sábado, 28 de maio de 2016

[Stanathan] Kiss and Don't Tell - Cap.75


Nota da Autora: Novo capítulo, hora de comemorar o niver do meu bundudo em NYC. Além de outros dois pontos bem importantes para os proximos capitulos da história. Ainda tem muita coisa para acontecer... um pouco de angst, de tristeza, mas nada que as deixe muito na bad, afinal com Anne por perto será dificil, não
Importante: quero deixar claro que a menção de Waitress, Sara Bareilles e Jessie Muiller é para puro divertimento, a musica tambem. Afinal nenhuma delas me pertence... 
Fiquem a vontade se quiserem escutar a canção.
Obrigada por todos os comentários! 


Yes, be aware...NC17


Cap.75  

Na tarde seguinte, Stana voltou a sua antiga casa para levar a mãe até o aeroporto. Gigi também acompanharia as duas. A viagem até o LAX fora tranquila. Assim que despacharam as bagagens, Stana, Anne e Gigi levaram a mãe para tomar um café enquanto esperavam o momento dela embarcar. Sentadas a mesa com algumas guloseimas, elas conversavam animadamente.

- Sabe, vou sentir falta dessa confusão toda... – disse Gigi.

- Sério? – Stana olhou intrigada para a irmã – eu achei que de todos nós você era a mais chateada e afetada com tudo isso, eu particularmente não vou sentir falta alguma, chega de me esconder da mamãe e de interrogatórios a la Beckett. Mas, claro que a senhora fará falta, dona Rada.

- Ah, sis, foi até divertido. Teve momentos bem complicados especialmente para mim e Jeff, no fim deu tudo certo.

- E a Gigi continua me surpreendendo – disse a mãe – filha, não sei de quem você herdou esse seu jeito...

- De quem...da senhora mesmo! Tem alguém mais alcoviteira e família que a dona Rada? – disse Gigi gargalhando.

- Não mesmo, DNA não mente, mãe – concordou Stana. Anne que estava calada até o momento, resolveu se pronunciar.

- Eu também vou sentir falta da vovó. Queria fazer mais bolo – a menina abraçou a vó – promete que volta logo para nos visitar?

- Vou tentar. Mas você também pode passar suas férias escolares lá comigo. Fale com seu pai. Um mês com a vovó, que tal?

- É muito bom. Só que lá na sua casa não tem ninguém para a Anne brincar e jogar videogame. Anne está muito feliz porque agora tem dois tios para jogar.

- Está vendo, Gigi? Mais alguém vai perder para o videogame – disse Stana.

- Ah, tia Stana. Agora podemos derrotar o tio Nathan porque ele é muito “compepitivo”.

- Acho que são vocês que vão sobrar nessa história. Perderam seus namorados para uma menina de oito anos – elas riram.

- Não se preocupe com isso, dona Rada. Temos outros métodos de convencimento, não Stana?

- Ah, se temos.

- Fala logo, tia Gigi. Todo mundo sabe que é beijo e sexo.

- Anne! – ralhou a avó – onde você aprende essas coisas?

- Na escola, com a tia, com Castle. Eles se amam, vó. E como você acha que vai ter netos? – Stana gargalhava.

- Vencida por uma garota de oito anos, dona Rada – a mãe estava muito feliz de ver a alegria de suas meninas. Infelizmente, também chegara a hora de dizer adeus. Tirando da bolsa três pequenos saquinhos, Rada entregou um para cada uma das mulheres a sua frente. Anne foi a primeira a abrir. A cara de felicidade da menina era muito fofa.

- Oh, um anel de sereia! Olha tia parece a Ariel.

- É um anel do humor. Ele revela pela cor como você está se sentindo. Está vendo esse papelzinho? Ele diz a relação das cores e o que significam.

- Está azul. Diz que é relaxada, feliz. Está certo, Anne está muito feliz com o presente. Obrigada, vó – e tascou um beijo gostoso na bochecha da vó. Gigi foi a segunda a falar.

- Mãe, que anel lindo. Que pedra é essa?

- É ágata. Eu escolhi essa pedra porque ela simboliza proteção, estimula a autoestima, atrai o sexo oposto e ajuda na concentração, a voltar ao eixo e alguém precisa disso ultimamente – ela riu – contra a inveja, o mau olhado. Minhas meninas estão precisando disso.

- Obrigada, mãe. Prometo que não vou ficar tão avoada assim.

- Tudo bem, filha. É por uma boa causa – Stana que já havia colocado o anel no dedo anelar direito, admirava a peça. Proteção. Algo lhe dizia que aquela ágata viera bem a calhar para os próximos meses. Talvez fosse apenas emoção do momento, porém ela tinha um pressentimento estranho quanto ao seu futuro. Não conseguiu imaginar realmente o porquê. Havia lágrimas em seus olhos – o que foi, Stana? Não gostou?

- Não, mãe. Eu amei... eu apenas...obrigada.

- Filha... algum problema?

- Não, está tudo bem. Acho que é saudades já – ela se levantou e abraçou a mãe. Rada beijou o rosto da filha – não vou chorar. O significado desse presente é muito bonito, mãe. É tudo que preciso com o lance do casamento, o segredo...

- Sim, filha. Foi pensando nisso que comprei. Quer dizer, não sabia do casamento, estava pensando em relacionamentos e proteção. Você sabia que ajuda nos problemas físicos, também? Ainda mais se você estiver pensando em engravidar... – o olhar de Stana para mãe dizia tudo – só estou comentando as propriedades da pedra. Você vai ficar bem, minha menina?

- Vou, prometo.

- Ela vai ficar mais do que bem, vai curtir o aniversário do maridão em Nova York. Assistir shows da Broadway. Nem vai se lembrar da senhora.

