quinta-feira, 15 de setembro de 2011

[Bones Fic] Between Love & War - Cap.27

Cap.27




O mundo parecia ter parado. Ele não processara o que ela falara. Havia um eco entre as palavras e o cérebro dele.

- Booth....hey! Está na hora amor...

- Na hora? Bolsa...a bolsa do bebê...tá...espere o número do táxi e...

Ele fazia que ia sair do quaro e não se mexia. Brennan respirava compassadamente como aprendera na lamaze. Aproximara-se dele e segurou a mão dele.

- Calma, Booth temos tempo. Não tenho tanta dilatação assim. Uma coisa de cada vez. Tudo bem?

Ao olhar para a calmaria que ela aparentava, ele forçou a si mesmo para acalmar-se também.

- Ok.

- Primeiro pegue a bolsa no quarto dela. Vou ligar para o Wendell, não sei se ele está de plantão hoje.

Booth finalmente se mexeu e saiu do quarto. Brennan pegou o celular e ligou para o Wendell. Após cinco toques ele atendeu finalmente.

- Dr.Bray.

- Dr.Bray, aqui é a Dr.Brennan. Você está de plantão?

- Sim, estou e não me diga...

- Entrei em trabalho de parto, estamos indo para o hospital.

- Tudo bem, mantenha a respiração e estarei a sua espera.

Quinze minutos depois, eles chegavam ao hospital. No caminho, Brennan ligara avisando Angela e a amiga também se dirigira ao local. Ela pediu para Angela ficar de olho em Booth se precisasse, ela não sabia até que ponto ele estava preparado para enfrentar todo o processo.

Na chegada ao hospital, já havia uma equipe a postos, rostos conhecidos principalmente o de Patricia e Wendell. Ela saltou do carro e sentou-se na cadeira de rodas. Booth estava visivelmente nervoso e meio aéreo diante de toda a confusão.

- Como se sente, Dr.Brennan?

- Estou com dor. As contrações estão em intervalos de três minutos mas não sei se tenho dilatação suficiente ainda.

- Tudo bem, concentre-se na respiração e deixe o resto conosco. Patricia você poderia levar a Dr.Brennan para a sala de exames? Já me encontro com vocês. Booth, você pode me acompanhar um minuto?

Booth seguiu o Wendell. Não sabia o que o garoto pretendia mas não questionou. Eles pegaram um outro elevador diferente do de Brennan e seguiram para o mesmo 5º andar. Foram na direção contrária a que se tinha as salas de exame e OR’s. Quando pararam, Booth entendeu onde estava. Wendell o levara até o berçario.

- Booth, dê uma olhada. Daqui a pouco tempo, sua filha Katherine se juntará a essas outras crianças. Quando isso acontecer, começará outra fase na sua vida, da Dr.Brennan e especialmente da pequena Kathy. Ela virá a um mundo desconhecido e precisara muito que você a ajude a compreende-lo. Portanto, olhe para esses rostos e acalme seu coração. Tudo dará certo. Você é o elo dessa família, o cara da emoção. A Dr.Brennan é médica, já realizou centenas de partos mas agora ela é paciente, ela sentirá o que é estar do outro lado e ela precisara muito do seu apoio. Faça isso por ela.

Booth olhou mais uma vez para o berçario e para Wendell.

- Melhor?

- Sim, obrigado Wendell.

- Vamos, teremos uma longa noite pela frente.

Wendell entrou na sala de exames e constatou o que Brennan falara. Ela ainda tinha pouca dilatação. Ele estimava pelo menos mais umas quatro horas para o parto realmente ser feito. Angela chegou logo após o exame e quis ver a amiga. Wendell permitiu. Ela se aproximou da cama e sorriu para a amiga.

- Como você está se sentindo?

- Estou bem, ainda não está na hora.

- Muita dor?

- Um pouco... Patricia me medicou. Angie?

- Diga...

- Cuida do Booth, isso está afetando muito a ele.

- Bren, ele está nervoso, é natural. Não se preocupe, ele estará a seu lado como prometeu.

