Nota da Autora: Sim, é angst. Desculpe! Faz parte da história. Aproveitando o momento, quero deixar claro que isso é a minha versão dos fatos, ficção, uma mera interpretação da vida real. Não procuro culpados e minha emoção está presente no texto, não seria uma escritora se não fizesse isso. O capitulo não está tão grande afinal está sofrido, ainda assim durante esse período de turbulência, tentarei mesclar um pouco de suavidade para não ficar tão pesado. Acho que cada uma de nós se verá no lugar de Stana. Enjoy e peguem os lencinhos, a jornada daqui para frente será longa, se estenderá por alguns capitulos... Castle nunca foi somente uma série, we know it! E a Diva também.
Cap.79
A mulher parecia olhar para Stana com desdém
observando-a de cima a baixo semelhante a alguém que a analisa, querendo sugar
sua energia. Não podia se mostrar afetada pela sua presença, por esse motivo
não desviou o olhar. Involuntariamente, seus dedos tocavam o anel de ágata que
a mãe lhe deu. Proteção.
- Serei breve. Estamos há dois meses trabalhando
na grade de séries para a próxima temporada. Ajustamos praticamente todos os
dias e existia apenas uma incógnita. As segundas-feiras. Depois de algumas
conversas com os produtores e com meu staff, consegui que entendessem meu ponto
de vista.
- Vocês estão pensando em cancelar a série?
- Não. Castle é uma boa série. Tem sua
audiência, mas precisa de uma repaginada. Um novo foco.
- Você quer dizer um foco além dos casos e
resolução de crimes? – Stana estava sendo sarcástica. Sabia exatamente aonde a
executiva queria chegar.
- Isso a série já traz, precisamos apenas
profissionalizar, diminuir o aspecto do dia a dia, o lado comédia.
- Em outras palavras, matar o romance e o
humor, elementos que tornaram a série diferente de todos os procedurais que
existem hoje – sim, Stana fora direto ao ponto.
- Vejo que você está pensando como eu. Ótimo. Torna
mais fácil o que tenho a dizer – que parte de sarcasmo essa mulher não entendia?
Pensou Stana - Nessa nova cara que daremos a Castle queremos focar na
investigação. No trabalho de PI, portanto não há espaço para Beckett.
- Mesmo ela sendo a representação da lei em
primeiro lugar – afirmou a atriz ainda chocada com o soco no estomago.
- Ela não é a única e como capitã não investiga
mais, tem os detetives.
- O que na verdade foi a ideia de vocês desde o
momento que a transformaram em capitã e eu me deixei enganar... – a voz dela
era baixa como se estivesse fazendo uma pequena reflexão sobre os últimos
meses.
- Por esse motivo, não há espaço para romance e
um segundo protagonista. Castle se tornou uma série cara para manter e a
emissora tem que fazer escolhas. Portanto, Stana, você está oficialmente
desligada da ABC. Estamos lhe deixando livre para fazer o que quiser de sua
carreira. Seus filmes, seus outros programas – Stana sentiu a alfinetada - Esses
são os papéis de sua demissão, não se preocupe receberá o que lhe é de direito
como reza o contrato – ela colocou várias folhas de papel na frente da atriz. Havia
um tom de satisfação e vitória em suas palavras. Stana ainda estava olhando
fixamente para a executiva, absorvendo as palavras que ela dissera.
Demitida.
Ela acabava de ser demitida. Havia um
gosto amargo na boca, o estomago embrulhava. Stana podia sentir as lágrimas
ardendo em seus olhos, queimando sua garganta. Não podia acreditar no que
acontecia bem diante de seus olhos. Por mais que esperasse algo ruim, tudo o
que ouvira ali era bem pior.
- Você está me demitindo? Ouvi direito? Você
sequer leu a minha proposta contratual e está me despachando?
- Sim, foi o que disse. Não preciso ler sua
proposta porque não há espaço para você na série, não há lugar para sua
personagem na reformulação.
- Mas tem para o Nathan e os rapazes? Você não
acha essa atitude machista, especialmente vindo de uma mulher?
- Não se trata de machismo. Trata-se de dar ao público
o que eles querem.
- Você claramente não entende o que sua
audiência quer, pelo menos em si tratando de Castle. Nem você, nem Alexi.
Aposto que foi de uma conversa com ele que surgiu essa ideia louca de
transformar Castle em uma série focada no negócio de investigador particular.
Eu já entendi o recado, ao contrário de você. Se pensa que Castle irá sobreviver
assim, está muito enganada. Castle não é um procedural comum, é sobre o
romance, a história de um escritor e sua musa em meio a crimes, não é um CSI.
- Não me interessa sua opinião, Srta Katic, a
executiva de programação sou eu. Até onde lembro esse não é seu trabalho –
Stana respirou fundo. Ela podia dizer tantas coisas para essa mulher, tantas verdades,
mas nada traria de volta o que acabara de perder. Nada recuperaria a dignidade
de Beckett. O coração estava disparado em seu peito. Doía demais. Então, ela
assinou os papéis lutando para manter a pose, evitar de tremer com a caneta em
suas mãos, não desabar na frente de alguém que certamente não tinha ideia do
que estava fazendo. Ao terminar de rabiscar os papeis, ela se levantou da
cadeira. Olhando diretamente nos olhos da mulher, Stana soltou seu último
comentário.