- Oh, Gigi! Que coisa mais insensível para se dizer. É claro que vou lembrar da mamãe sempre que olhar para esse anel, da mesma forma que sempre me lembro daquela noite quando me casei quando olho para a minha aliança.

- Gigi sempre acabando com os momentos tensos. É uma de suas qualidades. Bem, meus amores, eu preciso ir – elas se levantaram para acompanhar a mãe até a área de segurança. Stana segurava a mão direita da mãe de um lado e a de Anne. Gigi segurava a esquerda. Após um longo abraço em cada uma das filhas e de carregar a neta no colo para uma enxurrada de beijos, ela estava pronta para voltar para casa. Antes, fez uma última recomendação.

- Cuidem bem dos meus genros. Especialmente você, Gigi. Não vá explorar demais os dotes culinários de Jeff.

- Oh, mãe! – todas riram – faça uma boa viagem.

- E ligue quando chegar – recomendou Stana.

Elas viram a mãe sumir na fila acenando adeus para as filhas. Gigi abraçou a irmã e Anne se agarrou na perna da tia. Com todas as confusões, brigas, perguntas indiscretas, mãe é mãe e tê-la por perto era sempre bom. As três voltaram para o carro caladas. Stana levou Anne até em casa despedindo-se da menina e prometendo ligar caso fizessem algo para o aniversário de Nathan. Depois, foi a vez de deixar Gigi no centro próximo ao escritório que ela trabalhava. Virando-se para a irmã, Gigi não aguentou e perguntou.

- Está tudo bem, sis?

- Está.

- Aquilo lá no aeroporto não foi apenas saudades da mãe. Tem algo lhe incomodando... está com medo de ter algo errado e não poder engravidar? É isso?

- Não só isso. Tem um pouco de tudo. Mas não posso me deixar levar por essas coisas agora. Minha prioridade é o Nathan. Seu aniversário. Nem sei o que dar de presente para ele! Se bem que disse que não queria nada. Mentira, tenho uma ideia em mente, mas não seria bem um presente...

- Tenho certeza que sua mente maliciosa irá pensar em algo.

- Não estou falando disso, Gigi.

- Quando é a consulta?

- Quarta-feira da semana que vem.

- Vou com você. Se cuida, sis. Eu vou trabalhar porque a noite vou curtir meu namorado – ela beijou a irmã e deixou o carro.

- Juízo! Não exagera na tequila! – ela pode ouvir a gargalhada da irmã mesmo à distância. Stana seguiu para o estúdio, ainda precisava trabalhar.

Mais tarde naquela noite, Gigi chega à casa de Jeff um pouco mais de sete horas. Ele abriu a porta saudando-a com um beijo. Mal entrou na sala foi pega de surpresa. A mesa estava lindamente posta. Com um vaso de flores, velas, pratos, copos e talheres bem arrumados sobre uma toalha de linho branca. Sorriu. O que ele estava aprontando? Havia um cheiro delicioso no ar.

- O que você está fazendo? Não foi trabalhar hoje? Está tudo arrumado e...

- Claro que trabalhei hoje, sou um homem de muitos talentos escondidos. Fiz isso depois que cheguei – a cara dela para Jeff era de quem não acreditava em nada - tudo bem adiantei alguma coisa ontem.

- E posso saber qual é a ocasião?

- Não é todo o dia que você recebe uma declaração de sua namorada, isso merece uma comemoração, não acha?

- Acho. Porque não é todo o homem que tem coragem de peitar a mãe da namorada e surpreende-la falando em casamento – ela envolveu seus braços no pescoço dele dando-lhe um novo beijo – está muito bonito.

- E gostoso. Está com fome? O jantar está pronto.

- Estou – ele saiu levando-a pela mão até a mesa – o que iremos beber?

- Separei um vinho branco, combina com o cardápio. Sente-se, Gi. Já vou servi-la – ela observava todo o zelo que ele tivera para preparar esse jantar para os dois. Realmente, ela nunca se imaginara em uma situação como essa. Sua vida mudara bastante nos últimos três meses – aqui está – entregou a taça para ela. Em seguida, afastou-se para trazer os pratos a mesa. Primeiro uma salada bastante colorida e bonita como entrada. Após servi-la, sentou-se e colocou a comida no próprio prato. Ergueu o copo e brindou – a nós.

Eles comeram a entrada e diante de conversar casuais e sorrisos, Jeff foi buscar o segundo prato. Coq au vin, prato francês feito com pato, mas adaptável para o frango, também conhecido como frango ao vinho servido com arroz à grega.

- Nossa! Isso está uma delícia – disse Gigi ao provar. Ao terminarem a refeição, Jeff disse que serviria a sobremesa na sala. Nada melhor para encerrar um jantar francês que um crepe suzette. Gigi estava sentada no sofá bebendo vinho quando ele trouxe o prato até ela. Sentou-se ao seu lado e fez questão de dar a primeira colher na boca da namorada. Ela fechou os olhos saboreando o doce.

- Você realmente fez tudo isso para mim?

- Você merece, Gi – ela sorriu. Esperando desfrutarem da sobremesa, Jeff deixou a outra parte do discurso para quando eles acabassem de comer. Gigi já se aconchegou em seu peito. Ele cheirou-lhe os cabelos, beijou a testa dela e com carinho enroscou sua mão na da namorada fazendo-a olhar para ele. Sorrindo, Gigi acabou sendo a primeira a falar.

- Isso foi um verdadeiro bálsamo depois dessas duas semanas. Muito obrigada, amor. Eu realmente estava precisando curtir um momento assim, somente nós dois. Porque eu não fui completamente honesta com você. Quer dizer, você me pegou de surpresa naquele dia, porém eu preciso lhe dizer o quanto estou feliz – ela fitava os olhos azuis do namorado, as duas mãos entrelaçadas as dele – eu sou meio avoada, louca. Tenho uma porção de defeitos. Um deles é que geralmente me faço ser mal interpretada pelas pessoas, sou tida como a garota de festa, que não curte longos relacionamentos e não se apega. As pessoas não me levam a sério. Quando ficamos juntos, achei que ia acontecer o mesmo, que você ia perceber a imagem da Gigi e curtiríamos por um tempo. Fim. Era o que me deixava cabreira com a história por causa da minha irmã.

