terça-feira, 2 de novembro de 2010

[Bones Fic] Six Months or a Lifetime? - Cap.12

Cap.12



A campainha tocava insistentemente. Uma da manhã. Quem seria a essa hora? Booth se levantou sonolento e abriu a porta.


- Bones? O que faz aqui?


- Eu preciso falar com você.


- A essa hora da madrugada? Tem que ser muito sério!


- E é.


Ela o olhou fixamente por uns segundos e jogou seu corpo no dele abraçando. Ele retribuiu o gesto.

- Hey, o que foi?

- Chega de lutar,Booth.


E selou seus lábios no dele. Mesmo sem entender nada, Booth não deixou o momento passar. Retribuia o beijo com paixão. As mãos apertavam-na contra seu próprio corpo e devagar ela o fazia andar rumo ao quarto. Ela quebrou o beijo apenas para beijar-lhe o pescoço e os ombros nus. Ele sussurrou satisfeito o nome dela.


- Oh,Bones...

Ela o deitou na cama e se pos sobre ele. Ainda beijando-o acariciava o peito dele e fazia pequenos movimentos sobre os quadris dele estimulando a ereção dele que já despontava. De repente, Hannah aparece na porta do quarto.

- Seeley? O que significa isso?

Quando Brennan vira-se para encará-la, o barulho ensurdecedor pega os dois de surpresa.Sangue. Brennan desfalece e cai sobre o corpo dele, o sangue dela manchando o lençol...

- Nãoooooooooooo.....




Seeley Booth acorda gritando. O corpo ensopado de suor. Hannah abre os olhos e vira-se para ele.

- Tá tudo bem Seeley?

Ele olha pra ela assustado. Hannah tenta tocá-lo e ele se esquiva, ainda estava assustado.

- Hey, o que houve?


Ele passa a mão no rosto e suspira profundamente.


- Tive um pesadelo.


- Quer conversar?

- Não, tudo bem. Volte a dormir.

Ela deu um beijo no rosto dele e virou-se para o lado. Booth tornou a deitar mas o sono demoraria a vir. Contemplava o teto do quarto do hotel. O que esse sonho significaria? Será que uma suposta relação com Bones terminaria mal? Estava tão bom antes de Hannah chegar... os lábios dela... Não, Booth você precisa dormir e não pensar mais na sua parceira, ela está muito bem com o novo namorado. Isso.

Ele se virou e abraçou Hannah. Mesmo assim, o último rosto que vira antes de pegar no sono novamente fora o de Temperance Brennan. Mais uma vez, deixou o nome escapar aos lábios.


- Bones...

Hannah que despertara um pouco ao sentir os braços dele envolve-la, ouviu o nome que ele pronunciara e suspirou. Ligando os pontos, ela soube que ele certamente sonhara com a sua rival.



XXXX




Na segunda-feira ao chegar ao trabalho, Angela notou um semblante mais triste na amiga novamente.

- Hey,Bren. Como foi o final de semana?

- Foi até bom.

- Hum, essa sua resposta e sua cara me dizem outra coisa. Saiu com Jack?

- Sai.

- E? Dormiu com ele?

- Não. Jack e eu não estamos mais namorando.

- Como assim? Só porque eu disse que era melhor você não dormir com ele?

- Não, Angela. Foi porque...ele... sabe...

Brennan mordeu o lábio inferior lutando para segurar o choro. O olhar era de tristeza.

- Sabe o que?

- Ele sabe que eu gosto do Booth.

- Gosta não, que você ama o Booth.

- Que seja. Eu me senti tão mal em chorar na frente dele mas ele foi tão, tão maravilhoso! As vezes me pergunto porque insisto em gostar do Booth, podia ficar mesmo com o Jack. Se pelo menos tivesse o conhecido antes não estaria sofrendo assim.

- Sweetie, não se engane! Quando é amor verdadeiro, mesmo com o sofrimento, ele acaba te encontrando e nessa provavelmente o Jack ia perder para o Booth novamente. Não tente mudar o óbvio. Você precisa resolver logo isso.

Brennan suspirou.

- Jack falou algo parecido.

- Tá vendo?

- Ele já voltou de viagem?

- Não te ligou certo?

Ela balançou a cabeça negativamente.

- Ele devia voltar hoje.

- Deve te ligar mais tarde.

Mas não ligou e isso apenas serviu para deixá-la mais triste. Para Brennan isso apenas demonstrava claramente que Booth queria mesmo ficar com Hannah e que talvez todos estivessem errados.

Uma semana se passara e no Jeffersonian ninguém recebera notícias de Booth. Na manhã de terça, Sweets voltara ao laboratório com uma pasta de outro caso para Brennan avaliar enviada por Perotta. Angela estranhou ele estar ali novamente e chamou-o num canto.

