terça-feira, 26 de dezembro de 2017

[X-Files] Sinais - Parte I



Sinais

Classificação: PG-13, NC-17.
Spoilers: All things e outros...

Disclaimer: Mulder e Scully não são meus vocês sabem que são do parafina Chris Carter e da FOX. Se fossem meus, ninguém estaria tão chateado ultimamente.
Resumo: Após o encontro com Daniel, Scully tenta entender o que isso  significou e o que fazer a partir de agora. 

Nota da Autora: Para aqueles que receberam meu texto eu continuo triste mas decidi escrever porque esse é o modo que eu conheço para colocar minhas emoções e manter viva a série que eu adoro. Fazer Mulder e Scully do mesmo jeito que todos conhecemos a 7 anos atrás. Espero que vocês gostem pois eu estava sem muita inspiração devido os acontecimentos. 
Nota da Autora 2: Acima vocês encontram a nota original. O motivo da tristeza era a briga de DD com a Fox e sua suposta saída da serie. Enfim, falando de coisas boas. Essa fic estava perdida. Quando meu pc pifou, ela desapareceu como tantas outras, mas a Pri encontrou-a em um site antigo de AX. Obrigada, Pri, dedico esse post a voce com direito a chuva de corações! 💗💗💗💗💗
P.S.: Essa será uma história de 2 partes, seguindo os episódios da série. A Segunda parte será tensa mas pouco densa tendo como spoiler Hollywood A.D. 






Sinais
Parte I


Ela dormira enquanto ele falava, ao perceber ele procurou acomodá-la da melhor maneira possível, não iria acordá-la. Pegou um cobertor e ajeitou sobre seu corpo. Após olhar para ela levantou-se do sofá e seguiu para o quarto. Pensava: "como em dois dias a vida de Scully sofrera tantas mudanças, surpresas?" esse era um lado da sua parceira que ele não conhecia. Seu passado. "Por que ela ficara tão chocada com o que lhe acontecera? Ainda bem que ela não ficou com ele pois se eu não a tivesse conhecido tenho certeza que não estaria aqui e não teria encontrado minha verdadeira razão de viver: ELA." Deitou-se na cama e pouco depois adormecera.

10:15 p.m. 

Scully mexeu-se no sofá e ao abrir os olhos percebe que ainda está no apartamento de Mulder. Cochilei, pensou. Levantou-se e parou na porta do quarto. Lá estava ele, dormindo plácido como um bebê. Ela sabia que esse era um momento raro, ver Mulder dormindo. Ele estava com aquela camisa cinza justa e tinha as pernas cobertas por um lençol. Ela adorava observar Mulder, cada traço, cada expressão, cada gesto. Ali, diante do seu parceiro e único amigo, ela começou a vagar nos seus pensamentos: 

"O que eu vi hoje naquele templo budista? (suspira) é Dana apesar de teimosa você tem que aceitar o que a vida está lhe mostrando. Ali eu tive um flashback da minha própria vida, algo que pensei não existir ou presenciar ou apenas acontecer quando estamos prestes a morrer. Hoje eu introduzi um novo modo de ver a vida à minha crença. Algo que desafia minha concepção e minha religião mas que de alguma forma renovou minha fé e meu espírito. Agora me lembro dos livros que li quando desesperadamente procurava a cura para salvar sua vida. Neles, o autor dizia coincidências não existem, nada acontece por acaso. O que é destino? Segundo ele, todos vem a esse mundo com uma missão a cumprir pré-determinada que nos é mostrada antes do nascimento. Tudo é escolhido, nossos pais, nosso temperamento, nosso futuro profissional e nosso propósito. Porém ao nascermos toda a informação é esquecida e nós não nos lembramos de nada, talvez fragmentos virão à tona se você souber identificá-los pois seu inconsciente tem sua vida gravada e será através dele que você fará seu caminho se for capaz de compreender. Haverão sinais durante o caminho, saber reconhecê-los faz parte do seu crescimento espiritual, eles estarão lá para guiá-lo para o seu destino. Você encontrará pessoas que lhe ensinarão algo sempre, cabe a você aceitar essa ajuda. Confesso que havia esquecido essas palavras até 3 dias atrás. Me pergunto qual era o propósito daquela troca dos raios x? Era um sinal. Precisava ver o Daniel mais uma vez porque ele tinha que me dizer o que devia fazer. Precisava parar e pensar em mim, na minha vida e só então eu compreenderia o real objetivo da minha presença aqui. Como eu cheguei até aqui?" 