- Eu espero que The Catch caia no gosto do público
para ocupar a grade no lugar de Castle porque eu sinto dizer, sua ideia não vai
funcionar e Alexi? Ele não entende nada da essência e da história criada por
Marlowe. Castle PI – ela riu – boa sorte com isso. O que voce destruiu hoje, vai
muito além de uma série de tv – virou as costas e saiu porta afora em passos
largos, sim ela quase parafraseara sua personagem. Era a verdade. Precisava
estar bem longe dali, o mais rápido possível.
No estacionamento, Stana esbarrou com um
repórter do Deadline. Ele reparou na cara de poucos amigos dela, na verdade,
nos olhos vermelhos.
- Olá, Stana! Você está aqui para discutir seu
contrato? Fazer negociações para a próxima temporada? Ouvimos de uma fonte que você
não estaria interessada e de outra que a emissora não está querendo você. Qual
das duas é a certa? – ela olhou para o repórter, normalmente ela nunca dava
ibope para esses tipos, mas diante da situação, ela podia jogar um pouco de
lenha na fogueira e ver como a tal executiva se saia.
- Eu tenho todo o interesse em continuar, já a
ABC... sinto muito lhe dizer isso, mas meu contrato acabou e a rede me
dispensou.
- Você foi demitida? – o espanto do repórter de
certa forma acalmou o coração dela por alguns minutos. Se ele tivera essa
reação, como não seria para os fãs? Então, para não criar atritos entre ela e a
própria rede, Stana deu uma declaração positiva sobre a ABC. Despediu-se do
repórter e entrou em seu carro com a advogada e a agente.
- Por que você fez isso? – perguntou a agente.
- Porque não tenho motivos para esconder o que
aconteceu hoje. Uma hora ou outra as pessoas saberão. Seja por um site de
fofoca, seja pela emissora. Não é mais problema meu. Vocês cuidem do resto da
parte legal, eu preciso de um tempo para mim – ligou o carro e deixou as
pessoas plantadas no estacionamento.
Quando chegou em sua sala, Dungley pega o
telefone.
- Está feito. Prepare-se porque tenho a
impressão que a imprensa não irá demorar para saber o que aconteceu,
especialmente aquele repórter do Deadline que já estava rondando o estúdio como
urubu na carniça – ela ouviu os comentários do outro lado da linha – não me
importo, nosso plano continua. Terá uma nona temporada de Castle. Sei o que
estou fazendo. Providencie para trazer Nathan Fillion para negociar conosco –
ela calou-se por um tempo – ah, por favor! É claro que ele irá aceitar. Estamos
demitindo sua costar por suas próprias escolhas, por achar que é importante e indispensável
epor razões financeiras e parte dessas
razões irão para o bolso dele. Como recusar algo assim? Além do mais não diziam
que os dois não se davam bem? Ouvi isso da boca da Molly, acho que vai festejar
a notícia – assim que desligou o telefone, sua secretária apareceu.
- Sra. Dungley? Tem um repórter do Deadline
querendo falar com a senhora. Ele diz que é muito importante e não adianta
falar com a assessoria de imprensa.
- Mais cedo do que eu imaginava. Tudo bem,
mande-o entrar.
Stana chegou em casa rapidamente. Só teve tempo
de estacionar o carro e entrar em casa para que as lagrimas finalmente
rolassem. Ela parou no meio da sala e chorou. Tinha os braços envoltos na
própria cintura. Doía, como doía. Oito anos de trabalho. Ela foi esmorecendo,
deslizando até o chão. Ficou sentada ali, sendo consumida por lágrimas e
pensamentos. Seu trabalho destruído. Tudo esquecido.
Nathan ouviu um barulho vindo da sala. Checou o
relógio. Não tinha nem duas horas que Stana saíra, será que estava de volta? Resolveu
checar. A cena que viu fez seu coração parar. Sua esposa sentada no chão agarrada
aos joelhos e o rosto encharcado de lágrimas. Meu Deus! – ele correu e se
agachou ao lado dela.
- Amor, o que aconteceu? Você está bem? Está
sentindo dor? Machucada? – percebeu que o choro aumentou ao ouvir suas
perguntas – meu Deus! Fale comigo, por favor! – não resistindo, ele sentou-se
ao lado dela e abraçou-a. Com a cabeça apoiada no peito de Nathan, ela apenas
chorou. Ele beijava o topo da cabeça da esposa e acariciava seus cabelos. Algo
não estava certo – quando estiver pronta, você me diz o que aconteceu – ele
fechou os olhos e a embalava em seus braços procurando acalma-la, queria que o
choro cessasse. Ela ergueu a cabeça fitando os olhos azuis. Afastou-se um pouco
dele enroscando suas mãos, precisava do toque para lhe dar forças ao contar a notícia.
Não queria que ele ficasse sabendo por terceiros.