- Seriamos uma curtição, uma espécie de namoro de verão.

- Por aí. Mas algo diferente aconteceu. Você foi me conquistando, me dobrando. Jeff, você é um homem maravilhoso. Conseguiu ver a Gigi além da imagem. Você gostou da mulher por trás do disfarce. Viu minhas fraquezas, minhas maluquices e ainda assim está aqui. Sei que estamos falando de apenas, o que, três meses? Para mim foi tempo suficiente para você me conquistar com seus carinhos, seu olhar, sua mão para a cozinha e nem vou falar da cama. O que começou como sexo, transformou-se em fazer amor muito rápido. Eu me apaixonei e adoro estar assim...

- Ah, Gigi! Você é muito especial. Seu coração é puro, sua risada é cativante. Amo seu jeito maluco, seus beijos. Você é uma pessoa capaz de iluminar a vida. Você iluminou a minha. Você carrega a inocência de uma criança em cada sorriso e esconde a sensualidade de uma tigresa por trás desses olhos grandes. Eu amo você. Podemos estar juntos a pouco tempo, por mim ficaremos juntos por anos. 

- Nossa! Minha irmã tem razão, vocês são bons com as palavras. Acho que só me resta aquelas três palavrinhas magicas e poderosas – ela sorriu aproximando seu rosto do dele para o encontro dos lábios, então sussurrou – eu te amo, Jeff.

O beijo apaixonado perdurou por longos minutos. Então, Jeff se levantou do sofá puxando-a pela mão até o quarto. Ao ver o que ele fizera, o coração de Gigi disparou. Desde a porta e por todo o colchão, havia pétalas de rosas vermelhas. Um incenso delicioso de lavanda pairava no ar. As luzes estavam apagadas e foram substituídas por velas.

- Para você – o sorriso dela era algo lindo de se ver. Virando-se para o namorado, ela pediu.

- Faça amor comigo. Jeff. Como se fosse a primeira vez – ele a puxou para seus braços e beijou-a carinhosamente. A noite era deles. Finalmente podiam celebrar o amor.    

XXXXXX

Na quinta-feira, eles deixaram o estúdio por volta de meia-noite. Nenhum dos dois estavam escalados para trabalhar na sexta. Apenas Jon e Seamus iam filmar cenas do 820. O voo para Nova York era na madrugada. Stana ia de American, Nathan de Delta. A diferença entre seus horários era de meia hora. Ele reservara um quarto no Four Seasons no nome do irmão. O gerente do hotel já estava acostumado com esses pequenos arranjos dele, afinal era um cliente VIP da rede. Ele chegaria primeiro justamente para evitar qualquer problema.

O voo foi tranquilo e graças ao horário na madrugada, foi bem fácil registrarem-se no hotel e evitar maiores problemas. A espera deles, encontraram uma garrafa de champagne e uma caixa de chocolates Godiva.

- Como foi a viagem, amor?

- Tudo bem. Só estou com sono.

- Não quer ao menos uma taça de champagne para relaxar?

- Claro que sim – disse ela pegando um chocolate da caixa e mordendo-o – hum... isso é bom! Mas, pode ficar melhor...

- Pode? – ele se fez de ingênuo. Stana se aproximou, mordeu o resto do chocolate saboreando com vontade, então com um novo bombom em mãos, ela ofereceu a ele. Nathan mordeu e o liquido do licor escorreu por seus lábios exatamente como ela queria. Lambeu o queixo e os lábios até sorve-los em um beijo sabor chocolate. Ao se separarem, ele sorria – era disso que você estava falando?

- Não se faça de bobo. Me dê logo essa champagne porque quero me deitar e dormir – ela já tirava praticamente toda a roupa, estava desfilando de calcinha e sutiã pelo quarto a procura do roupão. Nathan serviu a bebida, ela sentou-se na cama para saborear – ao começo de um ótimo fim de semana.

- Sabe, você não precisa de roupão. Pode dormir assim mesmo, de lingerie se quiser. Não me importo.

- Nem adianta vir com essa conversa que não vai ganhar tratamento especial essa noite. Quero dormir.

- Como você é má, Staninha...

- Amanhã depois do musical podemos conversar...

- Só depois do musical? Ah, não! Você não aguentará todo esse tempo. Posso apostar! – ela riu – vai se arrepender disso – apenas ria e balançava a cabeça – que anel é esse em seu dedo? Não fui eu quem te deu.

- Mamãe. Antes de embarcar. Para proteção, acho que ela acertou. É ágata.

- Muito bonito – ele se deitou na cama puxando-a consigo – pelo menos vamos dormir agarradinhos – ela beijou-o outra vez e aconchegou-se em seus braços. Não se importou de estar sem uma roupa de dormir, o calor do corpo de Nathan e o edredom eram suficientes para mantê-la aquecida.

Quando os primeiros raios de sol invadiram o quarto, mais precisamente a cama, Nathan abriu os olhos. Ela ainda dormia de barriga para cima esparramada na cama. Sorriu. Os cabelos emaranhados no travesseiro, a pele clara contrastando com o tom goiaba da lingerie. Apoiou-se na cama de modo a poder usar uma das mãos livres para toca-la. Não acreditara em nada do que ela dissera ontem. Seus dedos deslizavam levemente jogando o edredom que cobria as pernas longe. A mão vagava pelas coxas e subia.