- Sweets, nada do Booth?


- Não, ele deveria voltar ontem mas segundo o chefe dele deve voltar apenas no fim da semana. Resolveu esticar mais uns dias.


- Isso está tão errado! Eu não sei mais o que fazer. Como a Bren vai reagir quando souber disso?

- Pensei que ela estava melhor agora com o Jack...

- Não, ela não está mais namorando o Jack. Até ele percebeu que ela só pensa em uma pessoa.

- Booth.


- Exato.


- Eu estou indo entregar as informações do caso para ela agora, se quiser me acompanhar.


Entraram juntos no escritório de Brennan.

- Sweets ? O que faz aqui?

- Vim entregar essas pastas que a Perotta mandou para você avaliar.

- Cadê o Booth? Ainda não voltou?


Sweets entorta a boca um pouco antes de balançar a cabeça.


- Não, Dr.Brennan deve voltar apenas no fim da semana.

- Se vai voltar no fim da semana, melhor voltar no domingo. Meio ilógico não passar o final de semana em NY a essa altura.

Sweets e Angela se olharam. O tom dela era de ácido,sagaz.

- Dr. Brennan, se você quiser conversar pode dizer.

- Eu agradeço Dr.Sweets mas sua psicologia não irá fazer diferença nesse momento nem resolver meu problema. Sua suposta ciência não funciona comigo.

- Tá, tudo bem. Eu tinha que perguntar. Tenha um bom dia, Dr.Brennan.


- Obrigada.


Angela o seguiu até a saída do laboratório.

- Precisamos fazer alguma coisa, não gosto de ver Brennan assim ela vai acabar virando zumbi no trabalho.

- Angela, não podemos interferir na relação dela com o Booth. Não agora que ela finalmente entendeu o que sente por ele. Se tentarmos nos colocar entre eles, podemos por tudo a perder. E a Dr. Brennan percorreu um longo caminho até aqui.

- Já disse pra você que não vivo de psicologia mas ok, vou aceitar o que diz por agora. Mas ainda precisamos de algo para distraí-la, para não deixá-la ficar alheia ao mundo novamente.

- Bem, amanhã tem karaokê num barzinho perto do FBI, acha que consegue convence-la a ir até lá?

- Hum, parece uma ótima idéia.

- Vai com calma, Angela. Lembra que da última vez Booth foi baleado, você provavelmente enfrentará alguma resistência. Qualquer coisa me avise se precisar de ajuda.


- Ok, eu posso resolver isso.


No final do dia, Angela vai procurá-la.


- Hey, Sweetie! O que você vai fazer amanhã a noite?


- Não sei, provavelmente vou tentar trabalhar no meu novo livro.


- Ah, que chato! Eu sugiro que a gente vá a um bar karaokê que tal? Sweets comentou que tem um próximo ao FBI.

- Não Angela.

- Ah,Bren... não seja assim! Vamos! Você precisa sair,ver gente. Chega de ficar presa entre quatro paredes seja em casa ou com restos de gente no laboratório.

- Não tenho como evitar isso Angela já que isso é o meu trabalho.

- Você me entendeu, vamos?

Brennan olhou para ela e suspirou.

- Não tenho ânimo de sair, eu não sou boa companhia mesmo.


- Tá vendo! É exatamente esse tipo de atitude que não quero de você. Esse olhar triste, esse isolamento. Vamos, liga pro Jack. Convida ele também.


Ela ficou olhando para o nada por um instante. Lembrou-se do seu último momento em um karaokê e como a alegria de cantar se transformara em aflição. A imagem de Booth baleado a perseguiu por muito tempo.


- Da última vez que estive em um karaokê, as coisas não terminaram bem.


- Eu sei que você não é supersticiosa então o que aconteceu naquele dia foi mais um fato da vida. Pense que se Booth não tivesse sido baleado naquele dia, você poderia não estar aqui hoje, ele não conseguira resolver aquele caso antigo do FBI e você também não teria descoberto que o ama. Viu, eu também sei usar lógica quando preciso.


- Tá bem, Angela. Você me convenceu mas não irei cantar.


- Ah, não se preocupe. Tenho certeza que Sweets cantará por você mais do que gostaríamos, acredite!

- Vou chamar o Jack,ok?

- Claro, chame a companhia que quiser. Saímos daqui as 7 da noite amanhã, fechado?

- Fechado.

- Boa noite, Bren.


Brennan sorriu. Angela era uma amiga especial.