- Nate, eu fui... d-demitida. Não há mais
Beckett para o seu Castle.
- Você foi...não! Você... como isso aconteceu?
Não, eles não podem te demitir. Você quer dizer que não aceitaram seu contrato,
brigou e não assinou ainda, certo?
- Não. Aquela mulher nem se deu ao trabalho de
ler. Ela me demitiu – tentou segurar o choro - Disse que não me encaixava na
série, na nova versão da série. Era caro manter dois protagonistas. Ela não
entende nada, Nate. Não tem a mínima ideia do que seja Castle – mas Nathan
ainda estava com o cérebro congelado na palavra demitida.
- Eles te demitiram? Isso quer dizer que vão
fazer o mesmo comigo... demitida. Isso é errado em tantos níveis. E-eu... não –
ela percebeu o quanto ele estava perplexo diante da notícia, não ouvira metade
do que ela dissera.
- Hey, olhe para mim – ele obedeceu – eu fui
descartada porque não querem romance, nem personagens femininas na série.
Querem um procedural qualquer como CSI. Você não será demitido. Pode fazer a
nona temporada, aliás eles estão contando com isso. Espero não encontrar com
Alexi tão cedo. Tenho vontade de soca-lo. Ideia idiota...
- Stana, do que você está falando? Castle não
funciona sem Beckett. Eles não podem estar pensando...
- Estão. Oito anos de trabalho construído com
amor e dedicação, descartados como um filme trash. Beckett é para mim... ela é
parte de quem eu sou, Deus! Eu não poderei nunca mais... – a voz embargou,
soltou um longo suspiro, não queria chorar outra vez. Ele entendeu o que ela
estava sentindo. Abraçou-a forte. Beijou-lhe o rosto e limpou as lágrimas que
marcaram a pele. Nathan ergueu-se do chão puxando-a pela mão. Percebeu que ela
não teria forças. Ao invés de guia-la pelas escadas até o quarto deles, ele a
carregou. O ato o fez sentir uma dor muito fina no ombro, não importava. De
repente, ela parecia em transe. Não falava nada. Mal se mexia. Devagar, ele
começou a despi-la. Livrou-se dos jeans, da camisa, dos sapatos. Deixou-a
somente de lingerie. Foi até o closet e pegou uma camiseta dele. Tirou o sutiã
e passou a camiseta pelo pescoço da esposa. Stana mal levantava os braços para
vestir-se. Ao terminar, ele puxou o edredom e a fez deitar sobre os
travesseiros. Cobriu-a.
- Fique aqui por uns minutos. Eu volto já –
beijou a testa dela e desceu as escadas parando no meio dos degraus
encostando-se contra a parede. Suspirou e fechou os olhos. De tudo o que
poderia acontecer, essa alternativa fora a pior possível. Demitida. Como alguém
pode pensar em fazer isso com ela? Esquecer tudo o que ela proporcionou para a
emissora em oito anos? Não estavam falando de uma série nova, de vinte
episódios. Não era o mesmo caso de Firefly, era bem pior. Oito anos não eram
oito meses. Por mais que deixar a série estivesse em seus planos, ele sabia que
não era dessa forma que ela esperava se despedir de sua personagem, dos fãs, de
tudo. Ele temia o que essa notícia podia fazer com Stana. Logo agora que
estavam tão próximos de realizarem um sonho. Um arrepio percorreu seu corpo.
Medo. puro medo. Engoliu em seco. Precisava se manter forte por ela. Tinha que
cuidar dela. Passando a mão no rosto, ele desceu o resto dos degraus.
Ao voltar para o quarto com uma bandeja contendo
duas canecas, ele a encontrou da mesma maneira que a deixara. Tinha os olhos
fechados. Será que dormira? Sentou-se ao lado dela na cama, automaticamente ela
abriu os olhos. Nathan acariciou o rosto.
- Trouxe um chá para você. Camomila. Ajudara-la
a dormir e se acalmar – ela virou-se para fitar a bandeja.
- Você vai tomar chá também?
- Não, café.
- Quero café.
- Café não é uma boa ideia, amor. Beba o chá. E
você precisará comer alguma hora.
- Não... por favor, eu só quero ficar aqui. Pode
deitar comigo?
- Só se você tomar o chá. Por mim, amor... –
ela não queria. Achava que nada cabia em seu estomago. Estava nauseada. Doente
por tudo o que ouvira essa manhã, mas ao olhar para o semblante dele, viu o
quanto estava preocupado. Não era justo com os dois. Ela já recebera muita
pancada para um dia só. Ver a tristeza e o incômodo nos olhos de seu marido não
podia ser mais uma delas. Sentou-se na cama. Viu quando ele suspirou aliviado
pegando a caneca para entrega-la. Stana tentou beber, demorou uma eternidade
para tomar metade do liquido na caneca enquanto ele a observava e bebia o café.
Ela entregou a caneca a ele.
- Não posso mais, desculpe... – ele deu um
pequeno sorriso a ela.
