por uma boa causa – Stana
que já havia colocado o anel no dedo anelar direito, admirava a peça. Proteção.
Algo lhe dizia que aquela ágata viera bem a calhar para os próximos meses. Talvez
fosse apenas emoção do momento, porém ela tinha um pressentimento estranho
quanto ao seu futuro. Não conseguiu imaginar realmente o porquê. Havia lágrimas
em seus olhos – o que foi, Stana? Não gostou?
- Não, mãe. Eu amei... eu apenas...obrigada.
- Filha... algum problema?
- Não, está tudo bem. Acho que é saudades já –
ela se levantou e abraçou a mãe. Rada beijou o rosto da filha – não vou chorar.
O significado desse presente é muito bonito, mãe. É tudo que preciso com o
lance do casamento, o segredo...
- Sim, filha. Foi pensando nisso que comprei.
Quer dizer, não sabia do casamento, estava pensando em relacionamentos e
proteção. Você sabia que ajuda nos problemas físicos, também? Ainda mais se
você estiver pensando em engravidar... – o olhar de Stana para mãe dizia tudo –
só estou comentando as propriedades da pedra. Você vai ficar bem, minha menina?
- Vou, prometo.
- Ela vai ficar mais do que bem, vai curtir o aniversário
do maridão em Nova York. Assistir shows da Broadway. Nem vai se lembrar da
senhora.
- Oh, Gigi! Que coisa mais insensível para se
dizer. É claro que vou lembrar da mamãe sempre que olhar para esse anel, da
mesma forma que sempre me lembro daquela noite quando me casei quando olho para
a minha aliança.
- Gigi sempre acabando com os momentos tensos.
É uma de suas qualidades. Bem, meus amores, eu preciso ir – elas se levantaram
para acompanhar a mãe até a área de segurança. Stana segurava a mão direita da
mãe de um lado e a de Anne. Gigi segurava a esquerda. Após um longo abraço em
cada uma das filhas e de carregar a neta no colo para uma enxurrada de beijos,
ela estava pronta para voltar para casa. Antes, fez uma última recomendação.
- Cuidem bem dos meus genros. Especialmente
você, Gigi. Não vá explorar demais os dotes culinários de Jeff.
- Oh, mãe! – todas riram – faça uma boa viagem.
- E ligue quando chegar – recomendou Stana.
Elas viram a mãe sumir na fila acenando adeus
para as filhas. Gigi abraçou a irmã e Anne se agarrou na perna da tia. Com
todas as confusões, brigas, perguntas indiscretas, mãe é mãe e tê-la por perto
era sempre bom. As três voltaram para o carro caladas. Stana levou Anne até em
casa despedindo-se da menina e prometendo ligar caso fizessem algo para o
aniversário de Nathan. Depois, foi a vez de deixar Gigi no centro próximo ao
escritório que ela trabalhava. Virando-se para a irmã, Gigi não aguentou e
perguntou.
- Está tudo bem, sis?
- Está.
- Aquilo lá no aeroporto não foi apenas
saudades da mãe. Tem algo lhe incomodando... está com medo de ter algo errado e
não poder engravidar? É isso?
- Não só isso. Tem um pouco de tudo. Mas não
posso me deixar levar por essas coisas agora. Minha prioridade é o Nathan. Seu aniversário.
Nem sei o que dar de presente para ele! Se bem que disse que não queria nada. Mentira,
tenho uma ideia em mente, mas não seria bem um presente...
- Tenho certeza que sua mente maliciosa irá
pensar em algo.
- Não estou falando disso, Gigi.
- Quando é a consulta?
- Quarta-feira da semana que vem.
- Vou com você. Se cuida, sis. Eu vou trabalhar
porque a noite vou curtir meu namorado – ela beijou a irmã e deixou o carro.
- Juízo! Não exagera na tequila! – ela pode
ouvir a gargalhada da irmã mesmo à distância. Stana seguiu para o estúdio,
ainda precisava trabalhar.
Mais tarde naquela noite, Gigi chega à casa de
Jeff um pouco mais de sete horas. Ele abriu a porta saudando-a com um beijo. Mal
entrou na sala foi pega de surpresa. A mesa estava lindamente posta. Com um
vaso de flores, velas, pratos, copos e talheres bem arrumados sobre uma toalha
de linho branca. Sorriu. O que ele estava aprontando? Havia um cheiro delicioso
no ar.
- O que você está fazendo? Não foi trabalhar
hoje? Está tudo arrumado e...
- Claro que trabalhei hoje, sou um homem de
muitos talentos escondidos. Fiz isso depois que cheguei – a cara dela para Jeff
era de quem não acreditava em nada - tudo bem adiantei alguma coisa ontem.
- E posso saber qual é a ocasião?
- Não é todo o dia que você recebe uma
declaração de sua namorada, isso merece uma comemoração, não acha?
- Acho. Porque não é todo o homem que tem
coragem de peitar a mãe da namorada e surpreende-la falando em casamento – ela
envolveu seus braços no pescoço dele dando-lhe um novo beijo – está muito
bonito.
- E gostoso. Está com fome? O jantar está
pronto.
- Estou – ele saiu levando-a pela mão até a
mesa – o que iremos beber?