A ponta dos dedos deslizava pelo estomago indo em direção aos seios, não resistindo, inclinou a cabeça para beijar-lhe bem acima do umbigo, no meio dos seios para seguir a trilha da pele com os dedos até o pescoço. Ela soltou um gemido. Um pequeno sorriso formara-se no canto da boca. Com o polegar, ele acariciou os lábios. O gesto a fez abrir os olhos, finalmente.

- Hey...

- Hey... bom dia, amor.

- O que você está fazendo? – ainda sentindo os dedos dele em sua pele.

- Apenas acordando a minha esposa do jeito que ela merece – e inclinou-se na direção dela para beijar-lhe o pescoço, o rosto e colocando-se sobre o corpo dela finalmente sorveu seus lábios. Stana ria diante do gesto enquanto o beijava, mas ao sentir a língua dele aprofundando o beijo, ela retribuiu a altura. As mãos estavam nas costas dele buscando pela ponta da camiseta. Ele tinha muita roupa.

- Nate... roupas... – ele sentou-se na cama livrando-se da camiseta, Stana desabotoou o sutiã e também sentou-se para admira-lo. Ficando de joelhos, ela o abraçou colando seus lábios outra vez. Pele contra pele. Agora estava começando a ficar bom. Porém, não durou muito. Ele a agarrou pela cintura e a jogou na cama outra vez fazendo-a soltar um gritinho. De pé, livrou-se do short que usava revelando o membro a ponto de bala. Sorrindo, voltou a se debruçar sobre ela. As mãos foram direto para a calcinha enquanto a boca devorava-lhe a pele, sugava seus seios e mordiscava-lhe o estomago até chegar ao seu centro. Tudo o que ela podia e queria fazer era empurra-lo para o meio de suas pernas.

Ele a provava delicadamente. Atiçando, instigando. Erguia a cabeça para olhar para a esposa. A reação de prazer estampada em seu rosto.

- Não pare, Nate...

Ele riu. Claro que ela não resistiria. Voltou a estimula-la. Ao sentir que estava próximo a experimentar o orgasmo, ele parou e voltou sua atenção aos seios apenas para pega-la de surpresa penetrando-a de uma vez. A sincronia de seus corpos trabalhava magnificamente subindo degrau por degrau a escada até seu último nível quando finalmente entregaram-se ao prazer nos braços um do outro.

Ainda sobre o corpo dela, Nathan beijava-lhe o rosto, ajeitava os cabelos e sorria.

- Quer café na cama, Staninha?

- Por que não? Tenho que aproveitar as mordomias desse hotel – ele se deixou escorregar para o seu lado da cama pegando o ipad e ordenando um café completo para o serviço de quarto. Em quinze minutos, batiam na porta. Ele, de roupão, atendeu. Fez questão de trazer a mesinha próxima da cama. Sentaram-se lado a lado para fazer a refeição.

- Alguém não cumpriu com a palavra de ontem...

- Você usou de golpe baixo.

- Não fiz nada. Agi como um bom marido.

- Minhas suspeitas estavam certas. Provavelmente não sairemos desse quarto esses dois dias exceto para o teatro.

- Quer fazer algo de especial em Nova York, Staninha? Você é quem manda.

- Não, estamos aqui por sua causa. Estamos comemorando seu aniversário.  

- Pouco me importa, desde que você esteja aqui comigo.

- Eu te amo, sabia? E mal posso esperar para ver esse musical ao seu lado. Mas, acho que tem um lugar que podemos ir. Somente amanhã, ok?

- Ok. Podemos ir ao Central Park, dar uma de turistas?

- Não podemos, Nate, esqueceu? Central Park é um lugar muito visado. Podemos passear no Brooklin, talvez. Disfarçados, claro. Aliás, como iremos para o musical? Temos poltronas ou camarote?

- Camarote exclusivo. Sara mandou especialmente para nós e já me mandou uma mensagem dizendo que quer nos ver depois do show. Tudo bem, vamos nos vestir e passear no Brooklin.

Com boné e óculos escuros, ele vestiu-se de maneira bem informal. Camiseta e jaqueta de couro. Ela, também de óculos escuros, rabo de cavalo, usando um moletom comum colocou uma espécie de aplique loiro no cabelo para não ficar tão natural, apenas o batom de maquiagem. Ambos usavam tênis. Deixaram o hotel e seguiram para a estação de metrô.

O passeio pelas ruas do Brooklin deu a eles a oportunidade de namorarem escondidos do público. De tudo e de todos. Stana tomou sorvete, abraçou seu marido quantas vezes foram possíveis. Eram só sorrisos. Escolheram um restaurante para comer costeletas de porco, briskets e corned beef. Um almoço bem típico de nova-iorquinos. Não podia faltar o pastrami. Por suas andanças, ainda se depararam com um parque isolado. Acabaram deitando-se na grama contemplando o belo dia em Manhattan.

Voltaram para o hotel por volta das cinco horas a fim de se arrumarem para o musical. Meia hora antes do previsto, eles chegaram ao teatro. Nathan avisou a ela qual era seu camarote entregando-lhe seu ingresso. Ela entraria primeiro tentando passar desapercebida pelas câmeras enquanto ele buscava os holofotes. Afinal, ele encenara a mesma história no cinema e ninguém questionaria se fosse ver o musical.

Felizmente, nenhum dos dois foram assediados como normalmente acontecia. Ela passou desapercebida e Nathan tirou algumas fotos e só. Ao chegar no camarote, ela já estava bem instalada. Normalmente esses lugares são para quatro ou cinco pessoas. Essa noite seria apenas deles dois. Ele sentou-se ao lado dela, beijando-a. Um dos garçons perguntou o que queriam beber. Nathan pediu uma garrafa de champagne. O garçom avisou que por ser a estreia estavam servindo as tortas que a personagem fazia no palco.

Sabendo da vontade de Stana por doces, ele escolheu uma com blueberries. Após serem servidos, ela sorriu provando a torta.

