quinta-feira, 18 de novembro de 2010

[Bones Fic] As Time Goes By - Cap.29

Cap.29

Dois dias após a chegada em Washington, Brennan já providenciara todo o cronograma de terapia dele. Além disso, também o arrastara com mala e tudo para o seu apartamento. Nem deixou-o argumentar, voltou ao apartamento dele sozinha para buscar mais roupas e alguns objetos pessoais que eventualmente ele precisaria.

No caminho de volta para sua casa, ela ligou para Cam a fim de atualizá-la nas informações.

- Oi, Cam.

- Dr. Brennan!

- Estou ligando para informar as notícias. Já estamos em Washington e o Booth já recebeu todas as informações que precisa pra começar a fisioterapia amanhã. Estarei acompanhando toda essa etapa afinal o Booth é muito teimoso e nem quer fazer o processo, vou ter que levá-lo em todas as sessões.

- Ok, você faz bem em acompanhá-lo. Não vejo problema em você se ausentar Dr. Brennan.

- Obrigada Cam apenas avise a todos aí ok?

- Pode deixar.

Quando chegou em casa encontrou a tv ligada e um barulho vindo da cozinha. Booth estava cozinhando e o lugar parecia que tinha experimentado um furacão.

- Booth, o que você está fazendo?

- Ah, apenas um lanchinho pra gente.

- Lanchinho? Com essa confusão parece que você está fazendo um banquete!

- Oh, Bones! Fiz uma fritada de legumes pra você e uma fritada de ovos e bacon pra mim.

O cheiro parecia maravilhoso e isso despertou a fome de Brennan que nem percebera que já passava das duas da tarde.

- Tá bom, vou arrumar a mesa pra gente mas depois você vai arrumar essa bagunça na cozinha!

- Sim, senhora!

Ela rapidamente deu um jeito na mesa e arrumou os pratos, talheres e copos. Ele trouxe as travessas para a mesa e sentaram-se para almoçar.

- Que outras estripulias você andou aprontando enquanto estava fora?

- Nada. E para de agir como se fosse minha mãe.

Ela riu.

- Tá mas meu apartamento não é bagunçado entendeu?

- Ah, deixa de ser certinha! Se não vou ao meu apartamento.

- Ah, Booth, ameaças não valem nada aqui. Eu estou no comando e você tem que me obedecer.

- Hum, isso é uma ameaça?

- Não, é um fato.

Ele riu.

Terminada a refeição, eles se revezaram e limparam a cozinha. Depois de um breve descanso no sofá da sala, Brennan decidiu tomar um banho e sentar-se a frente do computador para organizar algumas coisas do seu dia-a-dia que deixara de lado esses dias em que se dedicara totalmente a Booth. Também precisava retomar seu livro, ela acreditava que pela primeira vez, receberia alguma repreensão da sua agente.

Ela estava concentrada lendo os emails quando ele chegou por trás e começou a beijar o pescoço dela. Brennan até se esforçava para permanecer indiferente mas ele era bem insistente. Ele passava a mão nas costas dela e Brennan fechou os olhos automaticamente. Adorava aquele toque. Ela deixou o computador de lado e virou-se para ele. Ela o envolve com seus braços e roça seus lábios nos dele.

- Eu preciso trabalhar um pouco, organizar as coisas. Você está tirando minha concentração.

- O que você está fazendo?

- Organizando uns assuntos e criando coragem para escrever meu próximo livro.

Ela o beijou por um instante. Quando quebrou o beijo, ela sorriu.

- Agora você vai me deixar trabalhar?

- Ah, nada de trabalho...

- Booth, não comece. Eu preciso. Porque você não vai ver um filme, ler um livro?

- Chatoooo... quero ficar com você.

- Se você prometer se comportar, eu termino logo e sobra mais tempo pra você.

- Tá, você não vai largar esse notebook mesmo!

Ela balançou a cabeça, uma eterna criança.

Brennan terminou o que tinha pra fazer e desligou o computador. Ao sair do escritório, viu que Booth estava na sala, dormindo no sofá. Ela desligou a tv e ele prontamente reclamou.

- Hey, eu estava assistindo isso.

- Sei, dava pra notar. São quase 7 da noite.

- Terminou o que você estava fazendo?