Nesse momento, Booth entra na enfermaria. Ela não quisera ocupar um quarto antes de Kathy nascer. Ele trouxe pedacinhos de gelo para ela. Aproximou-se da cama e ofereceu a ela dando-lhe na boca. Tanto Booth quanto Angela não arredaram o pé dali por um minuto. A cada instante, a ansiedade de ambos aumentava mais. Brennan continuava calma.

Uma hora depois, o ritmo das contrações aumentaram consideravelmente e Brennan estava com muita dor. O nível de seus gritos também aumentaram e Patricia achou por bem chamar o Dr.Bray.

Pelo semblante de Brennan, ele imaginou que chegara a hora. Ao examina-la teve certeza.

- É Dr.Brennan, vamos trazer sua filha ao mundo. Patricia, mande preparar a OR2. Tenho que ir me preparar. Booth?

- Sim, W-wendell...

- Você toma conta dela e a acompanha até a sala de cirurgia?

- S-sim.

- Ótimo! Vejo vocês em uns minutos. Aguente firme, doutora.

Assim que Wendell saiu da sala, Angela andava de um lado para o outro.

- OMG! Ela vai ter um bebê...Temperance vai...OMG!

- Boothiiieee...

A voz dela saiu em meio a uma contração. Ele se aproximou e segurou a mão dela.

- Calma, Tempe...estou aqui.

- E-eu não sei se consigo...muita dooor...

- Vamos querida, você consegue sim.

- Dr,Brennan, preciso move-la para a OR.

E assim , Brennan saiu de maca para a sala de cirurgia com Booth ao seu lado. A equipe já estava lá. Wendell entrou na sala logo após ela. Brennan gritou mais uma vez por causa de outra contração. Booth estava com uma pequena toalha e enxugava a testa dela.

- Ok, Dr.Brennan. Sei que não preciso dizer o que você deve fazer mas está na hora de empurrar. Vamos trazer essa menininha ao mundo. Booth vou precisar que você me ajude. Apoie os ombros dela para facilitar a posição para ela empurrar ok?

Booth se posicionou como ele pedira. Wendell também estava pronto para começar. Brennan sentiu mais uma contração e gritou.

- Vamos doutora. Preciso que você empurre no três, ok? Um , dois, três!

Brennan fez o máximo de força que podia e sentiu cada músculo do seu corpo se contorcer por isso. Ela respirava rapidamente.

- Muito bom, foi um bom começo. Precisamos fazer isso mais uma vez. Atenção, empurre.

Novamente ela reagiu. O suor escorria pelo rosto dela, a pele vermelha. Ela segurava a mão de Booth. Ele sentiu o aperto tão forte que pensou que quebraria seus dedos. Como ela conseguia fazer tanta força? E Brennan empurrou mais uma vez. E outra. E outra.

- Ótimo. Já estamos na metade do caminho, mais dois empurrões e logo você terá sua garotinha nos braços.

- Eu...não...consigo mais....não...

- É claro que consegue, amor. Respire com calma, vamos.

Booth fazia o movimento da respiração junto com ela.

- Empurre, doutora.

- Vamos amor, lembre-se foco. Olhe para mim, vai ficar tudo bem. Já está acabando, vamos. Olhe pra mim e empurre.

Brennan obedeceu. Após fazer força, ela tinha lágrimas nos olhos.

- Isso! Excelente! Já vejo a cabecinha dela...só mais um empurrão, falta muito pouco...

Booth correu para ver o que Wendell dissera. Era muito sangue e aquilo o deixou nauseado. Como eles conseguiam fazer isso? Foco! Booth dizia para si mesmo. Preciso ajudar a Tempe. Ele voltou a dar atenção a ela.

- Amor, só mais esse...nossa princesinha está chegando.

- Só...mais...uma...vez...

Ela agarrou a mão dele com força e empurrou gritando. Em segundos, um choro irrompeu na sala. Wendell tinha a criança nas mãos. Limpava as vias nasais e Brennan se deixou cair exausta na cama. Booth estava paralizado olhando a cena. Wendell pegou a tesoura e estendeu a ele.

- Quer fazer as honras Capitão?

Booth olhava para a tesoura e para ele.

