quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

[Stanathan] Kiss and Don't Tell - Cap.124


Nota da Autora: Nesse capitulo temos a conclusão temporária da situação de Gigi e Steve. Mais peripécias de Katherine e planos para o dia dos namorados... alguém não anda muito satisfeita...enjoy! Os próximos prometem festa!  



Cap.124 

Gigi continuava em velocidade total. Contatara todos os fornecedores, determinava prazos de entrega para os materiais e supervisionava o trabalho da equipe de dois em dois dias. A sala de jogos estava com outro aspecto. A pintura clareara o ambiente, a iluminação fora renovada e hoje ela levou os primeiros objetos de decoração e os nichos para o videogame e a tv. Os quadros deveriam chegar em dois dias e tudo estaria pronto. 
A sala de estar também estava a meio caminho de sua conclusão. Nesse caso, porém ela somente finalizaria o cômodo depois que a firma em New Jersey entregasse os novos móveis, o que estava previsto para meados de fevereiro. Assim que terminasse a sala de jogos, o proximo cômodo que ela ia iniciar era a área externa. Queria a presença do casal para iniciar o quarto. 
Chegou em casa por volta das sete apenas para descobrir que estava sozinha. Os sogros tinham ido passar o dia com a neta e ainda não voltaram, o marido deveria estar trabalhando ainda. Decidiu aproveitar e ter um momento para si. Encheu a banheira de agua quente, colocou sais de banho, um pouco de sabão para espuma. Tirou a roupa, prendeu o cabelo em um coque e entrou na banheira. Era relaxante após um dia exaustivo de trabalho. 
Foi assim que Jeff a encontrou. De olhos fechados, quase cochilando na banheira. Ele inclinou-se e beijou-lhe a testa. 
— Curtindo um momento sozinha, Gi? 
— Hey… faz tempo que você chegou? Aliás, há quanto tempo estou aqui? - ele pegou a mão dela beijando as pontas dos dedos. 
— A julgar pelo seus dedinhos enrugados, um tempinho. 
— Seus pais já chegaram? Não tinha ninguém em casa. 
— Sim, estão lá em baixo arrumando a mesa para jantarmos. Que tal encerrar esse banho agora? - ela puxou a gravata dele. 
— Que tal você entrar aqui e tomar um banho comigo? 
— Gi, estão nos esperando para jantar… 
— Prometo que vai ser bem rapidinho - puxou Jeff para a banheira de roupa e tudo. 
Meia hora depois, eles finalmente aparecem na sala. Cookie apenas trocou um olhar com o marido ao ver Gigi e Jeff de cabelos molhados e pijamas.
— Estou morrendo de fome! O que tem para jantar? Como foi seu dia, sogrinha? Se divertiu muito com a minha fofinha? 
— Ah, foi ótimo! Essa menina está cada dia mais engraçada, safadinha mesmo. Quanto ao jantar, vai ter que esperar mais um pouco. Vocês demoraram tanto a descer que esfriou. Preciso esquentar outra vez. 
— Eu espero, sogrinha - ela sentou-se à mesa. Jeff sentou ao seu lado, reparou que tinha um envelope nas mãos - o que você está segurando ai, Jeff? O que tem nesse envelope? 
— Essa é a nossa reserva do hotel em São Francisco. Também já emiti as passagens, comprei ingressos para o teatro na nossa primeira noite e fiz uma reserva em um dos restaurantes da cidade com uma programação especial para o dia dos namorados. 
— Jura? Iremos mesmo viajar? 
— Achei que já tínhamos concordado com isso. 
— Claro que concordei, eu só estou feliz porque agora é real - ela inclinou-se e beijou - nossas mini ferias. Nem acredito que vamos fazer isso. Estou ansiosa. 
— Gigi é apenas São Francisco.
— Não, é São Francisco com você, gostoso. Tem um significado totalmente diferente - ela sorriu apertando a coxa dele por baixo da mesa. Dona Cookie trouxe o jantar quente para a mesa. Era um guisado de carne com bastante legumes - hum, isso está cheiroso. Deu agua na boca. 
— Podem comer. Tem um molho de pimenta à parte para quem quiser. 
Depois do jantar, Jeff e Gigi ajudaram a arrumar tudo. Ela estava tão empolgada com a noticia da viagem que não se importou em lavar louça. Despediram-se dos sogros e subiram para o quarto. Após a higiene pessoal, eles deitaram na cama king size. 
— Sabe, você foi bem rápido organizando essa viagem. Eu estava pesquisando algumas coisas e encontrei uma informação sobre uma festa mexicana em uma boate bem badalada. Não é perfeito? Nossas férias e uma festa com tequila. Nada melhor para nós, certo? 
— E nem preciso perguntar se vamos. É obvio que sim. Você e tequila, que Deus me ajude! - Gigi riu. 
— Esteja preparado, meu gostoso. Prometo ser uma noite incrível. Está na hora de dormir. Vai ficar assim, longe de mim? - ela se aproximou dele. 
— Culpa da cama - ele a abraçou de conchinha e fazendo caricias no pescoço dela, eles acabaram adormecendo. 