- Por hoje. Amanhã temos que estar no hospital as 9 da manhã para sua primeira sessão de fisioterapia.

- Isso vai ser um saco!

- Booth para de agir como criança! Porque você não pensa que quanto mais rápido você se recuperar, mais cedo nós poderemos aproveitar.

- Hum... ok, não discuto mais...

- Vai tomar banho enquanto vejo algo pra gente comer.


No dia seguinte

Brennan acordou cedo e preparou o café da manhã para os dois. Booth levantou ainda resmungando por ser tão cedo. As 8:30 já deixavam o apartamento de Brennan rumo ao hospital. A sessão de fisioterapia duraria uma hora e meia e Brennan decidiu acompanhar o processo de perto mesmo que não entrasse na sala.

O local continha um vidro onde Brennan podia observar o que Booth fazia. Ela olhava cada exercício com aquele olho clínico que só ela possuia. No interior da sala, Booth se esforçava para completar os exercícios respiratórios e pela primeira vez constatou que Bones tinha razão ao afirmar que ele não estava bem ainda. Sentiu dores durante a sessão mas não reclamou. Teve momentos em que não aguentou e soltou alguns palavrões.

- Chega, não posso mais doutor.

- Pode sim, Sr. Booth. Ainda temos mais vinte minutos.

- Tudo isso? Parece que eu já estou aqui a uma eternidade!

- Paciência, Sr. Booth. Paciência.

O médico percebeu o olhar analítico e ansioso de Brennan observando o processo.

- Me diz uma coisa, aquela bela mulher nos observando é sua esposa?

- Namorada.

- Você é um cara de sorte não Olívia?

A enfermeira sorriu.

- Na verdade doutor, diria que ela também é uma mulher de sorte. Claro que nesse momento está em desvantagem.

- Como assim?

- Ora sr.Booth, está vendo a carinha dela? Aposto que ela está aflita por saber se a fisioterapia está funcionando. Ela está se perguntando se não seria possível reduzir o número de sessões e quando ela finalmente terá o seu namorado de voltar por completo. É só um conselho, mas acho que você deveria se esforçar por ela.

- Eu sei.

- Então mostre disposição, vontade. Por uma mulher como aquela, vale tudo não?

Ele sorriu.

- Se vale!

Assim que terminou a sessão, o médico foi falar com ela.

- Então, doutor como foi?

- Muito bom. Como toda primeira sessão o sr.Booth apresentou problemas para se adaptar e dores, o que é normal em qualquer paciente. O desempenho dele foi bem satisfatório para a sua recuperação. Pode ser que ele sinta dores durante o dia ou à noite. Nesse caso, peço para você não dar a ele anti-inflamatórios a menos que a dor seja muito intensa. Procure usar compressas, bolsas de água quente, a solução natural.

- Ok, farei isso.

Booth escutava as recomendações do médico. Sabia que Brennan as seguiria à risca.

- Bem,vejo você depois de amanhã sr. Booth.

Eles se despediram e deixaram o hospital.

À noite, como Brennan já esperava, ele teve dores e ela fez exatamente o que o médico orientou-a. Além disso continuava a limpar e trocar os curativos dele. Mais alguns dias e ele tiraria os pontos.

Brennan e Booth estavam levando a vida normalmente. Brennan fazia o possível para deixá-lo confortável e bem. Booth completara uma semana de fisioterapia e já se observava um evolução no quadro dele. Estavam saindo do médico onde Booth fora tirar os pontos da cirurgia quando o celular de Brennan tocou.

- Brennan.

- Bren! Como você está? Sumiu!

- Oi, Angie. Está tudo bem.

- E você tem notícias do Booth?

- Claro, ele está bem, se recuperando.

- Isso é bom. Posso fazer uma visita pra ele? Aposto que ia gostar. Deve estar entediado em casa sem nada pra fazer.

- É verdade, Booth é muito ativo e uma situação dessa sempre causa ansiedade.

- Será que ele se incomoda se eu bater na porta dele sem avisar?

- Acredito que não mas você não vai acha-lo em casa. ele está comigo, saimos do hospital.

- Não falei agora, ia outro dia.

- Mas ele não está em casa, ele está comigo no meu apartamento.

- O que?

- É uma forma de vigiá-lo para que ele cumpra todas as recomendações médicas.