- Vamos, corte o cordão umbilical... a Katherine está doida para conhecer vocês.

Booth pegou a tesoura e cortou o cordão separando-a de vez da mãe. Patricia pegou a criança e limpou todo o sangue dela. Enrolou num lençol limpo e caminhou até Brennan.

- Aqui está Dr.Brennan, a sua menininha...

Brennan ajeitou-a nos braços. Ela já havia carregado muitos recém-nascidos mas nada se comparava a essa sensação. Ela acariciava a testa do bebê e uma lágrima rolou pelo seu rosto. Booth estava a seu lado.

- Oi, Katherine...seja bem-vinda ao planeta terra. Esse é seu pai babão e eu sou sua mamãe. Booth, é a nossa filha...

- Sim, Tempe. Ela é linda.

A menina agarrou o dedo dele bem de leve por alguns segundos. Booth não cabia em si de alegria. Ele beijou a testa de Brennan e depois o rosto.

- Nós conseguimos, Booth.

- Sim, essa é a nossa família.

Patricia se aproximou deles. Sabia o quanto estava curtindo o momento e não gostava de separa-los mas precisava terminar de cuidar de Katherine.

- Com licença... preciso levar sua princesinha para se arrumar. Você também precisa ser removida...

- É, eu sei...

- Dr. Brennan, deixe a Patricia levar Katherine agora. Precisamos fazer os últimos exames. Vou transferi-la para um quarto aconchegante e daqui a uma hora levarei Katherine para sua primeira refeição.

- Dr.Bray, faça todos os exames quero ter certeza que está tudo bem com ela.

- Não se preocupe, doutora. Sei o que preciso fazer. Sua filha é saudável. Nasceu com 3,2 kg e 45 cm. Uma linda menina. Tenho certeza que não tem com o que se preocupar. Agora me deem licença que preciso terminar meu trabalho. Booth, preciso que você nos deixe agora.

- Tudo bem, vou ficar bem. Vá contar a novidade a Angela. Ela deve estar aflita.

- Tá, eu vou... você foi maravilhosa, Tempe...

Antes de deixar a sala de cirurgia, ele sussurrou pra ela.

- I love you...

No hall de espera, Angela andava de um lado a outro. Ela involuntariamente conversava consigo mesmo em voz alta.

- Porque demoram tanto? Era pra ser algo rápido. Será que aconteceu algo? Será que Katherine está bem? OMG...eu não aguento mais essa espera...

Ao virar-se, viu Booth caminhando meio trôpego em sua direção. Angela arregalou os olhos e seus músculos ficaram tensos. Então Booth abriu o sorriso e ela não se conteve abraçou-o com vontade.

- Está tudo bem, ela nasceu Angela. Tempe está sendo transferida para o quarto e logo Katherine estará com ela para sua primeira mamada.

- Isso é ótimo.

- Preciso beber algo, esse nervosismo acabou comigo.

- Vamos a cafeteria, o Dr.Bray deve chama-lo quando puder estar com ela novamente.

- Tem razão.


Duas horas depois...


Brennan já estava no quarto. Ela ainda estava agitada por conta de toda a tensão das últimas horas. Cada minuto valera a pena. Sua filha nascera e Booth estava ali com ela. A porta do quarto se abriu e Patricia entrou trazendo a pequena Katherine nos braços.

- Olha quem veio visitar a mamãe e pedir um pouco de leite?

Ela se inclinou e entregou a menina para Brennan que já estava sentada na cama. A criança estava vestida com as roupas que ela e Angela escolheram para trazer ao hospital. Uma macaquinha lilás uma das primeiras roupinhas que Angela dera de presente a ela.

Ao segurar novamente a filha nos braços, Brennan se sentiu renovada. Aquele pequeno ser agora dependia dela.

- Oi, filha. A mamãe já estava sentindo sua falta. Você quer um pouco de leite? Aposto que está faminta. Olha, papai também está aqui.

A menina estava tranquila nos braços da Brennan. Fazia alguns barulhinhos caracteristicos de bebês que Brennan já ouvira milhares de vezes mas agora era diferente, especial. Ao abrir os olhos, Brennan pode ver pela primeira vez que ela tinha olhos claros. Por hora, era um azul acinzentado. Kathy começou a reclamar e choramingar. Estava na hora de comer.