Ela deslizou pela porta, sentou-se no chão e recostou a cabeça na porta.

"Como é minha vida? Eu nasci numa família amorosa, 3 irmãos sempre fui apegada a meu pai e a minha irmã, embora não consiga me abrir totalmente com ninguém. Em tudo o que fiz, mesmo na adolescência, dava o melhor de mim. Não admitia ser fraca ou menosprezada pelos outros. Fui uma aluna exemplar. Minha melhor amiga sempre foi a Missy. Conversava muito com ela, meus sonhos, meus medos, minhas descobertas tudo foi dividido com Missy. Meu primeiro namorado, o primeiro beijo, cada novidade, noites passadas em claro seja conversando ou estudando. Meu pai era um capítulo a parte. Oh! Ahab, sinto tanta saudade. Lembro quando voltava do mar e sentávamos junto à varanda e ali ficávamos horas a fio falando sobre as maravilhas do mar, suas lendas ,seus encantos. Eu o observava atenta, meus olhos brilhavam ao ouvir aqueles relatos. Momentos perfeitos. Ainda me pergunto se disse tudo que deveria, se demonstrei tudo o que sentia. Até hoje acho que lhe devo uma explicação sobre minha rebeldia de abandonar a medicina e entrar para o FBI, mas sei que você compreende que isso fazia parte do meu destino e você entendeu muito antes que eu mesma. Hoje eu posso dizer que fiz a escolha certa. O que ninguém sabe é que essa decisão envolveu a vida de outras pessoas Daniel e sua família. Meu relacionamento com ele era algo tão intenso e ao mesmo tempo fraternal que sufocava e imprimia em mim culpa, remorso por ser o centro de uma luta familiar, eu não tinha a intenção de destruir a vida de ninguém por isso resolvi deixá-lo. Foi quando surgiu o FBI. Entrar para o Bureau não foi uma fuga, eu realmente achei que podia fazer diferença. Lutar pela justiça e pelo meu país. Como imaginava, essa era uma nova fase da minha vida que se iniciava, outro desafio. Anos de estudo, esforço e dedicação me levaram a lecionar na Academia. O trabalho me consumia, comecei a moldar a minha nova postura tornando-me a sempre séria e responsável Agente Scully, a cumpridora de regras, a obediente e organizada agente que mostrava interesse e força para sobreviver e destacar-se naquele mundo, tanto que esquecera o principal: viver, deixara de lado meus anseios, meu lado mulher afinal, eu sou o sexo frágil. Quando finalmente estava me acostumando, outra mudança estava por vir. Eu sempre achei que da Academia eu passaria a atuar em outra divisão como a de crimes violentos talvez. Mas o destino me reservara outra surpresa e eu fui escalada para trabalhar nos Arquivos X ao lado do spooky Mulder." 

Ela olhou para a cama, Mulder continuava dormindo. Ela sorriu.