- Deliciosa, prove – levou o garfo até a boca dele.

- Hum, boa mesmo. Quando filmávamos poucas vezes tínhamos tortas de verdade. Então, a nossa diretora com pena pediu para comprarem algumas e nos últimos dias de filmagens tudo o que comíamos eram tortas. Era engraçado. Nossa! Tanta coisa aconteceu desde ali...

- Coisas boas, não? Você está ganhando mais um ano para relembra-las.

- Sim, várias coisas boas, outras maravilhosas. A melhor delas foi conhecer você.

- Só me conhecer? Ou se casar comigo?

- Consequências, Staninha... consequências.

- E eu achando que ia falar de Firefly...

- Não se engane, adoro Wheldon, a série e Firefly será sempre especial para mim. Falarei dela até meus últimos dias como ator. Mas, foi Castle que me trouxe a felicidade – ela acariciou o rosto dele, beijou-lhe nos lábios.

- Você acredita naquelas superstições de que não se deve dar parabéns antecipado, Nate?

- Nah... bobagem.

- Feliz aniversário, babe... aproveite seu momento – ela roçou o nariz no dele – olha, vai começar...

Sentaram-se de mãos dadas para assistir o musical. Sara Bairelles e Jessie Mueller não decepcionaram. Diversão, ótimas músicas e interpretações do elenco. Ao ouvir a música principal na voz de Jessie, Stana não conteve as lágrimas. Cada palavra daquela letra tocou seu coração profundamente. Ela não tinha percebido como era especial. Ao final da apresentação, após serem ovacionados pelo público, Sara sentou-se ao piano e cantou a mesma canção outra vez. Nathan olhava para a reação da esposa. A música era muito bonita, especialmente quase a acapella na voz de Sara, seria emoção que a fizera chorar? Stana encostou sua cabeça no ombro do marido.

- Hey... está tudo bem? Você está emocionada?

- Sim, a letra dessa musica é... poderosa... ela me lembra Beckett.

- Mesmo? – ele não queria continuar com a conversa porque tinha uma pequena desconfiança de que Stana começava a se preocupar com o destino no trabalho, não era hora nem lugar para isso.

- Foi muito bonito. Fazia tempo que uma história não me emocionava assim. Podemos ir aos bastidores agora?

- Hum... sinto que o lado fanzoca está aflorando, Staninha.

- Mas primeiro tenho que ir ao toalete retocar essa maquiagem, me espere aqui.

Dez minutos depois, ela voltava e juntos, foram levados para as coxias do teatro. Em uma pequena sala, estavam Sara e Jessie conversando. Ao vê-lo, a cantora abriu um sorriso.

- Olha quem está aqui! Jessie, quero que conheça o verdadeiro doutor Pomatter. Oi, Nathan! 

- Sara, que prazer em vê-la! – ele a abraçou – adorei o espetáculo. Está de parabéns. E você, Jessie... nossa! Que voz! Você fez minha esposa chorar... – Stana ficou vermelha na hora. Seja pela revelação de seu lado fã ou pela naturalidade que Nathan falava sobre sua relação.

- Vem cá, Stana – disse Sara – você chorou com Jessie? Não se preocupe, ela exerce esse poder nas pessoas. Aconteceu comigo quando ela cantou “She used to be mine” a primeira vez e quando assisti Beautiful.

- Sua esposa? Ah, da ficção, entendi! – disse Jessie – você é a detetive, não? Desculpa, eu quase não assisto televisão, mas por causa da peça fiz muitas pesquisas e uma delas foi sobre o elenco do filme. Você aparece relacionada com ele. É um prazer conhece-la. E não tenho a intenção de fazer ninguém chorar, acredite.

- Na verdade, as duas fizeram. A letra da música lembra a personagem dela. E ela adora aquela detetive.

- Sim, mas seu talento, sua voz, emociona. Parabéns! – Stana deu um abraço em Jessie. Cumprimentou Sara – posso ganhar autógrafos no meu livro?

- Esse é outro problema dela, é fanzoca – Stana olhou para Nathan querendo fuzila-lo.

- Nathan! Quer parar? Está me envergonhando na frente das duas.

- Até parece! Somos todos artistas admirando o trabalho dos outros, eu também agi como fã quando a conheci, Stana – disse Sara – tudo bem, só estamos nós aqui. Como vão as coisas? Esse moço tem tratado você bem? Cumprido os deveres de marido? – Stana riu. A cara de perdida de Jessie era engraçada – alguém está perdida aqui.

- Ou você é mais maluca do que eu pensava, Sara – disse Jessie – isso lá pergunta para fazer para uma atriz? Não misture ficção e realidade. Não ligue, Stana, ela é doida. Mas eu amo essa maluca!
Nathan e Stana riam.

- Aí, gente. Tadinha da Jessie... contem logo... ela não vai contar para ninguém. Prometo.

- Contar o que? – perguntou Jessie e Nathan mostrou a aliança. Stana fez o mesmo rindo – vocês... são...

- Casados. Sim, mas é segredo de estado.

- Oh! A mídia não sabe... entendi. Acho que parabéns se aplica, não?

- Sim, aplica sim – eles riram. Ficaram mais um tempo conversando e Sara arrumou um jeito deles escaparem pela porta dos fundos sem correr riscos de topar com ninguém da imprensa. Pegaram um taxi. Nathan informou um endereço para o motorista. Não voltariam logo para o hotel. O carro parou na frente de uma restaurante bem discreto. Na verdade, Stana imaginou ser um restaurante afinal onde mais ele a levaria em Nova York após uma peça da Broadway?

E era mesmo. Uma cantina italiana escondida pela fachada de um casarão antigo em Lower Manhattan. Onde Nathan arrumava esses lugares? De mãos dadas, eles entraram no restaurante. Foram conduzidos para o fundo do salão, próximo de onde a música estava. A mesa estava reservada para eles. Após coloca-la devidamente sentada como um excelente cavalheiro, Nathan sentou ao seu lado acariciando sua coxa.