- Oh, está com fome...

Brennan abriu a bata e expôs o seio alvo e farto. Levou a menina para perto e ofereceu a ela. Em segundos, a pequena Kathy abocanhou-o e começou a sugar-lo. A sensação era incrível, Brennan abriu um sorriso e Booth observava a cena. Nem em um milhão de anos ele esperava ver uma cena tão linda. A mulher que amava conversava e acariciava o rosto da filha enquanto a alimentava. Katherine estava realmente com fome. Ao erguer os olhos das duas por um momento, ele reparou na manhã lá fora. Estava nevando em New York. Booth abriu o sorriso. Era um dia mais que especial e a partir de agora, todo 20 de dezembro seria diferente porque era o aniversário da sua princesa.

- Tempe, olhe... está nevando.

- Um toque a mais nesse dia para Katherine não?

Eles sorriram um para o outro. Quando a criança terminou de amamentar-se, Brennan ainda a manteve nos braços para faze-la arrotar. Em seguida, ficou um longo tempo admirando a filha. Ela perguntara a Booth se ele queria segurá-la mas ele dissera que esse momento era dela.

- Amor, esse momento é seu também, é nosso. Segure-a.

Meio desajeitado, Booth tirou a filha dos braços dela e Brennan ajudou-o a aconchega-la nos deles. Ela mantinha uma das mãozinhas na boca. Era tão pequenina, tão indefesa...

- Ela tem seus olhos Temperance. É tão linda. Ela será muito feliz.

- Você reparou que ela vai ser bem comilona? Viu o quanto mamou?

- Foi você que a estimulou a ser comilona, Tempe. Ou você esqueceu todos aqueles desejos e doces que comeu na gravidez?

Ela riu.

Nesse momento, Angela entra no quarto. Ao ver a menina no colo de Booth, ela abre o sorriso.

- Não aguentava mais de ansiedade... como você está amiga?

- Estou bem, um pouco cansada mas como não poderia estar feliz? Olha para ela, Angie...

Angela deu um beijo na testa da amiga e foi para o lado de Booth. A pequena estava dormindo.

- Oh, ela é linda...princesa, sua dinda está aqui. Lembra de mim? A dinda Angie.

- Acabou de mamar, é natural pegar no sono pelo menos até as próximas duas horas quando terei que alimenta-la de novo.

- Com licença...preciso levar a pequena Dr.Brennan e a senhora deveria descansar um pouco. Daqui para a frente, sempre que ela dormir você deve fazer o mesmo. A rotina será pesada nesses próximos meses.

Patricia pegou a criança de Booth e ajeitou-a em seus braços. Aproximou-se de Brennan e falou.

- Diga adeus mamãe até daqui a duas horas.

- Bye,Kathy...

- E vocês deveriam deixa-la descansar um pouco, venham comigo.

- Tudo bem, te vejo daqui a pouco Tempe.

E Brennan dormiu quase instantaneamente. Estava realmente cansada da noite agitada.

Mais tarde quando ela estava amamentando pela terceira vez, Wendell veio ve-la.

- Como está passando Dr.Brennan?

- Estou bem.

- Katherine está lhe mantendo ocupada não? Ela parece ser boa de boca. E você Capitão, curtindo a filhota?

- Muito. Não canso de admira-la.

- Eu percebi, quando ela não está aqui você está babando no berçário.

- É mesmo? Brennan parecia surpresa.

- Se é. Não desgruda dela, doutora. E vou logo avisando, Capitão. Terá que se preparar para ajudar a doutora porque essa rotina não é fácil.

- Não se preocupe quanto a isso, estou pronto para servir as minhas mulheres.

- Tá certo. Dr.Brennan a sua filha é saudável e vai muito bem até o momento. O prontuário dela já está atualizado. Minha expectativa é mante-la aqui até amanhã pela manhã apenas para acompanhamento, você está bem e teve um parto normal portanto não tenho motivos para deixa-la no hospital.