"Pensei que seria uma experiência interessante principalmente depois do nosso primeiro contato. Porém, jamais imaginei modificar toda a minha vida por algo ou alguém mas fiz. Houveram monstros, crimes, anomalias, serial killers, fenômenos sobrenaturais, doenças. Cada dia trazia algo novo, perigoso e intrigante. De alguma forma, sua paixão pelo trabalho me consumiu. Suas teorias malucas eram um aperitivo para desafiá-lo com a ciência e continuar a busca a seu lado e como toda busca exige sacrifícios, essa não podia ser diferente. Primeiro, minha abdução algo que não conseguia acreditar. Depois lutas constantes que persistem até hoje contra inimigos poderosos que insistem em esconder a verdade nos transformando em meras marionetes num plano audacioso e colossal para dominar o universo se possível. Meu afastamento da minha família para seguir sua causa onde tive por conseqüência a perda da minha irmã. De todos eles, o meu câncer foi o pior. Aquilo parecia o fim de tudo. Essa doença me fez refletir sobre a minha fé que se esvaia a cada pontada de dor, sentia que faltava pouco a fraqueza, o sofrimento, o jogo de verdades e mentiras que nos colocava a mercê da sorte, teria um fim. Eu estava inclinada a desistir, sem forças, não restava mais nada a fazer. O Deus misericordioso que um dia conheci havia tornado-se cruel, matando-me aos poucos. Talvez esse fosse o objetivo ainda assim eu pensava que se morresse a minha luta não seria em vão pois eles me deram essa doença para fazer você acreditar. O câncer havia vencido a mim mas não a você e por isso você salvou a minha vida, eu acreditei em você quando novamente o julgaram louco. Eu confiei em você como sempre e por essa razão eu venci o maior de todos os desafios: a morte.Eu continuei meu caminho ao seu lado e o destino resolveu brincar conosco outra vez. Só que os papéis se inverteram: você precisou de mim. Em busca da verdade que o salvaria, vi coisas que eu sequer imaginara, aquelas pedras continham descobertas que eram a chave para todas as perguntas já feitas pela humanidade e que nossa ciência busca tão arduamente. A prova para muitos céticos como eu, era o seu SANTO GRAAL. Algo que você interpretaria maravilhado. Dias e noites de enorme dedicação e dúvidas sentia-me angustiada, impotente. Minha ciência era ameaçada pela minha religião. O caminho era longo, eu temia que fosse tarde demais. Eu não o salvei sozinha, a razão fora esquecida pois já não discernia o certo e o errado. Foi o meu amor e minha fé que o ajudaram, minhas lágrimas e orações fizeram surgir uma força que achei haver perdido. Vê-lo sorrindo de pé a minha frente foi o melhor presente que já recebi, um milagre que eu ajudei a realizar apesar de estar muito confusa naquele momento. Hoje se contasse isso a alguém, provavelmente iriam me chamar de louca ou doente. Eu não me importo, ninguém entenderia o porque dessa luta. Confesso que às vezes nem eu mesma compreendo. Sei que ela ainda não chegou ao fim mas aprendi que uma vez vencido um desafio outro estará por vir, em proporções bem maiores que os já enfrentados. Essa é a regra da vida. No templo budista, eu finalmente descobri minha missão. Eu devo permanecer ao lado de Mulder até que encontremos a verdade e façamos justiça contra aqueles que durante anos nos sacrificaram em pró dos seus interesses. Mais do que isso, a minha vinda para os Arquivos X teve e continua tendo uma influência muito grande na vida de Mulder. Quem estaria disposto a enfrentar tudo isso ao lado de um homem obcecado por trabalho, alguém sem amigos, movido por sentimentos de perda e decepções? Quase ninguém. Há uma pequena diferença agora: o destino não será o único a ditar regras. Eu irei interferir como ele já o fez diversas vezes e aceitarei as conseqüências. Cansei de lutar contra eu mesma. Chega de máscara, quero a verdadeira Dana Scully: a mulher frágil, insegura, carente. Aquela que precisa ouvir e sentir o quanto significa para alguém. Durante esses anos tive medo da felicidade porque essa palavra significa mudar, perder a própria identidade. Várias vezes me julguei indigna de vivenciar coisas boas, momentos especiais. Por medo de diminuir, deixei de crescer. Por medo de chorar, deixei de rir. Antes que seja tarde irei acreditar, não deixarei a felicidade escoar pelos meus dedos e desaparecer. Talvez essa não seja a última chance de ser feliz mas sim o momento certo de torná-la real. É melhor arriscar do que passar o resto da minha vida especulando e se...?"

Ela permanecia sentada na porta, de olhos fechados com o rosto marcado por lágrimas teimosas que caíam. O que ela não percebera foi a presença dele à sua frente. Ele mesmo sem saber o que a afligia, a admirava. A fragilidade dela era algo que ele presenciara poucas vezes, os traços da beleza misturados a lágrimas o faziam lembrar porque a amava tanto, tinha o dever de protegê-la, queria afastar todas as preocupações que se mantinham presas aquele coração. Ele não sabia o que estava acontecendo, a angústia em sua fisionomia era visível. Por que ela estava chorando? 