XXXXX 

Stana tinha saído para fazer compras e dona Cookie ficou tomando conta da neta. Após a nora chegar e colocar as sacolas sobre o balcão, Stana tirou o casaco, trocou de roupa e voltou para arrumar as coisas. A sogra estava com Katherine no tapetinho. 
— Stana, se eu contar o que sua filha fez hoje você não acredita. Ela estava aqui nesse mesmo lugar e de repente engatinhou até o sofá ficando de pé. Eu estava ouvindo umas musicas no celular e ela começou a se requebrar. Pode imaginar esse pingo de gente balançando o bumbum rindo e batendo os pezinhos? 
— Ah, não acredito que perdi isso. Quanto a ficar de pé, isso é natural. Começou há uma semana. Eu estava separando as roupinhas dela para lavar depois de dar banho. Tinha a colocado no berço, bastou eu virar para pegar o cesto Kate estava de pé segurando na lateral do berço e se debruçando. Por que a senhora acha que eu baixei mais o colchão? Ela é rápida. Qualquer dia vamos encontra-la do lado de fora do berço. 
— Aposto que se você colocar alguma música para tocar ela repete a cena. 
— Será? Adoraria gravar para o Nate… 
— Espere deixa eu usar meu celular assim você grava com o seu e manda direto para ele - dona Cookie acionou a seleção de música e esperou. Katherine que estava entretida com um dos brinquedos que ganhara no natal, atentou para o barulho da música e imediatamente deixou a brincadeira de lado engatinhando até onde a vó estava sentada no sofá. Fez exatamente o que ela dissera. Stana filmava tudo com cara de boba. A menina começou a mexer os pezinhos e balançar os quadris, a fralda evidenciava ainda mais o bumbum proeminente. Stana ria sozinha. 
— Está dançando, meu amor? Você gosta da música? - Kate olhou para a mãe e bateu palmas, claro que o gesto a fez cair de bunda no chão. Isso não a abalou. Se levantou e continuou o rebolado - daddy vai gostar disso, não é a coisa mais linda? - ela balbuciava vários sons na sua própria linguagem que Stana entendeu ser a forma dela expressar estar gostando da música. A canção terminou e outra começou. Katherine continuava se divertindo dançando do seu jeito - está vendo o que lhe espera quando sua filha estiver mais velha, babe? Kate, dá um tchau para o daddy - ela obedeceu levantando a mãozinha na direção de Stana - mamãe ama muito você, meu bebê. 
Satisfeita, ela terminou o video e enviou para Nathan. Não demorou nem cinco minutos e o celular de Stana tocou. 
— Adivinha quem está ligando, Katie… oi, babe! 
— Staninha! Não me diga que minha filha está andando… 
— Ainda não. Por hora, ela só quer dançar. Não é a coisa mais linda, Nate? 
— Sim, eu fiquei bobo de ver. Cadê ela? 
— Está na minha frente e continua dançando. Espera vou virar a camera - assim que a imagem da menina apareceu, a voz de Nathan foi suficiente para chamar sua atenção. 
— Oi, minha princesa! Katherine, é o daddy. 
— Dada…dada… - no mesmo instante ao ver a imagem do pai ela parou de dançar e veio engatinhando para perto do celular. Stana agachou-se para que a menina pudesse ver direito. 
— Você estava dançando, meu amor? Daddy achou lindo! 
— Quer dançar para o daddy, Katherine? Ele quer ver você dançando - disse Stana. Dona Cookie voltou a canção anterior e aumentou o volume. A menina tornou a engatinhar. Dessa vez, ficou de pé na mesinha de centro e novamente dançava. Agora era Stana que assistia a reação de Nathan, a mesma cara abobalhada. Dois babões - eu adoro que ela tenha puxado sua anatomia fica ainda mais fofa ao se remexer e ainda canta do jeito dela, está ouvindo? 
— Sim, ela tem gingado. Tenho medo do meu futuro - Stana gargalhou - é sério! 
— Ainda tem muito tempo até lá, Nate. 
— Só espero que eu não perca a primeira vez que ela andar. 
— Não vai, tenho certeza. Está tudo bem por ai? 
— Tudo ótimo. Estou no intervalo do almoço. 
— Promete ligar mais tarde para conversarmos? Vou deixar você almoçar em paz. Eu tenho um monte de compras para guardar. 
— Eu ligo. Katie, dá tchau para o daddy - a menina repetiu o gesto de antes. Nathan jogou beijo para ela, claro que retribuiu - tchau, amor. Um beijo para você também - como fizera várias vezes, Stana beijou a tela do celular e desligou sorrindo. 
Ela estava terminando de arrumar as coisas na geladeira quando a campainha tocou. Dona Cookie pegou a neta no colo e foi ver quem era. Logo Stana ouviu as risadas e a voz alta de Gigi brincando com sua filha. Ela entrou na sala com a menina nos braços. 
— Hey, sis! Tudo bem? 
— Hey, Gigi. O que a traz aqui no meio da tarde? 
— Acabei de sair da casa do Ryan. Estava lá desde às nove da manhã dando instruções e supervisionando os rapazes. Está tudo andando às mil maravilhas. Quando ele voltar de Vancouver vou estar com a sala de jogos pronta para recebe-lo, a sala de estar meio caminho andado e começando a área externa. 
— Nossa! Você está com tudo. Detecto pressa em terminar? 
— Nada, sis. O cronograma está dentro do que previ. Além do mais, o que vai tomar mais tempo será o quarto e ainda tenho que esperar o prazo dos modulados. Não estou correndo. 
— Se você diz. 
— Tem café nessa casa? 
— Não, mas posso fazer um para nós - disse dona Cookie. 
— Tenho novidades. Eu e meu Jeff iremos passar o dia dos namorados em São Francisco. Não é ótimo? Estávamos precisando de um tempinho para nós, você sabe desde aquele pequeno incidente com Steve. Ele já comprou as passagens, fez reserva de hotel, comprou ingresso de teatro e reservou o restaurante onde iremos comemorar a data. Sabe o que é melhor? Eu pesquisei e encontro uma festa mexicana acontecendo no mesmo dia em uma das melhores boates de São Francisco. Claro que iremos curtir, não? É a nossa cara. 