- Que bom, concordo com você.

- Ótimo, preciso voltar aos meus pacientes. Mais tarde volto aqui.

Ele já ia saindo pela porta do quarto quando ela o chamou pelo seu primeiro nome.

- Wendell...

Ele voltou para fitá-la.

- Sim,Dr.Brennan?

- Obrigada. Por tudo.

- Por nada, só estou fazendo meu trabalho.

- Você se saiu muito bem.

- Aprendi com a melhor.

- Ah não, Wendell. Não alimente o convencimento dela, vai ficar insuportável.

- Só digo a verdade Capitão...

- Tá vendo Booth? Ela já estava toda prosa com os elogios.

Ele revirou os olhos e sorriu. Wendell deixou o quarto rindo e ainda ouvindo a discussão dos dois sobre o assunto.

Na manhã seguinte, elas deixaram o hospital como planejado. Katherine vestia um macaquinho de lã cor de rosa e usava um daqueles gorrinhos para proteger as orelhas além de luvas e um casaquinho de frio. Estava enrolada em uma manta branca, tudo para protege-la do frio. Ainda nevava em New York.

Os dias se passavam tranquilos. A nova rotina do casal era bem intensa. As madrugadas que passavam acordados acabavam sendo compensados pela simples presença da filha. Booth ficava horas admirando-a. As fraldas começavam a ser usadas. Tudo era novo, a preocupação com a limpeza, a temperatura, os barulhos que ela emitia...tudo necessitava da máxima atenção deles para que não perdessem nenhuma informação.

Por conta do nascimento de Katherine, eles sequer tiveram tempo para pensar em ceia de natal. Mas Angela não esqueceu. Improvisou um peru, saladas e iame e levou ao apartamento deles. Durante um dos cochilos de Kathy após mamar, eles sentaram-se a mesa e jantaram para pelo menos a data não passar em branco. Angela trouxe mais um presente para a afilhada e enquanto Brennan aproveitava para tomar um banho, ela a vigiava.

A situação fora a mesma no ano novo. A prioridade deles era cuidar de Katherine e reservaram-se apenas uns minutos antes da meia-noite para curtirem a queda da bola na tv. Eles trocaram um beijo apaixonado a meia-noite e permaneceram abraçados por alguns minutos. Ao ouvir um pequeno chorinho na babá eletrônica, Brennan começou a se desvencilhar dos braços dele.

- Está muito bom aqui mas o dever de mãe me chama. Kathy quer mamar de novo.

- Eu sei.

- Booth, eu te amo. Happy New Year.

- Happy new year, Tempe.


XXXXXXXX


O tempo passava, os dias de Brennan eram sempre cheios e agitados. A cada dia, Katherine parecia mais linda. Booth a ajudava com tudo o que precisava porém, ele já voltara ao trabalho. A filha já completara um mês e eles a levaram para a primeira consulta com o Dr.Bray. Como já previsto pela própria Brennan, estava tudo normal com a filha. Ela engordara no seu primeiro mês e se mostrara uma criança tranquila e comilona. Não tinha apresentado até agora nada de problemas nem mesmo cólicas que são tão comuns em recém-nascidos.

Booth aproveitou a ocasião para convidar Wendell para ser padrinho de Katherine, conversara com Temperance e ambos decidiram que não havia nada mais justo, afinal ele já cuidava dela mesmo antes de nascer e pelo fato de ser admirado por Brennan e amigo de Booth isso pesou muito na escolha.

É claro que Wendell se sentiu lisonjeado e aceitou de imediato. Booth também comentara que eles iriam confirmar a união deles oficialmente daqui a umas semanas e gostariam que ele estivesse no cartório para dividir o momento com ele e Brennan.

Três meses depois, eles foram ao cartório. Brennan vestia um longuete azul turquesa e Booth estava de paletó e gravata. Angela segurava a pequena Katherine que também estava de vestido próprio para a ocasião. Era rosa claro com sapatinhos combinando. A cerimônia era rápida.

- Caros, estão cientes do que vieram fazer hoje aqui?

- Sim, Meritíssimo.