"Scully você está bem?" Aquela voz que a guiara tantas vezes a afastou dos seus devaneios. Ela abriu os olhos ainda vermelhos e cheios d'água e como num impulso o abraçou e deixou o choro contido lavar sua alma para tornar verdadeira a mudança que estava por se concretizar. Ele ainda sem entender a abraçava ternamente. Por fim, ela afastou-se dele e encarou-o olhando direto nos olhos e sorriu entre lágrimas. Suspirou profundamente e só então falou 

"Mulder, 7 anos. É muito tarde para dizer 'Eu te amo'?" 

Ele esboçou um lindo sorriso que a deixou sem fôlego 
"Não Scully. Nunca é tarde para isso. É sempre bom ouvir 'eu te amo' especialmente da pessoa amada. Eu venho esperando por isso a muito tempo. A espera valeu a pena. A sinceridade e a doçura presente no seu olhar e nas palavras compensou cada minuto da espera." 

Ela inclinou-se e seus lábios finalmente se uniram expondo todo o sentimento guardado e reprimido durante esses 7 anos. A ferocidade tomava conta do beijo, lábios sedentos por se tocarem, mãos descontroladas passeavam por entre os cabelos, pescoços. Scully pensava 'tão diferente daquele beijo de ano novo, tão feroz' e enfiava sua língua na boca dele procurando tocar cada centímetro daquele que tornara-se agora seu objeto de estudo, tão desejada inúmeras vezes. Ele sabia o quanto significava aquele momento, o quanto ela relutara contra ele, queria saber o que a fizera arriscar. Mas não agora, nesse instante apenas queria senti-la. Porém, ela rompera o beijo o afastando um pouco a fim de visualizá-lo melhor. Ela deslizava sua mão por seu rosto estudando cada feição com os dedos. Sua testa, seu grande e imponente nariz, as pequenas marcas escuras formadas abaixo dos olhos evidência das poucas horas de sono, pequenas rugas em volta dos misteriosos olhos verdes acinzentados provando as lutas travadas contra o tempo em busca da sua verdade. Seus dedos estavam agora percorrendo as bochechas dele que fechara os olhos para melhor aproveitar o momento. O toque dela o deixava extasiado, fora de si. Seu dedo indicador brincava com a pequena verruga do seu rosto e finalmente chegou até os lábios, ela circulava-os com ternura inclinou-se e beijou-os rapidamente. Levantou-se com certa dificuldade e após estar de pé, estendeu a mão para que ele fizesse o mesmo. Ele ergueu-se e ficou a frente dela. Segurando em sua mão ela o guiou até o quarto em silêncio. Aos pés da cama, ela então falou: 

"Mulder, já nos conhecemos a muito tempo, sempre fomos sinceros, não temos medo de lutar pelo que acreditamos mas ainda tenho um segredo que está prestes a ser revelado. Eu quero mostrar o quanto você significa para mim e para isso você conhecerá outra pessoa, uma outra Scully que vive guardada aqui dentro - apontando para o seu coração - “e que irá se entregar de braços abertos a você expondo seus desejos mais íntimos. Uma Scully que te quer completo, cheiro, gosto, toque disposta a romper as correntes do seu coração e tornar tudo diferente a partir desse momento. Talvez você nunca tenha imaginado ouvir isso de mim, eu mesma duvidei se falaria algum dia, mas alguém deveria ver o sinal e estou feliz por ter sido eu. Preciso apenas saber se você está disposto a mudar." 

"Eu adoraria conhecer a outra Scully. Mostre-me quem ela é." E ela o fez. 

Devagar, as pequenas e trêmulas mãos escorregavam pelo peito dele até chegar à cintura onde ela pode puxar a camisa e tirá-la enquanto ele mantinha os braços suspensos para ajudá-la. Ele tinha o peito exposto à frente dela. Sem perder tempo, suas mãos percorriam o peito dele junto com os seus lábios que espalhavam beijinhos por toda a parte. Ela puxou o boxer que ele vestia deixando completamente nu e vulnerável. Dando um passo para trás, ela parou para contemplá-lo. Lindo, pensou. A natureza havia sido generosa com ele, apesar da idade, estava muito bem. Atraente, musculoso e agora essa beleza seria sua, o homem dos seus sonhos iria tornar-se real. 

"Mulder, acho que é a sua vez." 