- Separei um vinho branco, combina com o
cardápio. Sente-se, Gi. Já vou servi-la – ela observava todo o zelo que ele
tivera para preparar esse jantar para os dois. Realmente, ela nunca se
imaginara em uma situação como essa. Sua vida mudara bastante nos últimos três
meses – aqui está – entregou a taça para ela. Em seguida, afastou-se para
trazer os pratos a mesa. Primeiro uma salada bastante colorida e bonita como
entrada. Após servi-la, sentou-se e colocou a comida no próprio prato. Ergueu o
copo e brindou – a nós.
Eles comeram a entrada e diante de conversar
casuais e sorrisos, Jeff foi buscar o segundo prato. Coq au vin, prato francês
feito com pato, mas adaptável para o frango, também conhecido como frango ao
vinho servido com arroz à grega.
- Nossa! Isso está uma delícia – disse Gigi ao
provar. Ao terminarem a refeição, Jeff disse que serviria a sobremesa na sala.
Nada melhor para encerrar um jantar francês que um crepe suzette. Gigi estava
sentada no sofá bebendo vinho quando ele trouxe o prato até ela. Sentou-se ao
seu lado e fez questão de dar a primeira colher na boca da namorada. Ela fechou
os olhos saboreando o doce.
- Você realmente fez tudo isso para mim?
- Você merece, Gi – ela sorriu. Esperando
desfrutarem da sobremesa, Jeff deixou a outra parte do discurso para quando
eles acabassem de comer. Gigi já se aconchegou em seu peito. Ele cheirou-lhe os
cabelos, beijou a testa dela e com carinho enroscou sua mão na da namorada
fazendo-a olhar para ele. Sorrindo, Gigi acabou sendo a primeira a falar.
- Isso foi um verdadeiro bálsamo depois dessas
duas semanas. Muito obrigada, amor. Eu realmente estava precisando curtir um
momento assim, somente nós dois. Porque eu não fui completamente honesta com
você. Quer dizer, você me pegou de surpresa naquele dia, porém eu preciso lhe
dizer o quanto estou feliz – ela fitava os olhos azuis do namorado, as duas
mãos entrelaçadas as dele – eu sou meio avoada, louca. Tenho uma porção de
defeitos. Um deles é que geralmente me faço ser mal interpretada pelas pessoas,
sou tida como a garota de festa, que não curte longos relacionamentos e não se
apega. As pessoas não me levam a sério. Quando ficamos juntos, achei que ia
acontecer o mesmo, que você ia perceber a imagem da Gigi e curtiríamos por um
tempo. Fim. Era o que me deixava cabreira com a história por causa da minha
irmã.
- Seriamos uma curtição, uma espécie de namoro
de verão.
- Por aí. Mas algo diferente aconteceu. Você
foi me conquistando, me dobrando. Jeff, você é um homem maravilhoso. Conseguiu
ver a Gigi além da imagem. Você gostou da mulher por trás do disfarce. Viu
minhas fraquezas, minhas maluquices e ainda assim está aqui. Sei que estamos
falando de apenas, o que, três meses? Para mim foi tempo suficiente para você
me conquistar com seus carinhos, seu olhar, sua mão para a cozinha e nem vou
falar da cama. O que começou como sexo, transformou-se em fazer amor muito
rápido. Eu me apaixonei e adoro estar assim...
- Ah, Gigi! Você é muito especial. Seu coração
é puro, sua risada é cativante. Amo seu jeito maluco, seus beijos. Você é uma
pessoa capaz de iluminar a vida. Você iluminou a minha. Você carrega a
inocência de uma criança em cada sorriso e esconde a sensualidade de uma
tigresa por trás desses olhos grandes. Eu amo você. Podemos estar juntos a pouco
tempo, por mim ficaremos juntos por anos.
- Nossa! Minha irmã tem razão, vocês são bons
com as palavras. Acho que só me resta aquelas três palavrinhas magicas e
poderosas – ela sorriu aproximando seu rosto do dele para o encontro dos
lábios, então sussurrou – eu te amo, Jeff.
O beijo apaixonado perdurou por longos minutos.
Então, Jeff se levantou do sofá puxando-a pela mão até o quarto. Ao ver o que
ele fizera, o coração de Gigi disparou. Desde a porta e por todo o colchão,
havia pétalas de rosas vermelhas. Um incenso delicioso de lavanda pairava no
ar. As luzes estavam apagadas e foram substituídas por velas.
- Para você – o sorriso dela era algo lindo de
se ver. Virando-se para o namorado, ela pediu.
- Faça amor comigo. Jeff. Como se fosse a
primeira vez – ele a puxou para seus braços e beijou-a carinhosamente. A noite
era deles. Finalmente podiam celebrar o amor.
XXXXXX
Na quinta-feira, eles deixaram o estúdio por
volta de meia-noite. Nenhum dos dois estavam escalados para trabalhar na sexta.
Apenas Jon e Seamus iam filmar cenas do 820. O voo para Nova York era na
madrugada. Stana ia de American, Nathan de Delta. A diferença entre seus
horários era de meia hora. Ele reservara um quarto no Four Seasons no nome do
irmão. O gerente do hotel já estava acostumado com esses pequenos arranjos
dele, afinal era um cliente VIP da rede. Ele chegaria primeiro justamente para
evitar qualquer problema.
O voo foi tranquilo e graças ao horário na
madrugada, foi bem fácil registrarem-se no hotel e evitar maiores problemas. A
espera deles, encontraram uma garrafa de champagne e uma caixa de chocolates
Godiva.
- Como foi a viagem, amor?