- Sabem as obrigações que assumem e estão responsáveis daqui para frente?

- Sim.

- Seeley Joseph Booth, você aceita criar uma união com essa mulher prometendo respeita-la, ser fiel e compartilhar todos os momentos junto a ela sejam bons ou ruins?

- Sim, aceito.

- Temperance Brennan, você aceita criar uma união com este homem prometendo respeita-lo, ser fiel e compartilhar todos os momentos junto a ele sejam bons ou ruins?

- Sim, aceito.

- Então, pelo poder investido a mim pela cidade de New York e a suprema corte de justiça dos Estados Unidos, eu os declaro casados diante da justiça. Pode beijar sua esposa.

Booth sorriu e sorveu os lábios dela nos seus. Angela não conseguia parar de sorrir diante do que via. Baixinho falou com a menina em seu colo.

- Viu só, Katherine? Mamãe e papai se casaram. Agora vocês são realmente uma família. Tudo isso graças a você sabia? Se você não tivesse sido concebida e conhecendo sua mãe tão bem como conheço, certamente não estaríamos vendo essa cena hoje. Aprenda, isso é o que o amor verdadeiro faz com uma cientista racional, sua obra de arte, Katherine. Esteja orgulhosa por isso!

Brennan veio até ela e pegou a filha nos braços.

- O que você tanto conversa com a Kathy?

- Nada, apenas um papo entre madrinha e afilhada, papo de garotas.

- Ei, eu sou uma garota, me conte!

- Não é nenhum segredo, Tempe. Só estava contando a ela o poder que ela tem, afinal ela foi responsável pelo que aconteceu aqui hoje. Quem te viu e quem te ver, não?

Brennan riu.

Eles seguiram para um pequeno brunch no apartamento deles. Comiam enquanto Kathy estava no bebê conforto. A data era de comemoração, de risos. Alegria estava presente naquele lugar.

A noite, quando Brennan começava a amamentar a filha, percebeu que Booth estava escorado na porta do quarto a observando. Seu corpo relaxado, seu rosto brando, como se estivesse iluminado.

- O que foi, amor?

- Nada,Tempe. Só gosto de ver vocês assim. Unidas, compartilhando esse momento. Me faz sentir o homem mais sortudo do mundo.

Ela sorriu para ele e voltou a atenção para a filha. Enquanto mamava, Brennan murmurava o ritmo de uma canção de ninar, a mesma que cantava para Kat quando ela ainda estava na barriga dela. Quando Katherine finalmente adormeceu satisfeita, Brennan fez menção de se levantar porém, Booth a impediu tomando a filha dos braços dela. Com cuidado, ele a balançava de leve e ninando-a e continuando o murmúrio para acalentá-la.

Após coloca-la no berçinho ainda ficou por lá, velando o sono da pequena. Sentiu os braços dela ao redor da cintura dele e os lábios roçarem em suas costas.

- Não me canso de olhar para ela, Tempe. É como se fosse um ímã me chamando.

- Sempre gostei de olhar para bebês, era algo que fazia no hospital quando estava chateada ou precisava me acalmar. Olhar pra ela é diferente, ela sabe quem eu sou. Precisa de mim.

- Precisa de nós. Diz aí, como criamos algo tão lindo..hum? Temos talento.

- Booth, não se trata de talento. São genes. Nosso DNA é bastante superior não é à toa que Katherine é tão linda.

- Ela é perfeita e algo me diz que será igualzinha a você.

- Você se importa se ela for parecida comigo?

- De jeito nenhum, só me fará amá-la ainda mais.

Brennan se aconchegou nos braços dele. A mão deslizava pelo peito acariciando-o. A aliança brilhava no dedo da mão esquerda agora. Ela ergueu o rosto para fita-lo.

- Obrigada por tudo, Booth. Eu estou muito feliz.

- Hoje é um dia bem especial não? Estamos casados.

- Casados...taí algo inesperado na minha vida.

- Não na minha, sempre quis o sonho americano pergunte a Wendell. Faltava apenas encontrar a mulher capaz de torná-lo possível.

- E ela sou eu?

- Quem mais? Temperance Brennan, a mulher mais intrigante que já conheci na vida.