Ele se aproximou e começou beijando o seu pescoço enquanto as mãos tiravam sua blusa. Foi descendo pelo seu cólon, seus seios, suas mãos faziam movimentos circulares na barriga dela para em seguida rodearem a cintura e soltarem a saia deixando-a encostar no chão. Do mesmo modo, ele tirara a meia-calça e ela o ajudou a livrar-se dela. Ele segurou os seios dela em suas mãos e ela estremecera a esse contato. Estava procurando o fecho do sutiã pois queria sentir e tocar os seios, a pele, mas não encontrava até que ela indicou o fecho na frente do sutiã. Meio encabulado, ele livrou-se da peça. Pronto, a vergonha de antes já desaparecera. Ele segurou-a pelas pernas e colocou-a devagar na cama. Ele debruçou-se sobre o corpo dela deslizando suas mãos pela barriga dela, beijou-a mais uma vez e continuou descendo seus lábios até os seios dela. Ele chupava suavemente o mamilo rijo enquanto sua mão segurava o outro seio. Ela suspirava e soltava pequenos gemidos. Ainda com sua boca ocupada brincando com os seios, desceu sua mão até as partes íntimas segurando com firmeza movimentando-a para cima e para baixo instigando, provocando. A outra mão estava entrelaçada com a dela. Ele deixou os seios e voltou à boca. Novamente eles experimentaram a sensação selvagem provocada pelo encontro de suas bocas insaciáveis. Ela o abraçava com força e rolou com ele invertendo as posições. Agora ela era quem iria deixar o desejo a guiar. Passou a explorar cada pedacinho do corpo dele fazendo-o suspirar deixando-o ainda mais excitado. Por fim ela segurou o membro rijo em suas mãos acariciando-o delicadamente com uma das mãos e massageando os testículos com a outra. Ele gemia e pedia "Scullie...pare...por...favor..." ela ria, gostava de ter o domínio da situação. Baixou a cabeça para beijar a ponta do pênis dele. 

Com a palma da mão, fazia movimentos circulares na cabeça do membro, ele estava perdendo o controle, ia gozar a qualquer momento mas não podia, teria que retribuir o prazer que ela o proporcionava. Ela deixou o que fazia, beijou-o mais uma vez e sussurrou ao seu ouvido. 

”Mulder, eu quero você. Quero você por inteiro dentro de mim agora." 

Era tudo o que ele queria ouvir. Ele deitou-se por cima dela e tornou a beijá-la. Sua mão desceu até a calcinha dela e retirou-a lentamente. Ele fazia pequenas carícias nas partes íntimas dela enquanto ouvia gemidos por ela pronunciados. Separou as pernas dela para então finalmente penetrá-la. Ao senti-lo entrar dentro de si soltou um grito, já fazia algum tempo que não sentia isso. Ele iniciou o movimento devagar, cautelosamente. Foi aumentando aos poucos, tinha uma mão segurando na cintura  e outra segurando a mão dela. Ela já perdendo o controle, querendo se entregar de vez pedia. 

"Mais rápido, rápido Mulder" - ele obedecia. Ela começava a sentir um calor enorme, um tremor que lhe subia dos pés a cabeça, estava perdendo os sentidos, faltava bem pouco para atingir o orgasmo. Ele pressentira e aumentava o ritmo pois também não conseguia se segurar por muito tempo. Ela gritava mais alto agora e sua mão procurava desesperadamente o lençol.

"Mulder não...pare....Mulder...." 

Ele pedia para que ela explodisse logo pois estava chegando ao seu limite. Aumentou o ritmo novamente e ela pôde por fim atingir o clímax quando ouvia ela dizer seu nome descontrolada "muldermuldermuldermulder.....ahhhh" ambos gritavam agora sem controle e gozaram juntos. Unidos de corpo e alma. Desejo e paixão. 

Ele escorregou sobre ela deitando-se a seu lado exausto. Ainda segurando a mão dela, a abraçou. Ela podia sentir o coração dele batendo descompassado, o corpo suado colado ao seu, quente. Ela ainda tremia. Ele dera outro beijo no pescoço dela que virou-se e beijou-o carinhosamente. Ela não podia controlar algumas lágrimas que caíam. Ficaram se olhando por um bom tempo. Enfim ele criou coragem e perguntou.