- Tudo bem, vem cá, Staninha – Nathan a puxou
aconchegando-a em seus braços. Ela não queria chorar outra vez, não queria
deixar a dor vencer, porém era uma tarefa impossível. O peito doía, a mente
sofria uns brancos, como se de uma hora para outra se apagasse. Então, ela se
lembrava das palavras que ouvira. Demitida. Dispensada. Beckett. Outro branco.
As lagrimas começavam a formar-se outra vez. Nathan podia ouvir os gemidos que
a acompanhavam. Beijava-lhe o rosto, o pescoço, querendo trazer consolo para um
momento tão triste, tão frustrante para ambos. Para ele, ela continuava em uma
espécie de transe. Do nada, ela balbuciava algo.
- Beckett... não querem Beckett...
- Eu quero, sempre vou querer minha Beckett...
– ele dizia embora soubesse que talvez ela não processasse nenhuma de suas
palavras. Não se tratava de negação, havia raiva, claro. Era mais um sentimento
de incredulidade. Ainda levaria um certo tempo para aceitar que tudo acabara.
Ele esperava ver mais raiva, dor, temia a depressão para pôr fim encontrar a
paz e aceitação para que pudessem seguir em frente. Em meio a tudo isso,
existia o seu próprio destino. Sua negociação. Não seria fácil encarar os
executivos da ABC depois dessa bomba. Ele foi retirado de seu pequeno momento
de reflexão por causa de novas palavras da esposa.
- Meu Deus! Os fãs, Nathan! Aquela cena...com
as crianças... ela não irá ao ar. O cliffhanger será nós dois baleados no chão
do loft. É isso que eles vão ganhar nesses anos de dedicação e amor a Castle? É
isso que vai ser o desfecho da história de amor criada por Marlowe e Terri?
Está tudo errado...
- Sim, amor. Está. Prometo que tentarei
consertar parte do estrago que fizeram. Por você – ela não respondeu.
Definitivamente, Stana não estava no mesmo lugar que ele. A mente vagava em
memórias e frases perdidas. Não importava. Ela precisava colocar para fora a
dor que a acometia, ele não tinha intenção de sair do lado dela.
Mais tarde, ela adormeceu. Ainda falara por
outros minutos sobre Castle, sobre escritores, sobre Beckett. Nathan chegou a
pensar que o choro não cessaria e que o sono não chegaria. Levantou-se para
usar o banheiro e pegou o celular. Ao entrar no twitter não deu outra. Castle
estava nos trends e a indignação dos fãs em cada 140 caracteres postados. Não
se surpreendeu em ver inúmeras menções e palavrões o xingando pelo que acontecera.
De certa maneira, ver o amor dos fãs para com a
sua esposa, a personagem e a história compensava a notícia ruim e os
xingamentos. Ele já podia imaginar o tipo de insinuações que surgiriam a
respeito dele e dela. O ódio entre colegas, as brigas que nunca existiram.
Seria um período negro para os dois. Com apenas quatro episódios para o fim da
temporada, a revolta dos fãs poderia custar caro para a ABC.
Ele pouco se importava com a repercussão para a
emissora. Estava preocupado com a maneira que Stana reagiria a tudo aquilo. Aos
fãs, as declarações dos colegas, dos escritores e todos pareciam chocados. Não
era para menos. Ninguém esperava por essa bomba. Pior era a declaração no site
do Deadline indicando que a ABC queria uma S9, que estava negociando com ele o
que era mentira, pois desde que Michelle se afastara, ele sequer fora contatado
para uma reunião. Isso viraria um pesadelo na vida deles, precisaria se cuidar
porque essa turbulência a afetaria demais e ele não queria arriscar o
relacionamento deles, o casamento por conta de más decisões de trabalho.
Nathan evitaria que ela se deparasse com o que
acontecia na internet. Tinha receio que as campanhas, as palavras, a colocasse
em estado de depressão. Precisava criar uma distração, algo que tirasse sua mente
disso. Deus! O aniversário dela estava tão próximo. Que droga! E ainda tinha o
de Anne... não tinha a mínima ideia de como eles lidariam com isso.
Stana acordou quase oito da noite. Ao não ver o
marido ao seu lado, levantou-se da cama e desceu as escadas. Encontrou-o
sentado no balcão da cozinha com um copo de whisky nas mãos. Ela beijou seu
ombro pegando o copo de suas mãos e bebendo um pouco.
- Está com fome, amor?
- Não.
- Você precisa comer, Stana. Estou fazendo uma
sopa. Não pode continuar de estomago vazio. Não quero vê-la doente. Precisa
estar bem de saúde para... – mas ele não conseguiu dizer as palavras que
queria. Seu bebê, engravidar, isso tudo parecia tão distante, tão errado nesse
momento. Ela entendeu o que o fez parar. Segurando seu rosto com as duas mãos,
ela roçou o nariz no dele.
- Eu te amo, Nate. Nada mudará isso. Nossos
planos, nossa vida. Eu apenas preciso... de um tempo.
- Tudo bem. Obrigado.
- Pelo que?
- Por não desistir de nós... – ele falou com a
voz embargada.
- Eu nunca desistia de nós, babe. Nunca. Eu
disse antes, nós antes de tudo. Eu só preciso digerir tudo isso, talvez me
distanciar.