- Antes que você me pergunte, ninguém vai nos reconhecer aqui. Essa cantina é quase um paraíso perdido em Nova York. Somente descendentes de italianos a conhecem.

- E como você chegou até ela?

- Tenho minhas fontes, Staninha.

- Sei, sei...

- Dizem que aqui servem um dos melhores carbonaras de Nova York. Quero testar para ver se é verdade. Eu e Jeff costumávamos competir fazendo massas, ele nunca conseguiu vencer do meu carbonara. Por que você acha que a especialidade de Castle é essa? Foi minha sugestão a Marlowe.

- Não sabia...

- Vamos começar as comemorações do meu aniversário? – ele chamou o garçom, pediu o vinho, escolheram os pratos e seguiram com o jantar. Ao som de belas músicas italianas saborearam o jantar delicioso. Era realmente um dos melhores carbonara que provara. Muito bem feito. Eles namoravam, ganharam música do pianista e dividiram a sobremesa. De volta ao hotel, Stana não deu tempo para que Nathan pensasse em outra coisa além de fazer amor.

Perdera o vestido que usava tão rápido quanto ele perdera as calças. A partir daí o ritmo diminuiu e eles se dedicaram a fazer amor de maneira lenta e gentil. Ele explorava cada centímetro do corpo dela. Embriagada por uma chuva de beijos e carinhos, ela envolvia-o em seu abraço dizendo palavras bobas e românticas em seu ouvido fazendo Nathan sorrir.

Colocando-se por cima do corpo dele, ela retribuiu cada gesto de carinho que recebera. Ao segurar seu membro nas mãos, Stana provocava sensações loucas de desejo no corpo de Nathan. Ele estava adorando tudo aquilo. Então, ela o surpreendeu provando-o. Queria deixa-lo completamente perdido. E conseguiu. O mundo parava para aqueles dois. Ela o provocou até estar pronta o suficiente para tê-lo dentro de si.

Ela deslizou o corpo deixando-se invadir por ele, completamente. Sentia-se plena outra vez. Fitando seus belos olhos azuis, debruçou-se no corpo dele sorvendo-lhe os lábios apaixonadamente antes de começar a se movimentarem juntos. Nathan agarrava seus seios acariciando, apertando-os. Não aguentando ficar longe dela, ele sentou-se na cama aproximando seus corpos. Ela já estava tão excitada que o mero roçar de seus lábios nos mamilos a fez gemer e sentir o corpo tremer. Ele continuou a sugar-lhe os seios, o outro polegar roçava o outro mamilo. Ela mordia a boca quase em êxtase. Usando as mãos empurrou-o de volta ao colchão espalmando-as em seu peito, roubando-lhe um beijo ardente. Não aguentando a explosão que a possuía, ela gozou.

Ele se aproveitou desse momento para trocar de posição com ela. De joelhos no colchão, ele erguera as pernas dela até seus ombros continuando o movimento de ida e vinda dentro dela. Estocando, aprofundando-se enquanto o frágil corpo da esposa tremia somente para ele. Seu limite estava próximo, ele queria poder aguentar mais, porém ela o deixara praticamente a beira do orgasmo quando o provou. A lembrança o fez ceder, deixando o corpo cair sobre o dela, ele rendeu-se.

Stana podia sentir o nariz dele em seu pescoço. A respiração acelerada. Devagar, ela acariciava-lhe os ombros querendo tira-lo de cima dela. Percebendo o que acontecia, ele rolou para o lado e a puxou para ficar cara a cara com ele, ambos de lado. Sorrindo, ele beijou-a outra vez.

Uma das mãos acariciava seu braço, a pele macia, perfumada que tanto adorava. Não resistindo inclinou-se para cheira-la. Ela riu porque o gesto a provocava cocegas.

- O que você está fazendo?

- Degustando você. Cheirando, experimentando...

- Faz cocegas... para, Nate. Deixa eu deitar com você.

- Estamos deitados – ele continuava esfregando o nariz na pele dela chegando agora no pescoço – o que você quer mais?

- Quero deitar no seu peito... – ele virou-se deixando-a se acomodar como quisesse. As mãos de Stana acariciavam seu peito enquanto a cabeça estava em seu ombro de forma que ela pudesse cheirar o pescoço e beija-lo – acho que começamos bem as comemorações de seu aniversário...

- Com certeza. Você não perde a oportunidade de me surpreender, nunca. Isso só me faz ama-la cada vez mais. Olhe para mim, Staninha – ela o obedeceu achando estranho o modo como ele parecia avalia-la com aqueles olhos azuis.

- O que foi, Nate?

- Estava apenas checando. A nesga de tristeza que vi em seu olhar mais cedo se foi.

- Como assim?

- No teatro. Eu percebi, Stana. Estou feliz que sumiu. Não há espaço para outras coisas senão momentos felizes aqui.

- Tem razão – ela beijou-lhe o peito – as vezes me espanto com o quanto você me conhece.

- Verdade? Vou impressiona-la outra vez. Nesse exato momento, você está pensando que poderíamos iniciar a segunda rodada da noite... que está louca para ver estrelas novamente.

- Hum... que marido esperto eu tenho! – e avançou nele para roubar outro beijo apaixonado. Logo a temperatura subiu no ambiente e eles reiniciaram a dança de corpos, a música perfeita de qualquer relacionamento. Fazer amor.

Duas horas depois, ela estava deitada de lado, admirando-o. Seus rostos fitavam o do outro. Olhares tão significativos. Ela sorria. Parecia estar longe dali. Ele a conhecia o suficiente para saber disso.

- Hey... em que planeta você está?