- Tudo bem. Só estou com sono.
- Não quer ao menos uma taça de champagne para
relaxar?
- Claro que sim – disse ela pegando um chocolate
da caixa e mordendo-o – hum... isso é bom! Mas, pode ficar melhor...
- Pode? – ele se fez de ingênuo. Stana se
aproximou, mordeu o resto do chocolate saboreando com vontade, então com um
novo bombom em mãos, ela ofereceu a ele. Nathan mordeu e o liquido do licor
escorreu por seus lábios exatamente como ela queria. Lambeu o queixo e os
lábios até sorve-los em um beijo sabor chocolate. Ao se separarem, ele sorria –
era disso que você estava falando?
- Não se faça de bobo. Me dê logo essa
champagne porque quero me deitar e dormir – ela já tirava praticamente toda a
roupa, estava desfilando de calcinha e sutiã pelo quarto a procura do roupão. Nathan
serviu a bebida, ela sentou-se na cama para saborear – ao começo de um ótimo
fim de semana.
- Sabe, você não precisa de roupão. Pode dormir
assim mesmo, de lingerie se quiser. Não me importo.
- Nem adianta vir com essa conversa que não vai
ganhar tratamento especial essa noite. Quero dormir.
- Como você é má, Staninha...
- Amanhã depois do musical podemos conversar...
- Só depois do musical? Ah, não! Você não
aguentará todo esse tempo. Posso apostar! – ela riu – vai se arrepender disso –
apenas ria e balançava a cabeça – que anel é esse em seu dedo? Não fui eu quem
te deu.
- Mamãe. Antes de embarcar. Para proteção, acho
que ela acertou. É ágata.
- Muito bonito – ele se deitou na cama
puxando-a consigo – pelo menos vamos dormir agarradinhos – ela beijou-o outra
vez e aconchegou-se em seus braços. Não se importou de estar sem uma roupa de
dormir, o calor do corpo de Nathan e o edredom eram suficientes para mantê-la
aquecida.
Quando os primeiros raios de sol invadiram o
quarto, mais precisamente a cama, Nathan abriu os olhos. Ela ainda dormia de
barriga para cima esparramada na cama. Sorriu. Os cabelos emaranhados no
travesseiro, a pele clara contrastando com o tom goiaba da lingerie. Apoiou-se
na cama de modo a poder usar uma das mãos livres para toca-la. Não acreditara
em nada do que ela dissera ontem. Seus dedos deslizavam levemente jogando o
edredom que cobria as pernas longe. A mão vagava pelas coxas e subia.
A ponta dos dedos deslizava pelo estomago indo
em direção aos seios, não resistindo, inclinou a cabeça para beijar-lhe bem
acima do umbigo, no meio dos seios para seguir a trilha da pele com os dedos
até o pescoço. Ela soltou um gemido. Um pequeno sorriso formara-se no canto da
boca. Com o polegar, ele acariciou os lábios. O gesto a fez abrir os olhos,
finalmente.
- Hey...
- Hey... bom dia, amor.
- O que você está fazendo? – ainda sentindo os
dedos dele em sua pele.
- Apenas acordando a minha esposa do jeito que
ela merece – e inclinou-se na direção dela para beijar-lhe o pescoço, o rosto e
colocando-se sobre o corpo dela finalmente sorveu seus lábios. Stana ria diante
do gesto enquanto o beijava, mas ao sentir a língua dele aprofundando o beijo,
ela retribuiu a altura. As mãos estavam nas costas dele buscando pela ponta da
camiseta. Ele tinha muita roupa.
- Nate... roupas... – ele sentou-se na cama
livrando-se da camiseta, Stana desabotoou o sutiã e também sentou-se para
admira-lo. Ficando de joelhos, ela o abraçou colando seus lábios outra vez.
Pele contra pele. Agora estava começando a ficar bom. Porém, não durou muito.
Ele a agarrou pela cintura e a jogou na cama outra vez fazendo-a soltar um gritinho.
De pé, livrou-se do short que usava revelando o membro a ponto de bala.
Sorrindo, voltou a se debruçar sobre ela. As mãos foram direto para a calcinha
enquanto a boca devorava-lhe a pele, sugava seus seios e mordiscava-lhe o
estomago até chegar ao seu centro. Tudo o que ela podia e queria fazer era
empurra-lo para o meio de suas pernas.
Ele a provava delicadamente. Atiçando,
instigando. Erguia a cabeça para olhar para a esposa. A reação de prazer
estampada em seu rosto.
- Não pare, Nate...
Ele riu. Claro que ela não resistiria. Voltou a
estimula-la. Ao sentir que estava próximo a experimentar o orgasmo, ele parou e
voltou sua atenção aos seios apenas para pega-la de surpresa penetrando-a de
uma vez. A sincronia de seus corpos trabalhava magnificamente subindo degrau
por degrau a escada até seu último nível quando finalmente entregaram-se ao
prazer nos braços um do outro.
Ainda sobre o corpo dela, Nathan beijava-lhe o
rosto, ajeitava os cabelos e sorria.
- Quer café na cama, Staninha?
- Por que não? Tenho que aproveitar as
mordomias desse hotel – ele se deixou escorregar para o seu lado da cama
pegando o ipad e ordenando um café completo para o serviço de quarto. Em quinze
minutos, batiam na porta. Ele, de roupão, atendeu. Fez questão de trazer a mesinha
próxima da cama. Sentaram-se lado a lado para fazer a refeição.