- Ah, ok. Quando posso ve-lo?

- Que tal depois de amanhã? Ele tem fisioterapia na parte da tarde, às 3h e deve voltar pra casa as 5h. Você viria depois do Jeffersonian.

- Parece ótimo. Estou com saudades da minha amiga também...

- Quer almoçar amanhã?

- Você vai deixar o Booth sozinho?

- Umas horinhas não vai matar.

- Tudo bem. Combinado.

Ela olhou para ele e sorriu.

- Acho que está na hora de contar a ela.

- Certeza?

- Ela quer te visitar, a Angela é esperta, vai acabar percebendo alguma coisa.

- Então deixamos para falar se ela perceber algo.

- Você está com dúvidas Booth?

- Não, porque estaria? Adoraria exibir você por aí. Só acho que a gente nem matou as saudades ainda e podíamos manter o segredo por mais tempo para termos alguns momentos a sós. Ou você acha que a Angela vai conseguir se segurar quando descobrir?

- Se pedirmos segredo....

- Duvido!

- É, você tem razão. Vamos ver o que ela nota então.


Founding Fathers
1 da tarde

Angela chegou ao restaurante um pouco antes de Brennan. Ao avistar a amiga, acenou. Ela se dirigiu até a mesa onde Angela estava.

- Desculpe o atraso!

- Que nada! Acabei de chegar apenas cinco minutos antes de você.

- Booth parece criança! Tenho que checar e me preocupar com tudo! Doente ele nem parece aquele homem decidido que é um agente do FBI.

- Homens são assim mesmo e quando estão doentes é pior.

- Quer tomar o que?

- Suco. Esqueceu que não posso beber nada alcóolico?

- Oh, Angela! É verdade, que esquecimento o meu.

- Tudo bem.

- Eu preciso de uma taça de vinho.

- Hum, o Booth tá realmente te dando trabalho hein?

- Nem tanto, teimoso ele sempre foi mas tá tudo bem. É que não posso beber com ele, ele está proibido ainda. Tenho que aproveitar. Como estão as coisas no Jeffersonian?

- Em ordem, nada muito agitado.

- E como vai a mamãe?

- Ótima. No próximo mês saberemos o sexo.

- O que você acha?

- Digo que tanto faz, será amado da mesma forma mas uma menininha seria muito bom.

- Veremos.

Elas continuaram conversando e o almoço trasncorreu tranquilamente. Ao final se despediram e acertaram tudo para o dia seguinte.


Apartamento de Brennan

Eles acabavam de chegar do hospital e Brennan foi logo preparar algo para comer, afinal Angela viria visitá-los.

- Booth porque não vai logo tomar um banho? Vou fazer o mesmo assim que terminar aqui na cozinha.

- Estou indo.

Meia hora depois, a campainha toca.

- Oi, Angela. Pode entrar.

- Oi,Bren!

Ela se depara com um Booth muito a vontade de bermuda e camiseta, nos pés chinelos. Ele sorriu para ela e se levantou.

- Oi, Angela.

- Booth! Que bom te ver.

Ela o beijou no rosto e sorriu. Sentou-se no sofá.

- Que susto você deu na miha amiga,hein Booth?

- Eu imagino.

- Aliás aquele oficial devia ser proibido de dar notícias difíceis, pela forma que ele falou você já estava morto! A Bren ficou branca que nem vela.

- Angela tem razão, as pessoas não esperam uma recepção daquelas.

- E como você está, Booth?

- Muito melhor. Graças a Bones, claro! Ela é muito chata com esses lances médicos. Mas valeu a pena, acho que logo, logo estarei 100% novamente.

- Só faço isso porque me preocupo com você, quero ver você bem, inteiro.

Angela percebeu os olhares entre os dois. Resolveu não falar nada. Brennan se levantou e foi até a cozinha. Voltou com algumas coisas que colocou na mesa.

- Angela, venha fazer um lanche.

- O que tem pra comer?

- Apenas alguns pães diferentes, patês, café. Você não está enjoando nada disso não né?

- Não, estou bem. Acho que não vou ter esses problemas de gravidez tipo enjôo, desejo.

- Sorte do Hodgins! Eu penei com a Rebecca, ela tinha cada idéia para comer...