"Scully, o que aconteceu realmente? O que a fez agir desse modo? Eu gostaria de entender." Ela acariciou o rosto dele e falou.

"Sinais. Encontros e desencontros, chances já desperdiçadas durante o caminho, sentimento. Todas as coisas reunidas em um único pensamento, na única peça capaz de resolver o quebra-cabeça, o único mistério que muda a vida e a faz ser melhor a cada dia, a descoberta preciosa almejada por todo o ser humano. Amor, a razão da minha existência negada por um longo tempo. Meu amor por você." 

Ele ficara sem palavras. O que diria depois dessa declaração? Jamais se sentira tão amado em toda a sua vida. Apenas podia agradecer aos deuses por aquele presente magnífico envolvido em seus braços. 

"Obrigada, minha vida. Por amar, precisar. Eu sempre irei lembrar. Eu te amo, Dana Scully." E beijou-a mais uma vez. Permaneceram deitados e adormeceram nos braços um do outro. 

Ela tomara um banho e vestia-se. Em frente ao espelho, concluía seus pensamentos sobre a sua vida " O tempo passa em momentos, momentos que ao se voltar ao passado definem o percurso de uma vida assim como levam ao seu final. Como é raro nós nos determos nesse percurso para ver as razões como todas as coisas acontecem. Para pensar se esse caminho que percorremos na vida somos nós que tomamos ou nos atiramos nele de olhos fechados. E se nós pudéssemos parar? Fazer uma pausa para avaliarmos cada precioso momento antes que ele passe? Será que poderíamos ver as infindáveis bifurcações na estrada que deram forma a uma vida? E ao vermos essas opções, poderíamos escolher outro caminho?"

Ela suspirou, vestiu o casaco e olhou mais uma vez para a cama. Ele dormia tranqüilo. Ela saiu.                            


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O resultado daquela escolha estava presente em todas as horas do dia. Porém, como toda a escolha trás conseqüências, essa não seria diferente. O parceiro de antes tornara-se seu complemento. Era difícil conviver lado a lado com ele sem poder trocar beijos e carícias. Eles continuavam a vestir a mesma máscara de 7 anos no Bureau. Ele, o estranho de teorias malucas. Ela, a enigmática doutora Scully a cética que discordava em quase tudo que o seu parceiro lhe dizia. Mesmo estando juntos, era difícil driblar a vigilância. Quantas vezes deixaram recados mentirosos nas secretárias eletrônicas inventando desculpas ou programas para o final de semana a fim de não levantar suspeitas. Ela sabia que arriscara bastante quando fizeram amor no apartamento dele. Sabia que poderiam estar se expondo ao inimigo afinal quantas vezes acharam grampos espalhados em seus apartamentos para monitorar seus passos? Para evitar qualquer problema junto ao Bureau e preservar suas carreiras, eles passaram a planejar encontros, saídas da cidade de Washington... mas apesar do cuidado exagerado, valia a pena. Era possível conviver com a situação apenas tinham que possuir um controle altamente psicológico sobre os seus desejos e sentimentos. 

Pensando bem, eles já estavam acostumados a fazer isso pois era assim que sobreviveram durante tanto tempo, quer dizer, é fácil disfarçar quando vive-se platonicamente. Porém, uma vez provado o fruto proibido, esse controle torna-se um tormento, uma batalha física e psíquica que pode afetar suas idéias e seu trabalho. E foi exatamente o que aconteceu durante o caso do vaso de lázaro. 

A presença de Wayne, o produtor de Hollywood amigo de Skinner, atrapalhou um bocado o desempenho dos nossos agentes especialmente quando Skinner os separou pedindo a ajuda de Scully em outro trabalho deixando Mulder sozinho na companhia de Wayne que além de interferir com seus comentários bem hollywoodianos na investigação, ainda pressionava Mulder sobre o relacionamento dele com a parceira. Uma coisa levou a outra e...., bem Scully fez a autópsia num corpo que julgara ser de Michael Holic incriminando o cardeal Alfaia da morte de um homem que estava bem vivo. 

Conclusão: ambos foram repreendidos e suspensos do trabalho por um pequeno tempo. Essa suspensão veio em boa hora para que eles refletissem sobre como o seu trabalho estava sendo afetado pelas suas vidas pessoais e claro, como ninguém é de ferro, para descansarem fora de Washington e divertirem-se na meca do cinema mesmo que com uma certa descrição. 