- Quer ir para a vinícola? Ou para a casa de
Michael?
- Não sei, tem a Anne e você, Nate precisa
resolver sua situação. E...
- Stana, você é minha prioridade – ele a abraçou
pela cintura. Viu que ela se esticou para pegar o celular que estava sobre o
balcão. Ele havia recolhido a bolsa dela, colocado o telefone junto ao seu
sobre suas vistas – amor, melhor não ver isso agora. Esqueça as redes sociais.
- Para você falar assim, saiu algo sobre a
minha demissão. A ABC se pronunciou?
- Não realmente. Foi um site de notícias. Não
sei como eles conseguiram a informação, deve ser falsa. Publicaram até uma
declaração sua. Fato é que já criou a maior confusão no twitter e os fãs estão
loucos. Melhor você evitar, Stana. Esses boatos vão crescer, vão falar de nós,
da suposta relação entre a gente. Será uma chuva de mentiras – ele segurava o
telefone na mão dela.
- Nate, é verdade a declaração. Eu falei com o
repórter. Ele estava no estacionamento. De alguma maneira sabia o que ia
acontecer. Tinha fontes, foi o que disse.
- Mas, então... por que você fez isso, amor?
- Para que esconder? Acabou. Não tenho emprego
e se a ABC não queria que vazasse, devia ter esperado a temporada acabar. A
culpa é deles, não minha. Castle terá dias amargos. Deixe-me ver, Nate, não tem
porque querer esconder isso de mim. A pior notícia já me foi dada, uma tapa na
cara. Um soco no estomago, nada poderá ser pior que as palavras daquela mulher
– ele soltou o celular, sabia que não era verdade, as palavras da demissão
poderiam ter sido cruéis e amargas, porém ver todo o carinho e a revolta dos
fãs não seria um conforto para Stana, ele não queria vê-la deprimida.
Entrou no seu twitter e deparou-se com uma
enxurrada de menções. Palavras de conforto, revolta, amor e carinho. Fotos e
imagens de Beckett, várias hashtags diferentes: NoStanaNoCastle,
NoCaskettNoCastle, NoBeckettNoCastle. Leu a reação de escritores, do criador,
de Terri, dos amigos de elenco. Todos chocados. Pessoas de todos os cantos do
mundo mandando mensagens de conforto para ela, de raiva e ódio para a emissora
e para Nathan. Isso era tão errado. Ele estava ao seu lado, preocupado e não
podia se defender. Era injusto. Todos estavam revoltados e chocados, todos
exceto duas pessoas. Alexi que não se pronunciara e Molly, bem da garota ela já
esperava isso. Tirando os olhos do celular, ela tornou a encarar os olhos azuis
a sua frente.
- Está sendo difícil para você também, me
desculpe, babe. Se ao menos eu pudesse parar com essas mensagens de ódio que
estão mandando, culpando você pelo que aconteceu. Está tudo errado. Cortes de
orçamento? – ela riu debochando – que desculpa ridícula!
- Tudo bem, amor. Eu não estou esperando pompas
e confetes do fandom. Não me importa a opinião deles nesse momento. Eu sei que você
conhece a verdade. Isso basta. Sei que terei que fazer uma declaração sem
comprometer o que a ABC falou da série e estou odiando tudo isso. Michelle me
ligou, disse para eu ir com calma quando falar de você e de Castle. Vou pensar
em algo. Sei que será frio e impessoal, receberei mais críticas. Não ligo. Quero
saber o que você quer fazer. Apenas me diga, amor. Farei o que você quiser,
irei para onde quiser.
- Eu só quero me isolar um pouco... somente eu
e você. Fale com Trucco. Uns dias na casa dele será bom para nós.
- Tudo bem. E quanto a Anne? Vi que Gigi ligou
para você. Não quis atender porque achei que seria melhor você conversar com
ela.
- É, três chamadas. Aposto que tem recado de
voz. Vou ter que falar com ela. Pode vir amanhã aqui?
- Nem precisa perguntar. Essa casa é sua
também. Gigi é família. Faça o que quiser.
- Vou mandar uma mensagem para ela ou não vai
parar de ligar. Fale com Trucco. Partiremos amanhã depois do almoço.
- Pode deixar – ele se levantou, deu um beijo
na testa dela e checou a panela – a sopa está quase pronta. Você não vai
escapar de comer – ele sorriu e seguiu para a sala com o celular no ouvido,
esperava que o amigo pudesse ajuda-los.
O fim da noite terminou tão estranho quanto o
resto da tarde. Felizmente, Nathan conseguiu que ela comesse, confirmara a
disponibilidade da casa de Trucco e resolveu fazer as malas para a viagem de
talvez uma semana ou mais. Não chegaram a discutir o tempo, não importava.
Stana lhe diria quanto era o suficiente. Depois foram para a cama e outra vez,
eles não conversaram de verdade. Ela balbuciava algumas frases, falava de sua
personagem, divagava, no fundo nunca fora um diálogo ou uma tentativa do ato.