— Alguém está empolgada com a viagem, dona Cookie. Acho ótimo, sis. Acho que estou ficando velha, a única coisa que quero de dia dos namorados é meu marido ao meu lado. 
— Você fala da boca para fora, na hora do rala e rola continua a mesma insaciável de sempre. 
— Gigi! - Stana gritou. 
— Que tal mudar o rumo dessa conversa? Como mãe não estou interessada nas peripécias dos meus filhos. Stana, mostra para sua irmã a mais nova de Katherine. 
— O que você andou aprontando, minha fofinha? 
— Isso - Stana acionou o video que mandara para Nathan. Gigi ria da cena. Tascou um monte de beijo na menina fazendo-a gargalhar. 
— Quer dançar para a dinda, Katherine? Conheço uma música que é impossível de não se dançar - ela colocou a menina no chão e no seu celular colocou “Starving” para tocar. Gigi tomou à frente dançando. A principio, Katherine ficou sentada apenas observando a tia. Então, se apoiou na mesa outra vez e dançou com Gigi. Claro que Stana gravou a brincadeira. Ao terminar, a menina batia palmas. 
— Esse video vai especialmente para o Jeff. Mandei para você, Gigi. 
— Meu amor, você é muito fofa! - Gigi a pegou no colo e novamente encheu-a de beijos, a gargalhada das duas enchia a sala. 
— O café está pronto, sua doida! - Stana ria do jeito da irmã. Ela se aproximou e Stana pegou a filha do seu colo sentando-a na cadeirinha. Pegou um biscoito e deu na mão da menina para entrete-la enquanto tomavam café. 
O mês de janeiro acabou rapidamente. Era a primeira semana de fevereiro e Gigi não podia estar mais feliz. Tudo o que ela previra para acontecer na reforma da casa de Ryan estava dentro do prazo. Sala de jogos concluída, sala de estar pintada, iluminação concluída. Alguns nichos chegaram há dois dias e ela já orientara a equipe para instala-los na manhã seguinte. Era um bom sinal. Essa tarde, ela tinha uma reunião no escritório com os sócios para falar sobre isso e alguns potenciais fornecedores que Gary encontrara. 
Assim que Phillip ligou, ela seguiu para a sala de reunião com uma atualização do projeto. 
— Olá, Gigi. Você anda ocupada. Quase não para no escritório! E está deixando Mark doido com suas revisões das plantas. 
— Ele é novo, pode aguentar. Afinal, não é para adquirir experiência que ele está estagiando aqui? Você tem razão, Gary. Estou bem ocupada, mas o projeto está saindo dentro do previsto. Querem uma atualização? 
— Por favor! - ela passou quase meia hora falando. Deixou seus sócios empolgados - eu estou curiosa para ver a reação dele. Acredito que irá gostar bastante - em seguida, foi a vez de Gary expor as informações sobre os fornecedores. Gigi deu sua opinião, o mesmo fez Phillip. Acordaram em fazer uma auditoria separadamente. Assim, com todos os pontos de vistas, eles decidiriam como poderiam testa-los. Gigi já ia se levantar para voltar a sua mesa quando Phillip comentou. 
— Um momento, Gigi. Tem mais um assunto que queremos discutir. Que tal fazermos uma pausa para ir ao banheiro e tomar um café antes? 
—Tudo bem, mas pode me dizer sobre o que vamos falar. Preciso saber se irá demorar. Quero ligar para um fornecedor na Europa ainda. Tenho no máximo uma hora. 
— A intenção é terminar bem antes disso - eles fizeram a pausa. Gigi acabou indo ao banheiro e de volta a sala com uma caneca de cappuccino nas mãos, ela sentou-se ao lado de Gary para continuar a reunião - o assunto que gostaríamos de falar com você é a conta de Steve. Eu e o Phillip conversamos muito, analisamos todas as nossas alternativas e temos uma proposta para tentar solucionar o nosso problema. Queremos dividi-la com você. 
— Podem falar. 
— O contrato que assinamos com as lojas do Sr. Mackenzie tem uma cláusula de rescisão acordada em $100.000 dólares ou houver descumprimento de algo exigido por lei não há necessidade de continuar. Estávamos pensando que falar do assédio sem provas não vai fazer o cara aceitar a rescisão sem receber nada. Então, o que iremos propor para ele se você estiver de acordo é reformar a próxima loja da escolha dele com Mike a frente do projeto. Ele terá o tempo da reforma para encontrar outra firma de design para fazer as demais. Estamos falando de uma média de três meses. Não vejo problema. 
— Espera, deixa eu ver se entendi. Você irá propor continuar com o projeto por mais três meses e dispensa-lo sem pagar um único dólar? 
— Esse é o plano. Se ainda assim ele ameaçar de processar ou de colocar advogados no meio da discussão, eu e Phillip estamos dispostos a pagar a multa. 
— Gary, $100.000 dólares é muito dinheiro! Nós precisamos dessa grana. 
— Eu sei, mas também é menos de 1/4 do seu projeto com Ryan Reynolds. Phillip está trabalhando com um potencial cliente que pode ajudar nisso também. E sempre podemos economizar por um tempo se as coisas apertarem. Gigi, eu não vou tolerar esse tipo de atitude de um cliente. Acredito que ele vai ficar receoso em receber um processo de você. Há reputação em jogo. As lojas dele, a marca. Ele irá pensar duas vezes antes de recusar. Apenas queremos saber se você está de acordo com essa estratégia. 
— Bem, não é como se tivéssemos muitas outras. Você já contou a novidade a Mike? 