A partir daí, eles equilibraram suas vidas e o trabalho e estavam bem, felizes. 

Scully gostava daquela sensação de felicidade. Um dia ao se arrumar para ir trabalhar, ela parou para avaliar algo que lhe ocorrera. 

“Quando Mulder queria perguntar algo de modo a parecer indiferente ao invés de demonstrar seu ciúme, ele sempre apelava para algo engraçado ou sarcástico mas e eu? Geralmente eu procuro disfarçar, mudar de assunto, mas tenho certeza que está estampado na minha cara o quanto eu fico chateada. Eu seria capaz de armar um escândalo por ciúme? Ao me sentir ameaçada por outra mulher, mostraria quem ele é para mim? Seria capaz de me controlar? Tive minhas crises com Diana principalmente, mas ele ainda não era meu. Será que conseguiria me comportar diante de uma situação extrema? Realmente não sei dizer. Apenas sei que a minha reação ou a dele colocaria tudo a perder."

Após passarem quase um ano sem sofrer conseqüências nem desafios quer seja dos seus inimigos ou durante seus casos, mais uma surpresa estava prestes a acontecer. E se o ciúme começasse a agir sobre eles? E se alguém colocasse seus sentimentos à prova? Alguém loira, alta e bastante atraente? Foi exatamente o que aconteceu.


Porão do FBI 
Quinta-feira                         
3:30 p.m. 


Mulder estava debruçado numa revista científica enquanto Scully organizava algumas pastas dos últimos casos enfrentados. 

"Scully, estou com fome. Que tal comprar um lanchinho?"

"Ótimo. Eu quero um gelado de arroz. E uma coca light."

"Ei, você que vai comprar!"

"Bem Mulder, então contente-se com um pouco de café."

"Pô Scully, deixe de ser preguiçosa. Eu estou com tanta vontade de comer um cachorro-quente. Por favor....prometo que você não irá se arrepender de ir." A cara de menino pidão fazendo beicinho dizia tudo. Ela não conseguia resistir. 

"Tudo bem, eu vou." E deixou a sala. 

15 minutos depois.....

"Mulder, tome o seu sanduíche. Ela vinha tomando o seu gelado alegremente, segurando junto a sacola de papel que continha o sanduíche dois envelopes azuis. "Isso chegou para você." Disse ao estender um envelope a ele. 

"Só um?"

"O outro é meu." Ela sentou-se e abriu o outro envelope com apenas uma mão. Ele tinha o sanduíche nas mãos e o seu envelope na mesa mas estava parado observando-a 'como eu queria ser esse gelado de arroz'. 

Ela o pegou observando "você vai comer ou não? Perdeu a fome?" 

"Er... não." E deu a primeira mordida no sanduíche. 

"Mulder, parece que vamos ter um final de semana agitado. É um convite para a premiere do filme "O vaso de Lázaro" estreando amanhã às 8 p.m. em Los Angeles. Que tal?"

"Ah não! Precisamos realmente ir? Todas aquelas pessoas, o chato do Wayne e...." Skinner entrara na sala com outro envelope 

"Vocês receberam o convite?"

"Recebemos senhor." Respondeu Scully. 

”Então, vejo vocês amanhã." E saiu da sala. 

"Isso responde a sua pergunta Mulder?"

Ele riu "Absolutamente". 

Ao fim da tarde, eles se despediram e Mulder disse que passariam na casa dela às 8 da noite para irem para o aeroporto. 


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Aeroporto Internacional de Los Angeles 
2 p.m. 

Eles pegaram o carro e seguiram para o hotel localizado na Wilshire Boulevard recomendado por Skinner. Novamente, quartos separados para evitar problemas. Estavam cansados e apenas se despediram com um boa noite. 

Holliday Inn 
8:40 a.m. 

Uma batida na porta a acordou. Ela levantou-se, vestiu o robe e abriu a porta certa de quem seria. 

"Bom dia, dorminhoca." E foi entrando. Ele estava vestindo uma calça jeans, uma camisa branca e um moletom preto de Oxford. "Você ainda está de camisola? Scully, vá já se vestir. Vamos passear por Los Angeles!"