Eram demonstrações de pequenos transes. O mecanismo de sua esposa de lidar com
tudo isso. Nathan não se importava, apenas queria vê-la bem outra vez. Dormiram
nos braços um do outro.
Na manhã seguinte, Gigi quase madrugou na casa
da irmã. Chegou tão cedo que trouxe consigo um copo de café. Quem abriu a porta
foi Nathan.
- Oi, Gigi... entre, por favor.
- Onde ela está? Quando desci ela estava
entrando no banheiro. Disse que ia se arrumar para espera-la, talvez não
entendera a que horas você viria.
- Não, ela não me esperava tão cedo, eu não
aguentei. Desde que li sobre a notícia na internet... eu pensei que fosse
mentira, um daqueles sites sensacionalistas, mas quando chequei no twitter e vi
todo o choque e revolta do fandom e das pessoas que trabalhavam com ela, e-eu
não pude ignorar. Como ela está, Nathan?
- Como você acha, Gigi? Ela está arrasada,
sofrendo. Basicamente pegaram oito anos de sua vida, sua dedicação e
consideraram lixo. Eles a...
- Descartaram, sim. Você percebe quão ridículo
isso soa? Idiotas!
- Eles não entendem nada. Só pensam em drogas
de números.
- Eu preciso perguntar. Você sabia disso? De
alguma maneira contaram para você e pediram segredo. Você escondeu dela para
protege-la? Pensando que estava fazendo algo bom para minha irmã? Fale a
verdade, Nathan – Gigi quase apontava o dedo no rosto dele. Agia como irmã, uma
leoa. Não podia culpa-la.
- Não sabia, Gigi. Por Deus! Fiquei tão chocado
como vocês. Eu e Stana chegamos a conversar sobre a possível negociação,
cogitamos a oitava como última temporada ou que eles não aceitariam as
exigências dela. Mas descarta-la? Demiti-la? Nunca! Foi um soco no estomago. Você
realmente acha que estou tranquilo diante disso tudo? Sua irmã entra em
pequenos transes falando de Beckett, se cala por longos períodos. Chorar? Não
sei dizer quantos litros de lágrimas ela derramou. Então volta a agir
racionalmente, ponderando tudo. Eu tive medo de que ela visse as notícias, as
reações das redes sociais, receava que ela entrasse em depressão. De algum jeito,
ver a tristeza dos fãs a reconfortou, mostrou que tudo o que fizera foi
importante. Minha vontade era sair daqui, entrar naquele estúdio e dizer muitas
verdades para aquela presidente metida a merda! Que ela faça bom proveito da
imaginação de Shonda Rhimes. E que se dane! Só que não posso, por sua irmã, não
posso. Ela é minha prioridade. Farei o que ela quiser.
- Eu o admiro por isso. Obrigada por cuidar bem
dela.
- Faço porque a amo, Gigi. Por isso estou indo
com ela para a casa de Trucco, ficar longe de Los Angeles – pelo espanto na
cara da cunhada, ele entendeu que Stana não mencionara sobre a escapada deles –
ela não contou? Talvez quisesse fazer frente a frente. Eu preciso mantê-la sã,
pelo menos consegui que se alimentasse, sabe as fases do luto? Sinto que ela
está tramitando por elas desordenadamente. Tudo que eu quero é que isso acabe,
que Stana volte a ser a mesma, a mulher doce e alegre por quem me apaixonei,
com quem quero formar uma família. Logo agora que estávamos tão próximos de...
Gigi se aproximou e deu um abraço nele.
- Ela vai se recuperar. Apenas precisa de você
ao lado dela, de tempo e carinho.
- E-eu estou apavorado. Não sei ao certo o que
dizer, quero conforta-la, mas eu não sou o Marlowe nem o Castle com um arsenal
de belas palavras.
- Às vezes o silencio é o melhor companheiro,
Nathan. Fique com ela. Será suficiente. Vou conversar com ela.
- Tudo bem. Eu ficarei esperando – ele se
dirigiu para a cozinha. Colocou a cabeça entre os braços sobre o balcão e
suspirou. A tensão e cansaço faziam seus músculos arderem de tanta dor. Sim, o
ombro estava pior, mas não era o momento dele. Seu foco era Stana. Há 24 horas
atrás, ele a beijara dizendo que tudo daria certo. Errara completamente.
Gigi entrou no quarto do casal encontrando a
irmã vestida sentada no meio da cama. Ela fitava o nada. Tinha olheiras e os
olhos vermelhos. Sem cerimonias, Gigi sentou-se ao lado dela. Sem dizer uma
palavra, ela abraçou a irmã colocando a cabeça de Stana sobre seu ombro. O
gesto fez Stana procurar a mão da irmã e agarrar a sua. Ficaram longos minutos
sem dizer uma palavra. Gigi sempre tagarela não ousava começar um diálogo para
falar de algo tão pesado, afagava o cabelo da irmã, o rosto. Foi Stana quem
disse a primeira frase.
- Obrigada, sis. Acho que estava precisando
desse carinho.
- Você está recebendo todo o carinho que
merece. De Nathan, dos fãs, meu.