Em casa, já na cama com o notebook entre as pernas, Brennan consegui escrever muito pouco do que queria, apenas partes bem técnicas. Ao seu lado, o celular parecia desligado. Fazia tempo que ele não tocava à noite. Antigamente, ela era surpreendida por ligações na madrugada de Booth chamando-a para algum caso, agora o único que a ligava durante a noite era Jack e ela nem estava mais namorando com ele. Mal acabou de falar, o celular tocou. Jack.


- Oi, Jack...

- Hum, que vozinha tão pra baixo. Boa noite, Tempe.Sorria pra mim!


- Jack...


- Agora melhorou.


- Como? Você não sabe se eu estou sorrindo?

E ela estava.


- Sei sim, você está fazendo aquele sorriso dos lábios tortos e agora arregalou os olhos e abriu a boca só pra mostrar os dentes perfeitos e sorrir mais ainda.

- Não estou não!


Mas ela estava. Fizera exatamente o que Jack descrevera.


- Eu te conheço, Tempe. O que você está fazendo?


- Tentando escrever mais um pouco do meu livro está cada vez mais difícil.


- Um pouco a cada dia e quando você se der conta acabou o livro.

- Hey, você dá aula amanhã a noite?

- Tenho os dois primeiros tempos, porque?

- A Angela me convenceu a ir a um karaokê e não queria ir sozinha. Você pode ir comigo?


- Hum, karaokê... meio trash não?


- Você não gosta de cantar?


- Só no chuveiro, a minha voz é péssima.


- Eu não vou cantar então você pode apenas me acompanhar.

- Eu só posso depois das 8. Onde é ?


- Não sei direito, amanhã pergunto da Angela e te ligo.


- E como vão as coisas com, você sabe, seu parceiro?


- Na mesma...


- Hey, nada de tristeza.

Ela continuou conversando com ele por mais de uma hora. Quando desligou o celular sentia-se um pouco melhor. Desligou o notebook e foi dormir.


Radisson Hotel – NY
1 da manhã



Booth estava ainda acordado olhando para o teto. O passeio por NY hoje foi muito bom até eles chegarem ao Museu de história natural. Impossível não se lembrar de Bones. Cada canto daquele museu gritava Bones e a imagem dela voltou a povoar a mente dele. Novamente, por várias vezes, Booth se viu querendo comentar algo de maneira engraçada que certamente Bones o corrigira no mesmo minuto e começaria a explicar a maneira certa usando a ciência, o que seria bem intendiante. Droga, sentia falta dela.


Depois do museu, eles passearam no central park e jantaram. Quando voltaram ao hotel, acabaram por transar e depois do último notíciario Hannah adormecera. Ele não. Continuava ali, olhando para o teto e lembrando de Bones. Isso tinha que parar.


Karaoke bar
8:15 pm


Estavam todos reunidos numa mesa de canto quando Jack chegou. Brennan acenou para ele e pediu para sentar-se ao seu lado. Ele a beijou no rosto e cumprimentou os demais.

- Como estamos até agora?

- Bem, o Sweets só cantou uma vez.


- Ouch! Vou escolher outra Dr.Brennan só pelo comentário.


- Angela, você não canta?

- Só o meu marido.

Novas gargalhadas mas Brennan continuava meio distante.

- Hey, tudo bem?

- Tá.

- Hum, monossilábica agora? Vamos conversar. Primeiro porém eu quero uma cerveja. O que você está bebendo?

- Suco.

- Ah, não vai beber nem uma cerveja comigo?

Ele olhava para ela sorrindo. Tocou-lhe o ombro simulando um empurrão.

- Vamos...uma cerveja, hum?

Ele piscou pra ela.

- Ok, uma cerveja.

Ele chamou o garçon e pediu 2 cervejas. Sweets já estava de pé esperando sua proxima vez de cantar.

- Jack se prepare para ouvir o Sweets...

- Oh, Angela. Deixa o rapaz se divertir!


- Por sua conta e risco,Jack.

Sweets cantou mais uma e Jack o parabenizou pela coragem assim que ele retornou a mesa. Eles bebiam, conversavam e Jack tentava ao máximo deixar Brennan a vontade. Ele tirava sarro dos cantores, dizia porque escolheram aquelas músicas. De alguma forma, ela parecia estar se divertindo um pouquinho. O tempo passava e até Jack se empolgou e foi cantar no palco. Steve Tyler podia querer matá-lo pela nova versão de Amazing cantada por ele. Quando retornou a mesa, o pessoal aplaudia.


- Você é corajoso, hein?


- Já estou no fogo mesmo.


- Fogo? Ah, metaforicamente...

- Sim,Tempe, metaforicamente.

- E ai? Não vai cantar pra gente Dr.Brennan? Você realmente me impressionou cantando Cindy Lauper.

- Cindy Lauper?