- Alguém não cumpriu com a palavra de ontem...
- Você usou de golpe baixo.
- Não fiz nada. Agi como um bom marido.
- Minhas suspeitas estavam certas.
Provavelmente não sairemos desse quarto esses dois dias exceto para o teatro.
- Quer fazer algo de especial em Nova York,
Staninha? Você é quem manda.
- Não, estamos aqui por sua causa. Estamos
comemorando seu aniversário.
- Pouco me importa, desde que você esteja aqui
comigo.
- Eu te amo, sabia? E mal posso esperar para
ver esse musical ao seu lado. Mas, acho que tem um lugar que podemos ir.
Somente amanhã, ok?
- Ok. Podemos ir ao Central Park, dar uma de
turistas?
- Não podemos, Nate, esqueceu? Central Park é
um lugar muito visado. Podemos passear no Brooklin, talvez. Disfarçados, claro.
Aliás, como iremos para o musical? Temos poltronas ou camarote?
- Camarote exclusivo. Sara mandou especialmente
para nós e já me mandou uma mensagem dizendo que quer nos ver depois do show.
Tudo bem, vamos nos vestir e passear no Brooklin.
Com boné e óculos escuros, ele vestiu-se de
maneira bem informal. Camiseta e jaqueta de couro. Ela, também de óculos
escuros, rabo de cavalo, usando um moletom comum colocou uma espécie de aplique
loiro no cabelo para não ficar tão natural, apenas o batom de maquiagem. Ambos
usavam tênis. Deixaram o hotel e seguiram para a estação de metrô.
O passeio pelas ruas do Brooklin deu a eles a
oportunidade de namorarem escondidos do público. De tudo e de todos. Stana tomou
sorvete, abraçou seu marido quantas vezes foram possíveis. Eram só sorrisos.
Escolheram um restaurante para comer costeletas de porco, briskets e corned
beef. Um almoço bem típico de nova-iorquinos. Não podia faltar o pastrami. Por
suas andanças, ainda se depararam com um parque isolado. Acabaram deitando-se
na grama contemplando o belo dia em Manhattan.
Voltaram para o hotel por volta das cinco horas
a fim de se arrumarem para o musical. Meia hora antes do previsto, eles
chegaram ao teatro. Nathan avisou a ela qual era seu camarote entregando-lhe
seu ingresso. Ela entraria primeiro tentando passar desapercebida pelas câmeras
enquanto ele buscava os holofotes. Afinal, ele encenara a mesma história no
cinema e ninguém questionaria se fosse ver o musical.
Felizmente, nenhum dos dois foram assediados
como normalmente acontecia. Ela passou desapercebida e Nathan tirou algumas
fotos e só. Ao chegar no camarote, ela já estava bem instalada. Normalmente
esses lugares são para quatro ou cinco pessoas. Essa noite seria apenas deles
dois. Ele sentou-se ao lado dela, beijando-a. Um dos garçons perguntou o que
queriam beber. Nathan pediu uma garrafa de champagne. O garçom avisou que por
ser a estreia estavam servindo as tortas que a personagem fazia no palco.
Sabendo da vontade de Stana por doces, ele
escolheu uma com blueberries. Após serem servidos, ela sorriu provando a torta.
- Deliciosa, prove – levou o garfo até a boca
dele.
- Hum, boa mesmo. Quando filmávamos poucas
vezes tínhamos tortas de verdade. Então, a nossa diretora com pena pediu para
comprarem algumas e nos últimos dias de filmagens tudo o que comíamos eram
tortas. Era engraçado. Nossa! Tanta coisa aconteceu desde ali...
- Coisas boas, não? Você está ganhando mais um
ano para relembra-las.
- Sim, várias coisas boas, outras maravilhosas.
A melhor delas foi conhecer você.
- Só me conhecer? Ou se casar comigo?
- Consequências, Staninha... consequências.
- E eu achando que ia falar de Firefly...
- Não se engane, adoro Wheldon, a série e
Firefly será sempre especial para mim. Falarei dela até meus últimos dias como
ator. Mas, foi Castle que me trouxe a felicidade – ela acariciou o rosto dele,
beijou-lhe nos lábios.
- Você acredita naquelas superstições de que
não se deve dar parabéns antecipado, Nate?
- Nah... bobagem.
- Feliz aniversário, babe... aproveite seu
momento – ela roçou o nariz no dele – olha, vai começar...
Sentaram-se de mãos dadas para assistir o
musical. Sara Bairelles e Jessie Mueller não decepcionaram. Diversão, ótimas músicas
e interpretações do elenco. Ao ouvir a música principal na voz de Jessie, Stana
não conteve as lágrimas. Cada palavra daquela letra tocou seu coração
profundamente. Ela não tinha percebido como era especial. Ao final da
apresentação, após serem ovacionados pelo público, Sara sentou-se ao piano e
cantou a mesma canção outra vez. Nathan olhava para a reação da esposa. A música
era muito bonita, especialmente quase a acapella na voz de Sara, seria emoção
que a fizera chorar? Stana encostou sua cabeça no ombro do marido.
- Hey... está tudo bem? Você está emocionada?
- Sim, a letra dessa musica é... poderosa... ela
me lembra Beckett.
- Mesmo? – ele não queria continuar com a
conversa porque tinha uma pequena desconfiança de que Stana começava a se
preocupar com o destino no trabalho, não era hora nem lugar para isso.