— Irei contar hoje. Queria falar com você primeiro. Como ele fez parte da sua equipe no inicio, ajudou-a considerei a melhor pessoa. Além do mais não irei contar a razão por trás do seu afastamento. Irei falar do seu novo projeto e que quero testa-lo como gerente de projeto. Isso irá anima-lo. 
— Tenho certeza que sim. 
— Mais uma coisa - disse Phillip - sugiro você não aparecer amanhã aqui no escritório se quiser evitar um encontro indesejado com Steve. Vá para a casa de Ryan ou trabalhe de casa. Será melhor para todos nós. 
— Pode contar com isso, a ultima coisa que quero é olhar na cara dele. 
— Eu sei que não é a melhor solução diante do que ele fez, porém é a única que temos disponível no momento. Um cara como ele, não faz isso apenas uma vez. Um dia ele será pego e terá que responder pelo que fez. 
— Tomara que você esteja certo, Gary. 
— Era isso. Pode voltar ao seu trabalho. 
— Obrigada novamente aos dois. De verdade. 
— Gigi, essa firma depende de nós três agora. Se um dos pilares não funciona, a casa não se sustenta. Tenho um ótimo pressentimento quanto ao seu novo projeto. Acredito que ele possa abrir muitas portas para nós. 
— Eu torço por isso, Phillip. Agora se me dão licença, eu preciso ter uma conversa séria com um fornecedor - sorrindo, ela saiu da sala. 
No dia seguinte, Steve Mackenzie chega a Williams, Morris & Katic para sua reunião com os sócios quinze minutos antes do horário combinado. Ele estava curioso para ver Gigi na mesa junto com os demais sócios. Gary e Phillip foram avisados da presença dele, mas optaram por manter a reunião no horário agendado. Eles primeiramente conversariam com o Sr. Mackenzie acertariam tudo e somente então chamariam Mike para ser apresentado como o responsável do projeto. 
Phillip foi quem recebeu o Sr. Mackenzie na recepção. Tinha combinado que Gary seria quem faria a proposta. Queriam ver a reação dele e se mencionaria algo antes deles o lance com Gigi. Sabiam que seria a primeira coisa que ele perguntaria quando notasse a ausência dela. Combinaram contar uma pequena mentira a fim de começar a reunião sem ela. 
— Como você está, Sr. Mackenzie? 
— Por favor, me chame de Steve. 
— Fique à vontade. Sente-se. Quer um café? 
— Aceito, creme sem açúcar. Obrigado. Está faltando alguém nessa reunião. Cadê a mais nova sócia da casa? A talentosa Gigi? 
— Ela anda trabalhando muito. Está em casa, adoentada. Não se preocupe, nada sério. Estamos todos servidos de café, acho que posso começar a reunião. Gostaria de tocar em alguns pontos do nosso contrato. Temos mais cinco lojas listadas aqui: Nova York, Boston, Sao Francisco, Orlando e Dallas. 
— Isso mesmo. 
— Tem uma cláusula no contrato que descreve a rescisão do contrato como $100.000 dólares ou caso o algum dos itens forem violados ou qualquer problema que desrespeite a relação de negócios entre nós. 
— Sim, eu lembro disso. Não entendo porque você está se referindo a isso. 
— Porque quero falar dos próximos passos. Tem preferência por alguma localidade? 
— Por faturamento seria Nova York, mas por comodidade para todos nós podemos fazer São Francisco. 
— Ótimo! Agora vamos a parte difícil. Você exigiu que o projeto fosse tocado por Gigi. Infelizmente, isso não será possível. Nossa sócia está com um projeto especial para um novo cliente, portanto ela está fora da reforma de São Francisco. Não se preocupe, estamos escalando um designer igualmente talentoso que trabalhou na primeira reforma com ela. Mike Richards. Tem talento e capacidade de tocar sua reforma. Contudo, acredito que você estava muito ocupado porque exatamente durante o período da reforma, você terá que procurar outra firma de design para tocar suas lojas. Em aproximadamente três meses, estaremos rescindindo o contrato com Sr. Mackenzie sem pagamento da multa rescisória. 
— Como é? Por que? 
— Simples, você violou a parceria. 
— Eu, o que? Eu não… ah! Claro… ela contou, por isso não está na reunião - ele suspirou profundamente - o que vocês querem com isso? 
— Terminar o nosso contrato em bons termos. Não queremos expor a situação. Seria ruim para os seus negócios. É por isso que iremos fazer a próxima reforma e daremos três meses para você conseguir um novo contrato. Todos ganham. 
— Fácil para você dizer. Eu não terei meu projeto da forma que queria. 
— E a culpa é toda e exclusivamente sua. Seu comportamento. Sua atitude. Por causa disso, eu e meu sócio decidimos que não manteremos nosso contrato com as suas lojas. Não toleramos assédio moral ou sexual, nem qualquer comportamento inadequado com os nossos funcionários, mais ainda quando o ocorrido envolve uma das nossas melhores profissionais e agora nossa sócia. O contrato pode ser milionário, mas não compra nossa integridade. 
O Sr. Mackenzie não sabia o que dizer. Tentava manter a pose, porém por dentro ele estava bufando. Como ela ousava expor o que aconteceu? Ele escrevera o email que a promoveu! 
— Vocês realmente acreditam nas palavras dela? Como vocês sabem se ela está dizendo a verdade? Já pensaram que ela pode ter me provocado? Quer dizer, ela é uma mulher atraente, sexy e… 
— Nem pense em dizer qualquer outro comentário sobre a imagem de Gigi. 
— Que droga! Eu escrevi o email que a promoveu! Naquela noite se tivesse contado o que ela fizera, vocês teriam demitido-a. 
— Não demos a sociedade para Gigi baseada em seu email. Era o nosso plano quando ela conseguiu a sua conta. E sim, acreditamos em tudo que ela nos contou porque Gigi é espontânea e transparente. Outra coisa que você pode não saber sobre ela, Gigi é muito bem casada, não precisa de escapadas. Portanto, a palavra dela vale muito mais para nós do que a sua - disse Gary - então, Sr. Mackenzie, vai aceitar a nossa proposta e terminar nosso contrato amigavelmente? 