- No nosso, planeta Stanathan. Estava lembrando de uma de suas loucuras. Lembra quando completamos um ano de casados? – ela riu – você me assustou praticamente me sequestrando do estúdio direto para o aeroporto. Louco!

- Não podia perder a oportunidade. Tinha tudo preparado. Quer dizer, nosso aniversário cairia na terça, como poderia comemorar de maneira satisfatória?

- De repente, me vi em um avião particular, sem saber meu destino até que avistei a torre Eiffel. Só você mesmo para me levar para Paris em nosso primeiro ano de casados.

- Tem lugar melhor que a cidade luz, a bela cidade do amor? Eu lembro da sua cara, seu olhar queria me matar. Não tinha a menor ideia do que acontecia. Foi engraçado até você começar a me ameaçar. Ainda bem que sou um cara paciente, compreensivo. Juro que pensei que fosse me bater. Até o momento que viu a torre e eu pude dizer “Feliz Aniversário adiantado, Stana”.

- Eu me surpreendi com o gesto. Minhas pernas estavam como gelatina durante aquele jantar no alto da torre. Aquela noite, o passeio mais tarde ao longo do Sena. Arrebatador, como eu imaginava que um aniversário de casamento pudesse ser. Foi uma noite perfeita. Sim, maravilhosa. Noite que não dormimos. Ainda sinto o cheiro daquele brioche saindo do forno, o croissant enorme naquela pequena padaria as seis da manhã.

- Terminamos a ocasião em grande estilo, no chão do quarto de hotel. Foi tão bom quanto a nossa primeira vez – ele disse.

- Naquele momento, eu desejei envelhecer ao seu lado, desejei cada aniversario, cada surpresa. Grande ou pequena. Tudo é melhor com você, Nate.

- Tudo é assim por sua causa, amor. Foram quantas vezes naquela noite? Três, não? Quase quatro se não tivéssemos caído da cama e ficado pelo chão.

- Naquele dia, ficamos 24 horas no ar. Foi engraçado quando perdi o equilíbrio e cai puxando você comigo. Sorte que não nos machucamos – ela riu mordendo o ombro dele - É, temos muitas histórias para contar, não?

- E continuaremos fazendo novas histórias... por exemplo, como essa aqui. Um aniversário comemorado no ritmo da Broadway. Podemos continuar?

- Ah... não sei... podemos? – ela olhou para Nathan enquanto a mão deslizava até o membro testando – hum... talvez – e se jogou em direção ao marido sorvendo seus lábios com vontade.

XXXXXXXXX 

Stana acordou elétrica no sábado. Na verdade, a noite a deixara revigorada. Ela adorara cada minuto. Sua mente, porém, estava pensando em algo mais sério, importante, ainda não sabia como iria lidaria com sua vontade de contar o que queria a ele. Até ouvir a canção de Sara na noite anterior, a letra a fez lembrar do quanto a vida pode nos provocar, nos dar rasteiras e continuamos lutando. Procurando nosso lugar, nossa felicidade. Porém, ao contrário da jovem na peça, ela já tivera sua cota de confusões, sentiu-se insegura, triste e sozinha. Hoje não mais. Gostava da história que vinha escrevendo para si mesma. Estava prestes a dar um novo passo, estava nervosa. Talvez quando chegasse a hora, ou estivesse diante dele onde gostaria, a coragem a encontrasse. Observava-o dormindo. Sorriu. Não acreditava em quem era antes dele. Era seu amor verdadeiro. E queria vê-lo feliz. Faria qualquer coisa para fazê-lo feliz como ele a fazia. Ele abriu os olhos.

- Hey...

- Bom dia, babe.

- Por que você está aí, de pé?

- Estava observando-o dormir. Pensando. Quer tomar café no quarto ou quer descer?

- Por que não tomamos café em outro lugar? Dean & Deluca?

- Eu gostaria disso... – ela sentou-se na cama, inclinou-se para dar um beijo nele – e ainda iremos em um lugar de Nova York, você não esqueceu, certo?

- Não, embora não tenha ideia do que você pretende – ele beijou-a outra vez – é alguma surpresa para o meu aniversário?

- Você disse que não queria presente. Apenas a mim.

- É verdade. Já tenho meu maior presente... – ela sorriu sorvendo os lábios dele novamente – vamos nos arrumar – enquanto fazia isso, ela se surpreendeu cantarolando a canção da noite anterior, aquela letra não saia de sua mente.

Eles saíram do hotel rumo ao metro descendo no SoHo para tomar café. Nathan usava boné, mas não deixara de beija-la entre um gole de café e outro. Depois de uma hora, eles finalmente decidiram ir embora. Ainda tinham que ir ao tal lugar misterioso que Stana queria. Novamente, voltaram ao metro.

- Onde nós iremos, Stana?

- Bleecker Park.   

- O que tem de tão interessante lá? – ela não respondeu, apenas sorriu. Saltaram na estação mais próxima e caminharam de mãos dadas até o parque. Ela o guiava. Ao atravessarem a primeira parte do parque, ela avistou o que queria. O conjunto de balanços. Felizmente, as crianças estavam mais interessadas no pula-pula e no escorregador. Ela largou a mão dele por um instante, sentando-se em um dos balanços. Nathan fez o mesmo. Ainda olhava para ela, intrigado.

- Balanços?

- É...

- Perdi alguma coisa, Stana?

- Não, babe, não – ela sorriu – eu queria um lugar assim. Com um ar feliz, simbólico. Inocente. Você disse para mim que não queria presente de aniversário, eu obedeci. Mesmo porque eu não posso ainda lhe dar o seu presente. E não tem nada a ver com ainda não ser a data correta. Simplesmente porque não o tenho nesse momento.

- Que tanto mistério é esse, amor? – ela pegou a mão dele na sua. Sorriu.