- Foi muito bonito. Fazia tempo que uma
história não me emocionava assim. Podemos ir aos bastidores agora?
- Hum... sinto que o lado fanzoca está
aflorando, Staninha.
- Mas primeiro tenho que ir ao toalete retocar
essa maquiagem, me espere aqui.
Dez minutos depois, ela voltava e juntos, foram
levados para as coxias do teatro. Em uma pequena sala, estavam Sara e Jessie
conversando. Ao vê-lo, a cantora abriu um sorriso.
- Olha quem está aqui! Jessie, quero que
conheça o verdadeiro doutor Pomatter. Oi, Nathan!
- Sara, que prazer em vê-la! – ele a abraçou –
adorei o espetáculo. Está de parabéns. E você, Jessie... nossa! Que voz! Você
fez minha esposa chorar... – Stana ficou vermelha na hora. Seja pela revelação
de seu lado fã ou pela naturalidade que Nathan falava sobre sua relação.
- Vem cá, Stana – disse Sara – você chorou com
Jessie? Não se preocupe, ela exerce esse poder nas pessoas. Aconteceu comigo
quando ela cantou “She used to be mine” a primeira vez e quando assisti
Beautiful.
- Sua esposa? Ah, da ficção, entendi! – disse
Jessie – você é a detetive, não? Desculpa, eu quase não assisto televisão, mas
por causa da peça fiz muitas pesquisas e uma delas foi sobre o elenco do filme.
Você aparece relacionada com ele. É um prazer conhece-la. E não tenho a
intenção de fazer ninguém chorar, acredite.
- Na verdade, as duas fizeram. A letra da
música lembra a personagem dela. E ela adora aquela detetive.
- Sim, mas seu talento, sua voz, emociona. Parabéns!
– Stana deu um abraço em Jessie. Cumprimentou Sara – posso ganhar autógrafos no
meu livro?
- Esse é outro problema dela, é fanzoca – Stana
olhou para Nathan querendo fuzila-lo.
- Nathan! Quer parar? Está me envergonhando na
frente das duas.
- Até parece! Somos todos artistas admirando o
trabalho dos outros, eu também agi como fã quando a conheci, Stana – disse Sara
– tudo bem, só estamos nós aqui. Como vão as coisas? Esse moço tem tratado você
bem? Cumprido os deveres de marido? – Stana riu. A cara de perdida de Jessie
era engraçada – alguém está perdida aqui.
- Ou você é mais maluca do que eu pensava, Sara
– disse Jessie – isso lá pergunta para fazer para uma atriz? Não misture ficção
e realidade. Não ligue, Stana, ela é doida. Mas eu amo essa maluca!
Nathan e Stana riam.
- Aí, gente. Tadinha da Jessie... contem
logo... ela não vai contar para ninguém. Prometo.
- Contar o que? – perguntou Jessie e Nathan
mostrou a aliança. Stana fez o mesmo rindo – vocês... são...
- Casados. Sim, mas é segredo de estado.
- Oh! A mídia não sabe... entendi. Acho que
parabéns se aplica, não?
- Sim, aplica sim – eles riram. Ficaram mais um
tempo conversando e Sara arrumou um jeito deles escaparem pela porta dos fundos
sem correr riscos de topar com ninguém da imprensa. Pegaram um taxi. Nathan
informou um endereço para o motorista. Não voltariam logo para o hotel. O carro
parou na frente de uma restaurante bem discreto. Na verdade, Stana imaginou ser
um restaurante afinal onde mais ele a levaria em Nova York após uma peça da
Broadway?
E era mesmo. Uma cantina italiana escondida
pela fachada de um casarão antigo em Lower Manhattan. Onde Nathan arrumava
esses lugares? De mãos dadas, eles entraram no restaurante. Foram conduzidos
para o fundo do salão, próximo de onde a música estava. A mesa estava reservada
para eles. Após coloca-la devidamente sentada como um excelente cavalheiro,
Nathan sentou ao seu lado acariciando sua coxa.
- Antes que você me pergunte, ninguém vai nos
reconhecer aqui. Essa cantina é quase um paraíso perdido em Nova York. Somente
descendentes de italianos a conhecem.
- E como você chegou até ela?
- Tenho minhas fontes, Staninha.
- Sei, sei...
- Dizem que aqui servem um dos melhores
carbonaras de Nova York. Quero testar para ver se é verdade. Eu e Jeff
costumávamos competir fazendo massas, ele nunca conseguiu vencer do meu
carbonara. Por que você acha que a especialidade de Castle é essa? Foi minha
sugestão a Marlowe.
- Não sabia...
- Vamos começar as comemorações do meu aniversário?
– ele chamou o garçom, pediu o vinho, escolheram os pratos e seguiram com o
jantar. Ao som de belas músicas italianas saborearam o jantar delicioso. Era
realmente um dos melhores carbonara que provara. Muito bem feito. Eles
namoravam, ganharam música do pianista e dividiram a sobremesa. De volta ao
hotel, Stana não deu tempo para que Nathan pensasse em outra coisa além de
fazer amor.
Perdera o vestido que usava tão rápido quanto
ele perdera as calças. A partir daí o ritmo diminuiu e eles se dedicaram a
fazer amor de maneira lenta e gentil. Ele explorava cada centímetro do corpo
dela. Embriagada por uma chuva de beijos e carinhos, ela envolvia-o em seu abraço
dizendo palavras bobas e românticas em seu ouvido fazendo Nathan sorrir.