Ele se sentou ao lado de Brennan. Ela se preocupou em servi-lo como vinha fazendo normalmente desde que voltaram a se encontrar no Afeganistão. Dessa vez, Angela ficou mais intrigada com o que via. Tem alguma coisa aí, pensou.

Booth fez menção de roubar um bacon do prato de frios e Brennan o repreendeu.

- Booth! Já falei para você que tem que comer o mínimo possivel de gordura. Isso faz mal para suas cicatrizes e não quero seu corpo todo marcado.

Ele sorria maroto para ela. Por um momento até esqueceram que Angela estava ali. Ela claro não deixou de registrar a frase de Brennan e começou o questionamento.

- Peraí, como é Brennan? Você não quer o corpo dele marcado? Que história é essa?

Brennan arregalou os olhos e seu olhar cruzou com o de Booth. Ela estava vermelha. De repente, começou a rir. Booth a acompanhou.

- Hey, eu estou aqui.

- Conte...

- Angela, eu ainda não falei nada porque eu tinha combinado com o Booth mas depois disso...

- É o que eu estou pensando?

A cara de Angela demonstrava surpresa.

- Se o que você está pensando é que eu e Booth estamos juntos então...

- Oh meu deus!!! Sério? De verdade? Como isso aconteceu?

- De verdade.

- Como? Me explica, por favor!

Antes mesmo que Brennan começasse a falar, Angela deu um grito. Não cabia em si de contentamento, Brennan demonstrou preocupação.

- Angie, se acalme. Você não pode se exaltar, lembre-se do bebê.

- Isso é uma notícia maravilhosa!

- É sim, tenho que concordar.

Os dois se olhavam, olhares apaixonados como podia notar Angela.

- Contem como isso aconteceu? Foi na sua ida ao Afeganistão, Brennan?

- Não,foi antes?

- Antes? Como? Você estava nas ilhas e o Booth na guerra e...

- Quer deixar eu contar,Angie? Ou melhor resumir a história?

- Tá,desculpe.

- Fui para a Indonésia e Booth para o Afeganistão. Decidi manter contato com ele por carta para que ele soubesse que as coisas estavam bem e também para eu saber como ele estava, afinal ele corria perigo, estava numa zona de concentração. Trocamos cartas, as palavras, a solidão, as lembranças e com seis meses Booth foi me visitar na Indonésia,apareceu do nada e uma coisa levou a outra e bem, aqui estamos. Juntos.

- Isso é....é OMG! É incrível!

Ela se levantou e abraçou a amiga.


- Estou tão feliz por você. E por você também, Booth. Eu sabia que um dia você ficaria com a garota mais bela do baile.

Brennan ergueu as sobrancelhas e olhou para a amiga.

- Baile? Ah, metaforicamente...

Eles riram.

- Posso espalhar a todos?

Eles se entreolharam. Booth foi quem falou.

- Angela, a gente sabe que esse relacionamento é novo e não sabemos como o FBI vai entender isso mas também sei que você não vai conseguir se segurar como Daisy fez então só depende de você.

- Daisy sabia?

- Sim, afinal ela estava comigo. Manteve segredo. Nem Sweets sabe.

- Nossa!

Angela olhou mais uma vez para os dois de mãos entrelaçadas e deixou escapar mais um gritinho. Foi a vez de Brennan e Booth rirem do jeito dela.

- Ok, vou tentar ser discreta mas devo contar pelo menos para o Hodgins.

- Tá, Angela.

Eles permaneceram conversando e sorrindo. Olhar para eles nesse momento era algo muito gratificante, principalmente depois de saber o quanto eles já sofreram e viveram juntos como parceiros e amigos. Mais tarde, Angela finalmente foi embora. Assim que a amiga saiu, Brennan foi até booth e roubou mais um beijo.

- Está feito! Sei que Angela merecia saber e agora vai faltar pouco para todos saberem.

- Estou doido para que saibam, quero andar pelas ruas te abraçando, te beijando, sem medo.

- Tá bom, Don Juan mas agora me ajuda a arrumar isso aqui.

- Você sempre estragando o clima.

Ela riu e deu um tapinha nele. Brennan se sentia realmente em casa, pela primeira vez em muitos anos.



Continua......

Um comentário:

Rubine disse...

Que bonitinho a Brennan cuidando do Booth!