- Sou única Booth...

Ele riu.

- Não duvido disso. Love you...

- Love you too. Vamos para cama, Booth. Mesmo não podendo ainda exagerar, quero uma amostra da minha lua de mel...

De mãos dadas eles deixaram o quarto onde Katherine dormia tranquilamente.



Continua....

4 comentários:

Julia Blaustein disse...

Aaaaaaaaaaaaaawn!!! Não disse? Chorei... Como você consegue? Desculpe a demora, acontece que tentei ler hoje de manhã, mas a minha amiga me barrou e me disse que eu estava ficando louca (por Bones) disse a ela que já sabia disso faz tempo... Mas enfim, é por isso que demorei, PERFEITO! A FAMÍLIA PERFEITA! A MÃE PERFEITA! O PAI PERFEITO! E O BEBÊ PERFEITO! Sim, quis dar uma ênfase porque merece, parabéns! Além do mais, devo acrescentar um bom escritor é aquele que é capaz de provocar várias emoções nos leitores e pelo menos comigo, você conseguiu, então PARABÉNS! Amei a escolha dos padrinhos, realmente nada mais justo, as conversas entre a Angie e a Kathy são uma das melhores partes e essa nova fase para Bren, é o que eu espero ver representado na série, acho que será um aspecto bem interessante a ser representado... Esse ficougrande, mas resumindo em uma palavra,
Simplesmente PERFEITO!
Parabéns,
Julia Blaustein

Ana Luiza disse...

lol eu demorei 2 semanas para ler a fic! esta muito perfeita, a historia é simplesmente maravilhosa! e uma pergunta: vc se baseou um pouco em GA no Mark e na Addie nao foi?? kkkk
Anyway esta muito perfeita e espero uma continuação !
Parabéns vc é uma otima escritora

Marlene Brandão disse...

eu emocionei valeu cada palavra lida e to esperando a continuação digamos que estou"anciosa por demais" as vezes eu não consigo controlar meu maldito sotaque Macapáense kkkk na maioria daz vezes principalmente no telefone quando falo com minhas friends de outros estados vergonha aqui....

Bem a fic ta linda eu imaginei ela amamentando a Kathy morri de rir com ele desperado e ela tentando acalma-lo em minha mémoria passou um filme o nascimento da minha subrinha Emily Camille a sensação gostosa de te-la nós meus braços logo após o nascimento dela dei o primeiro baninho ela era tão pequena mas agora ela ta crescendo a cada dia 1 ano passou rápido morro quando ela me chama de "mama" eu passo mas tempo com ela do que a mãe kkk,chega né? voltando como eu escrevi no comentário anterior a Brenn está aprendendo aos poucos com a ajuda da Angi e do Booth o verdadeiro valor de se ter uma familia e o Wedel como padrinho que fofo!!!!! e Brenn sempre folgosa ela não aguenta os 40 dias kkkkkk tádinho dele quando ela poder fazer "as loucuras de Brennan"...
Esperando mas um capitulo s2
bjones flor ....

Eliane Lucélia disse...

Depois de quase um mês de atraso, venho aqui dizer o a minha opinião sobre a capítulo, gostei, achei lindo o momento do nascimento de Kathy, o Booth meio perdido, a Angela nervosa, o momento família deles. Gostei muito do Booth ter lembrado do Wendell para ser o padrinho, já que este é o seu melhor amigo e cuidou tão bem de sua esposa e filha, Angela como sempre implacável em seus comentários, o que ela disse para Kathy no casamento é a mais pura verdade, agora Brennan sabe o que é ter uma família, não por causa de uma aliança e um papel assinado, eles já eram uma família antes disso, mas pq agora eles tem um elo gigantesco um ser que precisa do racionalismo dela, e do sentimentalismo dele, os três se fazendo felizes.
Obs. Vou confessar uma coisa, quando li pela primeira vez o capítulo, não gostei de algumas partes, não sei, achei corrido no meio, primeiro se passou um mês, depois 03 meses, mas depois li com calma e, vi que eu é quem não tinha prestado atenção nos fatos kkkkk, bjosss