Colocando-se por cima do corpo dele, ela
retribuiu cada gesto de carinho que recebera. Ao segurar seu membro nas mãos,
Stana provocava sensações loucas de desejo no corpo de Nathan. Ele estava
adorando tudo aquilo. Então, ela o surpreendeu provando-o. Queria deixa-lo
completamente perdido. E conseguiu. O mundo parava para aqueles dois. Ela o
provocou até estar pronta o suficiente para tê-lo dentro de si.
Ela deslizou o corpo deixando-se invadir por
ele, completamente. Sentia-se plena outra vez. Fitando seus belos olhos azuis,
debruçou-se no corpo dele sorvendo-lhe os lábios apaixonadamente antes de
começar a se movimentarem juntos. Nathan agarrava seus seios acariciando,
apertando-os. Não aguentando ficar longe dela, ele sentou-se na cama
aproximando seus corpos. Ela já estava tão excitada que o mero roçar de seus
lábios nos mamilos a fez gemer e sentir o corpo tremer. Ele continuou a
sugar-lhe os seios, o outro polegar roçava o outro mamilo. Ela mordia a boca
quase em êxtase. Usando as mãos empurrou-o de volta ao colchão espalmando-as em
seu peito, roubando-lhe um beijo ardente. Não aguentando a explosão que a
possuía, ela gozou.
Ele se aproveitou desse momento para trocar de
posição com ela. De joelhos no colchão, ele erguera as pernas dela até seus
ombros continuando o movimento de ida e vinda dentro dela. Estocando,
aprofundando-se enquanto o frágil corpo da esposa tremia somente para ele. Seu
limite estava próximo, ele queria poder aguentar mais, porém ela o deixara
praticamente a beira do orgasmo quando o provou. A lembrança o fez ceder, deixando
o corpo cair sobre o dela, ele rendeu-se.
Stana podia sentir o nariz dele em seu pescoço.
A respiração acelerada. Devagar, ela acariciava-lhe os ombros querendo tira-lo
de cima dela. Percebendo o que acontecia, ele rolou para o lado e a puxou para
ficar cara a cara com ele, ambos de lado. Sorrindo, ele beijou-a outra vez.
Uma das mãos acariciava seu braço, a pele
macia, perfumada que tanto adorava. Não resistindo inclinou-se para cheira-la.
Ela riu porque o gesto a provocava cocegas.
- O que você está fazendo?
-
Degustando você. Cheirando, experimentando...
- Faz cocegas... para, Nate. Deixa eu deitar
com você.
- Estamos deitados – ele continuava esfregando
o nariz na pele dela chegando agora no pescoço – o que você quer mais?
- Quero deitar no seu peito... – ele virou-se
deixando-a se acomodar como quisesse. As mãos de Stana acariciavam seu peito
enquanto a cabeça estava em seu ombro de forma que ela pudesse cheirar o
pescoço e beija-lo – acho que começamos bem as comemorações de seu aniversário...
- Com certeza. Você não perde a oportunidade de
me surpreender, nunca. Isso só me faz ama-la cada vez mais. Olhe para mim,
Staninha – ela o obedeceu achando estranho o modo como ele parecia avalia-la
com aqueles olhos azuis.
- O que foi, Nate?
- Estava apenas checando. A nesga de tristeza
que vi em seu olhar mais cedo se foi.
- Como assim?
- No teatro. Eu percebi, Stana. Estou feliz que
sumiu. Não há espaço para outras coisas senão momentos felizes aqui.
- Tem razão – ela beijou-lhe o peito – as vezes
me espanto com o quanto você me conhece.
- Verdade? Vou impressiona-la outra vez. Nesse
exato momento, você está pensando que poderíamos iniciar a segunda rodada da
noite... que está louca para ver estrelas novamente.
- Hum... que marido esperto eu tenho! – e
avançou nele para roubar outro beijo apaixonado. Logo a temperatura subiu no
ambiente e eles reiniciaram a dança de corpos, a música perfeita de qualquer
relacionamento. Fazer amor.
Duas horas depois, ela estava deitada de lado,
admirando-o. Seus rostos fitavam o do outro. Olhares tão significativos. Ela
sorria. Parecia estar longe dali. Ele a conhecia o suficiente para saber disso.
- Hey... em que planeta você está?
- No nosso, planeta Stanathan. Estava lembrando
de uma de suas loucuras. Lembra quando completamos um ano de casados? – ela riu
– você me assustou praticamente me sequestrando do estúdio direto para o
aeroporto. Louco!
- Não podia perder a oportunidade. Tinha tudo
preparado. Quer dizer, nosso aniversário cairia na terça, como poderia
comemorar de maneira satisfatória?
- De repente, me vi em um avião particular, sem
saber meu destino até que avistei a torre Eiffel. Só você mesmo para me levar
para Paris em nosso primeiro ano de casados.
- Tem lugar melhor que a cidade luz, a bela
cidade do amor? Eu lembro da sua cara, seu olhar queria me matar. Não tinha a
menor ideia do que acontecia. Foi engraçado até você começar a me ameaçar. Ainda
bem que sou um cara paciente, compreensivo. Juro que pensei que fosse me bater.