- Sim, Nate tem sido maravilhoso. Está fazendo
de tudo para me ver melhor. Às vezes acho que ele está com medo, não sabe o que
dizer, teme que eu surte, sei lá.
- E você o recriminaria por isso? Ele está
preocupado com você. Sabe o quanto essa notícia mexeu com suas emoções, sabe o
que Beckett significa para você. É óbvio que estará com medo, sis, ele é
humano, te ama e não quer pensar em ficar um segundo sem você. Não quer
carregar a culpa de você mudar.
- Mas eu não vou mudar, Gigi. Eu o amo também e
não quero vê-lo triste, nem fazendo besteiras. Eu só...
- Eu entendo, você quer um tempo. Ele tem medo
que você entre em depressão – Stana ficou calada, somente agora percebeu o
quanto o marido sofria calado – não deixe essa jogada ridícula de um bando de
executivos cartolas mudar quem você é. A Stana que eu conheço é forte,
decidida, uma atriz talentosa, uma mulher apaixonada pela vida e pelo seu
marido. Alguém capaz de se reinventar. Há muito de Beckett em você, o lado bom
e o lado ruim, da insegurança, do medo. Você já viveu isso com algumas crises
de ciúmes ao meu lado, não? – ela assentiu com a cabeça – ótimo, use o lado bom
da Beckett. Você tem o direito de sofrer, de sentir a dor, o pesar, mas terá
que se curar, voltar a viver como antes.
- Eu sei... eu disse que isso não mudaria
nossos planos. Será que ele não acreditou em mim?
- Claro que sim. Você tem alguma dúvida de que
esse homem faz tudo por você? Stana se você disser pule, ele pergunta que
altura. Fará o que precisar para te ver 100% novamente. Eu sei que não desistiu
da sua família e eu também quero meus sobrinhos.
- Mamãe me ligou...
- Deixe Dona Rada comigo. Não precisa dar
satisfações a ninguém.
- Gigi, eu estou indo passar um tempo longe da
muvuca de LA. Vamos para a casa de um amigo nosso em Santa Barbara. Não sei se
será por um semana, duas, só fico com pena da Anne, o aniversário dela é
amanhã, eu e Nathan sempre fazemos algo diferente, porém dessa vez...não tem
clima. Você pode levar o presente dela? Quando falar com a minha pequena pode
dizer que tivemos que viajar. Vou ligar para ela, darei os parabéns. Eu só não
estou no clima de festa.
- Fora o seu aniversário... – lembrou Gigi –
vai ficar sem comemoração?
- Tudo indica que sim.
- Eu compreendo, sis. Uma pena porque eu
realmente estava pensando em fazer algo lá em casa. Jeff e eu estávamos
conversando sobre isso.
- Oh... estou tão envolvida com meus próprios
problemas que sequer lembrei de perguntar. Como vocês estão se virando? Por
acaso você ainda não fez o homem desistir de você, certo?
- Não. Está muito recente ainda, estou tentando
me acostumar com as novas regras. Depois conversamos sobre isso. Não é
prioridade – ela pegou a mão da irmã, beijou-a – Stana, promete que não vai
ceder a tristeza? A pressão? A última coisa que quero é ver você deprimida
pelos cantos, sem comer e esquecendo-se de viver. Pense em Nathan. Não pense
que a situação está sendo fácil para ele também.
- É, eu vi o que alguns fãs malucos andam
fazendo. Ele está sendo alvo de ataques, o culpam pelo que aconteceu, falam que
ele me maltratava, me fazia chorar. É tudo tão ridículo! Nathan é o cara mais
dócil e gentil que conheço. Todos naquele estúdio o adoram, sempre agradou, com
sorrisos, pequenos gestos, souvenires. É injusto como o acusam. O pior é que
não posso fazer nada. Não posso defende-lo sem expor a nós dois. Sei que ele
está remoendo tudo e assumindo a culpa. Não quero que ele faça nenhuma besteira
com o pessoal da ABC. O problema deles era comigo, não com Nathan.
- Mais uma razão para você dar atenção a ele,
não deixar que o que ocorreu te atinge em cheio, caso contrário, se demonstrar
fraqueza e vulnerabilidade, ele correrá para brigar com a emissora e pode ser
afetado por seus atos.
- É, tenho que buscar coragem e força...
- Nada melhor que fazer isso junto de quem se
ama, sis – Gigi beijou o rosto da irmã.
- Obrigada, sis – Stana se levantou da cama
entrando no seu closet retornando com uma sacola grande que Gigi deduziu ser o
presente de Anne.
- Sempre as ordens e vê se não desaparece.
Mande notícias – elas desceram juntas as escadas. Nathan estava colocando a
última valise no carro. Estava mais do que pronto para pegar a estrada – faça
uma boa viagem, Stana. E você – ela virou-se para o cunhado – cuide bem dela –
Gigi piscou para Nathan e beijou-o no rosto. Saindo pelo portão. Nathan sorriu
admirando o jeito que a irmã de Stana levava a vida.
- Está pronta, amor? – perguntou virando-se
para a esposa caminhando até onde ela estava. Ele enlaçou-a pela cintura e
sorriu antes de beijar-lhe suavemente os lábios.