- Sou melhor que ela. Girls just wanna have fun.

- Canta pra mim?

- Desculpe, Jack mas não posso.

- Tá, não vou insistir...

Brennan estava folheando o livro de músicas, de repente se deparou com uma canção que gostava muito mas será que ela teria condições de cantar?

- Jack, pede outra cerveja pra mim?

- Claro!

Ele fez sinal para o garçon. Quando a cerveja chegou, ela tomou-a de maneira bem rápida. Procurava criar coragem para o que ia fazer. Terminada a garrafa, ela respirou fundo e se levantou.

- Onde você vai?

- Cantar.

Ela se aproximou do organizador e disse a música que queria. Ela caminhou até o microfone, pegou-o na mão e sentou-se num banco no meio do palco. Olhando para a mesa, procurou Jack. Ele balançou a cabeça encorajando-a e sorriu. Os lábios diziam silenciosamente : você consegue.

As primeiras notas da música foram tocadas e Angela ficou surpresa.

- Me empresta seu celular, o meu tá com pouca bateria. Preciso gravar isso.

Jack entregou a ela o celular e começou a gravar justamente quando Brennan disse as primeiras palavras.

I gotta take a little time,

A little time to think things over

I better read between the lines,

In case I need it when I'm older

Aaaah woah-ah-aah

Now this mountain I must climb,


Feels like the world upon my shoulders

Through the clouds I see love shine,

It keeps me warm as life grows colder

In my life


There's been heartache and pain

I don't know

If I can face it again

Can't stop now,

I've travelled so far,

To change this lonely life



I wanna know what love is,

I want you to show me

I wanna feel what love is,

I know you can show me

Aaaah woah-oh-ooh

I'm gonna take a little time,


A little time to look around me

I've got nowhere left to hide,

It looks like love

Has finally found me

In my life


There's been heartache and pain

I don't know

If I can face it again

Can't stop now,

I've travelled so far,

To change this lonely life

De repente, ela engasgou. Os olhos mareados de lágrimas. Angela olhou para Jack e todos começaram a cantar com ela.

I wanna to know what love is,


I want you to show me

I wanna feel what love is,

I know you can show me

I wanna know what love is,

I want you to show me

(And I wanna feel)

I wanna feel what love is

(And I know)

I know you can show me
Let's talk about love


Recuperando a força ela cantou com mais vontade.


(I wanna know what love is) the love that you feel inside

(I want you to show me) I'm feeling so much love

(I wanna feel what love is) no, you just cannot hide

(I know you can show me) yeah, woah-oh-ooh

I wanna know what love is, let's talk about love

(I want you to show me) I wanna feel it too

(I wanna feel what love is) I wanna feel it too

And I know, and I know,

I know you can show me
Show me what is real, woah (woah), yeah I know


(I wanna know what love is) hey I wanna know what love

(I want you to show me), I wanna know, I wanna know, want know

(I wanna feel what love is), hey I wanna feel, love

I know you can show me, yeah

Quando terminou ela fechou os olhos e respirou profundamente. Ao abri-los novamente, todos seus amigos estavam de pé, gritando seu nome. Ela desceu do palco e foi recebida por um longo e apertado abraço de Jack. Ele beijou a testa dela.


- Se você quiser trocar sua carreira de antropóloga, eu terei o maior prazer em te ver cantar.


Hodgins pediu cerveja para todos, isso merecia um brinde. Eles brindaram e a saudaram. Terminada a excitação, ela falou a Jack que ia embora. Ele se ofereceu para deixa-la.

- Tempe, posso te levar.

- Não vou no meu carro.

- Então vou te acompanhar.

- Tá, tudo bem. Não adianta discutir com você mesmo.

Ela se despediu e saiu. Antes de Jack segui-la, Angela lembrou.

- Me liga amanhã para eu pegar esse video?

- Te envio por email.

- Valeu.

Ao chegar na frente do prédio dela, ele estacionou o carro. Ela parou no portão da garagem. Jack bateu de leve no vidro dela. Ela abriu.

- Vai ficar bem mesmo?

Ela meneou a cabeça.

- Quer que eu suba com você?

- Não precisa. Obrigada Jack.


Ele acariciou o rosto dela.


- Vai ficar tudo bem, linda declaração de amor a de hoje.


- Era apenas uma canção do meu grupo favorito.

- Pra mim, ela era uma declaração de amor. Pena que o destinatário não pode ouvir. Durma bem,Temperance.


- Boa noite, Jack.







Continua.......






Um comentário:

Rubine disse...

Romântico... a Bones sofrendo e o Booth lá com a Banana! Será que a Angela vai fazer o favor de enviar o vídeo ao Booth? ahahaha