Até o momento que viu a torre e eu pude dizer “Feliz Aniversário adiantado,
Stana”.
- Eu me surpreendi com o gesto. Minhas pernas
estavam como gelatina durante aquele jantar no alto da torre. Aquela noite, o
passeio mais tarde ao longo do Sena. Arrebatador, como eu imaginava que um aniversário
de casamento pudesse ser. Foi uma noite perfeita. Sim, maravilhosa. Noite que
não dormimos. Ainda sinto o cheiro daquele brioche saindo do forno, o croissant
enorme naquela pequena padaria as seis da manhã.
- Terminamos a ocasião em grande estilo, no
chão do quarto de hotel. Foi tão bom quanto a nossa primeira vez – ele disse.
- Naquele momento, eu desejei envelhecer ao seu
lado, desejei cada aniversario, cada surpresa. Grande ou pequena. Tudo é melhor
com você, Nate.
- Tudo é assim por sua causa, amor. Foram
quantas vezes naquela noite? Três, não? Quase quatro se não tivéssemos caído da
cama e ficado pelo chão.
- Naquele dia, ficamos 24 horas no ar. Foi engraçado
quando perdi o equilíbrio e cai puxando você comigo. Sorte que não nos
machucamos – ela riu mordendo o ombro dele - É, temos muitas histórias para
contar, não?
- E continuaremos fazendo novas histórias...
por exemplo, como essa aqui. Um aniversário comemorado no ritmo da Broadway.
Podemos continuar?
- Ah... não sei... podemos? – ela olhou para
Nathan enquanto a mão deslizava até o membro testando – hum... talvez – e se
jogou em direção ao marido sorvendo seus lábios com vontade.
XXXXXXXXX
Stana acordou elétrica no sábado. Na verdade, a
noite a deixara revigorada. Ela adorara cada minuto. Sua mente, porém, estava
pensando em algo mais sério, importante, ainda não sabia como iria lidaria com
sua vontade de contar o que queria a ele. Até ouvir a canção de Sara na noite
anterior, a letra a fez lembrar do quanto a vida pode nos provocar, nos dar
rasteiras e continuamos lutando. Procurando nosso lugar, nossa felicidade.
Porém, ao contrário da jovem na peça, ela já tivera sua cota de confusões,
sentiu-se insegura, triste e sozinha. Hoje não mais. Gostava da história que
vinha escrevendo para si mesma. Estava prestes a dar um novo passo, estava
nervosa. Talvez quando chegasse a hora, ou estivesse diante dele onde gostaria,
a coragem a encontrasse. Observava-o dormindo. Sorriu. Não acreditava em quem
era antes dele. Era seu amor verdadeiro. E queria vê-lo feliz. Faria qualquer
coisa para fazê-lo feliz como ele a fazia. Ele abriu os olhos.
- Hey...
- Bom dia, babe.
- Por que você está aí, de pé?
- Estava observando-o dormir. Pensando. Quer
tomar café no quarto ou quer descer?
- Por que não tomamos café em outro lugar? Dean
& Deluca?
- Eu gostaria disso... – ela sentou-se na cama,
inclinou-se para dar um beijo nele – e ainda iremos em um lugar de Nova York,
você não esqueceu, certo?
- Não, embora não tenha ideia do que você
pretende – ele beijou-a outra vez – é alguma surpresa para o meu aniversário?
- Você disse que não queria presente. Apenas a
mim.
- É verdade. Já tenho meu maior presente... –
ela sorriu sorvendo os lábios dele novamente – vamos nos arrumar – enquanto
fazia isso, ela se surpreendeu cantarolando a canção da noite anterior, aquela
letra não saia de sua mente.
Eles saíram do hotel rumo ao metro descendo no
SoHo para tomar café. Nathan usava boné, mas não deixara de beija-la entre um
gole de café e outro. Depois de uma hora, eles finalmente decidiram ir embora.
Ainda tinham que ir ao tal lugar misterioso que Stana queria. Novamente,
voltaram ao metro.
- Onde nós iremos, Stana?
- Bleecker Park.
- O que tem de tão interessante lá? – ela não
respondeu, apenas sorriu. Saltaram na estação mais próxima e caminharam de mãos
dadas até o parque. Ela o guiava. Ao atravessarem a primeira parte do parque,
ela avistou o que queria. O conjunto de balanços. Felizmente, as crianças
estavam mais interessadas no pula-pula e no escorregador. Ela largou a mão dele
por um instante, sentando-se em um dos balanços. Nathan fez o mesmo. Ainda
olhava para ela, intrigado.
- Balanços?
- É...
- Perdi alguma coisa, Stana?
- Não, babe, não – ela sorriu – eu queria um
lugar assim. Com um ar feliz, simbólico. Inocente. Você disse para mim que não
queria presente de aniversário, eu obedeci. Mesmo porque eu não posso ainda lhe
dar o seu presente. E não tem nada a ver com ainda não ser a data correta.
Simplesmente porque não o tenho nesse momento.
- Que tanto mistério é esse, amor? – ela pegou
a mão dele na sua. Sorriu.
- Nate, eu queria compartilhar algo importante
com você. Algo que certamente afetará nossas vidas daqui para frente. Você virou
meu mundo de ponta cabeça, me fez querem mais do que sonhei, eu esperei tanto
para que isso acontecesse comigo. É como se eu me apaixonasse pelo meu melhor
amigo. Adoro poder agir como uma boba perto de você. Somos felizes dentro do
nosso mundo. Só que eu quero mais, merecemos muito mais – ela usou a mão livre
para acariciar o rosto dele, Nathan estava quase tenso – não fique assim, com
medo. Não é nada ruim, Nate. Eu apenas queria responder uma pergunta que você
me fez algum tempo atrás.