Mackenzie bufou. 
— Não parece que tenho muita alternativa. Aliás, eu teria. Podia chamar meus advogados e reverter tudo a meu favor. Vocês não tem provas, porém isso só iria me custar tempo e dinheiro. Só me digam uma coisa: não existe outro projeto, certo? Ela apenas pediu para não trabalhar comigo. 
— Está errado. Gigi está em um novo projeto. Um cliente importante que ela mesma contatou, mas você está certo. Ela pediu para não trabalhar com você, para sequer ter que vê-lo outra vez - Gary viu Steve sentar-se outra vez. Baixou a cabeça e ficou pensativo - acredite. Nós estamos lhe oferecendo a melhor solução. 
— Tudo bem, eu aceito. 
— Ótimo. Eu tomei a liberdade de redigir um adendo para o nosso contrato. Pode ficar a vontade para ler e levar para seus advogados. 
— Não, tudo bem. Eu confio em vocês. Leio e assino. Não há necessidade de envolver meus advogados. Podem me dar alguns minutos para ler? Ah! E mais uma coisa: como eu apenas tenho direito a reforma de uma loja de acordo com o nosso novo contrato, terei que mudar a localidade. Em vez de São Francisco, eu escolho Nova York. Questão de prioridade. 
— Claro, continuo afirmando que o estabelecimento é de sua escolha. Enquanto você lê, vou chamar seu novo designer. Mike vai gostar bastante de trabalhar com você - Gary saiu da sala deixando Steve sozinho com a papelada. Phillip estava na porta da sala para dar uma certa privacidade ao empresário. Steve não sabia que o outro sócio estava próximo e acabou falando sozinho, recriminando-se. 
— Por que iria chamar meus advogados? Para passar vergonha porque não sei controlar meus impulsos? Bem feito, Mackenzie! Isso é o que você ganha por simplesmente pensar com a cabeça de baixo. Exatamente como aconteceu há três anos atrás com a sua gerente da loja de Nova York. Idiota! - balançando a cabeça, ele assinou o contrato. Do lado de fora da sala, Phillip olhava indignado. Reincidência. Que babaca! Um macho alfa idiota que pensa que todas as mulheres são objetos e só pensam em sexo e cama. Gary se aproximou acompanhado de Mike que estava bastante empolgado. Gary ergueu a sobrancelha como quem pergunta o que aconteceu. 
— Depois conversamos. Ele assinou. 
— Sr. Mackenzie, espero que esteja pronto para conhecer seu novo designer. Esse é Mike Richards. 
— É um prazer revê-lo, Sr. Mackenzie. Acredito que o senhor não se lembra, mas Gigi nos apresentou quando trabalhamos na loja de Los Angeles. 
— Por favor, me chame de Steve. Estou curioso para ver como você pretende superar Gigi na minha loja de Nova York. Quando você acha que podemos pegar um avião para sua primeira visita? 
— Quando o senhor… desculpe, quando quiser. Se me permite, eu tenho algumas anotações que fiz do projeto original de Gigi e gostaria de discuti-las com você, Steve. 
— Claro, eu tenho tempo ainda. Pelo menos quarenta minutos. Senhores, aqui está - ele entregou o contrato para Gary - se possível, gostaríamos de algum tempo a mais na sala para conversarmos sobre o projeto. Se nos dão licença, obviamente. 
— Por favor, podem ficar o quanto quiserem. O show é seu, Mike - Gary e Phillip deixaram a sala seguindo para o escritório de Gary. Após estarem sozinhos, eles examinaram o contrato e ficaram satisfeitos. 
— Foi melhor do que prevíamos, não? 
— Se considerarmos que ainda trabalharemos três meses com um tarado… ele já fez isso antes. Gigi é um caso reincidente. É doentio! 
— Eu sei, eu sei. A única coisa que podemos fazer é tentar apressar Mike para terminar a reforma da loja de Nova York antes do tempo. Vou ligar para Gigi. Conhecendo ela, aposto que está ansiosa por noticias.  
Gary tinha razão. Desde que terminara seu café da manhã e desejara um bom dia de trabalho para Jeff, Gigi sentou-se na frente do computador e jurou que trabalharia em uns desenhos para o quarto de Ryan. Ela contara ao marido a razão porque ficaria em casa hoje. Jeff apenas beijou seus lábios dizendo que ia dar tudo certo. Sugeriu que ela se dedicasse ao projeto novo. Seria ótimo se conseguisse. Ela suspirou. Infelizmente, não havia concentração. Era impossível pensar em outra coisa que não fosse o resultado da reunião de seus sócios com Steve. Dona Cookie notara a impaciência e por que não dizer ansiedade da nora. Viu-a se levantar várias vezes e rodar pela casa. Algumas vezes, isso podia significar que ela estava pensando ou tentando resolver algum problema. Não dessa vez. A preocupação no rosto de Gigi era real. 
— Filha, você está bem? Quer um café? - ela parecia não escutar - Gigi? - repetiu dona Cookie após toca-la no ombro. 
— O que? 
— Eu perguntei se quer um café. 
— Ah, claro! Obrigada, sogrinha - Cookie segurou a mão dela. 
— Está tudo bem, minha filha? - Gigi sorriu. 
— Está, e-eu só estou pensando em algumas coisas do trabalho. Nada demais. Vai fazer um cafezinho gostoso para nós? Eu vou ao banheiro. Já volto - Gigi subiu as escadas. Foi até o banheiro, lavou o rosto - droga! Por que eu estou tão nervosa com essa reunião? Vai ficar tudo bem - checou o relógio. Quatro da tarde. Eles já deveriam ter uma resposta, não? 
Dona Cookie estava terminando de passar o café quando viu o filho entrar. 
— Oi, mãe. Hum, o café está cheirando… - ele se aproximou e beijou o rosto da mãe - parece que adivinhei. Trouxe pão quentinho. Sei que a Gi adora. Cadê ela? 