"Que história é essa de mandar em mim? Quem você pensa que é, Mulder?" 

Ele saiu empurrando-a com as mãos na cintura dela para o banheiro "Eu sou…” deu um beijo no pescoço dela “seu homem e quero levar…” outro beijo “você…” um beijo agora no ouvido “... para passear em Hollywood” envolveu os braços ao redor da cintura apertando-a contra o seu corpo “fazer compras na Rodeo Drive....dar presentes para a mulher que eu amo….” sussurrou ao ouvido dela “que tal uma lingerie bem sexy para hoje?"

Ela estava adorando os planos dele mas queria um pouco mais de ação. "Que tal um beijo de bom dia para começar?" e virou-se para ele sem esperar resposta. Estava louca para sentir aqueles lábios nos seus. O beijo durou um bom tempo até que ela o interrompeu pois ele já estava passando de um simples beijo e virando uma preliminar para o sexo. Com uma expressão sacana no rosto ela falou "Isso não está incluído nos seus planos matinais, primeiro temos que comprar alguns acessórios para a noite." Sorriu e entrou no banheiro deixando-o sozinho no quarto.

Vinte minutos depois, ela estava pronta para sair. Ele sentado na cama meio contrariado. "Temos que esperar até a noite?"

"Temos. Após a sessão do filme. Vamos, Mulder…” ela aproximou-se dele segurando a mão dele “podemos namorar durante o tempo em que estamos aqui como pessoas normais." Arrumou os fios de cabelo caídos na testa dele e deu mais um beijo nele que levantou e saiu com ela. 

XXXXXXXXX

Eles aproveitaram muito bem o dia. Andaram pela Rodeo Drive de mãos dadas, visitaram o teatro chinês, a calçada da fama além de outros lugares. Ele estava muito à vontade com a situação, não mostrava nem um pouquinho de constrangimento ao agarra-la no meio da rua e tasca-lhe um beijo, ou ao ser abraçado em público por ela. Por volta das 5 voltaram para o hotel onde se arrumariam para a premiere.


Holliday Inn
7:28 p.m. 


Mulder já estava pronto esperando apenas por Scully sair do banheiro. O smoking caíra como uma luva nele. Estava lindo. Ela apareceu na frente dele já vestida e não podia deixar de admirar aquele homem soltou um UAU e abriu um sorriso "Mulder, eu me casaria com você agora. Uau, fiquei sem ar." 

Se ela ficara sem ar, ele tinha o queixo caído, boquiaberto diante daquela visão de perfeição. Trajava um tubinho longo preto muito simples mas que realçava todas as suas curvas e exalava sensualidade. 

“Scully, acho que vou enfartar. Você está deslumbrante! Tem certeza que precisamos ir? Podemos fazer outro programa."

 "Por mais tentador que pareça, temos que aparecer lembre-se que o Skinner está nos esperando. E vai ser divertido, eu nunca estive numa premiere antes. Se você se comportar direitinho ganhará um presente."

"Está bem, eu me rendo." Deu o braço para ela e deixaram o hotel.


Premiere do filme "O vaso de Lázaro"
8:00 p.m.


Todos já se encontravam no cinema. Skinner parecia empolgado, mas nervoso. Wayne, chato como sempre e os atores indiferentes afinal era apenas mais uma premiere. As luzes se apagaram e todos aguardavam o filme começar "Scully, o que será que vamos ver? Espero que não tenhamos surpresas." 

"Shh...o filme começou Mulder."

Téa Leoni: "Mulder, o que é isso?"
Garry : É a minha lanterna Scully."
.....
Téa Leoni: "Espere Mulder, eu não posso..."    
Garry : "Tudo bem, Scully eu...."
....
Téa Leoni: "Estou apaixonada pelo Diretor Assistente Skinner."
Garry: "Skinner???"
....

Mulder perplexo com o que via levantou-se " Scully eu não posso assistir isso!" e saiu do cinema em meio a altas risadas dos presentes que se divertiam com o filme. 




Continua..........    

Um comentário:

Rosa Maria Lancellotti disse...

Karen, você já publicou a segunda parte? Amiga, estou no meio do trabalho caçando fanfics para acalmar o coração.
Estou adorando.