- Nate, eu queria compartilhar algo importante com você. Algo que certamente afetará nossas vidas daqui para frente. Você virou meu mundo de ponta cabeça, me fez querem mais do que sonhei, eu esperei tanto para que isso acontecesse comigo. É como se eu me apaixonasse pelo meu melhor amigo. Adoro poder agir como uma boba perto de você. Somos felizes dentro do nosso mundo. Só que eu quero mais, merecemos muito mais – ela usou a mão livre para acariciar o rosto dele, Nathan estava quase tenso – não fique assim, com medo. Não é nada ruim, Nate. Eu apenas queria responder uma pergunta que você me fez algum tempo atrás.

- Stana, você... – ela calou-o pousando o indicador nos lábios dele.

- Eu quero uma família, Nate. Quero ser a mãe dos seus filhos. Eu queria te dar isso de presente, mas o tempo não está a nosso favor ainda. Eu ainda tenho a consulta e... – Nathan não deixou ela completar o pensamento, puxou a corrente do balanço para tê-la perto e se perder em seus lábios. Havia tanto amor naquele beijo, tanto sentimento. Seu coração batia descompassado, muitas emoções o tomaram de supetão. Ela se afastou dele.

- Hey.... eu ainda não estou grávida. Eu apenas disse... – ela viu as lágrimas nos olhos azuis – eu quero a nossa família.

- Isso é... avassalador! É, tão... é tudo o que eu podia querer. Você, eu e a possibilidade de uma família. Oh, Stana, nem sei se é possível eu te amar mais do que já amo... – ela sorriu passando o polegar nos lábios dele.

- Eu te amo, seu bobo. É só por isso... o resto... – passou a mão no rosto dele suavemente, também tinha lágrimas nos olhos - iremos encontrar o caminho, as respostas.

- Você sabe como roubar o chão de um cara...

- Não ainda, mas quero tentar algumas vezes – ela inclinou-se e beijou. Colocou a mão sobre o coração dele, ainda batia acelerado. Ela se levantou do balanço e entrelaçou os dedos nos dele – hora de voltar para a nossa realidade, babe – ele se levantou, abraçando-a pela cintura, começaram a caminhar.

- Acho que amanhã podemos chamar a família para um almoço, não? Jeff, Gigi, Anne... eu gostaria de passar o meu aniversário cercado de pessoas que amo.

- Eu acho uma ótima ideia.    

O voo de volta para Nova York não fora como antes planejado. Nathan decidiu que mereciam um tempo juntos. Contratou um jato particular para leva-los a Los Angeles. Durante o voo, eles puderam namorar e ficar juntos. Nathan ainda estava aéreo com a declaração que sua esposa fizera, era muito para absorver. Muita felicidade. Agora ele sabia que não lhe faltava mais nada.


Do avião, ele ligou para o irmão intimando-o para estar em sua casa com Gigi e Anne por volta das onze. Era o perfeito programa de aniversário. Alguns pensariam que ele iria querer ficar a sós com a esposa, mas a verdade era que ele a tinha sempre a seu lado e sua nova família era muito importante. Aniversários eram datas para se comemorar junto de quem se ama. Fizera a escolha certa.

Continua... 

12 comentários:

Unknown disse...

Que lindoooo... O aniversário do Nate comemorado em grande estilo... Os balanços 😍😍😍 amei os balanços... Eu achei que ela ia dizer q estava cansada da série e ia embora pensei " pronto, agora Nate vai levantar e deixar ela sozinha " mas naaaaao. Ela quer uma família... Owwwwwwn Baby Stanathan. Já quero!!!

Unknown disse...

Ciiiiiii eu AMEI esse cap!! to mt ansiosa pro baby stanathan agoraaaaa, aiiii quero já

justsmile disse...

Oh my goodness, os balanços *-*
É estranhamente fofo demais ver o Nate da fic querendo ter uma familia, sendo que o verdadeiro parece nem pensar nisso. É a coisa mais cute que já li *-*
E Stana sabe dar presentes, hum? Sera que isso contribui pra saída dela do show?
Muito curiosa e ansiosa pra saber como que vai ser eles esperando um baby Stanathan (sonho realizado, pelo menos na fic)

CYBERBULLYING NÃO disse...

Realmente parte dessa estória poderia ser real e não estaríamos tão tristes com o fim de Castle. Mas não se pode ter tudo ficamos com essa fic linda !

rita disse...

Triste por Castle ter terminado e por esta parte não termos visto. Seria um sonho realizado!! Mais nem tudo na vida acontece como queremos.Sabemos que tudo acaba mais poderia ter sido muito melhor. Abraços e parabéns..

Vanessa disse...

Voce vai amar saber que me fez chorar... Ja foi fofinho o momento dos anéis... Aí me emociono com Giff. Ai esses Fillions sao demais... Meu coração Giff não aguenta... Ai vem SN... Primeiro tem a lembrança da comemoração do aniversario 1 ano de Casamento, depois tem o show, ai a festinha particular... E pra fechar com chave de ouro, balanços... Ai meu core... Tão Caskett... Depois dessa chorei mesmo com esse presente da Stana... E ja vi que vou chorar muito mais qdo vier o angst...

cleotavares disse...

OMG! A Stana chorando, eu chorando. Fico imaginando como será o capítulo da demissão da Stana e Nathan ter renovado. Vai ter briga? Já está perto o fim?
Buaááááá!Não quero que acabe.

Unknown disse...

Awn que lindo amei acho que tem um olho na minha lagrimas 😢❤️

Silma disse...

Foi lindo o capítulo todo!

Silma disse...

Você realmente sabe como fazer a gente chorar!O lance dos balanços foi muito bem pensado,você pensa em todos os detalhes.
Obrigada por nos proporcionar momentos tão lindos!

Mônica Ellias disse...

Lindo, lindo, lindo!
Vc sabe nos emocionar...

Unknown disse...

😍😍😍😍😍😍