— Filho, está tudo bem com a sua esposa? Estou achando Gigi agitada, nervosa. Ela não conseguiu se concentrar o dia todo desde que você saiu de casa. Sabe porque ela está assim? Ela está com algum problema? Ela não é assim… - Jeff sorriu acariciando o rosto da mãe. 
— Está tudo sob controle. Não se preocupe, mãe - nesse momento, Gigi reapareceu na sala. 
— Jeff? Já em casa tão cedo, amor? 
— Eu trouxe pão. Acho que adivinhei que você queria um café - ele se aproximou dela beijando-lhe o rosto e depois a boca. 
— Acho melhor tomar esse café então… - ela ia se afastando dele quando Jeff segurou sua mão e puxou-a de volta contra seu corpo. Com a outra mão acariciou seu rosto. 
— Alguma novidade? 
— Ainda não. Vem, a sogrinha já está desconfiada. Não vamos deixa-la mais intrigada ou preocupada. 
Eles estavam tomando café quando o celular de Gigi tocou. Gary. Ela se levantou da mesa e afastou-se para falar com ele. Jeff notou que não havia muita conversa por parte da esposa, ela apenas ouvia o sócio do outro lado da linha. 
— Tem certeza? É isso mesmo? - ouviu mais um pouco - tudo bem, obrigada. Vejo você amanhã, Gary - desligou o celular. Fechou os olhos e deixou um suspiro escapar. Voltou para a mesa e por impulso abraçou o marido beijando-lhe o rosto. Em seguida, ela sussurrou no ouvido dele - acabou, Jeff - beijou-o mais uma vez com empolgação - nossa! Eu estou com muita fome, sogrinha. Acho que meu Jeff trouxe pouco pão. Sou capaz de comer todos esses sozinha! Eu não almocei. Tem alguma coisa do almoço ainda? 
Cookie sorriu. Parece que a sua nora estava de volta enfim. 
— O que está acontecendo aqui? Vocês estão comendo e nem me chamaram? - disse Bob. 
— Se depender de Gigi, meu velho. Só iremos olhar. Ela disse que irá comer tudo. 
— Ha! Magrela desse jeito? 
— Hey! 
— Tudo bem, vou comprar mais pão - Jeff já ia se levantar, mas Gigi o impediu. 
— Não precisa, amor. Vamos tomar o café e mais tarde você faz um jantar bem gostoso para mim, combinado? 
— Combinado - assim que terminaram o café, eles subiram para o quarto. Sozinhos, Jeff perguntou. 
— Então? 
— Gary e Phillip conseguiram. Steve assinou um novo contrato aceitando que nossa firma conclua apenas mais uma loja. Ele tem três meses para encontrar outros designers. Eu não preciso vê-lo e não teremos que pagar nada por isso. Acho que a culpa o atingiu. Gary disse que me dá detalhes amanhã. O que importa é que acabou - ele a abraçou - vamos ter comemoração? 
— Um jantar especial? 
— Estava pensando mais em uma sobremesa… 
— Eu adoro a sobremesa, de verdade. Só que ela vem depois do jantar, Gi. Há uma ordem a seguir… 
— Você realmente quer falar de ordem nesse momento, Jeff? - ela se aproximou mordiscando a mandíbula dele enquanto sua mão ia até o meio das pernas dele. Jeff gemeu. 
— E-eu preciso… cozinhar… se quiser jantar… 
— Um aperitivo, então? - não resistindo, ele a agarrou com vontade jogando-a na cama. 
— Não me provoca, mulher… 
— Ah, eu adoro isso… - rindo, ela recebeu os carinhos do marido até sentir Jeff provando-lhe os seios. Então os risos transformaram-se em gemidos e por uns trinta minutos eles se mantiveram bem ocupados. 
No dia seguinte, Gigi chegou ao escritório muito animada. Queria ouvir todos os detalhes da reunião de ontem. Havia somente uma pessoa mais empolgada que ela. Mike. Ele veio logo contar as novidades para a amiga. 
— Eu nem sei o que pensar! Eu vou substituir você na conta do Sr. Mackenzie. Nunca imaginei isso em um milhão de anos, Gigi. Você é muito competente e ele gosta do seu trabalho. Espera muito de mim - na mente dela, Gigi respondia ao comentário de Mike. Ela também nunca imaginou passar pelo que passou, era a sua conta, o seu ticket premiado. Não mais. 
— Mike, você é talentoso. Quantas vezes me ajudou no projeto de LA? É a sua vez, eu estou muito ocupada. Parabéns e arrebente! - ela o abraçou mais uma vez e seguiu para a sala de Gary. Encontrou o sócio se servindo de café - bom dia, Gary. Eu pensei que ia ser a pessoa mais feliz desse escritório hoje, mas Mike me venceu. Fico somente com o curiosa. 
— Bom te ver animada, Gigi. Quer café? Vou pedir para o Phillip vir aqui para conversarmos. 
— Por favor! Quero todos os detalhes sujos! - Gary riu. Era bom ver a sócia em seu humor habitual. Em cinco minutos, eles estavam reunidos. Gary contou todos os detalhes da reunião, as reações de Steve e a forma como ele sabia que Gigi contara. Então Phillip descreveu o momento solitário de Steve. 
— Não foi a primeira vez, Gigi. Ele já fez isso antes. 
— Porco chauvinista! Isso me dá nojo! 
— Em todos nós, acredite. Tenho certeza que irá fazer outra vez. Na próxima, torcerei para que seja preso - disse Phillip - Fomos bem claros com Steve quanto a isso. Nossa integridade e valores são muito mais importante que uma cifra de dinheiro. 
— E por isso eu sou grata de trabalhar com pessoas maravilhosas. Vocês não comentaram nenhum erro ao me fazer sócia. Alias, quero dizer que as coisas estão indo muito bem no novo projeto de Ryan. Ele deve estar de volta depois da quinzena, tenho um cômodo terminado e estou ansiosa para ver como ele vai reagir quando vir. O que me leva a outro detalhe importante. Eu irei tirar um longo fim de semana de folga. Viajo dia 12 a noite e volto no dia 16. 
— Hum, dia dos namorados especial? 
— Acho que depois de uns meses sob tensão com toda essa situação, preciso de uma celebração. Eu e meu marido porque eu nem sei como ia aguentar tudo sem ele. 