- Sim, podemos ir.
- Ótimo. Se meus cálculos estiverem corretos,
chegaremos na casa daqui a duas horas e meia.
- Tudo isso? Não é tão longe assim.
- Não, mas não iremos direto para lá. Faremos
algumas paradas nas estradas, almoçaremos. Não temos pressa, Staninha. Vamos
relaxar. Vá indo para o carro, vou fechar o resto da casa e pegar meu
carregador do celular – beijando a testa dela, ele se separou para realizar as
últimas tarefas. Dez minutos depois, eles deixavam a garagem dirigindo rumo a
estrada interestadual.
Após trocar da rodovia alternativa para a
principal, Nathan decidiu que era o momento de colocar alguma música para
tocar. Stana mantinha-se calada com o olhar perdido através da janela. Conectou
seu ipod no carro e a melodia do piano encheu o ambiente. Sara Bareilles.
Apenas para agradar a esposa. Os acordes de “Let it Rain” chamaram a atenção
dela que voltou a olhar para Nathan e sorriu.
- Espero que a seleção musical esteja de seu
gosto, Staninha.
- A julgar pela primeira música, diria que
acertou em cheio – ela acariciou a coxa dele, sorrindo timidamente.
- Ótimo! Procure relaxar, amor. E se quiser
dormir na estrada, fique à vontade. Vamos tentar manter nossas mentes ocupadas
e sem pensar em trabalho ou os últimos acontecimentos. Precisamos cuidar de
nós.
- Sim, cuidaremos de nós.
A viagem foi tranquila. Nathan parou em um
restaurante de frutos do mar na cidade vizinha. Almoçaram e tomaram um café de
frente para o belo mar. Uma mistura de azul turquesa e um verde claro. Stana
sorriu quando Nathan comentou que o oceano mudava de cor conforme o humor, o
mesmo que acontecia com os olhos dela. Retornaram a estrada e chegaram ao
destino final um pouco mais de três da tarde. O caseiro os recebeu de acordo
com as orientações de Trucco. Acomodou-os e informou que o jantar seria servido
as sete da noite.
Cansada, mesmo após dormir em grande parte do
trajeto, Stana jogou-se na cama de tamanho king espreguiçando-se. Nathan fez o
mesmo, as costas doíam principalmente o ombro direito. Ele já vinha sentindo
dores desde as filmagens das cenas de ação da season finale, mas não ligou
embora soubesse que o seu histórico de pancadas nesse ombro era antigo e longo.
- Vou tomar um banho.
- Isso, você vai primeiro, eu vou ficar aqui na
cama quieto. Depois faço o mesmo. Ai podemos dar uma volta na propriedade antes
do jantar.
- Tudo bem – ela não reclamou, sabia que ele
estava cansado de dirigir.
Uma hora depois, eles deixavam o quarto para o
passeio. Nathan estava determinado em manter a esposa ocupada e
proporcionar-lhe o melhor momento naquele lugar.
Continua....
9 comentários:
Poxa Ka que Cap triste nem sei o que comentar to com meu coração 💔😢😭
Apenas: tiste, muito tiste!
Muitaa tristeza define esse capítulo!!!! Ódioo mor da ABC e daquela presidenta q acabou com nossa série!!!
Ahhhhhh,e se eu já tinha abuso por Molly, vc alimentou ainda mais ele!!!kkkkkkk
Mulherzinha enjoada!!
Triste d+ esse capítulo
Não quero nem imaginar o que vem pela frente ate ela melhorar de vez. Só espero que o Nate esteja ao lado dela todo o momento.
Ai que dó, da minha rainha.
Eu confesso que antes mesmo de lê eu já estava em lágrimas,relembra de tudo ainda dói,dói como se tivesse acontecido comigo ou com alguém da família (o que não deixa de ser comigo e com alguém da família) agiram de forma egoista em relação à demissão dela.Ainda bem que a série foi cancelada nunca que eu iria assistir Castle sem Kate Beckett.
Tenho certeza, falo por mim, mais sei que todos os fãs ficaram arrasados com a demissão da Stana, nossa querida Kate Beckett, mais ler esse capítulo fez a ferida, que não sei se vai ser curada, doer ainda mais, embora já tenha se passado algum tempo. E eles ainda queriam fazer uma nova temporada, que eu não iria ver,ainda bem que foi cancelada.Ansiosa Karen pelos próximos capítulos. Espero que possamos realizar nossos sonhos em relação a eles através das FICS.Abraços.
Nate sem Igual e ainda ta com dor 😭
Aiiiiiiii! Eu tô toda coisada ainda... Sofri de novo... To meio em transe tb... kkkk
Kah, voce conseguiu passar todas as emoções... Meu odio por essa presidente só aumentou... Stana, sou eu, naqueles dias... Eu chorava ate no trabalho... Gigi, tão linda...
Louca pra ver a reação dessa bitch, quando nós mostramos quem manda (maneira de dizer)... hahaha
Eu to sem palavras... Sorry...
Esperando o próximo...
Postar um comentário