- Stana, você... – ela calou-o pousando o
indicador nos lábios dele.
- Eu quero uma família, Nate. Quero ser a mãe
dos seus filhos. Eu queria te dar isso de presente, mas o tempo não está a
nosso favor ainda. Eu ainda tenho a consulta e... – Nathan não deixou ela
completar o pensamento, puxou a corrente do balanço para tê-la perto e se
perder em seus lábios. Havia tanto amor naquele beijo, tanto sentimento. Seu
coração batia descompassado, muitas emoções o tomaram de supetão. Ela se
afastou dele.
- Hey.... eu ainda não estou grávida. Eu apenas
disse... – ela viu as lágrimas nos olhos azuis – eu quero a nossa família.
- Isso é... avassalador! É, tão... é tudo o que
eu podia querer. Você, eu e a possibilidade de uma família. Oh, Stana, nem sei
se é possível eu te amar mais do que já amo... – ela sorriu passando o polegar nos
lábios dele.
- Eu te amo, seu bobo. É só por isso... o resto...
– passou a mão no rosto dele suavemente, também tinha lágrimas nos olhos - iremos
encontrar o caminho, as respostas.
- Você sabe como roubar o chão de um cara...
- Não ainda, mas quero tentar algumas vezes –
ela inclinou-se e beijou. Colocou a mão sobre o coração dele, ainda batia
acelerado. Ela se levantou do balanço e entrelaçou os dedos nos dele – hora de
voltar para a nossa realidade, babe – ele se levantou, abraçando-a pela
cintura, começaram a caminhar.
- Acho que amanhã podemos chamar a família para
um almoço, não? Jeff, Gigi, Anne... eu gostaria de passar o meu aniversário
cercado de pessoas que amo.
- Eu acho uma ótima ideia.
O voo de volta para Nova York não fora como
antes planejado. Nathan decidiu que mereciam um tempo juntos. Contratou um jato
particular para leva-los a Los Angeles. Durante o voo, eles puderam namorar e
ficar juntos. Nathan ainda estava aéreo com a declaração que sua esposa fizera,
era muito para absorver. Muita felicidade. Agora ele sabia que não lhe faltava
mais nada.
Do avião, ele ligou para o irmão intimando-o
para estar em sua casa com Gigi e Anne por volta das onze. Era o perfeito
programa de aniversário. Alguns pensariam que ele iria querer ficar a sós com a
esposa, mas a verdade era que ele a tinha sempre a seu lado e sua nova família
era muito importante. Aniversários eram datas para se comemorar junto de quem
se ama. Fizera a escolha certa.
Continua...
12 comentários:
Que lindoooo... O aniversário do Nate comemorado em grande estilo... Os balanços 😍😍😍 amei os balanços... Eu achei que ela ia dizer q estava cansada da série e ia embora pensei " pronto, agora Nate vai levantar e deixar ela sozinha " mas naaaaao. Ela quer uma família... Owwwwwwn Baby Stanathan. Já quero!!!
Ciiiiiii eu AMEI esse cap!! to mt ansiosa pro baby stanathan agoraaaaa, aiiii quero já
Oh my goodness, os balanços *-*
É estranhamente fofo demais ver o Nate da fic querendo ter uma familia, sendo que o verdadeiro parece nem pensar nisso. É a coisa mais cute que já li *-*
E Stana sabe dar presentes, hum? Sera que isso contribui pra saída dela do show?
Muito curiosa e ansiosa pra saber como que vai ser eles esperando um baby Stanathan (sonho realizado, pelo menos na fic)
Realmente parte dessa estória poderia ser real e não estaríamos tão tristes com o fim de Castle. Mas não se pode ter tudo ficamos com essa fic linda !
Triste por Castle ter terminado e por esta parte não termos visto. Seria um sonho realizado!! Mais nem tudo na vida acontece como queremos.Sabemos que tudo acaba mais poderia ter sido muito melhor. Abraços e parabéns..
Voce vai amar saber que me fez chorar... Ja foi fofinho o momento dos anéis... Aí me emociono com Giff. Ai esses Fillions sao demais... Meu coração Giff não aguenta... Ai vem SN... Primeiro tem a lembrança da comemoração do aniversario 1 ano de Casamento, depois tem o show, ai a festinha particular... E pra fechar com chave de ouro, balanços... Ai meu core... Tão Caskett... Depois dessa chorei mesmo com esse presente da Stana... E ja vi que vou chorar muito mais qdo vier o angst...
OMG! A Stana chorando, eu chorando. Fico imaginando como será o capítulo da demissão da Stana e Nathan ter renovado. Vai ter briga? Já está perto o fim?
Buaááááá!Não quero que acabe.
Awn que lindo amei acho que tem um olho na minha lagrimas 😢❤️
Foi lindo o capítulo todo!
Você realmente sabe como fazer a gente chorar!O lance dos balanços foi muito bem pensado,você pensa em todos os detalhes.
Obrigada por nos proporcionar momentos tão lindos!
Lindo, lindo, lindo!
Vc sabe nos emocionar...
😍😍😍😍😍😍
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