— Você contou o que aconteceu? 
— Claro, não temos segredos. 
— Nossa! Isso deve ter sido pesado para ele. Acalma-la e ao mesmo tempo querendo matar o Steve. 
— É, como todo o homem ele queria socar a cara de Steve. Ainda bem que o convenci a ficar quieto ou a nossa situação teria ficado bem pior. Na verdade, acho que nós dois estávamos dispostos a enche-lo de porrada - eles riram - página virada! Tudo bem se eu me ausentar? 
— Claro, Gigi. Você é sócia. Faz sua agenda, decide seus compromissos. Basta nos avisar e isso você ja fez. 
— Obrigada! 
— Aqui - ele estendeu um papel para ela - caso você queira ler o contrato assinado. 
— Não, eu confio em vocês. Não quero mais contato com esse cliente. Agora se me dão licença, eu tenho que ir cuidar de uns materiais que precisam ser entregues até a próxima semana antes de viajar. 
— Aproveite, Gigi. 
Ao contrário da irmã, Stana não parecia estar passando por uma boa fase. Durante toda a semana, ela cuidou sozinha da sapeca da filha. Não apenas isso, ela estava cansada e com saudades de Nathan. Para piorar, estava enjoada quase como se uma TPM a dominasse em cheio embora soubesse que isso não era possível porque seu ultimo episódio fora no fim de janeiro. Stana acreditava estar apenas chateada e triste por estar passando muito tempo sozinha. O fato da irmã estar toda serelepe e de viagem marcada para curtir o dia dos namorados com o marido longe de Los Angeles não ajudava porque depois da conversa de ontem com Nathan, ela começava a duvidar se ao menos veria seu marido na data. 
Nathan explicou ontem para a esposa em uma ligação que estavam refazendo alguns diálogos, corrigindo audios e isso estava levando mais tempo dele na pós-produção do que imaginara. Ele dependia do trabalho do editor para definir se deveria refazer algo ou não e isso estava impedindo a sua saída de Vancouver. A noticia não foi muito bem recebida por Stana. 
— Você prometeu que estaria aqui essa semana, Nathan - apenas de ouvir seu nome por completo entendia que ela não estava feliz com a situação. Tinha que ir com calma. 
— Amor, eu sei que prometi. Infelizmente, não contava com a mudança. Eu remarquei minha passagem duas vezes já. 
— E pelo jeito vai remarcar mais. Eu já estou começando a achar que vou passar o dia dos namorados sozinha. Vou até comprar umas três garrafas de vinho para me fazer companhia.  
— Hey… não fique assim. Eu não vou deixar você sozinha no dia dos namorados, Staninha. 
— Como não? Não faça promessas que não pode cumprir, Nathan. Você está sem ideia de quando termina o trabalho, Gigi vai viajar no dia 12, Katherine provavelmente vai dormir às oito. É claro que vou ficar sozinha! - definitivamente, ela estava chateada. 
— Hey, o que está acontecendo? 
— E-eu só… eu estou com saudades, babe. E-eu não sei, parece que estou emotiva demais… só volte para casa. O quanto antes, por favor. 
— Farei o possível, Staninha. Eu te amo. 
Esse foi o final da conversa que apenas deixou-a mais ansiosa para encontrar o marido o que no seu ponto de vista não aconteceria tão cedo. 
— Chega de se martirizar, Stana. Levante a cabeça e faça algo - ela dizia para si mesma - Katherine… meu bebê, quer tomar um banho de piscina? É vamos brincar na agua, depois mamãe vai lhe dar banho e comida. Ai tiramos uma soneca juntas, que tal? - ela segurava a filha conversando diretamente com ela - é um bom plano para passar o tempo, não? 
— Dada… 
— É eu sei que você também está com saudades, mas Daddy está ocupado agora. 
Ela fez tudo o que prometeu com a filha. A menina adorou seu momento de recreação na piscina e comeu tudo o que Stana lhe deu. Após cantar, conseguiu fazê-la dormir. Não se preocupou em leva-la para o berço ainda. Deitou-a no espaço da cama que era de Nathan e aconchegou-se próximo a criança. Ligou a televisão, surfando pelos canais em busca de algo que a distraísse. Não estava funcionando. Por essa razão, ela acabou acionando o Netflix. 
Depois de meia hora assistindo Outlander, ela grunhiu com raiva. 
— Por que eu me torturo vendo essas cenas? Droga! A perfeita Claire e o maravilhoso Jamie se amando. Eu mereço. Devia matar a Gigi por isso! - ela se levantou da cama pegou Katherine no colo e a colocou no berço. Com a babá eletrônica nas mãos, ela desceu as escadas. Sentou-se no balcão com um pote de sorvete de um lado e o de nutella do outro. 
Por longos dez minutos, ela ficou sentada ali comendo o sorvete e o chocolate. Sua mente vagava nas lembranças do natal, a última vez que Nathan e ela fizeram amor. Ao lamber mais uma vez a colher cheia de nutella, Stana suspirou. Odiava se sentir assim, carente, solitária. Um lamento escapou de seus lábios mais alto do que ela pretendia seguido de uma exclamação frustrada.
— Maldito seja, Nathan! Por que tem que fazer isso comigo? - jogou a colher sobre o balcão. 
— O que exatamente eu fiz? - ele estava escorado em um dos pilares sorrindo quando Stana ergueu os olhos em direção a voz. 
— Filho da mãe! Você me enganou! - ela levantou do pequeno banco e caminhou na direção dele já empurrando-o contra o pilar com as duas mãos. Ela parecia com raiva e deu mais uns tapinhas no peito dele até que ele segurasse seus pulsos ainda sorrindo para a esposa.  
— Eu gostaria de dizer que essa recepção me excitou, mas não era bem o que eu tinha em mente embora esse resto de nutella no seu queixo e o gosto do chocolate em sua boca possa proporcionar algo realmente interessante… - a cara safada não negava.  

— Deus! Como eu senti sua falta, Nate - e sorveu os lábios dele com vontade.    


Continua...

5 comentários:

Unknown disse...

O que fala dessa fins sensacional, tudo perfeito.💗💗💗💗💗💗💗💗
Os sócios de Gigi, sendo não só profissional mas como amigo de verdade pois mesmo sem provas confiara na palavra da sua sócia, na história dela eles estão de parabéns👏👏👏👏👏👏👏
Kate dançando ,toda ser rebolado foi lindo de ser vê 😻😻😻😻😻😻😻😻.
Gigi dando conta do novo projeto e isso e maravilhoso, que venhas outros projetos tão bom quanto esse pois ela merece💟💟💟💟💟💟💟💟💟💟💟💟.
Jeff preparando uma supresa e tanto para ela uma semana para curtir o dia dos namorados imagem o que e como será essa curtição toda vai ser quente e muito quente🔥🔥🔥🔥🔥🔥🔥.
Os sogrinhos lindos como sempre 💞💞💞💞💞💞💞💞💞💞💞💞.
Agora vamos falar de Staninha e Nate ,primeiro ela toda orgulhosa filmando mas um momento de Kate para o Daddy fica orgulhoso da sua pricensa ,ele todo orgulhoso ao recebe o vídeo ,e logo liga todo orgulhoso perfeito simplesmente perfeito💗💗💗💗💗💗💗💗💗.,
Staninha chateada achando que ia passa o dia dos namorados sozinha, nossa Nate foi perfeito nesta Mentirinhas 😄😄😄😄😄😄😄😄😄.
O que pensa desse enjôo, desse sentimento frágil que nossa Staninha está vivendo toda emotiva, comendo Nutella e sorvete juntos e relembrando do dia do natal onde ela e Nate tiveram uma noite mas que perfeita um verdadeiro Always, será que poderemos de supresa😘😘😘😘😘😘.
E essa chegada inesperada de Nate foi sensacional 🌺🌺🌺🌺🌺🌺🌺🌺.
PS. Como sempre me empolguei no comentário ,já ansiosa para ler a próxima fins e doida pra vê esse desserola da chegada do Nate.
Kah você como sempre arrasando meus parabéns, não canso de lhe dizer que você e uma escritora extraordinária parabéns e parabéns👏👏👏👏👏👏👏👏👏.
PS desculpe por alguns erros, e pura empolgação

rita disse...

Amo essa fic demais, amo o Jeff e a Gigi. Mais gostaria de ler mais sobre a relação da Stana e do Nathan, gostaria que ficasse mais apimentada, que escrevesse mais sobre os dois.
Você é uma escritora excelente e espero que me entenda e não fique aborrecida comigo.
Abraços da amiga.

Vanessa disse...

Eu achei que o capitulo voou. hahaha
Pensei até que tinha sido curtinho demais. Mas vi aqui que foram 12 paginas, não foi curto hahaha
Gigi toda envolvida com o novo projeto. Fazia tempo que nao tinha relaxamento na banheira hahaha
Minha bichinha empolgada com a viagem. Tão fofinho. "É São Francisco com voce, gostoso". E ainda tem tequila hahaha
Não sei lidar com a fofura de Kate dançando. E ainda com o traseiro do pai hahaha
Adorei a cara dos pais babões, vendo a filhota dançando. Nate esqueceu até da mãe hahaha
Kristina e suas pérolas, deixando Stana envergonhada na frente da sogra. Dona Cookie dizendo que não queria detalhes da vida intima dos filhos hahaha
Até Gigi se rendendo ao requebrado da afilhada, e ainda colocou a musica dela pra pequena dançar. Jeff vai babar.
Hora de resolver aquele assunto pendente. WOW! Eu pensei que eles fosse apenas mudar o designer, mas eles foram além. Amei a postura dos sócios da Gigi, eles posicionaram ela sobre o que tinha decidido e ainda estava dispostos a pagar a multa. ♥♥
Sem falar que defenderam ela com unhas e dentes na frente daquele traste. Adorei! Foi uma solução bem razoável, embora a cadeia seria o que ele merece. Mas logo virá.
Minha bichinha agoniada e dona Cookie preocupada. Gostei deles tentando resolver isso entre eles, sempre preocupar os pais.
Como Gigi disse é pagina virada. Adoro quando ela "seduz" Jeff, ele não consegue dizer não hahaha
Achei hilario Stana brava, carente e etc hahaha
Chamando Nate de Nathan hahahaha
Tres garrafas de vinho hahahah Acho que vou fazer isso no ano novo. hahahaha
Gostei dela pegando Kate e se distraindo com a pequena na piscina.
Ri alto com ela vendo Outlander, e quase xingando Gigi hahahah
E ainda se acabando na nutella hahahah
Toda agressiva pra cima de Nate, acho que isso vai render coisas bem interessantes mesmo. Espero que a autora não nos prive disso... Vai ser intenso! hahaha
P.S. Vem São Francisco! hahahaha

cleotavares disse...

Tem coisa mais fofa do que a Kate? Não né? E esse bumbum rebolando, será que puxou ao papai?
Página virada com o caso do Steve. Gostei da atitude dos sócios de Gigi.
E a Staninha? Ai gente! Coitada. Tão carente. Assistindo Outlander (já cai nessa também, de tanto ler aqui e Michelle me contaminaram, kkk)
Ahhhh!Que surpresa boa Sr. Nathan, agora o bicho pega.

Gessica Nascimento disse...

Devo confessar que também fui contaminada pela Gigi... estou acompanhando Outlander 😁😁😁
Adorei a Kate dançando, tão lindinha!!
E esse final? D+++😍😍😍❤❤❤❤❤